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3 SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CURSO DE LOGÍSTICA GLADYS MAGALHÃES IMBROISI ISABELA CRISTINA ALVES DOS SANTOS LOGÍSTICA INTEGRADA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS Sete Lagoas 2018 4 GLADYS MAGALHÃES IMBROISI ISABELA CRISTINA ALVES DOS SANTOS LOGÍSTICA INTEGRADA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS Trabalho de Conclusão apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral no curso de Logística Orientador: Prof. Sete Lagoas 2018 5 SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 6 2-GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E ABASTECIMETO ...................................... 8 3-ANÁLISE DE CUSTOS............................................................................................... 10 4-PROCESSOS LOGISTICOS ...................................................................................... 15 5-SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS ......................................................... 17 6-CONCLUSÃO ............................................................................................................. 19 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 20 6 1 INTRODUÇÃO Com o desenvolvimento das estruturas produtivas e a ampliação do potencial de mercado em todo o mundo, a logística vem sendo considerada como uma atividade econômica que atualmente está assumindo um papel cada vez mais importante dentro das entidades. Portanto, administrar as atividades que compõem o sistema logístico é condição essencial para se atingir a competitividade, o que representa, neste contexto, suprir, produzir e distribuir ao menor custo, no momento e na forma em que o consumidor deseja consumir. Na logística, uma das áreas mais tradicionais é a armazenagem, esta tem passado por profundas transformações nos últimos anos, ganhando importância frente às atuais mudanças do mercado. Dentre essas mudanças, destaca-se adoção de novos sistemas de informação aplicados à gestão da armazenagem, em sistemas automáticos de movimentação e separação de produtos e até mesmo na revisão do conceito do armazém como uma instalação com a principal finalidade de estocar produtos. A gestão do armazém está alocada no nível da execução e esta relacionada às atividades dentro do armazém e para um melhor uso dos recursos (capital e humano). Entre os sistemas de informação para a gestão de armazém, destaca-se o Warehouse Management System – (WMS - Sistema de Gestão de Armazenagem), este tipo de software recebe informações pertinentes ao armazém, de acordo com as necessidades da organização, podendo este gerar respostas para uma melhor movimentação, armazenagem, separação e expedição dos produtos, no qual melhora as operações e torna eficiente o gerenciamento de informações, e as tarefas são, desta maneira, desempenhadas com um alto nível de controle. A utilização do WMS como ferramenta gerencial e não como uma simples atividade operacional pode oferecer uma eficiente administração da armazenagem, evitando excesso de estoques, otimizando a movimentação, melhorando a utilização do armazém, reduzindo custos, melhorando a integração do processo de armazenagem com os processos da organização e melhor atendimento ao cliente. Com o crescimento da atividade industrial não mais podemos apurar o resultado baseando-nos apenas nos estoques, preço de venda e custo de compra. Antigamente a apuração de resultado se dava basicamente com o levantamento dos estoques, já que o contador apenas apurava o montante pago por item estocado, e valorava as mercadorias por esse valor. O cálculo era feito apenas por diferença, verifcando-se quanto tínhamos de estoques iniciais, adicionando-se as compras e comparando com o saldo final de estoques; dessa forma, apurava-se o valor de aquisição das mercadorias vendidas. Com o início das atividades industriais, tornou-se mais complexa a apuração dos custos, pois, se antes essa apuração levava em conta apenas o controle de estoques, agora, deveria levar em conta outros fatores do processo produtivo, como matéria-prima utilizada, mão-de-obra, materiais de uso e consumo, depreciações e amortizações etc. 7 Atualmente quando uma empresa não está apresentando lucratividade, a primeira ação a ser tomada é a redução de custos. Porém para que essa redução aconteça com sucesso e mantenha a mesma qualidade em seus produtos e ou/ serviços, é preciso realizar uma análise tanto nas áreas administrativas como produtivas da empresa, definindo o preço real dos