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2a prova – ecologia florestal Assunto 1: Habitat, Nicho ecologico e interação entre populações HABITAT: Habitat: lugares onde as comunidades e organsimos estão inseridos. É neles que os organismos buscam seus recursos e mantem suas populações ao longo do tempo, assim como suas interações e todas as suas atividades. Classificações de habitat – dependente do pesquisador: Temporal: Constante – um habitat que está sempre favorável para os organismos, sem mudanças. Sazional – um habitat que possui mudanças de forma cíclica com períodos favoráveis intercalados com períodos desfavoráveis. Ex.: florestas temperadas Imprevisível – habitat onde não se sabe o momento que será favorável ou desfavorável para o organismo. Ex: zonas de maré Efêmero - ambientes normalmente desfavoráveis que passa por um pico favorável. Ex. deserto Espacial: Continua- habitat onde qualquer lugar que o organismo esteja é um ambiente favoravel Em manchas- aquele que os recursos formam manchas no ambiente, tanto manchas favoráveis quanto manchas menos favoráveis. *manchas favoráveis e desfavoráveis depende do organismo Ex. abertura de clareiras em uma floresta Isolada- um determinado ponto favorável rodeado de um local desfavorável. Ex. ilha NICHO ECOLOGICO: - é a gama de condições ou recursos nos quais os indivíduos ou a espécie podem se reproduzir e sobreviver. Existe um numero tao grande de variáveis que na pratica não podem ser mensurados todos, então, quando dizemos que estudamos o nicho ecológico de uma especie na verdade estamos estudando uma parte do nicho ecológico dessa especie. Ex: nicho alimentar, nicho de atividade, ect. Diferentes definições: Grinnell papel funcional e posição de um organismo na sociedade. “espaço em que uma espécie se encaixa no sistema” Elton lugar de um organismo no espaço e sua interação com alimento e seus inimigos. Hutchinson é a hipervolume n-dimensional do recursos com as quais uma espécie interage, vive e subsiste. Como definir o nicho ecológico de uma espécie? -analisando as suas respostas às diferentes variáveis ambientais e interações a qual a determinada espécie responde. -espectro ecológico – nichos e sobreposição de nichos A definição do nicho ecológico de uma espécie é fácil? -não pois seria necessária analisar todas as respostas e interações da espécie estudada. Isso é difícil de fazer por causa do hipervolume n-dimensional de recursos e interações dessa espécie. como descrito pela teoria de hutchinson. Dimensões do nicho ecológico : Otima de atividade – região de recursos onde a espécie exibe uma maior taxa de atividade ou de eficiência biológica (região de pico da curva de nicho) Amplitude – faixa de recursos onde a espécie pode ser encontrada eonde é capaz de explora-la com maoir eficácia. Sobreposição de nichos – área de intersecao entre o nicho ecológico de uma espécie com outra. (exploração pelas duas especies no mesmo tempo) Interações:baseiam-se em modificações genotípicas e fenotipicasque tornam o individuo melhor adaptado as condições ambientais. Exemplos: Predação (+ -) – ex: herbivoria, predação entre animais, alelopatia. tendem a levar o individuo a morte *alelopatia – liberação de substancia alelopaticas por uma planta para inibir o crescimento de outras plantas ao redor para diminuir competição por recursos. Mutualismo (++)- interação entre duas especies que permite a sobrevivência de ambas, trazendo benefícios mútuos. Ex: polinização e dispersão Dispersão: - r-estrategistas – muitas sementes pequenas por fruto -k-estrategistas – poucas sementes grandes por fruto Competição(--) Parasitismo (+-) Assunto 2- sucessão ecológica: Smith – subistuicao de especies ou da estrutura da comunidade ecológica ao longo do tempo, frequentemente progredindo para uma comunidade terminal estável a que se chama clímax -comunidades num fluxo continuo organismos morrem e nascemsubstituiçoes constantes -abundancias modificam-se no tempo. Para uma espécie participar da sucessão é necessário: -capacidade de chegar no local -ter condições propicias para o estabelecimento deles no local -não sejam expulsas por competidores, predadores e parasitas. Sucessão - pertubacao reconstrução da comunidade recolonizacao e substituição de especies. *mudança da comunidade através de um padrão continuo, direcional,não sazional e com desaparecimento de populacaoes. Hiposteses para explicar a sucessão: 1.clements – teoria clássica ou de subistituicao Sugere que podem ocorrer 3 tipos de sucessão: a. Sucessão degradativa -ocorre em corpos em decomposição b. Sucessão alogênica -controle exercido pelo meio externo Ex.: deposição de sedimentos em ambiente lacustre c. Sucessão autogênica - controlada por mecanismos internos pode ser dividido em dois grupos: sucessão primaria – sucessão onde antes não era colonizado por outra comunidade (rochas vulcânicas novas) sucessão secundaria – a recolinizacao de um local após um impacto (queimada, inundação, ect) 2.hipotese de connell & slayter Existência de 3 fenomenos : Facilitação: - Seqüência de desenvolvimento no qual cada estágio “pavimenta“ o caminho para a seguinte. - Um estágio cria condições que facilita a entrada do outro estágio. Ex: bracatinga Inibição: -Uma espécie inibe outra espécie. - Ocorre na predação,na competição, na alelopatia, na herbivoria. - Nesse modelo uma espécie só aparece quando ocorre a morte da primeira. Ex.: pinus e eucalyptus inibem o crescimento de outras arvores Tolerância: - A sucessão conduz a coexistência de espécies que explorem eficientemente os recursos. - Cada espécie é especialista em um recurso ou numa determinada proporção do mesmo. 