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Gestão da Cadeia de Suprimentos Coordenação Pedagógica – IPEMIG SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................. 03 1 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ................................................. 05 1.1 As vantagens: melhorar a eficiência dentro e além da sua organização .... 05 2 A GESTÃO DO ESTOQUE ........................................................................... 10 2.1 Administração de materiais na empresa .................................................... 14 2.2 Importância da área de materiais ............................................................... 14 2.3. Sistema de administração de material ...................................................... 15 2.4. Classificação e identificação de materiais ................................................. 16 2.5 A gestão do estoque .................................................................................. 17 2.6 Sistema de gerenciamento de estoques .................................................... 20 3 CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO AVANÇADA - CDA .................................... 24 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS .......................................... 30 ANEXOS .......................................................................................................... 32 AVALIAÇÃO .................................................................................................... 36 3 INTRODUÇÃO Sejam bem-vindos ao curso de Especialização em LOGÍSTICA EMPRESARIAL oferecido pelo Instituto Pedagógico de Minas Gerais - IPEMIG. Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a graduação daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando referências atualizadas, embora saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso. As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e provado pelos pesquisadores. Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar nosso trabalho. Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que: aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação dos nossos/ seus alunos. Segundo Ballou (2004) a logística/cadeia de suprimentos é um conjunto de atividades funcionais (transporte, controle de estoques, etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pela qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor. Uma vez que as fontes de matérias-primas, fábricas e pontos de venda em geral não têm a mesma localização e o canal representa uma sequência de etapas de produção, as atividades logísticas podem ser repetidas várias vezes até um produto chegar ao mercado. Então, as atividades logísticas se repetem à medida que produtos usados são transformados a montante no canal logístico. 4 Visto que as empresas têm investido na implantação da cadeia de suprimentos na busca por vantagem competitiva, o objetivo nesta apostila é analisar teoria e prática da gestão de suprimentos. Reiteremos que se trata de uma reunião do pensamento de vários autores que entendemos serem os mais importantes para a disciplina. Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico. Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar dúvidas e aprofundar os conhecimentos. 5 1 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Hoje em dia fala-se muito em Suplly Chain Management (SCM), ou seja, Gestão da Cadeia de Suprimentos a qual pode ser entendida como um ponto de convergência de várias frentes do conhecimento e de atuação industrial, principalmente onde o nível de competição é mais acirrado. Conhecer o que está feito e já funciona é uma ação óbvia para se evitarem desperdícios de tempo e dinheiro. Estudos de Costa, Rodriguez e Ladeira (2005) apontam que enquanto o gerenciamento da cadeia de suprimento como conceito é recente, suas bases encontram-se em teorias antigas e estabelecidas (COOPER et al., 1997). Sua origem aparece intimamente ligada ao renascimento da logística na década de 1950, quando surge uma abordagem nova orientada a sua administração integrada. Curiosamente os mesmos fatos que propiciaram a evolução da logística deram origem, na opinião de diferentes autores, ao conceito de gestão da cadeia de suprimentos. O Supply Chain Management (SCM) - gerenciamento da cadeia de suprimentos - utiliza conceitos de e-business e tecnologias Web para coordenar e otimizar processos de negócios em cada um dos setores da sua empresa, desde o fornecedor do seu fornecedor até o cliente do seu cliente. 1.1. As vantagens: melhorar a eficiência dentro e além da sua organização As soluções de SCM baseadas em e-business podem ser aplicadas nas mais diversas áreas de negócios, como procurement (aprovisionamento), gerenciamento de estoques, previsões, almoxarifado e logística. Ao alinhar todos os passos do seu processo de negócios, a empresa poderá: Baixar os custos operacionais, através da redução das necessidades de estoques; Melhorar a satisfação dos clientes, mantendo sempre estoques adequados, o que vai manter suas ofertas sempre atualizadas e em sintonia com as tendências e mudanças do mercado; 6 Melhorar a produtividade, através do uso mais eficiente dos recursos, maior integridade dos dados, menor volume de erros na entrada de pedidos e comunicação mais rápida. O resultado é a melhoria da sua competitividade em geral. Evolução até SCM O homem sempre precisou buscar meios para a sobrevivência e para tal, desde cedo descobriu a importância de processos como produzir, armazenar e transportar bens. A Cadeia de Suprimentos visa otimizar os métodos e etapas de produção, compras e suprimentos, inventário, administração, previsões, armazenagem, transporte e entrega dos produtos. A importância estratégica da cadeia de suprimentos cresce influenciada por fatores como melhoria da qualidade das entregas, redução dos lead-times, número crescente de novos produtos, curtos ciclos de vida dos produtos e evidente que o controle interno de estoque e transporte destes suprimentos é essencial para que o produto final chegue sem problemas ao consumidor final (CARVALHO, 2004). Todo esse procedimento, desde a seleção/compra dos materiais e todo o seu fluxo dentro da empresa até se tornar um produto final, é chamado de Cadeia de Suprimentos. A SCM tem sido muitas vezes confundida com a Logística, embora a SCM tem abrangido um escopo maior de processos e funções que a logística, com o intuito de esclarecer a confusão, modificou a sua definição de Logística para indicar que ela é um subconjunto da SCM e que os dois termos não são sinônimos. A gestão da cadeia de suprimentos é a interação dos processos de negócios desde o usuário final até os fornecedores originais que providenciam produtos,serviços e informações que adicionam valor para os clientes e stakeholders. É claramente multifuncional e abrange interesses de diversas áreas tradicionais das empresas industriais (CARVALHO, 2004). A SCM pode ser vista como uma expansão natural e necessária da gestão da produção e de materiais para além dos limites físicos da empresa. O processo de globalização da economia e de expansão trouxe um novo conjunto de desafios e de 7 oportunidades à logística no geral. A logística tem papel fundamental na SCM de conhecer melhor a mesma como um todo para poder realizar os processos logísticos de forma efetiva e adequada. Também pode ser entendida como uma expansão da área de marketing, o detalhe é que na atualidade para o marketing continuar desempenhando essa função não basta apenas interagir com a empresa. Considera-se que as empresas devem estabelecer práticas gerenciais, que permitam a elas agir consistentemente com a filosofia de gestão adotada. Tradicionalmente o modelo de gestão adotado nas empresas para gerenciar o negócio tem como base uma estrutura funcional e departamentalizada, porém hoje em dia tem sido vista em termos de seus processos de negócios. Um modelo gerencial que