seus produtos e/ou serviços. Através deste cenário, é possível a realização de uma análise completa das relações que estão dentro do contexto corporativo, logo, as transições dos elementos e dos referentes componentes, que por sua vez se estruturam de uma maneira dinâmica de acordo com os processos internos e externos da empresa, requerem um SIG – Sistema de Informação Gerencial. O tipo de sistema usado para fabricar um produto ou fornecer um serviço refere- se à dinâmica entre o consumidor e a empresa fornecedora: o método utilizado define como os produtos deixam o negócio e chegam aos clientes. A este respeito existem dois sistemas de produção principais, o sistema puxado e o sistema empurrado. No sistema empurrado (push system) a quantidade a ser produzida é baseada em um plano de produção e as informações fluem da empresa para o mercado, mesmo sentido do fluxo de materiais. Já no sistema puxado (pull system) a produção é baseada na demanda e as informações fluem em sentido oposto, saindo da demanda e indo até a empresa. 8 2 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E ABASTECIMETO O avanço da tecnologia de informação (TI) nos últimos anos vem permitindo às empresas executarem operações que antes eram inimagináveis. Atualmente, existem vários exemplos de empresas que utilizam a TI para obter reduções de custo e/ou gerar vantagem competitiva. O fluxo de informações é um elemento de grande importância nas operações logísticas. Pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidades de estoque, movimentações nos armazéns, documentação de transporte e faturas são algumas das formas mais comuns de informações logísticas. A transferência e o gerenciamento eletrônico de informações proporcionam uma oportunidade de reduzir os custos logísticos através da sua melhor coordenação. Além disso, permite o aperfeiçoamento do serviço baseando-se principalmente na melhoria da oferta de informações aos clientes. Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades logísticas em um processo integrado, combinando hardware e software para medir, controlar e gerenciar as operações logísticas. Estas operações tanto ocorrem dentro de uma empresa específica, bem como ao longo de toda cadeia de suprimentos. O propósito maior da coleta, manutenção e processamento de dados no âmbito de uma empresa é sua utilização processo decisório, que vai de medidas estratégicas a operacionais, com isso facilitando as operações componentes do seu negócio. O aumento do espaço de memória, computação rápida, intensificação do acesso à informação ao longo da organização a partir de sistemas de informação empresariais tais como SAP, Oracle, Baan e J.D. Edwards, e as plataformascada vez aperfeiçoadas para transmitir informação, tais como EDI e Internet acabaram criando a oportunidade para que as empresas compartilhem informações de maneira eficiente e cada vez menos dispendiosa ao longo da cadeia de suprimentos. Operações logísticas sempre mais eficientes tornam-se possíveis a partir dos ganhos que a informação atualizada e abrangente consegue espalhar pela empresa, e também a partir dos benefícios do compartilhamento das informações apropriadas com os outros integrantes da cadeia de suprimentos. Isso foi o que levou as empresas a pensar na informação com propósitos logísticos como um sistema de informação logística. Com isso o sistema indicado para se aplicar na empresa seria Sistema de Gerenciamento de Armazéns (SGA) ou Warehouse Management System (WMS). O Warehouse Management System (WMS) ou Sistema de Gerenciamento de Armazéns é um sistema de gestão por software que melhora as operações do armazém através do eficiente gerenciamento de informações e conclusões das tarefas, com um alto nível de controle e acuracidade do inventário. As informações gerenciadas são derivadas de transportadoras, fabricantes e de sistemas de informações de clientes e fornecedores. O WMS é uma tecnologia utilizada em armazéns onde ele integra e 9 processa as informações de localização de material, controle e utilização da capacidade produtiva de mão de-obra, além de emitir relatórios para os mais diversos tipos de acompanhamento e gerenciamento. Segundo Sucupira (2003), o Sistema de Gerenciamento de Armazéns surgiu da necessidade de se melhorar os fluxos de informação e de materiais dentro de um depósito, armazém ou Centro de Distribuição (CD), tendo como resultados principais a redução de custos, a melhoria na operação e o aumento do nível do serviço prestado aos clientes. A otimização proporcionada pelo WMS permite que haja uma melhora