3.hipotese de lawton modelos ao acaso: -O processo sucessional não apresentaria um direcionamento. - As seqüência de espécies não apresentaria um padrão claro, com as espécies se substituindo aleatoriamente. - Poderia estar associado a impacto intermediários que fazem com que espécies saiam e qualquer uma outra ocupe o seu lugar - Relacionada com a visão de Gleason de comunidades fechadas,estruturadas sem um padrão determinado *a presença de especies depende de sua capacidade de dispersão e de respostas a fatores ambientais. 4.modelo de sucessão de horn Diz que é possível prever as mudanças sabendo-se: - A composição inicial - A probabilidade de uma espécie ser reposta por um indivíduo da mesma espécie ou de outra. 5.hipotese da razão-recurso(tilman)- -Diz que as mudanças se devem à uma alteração na razão Luz/Nutriente. - Ao longo do tempo: - Aumenta a disponibilidade de nutrientes -Diminui a disponibilidade de luz Segundo Tilman, existe para cada comunidade um conjunto de espécies adaptadas a cada condição e às mudanças associadas à elas durante o processo sucessional. Características das espécies através da sere: - A sucessão impõe uma progressão regular nas formas de vida. -Espécies de cada estado seral têm características que permitem que elas sobrevivam e se mantenham naquele determinado momento. Estagio inicial Estagio final Sementes Pequenos Grandes Dispersão anemocoria, ectozoocoria Endozoocoria, barocoria Taxa de crescimento Rápido Lento Tolerância a sombra baixa alta CLIMAX: etapa de maior maturidade na sucessão, mas não equivale ao limite máximo dessa sucessão. 3 visoes teóricas: 1.Monoclimax (clementes): -cada região tem um único clímax -determinado pelo clima do local. Também por fatores edáficos e topográficos. 2.policlimax (Tanley/ Dubenmire) : -um tipo de região pode apresentar diferentes possibilidades de clímax -varios fatores, concomitantes ou não, podem determinar o climax 3.climax padrão(whittaker) -sugere que cada localidade com suas características climaticas locais possuem, teriam clímax próprios. -nesse caso, a composição da comunidade seria definida pelas particularidades locais. Assunto 3: biogeografia de ilhas, fragmentação, efeito de borda e metapopulacoes: ecologiae conservação. Homens procuram saber: processos ecológicos e evolutivos que determinam a distribuição das especies e os processo sque fazem com que hajam diferenças na diversidade entre áreas. Para que? Utilizar, caçar, presevar, manejar, salvar, conservar, proteger sobreviver Pra que estudar isso? - Entender a distribuição dos habitats e das espécies. - Entender quais processos levaram aos atuais padrões de diversidade. -dificuldade: áreas muito extensas para serem estudadas -como estudar: utilização de ilhas. ILHAS: – ambiente isolado por outra com características distintas. -porque estudar ilhas? - Ambiente isolado - Barreiras geográficas nítidas - Tamanho definido - Populações pequenas - Comunidades com alta interatividade -São excelentes modelos para a compreensão de processos ecológicos e evolutivos, tornando-se um laboratório natural! -ilha verdadeira – ilha oceanica -ilha virtual- qualquer ambiente isolada MacArthur & Wilson (1967): -Relação espécie-área: Quanto maior a ilha maior o numero de especies. -Efeito do isolamento: Quanto mais distante de uma área fonte, menor a riqueza de espécies” Distância maior, menor probabilidade de dispersão de uma área fonte (continente, p.ex.) para a ilha (real ou virtual) Pela dificuldade de dispersão dos propágulos (sementes). -Recolonização de espécies: “Após a formação de uma nova ilha ou a ocorrência de um evento no qual as espécies sejam perdidas, rapidamente ocorrerá a recolonização” - Como assim? Nichos vagos dispersao nichos preenchidos Exemplo? -Sucessão ecológica insular – 1. O número de espécies atinge o equilíbrio quando a taxa de extinção é igual à taxa de imigração. 