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5 PASSOS PARA ALUCINAR COM AUTO- HIPNOSE Protocolo Alexandre de Auto-Hipnose I N S T I T U T O Prepared for L AMBDA 2 0 1 8 Felipe Arché RECIFE 5 PASSOS PARA ALUCINAR COM AUTO- HIPNOSE CORREÇÃO: MONARA MONIKE DA SILVA P r o t o c o l o A l e x a n d r e d e A u t o - H i p n o s e Felipe Arché 2018 1 | O Protocolo Alexandre 2 | Etapas do Protocolo 3 | Hipnose Clássica x Auto-hipnose SUMÁRIO 4 | Encerrando Processos I N S T I T U T O L A M B D A 6 | Transformando A em B 7 | Voz Mentral e Expectativa www.institutolambda.com Fenômeno Extra-cotidiano 5 | 8 | Fenômenos Complexos: Alucinações e Delírios 9 | O loop Hipnótico na Auto-hipnose 10 | Relatos de Auto-hipnose 1 1 | Resumo do Protocolo I N S T I T U T O L A M B D A 13 | Sobre o Instituto www.institutolambda.com Sobre o Criador do Protocolo 12 | Referências14 | O PROTOCOLO ALEXANDRE CAPÍTULO 01 INST ITUTO LAMBDA | 03 CAP 01 | O PROTOCOLO ALEXANDRE INST ITUTO LAMBDA | 04 O Protocolo Alexandre de auto-hipnose é fruto de uma série de experiências de autodescoberta que tive no decorrer dos meus sete anos de estudo e prática do hipnotismo. Nestes anos pude vivenciar Enoc's ¹ nos mais variados contextos. Destes, destaco três momentos fundamentais para que as peças que compõe este protocolo se encaixassem: As minhas primeiras experiências significativas com Enoc's foram no contexto artístico, exercendo a arte da ator, e nestas circunstâncias pude compreender o poder de uma condução hipnótica eficaz e iniciar as minhas investigações sobre auto-hipnose aplicada nas artes cênicas. O segundo contexto importante vivenciei na cicloviagem que fiz de Natal, capital do Rio Grande do Norte até Fortaleza, capital do Ceará. Pedalando estes quase 550,0 km pude sentir diariamente o estado de flow², formando então uma visão mais holística sobre a natureza dos meus processos mentais. E o último contexto e talvez o mais importante no que diz respeito à compreensão do ‘eu’, e dos mecanismos psicológicos que estruturam a experiência que significo como real, vivenciei, e ainda vivencio, no xamanismo, tanto com estados extáticos de consciência alcançados com o toque do tambor, quanto com a consagração de medicinas enteógenas³ como a jurema e a ayahuasca. 01 - Enoc ; Estado não ordinário de consciência, estado alterado de consciência, transe. 02 - Estado de Flow: Estado de fluxo. Vede a obra de Mihaly Csikszentmihalyi 03 - Enteógeno: substância alteradora da consciência que induz ao estado xamânico ou de êxtase. Ecodélico. Medicina indígena. "A principal diferença entre a hipnose clássica e a auto-hipnose é que na ultima, o sujeito não pode se alienar da responsabilidade de criar." Estas experiências e os estudos sobre hipnose, meditação, estado de flow, mindfulness e do xamanismo, me conduziram à criação do Protocolo Alexandre de auto- hipnose, capaz de proporcionar a criação de alucinações visuais e delírios! Desejo imensamente que o conteúdo aqui apresentado seja útil ao buscador. ETAPAS DO PROTOCOLO CAPÍTULO 02 INST ITUTO LAMBDA | 05 CAP 02 | ETAPAS DO PROTOCOLO INST ITUTO LAMBDA | 06 O Protocolo Alexandre está dividido em cinco etapas: Primeira etapa - Encerrando Processos: Nesta etapa, iremos abordar como resolver o problema da atenção alternada, encerrando os processos abertos do subconsciente, e consequentemente aumentando a Potência da Atenção. Na segunda etapa - Fenômeno Extra-cotidiano: Iremos abordar como criar ou perceber uma experiência subjetiva com potencial hipnótico. Na terceira etapa - Transformando A em B: Iremos abordar como funciona a dinâmica da evolução dos fenômenos na auto-hipnose, e como transformar um fenômeno extra- cotidiano em outro fenômeno. Na quarta etapa – Voz Mental e Expectativa: Iremos abordar qual o momento adequado de situar a expectativa com sua voz mental e como utilizar a linguagem de forma eficaz na autossugestão, possibilitando o aumento na complexidade dos fenômenos. E a última etapa - Fenômenos Complexos : Alucinações Visuais e Delírios; Iremos abordar quais as diferenças entre delírios e alucinações, como transferir o campo visual do nível consciente para o nível subconsciente, e como utilizar a imaginação para construir um fenômeno de alucinação ou delírio. Mas antes de adentramos ao passo a passo do Protocolo, vamos compreender melhor algumas diferenças entre a auto-hipnose e a hipnose clássica. HIPNOSE CLÁSSICA X AUTO -HIPNOSE CAPÍTULO 03 INST ITUTO LAMBDA | 07 CAP 03 | HIPNOSE CLÁSSICA X AUTO -HIPNOSE INST ITUTO LAMBDA | 08 