na precisão das informações de estoque, na velocidade e qualidade das operações do CD e na produtividade do pessoal e equipamentos. Isto se torna possível devido ao surgimento de novas tecnologias de informação tanto em hardware (computadores, dispositivos periféricos de entrada e saída, e meios de armazenagem de dados), quanto em software (sistemas e programas aplicativos). Porém, implantar um sistema WMS requer a reestruturação dos processos organizacionais. Para que a solução tenha sucesso é necessário definir os processos, treinar as pessoas e, só então, implantar o WMS. Somente dessa forma, haverá uma padronização das operações do negócio e a consequente redução de custos no armazenamento, com menos quebras, roubos, perdas e movimentação mais rápida, além da entrega assertiva ao cliente. Para Arozo (2003), os sistemas de gerenciamento de depósitos e armazéns, ou WMS, são responsáveis pelo gerenciamento da operação do dia-a-dia de um armazém. Sua utilização está restrita a decisões totalmente operacionais, tais como: definição de rotas de coleta, definição de endereçamento dos produtos, entre outras. Vale ressaltar também que para implantar um sistema deste âmbito, primeiramente temos que ter um arranjo físico adequado e a partir dele estruturá-lo para que o mesmo possa funcionar de forma correta. Um sistema de WMS busca agilizar o fluxo de informações dentro de uma instalação de armazenagem, melhorando sua operacionalidade e promovendo a otimização do processo. Isto é feito pelo gerenciamento eficiente de informação e recursos, permitindo à empresa tirar o máximo proveito dessa atividade. O WMS deve se integrar aos sistemas de gestão de informações corporativos (ERP), e desta maneira contribuir para a integração da sistematização e automação dos processos na empresa. Principais Características • Controle de todas as operações dos armazéns (recebimento, armazenagem, movimentação, separação e expedição); • As informações do sistema são controladas por empresa e filial; • Monitoramento de todas as operações realizadas pelos usuários; • Monitoramento de temperaturas de produtos resfriados; • Integração com os sistemas de portarias; • Utiliza coletores de dados móveis para facilitar operações de recebimento, armazenagem e expedição; • Controla a cobrança de serviços de armazenagem, movimentações e outros serviços parametrizáveis; • Facilidade Integração com sistemas corporativos e trocas de dados via EDI; • Mantém o histórico de todas as operações realizadas; • Relatórios para controle de mercadorias (FIFO, FEFO, LIFO); 10 • Relatórios de ocupação dos locais de armazenagem, entre outros. 3 – ANÁLISE DE CUSTOS Os custos podem ser definidos como os recursos que a empresa aloca diretamente ao processo produtivo de bens e/ou serviços. Segundo Martins (2003, p.25), “custo é o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”. Ainda na mesma obra, Martins reforça seu conceito afirmando: “O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço”. O custo é o gasto económico que representa a fabricação de um produto ou a prestação de um serviço. Ao estabelecer o custo de produção, é possível determinar o preço de venda ao público do bem em questão (o preço ao público é a soma do custo mais o lucro). O custo de um produto é composto pelo preço da matéria-prima, o preço da mão-de-obra directa usada na sua produção, o preço da mão-de-obra indirecta usada para o funcionamento da empresa e o custo de amortização da maquinaria e dos edifícios. Os especialistas afirmam que muitos empresários costumam estabelecer os seus preços de venda com base nos preços da concorrência, sem antes determinar se estes chegam a cobrir os seus próprios custos. Por isso, negócios em grande quantidade não prosperam já que não obtêm a rentabilidade necessária para o seu funcionamento, o que reflecte que o cálculo dos custos é indispensável para uma correcta gestão empresarial. A análise dos custos empresariais permite conhecer o quê, onde, quando, em que medida, como e a que se sujeitou, o que possibilita uma melhor administração do futuro. Por outras palavras, o custo corresponde ao esforço económico que se deve realizar para realizar um objectivo operativo (o pagamento de salários, a compra de materiais, a fabricação de um produto, a obtenção de fundos para o financiamento, a administração da empresa, etc.). Sempre que não é alcançado o objectivo visado, diz- se que uma empresa tem perdas/prejuízos. De acordo com Guimarães Neto(2008), segue conceitos de gastos, custo, despesa, perda, desperdício, investimento e desembolso. 