busca obter sinergias através da integração dos processos de negócios chaves ao longo da cadeia de suprimentos. O objetivo principal é atender ao consumidor final e outros stakeholders da forma mais eficaz e eficiente possível, ou seja, com produtos e ou serviços de maior valor percebido pelo cliente final e obtido através do menor custo possível. O conceito de cadeia de suprimentos deve ser inicialmente entendido para dada organização como orientação de processo de negócio para clientes e fornecedores. Isso significa uma abordagem da empresa como processo e, portanto, compatível com essa configuração; a gestão da organização no conceito de gestão de processos planejar, suprir, produzir e entregar, no sentido da organização para os clientes, considerando a organização; nesse sentido, como componente de um processo maior, incluindo fornecedores, fornecedores de fornecedores etc. No encadeamento do processo suprir, produzir e entregar, estabelecem-se os vínculos efetivamente entre as diferentes organizações componentes da cadeia produtiva (podendo o conceito ser entendido para a distribuição). Os processos planejar, suprir, produzir e entregar podem ser bem mais compreendidos se analisados do ponto de vista de entradas/fornecedores (internos e externos), operações de transformação e saídas/clientes (internos e externos). A seguir, basicamente são detalhados esses macro processos de negócio (ou subprocessos do processo operado pela organização). 1. Planejar: constituído basicamente por sub-processos de gestão de demanda, gestão de estoques, gestão de distribuição e logística, incluindo 8 planejamento/programação, entre outras tarefas de suporte e decisão (como posição sobre make or buy, plano de negócio e gestão de produtos e linhas). 2. Suprir: constituído fundamentalmente por processo de gestão de suprimentos (definir aquisições, requisitar produtos, receber compras, inspecionar e avaliar recebimento) e gestão da estrutura de fornecimento (administrar relacionamento com fornecedores, responsabilizar-se pela qualidade, gerenciar transporte, gerir contratos etc.). 3. Produzir: constituído principalmente por processos de gestão da produção/fabricação (solicitar e receber produtos de entrada para o processo, suportar a produção e garantir a qualidade dos produtos) é gestão da estrutura de produção (envolvendo configuração, mudança e adaptação física, de engenharia, tecnologia, de programação e capacidade). 4. Entregar/atender a demanda: constituído por processos de gestão de pedidos (administrar pedidos, cotações, solicitações e indicações de produtos, gerenciar a configuração, alteração e manutenção dos bancos de dados desse processo, suportar os sub-processos e analisar crédito, fatura e contas à receber, assim como posição de recebimentos), gestão de estrutura de suporte ao entendimento da demanda (administrar relacionamento com canais, fluxo na cadeia e qualidade entregue de gestão do transporte e, se próprio negócio, da instalação (gerenciar logística e entrega de serviços de instalação). O conceito de gestão de cadeia de suprimentos passa a fazer sentido a partir da integração dos processos desenvolvidos pelas organizações de uma cadeia produtiva (e/ou distributiva) ou, mais operacionalmente, na compreensão da interação e interdependência entre os macro-processos dessas organizações. Podemos tomar como exemplo a sua aplicação no mercado, o aço usado em uma porta de automóvel. Uma companhia mineradora escava o solo que contém minério de ferro e depois extrai somente o ferro da terra. O minério de ferro é então vendido a uma usina siderúrgica, onde ele é processado com outros materiais para formar outros lingotes de aço. Os lingotes de aço são vendidos a outra empresa siderúrgica, onde são fundidos, laminados em lâminas longas, finas e temperados. Esses rolos de metal são 9 então vendidos a um fornecedor do setor automobilístico especializado em fazer portas. O metal laminado é recordado e estampado, e usado com outros materiais para compor uma porta de um carro completa. A porta é então vendida ao fabricante de automóveis, onde é montada com outros componentes para produzir um automóvel completo. O automóvel é então vendido a uma revendedora, que executa algum trabalho de preparação final, como, por exemplo, acrescentar frisos nas laterais do carro. O consumidor final compra então o automóvel do revendedor, o elo final na cadeia de suprimentos. Em essência, a gestão da cadeia como um todo pode proporcionar uma série de maneiras pelas quais é possível aumentar a produtividade e, em consequência, contribuir significativamente para a redução de custos, assim vamos identificar formas de agregar valor aos produtos. No primeiro plano estariam a redução de estoques, compras mais vantajosas, a racionalização de transportes, a eliminação de desperdícios, etc. O valor, por outro lado, seria criado mediante prazos confiáveis, atendimento em caso de emergências, facilidade de colocação de pedidos, serviços pós-vendas, entre outros. É importante ressaltar que isto é necessário em alto grau de integração entre fornecedor e cliente, que como parceiros diminuem custos ao longo da cadeia (entre 10% e 30%) e o tempo médio para o estoque (cerca de 50%) (RODRIGUES, 2004). O grande potencial do gerenciamento da cadeia de suprimentos de gerar vantagem competitiva, estreitar o relacionamento entre cliente e fornecedor e reduzir custos na cadeia de distribuição faz com que tenha grande importância nas empresas. A eficiência desse gerenciamento pode ser diferencial que tornará a empresa mais competitiva, direcionando o capital de giro para o que realmente é prioridade no momento. Quanto menor o estoque e quanto maior a capacidade da empresa e de seus fornecedores de agir em parcerias e com um gerenciamento integrado de suprimentos, melhor seu desempenho, resultados e lucratividade. O gerenciamento da cadeia de suprimentos é um cargo de grande importância nas organizações e deve ser desempenhado com competência e responsabilidade (CARVALHO, 2004; RODRIGUES, 2004). 10 2 A GESTÃO DO ESTOQUE Segundo Almeida e Lucena (2007) a gestão de estoques é um assunto vital e, frequentemente, absorve parte substancial do orçamento operacional de uma organização. Como eles não agregam valores aos produtos, quanto menor o nível de estoques com que um sistema produtivo conseguir trabalhar, mais eficiente será. A eficiência na sua administração poderá criar a diferença com os concorrentes, melhorando a qualidade, reduzindo os tempos, diminuindo os custos entre outros fatores,oferecendo, assim, uma vantagem competitiva para a própria empresa. É fundamental que as empresas diminuam, ao mínimo, a quantidade de estoques na cadeia de suprimentos, a fim de obter uma racionalização nos custos de armazenagem e respectiva manutenção. A logística exerce a função de responder pela movimentação de materiais, no ambiente interno e externo da empresa, desde a chegada da matéria-prima até a entrega do produto final ao cliente. Suas atividades podem ser distribuídas da seguinte forma: Atividades primárias: essenciais ao cumprimento da função logística, contribuem com o maior montante do custo total da logística. Transportes: refere-se aos meios utilizados para movimentar os produtos até os clientes: que podem ser via rodoviária, ferroviária, aeroviária e marítima. O gerenciamento desta atividade é de grande importância, em virtude do peso desse custo em relação ao total do custo da logística. Gestão de estoques: dependendo do setor em que a empresa atua e da sazonalidade, é necessário um nível mínimo de estoque que aja como amortecedor entre oferta e demanda. Processamento de pedidos: determina o tempo necessário para a entrega de bens e serviços aos clientes. 