Quando se trata de auto-hipnose, muito do que sabemos sobre hipnose clássica¹ parece não se adequar. Os conceitos parecem funcionar de uma forma diferente. Afinal, como representar uma autoridade para si mesmo? Como gerar expectativa quando já sabemos exatamente o passo a passo? Como produzir fenômenos complexos com a autossugestão? Uma forma didática de ilustrar uma das principais dife- renças entre a auto-hipnose e a hipnose clássica, é utilizando analogamente os modelos de processamento Botton-up e Top-down. Botton-up ou processamento de baixo para cima, diz respeito a construção do significado partindo de um estímulo externo e específico, até alcançar o interno, o geral. Top-down ou processamento de cima para baixo, diz respeito a construção do significado que parte da representação geral, interna, em direção a especificidade. Deste modo, podemos considerar a hipnose clássica como uma forma Botton-up de construir fenômenos, ou seja, partindo de um elemento externo, até alcançar a experiência interna do sujeito, seu mapa de mundo, sua representação de realidade. Apesar de sabermos na prática que o hipnotista utiliza estrategicamente as referências internas do sujeito, ainda sim para fins didáticos, consideramos a hipnose clássica¹ como uma forma Botton-up; levando em consideração o fator “do externo ao interno” que o hipnotista exerce aplicando a técnica. 01 - Utilizamos o termo hipnose clássica para nos referirmos à hétero hipnose. Hipnose construída na relação entre sujeito e hipnotista. CAP 03 | HIPNOSE CLÁSSICA X AUTO -HIPNOSE INST ITUTO LAMBDA | 09 Já a auto-hipnose poderia ser considerada como uma forma Top-down de construir fenômenos, ou seja, partindo das representações internas, das generalizações, das referências do sujeito para a construção ou percepção da experiência. Podemos dizer que, se para a hipnose clássica a permissividade do sujeito para com o conteúdo sugerido é um elemento imprescindível, na auto-hipnose a criatividade cumpre essa função. É importante na auto-hipnose uma postura ativa e dotada de potencial imaginativo. Deste modo, alguns elementos fundamentais na construção da hipnose em um modelo botton-up não se configuram na mesma dinâmica ou não tem tanta importância em um modelo top-down. Esse parece ser o caso da autoridade: A autoridade cumpre dentro da hipnose clássica a função de direcionar comportamentos evitando análises críticas. Na auto-hipnose não existe a necessidade de considerar a autoridade como pertencente a dinâmica, o sujeito não precisa convencer a si mesmo, deve apenas possuir boa vontade e uma atenção concentrada.Já a expectativa ainda é um elemento importantíssimo para evolução dos fenômenos na auto-hipnose, porém sua aplicabilidade segue outra estrutura. “Quando há uma figura de autoridade, é maior a probabilidade das pessoas agirem de forma obediente, mesmo se essa autoridade for ilegítima." – (Cialdini.1984) Veremos qual o momento correto de adicionar a expectativa, e como alcançar fenômenos complexos com a autossugestão no cap 07. ENCERRANDO PROCESSOS CAPÍTULO 04 INST ITUTO LAMBDA | 10 CAP 04 | ENCERRANDO PROCESSOS INST ITUTO LAMBDA | 1 1 Todas as teorias da mente estão de acordo no que diz respeito aos limites da atenção consciente. Isso porque a mente consciente não consegue manter uma atenção instrumental, ou seja, que execute uma função complexa, em mais de uma tarefa. Por mais que tenhamos a impressão de conseguir realizar duas ou mais tarefas de forma consciente ao mesmo tempo, o que estamos fazendo na realidade é executando uma tarefa de forma consciente, e as outras tarefas de forma automática, ou seja, de forma subconsciente! Se por um lado, a mente consciente não é multitarefa, a mente subconsciente é, e ela mantém abertas todas as tarefas que a mente consciente foca ou que ela compreende como importante. Lembrando que para a mente subconsciente, os conteúdos importantes nem sempre são o que conscientemente consideramos. Um exemplo disso são as músicas chiclete: O subconsciente considera importante tudo aquilo a que fica exposto repetidas vezes, logo, repetições deixam programações a nível subconsciente. Você provavelmente já deve ter experienciado a sensação de tentar manter o foco da atenção em algo, enquanto que conteúdos inconvenientes começam a brotar na mente fazendo sua atenção alternar. Conteúdos como as preocupações diárias, a voz mental se questionando, músicas e situações do dia a dia se repetindo mentalmente, etc... Estes conteúdos fazem parte do que consideramos como “Processos