3.1 - GASTO É o sacrifício fnanceiro arcado por uma organização para a obtenção de um produto ou serviço. Representado pela entrega ou promessa de entrega de dinheiro ou outro ativo qualquer. Esse conceito se aplica para todos os serviços e bens recebidos por uma 11 organização, como, por exemplo: compra de matéria-prima, dispêndios com mão-de- obra (tanto fabril como de outras áreas da organização) dispêndios com telefone, energia elétrica, gás e compra de um imobilizado (móveis, veículos, terrenos e edifícios). Para ser um tipo de gasto não importa saber em que área da empresa o dispêndio foi feito, pois estes podem ser na área fabril, na área comercial ou na área administrativa. O seu destino fnal será a classifcação como custos ou despesas, dependendo de sua importância no processo de produção do produto ou serviço. Alguns gastos, no entanto, serão classifcados como investimentos, e, à medida de sua utilização (consumo), serão transferidos para custos ou despesas. Dentro do conceito de gasto podemos incluir o custo, a despesa, o investimento e a perda.3.2 - DESPESA É o gasto da empresa não relacionado com a produção de bens e serviços, ou seja, despendido em outras áreas da organização: comercial ou administrativa. Dentre esses gastos, podemos citar os honorários da diretoria, o pagamento de salários, encargos sociais, energia elétrica, gás, água e outras contas das diversas áreas da organização, excetuando-se a área fabril (produção). A despesa é o sacrifício na obtenção de receitas e não na produção de bens e serviços. 3.3 - INVESTIMENTO É o gasto ativado em virtude de benefícios atribuíveis a períodos futuros ou que têm vida útil superior a um ano. Exemplo de investimento é o caso dos itens que são estocados (ativados) para serem posteriormente baixados em virtude de sua venda, seu consumo, depreciação ou amortização. A compra de bens imóveis (terrenos, edifícios), aplicações fnanceiras, compra de ações de outras empresas são gastos classifcados como investimentos. 3.4 - DESEMBOLSO Consiste no pagamento do bem ou serviço, independentemente de quando o produto ou serviço será utilizado (consumido). Não podemos confundir o desembolso com custo, despesa ou investimento, pois este é a entrega de dinheiro ou outro ativo, antes, no momento ou após a entrada deste na organização, portanto defasada ou não do gasto. Não é necessário o pagamento formal dos gastos para o mesmo ser considerado um desembolso. Esse desembolso pode ser feito com outro tipo de pagamento, por exemplo, com outro bem, conhecido como troca. O fato de não ter havido a entrega de dinheiro para pagamento do gasto não quer dizer que não houve desembolso, pois seria o mesmo que ao invés de fazer a troca, a empresa vendesse o seu bem e pagasse o gasto que 12 adquiriu. 3.5 - PERDA Diferentemente do custo e da despesa, a perda é involuntária e anormal. Neste item podemos citar o gasto com mão-de-obra em período de greve ou o material que se deteriora no estoque da organização, ou ainda, os produtos perdidos (estragados) em virtude de um vendaval ou coisa parecida. Não é um sacrifício feito com a intenção de obtenção de receita como a despesa, nem tão pouco para a produção de bens ou serviços como o custo. 3.6 - CUSTO É o gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de bens e serviços, ou seja, é o gasto efetuado na área fabril (produção) da organização. Como exemplo de custo podemos citar a matéria prima utilizada no processo produtivo, a mão-de-obra utilizada na área fabril, a energia elétrica consumida na área fabril e todos os outros gastos efetuados na área fabril. O custo é também um gasto, mas só é reconhecido como custo no momento de sua utilização. Por exemplo: a matéria-prima foi classifcada como gasto em sua aquisição, e, imediatamente, tornou-se um investimento por sua ativação no estoque da organização, pois, enquanto estava estocada nenhum custo foi associado a ela. Quando de sua utilização no processo produtivo de um bem, passa a ser considerada um custo, como parte do bem elaborado, voltando a ser um investimento, já que é ativada novamente nos estoques como produto, até a sua venda. Nesse conceito, os gastos relativos à depreciação de máquinas e equipamentos utilizados na produção de outros bens e serviços são considerados como custos. 