11 Atividades secundárias: exercem a função de apoio às atividades primárias na obtenção de níveis de bens e serviços requisitados pelos clientes, a saber: Armazenagem: envolve as questões relativas ao espaço necessário para estocagem dos produtos. Manuseio de materiais: refere-se à movimentação dos produtos no local de armazenagem. Embalagem de proteção: sua finalidade é proteger o produto. Programação de produtos: compreende programar, quando da necessidade de produção e seus respectivos itens da lista de materiais. Manutenção de informação: exige uma base de dados para o planejamento e o controle da logística (ALMEIDA; LUCENA, 2007). É por meio da gestão adequada das atividades primárias com as atividades de suporte que a logística empresarial vai atender ao objetivo de proporcionar ao cliente produtos e serviços que satisfaçam suas necessidades. É pela coordenação coletiva e cuidadosa dessas atividades relacionadas com o fluxo de produtos e serviços que a empresa obtém ganhos significativos, como redução dos estoques, do tempo médio de entrega, da produtividade, etc. A logística procura agrupar as diversas atividades da empresa relacionadas aos processos de produção e distribuição de seus produtos aos clientes e consumidores finais. Esse agrupamento permite à empresa melhor controle e maior integração dos diferentes departamentos, que, originalmente, tinham visão limitada de sua área de atividade. Muitas vezes prevalecem os interesses individuais, não importando o envolvimento que cada departamento tem sobre a distribuição dos produtos finais e consequente influência em toda a empresa. A logística integrada irá demandar a ótima administração, para que as empresas se tornem mais competitivas, tenham sistemas logísticos mais eficientes e eficazes, proporcionando melhor padrão de vida para todos e tornando-se, dessa forma, vital para a economia e para a empresa como uma entidade individual. Em sua evolução histórica, a logística tem dispensado tratamento fragmentado às várias atividades de movimentação de materiais e informações nas 12 empresas. No entanto, todas essas atividades procuravam contribuir com a melhoria dos fluxos ao longo de toda a organização, assim como melhorar os principais vínculos com fornecedores e clientes. A necessidade de compatibilizar todas as atividades para atingir o objetivo desejado permitiu que, por si só, elas fossem integrando-se umas as outras. A primeira integração parcial se originou de dois grandes subsistemas: o de materiais e o de distribuição física, ficando claro que a logística significa, essencialmente, planejamento e gestão de fluxos – fluxos físicos e informacionais. Em uma óptica de fluxos, as atividades logísticas, em seu conjunto, percorrem toda a cadeia de abastecimentos origem-destino. Assim, se por um lado, é evidente que existem realidades empresariais diversas, destaque-se as do produtor, do distribuidor e do prestador de serviços, por outro lado, fica clara a necessidade de uma visão global de toda a cadeia de abastecimento (ALMEIDA; LUCENA, 2007). O tratamento das atividades logísticas nas empresas pode ser classificado em várias fases, de acordo com o grau de inter-relação existente entre diversos agentes da cadeia. Esse relacionamento inicia na fase em que a empresa trata os problemas logísticos somente na ótica interna, passa em seguida pelos primeiros passos rumo à integração empresa-cliente, progride posteriormente em direção ao tratamento integrado empresa-fornecedor e atinge, finalmente, a fase da logística integrada que é a tendência atual, a procura de uma forma mais rentável e racional de distribuição dos produtos, não somente no aspecto interno, como também na integração com o ambiente externo. Considerando que a importância empresarial está em estudar como a distribuição pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, existe o interesse de que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem e na condição física que desejarem. Não podemos esquecer, porém, que temos o problema de os consumidores não residirem próximo às localidades onde os produtos se encontram. Para tanto, a logística empresarial é composta por um número de organizações e indivíduos que se encarregam de levar os produtos ou serviços ao local onde o comprador potencial se encontra, em tempo e momento convenientes, ao menor custo possível, a esses compradores e em condições de transferir a posse. 13 Essas vias são parte de um sistema complexo que tem envolvimento com forças sociais e culturais para que possa existir troca de consumo. Com a logística, as empresas passam a contar com uma ferramenta precisa para medir os reflexos de um bom planejamento na distribuição de suas mercadorias, tanto no que se refere aos aspectos externos, consumidores e fornecedores, quanto a seu aspecto interno, fluxo de materiais e armazenamento físico de matéria-prima e produtos acabados. Assim, essa ferramenta permite que as empresas tenham a possibilidade de reduzir custos e, consequentemente, aumentar sua competitividade diante dos concorrentes, nessa nova realidade de mercado globalizado em que fatores como redução de custos são primordiais para a continuidade das empresas (ALMEIDA; LUCENA, 2007). A logística na empresa é um assunto vital, exercendo uma função de estudar as formas de como a administração pode obter cada vez mais eficácia/eficiência nos seus serviços de distribuição aos clientes e consumidores, levando em consideração planejamento, organização e controles efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam a facilitar o fluxo de produtos. A logística representa um fato econômico em virtude da distância existente tanto de recursos (fornecedores), quanto de seus consumidores – e esse é um problema que a ela tenta superar. Isto é, se ela conseguir diminuir o intervalo entre sua produção e a demanda, fazendo com que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição física que desejarem, fica comprovado que ambas só têm a ganhar. Em virtude de nosso ambiente estar em processo acelerado de constantes mudanças, em razão dos avanços da tecnologia, alterações na economia e em outros fatores, a empresa tem de se adaptar a todo instante às novas realidades, colocando à prova seu desempenho e procurando sempre superar uma nova ordem das coisas (nova visão empresarial). Com isso, a logística gera um ambiente competitivo e somente sobreviverá quem seguir as regras dos outros. 14 2.1Administração de materiais na empresa A administração de materiais na empresa é um conjunto de atividades com a finalidade de assegurar o suprimento de materiais necessários ao funcionamento da organização, no tempo correto, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo melhor preço. É importante guardar: Antes do tempo correto, ocasiona estoques altos, acima da necessidade da empresa. Após o tempo correto, ocasiona falta de material para o atendimento das necessidades. Além da quantidade necessária, representa imobilizações em estoque ocioso. Sem atributos de qualidade, acarreta custos maiores e oportunidades de lucros não realizados. Aquém da quantidade necessária, pode levar à insuficiência de estoque. 2.2 Importância da área de materiais O grau de importância de um órgão de material está diretamente relacionado com o ramo de atividade da empresa. Porém, podemos garantir que a referida área sempre estará presente, pois qualquer atividade requer materiais e serviços. Em geral, no comércio, o envolvimento com materiais atinge de 70% a 85% do orçamento, na indústria entre 50% a 65%, e em prestadora de serviços está entre 10% a 15%. As principais atribuições da área de materiais são: Administração de estoques Controle das compras pendentes de entrega; Determinação dos níveis de estoques; Estudos dos métodos de ressuprimento; 15 Classificação de materiais; Controle físico dos materiais. Administração de compras Negociações; Diligenciamento de compras; Cadastro do fornecedor. Administração física Recebimento e expedição de materiais; Movimentação de materiais; Armazenagem; Alienação de materiais. 