Abertos do Subconsciente”¹. 01 - Na meditação, esta inquietude dos pensamentos é popularmente conhecida como “a mente do macaco". CAP 04 | ENCERRANDO PROCESSOS INST ITUTO LAMBDA | 12 Basicamente, existem duas formas de se lidar com essa alternância da atenção. Uma delas exige esforço mental para manter o foco. Apesar de ser um excelente exercício mental, acaba por esgotar um recurso limitado muito importante: a força de vontade. Então, visando esgotar o mínimo possível da força de vontade, desenvolvi uma técnica que visa encerrar os processos abertos do subconsciente, atenuando a alternância da atenção consciente e consequentemente aumentando a potência da atenção¹. Nem preciso mencionar o quão importante é a atenção concentrada para a auto-hipnose. A técnica chama-se: “A meditação do observador desassociado” Vamos a técnica: Feche os olhos. Respire profundamente algumas vezes para te ajudar a entrar em downtime². Comece a observar todos os conteúdos que vão surgindo na sua mente. Seu objetivo é somente observar, de uma forma passiva e desassociada. Logo começarão a surgir vários tipos de conteúdo: tanto memórias, julgamentos, análises, e repetições, quanto as sensações corporais. Busque manter a postura de observador desassociado inclusive para sua voz mental e para as sensações físicas. Irá perceber que, mesmo que haja interferências (ex: desconfortos³, barulhos,etc...) você continuará observando de forma passiva e desassociada. 01 - Potência da Atenção: capacidade de manter uma atenção contínua, intensa, concentrada. Capacidade de concentração. 02 - Atenção na experiência interna, Terminologia utilizada na hipnose conversacional. 03 - Essa postura de observador distante é uma excelente forma de anular dores físicas. CAP 04 | ENCERRANDO PROCESSOS INST ITUTO LAMBDA | 1 3 Nesta técnica, você terá que evitar conscientemente duas coisas: Uma delas é cair no sono; observar os processos abertos do subconsciente parece-me uma excelente forma de lidar com a insônia. Outra coisa a se evitar é envolver-se mentalmente com os conteúdos. Caso contrário, se houver envolvimento mental, os processos ainda continuarão abertos. É justamente a postura de observador desassociado que irá reduzir a importância dos conteúdos para a mente, e uma vez que os conteúdos forem perdendo a importância para a mente subconsciente, ela se encarregará de encerrar, um por um, de forma gradativa. Busque desenvolver a capacidade de encerrar processos por dez minutos seguidos. A princípio, cinco minutos irão parecer uma grande vitória, mas não se engane, seu objetivo é conseguir permanecer na técnica no mínimo dez minutos. E isso depende única e exclusivamente da sua dedicação. Com a prática continuada desta técnica é comum que os Processos do Subconsciente tornem-se abstratos, metafóricos, ou que memórias de longo prazo sejam acessadas. Também será possível "reduzir a importância" até mesmo de sensações físicas, para anular dores, ou para gerar catalepsias e alcançar a fase R.E.M.¹ de forma rápida. O mais importante é desenvolver a habilidade de "limpar" a mente de processos, para diminuir a alternância da atenção. 01 - O sono R.E.M., ou Rapid Eye Movement ("movimento rápido dos olhos"), é a fase do sono na qual ocorrem os sonhos mais vívidos. Durante esta fase, os olhos movem-se rapidamente e a atividade cerebral é similar àquela que se passa nas horas em que se está acordado. As pessoas acordadas durante o sono REM, normalmente, sentem-se alertas, com maior índice de atenção, ou mais dispostas e prontas para a atividade normal FENÔMENO EXTRA - COTID IANO CAPÍTULO 05 INST ITUTO LAMBDA | 14 CAP 05 | FENÔMENO EXTRA -COTIDIANO INST ITUTO LAMBDA | 15 Fenômeno extra-cotidiano é todo fenômeno que não faz parte do dia a dia, do comum. Imagine a seguinte situação, que a palma da sua mão está colada hipnoticamente na superfície de uma mesa. Lógico que em circunstâncias normais uma experiência como esta dificilmente aconteceria, foi preciso que algo especial acontecesse, no caso, a presença de um hipnotista, um contexto hipnótico e a sugestão. Agora imagine esta outra situação: que você está tão concentrado na sua experiência interna, que consegue perceber sensações em seu corpo que nunca havia notado, como a temperatura da circulação sanguínea em um dos seus dedos mindinhos ou a umidade de uma das suas cavidades oculares. A estes dois tipos de fenômenos, tanto a experiência especial de uma sugestão hipnótica, quanto a percepção de uma experiência interna sutil, podemos classificar como fenômenos