Buscar

AULA TERMINAÇÃO CONTRATO DE TRABALHO (1)

Prévia do material em texto

TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
PEDIDO DE DEMISSÃO - O empregado pode, a qualquer tempo, tomar a iniciativa de extinguir o contrato. No entanto, ele precisa dar o aviso prévio ao empregador, de no mínimo 30 dias.
O pedido de demissão faz com que o empregado receba verbas rescisórias, mas não as mesmas de quando é dispensado sem justa causa.
Não há a indenização de 40%, mas o empregado também não precisa pagar qualquer indenização ao empregador, desde que conceda o aviso prévio. Ele também recebe outras verbas rescisórias, como as férias e 13º proporcionais.
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
DISPENSA SEM JUSTA CAUSA: É um ato do empregador, que não precisa motivar a dispensa do empregado, desde que pague todas as verbas rescisórias.
O legislador constituinte não proíbe a dispensa sem justa causa, mas prevê o pagamento de uma indenização compensatória devida ao empregado, equivalente a 40% dos depósitos na conta vinculada do FGTS (art 7º, I da CF).
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
REQUISITOS PARA APLICAÇÃO DA JUSTA CAUSA :
PREVISÃO LEGAL – A JUSTA CAUSA TEM QUE ESTAR TIPIFICADA EM LEI. AS HIPÓTESES DE JUSTAS CAUSAS ESTÃO PREVISTAS NO ART. 482 DA CLT E, TAMBÉM, EM OUTROS ARTIGOS DA CLT.
GRAVIDADE DA FALTA PRATICADA – TEM QUE EXISTIR UMA FALTA E ESTA TERÁ QUE SER GRAVE O SUFICIENTE PARA TORNAR INSUPORTÁVEL A CONTINUIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO, ABALANDO A CONFIANÇA QUE DEVE EXISTIR NA RELAÇÃO DE EMPREGO.
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
A FALTA PRATICADA PELO EMPREGADO DEVE SER ANALISADA CONCRETAMENTE, LEVANDO-SE EM CONSIDERAÇÃO A PERSONALIDADE DO AGENTE, FICHA FUNCIONAL, PUNIÇÕES ANTERIORES, TEMPO DE SERVIÇO NA EMPRESA, LOCAL E MOMENTO EM QUE FOI PRATICADA.
PROPORCIONALIDADE ENTRE O ATO FALTOSO A PUNIÇÃO – PODER DE APLICAR PENALIDADES AO EMPREGADO DECORRE DO PODER DISCIPLINAR DO EMPREGADOR. PARA FALTAS MAIS LEVES DEVEM SER APLICADAS PENALIDADES MAIS LEVES RESERVANDO-SE O DESPEDIMENTO PARA AS MAIS GRAVES.
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
IMEDIATIVIDADE NA APLICAÇÃO DA SANÇÃO – A PUNIÇÃO TEM QUE SER IMEDIATA SOB PENA DE CARACTERIZAR PERDÃO DA FALTA. ESSE REQUISITO DEVE SER ANALISADO A PARTIR DO CONHECIMENTO DA FALTA E DA AUTORIA. DEVE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O TAMANHO DA EMPRESA. APLICAR O CRITÉRIO DA RAZOABILIDADE.
PROIBIÇÃO DE DUPLA PENALIDADE – NON BIS IN IDEM – PARA CADA FALTA SÓ PODE EXISTIR UMA ÚNICA PUNIÇÃO. SE O EMPREGADOR PUNIR 2 VEZES A MESMA FALTA, ESTA NÃO PRODUZ QUALQUER EFEITO. FUNDAMENTO: PERMITIR A ESTABILIDADE DAS RELAÇÕES EMPREGATÍCIAS
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
QUE NÃO TENHA HAVIDO PERDÃO – O PERDÃO PODE SER EXPRESSO OU TÁCITO.
TÁCITO – FALTA DE IMEDIATIVIDADE NA PUNIÇÃO; PRÁTICA DE ATO CONTRÁRIO À PUNIÇÃO.
EXPRESSO – É A PRÓPRIA DECLARAÇÃO DO PERDÃO.
NÃO DISCRIMINAÇÃO – OS EMPREGADOS QUE PRATICARAM A MESMA FALTA EM CO-PARTICIPAÇÃO TÊM QUE SER PUNIDOS DA MESMA FORMA.
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
HIPÓTESES DE JUSTA CAUSA :
A) IMPROBIDADE – REVELA DESONESTIDADE, MAU CARÁTER, MALDADE. CONSTITUI ATO ATENTATÓRIO CONTRA O PATRIMÔNIO DO EMPREGADOR;
B) INCONTINÊNCIA DE CONDUTA – ESTÁ RELACIONADA COM A VIDA IRREGULAR LIGADA AO ASPECTO SEXUAL OU A DESREGRAMENTO DE CONDUTA SEXUAL (PORNOGRAFIA, ASSÉDIO SEXUAL, ETC.);
C) MAU PROCEDIMENTO – TRATA-SE DE UMA TITUDE IRREGULAR DO EMPREGADO. É A FIGURA MAIS AMPLA. TUDO QUE NÃO POSSA SER ENCAIXADO NAS DEMAIS ALÍNEAS PODE SER CLASSIFICADO COMO MAU PROCEDIMENTO.