2.3. Sistema de administração de material Podemos ter o sistema de materiais, decomposto em vários subsistemas, tais como: Gestão de estoques: responsável pela gestão econômica dos estoques, por meio do planejamento e da programação da compra de material. Classificação de material: responsável pela identificação (especificação), codificação e cadastramento de todos os materiais. Cadastramento de fornecedores: encarregado da pesquisa de mercado e do cadastramento dos fornecedores. Aquisição: responsável pela gestão, negociação e contratação de compras de material através do processo de licitação. 16 Diligenciamento: responsável pelo acompanhamento do fornecimento de compras. Movimentação de materiais: responsável pela seleção de equipamentos e formas de movimentação de materiais dentro da empresa. Armazenagem: encarregados pela gestão física de materiais, compreendendo a guarda, preservação, embalagem, expedição e recepção dos materiais. Inspeção de recebimento: encarregado da verificação física e documental do recebimento do material podendo verificar os atributos qualitativos exigidos pela empresa. Alienação de material: responsável pelo estudo e proposição de alienação (venda, doação, permuta de itens obsoletos e irrecuperáveis à organização). Padronização e normalização de material: cabe à obtenção do menor número de variedades existentes de determinado tipo de material. Por meio das respectivas unificação e especificação propondo medidas para redução de estoques. 2.4. Classificação e identificação de materiais A classificação de materiais visa à identificação, codificação e catalogação de todos os itens de material da empresa atuante. Portanto, como uma função meio destinada ao apoio das demais atividades de suprimento. O sistema de classificação é primordial para qualquer área de material, pois, sem ele, não pode existir um planejamento eficiente de estoques, aquisições corretas de material e procedimentos adequados nas atividades de armazenamento. A classificação não deve gerar confusões, ou seja, um produto não pode ser classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo semelhante. Deve haver um material para cada código, e somente um; deve haver um código para cada material e somente um. A identificação do material pode ser feita pelos modelos descritivo e referencial. 17 1)Método de identificação descritivo: procura na descrição detalhada do item do material, apresentar todas as particularidades ou características que o individualizem, independentemente das referências do fabricante ou comerciais. Procura atribuir uma nomenclatura padronizada aos itens de material. A identificação detalhada apresenta a seguinte composição: Descrição padronizada Nome básico: é a denominação mais elementar de um item de material, constituindo-se no primeiro elemento a ser definido para sua identificação. Nome modificador: é a designação adicional empregada para distinguir itens do material possuidores de mesmo nome básico. Descrição técnica É um complemento da descrição padronizada, compreendendo dados relativos aos aspectos físicos, químicos, elétricos e construtivos do item do material. Descrição auxiliar Refere-se à complementação da identificação do item do material podendo conter informações de aplicação, embalagem unidade de fornecimento, permutabilidade, etc. 2)Método de identificação referencial: empregado em situações que são desnecessários maiores detalhamentos na identificação de material, sendo suficiente à referência ou ao código do fornecedor (fabricante) para sua caracterização e individualização. 2.5. Gestão de estoques Segundo Ballou (2004) devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas nunca podemos ser pego com algum estoque. É uma frase que descreve bem o dilema da descrição de estoques. O controle de estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25% a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa. Portanto, é importante a correta compreensão do seu papel na logística e de como devem ser gerenciados. 18 Quais as razões para manter estoque? A armazenagem de mercadorias prevendo seu uso futuro exige investimento por parte da organização. O ideal seria a perfeita sincronização entre a oferta e a demanda, de maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessária. Entretanto, como é impossível conhecer exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição. Na verdade, estoques servem para uma série de finalidades, ou seja: Melhoram o nível de serviço; Incentivam economias na produção; Permitem economias de escala nas compras e no transporte; Agem como proteção contra aumentos de preços; Protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento; Servem como segurança contra contingências. A administração de estoques é de importância significativa na maioria das empresas, tanto em função do próprio valor dos itens mantidos em estoque, associação direta com o ciclo operacional da empresa. Da mesma forma como as contas a receber, os níveis de estoques também dependem em grande parte do nível de vendas, com uma diferença: enquanto os valores a receber surgem após a realização das vendas, os estoques precisam ser adquiridos antes das realizações das vendas. Essa é uma diferença crítica, e a necessidade de prever as vendas antes de se estabelecer os níveis desejados de estoques torna sua administração uma tarefa difícil. Deve se observar também que os erros na fixação dos níveis de estoque podem levar à perda das vendas (caso tenham sido subdimensionados) ou a custos de estocagem excessivos (caso tenham sido superdimensionados), residindo, portanto, na correta determinação dos níveis de estoques, a importância da sua administração.19 Seu objetivo é garantir que os estoques necessários estejam disponíveis quando necessários para manutenção do ritmo de produção, ao mesmo tempo em que os custos de encomenda e manutenção de estoques sejam minimizados. Os estoques podem ser classificados de três formas: 1. Estoques de matérias-primas. 2. Estoques de produtos de processo de produtos e, 3. Estoques de produtos acabados. A razão para manutenção de estoques depende fundamentalmente da natureza desses materiais. Para a manutenção dos estoques de matérias-primas, são utilizadas justificativas, como a facilidade para o planejamento do processo produtivo, a manutenção do melhor preço deste produto, a prevenção quanto à falta de materiais e, eventualmente, a obtenção de descontos por aquisição de grandes quantidades. Essas razões são contra-argumentadas de várias formas. Atualmente, as modernas técnicas de administração de estoques, o conceito do Supply Chain Management que ajuda a reduzir custos, representam alternativas eficientes para evitar-se falta de materiais. Adicionalmente, a realização de contratos futuros pode representar um instrumento eficiente para proteger a empresa de eventual oscilação de preços de seus insumos básicos. Para a manutenção de estoques de materiais em processos, justifica-se a maior flexibilidade do processo produtivo, caso ocorra interrupção em alguma das linhas de produção da empresa. Obviamente, essa questão deve ser substituída pela adoção de processos de produção mais confiáveis, para se evitar a ocorrência dessas interrupções. A manutenção de estoques de produtos acabados é justificada por duas razões: garantir atendimentos efetuados para as vendas realizadas e diminuir os custos de mudança na linha de produção 20 Técnicas de administração de estoques 1)Curva ABC Segrega os estoques em três grupos, demonstrando graficamente com eixos de valores e quantidades, que considera os materiais divididos em três grandes grupos, de acordo com seus valores de preço/custo e quantidades. Sendo assim, materiais: “Classe A” representam a minoria da quantidade total e a maioria do valor total; “Classe C”, a maioria da quantidade total e a minoria do valor total; “Classe B”, valores e quantidades intermediárias. O controle da “classe A” é mais intenso; e os controles das “classes B e C”, menos sofisticados. 