3.6.1 – CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS • Custos diretos – Essa categoria abrange todos os custos relacionados com a fabricação do produto ou serviço como matéria-prima, mão-de-obra direta, tributos e comissões sobre vendas etc., porém os demais gastos são transferidos para apuração de resultado como despesas, sem serem apropriados aos produtos fabricados (WERNKE, 2005). Já, para Calderelli (2002) custo direto é aquele que consiste nas aplicações diretas a produção. São apresentados, a seguir, alguns exemplos de custos diretos: matérias-primas usadas na fabricação do produto, mão-de-obra direta, serviços sub- contratados e aplicados diretamente nos produtos ou serviços. Contudo, pode ser constatado que o custo direto é aquele que contribui diretamente para a finalização do produto. • Custos indiretos – Caracterizam-se por apresentar dificuldades na identificação para cada unidade de produto fabricado ou comercializado sendo apropriados aos produtos finais como, por exemplo, aluguel da unidade fabril de uma organização ou a conta de energia elétrica de uma empresa que fabrica seus produtos, pois a 13 organização só terá um custo se a mesma fabricar algo, caso contrário, a mesma ocasionará despesa (MARTINS, 2003). Por outro lado, é considerado custo indireto todo o item de custo que precisa de um parâmetro para ser identificado e debitado ao produto ou objeto do custeio. São debitados indiretamente por meio de taxas de rateio ou critérios de alocação. Assim, tem-se o custo indireto como aquele item que precisa de critério de rateio para sua identificação ao produto ou objeto cujo custeio é desejado. Sendo que, para Wernke (2005), custos indiretos são os gastos apresentados para a empresa exercer suas atividades, afim de não ter ligação direta com o produto específico, (aqueles no qual, não se identifica na produção) nas empresas que são objeto de fabricação de apenas um produto. Um exemplo de custo indireto é o aluguel da fábrica, o supervisor geral da fábrica, ou seja, o mesmo está indiretamente ligado ao produto. • Custos fixos – Com base no pensamento de Martins (2003), o qual afirma que não existe custo ou despesa eternamente fixo, pode-se constatar que custo fixo é a soma de todos os fatores fixos de produção. É claro que, os custos fixos podem mudar, isso não os torna variáveis. Sendo que, torna-os fixos a uma nova taxa: ou mais alta ou mais baixa (MOWEN; HANSEN, 2003). Já, para Meglorini (2001), os custos fixos são aqueles decorrentes da estrutura produtiva instalada da empresa, que independem da quantidade que venha a ser produzida dentro do limite da capacidade instalada. Como por exemplo: salário dos operários da fábrica, depreciação das máquinas da produção, aluguel do prédio utilizado para produção da fábrica, dentre outros. • Custos variáveis – Estes custos, também são conhecidos como custos marginais em razão da exclusão das "cargas fixas". Imputa-se, na apuração do custeio direto: os materiais diretos, a mão-de-obra direta e os custos gerais variáveis. Este tipo de custos está diretamente ligado ao volume de produção ou de vendas. Sendo que, quanto maior for seu volume de produção maior serão os custos variáveis totais (WERNKE, 2005). Nesse sentido, segundo Mowen et al. (2003), custo variável é definido como aquele que, no total, varia na proporção direta à mudança em um direcionador de atividade. Um exemplo é a matéria-prima, pois se para produzir uma caneta se gasta $1 ao produzir duas canetas serão $ 2. 3.7 – FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA O preço de venda, em qualquer setor produtivo (quer seja de bens materiais ou intangíveis), ainda é um dos principais elementos de diferenciação e de competitividade. Por isso, destaca-se a necessidade de se conhecer perfeitamente os custos para que se possa calcular um preço de venda adequado ao mercado, sendo assim a empresa deve manter um sistema de monitoração constante do mercado. O preço ideal de venda é aquele que cobre os custos do produto ou serviço e ainda proporciona o retorno desejado pela empresa, sendo assim ela avalia se seu preço ideal de venda é compatível com aquele vigente no mercado. O método abrangente na formação de preços consiste na aplicação de um percentual (Mark-up) sobre o custo de produção ou operação. O percentual de Mark-up 14 é geralmente aplicado sem um embasamento mais profundo. Pode ser uma imitação do líder setorial, decisão administrativa, tradição e etc. Esse procedimento acarretauma rentabilidade efetiva menor ou maior do que a acreditada. Equação do Preço: PV = CP + CV + MC Para se chegar ao preço a ser praticado, muitas vezes pode-se empregar o Mark-up, do inglês marca acima, índice que, aplicado sobre os gastos de determinado bem ou serviço, permite a obtenção do preço de venda. Genericamente o mark-up pode ser empregado de