extra-cotidiano. Resumindo qual a importância da criação\percepção de um fenômeno extra-cotidiano na auto-hipnose em poucas palavras: “todo fenômeno extra-cotidiano pode produzir outro fenômeno extra-cotidiano mais complexo”. Este ponto é fundamental no que diz respeito a configurar uma auto-hipnose, que sai do âmbito tão somente de produzir fenômenos e a partir de agora também engloba a percepção como elemento determinante. Depois que eu entendi a mecânica da auto-hipnose percebi que estive em “estados hipnóticos” diversas vezes, mas 'tentando' produzir fenômenos de uma forma não eficaz. O fato é que podemos fechar os olhos e perceber algo especial acontecendo em nós, e isso é mais do que suficiente para produzir outros fenômenos mais intensose complexos. CAP 05 | FENÔMENO EXTRA -COTIDIANO INST ITUTO LAMBDA | 16 Como Perceber um fenômeno extra-cotidiano? Primeiramente, antes de exercitar essa etapa, certifique-se que você já está bom o suficiente em encerrar os processos abertos do subconsciente. Encerre os processos do subconsciente. Busque passear com sua atenção consciente por seu corpo para perceber quais sensações especiais você possa estar experienciando no momento. Talvez você consiga notar mudanças sutis de temperatura no seu corpo. Sensações de energias, ou leveza. Não importa que tipo de fenômeno seja e o quão sutil ele se apresente, apenas perceba o que de novo você possa estar sentindo. E quando encontrar esta sensação busque aumentar, potencializar, com a sua imaginação! Como criar um fenômeno extra-cotidiano? Encerre os processos do subconsciente. Busque colocar toda a sua atenção consciente em algum ponto do seu corpo e utilize sua imaginação para criar algum fenômeno, exemplo: imaginar que um dos seus dedos da mão esquerda está pulsando. Utilize o máximo de modalidades possível para criar a experiência e perceba qual relação funciona melhor: imaginar com o som ou com imagens está me causando mais sensações? Depois que conseguir ativar alguma sensação, busque aumentar gradativamente, intensificando a sua imaginação. "Se as imagens estão me causando a sensação, busco imaginar imagens com cores mais intensas. Se é pelo som, busco imaginar um som mais alto. Se sinto num ritmo lento, busco acelerar o ritmo". Importante mencionar que, o processo de criar sensações é gradual e proporcional a sua capacidade de atenção e imaginação. Busque sempre encontrar que tipo de fenômenos você consegue criar com mais facilidade, e use a imaginação para produzir mudanças de ritmo e intensidade. . TRANSFORMANDO 'A ' EM 'B ' CAPÍTULO 06 INST ITUTO LAMBDA | 17 CAP 06 | TRANSFORMANDO A EM B INST ITUTO LAMBDA | 18 Na hipnose clássica, transformar um fenômeno em outro é algo simples como subir uma escada. Se um fenômeno 'A' se estabiliza ( vamos supor que o fenômeno A seja: olhos colados) o próximo fenômeno 'B' ( vamos supor uma amnésia temporária) tem uma alta probabilidade de estabilizar se: a experiência 'A' foi significativa para o sujeito (ele percebeu realmente que não conseguia desgrudar os olhos) e com isso a expectativa acerca do próximo fenômeno tenha sido alimentada. E se a sugestão do fenômeno 'B' seja clara o suficiente para ser entendida perfeitamente pelo sujeito. Porém, na auto-hipnose o fator expectativa se configura de uma forma diferente: você sabe exatamente o que e quando irá se autossugestionar, então como gerar expectativa? Desse modo, é realmente ineficaz tentar sugestionar¹ a si próprio para produzir fenômenos como na hipnose clássica. Compreendendo a dinâmica da auto-hipnose, todos esses fatores são inseridos da forma correta no momento correto. Os conceitos da hipnose clássica oferecem pistas preciosas para a auto-hipnose, porém a estrutura da hipnose clássica não funciona na auto-hipnose. Se na hipnose clássica, a evolução dos fenômenos se assemelha a analogia de subir uma escada, na auto-hipnose a evolução se assemelha muito mais a analogia de subir uma rampa: não existe salto do fenômeno A para o fenômeno B. O que acontece na realidade é uma transformação gradual. O Fenômeno A se metamorfoseia no B. É preciso transformar gradativamente com a imaginação uma experiência extra-cotidiana em outra, até alcançar os fenômenos mais complexos! 