2)Modelo de lote econômico Permite determinar a quantidade ótima que minimiza os custos totais de estocagem de pedido para um item do estoque; considerando-se os custos de pedir e os custos de manter os materiais; sendo que os custos de pedir são os fixos, administrativos ao se efetuar e receber um pedido, e os custos de manter são os variáveis por unidade da manutenção de um item de estoque por um determinado período (custo de armazenagem), segundo a “oportunidade” de outros investimentos. Custo total = custo de pedir + custo de manter Ponto de pedido - Determina em que ponto os estoques serão pedidos levando-se em consideração o tempo de entrega dos principais itens. Ponto de pedido = tempo de reposição em dias x demanda diária 2.6 Sistema de gerenciamento de estoques Os sistemas básicos utilizados na administração de estoques são: 21 1. FMS (Flexible Manufacturing System) Nesse sistema, os computadores comandam as operações das máquinas de produção e, inclusive, comandam a troca de ferramentas das operações de manuseio de materiais, ferramentas, acessórios e estoques. Pode-se incluir no software módulos de monitoração do controle estatístico da qualidade. Normalmente, é aplicado em fábricas com grande diversidade de peças de produtos finais montados em lotes. Podemos destacar, entre as vantagens do FMS, as seguintes: Permite maior produtividade das máquinas, que passam a ter utilização de 80% a 90% do tempo disponível; Possibilita maior atenção aos consumidores em função da flexibilidade proporcionada; Diminui os tempos de fabricação; Em função do aumento da flexibilidade, permite aumentar a variedade dos produtos ofertados. 2. MRP (Material Requirement Planing) O MRP é um sistema completo para emitir ordens de fabricação, de compras, controlarem estoques e administrar a carteira de pedidos dos clientes. Opera em base semanal, impondo, com isso, uma previsão de vendas no mesmo prazo, de modo a permitir a geração de novas ordens de produção para a fábrica. O sistema pode operar com diversas fórmulas para cálculo dos lotes de compras, fabricação e montagem, operando ainda com diversos estoques de material em processo, como estoque de matérias-primas, partes, submontagens e produtos acabados. A maior vantagem do MRP consiste em utilizar programas de computadores complexos, levando-se em consideração todos os fatores relevantes para conseguir o melhor cumprimento de prazos de entrega, com estoques baixos, mesmo que a fábrica tenha muitos produtos em quantidade, de uma semana para outra. Um ponto fundamental para o correto funcionamento do sistema é a rigorosa disciplina a ser observada pelos funcionários que interagem com o sistema MRP, em 22 relação à informação de dados para computador. Sem essa disciplina, a memória do MRP acumulará erros nos saldos em estoques e nas quantidades necessárias (ALMEIDA; LUCENA, 2007). 3. Sistema periódico A característica básica desse sistema é a divisão da fábrica em vários setores de processamento sucessivo de vários produtos similares. Cada setor recebe um conjunto de ordens de fabricação para ser iniciado e terminado no período. Com isso, no fim de cada período, se todos os setores cumprirem sua carga de trabalho, não haverá qualquer material em aberto. Isso facilita o controle de cada setor da fábrica, atribuindo responsabilidades bem definidas. Esse sistema com período fixo é antigo, mas, devido às suas características, não se tornou obsoleto face aos sistemas modernos, nos quais é possível a adoção de períodos curtos, menores que uma semana. 4. OPT (Optimezed Production Technology) O sistema OPT foi desenvolvido com uma abordagem diferente dos sistemas anteriores, enfatizando a racionalidade do fluxo de materiais pelos diversos postos de trabalho de uma fábrica; os pressupostos básicos do OPT foram originados por formulações matemáticas. Nesse sistema, as ordens de fabricação são vistas como tendo de passar por filas de espera de atendimento nos diversos postos de trabalho na fábrica. O conjunto de postos de trabalho forma então, uma rede de filas de espera. O sistema OPT usa um conjunto de coeficientes gerenciais para ajudar a determinar o lote ótimo para cada componente ou submontagem a ser processado em cada posto de trabalho. Muita ênfase é dedicada aos pontos de gargalo da produção. 23 5. Sistema Kanban – Just in time (JIT) O sistema Kanban foi desenvolvido para ser utilizado onde os empregados possuem motivação e mobilização, com grande liberdade de ação. Nessas fábricas, na certeza de que os empregados trabalham com dedicação e responsabilidade, é legítimo um trabalhador parar a linha de montagem ou produção porque achou algo errado. Os empregados mantêm-se ocupados todo o tempo, ajudando-se mutuamente ou trocando de tarefas conforme as necessidades. O sistema Kanban - JIT é um sistema que “puxa” a produção da fábrica, inclusive até o nível de compras, pelas necessidades geradas na montagem final. As peças ou submontagens são colocadas em caixa feitas especialmente para cada uma dessas partes, que, ao serem esvaziadas na montagem, são remetidas ao posto de trabalho que faz a última operação a essa remessa, funcionando como uma ordem de produção (OHNO, 1997). Em suma, o controle de estoques exerce influência muito grande na rentabilidade da empresa. Eles absorvem capital que poderiaser investido de outras maneiras. Portanto, aumentar a rotatividade do estoque auxilia a liberar ativos e economiza o custo de manutenção e de controle, que podem absorver de 25% a 40% dos custos totais, conforme mencionado anteriormente (em anexo um texto comparativo entre o sistema Ford e o sistema Toyota utilizando o Kanban). Podemos concluir que o gerenciamento dos estoques nas empresas é fundamental para a diminuição dos custos. Estoques elevados e precariamente administrados são fatores que oneram o preço final dos produtos, bem como uma aplicação indevida do capital de giro das empresas. A competitividade das empresas no mundo globalizado exige uma correta manutenção desse ativo, sendo fundamental manter apenas as quantidades necessárias para a produção. A correta gestão de estoques na cadeia de suprimentos não pode ser efetuada isoladamente, algumas medidas de controle de produção podem ser implementadas pela empresa. Porém, é fundamental que a cadeia de suprimentos esteja no mesmo nível de evolução e a relação cliente-fornecedor tenha um sincronismo total (ALMEIDA, LUCENA, 2004; SILVA, 2009). 24 3 Centro de Distribuição Avançado (CDA) Os Centros de Distribuição Avançados são típicos de sistemas de distribuição escalonados, em que o estoque é posicionado em vários elos de uma cadeia de suprimentos. Seu objetivo é permitir rápido atendimento às necessidades dos clientes de determinada área geográfica distante dos centros produtores. Além de buscar rápido atendimento, os centros de distribuição avançados possibilitam a obtenção de economias de transporte, visto que operam como centros consolidadores de carga. Em vez de atender a um grupo de clientes diretamente dos armazéns centrais, o que poderia implicar movimentação de cargas fracionadas por grandes distâncias, a utilização dos centros de distribuição avançados permite o recebimento de grandes carregamentos consolidados e, portanto, com custos de transportes mais baixos. O transporte até o cliente pode ser feito em cargas fracionadas, mas este é realizado em movimentos de pequena distância, conforme mostra a figura 4 abaixo (FLEURY, 2000). CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO AVANÇADO CARGA FRACIONADA CARGA CONSOLIDADA GRANDES DISTÂNCIAS Fonte: LACERDA (2000, p. 155) FORNECEDOR OU ARMAZÉM CENTRAL CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO AVANÇADO CLIENTE 1 CLIENTE 2 CLIENTE 3 25 Transit point Segundo Lacerda (2000, p. 157) as instalações do tipo transit point são bastante similares aos centros de distribuição avançados, mas não mantêm estoques. O transit point é localizado de forma a atender a determinada área de