diferentes formas: sobre o custo variável, sobre os gastos variáveis e sobre os gastos integrais. Equação do Mark-up(Multiplicador): Mark-up(Multiplicador) = 3.7.1 – FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA (BARRIL ABERTO) Em uma análise, os gestores chegaram aos seguintes dados. Despesas ADM 4% Despesas Comerciais 7% Comissões 5% Tributos (ICMS, PIS, COFINS) 27,25% Margem de lucro 20% Foram adquiridas neste primeiro momento 3.000 caixas totalizando assim um valor total de compra de R$100.000. Cada caixa contém 12 garrafas de 500 ml. Desta forma, cabe a vocês determinar o preço de venda da água por unidade, utilizando o mark-up multiplicador, considerando que o preço de mercado é R$ 6,00. Custo de Produção unitário: 100.000/3.000=33,33/12= R$ 2,77 unitário • Despesas % despesa total= despesas administrativas + comerciais + comissões + tributos % despesa total= 7%+9%+27,25 % despesa total=42,25% • Mark-up Multiplicador Mark-up Multiplicador = 1/1-(%despesa + % lucro) Mark-up Multiplicador = 1/1- (43,25% + 20%) Mark-up Multiplicador = 1/1-(63,25%) 1 1 - (% despesas + % lucro) 15 Mark-up Multiplicador = 1/1-0,6325 Mark-up Multiplicador = 1/0,3625 Mark-up Multiplicador = 2,721088435 • Preço de venda Preço de venda = 2,77 x 2,721088435 Preço de venda = 7,54 cada unidade O preço é maior do que de mercado, pois valor de marcado é de R$6,00 e da Barril Aberto é de R$ 7,54. 4 – PROCESSOS LOGISTICOS 4.1 – SISTEMA DE PRODUÇÃO EMPURRADA O sistema de produção empurrada é um sistema clássico de produção que teve origem na Revolução Industrial. O seu conceito é que em cada posto seja produzida a lista de itens entregue e empurrar os itens ao posto seguinte. Basicamente,não havia preocupação quanto à formação de estoques (matéria-prima, produto em processo, produto acabado), pois visava autilização intensiva dos recursos produtivos. Com o avanço dos estudos Joseph Orlick criou, em 1975, o sistema MRP – Planejamento das Necessidades de Materiais. Este é um sistema de planejamento e controle da produção empurrada que visa o atendimento dasnecessidades de materiais por meio de um planejamento mestre, do controle de estoques, da lista de materiais e da geração de ordens de produção. Durante os anos de 1970 e 1980 o MRP tornou-se o mais importante sistema e, posteriormente evoluiu para o MRP II (Planejamento dos Recursos de Produção), atuando nas áreas de produção, marketing e finanças, sendo as últimas, áreas fora da manufatura. (SLACK, 2002). Em uma produção empurrada, a informação dosmodelos de produtos a serem produzidos é gerada a partir da Programação da Produção, que é orientada pela previsão da demanda. As saídas dessa programação são as Ordens de Produção (OP) e as Ordens de Compra (OC). Assim os postos de trabalho iniciam a produção das Ordens de Produção e o setor de Suprimentos executa a Ordem de Compra (Figura 1) (TUBINO, 2000). Preço de Compra $ 2,77 Mark-up % 20,00% Fator Mark-up 2,72 Preço de Venda $ 7,54 Preço de Venda $ 7,54 Custo Mercadoria $ 2,77 Margem de Contribuição $ 4,77 Ganho sobre a Venda % 63,25% Simulador Mark-up Custo Mercadoria Margem de Contribuição 7,54 63,25% 4,77 2,77 Cenário de Formação de Preço de Venda com Mark-up Estrutura de Cálculo Dashboard de Resultados Valores e Indicadores01 Margem Venda Margem de Contribuição Valor em Reais Custo Mercadoria Valor em Reais R$ R$ % 16 4.1.1 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SISTEMA EMPURRADO Segundo Fernandes e Godinho Filho (2010), sistemas produtivos tem suas vantagens e desvantagens,e no caso do sistema de produção empurrada não é diferente. Dentre as vantagens deste sistema destacam-se: • Maior controle das operações de manufatura: através da centralização das informações no PCP; • Definição dos prazos de entrega: por ter controlado os tempos de produção e pela formação de estoques; • Maior aceitação à variabilidade da demanda:por se gerar estoques durantes todo o processo; • Facilidade de lidar com estruturas complexas, pelo trabalho informatizado e pela utilização de uma Lista de Materiais em níveis. Dentre as desvantagens do sistema empurrado podem ser destacados: • Inventários maiores de matéria-prima: para atender o processo empurrado é necessário garantir que há matéria-prima disponível para atender à produção; • Estoques em processo maiores: pois o posto não produz somente o que seu sucessor necessita, mas sim tudo que esse posto pode ou deve produzir; • Necessidade de maior controle do PCP na produção: uma vez que todos os dados estão sendo gerados pelo PCP, o controle destes também deve ser responsabilidade do PCP; • Custos operacionais maiores: quando existe produção além do que é necessário há desperdício de recursos de mão-de-obra, dos estoques, de produção; • Dificuldade de identificar falhas no processo: por se gerar estoques muitas vezes produtos defeituosos não causam paradas na produção, não chamando atenção dos gestores e operadores. 