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Atividade11 Tarefa AD2

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Disciplina: Teoria das Finanças Públicas
Nome da Atividade: Atividade 11-Tarefa-AD2
Nome do aluno: Caio Adrianno Luiz Souza – Matrícula: 16213110282
Pólo: Paracambi
1) Explique por que a relação entre o déficit nominal e o PIB é uma função direta da inflação.
Essa a firma t iva : “O déficit nominal e o PIB é uma função direta da inflação” é verdadeira,
pois a relação entre o déficit nominal e o PIB é expressa como a soma de dois componentes : o
déficit operacional proporcional ao PI B; e o e feito da inflação sobre a despesa de juros nominais,
proporcional à uma porção do PIB. Esse e feito é depende de dois parâmetros :
1° o coeficiente entre a dívida do final do período anterior e o PI B expresso a preços médios do
período anterior e; 
2° o coeficiente [ Tt / (1+70], em que B é a taxa de variação dos preços. Como ambos os
coeficientes são uma função direta da inflação, a relação entre o déficit nominal e o PIB também
está diretamente ligada à taxa de inflação.
2) Assuma uma relação dívida pública/PIB de 0,30, um estoque da dívida indexado ao nível de
preços, PIB real e preços estáveis e déficit operacional nulo. Para quanto aumenta a dívida
pública, a preços de dezembro, como porcentagem do PIB medido a preços médio do ano, se a
inflação a partir do Mês de maio passa a ser de 2%ao mês, mantidas as demais hipóteses? Avalie
a dívida de dezembro usando o ìndice de preços de dezembro e janeiro. (Sugestão: Calcule um
índice médio de preços do anos, tendo como base dezembro do ano anterior=100.)
X= 100 ( nível de preços estável ao longo do ano) 
Y= ( índice de preços em maio do ano “S ”, onde “S ” e o ano seguinte) 
Y= X + X*2% = 100 + 100 x 2 % , Logo Y= 102 
Z= ( índice de preços em junho “S ”) 
Z= Y + Y*2 % = 102 + 102 x 2% , Logo Z= 104,04 assim sucessivamente. 
No ano em que esse fato ocorre, o índice de preços médio será igual à 106,3 e a média geométrica dos
índices de dezembro e de janeiro do ano posterior e de 118,3. 
Sendo assim a dívida no final do ano, medida como proporção do PIB a preços médios do ano, é,
portanto : 30 x 118,3 / 106,3 = 33,4 % do PIB.
3) Imagine uma situação na qual, ao longo do tempo, apesar da queda da inflação, a diferença
entre as NFSP no conceito nominal e as NFSP operacionais aumenta. Qual pode ser a explicação
para isso?
Nesse caso, onde a diferença entre as NFSP no conceito nominal e as NFSP operacionais aumenta,
pode estar ligado ao aumento da relação dívida/ PTB, devido a um déficit público alto. Se a inflação
cai, mas essa relação se eleva muito ao longo do tempo, este último efeito pode predominar sobre o
primeiro. 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
4) “O déficit público corresponde a uma despoupança do governo”. Quais são as falhas desse
raciocínio?
Há duas falhas nesse raciocínio : 
1° : o déficit do setor público incorpora o resultado das empresas estatais, enquanto o conceito
de governo exclui essa esfera.
2° : que a frase não considera a existência do investimento do governo. Para entender esse
ponto, vamos assumir que não existem empresas estatais. Nesse caso, deixando de lado a distinção
entre os conceitos de déficit nominal e operacional, as NFSP são iguais às necessidades de
financiamento do governo (NFG), representadas pela soma de governo central, estados e municípios.
O valor das NFG é dado por NFG=C G+JG +IG- T , em que : 
CG = Consumo do governo 
G = Despesa de juros da dívida do governo 
IG = Investimento do governo 
T = Receita do governo, líquida de subsídios e transferências, exclusive juros 
JG= juros da divida 
A poupança do governo, por sua vez, por definição, é 
SG = T - (CG + JG) 
Substituindo esta equação na primeira (NFG=C G+J G+I G- T) temos : 
SG=IG- N FG 
Logo : N FG= IG- SG 
Ter uma “despoupança ” do governo significa que o valor da poupança do governo (SG) seja
negativo. Como IG é não - negativo, se SG é negativo, NFG é positivo. Entretanto, ter um
déficit, isto é, um valor de NFG positivo, não significa necessariamente que o governo está
despoupando, já que a causa do déficit pode ser não uma poupança negativa e sim o fato de a
poupança ser positiva, porém inferior ao investimento do governo. 
5) Por que é mais razoável considerar uma receita “acima da linha”, diminuindo as NFSP, a
arrecadação resultante de uma concessão que gera para os vencedores desta a necessidade de
fazer pagamentos mensais ao governo ao longo de 30 anos, do que adotar o mesmo tratamento
no caso do pagamento de uma única parcela, no ato de assinatura do contrato de concessão?
O déficit público busca medir o impacto que governo exerce sob re a demanda agregada da
economia. Nesse caso o gasto público tem pretensão expansionista, enquanto um tributo exerce
um efeito contracionista sobre essa demanda. 