01 - Importante frisar que a autossugestão nos moldes de Émile Coué ainda se apresenta como alternativa terapêutica eficaz CAP 06 | TRANSFORMANDO A EM B INST ITUTO LAMBDA | 19 Como transformar os fenômenos extra-cotidiano? Comece encerrando os processos. Perceba ou crie um fenômeno extra-cotidiano. Utilize a sua atenção e imaginação para transformar um fenômeno. Ou seja, se o fenômeno que você conseguiu alcançar foi uma dormência no polegar, experimente levar essa sensação gradativamente para o indicador, anelar, etc... Se a sensação foi algo como um formigamento, experimente transformar gradativamente em dormência ou conduzir uma mudança de temperatura, etc... Tanto o ato de conduzir a sensação para outra parte do corpo quanto ato de mudar a natureza do fenômeno se enquadram no que consideramos aqui como “transformar o fenômeno”. O importante nesta etapa é começar a situar a imaginação como condutora da sua experiência interna. Sem sombra de dúvidas que a partir deste momento sua experiência alimentará sua crença, fortalecendo e possibilitando que fenômenos cada vez mais complexos gradativamente se estabilizem. É hora de situar a expectativa na estrutura da auto-hipnose, para aumentar a complexidade dos fenômenos e possibilitar a autossugestão! VOZ MENTAL E EXPECTATIVA CAPÍTULO 07 INST ITUTO LAMBDA | 20 CAP 07 | VOZ MENTAL E EXPECTATIVA INST ITUTO LAMBDA | 21 Se você já conseguiu criar um fenômeno extra-cotidiano e transforma-lo em outro gradativamente, perfeito! O Próximo passo agora é situar a expectativa como elemento dentro da dinâmica da auto-hipnose. Esse é o momento em que sua voz mental vai assumir a função importante de conduzir sua expectativa. Como situar a expectativa: Entre a transformação dos fenômenos adicione a expectativa de que “quando o fenômeno B se transformar no fenômeno C” você irá experienciar uma sensação de bem estar, ou leveza, etc... O que precisa se certificar nesta etapa, é que você criará com sua voz mental a expectativa de um fenômeno simples. Comece sempre gradativamente. Exemplo: Pensar que quando o fenômeno B (ex: O pulsar de um dos dedos da mão direita) se transformar num fenômeno C (ex: O pulsar em um dos dedos da outra mão) você se sentirá muito bem, uma onda de felicidade poderá passear pelo seu corpo, etc... Com a prática algo muito interessante vai acontecer: você vai perceber que poderá se “autossugestionar” com a voz mental sempre que fizer a transição de um fenômeno extra-cotidiano para outro. Essa espécie auto-hipnose conversacional funciona na medida em que seu foco de atenção é a transformação dos fenômenos. A voz mental apenas cria a causalidade: “quando o fenômeno C se transformar no D irei sentir X”. CAP 07 | VOZ MENTAL E EXPECTATIVA INST ITUTO LAMBDA | 22 Utilizando uma linguagem eficaz na voz mental: Para tornar mais eficaz a criação dos fenômenos com a expectativa na voz mental, é fundamental que a linguagem tenha a capacidade de gerar pesquisas transderivacionais¹ eficientes, ou seja, de se voltar para as representações internas na procura do significado. Utilizaremos aqui uma linguagem com estrutura semelhante ao metamodelo², não como uma estratégia de superar filtros, mas como uma forma de “incutir possibilidades” numa estrutura provocativa de significações. (ex : “Como seria a sensação de sentir X quando o fenômeno C se transformar em D?”) Perguntas possuem capacidade de gerar a pesquisa na estrutura profunda, enquanto que o “como” tem a intencionalidade de buscar a forma do fenômeno, e consequentemente produz a experiência. Devemos levar em consideração um fator importante, que é o cérebro como “servomecanismo”, ou seja, o cérebro como máquina que age em conformidade com as informações que recebe.Uma vez que fazemos uma pergunta, o servomecanismo busca automaticamente uma resposta. É razoável afirmar que, sempre que perguntamos algo (ex: “como seria sentir-se bem agora?”) em algum nível iremos experienciar a sensação, mesmo que seja de forma extremamente sutil. Esta é a forma mais eficaz de encaixar a expectativa na auto- hipnose: Não é necessário construir uma sugestão direta, mas apenas a criação de uma possibilidade. A expectativa consiste justamente no intervalo entre a transição dos fenômenos e a resposta do servomecanismo. 01 - Pesquisas transderivacionais são buscas por significados, no qual a mente precisa focar subconscientemente em encontrar possíveis relações. 