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
D) NEGOCIAÇÃO HABITUAL – TRATA-SE DE PRÁTICA DE ATOS DE COMÉRCIO PELO EMPREGADO. REQUISITOS: AUSÊNCIA DE PERMISSÃO DO EMPREGADOR, HABITUALIDADE E NEGOCIAÇÃO QUE GERA CONCORRÊNCIA OU PREJUÍZO.
E) CONDENAÇÃO CRIMINAL – SOMENTE APÓS A CONDENAÇÃO COM TRÂNSITO EM JULGADO, E DESDE QUE NÃO TENHA SIDO CONCEDIDA A SUSPENSÃO DA PENA (SURSIS);
F) DESÍDIA NO DESEMPENHO DAS RESPECTIVAS FUNÇÕES – CONSISTE EM DESEMPENHAR AS FUNÇÕES COM NEGLIGÊNCIA, PREGUIÇA, MÁ VONTADE, ETC;
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 
G) EMBRIAGUEZ – Á AQUELA PROVENIENTE DE ÁLCOOL OU DE DROGAS. PODE SER HABITUAL OU EM SERVIÇO.
H) VIOLAÇÃO DE SEGREDO DA EMPRESA;
I) INDISCIPLINA E INSUBORDINAÇÃO – DESCUMPRIMENTO DE ORDENS:
INDISCIPLINA- DESCUMPRIMENTO DE UMA ORDEM GERAL, INDIRETA, INESPECÍFICA.
INSUBORDINAÇÃO – DESCUMPRIMENTO DE UMA ORDEM PESSOAL, DIRETA E ESPECÍFICA.
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
J) ABANDONO DE EMPREGO – FALTAS INJUSTIFICADAS, REITERADAS E CONSECUTIVAS.
ANIMUS ABANDONANDI – PRESUME-SE O ABANDONO PELA AUSÊNCIA INJUSTIFICADA E CONSECUTIVA POR MAIS DE 30 DIAS – SÚMULAS 32 E 62 DO TST.
K) ATO LESIVO DA HONRA E BOA FAMA, OU OFENSAS FÍSICAS – CONTRA QUALQUER PESSOA NA EMPRESA, SALVO LEGÍTIMA DEFESA
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
L) ATO LESIVO DA HONRA E BOA FAMA, OU OFENSAS FÍSICAS - CONTRA EMPREGADOR OU SUPERIOR HIERÁRQUICO, SALVO LEGÍTIMA DEFESA.
M) PRÁTICA CONSTANTE DE JOGOS DE AZAR.
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
LEI 13467/2017 – MUDANÇAS 
ARTIGO 482, CLT 
............................................................................................................................
M) PERDA DA HABILITAÇÃO OU DOS REQUISITOS ESTABELECIDOS EM LEI PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO, EM DECORRÊNCIA DE CONDUTA DOLOSA DO EMPREGADO.
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
RESCISÃO INDIRETA 
REQUISITOS : 
A) EXIGÊNCIA DE SERVIÇOS SUPERIORES ÀS FORÇAS DO EMPREGADO, DEFESOS EM LEI, CONTRÁRIOS AOS BONS COSTUMES OU ALHEIOS AO CONTRATO;
B) TRATAMENTO COM RIGOR EXCESSIVO POR PARTE DO EMPREGADOR OU SEUS SUPERIORES HIERÁRQUICOS;
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
C) O EMPREGADO CORRER PREJUÍZO DE MAL CONSIDERÁVEL;
D) DESCUMPRIMENTO PELO EMPREGADOR DAS OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS. 
E) OFENSA A HONRA E BOA FAMA DO EMPREGADO OU PESSOA DE SUA FAMÍLIA PRATICADA PELO EMPREGADOR OU SEUS PREPOSTOS;
F) OFENSAS FÍSICAS PRATICADAS PELO EMPREGADOR OU PREPOSTOS AO EMPREGADO, SALVO LEGÍTIMA DEFESA;
G) REDUÇÃO DO TRABALHO DO EMPREGADO, SENDO ESTE POR TAREFA OU PEÇA, DE MODO A AFETAR SENSIVELMENTE A IMPORTÂNCIA DOS SALÁRIOS;
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
CULPA RECÍPROCA - EXISTÊNCIA DE DUAS FALTAS GRAVES AUTÔNOMAS – UMA PRATICADA PELO EMPREGADO E OUTRA PRATICADA PELO EMPREGADOR, GRAVE O SUFICIENTE PARA ROMPER O CONTRATO DE TRABALHO;
VERBAS DEVIDAS :
 O empregado terá direito a: saldo de férias; férias vencidas; levantamento do FGTS; multa de 20% dos depósitos do FGTS; e, conforme a Súmula 14, Tribunal Superior do Trabalho – TST: 50% do valor do aviso prévio, das férias proporcionais e do 13º salário.
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
MORTE DO EMPREGADO: falecido o empregado, haverá o desaparecimento de um dos sujeitos da relação empregatícia. O que culminará na extinção do contrato de trabalho desse empregado. Que, todavia, terá alguns de seus direitos trabalhistas transferidos à seus herdeiros, passando estes a terem direito a receber: FGTS; férias proporcionais; e 13º salário proporcional do empregado falecido.  
   