Quando o governo recebe o pagamento de uma concessão, de uma única vez, dificilmente
pode- se supor que a demanda está sendo contraída da mesma forma que quando um indivíduo
paga um imposto. Mais provavelmente, o que ocorre é que um ativo financeiro, pertencente ao
vencedor da concessão, muda de mãos e passa às mãos do governo, para quem representa uma
receita pontual e com impacto nulo sobre a demanda da economia, na forma de receita de capital.
Já uma concessão paga ao longo de 30 anos tem um efeito completamente diferente,
representando uma receita recorrente, cujo efeito econômico corresponde a uma contração da
demanda, assemelhando - se a um aluguel recebido todos os meses pelo governo em virtude do
uso de algum imóvel de sua propriedade e registrado regularmente como receita corrente.
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6) Suponha que um governo planeja ter um gasto de 900 e uma receita de 1000 unidades
monetárias – não importa aqui definir a moeda. Suponha ainda que existem duas hipóteses
acerca do uso do superávit fiscal:
a) abater dpivida pública, ou
b) comprar ações de uma empresa.
No abatimento de dívida pública o governo tem superávit, que corresponde a um “financiamento
negativo ”, ou seja, a um cancelamento de parte da sua dívida ; em consequência, o superávit
fiscal permanece intacto no valor de 100. 
SF=1000- 900 = 100 
O que acontece com as NFSP, em cada um dos dois casos?
Pelas normas apresentadas em FMI (1986 ), quando o governo compra ações, trata se de
estatísticas fiscais como ”despesa de capital”, implicando a necessidade de financiamento,
compensando o excesso de receita sobre a despesa das demais rubricas ; em consequência, há
um gasto adicionalde 100, o total de desembolsos passa a ser de 1.000 dessa for ma não há o
superavit. 
7) Suponha que um governo vende uma empresa estatal e, com a receita recebida, constrói um
hospital. O que acontece com as NFSP? Qual é a racionalidade do critério adotado?
A privatização não é considerada como receita no cômputo das NFSP, já que seu efeito
compensa, estatisticamente, a variação da dívida pública, enquanto a obra feita é registrada,
implicitamente, como gasto à medida que afeta essa dívida. Logo há necessidades de
financiamento, pois trata se de um déficit. Essa privatização gera uma variação negativa da dívida
pública, mas tem o efeito fiscal sobre as NFSP compensado pelo registro da própria privatização,
enquanto a despesa feita aumenta a dívida. No final do exercício fiscal, em termos líquidos a
dívida permanece a mesma que no exercício fiscal anterior, mas, nos termos da citada equação,
as NFSP têm o tamanho da privatização feita. O gasto feito em um hospital impacta a demanda
agregada como qualquer investimento público. 
8) “O uso do conceito operacional não elimina as distorções associadas à inflação em um
ambiente inflacionário: um mesmo valor do déficit operacional pode estar associado a
significados reais completamente diferentes, em diferentes situações”. Explique, dando um
exemplo.
Comparando dois países “A ” e “B ”, cujos governos não geram déficit nem superávit fiscal em
11 dos 12 meses do ano. Em ambos, o déficit e limitado a um mês do ano e os dois países,
por hipótese : 
1°) tê m a mesma moeda, de nominada “libra ” ;
2°) calculam o déficit operacional e ; 
3°) têm uma inflação anual de 100%. 
 No país A, o déficit operacional é de 1 milhão de libras , ocorre em janeiro, enquanto no país B o
déficit, exatamente no mesmo valor do déficit operacional do país A, a preços correntes, ocorre
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em dezembro. É evidente que, em termos reais, o déficit do país A é muito mais importante
do que B, já que neste o valor nominal de 1 milhão de Libras sofreu a corrosão inflacionária
do período janeiro / dezembro. O déficit operacional, por é m, é o mesmo em ambos países.
9) A afirmação final da questão anterior poderia ser válida, mesmo em uma situação de inflação
nula, em que o déficit operacional e nominal são idênticos entre si? Explique.
A ideia de que um mesmo valor do déficit real pode estar associado completamente diferentes, em
diversas situações, é correta. A razão disso é que a propensão a gastar dos agentes econômicos que
recebe m recursos do governo é muito variada. Uma despesa pública de R$1.000 referente ao
pagamento do salário de um funcionário público provavelmente levará este a gastar parte
substancial desse valor com as próprias despesas, exercendo, portanto, grande efeito multiplicador. Já
um gasto do mesmo valor, na forma de juros da dívida pública, provavelmente levará o detentor
de títulos públicos a capitalizar uma boa parte dos juros recebidos. Essas diferenças, entretanto,
não são levada sem conta nas estatísticas fiscais e são praticamente ignoradas no debate acerca do
déficit público, já que em geral se considera que o relevante é o valor deste e não a
composição do gasto. Sugere-se ao leitor interessado neste ponto específico a leitura do artigo de
Borpujari e Ter- Minassian (1973). 
10) Explique por que uma melhora fiscal associada a um aumento de impostos não eleva a
poupança doméstica no mesmo valor do incremento da poupança do governo.
Quando o governo aumenta a sua receita mediante a elevação de impostos, a sua poupança, ceteris
paribus, sobe, mas a renda disponível do setor privado cai. Como a poupança doméstica (SD) é o
resultado da soma da poupança do governo (SG ) com a poupança privada (S): 
SG+S= SD 
Logo, uma parte do aumento da poupança do governo é compensada por uma queda da poupança do
setor privado.

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