02 - Um modelo desenvolvido por John Grinder e Richard Bandler, que identifica determinadas classes de padrões de linguagem que podem ser problemáticas ou ambíguas. Baseado na gramática transformacional, o metamodelo identifica distorções, omissões e generalizações comuns, que obscurecem a estrutura profunda e/ou o significado original. CAP 07 | VOZ MENTAL E EXPECTATIVA INST ITUTO LAMBDA | 23 Vejamos um exemplo completo: Durante a transformação dos fenômenos me indago mentalmente: “Como seria sentir os meus pés colados no chão, quando o pulsar da minha mão direita se transformar no pulsar da minha mão esquerda?” Ponho toda a atenção concentrada somente em imaginar a transformação gradual do fenômeno “pulsar da mão direita” para o fenômeno “pulsar da mão esquerda”. Uma vez que conecto causalidades, preciso me certificar somente em conseguir o resultado que compete a minha postura ativa de imaginar. No momento em que realizo a transformação dos fenômenos, o servomecanismo responde a pergunta com a experiência, e então sinto os "pés colados no chão". Nesta etapa temos a oportunidade de realizar uma série de autossugestões e obter respostas como na hipnose clássica. Sugiro que as primeiras experiências alcançadas com a autossugestão sejam simples e muito agradáveis, afinal, as partes mais básicas da mente sempre buscam refazer caminhos prazerosos. Esse avanço é realmente incrível! Se você chegou até está etapa com êxito, parabéns! Você pode agora alcançar todos os tipos de fenômenos complexos da hipnose clássica, utilizando a auto- hipnose. Inclusive alucinações visuais e delírios! FENÔMENOS COMPLEXOS : ALUCINAÇÕES VISUAIS E DEL ÍR IOS CAPÍTULO 08 INST ITUTO LAMBDA | 24 CAP 08 | FENÔMENOS COMPLEXOS INST ITUTO LAMBDA | 25 Costumamos erroneamente considerar Alucinações e Delírios como sinônimos, mas na realidade são fenômenos distintos. Alucinações são uma experiência prioritariamente imaginária, porém se apresentam como realidade. Não há um estímulo externo para sustentar a alucinação. Já o delírio é uma distorção da realidade, é uma forma diferente de significar um estímulo real. Enquanto que a alucinação permite que você veja e/ou ouça algo que não está fisicamente lá, como um elefante rosa passeando pelo quintal da sua casa, o delírio se estrutura com base num estímulo real: você olha para um carro estacionado e vê um elefante rosa. Um delírio é ligeiramente menos complexo que uma alucinação. Foi com base nas experiências visionárias com a ayahuasca e com o tambor xamânico, que pude compreender como as alucinações e delírios se relacionam com a atenção, quais os níveis alucinatórios, e como fazer um bom uso deles para propósitos de autoconhecimento. Basicamente, o principal método de produzir alucinações e delírios sem a ingestão de nenhuma substancia enteógena ou psicodélica, é absurdamente simples. Mas antes de te ensinar como, deixe-me lhe contar alguns fatos importantes sobre o funcionamento do cérebro e da mente consciente. O primeiro fato diz respeito a construção da realidade subjetiva. Para o cérebro, conteúdos processados pelas portas de entrada¹ e conteúdos imaginários tem praticamente o mesmo valor. Então é certo afirmar que uma imaginação suficientemente forte tem o poder de adicionar conteúdo no que percebemos e significamos como real. 01 - Visão, audição, tato, olfato e paladar. CAP 08 | FENÔMENOS COMPLEXOS INST ITUTO LAMBDA | 26 Outro fato importante é sobre a atenção da mente consciente: Como foi dito no início deste e-book, a atenção consciente só consegue trabalhar em uma tarefa complexa por vez, deixando todo o resto sob responsabilidade do subconsciente. O Subconsciente é muito reativo a imaginação e a imaginação é facilmente conduzida pela atenção consciente. Essas informações são suficientes para entendermos a mecânica das alucinações intencionais. A técnica é simples, consiste basicamente em colocar a Atenção Consciente engajada em algum processo downtime, enquanto que matemos os olhos abertos. Uma vez que a mente consciente está focada na experiência interna, o subconsciente assume a jurisdição do campo visual, tornando-o muito mais reativo a conteúdos imaginários e distorções. A princípio, manter a atenção consciente em downtime enquanto estamos de olhos abertos pode parecer uma tarefa difícil, afinal estamos condicionados a ficar em uptime¹ sempre que abrimos os olhos. Mas você irá perceber que na prática do Protocolo Alexandre de Auto-Hipnose, você já estará muito envolvido conscientemente nos processos downtime, transformando os fenômenos extra- cotidiano. A próxima etapa da construção de uma alucinação é adicionar o conteúdo ao campo visual. Veremos como isso funciona na prática: Encerre os processos. Encontre ou crie um fenômeno extra- cotidiano. Transforme os fenômenos. Ou seja, mude-os de lugar ou de natureza. Adicione a expectativa entre a próxima transformação dos fenômenos. Abra os olhos e mantenha a atenção em downtime, ou seja, na experiência interna, no caso; na condução dos fenômenos extra- cotidiano. Agora, exteriorize os fenômenos para o campo visual. 