2. O número de espécies numa ilha deve tornar-se relativamente constante ao longo do tempo devido a um constante turn-over de espécies 3. Ilhas grandes devem comportar mais espécies que ilhas pequenas 4. O número de espécies deve diminuir quando aumenta a distância de uma área fonte (devido à diminuição da imigração. FRAGMENTACAO DE HABITATS: Dois processos: Perda de habitat – redução da área de habitat disponível com conseqüente perda de espécies devido às relações espécies-área. - Freqüentemente a abordagem dessa questão é espacialmente implícita Fragmentação sensu stricto - diz respeitoao tamanho, forma, isolamento, e distribuição espacial na paisagem dos remanescentes do habitat original. - A abordagem dessa questão é necessariamente espacialmente explícita. A fragmentação tem um efeito direto sobre a biodiversidade de um sistema. Esse efeito é expresso por um conjunto de fatores: - Tamanho do fragmento – segue a teoria da biogeografia de ilhas. Quanto menor a área, menor o numero de especies, por causa da da menor disponibilidade de recursos, números de habitats, nichos. -Grau de isolamento do fragmento – tem efeito direto sobre a dispersão de indivíduos e/ou populações e o fluxo gênico. -Forma do fragmento – relação entre área e perímetro do fragmento. Quanto mais irregular o formato do fragmento maior o efeito de borda pois aumenta o perímetro. Esses fatores atuam conjuntamente sobre a biota local, levando a redução em médio prazo. *efeito de borda: Conjunto de alterações bióticas e abióticas, decorrentes da criação de uma borda abrupta em uma área antes contínua, e causadas pela interação entre os habitats adjacentes. - Mas por que a preocupação com a borda? -as características climáticas da borda são completamente distintas das do interior do fragmento. - Isso faz com que as características bióticas e abióticas causem, em alguns casos, um efeito redutor ou modificador da diversidade do fragmento. Fatores: Abióticos Bióticos diretos Vento Serapilheira Insolação e temperatura Invasão por especies exóticas Umidade do ar Facilitação de incendios Variações climáticas Facilitar a predação nas bordas Ecologia da paisagem: Paisagem: mosaico de manchas de habitat onde os organismos semovem, instalam, reproduzem e, eventualmente, morrem. Principais conceitos: Área e isolamento: aplicações da biogeografia de ilhas – Área: relações espécies/área – Isolamento depende de todos os fragmentos mais próximos, não só do “continente” Conectividade: capacidade da paisagem de facilitar os fluxos biológicos dos organismos Percolação: capacidade de uma espécie atravessar a paisagem de uma ponta a outra. Tem a ver com três coisas: – Arranjo espacial dos fragmentos – Densidade e complexidade dos corredores de habitat – Permeabilidade da matriz Diversidade da paisagem: complexidade do mosaico de habitats Matriz: é o que está ao redor da borda (vegetação ou não)! Possui um efeito cascata sobre comunidade biótica. serve como: - Passagem de organismos - Filtro de permeabilidade seletiva - Fonte de invasores Populações em ambientes fragmentados: -Efeito pós-fragmentação depende da relação com a matriz. a. População única: - Fragmentação e matriz não impedem os movimentos dos indivíduos - Fluxo tão intenso com alta taxa de troca de indivíduos entre subpopulações b. População relictual: - A fragmentação e a matriz impedem os movimentos dos indivíduos -Isso impede o fluxo gênico e leva a redução dos tamanhos populacionais, chegando a extinção local. c. Metapopulação: - Segundo Fernandez: “Qualquer coisa entre população relictual e contínua!” - Segundo Levins (1970): “Conjunto de populações conectadas por indivíduos que se movimentam entre elas”. -Traduzindo: Metapopulação é uma população de populações - Pressupostos de Levins para identificar metapopulações: (1) Cada população está simplesmente presente ou não (variável binária) (2) Todas as populações tem a mesma probabilidade de extinção (3) Extinções independentes em cada mancha (4) Probabilidades de colonização iguais para todas as manchas Populações pequenas: - riscos paradigmas de Cauglhey: -Paradigma das populações em declínio Quais são as causas do declínio? E O que pode ser feito para reverter o declínio? - Paradigma das pequenas populações: Tamanhos populacionais reduzidos podem ser comuns populações mais propícias à extinção! Além disso, a fragmentação reduz ainda mais os tamanhos populacionais. -Populações pequenas tem maior risco de extinção. Mas qual tipo de extinção? Os dois existentes: 1. Extinção determinística: - causada pela perda de algo essencial para a manutenção da população (espaço, abrigo ou alimento) ou pela introdução de algo letal (doenças, competidores,predadores) 2. - Extinção Aleatória: - Causada por mudanças aleatórias ou perturbações ambientais. - Quanto menor a população, maior a vulnerabilidade às mudanças. Processos que levam pequenas populações à extinção: • Aleatoriedade demográfica - Variações ao acaso nas características demográficas de uma população • Aleatoriedade genética - Grau de homozigose e de polimorfismo: Expressão de alelos perigosos apenas quando em homozigose -Associado a respostas imunes Efeito de Allee –aumento do número e da densidade de indivíduos de uma população leva ao aumento da sobrevivência e produção (Berryman, 1999) - Risco de extinção aumentado devido aossistemas sociais e reprodutivos só funcionarem quando existe um número mínimo de indivíduos. Resumindo - EXTINÇÃOSINERGISMO DE PROCESSOSVÓRTICES DE EXTINÇÃO
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