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* * Metabolismo: é o somatório de todas as transformações químicas que ocorrem em determinada célula ou organismo ocorre por meio de 1 série de reações catalisadas enzimaticamente, as quais constituem as vias metabólicas Pode ser dividido em: Catabolismo Anabolismo INTRODUÇÃO AO METABOLISMO * * * * Ciclos fúteis: prevenido pela regulação recíproca das sequências de reações anabólicas e catabólicas Para que possa haver controle, ao menos 1 dos passos deve ser catalisado por enzimas diferentes nas direções catabólica e anabólica = pontos de regulação * * METABOLISMO DE CARBOIDRATOS Glucose ocupa posição central no metabolismo dos animais, vegetais e muitos microorganismos: Rica em energia potencial = bom combustível (sua oxidação completa até CO2 e H2O libera 2840Kj/mol) precursor versátil. Ex. a bactéria E. coli pode sintetizar, a partir de Glc todos os AA, nucleotídeos, coenzimas, ácidos graxos e outros intermediários necessários. Nas plantas vasculares e nos animais, a Glc tem 3 destinos principais: * * GLICÓLISE Via central quase universal do catabolismo da glucose Ocorre no citoplasma das células Possui 10 etapas, divididas em duas fases: Fase preparatória Fase de pagamento * * GLICÓLISE: FASE PREPARATÓRIA Irreversível nas condições intracelulares Fosforilação: a) impedir a saída da Glc da célula b) Manter a energia do ATP na ligação éster-P Hexoquinase : requer íons Mg++ presente em todas as células de todos organismos Fígado: hexoquinase IV ou glicoquinase (propriedades cinéticas e reguladoras) Isoenzimas: enzimas que catalizam a mesma reação, mas são codificadas por genes diferentes É um ponto de regulação Etapa 1: fosforilação da glucose * * Reação endergônica Reação exergônica * * Estrutura do ATP e do ADP complexados com Mg+2 Reação exergônica * * * * Etapa 2: Isomerização da glucose-6-P em frutose-6-P Reversível (G’’o pqno) * * Etapa 3: Fosforilação da frutose-6-P Irreversível Passo comprometido (Glc-6-P e Fru-6-P podem ter outros destinos, mas Fru-1,6-biP somente glicólise) PFK-1: enzima reguladora * * Etapa 4: Clivagem da frutose-1,6-bifosfato Reversível nas condições celulares * * Etapa 5: Interconversão das trioses fosfato Reversível Após ação desta enzima os C-1, C-2 e C-3 tornam-se indistinguíveis de C-6, C-5 e C-4 Última reação da fase preparatória Consumo de 2 ATP Formação de 2 gliceraldeído-3-fosfato * * GLICÓLISE: FASE DE PAGAMENTO Etapa 6: Oxidação do gliceraldeído-3-P Gera composto com alto potencial de transferência do grupo fosforila NADH precisa ser reoxidado na cadeia transportadora de elétrons (CTE) * * ESTADOS DE OXIDAÇÃO DO CARBONO NA BIOSFERA * * * * Classificação dos compostos fosforilados de importância biológica por energia livre-padrão de hidrólise * * Etapa 7: Formação do ATP Fosforilação ao nível do substrato * * Etapa 8: Conversão do 3-fosfoglicerato em 2-fosfoglicerato * * Etapa 9: Desidratação do 2-fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato 2ª reação que gera composto com alto potencial de transferência do grupo fosforila * * Classificação dos compostos fosforilados de importância biológica por energia livre-padrão de hidrólise * * Etapa 10: Nova formação do ATP Fosforilação ao nível do substrato reação irreversível sob condições intracelulares Importante sítio de regulação Balanço final da glicólise * * Destinos do piruvato: 3 rotas catabólicas alternativas * * CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS NADH é oxidado a NAD+ precisa de Oxigênio (O2) * * FERMENTAÇÃO LÁTICA Em anaerobiose, o NADH gerado na glicólise não pode ser reoxidado pelo O2, fermentação lática: o NAD+ é regenerado a partir de NADH pela redução do piruvato a lactato. ocorre nos eritrócitos (não tem mitocôndrias), córnea, cristalino, retina, medula renal, leucócitos, hipóxia em músculos esqueléticos muito ativos, em partes submersas de plantas, bactérias do ácido lático Ciclo de Cori: ciclo de reações que inclui a transformação de glucose em lactato no músculo e a reconversão deste em Glc no fígado * * REGULAÇÃO DA GLICÓLISE Ocorre a nível de 3 enzimas: hexoquinase fosfofrutoquinase 1 (PFK1) piruvato quinase * * Existem 4 isoenzimas da hexoquinase (I a IV), cada 1 codificada por gene diferente Músculo: hexoquinase I-III alta afinidade pela Glc (K0,5 0,1mM) inibida pelo seu produto (Glc-6-P) Fígado: hexoquinase IV (glicoquinase). Difere das hexoquinases I-III, em 3 aspectos: 1) HEXOQUINASE K0,5 10 mM não é inibida pelo seu produto (Glc-6-P) inibida por uma proteína reguladora específica do fígado * * Regulação da hexoquinase IV por sequestro no núcleo celular * * 2) FOSFOFRUTOQUINASE I Sujeita a regulação alostérica complexa Frutose 2,6 bifosfato * * O equilíbrio destas 2 atividades enzimáticas no fígado é regulado pelos hormônios glucagon e insulina: * * 3) PIRUVATO QUINASE Diferentes isoenzimas: fígado e músculo * Bom combustivel, as células podem armazenar glc como um polimero de alta massa molar, mantendo a osmolaridade citosolica relativamente baixa * 1ª via que foi elucidada Glicolise- 1 molecula de glc é rompida em uma serie de reacoes catalisadas por enzimas para