01- Atenção na experiência externa, oposto de downtime. Terminologia utilizada na hipnose conversacional. CAP 08 | FENÔMENOS COMPLEXOS INST ITUTO LAMBDA | 27 É interessante perceber que, exteriorizar um fenômeno extra-cotidiano para o campo visual implica uma forma subjetiva de imaginar que a experiência está saindo do seu corpo e se projetando no espaço. Então, talvez você imagine ondulações, fumaças, flashes ou de qualquer outra forma. O importante é perceber como sua experiência está se configurando e tornar congruente a sua imaginação com a sua percepção. A experiência me sugere dizer que, produzir fenômenos na região da face, da testa e dos olhos, facilita na criação gradual das alucinações no momento de exteriorizar. Afinal, tudo na auto-hipnose é processual, gradativo. Então perceber o momento em que o fenômeno está influenciando o campo de visão de forma sutil é extremamente importante para ir estabilizando a alucinação aos poucos. Duas coisas podem acontecer: uma delas é você perceber abstrações no espaço, como uma “energia” que pode ser moldada com sua imaginação de forma gradativa. Outra, é seu subconsciente criar imagens metafóricas no espaço. Ambas as experiências podem vim com um material muito significativo da sua psiquê, te proporcionando momentos preciosos de autodescoberta. É importante te dizer que, mesmo com seu foco de atenção esteja em um conteúdo do campo visual, no momento dacriação da alucinação você ainda estará em downtime. Afinal, seu foco de atenção ainda é algo da experiência interna, do mundo subjetivo. O próximo passo é “moldar” a sua experiência visual! CAP 08 | FENÔMENOS COMPLEXOS INST ITUTO LAMBDA | 28 Foque a atenção em como se configura sua experiência visual. A minha geralmente se assemelha a fumaças flutuando no espaço. Então aos poucos eu vou moldando o ritmo, movimento e adicionando a expectativa que: quanto mais nítida a minha experiência visual fica, mas ‘feliz’¹ me sinto. Então aos poucos a experiência vai se tornando mais nítida, assumindo formas e cores mais intensas e me trazendo conteúdos do subconsciente. Para mim, esta é uma oportunidade de autodescoberta muito valiosa. A ayahuasca e as experiências com o tambor xamânico oferecem algumas pistas sobre níveis de alucinação úteis para o buscador. Numa experiência com a ayahuasca, as sensações visuais alcançam diversos níveis. Processos botton-up, ou seja, do estímulo até a significação interna, e top-down, ou seja, das representações internas até a especificidade, acontecem alternadamente num ritmo extremamente alto. Os estudos mais atuais sobre o efeito da Ayahuasca nas ondas cerebrais, sugerem que a faixa de ondas gama (entre 30-100 hertz) tem um papel essencial na fase alucinatória mais complexa da experiência. “Esse aumento de gama pode ajudar a explicar porque durante a ayahuasca a percepção de sons e imagens, por exemplo, parece se fundir e criar relações peculiares, não perceptíveis durante a consciência ordinária, quando o cérebro tende a organizar a atividade neural relacionada aos cinco sentidos de maneira parcialmente independente. Essa função do gama em unificar ou integrar informaçõesno cérebro é conhecida de longa data, pelo menos desde a obra pioneira do cientista Chileno Francisco Varela.” (EE Schenberg.2015) 01 - Geralmente uso padrões de prazer associado a expectativa, afinal as partes mais básicas e poderosas do nosso cérebro estão sempre favorecendo processos de prazer, e evitando processos de dor. CAP 08 | FENÔMENOS COMPLEXOS INST ITUTO LAMBDA | 29 Já as experiências com o tambor, tem o poder de conduzir sua atenção por diversas frequências, possibilitando que a atenção consciente concentrada na experiência downtime, abra diversas possibilidades de sinestesia, delírios e alucinações sutis. Com base nestas duas experiências, sintetizei de uma forma didática três níveis de alucinações e delírios visuais. São elas: Imaginação repentina,Impressões periféricas e Experiência estável. Imaginação repentina: Tanto na ayahuasca quanto com o tambor, a imaginação começa a surgir cheia de imagens e conceitos, muitas vezes de origem não consciente. Essa fase da alucinação é a mais comum e mais sutil. Ela é o primeiro passo para as próximas experiências, porém pode trazer à consciência conteúdos subconscientes e inconscientes importantíssimos. Impressões periféricas: As impressões periféricas são falhas de interpretação de elementos