4.2 – SISTEMA DE PRODUÇÃO PUXADA No sistema de produção puxada o fluxo dos materiais é o mais importante,assim, o acúmulo de materiais entre processos é considerado um grande desperdício e o principal objetivo do sistema é reduzir estoques e evitar superproduções. Assim, numa produçãopuxada só há produção se houver pedido, e cada processo puxa peças do processo anterior, fazendo com que inexista uma programação do PCP para cada etapa da produção. Os níveis dos estoques são controlados pelo operador Kanban, que é o responsável pelo funcionamento do sistema. Sistemas como o Just-in-time (JIT), ou podendo também ser conhecido como Sistema Toyota de Produção (STP), é um dos principais sistemas de produção puxada utilizados. Segundo Slack (2002), o JIT se 17 define por produzir bens somente no momento em que eles são necessários e eliminar os desperdícios de produção, sendo definido como um sistema de manufatura enxuta, ágil e de fluxo contínuo.Vollmannet al. (2006) cita que o Sistema Toyota de Produção é mais avançado sistema puxado do mundo. Isso se dá pela filosofia empregada no STP que vai muito além da redução de estoques e produção enxuta, sendo também empregado melhorias de qualidade, redução dos custos e das não conformidades. No sistema de produção puxada, o processo é iniciado somente após o cliente requerer o produto, essa informação de necessidade é repassada ao processo imediatamente anterior que necessita das peças para executar o seu processo, então requisita ao processo anterior e assim sucessivamente até que se chegue ao fornecedor. Numa cadeia totalmente puxada esse 12 fluxo de informação chega até o fornecedor inicial, ou seja, o primeiro da cadeia de produção. Esomente quando a informação chega ao fornecedor inicial que são produzidas as peças na quantidade estipulada pela informação e o fluxo dos materiais segue em sentido inverso à informação. 4.2.1 – VANTAGENS E DESVANTAGESDO SISTEMA PUXADO • Apesar de todos os benefícios da produção puxada, há também alguns pontos fracos. As principais vantagens são: • Redução dos estoques; • Redução do custo operacional do PCP; • Melhoramento da qualidade; • Redução dos custos de produção; • Geração de valor no processo; • Motivação para os envolvidos;• Flexibilidade daprodução; • Aumento da confiabilidade no sistema. E as principais desvantagens são: • Vulnerabilidade da produção a fatores externos e internos; • Ociosidade de trabalho em momentos de baixa demanda; • Demora na entrega de produtos ou até mesmo falta quando há uma demanda acima do normal; • Dependência da qualidade do fornecedor; • Necessidade de confiança nos colaboradores e na administração; • Restrição de variabilidade de produtos; • Tempos de preparação da linha altos gera ineficiência do processo. Com isso,em determinadas empresas aplicar um sistema de produção totalmente puxado é impossível. Então para estas empresas a agregação dos sistemas puxados e empurrados pode ser a melhor opçãopara que aumentar o desempenho em ambos, buscando o maior aproveitamento dos dois sistemas. (VOLLMANN et al., 2006). 5 – SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS 18 Os sistemas de informações funcionais (SIG), oferecem informações na forma de relatórios aos gerentes de nível intermediário, como apoio no planejamento, na organização e no controle de operações. O termo SIG é ocasionalmente utilizado como um conceito abrangente para todos os sistemas de informação combinados. Um SIG produz principalmente três tipos de relatórios: rotina, ocasionais e exceção. • Relatórios de Rotina: São produzidos em intervalos programados, variando desde relatórios de controle de qualidade por hora, até relatórios mensais de taxas de absenteísmo. • Relatórios Detalhados: mostram um nível maior de detalhes; por exemplo, um gerente pode examinar as vendas por região e decidir "detalhar mais" para ver as vendas por loja, e depois as vendas por vendedor. • Relatórios Indicadores Principais: resumem o desempenho de atividades críticas; por exemplo, um diretor financeiro pode querer examinar o fluxo de caixa e a quantidade de dinheiro disponível. • Relatórios Comparativos: comparam o desempenho de diferentes unidades de negócios ou período de