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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS São Luís 2017 � A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Trabalho apresentado à disciplina Administração de Unidade de Alimentação e Nutrição do curso de Nutrição, para a obtenção da primeira nota parcial referente ao 5º período. Orientador: Prof.ª São Luís 2017 � INTRODUÇÃO A Teoria das Relações Humanas ou Escola das Relações Humanas teve seu inicio nos Estados Unidos, e ganha força a partir da grande depressão, gerada pela queda da bolsa de valores de New York, em 1929. Nesse momento surge à necessidade de criar novas perspectivas para o pensamento administrativo, que pudessem mudar a relação mecanicista pregada pela Teoria Científica e pela Clássica. Na busca por incorporar novos elementos deu-se inicio a uma experiência que estudou os comportamentos dos empregados de uma fabrica, com o objetivo de identificar a correlação entre a iluminação e a eficiência dos operários, medida pela produção dos mesmos. Este estudo ocorre entre os anos de 1927 e 1932, na fabrica de Hawthorne da Western Eletric Company situada em Chicago, uma empresa de fabricação de equipamentos e componentes telefônicos sendo coordenada pelo médico e sociólogo George Elton Mayo. Tivemos como resultado deste estudo a quebra de paradigma em relação aos princípios da Teoria de Administração Cientifica de Taylor e a Clássica de Fayol que colocavam fatores físicos como determinantes. Mayo agrega variáveis comportamentais dos indivíduos na execução de atividades (fator psicológico, relação de grupos informais), retirando a tendência de desumanização do trabalho. Diante do exposto, o presente trabalho procura identificar as características da Teoria das Relações Humanas, abordando seus principais contextos, definindo suas políticas e estratégias nas relações humanas, abordando sobre a experiência de Hawthorne, a contribuição de Elton Mayo. Além disso, mostrar pontos estratégicos nos quais a teoria seja diretamente aplicada. � EXPERIENCIA DE HAWTHORNE - UM MARCO NA ESCOLA DAS RELAÇOES HUMANAS A Experiência de Hawthorne foi realizada em fases, conforme descreveremos abaixo: Fase Objetivo Resultado Conclusões 1ª Fase - Os Estudos da Iluminação Entender a influência da iluminação na produtividade do colaborador. Comprovou-se a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico A conclusão é que a produtividade sobe quando há a percepção dos trabalhadores que a direção da empresa dá atenção a eles. 2ª Fase - Sala de montagem de relés Foi criado um grupo de observação: cinco moças montavam os relés, enquanto uma sexta fornecia as peças para abastecer o trabalho. A sala de provas era separada do departamento, o grupo experimental tinha um supervisor, como no grupo de controle, além de um observador que permanecia na sala. Participaram de pesquisa e eram esclarecidas quanto aos seus objetivos. A pesquisa foi dividida em 12 períodos Oscilação no desempenho das colaboradores, conforme as variáveis (Infra-estrutura, Pagamento, Horário de Trabalho e Período de descanço). As moças gostavam de trabalhar na sala de provas porque era divertido e a supervisão branda, permitia trabalhar com liberdade e menor ansiedade. O supervisor funcionava como orientador, contribuindo para desenvolvimento social do grupo. O grupo desenvolveu objetivos comuns, como o de aumentar o ritmo de produção. 3ª Fase - O programa de entrevistas Iniciou-se o Programa de Entrevistas (Interviewing Programa) com os empregados para conhecer suas atitudes e sentimentos, ouvir suas opiniões quanto ao trabalho e tratamento que recebiam, bem como ouvir sugestões a respeito do treinamento dos supervisores. O programa obteve sucesso. Foi, então, criada a Divisão de Pesquisas Industriais para ampliar o Programa de Entrevistas. O Programa de Entrevista revelou a existência da Organização Informal dos Operários a fim de se protegerem das ameaças da Administração. Nela, os operários se mantêm unidos através de laços de lealdade. 4ª Fase - Sala de montagem de terminais Analisar a relação entre a Organização Informal dos Operários e a Organização Formal da Fábrica. Os operários dentro da sala usavam uma porção de artimanhas – logo que os operários montavam o que julgavam ser a sua produção normal, reduziam seu ritmo de trabalho. Os operários passaram a apresentar certa uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal. O grupo desenvolveu métodos para assegurar suas atitudes, considerando delator o membro que prejudicasse algum companheiro e pressionando os mais rápidos para estabilizarem sua produção por meio de punições simbólicas. A Teoria das Relações Humanas constatam que variáveis psicológicas que influenciam no comportamento do individuo e serão determinantes em seu desempenho. Suas observações mais importantes foram: Integração social como determinante da produção, ou seja, quanto maior sua integração social no grupo maior será sua vontade de produzir, ao contrário do que dizia a Escola Clássica, que coloca fatores físicos como determinantes. Comportamento do empregado é baseado no comportamento dos grupos e organizações informais, cada empregado não age isoladamente. As necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas formas de recompensa e sanções não-materiais. O despertar para as relações humanas dentro das organizações. A ênfase nos aspectos emocionais e não-racionais do comportamento das pessoas. A importância do conteúdo dos cargos e tarefas para as pessoas eram realizadas trocas de posição para evitar a monotonia, mesmo que provocassem queda na produtividade aumentavam o moral do grupo. Os experimentos e estudos de Elton Mayo evidencia que o nível de produção não é determinado pela capacidade física ou fisiológica do empregado, mas por normas sociais e expectativas grupais determinadas pelos chamados grupos informais. Com isso as condições do individuo e o grupo em que ele esta inserido tornam-se importantes para seu desempenho, produtividade e desenvolvimento. Respeitar as individualidades das pessoas, e a organização dos grupos, para torná-las mais produtivas torna-se a partir deste momento um grande desafio. O nível de produção é resultante da integração. Um novo conceito sobre o papel do individuo nas empresas passa a ser moldado. E como consequência desta Teoria novos estudos começam a ser elaborados e o conceito do papel do individuo nas empresas torna-se indispensável, mudando a visão da empresa sobre os mesmo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Enfim, a Teoria das Relações humanas da inicio a uma nova era onde a mudança de pensamento se mostra pautada em conceitos humanísticos, enfatizando a importância das pessoas e não as tarefas. Destaca o papel importante da integração social dos indivíduos e adiciona elementos primordiais para o campo da administração e para as Relações Humanas como: motivação, liderança, comunicação, organização informal e dinâmica de grupo. O homem deixa de ser visto como “homo economicus” e passa a adotar o seu papel de “homo social”. Com todas essas mudanças passou-se a pensar na participação dos funcionários na tomada de decisão e na disponibilização das informações acerca da empresa na qual eles trabalhavam. Outros fatores foram sendo compreendidos e foram ligados a aspectos até então esquecidos como à afetividade humana, as relações interpessoais, aprovação social, autorrealização, necessidades individuais e percebeu que o nível de produção é resultante dessa integração social, sendo ela que garantirá o sucesso da organização. � REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2004. 7ª Edição. Wikipédia, Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_rela%C3%A7%C3%B5es_humanas> Acesso em: 17 de março de 2017.�PAGE �
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