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
FACTUM PRINCIPIS – É a extinção do estabelecimento ou da atividade econômica por ato da administração pública. Conseqüentemente, os contratos de trabalho de todos os empregados serão extintos.
Essa extinção dá o direito ao empregado de receber todas as verbas que lhe seriam devidas na dispensa sem justa causa, a serem pagas pelo poder público (art. 486 da CLT).
Há o entendimento de que, na desapropriação do estabelecimento da empresa, cabe à administração pública arcar com todas as verbas indenizatórias (art. 486). É o chamado “factum príncipis”.
 
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
LEI 13467/2017
“Art. 484-A.  O Contrato de Trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:  
I - por metade: 
a) o aviso prévio, se indenizado; e 
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do tempo de serviço, prevista no § 1º do art. 18 da Lei no 8.036, de 11de maio de 1990;  
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. 
§ 1º  A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos.  
§ 2º  A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.”  
 
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
HOMOLOGAÇÃO DO DISTRATO (HAVERÁ MUDANÇAS)
 
Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja êle dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma emprêsa. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970)
§ 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
HOMOLOGAÇÃO DO DISTRATO (HAVERÁ MUDANÇAS)
 
Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja êle dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma emprêsa. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970)
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
LEI 13467/2017
“Art. 507-A.  Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na  Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.” 
“Art. 507-B.  É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria.  
Parágrafo único.  O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas.” 
  
 
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
LEI 13467/2017
“Art. 652.  Compete às Varas do Trabalho:
..................................................................................... 
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho.

Continue navegando