mercado distante dos armazéns centrais e opera como uma instalação de passagem, recebendo carregamentos consolidados e separando-os para entregas locais a clientes individuais. Uma característica básica dos sistemas tipo transit point é que os produtos recebidos já têm os destinos definidos, ou seja, já estão pré-alocados aos clientes e podem ser imediatamente expedidos para entrega local. Não há espera pela colocação dos pedidos. Essa é uma diferença fundamental em relação às instalações de armazenagem tradicionais, em que os pedidos são atendidos a partir de seu estoque. As instalações do tipo transit point são estruturalmente simples, necessitando de baixo investimento em sua instalação. Seu gerenciamento é facilitado, pois não são executadas atividades de estocagem e picking, que exigem grande nível de controle gerencial. Seu custo de manutenção, portanto, é relativamente baixo (LACERDA, 2000). “Os transit points guardam as mesmas relações de custo de transporte que os centros de distribuição avançados, visto que permitem que as movimentações em grandes distâncias sejam feitas com cargas consolidadas, que resultam em baixos custos de transporte” (NANTES, 2001, p. 62 apud FLEURY, 2006). Decisões de localização da instalação Encontrar instalações fixas ao longo da rede logística é um problema importante de decisão que dá formato, estrutura e forma ao sistema logístico inteiro. Esse projeto, por sua vez, define as alternativas e seus custos associados, que podem ser usados para operar o sistema (BALLOU, 2006). 26 Chopra e Meindl (2003, p. 322) afirmam que o objetivo dos gerentes ao decidirem os locais de suas instalações e alocarem capacidade deve ser o de maximizar a lucratividade total da rede de cadeia de suprimento. É importante ao gerente, conhecer as seguintes informações elencadas abaixo, antes de decidir pela execução do projeto: Local das fontes de suprimentos e mercados. Possíveis locais para instalação. Previsão de demanda por mercado. Custos de instalação, mão de obra e matéria-prima por local. Custos de transporte entre cada par de localidades. Custos de estoque por local e de acordo com a quantidade (CHOPRA E MEINDL, 2003, p. 322). A partir dessas informações, podem ser aplicados os modelos gravitacional de localização ou de otimização de rede para o desenvolvimento do projeto, como explicados a seguir. Modelo Gravitacional de Localização Os modelos gravitacionais são utilizados para encontrar localidades que minimizem o custo do transporte de matérias-primas de fornecedores e de produtos acabados para os mercados-alvo. Os modelos gravitacionais supõem que tanto os mercados como as fontes de suprimentos localizam-se como pontos em uma tabela em um plano. Todas as distâncias são calculadas como a distância geométrica entre dois pontos nesse plano. Esses modelos supõem que o custo de transporte aumenta linearmente com a quantidade embarcada (CHOPRA e MEINDL, 2003, p. 322). A localização ideal será aquela resultante de um dado conjunto de pontos que representam os pontos de fonte e os pontos de demanda. Junto com seus valores, os quais devem ser movimentados para uma instalação de localização desconhecida e suas taxas de transporte associadas. 27 Modelos de Otimização de redes Ao projetar uma rede de cadeia de suprimentos, normalmente existem diversos estágios, entre eles, fornecedores, fábricas, depósitos e mercados. Podem existir ainda outras instalações intermediárias tais como centros de consolidação ou pontos de passagem. Além de determinar os locais das instalações, o gerente também deve decidir como os mercados serão alocados nos depósitos e como os depósitos serão alocados nas fábricas (CHOPRA E MEINDL, 2003, p. 324). Existem também custos fixos e variáveis associados a instalações, transporte e estoques em cada instalação. Os custos fixos são aqueles contraídos independentemente do quanto uma instalação produz ou despacha. Os custos variáveis são aqueles contraídos proporcionalmente à quantidade produzida ou despachada por uma determinada instalação (CHOPRA E MEINDL, 2003). Ferramentas de roteirização Como os custos de transporte variam tipicamente entre um terço e dois terços do total dos custos logísticos, melhorar a eficiência é de grande interesse. Para Ballou (2006) reduzir o custo dos transportes é também melhorar o serviço ao cliente, encontrando os melhores trajetos que um veículo deve fazer através de malha rodoviária, linhas de ferrovias, linhas de navegação aquaviária ou rotas de navegação aérea, os quais minimizarão o tempo ou a distância, é um problema frequente de decisão. O rápido desenvolvimento da informática nos últimos anos é responsável pelo surgimento de programas de computador voltados à solução desse tipo de problema. Pacotes específicos são comercializados, operando em micro ou minicomputadores. Os programas mais sofisticados levam em consideração as coletas e entregas de cada rota, permitindo o uso de diferentes tipos de veículo, controlando o carregamento por peso, volume ou pornúmero de paradas, e estabelecendo horários de partida e de chegada ao depósito (ALVARENGA E NOVAIS, 2000, p. 183). 28 Atualmente, o mercado dispõe de um número razoável de softwares de roteirização, que ajudam as empresas a planejarem e programarem os serviços de distribuição física, exemplificado na figura abaixo. FOTO SATÉLITE – PROGRAMA DE DISTRIBUIÇÃO CDA Para escolher um software adequado às condições reais da empresa, o ideal é definir uma ou mais situações para testar os sistemas disponíveis no mercado. Algumas observações e sugestões podem ajudar nesse processo de seleção. Praticamente todos os softwares de roteirização não são sistemas que podem ser instalados pelo usuário e utilizados imediatamente, sem apoio técnico. Normalmente requerem a participação de um ou mais consultores, com o objetivo de adaptar o caso em questão ao formato próprio do produto e treinar o pessoal que irá utilizá-lo na empresa. Alguns softwares exigem simplificações para resolver certos tipos de problema e, em alguns casos, essas situações não ficam muito claras na hora da aquisição. Ex. o software restringir o número de entregas. Todos os roteirizadores operam sobre uma representação digital da rede viária (ruas, no ambiente urbano e rodovias, nas ligações interurbanas). Para bem utilizar um software de roteirização, essa base de dados, representando a rede viária, 29 deve estar disponível, pois, caso contrário, a empresa usuária terá que desenvolvê-la, com custos e tempo razoáveis. Nível de Serviço Uma das premissas básicas no planejamento de um sistema logístico é que as atividades que compõem a operação logística devem ser estruturadas de modo a se atingir determinado nível de serviço ao cliente, ao menor custo total possível (HIJJAR, 2006, p.145 apud FLEURY, 2006). Segundo Figueiredo (2006) prestar um serviço logístico de excelência tem sido o objetivo de inúmeras empresas que perceberam no atendimento, e até mesmo na superação das expectativas de seus clientes, uma forma de garantir sua lealdade e conquistar novas contas. É através do serviço que as empresas procuram diferenciar seus produtos, fazendo com que os clientes percebam mais valor naquilo que estão comprando. A maior responsabilidade da logística, no que se refere ao nível de serviço, está na distribuição física. Informações de disponibilidade de estoque, entrega do produto certo, quantidade correta e o mais significativo para o cliente, o tempo de ciclo do pedido. Para Ballou (2006) mesmo não existindo nenhum acordo geral para uma melhor e mais apropriada definição de logística de serviços ao cliente, pesquisas indicam que o tempo do ciclo do pedido e os elementos que compõem estão entre os mais críticos. Mesmo para a logística de serviços ao cliente em geral, os componentes logísticos parecem ter um papel dominante. Do ponto de vista prático e conceitual, o serviço ao cliente representa o componente-chave que diferencia a logística moderna da abordagem tradicional, a qual tratava somente das questões relacionadas à eficiência operacional. Atualmente, considerar as necessidades dos clientes constitui ponto de partida para o desenvolvimento de uma estratégia logística de vanguarda. 