liberar 2 moleculas de piruvato, cada 1 com 3 carbonos. Durante as reações sequenciais da glicolise, parte da energia liberada da glc é conservada na forma de ATP e NADH. Via central: em certos tecidos e cels. (eritrocitos, medula renal, cerebro e esperma) glc, por meio da glicolise, é a principal ou mesmo única fonte de energia metabolica. Reação 4: quebra da frutose1,6bifosfato para liberar duas moleculas com 3C este é o passo em que ocorre a ‘lysis’ que da o nome á via Resumindo: na fase preparatoria a energia do ATP é investida, aumentando o conteudo de energia livre dos intermediarios e as cadeias carbonicas de todas as hexoses metabolizadas são convertidas em um produto comum, o gliceraldeido-3-fosfato * O magnesio mascara as cargas negativas do grupo fosforila e faz do atomo de fosforo terminal um alvo mais facil para o ataque nucleofilico por um grupo –OH da glicose * Etapa 6= gliceraldeido 3 fosfato é fosforilado por fosfato inorganico e não pelo ATP O produto liquido da via são 2 moleculas de ATP por molecula de Glc empregada e a energia tambem é conservada na fase de pagamento na formação de 2 NADH por molec. de Glc * Isomerizacao: importante para transformar o C1 de aldeido para alcool * Embora a reação tenha uma G padrao fortemente positiva na direcao de divisao da frutose 1,6bif, devido às concentraçoes pequenas dos reagentes presentes no interior celular, a G é tambem pequena e na reacao da celula ela pode ocorrer livremente nas duas direcoes * O grupo aldeido do gliceraldeido 3-P é desidrogenado, não em um grupo carboxila livre, mas em anidrido de acido carboxilico com ácido fosforico, que é chamado acilfosfato, e tem energia livre padrao de hidrolise muito alta (G’o=-49,3KJ/mol) 0 receptor de hidrogenio é a coenzima NAD+, que é reduzida pela transferencia de um ion hidreto (:H-) do grupo aldeido do gliceraldeido-3-P. O outro atomo de hidrogenio da molecula de substrato aparece em solução como H+ Como todas as celulas contem quantidades * * * Note que a enzima fosfoglicerato quinase recebeu seu nome pela reaçao inversa A outra fosforilacao é a fosforilacao ligada à respiração (envolve enzimas presas em membranas e gradiente de protons transmembrana) como a enzima é inicialmente fosforilada pela transferencia de P do 2,3bifosfoglicerato, esse composto funciona como cofator e é requerido em pequenas [] pra iniciar o ciclo catalitico e é continuamente regenerado por esse ciclo* Há uma grande diferenca da energia livre padrao de hidrolise do grupo fosforila do reagente e do mesmo grupo do produto. Aquela do 2-fosfoglicerato (ester fosfato de baixa energia) é de -17,6 KJ/mol e aquela do PEP (um composto fosfato de energia superalta) é de -61,9KJ/mol. * * Fermentação: termo geral para processos que extraem energia (como ATP) mas não consomem oxigenio ou mudam as concentrações de NAD+ ou NADH Em todas as fermentaçoes , a relação H:C dos reagentes e dos produtos permanece a mesma. Glicose: relação H:C = 12/6=2 2 Etanol e 2 CO2= H:C=12/6=2 piruvato: receptor final de elétrons Equaçao final: glicose + 2ADP + 2Pi 2 ácido latico + 2ATP + 2H2O Lactobacilus – produção de iogurte Muitos outros alimentos são produzidos por fermentaçao: picles, chucrute, salsichas, molho de soja – shoyu, etc. Muitos produtos industriais são produzidos por fermentação: butanol, acetona, metanol, acido formico, acido acetico, propionico, butirico, alcoois glicerol, butanol, etc.... * Isoenzimas: enzimas diferentes que catalisam a mesma reacao quimica As diferentes isoenzimas da hexoquinase do figado e musculo refletem as diferencas de funções desses orgaos no metabolismo de carboidratos: o musculo consome glicose para produzir energia Figado mantem a homeostase da Glc no sangue por meio da remocao ou da produção desse acucar, dependendo dos valores da [glc] em um dado momento. Músculo: hexoquinase II, alta afinidade pela Glc (Km 0,1mM). Como a [glc] sangue é de 4-5mM e a [glc] que entra nos miocitos produz uma concentraçao intracelular suficientemente alta para saturar a hexoquinase II e ela age geralmente na velocidade maxima ou muito proxima dela. Fígado: a) K0,5 10mM= como o transportador GLUT2 é muito eficiente ele equilibra rapidamente as [glc] do citosol com aquelas do sangue, a K0,5 grande da hexoquinase iV permite sua regulaçao direta pelo nível de glc no sangue * ,, Citrato: intermediario chave na oxidaçao aerobica do piruvato, dos acidos graxos e dos aminoacidos. Serve como um sinal intracelular de que a celula esta suprindo adequadamente suas necessidades de momento de energia metabolica por meio da oxidacao de gorduras e proteinas * Nas concentracoes fisiologicas dos seus substratos ATP e frutose-6-P e dos seus efetores + e – (ATP, AMP, citrato) a PFK-1 é virtualmente inativa na ausencia de frutose2,6bifosfato. Frutose2,6bifosfato> estimula glicolise e inibe gliconeogenese * O mecanismo de regulacao por fosforilacao da piruvato quinase hepatica previne que o figado consumo glicose por meio da glicolise quando a concentração desse açucar no sangue é baixa, em vez disso, nessa situacao o figado exporta a glucose.
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