tempo. • Relatórios de Exceção: excluem apenas informações que estão fora de padrões de limites. Os sistemas são configurados para monitorar o desempenho, comparar o desempenho real com os padrões e identificar exceções predefinidas. Os principais componentes que formam um Sistema são: os objetivos, as entradas, o processo de transformação, as saídas, os controles e as devidas avaliações, além da retroalimentação constante das informações. As entradas têm como finalidade abastecer o Sistema com informações e materiais, consequentemente o processo de transformação realiza a transformação das informações ou materiais em um produto ou serviço, desta maneira, as saídas do sistema é o resultado do processo de transformação, que por sua vez, passa pelo processo de controle e avaliações das respectivas saídas do Sistema, no entanto, esses processos necessitam de retroalimentação constantemente, que por sua vez, são realizados através de feedback do Sistema. Um SIG depende de um processo administrativo, que focalize nas necessidades da empresa, no entanto, o Sistema terá algumas limitações, pois o cenário é composto por vários elementos que não pertencem ao Sistema propriamente dito, dificultando em alguns momentos os responsáveis pelo funcionamento desses processos. Essas limitações podem ocorrer em virtude de alguns fatores externos (público alvo), assim como, também de fatores internos (equipamentos obsoletos). A implantação de um SIG deverá conter alguns pontos importantes, como o investimento, que deverá ocorrer de uma maneira gradativa, os volumes que devem ser produzidos de uma maneira crescente, e a produção, que deverá apresentar qualidade, preços competitivos, tecnologias atuais, além da engenharia de produto e de produção respectivamente. Essa distribuição deverá seguir uma logística exemplar, a busca por inovações deverá ser constante, agregando serviços aos produtos, sem esquecer a comunicação e o marketing orientado, e por fim, a flexibilidade empresarial, que permite uma maior variação dos cenários da empresa. 19 11 – CONCLUSÃO Com o crescimento acelerado pela globalização e a grande competitividade no mercado, os gestores não possuem mais a sua preocupação voltada apenas para preços, qualidade e diversidades de produtos, mas também para a gestão de materiais nos armazéns e centros de distribuição, e isto tem levado as empresas a uma busca contínua em eficiência de suas atividades logísticas, dentre elas a distribuição física. Estas habilidades exploradas de modo eficaz podem gerar uma competência essencial para as empresas competirem no mercado por meio do gerenciamento adequado de centros de distribuição. Observou-se que a distribuição física visa planejar, harmonizar e integrar equipamentos, mão-de-obra, material, áreas de movimentação, estocagem, administração, enfim todos os itens que possibilitam uma atividade industrial ou de serviços, a fim de obter o relacionamento eficiente e econômico para a organização. Desta forma, para que uma empresa possa gerir seus fluxos logísticos de forma eficiente é importante que possua um sistema de informação adequado, para controlar e otimizar os fluxos de informações e o fluxo físico entre os elos da cadeia de suprimentos, dentro de objetivos estratégicos definidos, gerando vantagens competitivas e diminuindo desperdícios ao longo de toda a cadeia. De um modo geral, o sucesso da implantação de sistemas logísticos nas empresas e as vantagens advindas de sua aplicação, depende do processo de amadurecimento empresarial. Dessa forma, todo o processo logístico pode ser otimizado, permitindo a maior eficácia nos processos internos e de comunicação com a cadeia de suprimentos. Finalizando, um SIG tem como objetivo realizar o processo de transformação dos dados em informações, de uma maneira que as decisões da empresa sejam tomadas de forma estruturada, permitindo assim, uma melhor sustentação administrativa, resultando consequentemente na otimização de resultados. 20 REFERÊNCIAS SUCUPIRA, I. F., Programação por Propagação de Restrições: Teoria e Aplicações. Relatório Final de Iniciação Científica, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 2003. 14p. Disponível em: Acesso em 05/05/2018. AROZO, R. Softwares de supply chain management: Definições, principais funcionalidades e implantação por empresas brasileiras. In: FIGUEIREDO, K. F.; FLEURY, P. F. & WANKE, P. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: Planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. São Paulo: Atlas, 2003. 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