30 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ALMEIDA, Daison de; LUCENA, Maxwell. Gestão estoques na cadeia de suprimentos. Belo Horizonte: IETEC - Instituto de Educação Tecnológica, 2007. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/Logística Empresarial. 5 ed. São Paulo: Artmed, 2004. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física; tradução Hugo T.Y. Yoshizaki. São Paulo: Atlas, 1993. BOWERSOX, D.J., CLOSS, D.J. Logística Empresarial. São Paulo: Editora Atlas, 2008. CARVALHO, Tatiane Cristina Costa. Gestão da Cadeia de Suprimentos. Hortolândia: Faculdades Hoyler, 2004. CHOPRA, Sunil; MEINDL, Peter. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e operação. Trad. Claudia Freire. São Paulo: Prentice Hall, 2003. CHRISTOPHER, Martin; Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: estratégias para redução de custos e melhoria dos serviços; tradução Francisco Roque Monteiro Leite. São Paulo: Editora Pioneira, 1997. DIAS, M. A. P. Administração de Materiais: uma Edição Compacta. São Paulo: Atlas, 1996. FERNANDES, J. C. F. Administração de Materiais: uma Abordagem Básica. São Paulo: Atlas, 1987. FIGUEIREDO, Kleber Fossati; FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter; (orgs.). Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. 1ª Ed. 3ª reimp. São Paulo: Atlas, 2006. (Coleção COPPEAD de Administração). HONG, Yuh Ching. Gestão de estoques na cadeia logística integrada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1993. KOBAYASHI, Shun'ichi. Renovação da logística: como definir estratégias de distribuição física global. SP: Atlas, 2000. MARINS, Petrônio Garcia; CAMPOS, Paulo Renato. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2000. MERLI, G; Comakership. A Nova estratégia para os Suprimentos. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, 1994. 31 MOURA, R. A. Manual de Logística: Armazenagem e Distribuição Física. Volume 2. São Paulo: IMAM, 1997. NOVAES, A. G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. São Paulo: Campus, 2004. OHNO, Taiichi. O sistema Toyota de produção. Bookman 1997. RODRIGUES, Sidimara. Supply Chain Management.Taubaté: Universidade de Taubaté, 2004. SILVA, Felipe Rodrigues da. Gestão de Estoque. São Paulo: ETEC, 2009. TELLES, Renato. Marketing Empresarial. São Paulo: Editora Saraiva, 2000. VIANNA, J. J. Administração de Materiais: um Enfoque Prático. São Paulo: Atlas, 2002. ANEXOS Kanban – JIT - sistema Toyota de produção Durante décadas, os Estados Unidos baixaram custos produzindo em massa um menor número de tipos de carros. Era um estilo de trabalho americano, não japonês. O problema da Toyota era como cortar custos e, ao mesmo tempo, produzir pequenas quantidades de muitos tipos de carros. Com a finalidade de alcançar esse objetivo, iniciou-se a elaboração do Justin- time que significa, - processo de fluxo; as partes corretas necessárias à montagem alcançam a linha de montagem no momento em que são necessários e somente na quantidade exata. Uma empresa que estabeleça esse fluxo integralmente pode chegar a estoque zero. Observando-se sob o ponto de vista de gestão, esse é um estado ideal, entretanto, em um produto feito com milhares de componentes, o número de processos envolvidos é enorme. Obviamente que é muito difícil aplicar o just-in-time ao plano de produção de todos os processos de forma ordenada. Frequentemente, é usada a palavra eficiência ao falar sobre produção, gerência e negócio. Eficiência nas empresas, em geral, significa redução de custos. 32 Na Toyota, como em todas as indústrias manufatureiras, o lucro só pode ser obtido com a redução de custos. Quando se aplica princípio de custos preço de venda = lucro + custo real passa-se ao consumidor a responsabilidade do custo. Esse princípio não tem lugar na atual indústria competitiva. Estabelecer um fluxo de produção e manter um constante suprimento externo de matérias-primas para as peças serem usinadas eram os modos pelos quais o sistema Toyota, ou japonês de produção seria operado. Foi necessário efetuar um trabalho de campo com os fornecedores externos, primeiro verificando as necessidades e, depois, conseguindo uma produção nivelada, conforme a situação, discutindo a cooperação do fornecedor em termos de mão de obra, materiais e dinheiro. Esse processo foi lento, pois foi necessáriauma revolução de consciência; um industrial pode se inquietar com a sobrevivência nesta sociedade competitiva sem manter alguns estoques de matérias-primas, produtos semi-acabados e produtos prontos. Esse tipo de estocagem, contudo, já não é mais prático. A sociedade industrial deve desenvolver coragem, ou melhor, bom senso, e buscar apenas o que é necessário, quando for necessário e na quantidade necessária. Normalmente, em uma empresa o Quê, o Quando e o Quanto são estabelecidos pela seção de planejamento de produção. Quando esse sistema é utilizado, o Quando é determinado arbitrariamente, e as pessoas pensam que estará tudo bem, se as peças chegarem a tempo, ou antes, teremos um problema, a palavra Just (apenas) em just-in-time (apenas a tempo) significa exatamente isso. Se as peças chegarem antes que sejam necessárias e não no momento exato, o desperdício não será eliminado. No sistema Toyota de produção, o método de trabalho utilizado para atingir o Just-in-time é o Kanban. O kanban impede totalmente a superprodução, como resultado, não há necessidade de estoque extra e não há necessidade de depósito. São regras do Kanban: Regra 1: O processo subsequente deve retirar no processo precedente os produtos necessários nas quantidades necessárias e no tempo necessário. 33 Regra 2: O processo precedente deve produzir seus produtos somente nas quantidades requisitadas pelo processo subsequente. Regra 3: Produtos com defeitos não devem ser enviados ao processo subseqüente. Regra 4: O número de kanbans deve ser minimizado, procurando com isto ter sempre a mínima quantidade de estoque em processo. Regra 5: O kanban é usado para adaptar pequenas flutuações na demanda. A primeira e segunda regras do Kanban servem como um pedido de retirada, um pedido de transporte e como uma ordem de fabricação. A regra três do Kanban proíbe que se retire qualquer material ou que produza qualquer mercadoria sem um Kanban. A regra quatro requer que um Kanban seja afixado às mercadorias. A de número cinco exige produtos 100% livres de defeitos, ou seja, não envia peças defeituosas para o processo subsequente. O Kanban é sempre movido com as mercadorias necessárias e assim se torna uma ordem de fabricação para cada processo. Dessa forma, pode-se evitar a superprodução, que é a maior perda na produção. Os processos de produção não precisam de estoques adicionais. Assim, se o processo anterior gerar peças defeituosas, o processo seguinte deve parar a linha. Todos veem quando ocorre essa falha, e a peça defeituosa é levada de volta ao processo anterior. É preciso um grande esforço para praticar todas as regras. Introduzir esse processo sem efetivamente praticar essas regras, não trará nem o controle esperado, nem a redução de custos. Assim, uma introdução parcial do Kanban traz uma centena de malefícios sem qualquer ganho. A seguir, comparam-se o sistema Ford com o sistema Toyota, ao se fazer grande lotes de uma única peça, isto é, produzir uma grande quantidade de peças sem uma troca de matriz, é ainda hoje uma regra de consenso de produção. Essa é a chave do sistema de produção em massa planejada, tem o maior efeito na redução de custos. O sistema Toyota de produção toma o curso inverso. Na Toyota, a base é a produção em pequenos lotes e troca rápida de ferramentas. O sistema Ford advoga 34 grandes quantidades e produz muito inventário. Por contraste, o sistema Toyota trabalha com a premissa de eliminar totalmente a superprodução gerada pelo inventário e custos relacionados a operários, propriedades e instalações necessárias à gestão do inventário. Para conseguir praticar o sistema Kanban, o processo posterior vai até um processo anterior para retirar peças necessárias apenas a tempo. Para ter certeza de que o processo anterior produz somente tantas peças quanto foram apanhadas pelo processo posterior, os operários e o equipamento em cada processo de produção devem estar capacitados a produzir o número de peças exato, quando forem necessárias. Entretanto, se o processo posterior varia sua tomada de materiais em termos de tempo e quantidade, o processo anterior será preparado para ter disponível a quantidade máxima possivelmente necessária na situação de flutuação. Esse é, obviamente, um desperdício que aumenta muito os custos. A eliminação total de desperdício é a base do sistema Toyota de produção. Consequentemente, a sincronização da produção é praticada com rigidez, e a flutuação é nivelada ou suavizada. Os tamanhos dos lotes são diminuídos, e o fluxo contínuo de um item em grande quantidade é evitado. Por exemplo, não se consolidou toda produção da Corona durante a manhã, e a produção do Carina, durante a tarde. Os Coronas e Carinas são produzidos em uma sequência alternada. Em resumo, onde o sistema Ford tem a fixa ideia de produzir em uma só vez boa quantidade do mesmo item, o sistema Toyota sincroniza a produção de cada unidade. A ideia por trás dessa abordagem é a de que no mercado, cada consumidor adquire um carro diferente, e, assim, na fabricação, os carros devem ser feitos um por vez. Mesmo no estágio de produção de peças, cada peça é produzida uma por vez. A General Motors, a Ford e os fabricantes de carros europeus têm aperfeiçoado e refinado seus processos de produção a seu modo. Contudo, eles não têm tentado a sincronização da produção, que a Toyota vem trabalhando para alcançar. A grande pergunta é: qual sistema se encontra em uma posição superior, o da Ford ou da Toyota? Como ambos são aperfeiçoados e inovados diariamente, não se pode estabelecer uma conclusão. Entretanto, como método de produção para períodos de baixo crescimento, o sistema Toyota é mais adequado. É de grande importância para 35 a logística integrada o estudo do sistema Toyota de produção, porém quando é feita uma analogia do sistema logístico japonês com o sistema logístico brasileiro, verifica- se que se está muito aquém de alcançar essa realidade. Observe-se que, exceto quanto às empresas automobilísticas que praticamente estabelecem regras para que seja atingido o objetivo de sua logística de estoques, dificilmente consegue-se verificar um grau de integração logística tão elevado quanto o do japonês. É claro que esse sistema foi desenvolvido ao longo do tempo e que também será possível se desenvolver um sistema tão eficiente, ou até melhor que esse e de acordo com a necessidade brasileira. As empresas estão se modernizando para continuar competindo, e isso envolve diretamente a logística de estoques, pois é um dos fatores primordiais para a redução de custos das empresas. E também, nesse ambiente competitivo, a busca por uma posição única e sustentável, assim como a busca da maior eficácia operacional, por meio da logística e do gerenciamento da cadeia de abastecimento, fazem parte da estratégia de toda empresa que queira ser lucrativa a longo prazo (ALMEIDA E LUCENA, 2007; SILVA, 2009). 36 AVALIAÇÃO 1)A gestão da cadeia de suprimentos tem sido confundida com a logística. Assinale a afirmativa correta: a) a SCM tem abrangido um escopo bem menor de processos e funções que a logística b) a SCM é um subconjunto da logística c) A gestão da cadeia de suprimentos é a interação dos processos de negócios desde o usuário final até os fornecedores originais que providenciam produtos, serviços e informações que adicionam valor para os clientes e stakeholders. d)Ela é unifuncional e abrange poucos interesses de poucas áreas tradicionais das empresas industriais 2) A SCM envolve os processos de planejar, suprir, produzir e entregar. Dentro do processo suprir encontramos: a) definir aquisições, requisitar produtos, receber compras, inspecionar e avaliar recebimento. b) gestão de estoques, gestão dedistribuição e logística. c) solicitar e receber produtos de entrada para o processo, suportar a produção e garantir a qualidade dos produtos. d) n.r.a. 3)A área de materiais é responsável por administrar compras, os estoques e a parte física. Qual das opções abaixo nos remete à administração de estoques? a) Cadastro do fornecedor b) Estudos dos métodos de ressuprimento c) Movimentação de materiais d) n.r.a. 37 4) À complementação da identificação do item do material podendo conter informações de aplicação, embalagem unidade de fornecimento, permutabilidade, etc. dá-se o nome de: a) identificação referencial b) descrição padronizada c) descrição técnica d) descrição auxiliar 5) Sobre a técnica de administração de estoques Curva ABC, leia as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I – “Classe A” representam a minoria da quantidade total e a maioria do valor total. II– “Classe C”, representa a maioria da quantidade total e a minoria do valor total; III – “Classe B”, valores e quantidades intermediárias. a)estão corretas as afirmativas II e III b)está correta somente afirmativa I c)todas as afirmativas estão erradas d)todas as afirmativas estão corretas 6) Os estoques podem ser classificados de três formas, assinale a alternativa incorreta: a)Estoques de matérias-primas. b)Estoques de produtos de processo de produtos c)Estoques de produtos acabados d)Estoques de produtos com defeito 7) A classificação de materiais visa à identificação, codificação e catalogação de todos os itens de material da empresa atuante. Portanto, como uma função meio 38 destinada ao apoio das demais atividades de suprimento. A identificação do material pode ser feita pelos modelos: a)descritivo e referencial b) produção e programação c) descritivo e avaliativo d) n.r.a 8) Podemos destacar, entre as vantagens do FMS, exceto: a)Permite maior produtividade das máquinas, que passam a ter utilização de 80% a 90% do tempo disponível b) Planejar e programar a produção c)Possibilita maior atenção aos consumidores em função da flexibilidade proporcionada d)Diminui os tempos de fabricação 9) As instalações do tipo ____________ são estruturalmente simples, necessitando de baixo investimento em sua instalação. Seu gerenciamento é facilitado, pois não são executadas atividades de estocagem e picking, que exigem grande nível de controle gerencial. a) drive-in b) layout c) transit point d) n.r.a 10) Sobre o nível de serviço, marque (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as falsas: ( ) É através do serviço que as empresas procuram diferenciar seus produtos, fazendo com que os clientes percebam mais valor naquilo que estão comprando. ( ) A maior 39 responsabilidade da logística, no que se refere ao nível de serviço, está na distribuição abastecimento . ( ) Para Ballou (2006) mesmo não existindo nenhum acordo geral para uma melhor e mais apropriada definição de logística de serviços ao cliente, pesquisas indicam que o tempo do ciclo do pedido e os elementos que compõem estão entre os mais críticos. ( ) Atualmente, considerar as necessidades dos clientes constitui ponto de partida para o desenvolvimento de uma estratégia logística de distribuição. a)F, V, V, F b)V, F, F ,V c) F, V ,F ,F d)V, F, V, F GABARITO Nome do aluno:_______________________________________ Matrícula:___________ Curso:_______________________________________________ Data do envio:____/____/_______. Ass. do aluno: _______________________________________________ GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 1)___ 2)___ 3)___ 4)___ 5)___ 6)___ 7)___ 8)___ 9)___ 10)___
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