do espaço, com base em duas características importantes do funcionamento do cérebro: Uma delas é a percepção em tempo finito do espaço. O cérebro é uma máquina que lida com as informações do espaço, muitas vezes usando um critério de previsibilidade. Isso para garantir a sobrevivência, afinal em algumas situações, estímulos precisam de uma reação imediata. O cérebro faz um misto entre o processamento de origem externa Botton-up, e de significação geral; top-down, porém, como ele busca ‘prever’ para reagir, muitas vezes esses estímulos são processados tão rapidamente que as lacunas são preenchidas de uma forma imediata e provisória, fazendo com que percebamos algo completamente diferente. CAP 08 | FENÔMENOS COMPLEXOS INST ITUTO LAMBDA | 30 Outra característica é pela própria estrutura da atenção: como já foi anteriormente mencionando, a mente consciente está ativamente onde o seu foco de atenção está. Sendo bem razoável dizer que, se a atenção consciente está em apenas um ponto do campo visual, todo o resto do campo visual está sendo processado a nível subconsciente. As mensagens subliminares se apoiam nesta característica da visão periférica subconsciente. E como sabemos, o subconsciente é muito reativo a imagens e emoções. Os maiores erros de percepção do espaço geralmente acontecem quando há um estímulo na visão periférica que ativa algum padrão de sobrevivência, e ativando consequentemente a previsibilidade para gerar um comportamento de fuga ou luta! Nesta fase, temos diversas ‘impressões errôneas’, como ver uma cadeira e pensar ter visto algum animal, ver uma sombra e pensar ter visto uma pessoa, etc... Por mais que cotidianamente possamos vivenciar esta fase, na ayahuasca estas experiências de ‘erro’ de interpretação são levadas até as últimas consequências, criando as vezes incontáveis conexões metafóricas e significativas entre a interpretação distorcida dos estímulos, com conteúdos internos importantes. Basicamente é desta forma que os delírios se estruturam de forma espontânea. Experiência estável: Já na experiência estável, presenciamos uma certa durabilidade e interatividade com os conteúdos. Importante mencionar que, tanto a imaginação repentina quanto as impressões periféricas são as bases criadoras da Experiência Estável. De certa forma os estímulos externos e as representações internas são dois caminhos distintos que se conectam para sintetizar uma experiência alucinatória ou de delírio estável. O LOOP HIPNÓTICO NA AUTO -HIPNOSE CAPÍTULO 9 INST ITUTO LAMBDA | 3 1 CAP 09 | O LOOP HIPNÓTICO NA AUTO -HIPNOSE INST ITUTO LAMBDA | 32 Se você é um estudioso da hipnose provavelmente já deve ter esbarrado com os conteúdos do James Tripp¹ na internet. Resolvi destacar o loop hipnótico da teoria da hipnose sem Transe do Tripp para explicar como se dá a evolução dos fenômenos na hipnose, porém, aplicadas num modelo Top-down. O Loop Hipnótico do James Tripp é um modelo de compreensão e construção de fenômenos hipnóticos. Basicamente, o Loop hipnótico possui 5 elementos fundamentais, quatro deles enquanto etapas de evolução do loop, e um deles, a expectativa, como elemento chave que alimenta a construção dos fenômenos. São eles: Imaginação, fisiologia, experiência e crença. Comumente na hipnose clássica adentramos no loop hipnótico por duas portas: a Fisiológica, utilizando técnicas de Pseudo-hipnose². Ou pela Imaginação, estimulando fenômenos ideodinâmicos. 01 - James Tripp: hipnotista teórico da hipnose sem transe e criador do loop hipnótico. 02 - Rotina onde o fator fisiológico determina o resultado, hipnose falsa, funciona como convincer. expectativa CAP 09 | O LOOP HIPNÓTICO NA AUTO -HIPNOSE INST ITUTO LAMBDA | 33 Fenômenos ideodinâmicos são uma extensão do conceito de fenômenos Ideomotores, que o Tripp utiliza para abranger outras categorias de experiências produzidas com a hipnose, são eles: Ideoemocionais: Resposta emocional à ideias (ex: sentir feliz, calmo, triste, etc...) Ideocognitivas: Respostas de processos mentais à ideias e emoções (ex: Amnésia, confusão, alucinações, etc...) Ideosensoriais: Resposta do sistema sensorialà ideias e emoções (ex: anestesia, calor, cócegas, etc...) Ideomotores: Resposta motora à ideias e emoções (ex: catalepsia, mãos ou olhos colados, levitação de braço, etc...) Os fenômenos vão aumentando de complexidade na medida em que o hipnotista vai conduzido a experiência do sujeito dentro do loop. Basicamente, a ‘Imaginação’ cria ou estimula uma fisiologia (ideodinâmica), a ‘Fisiologia’ cria a noção de experiência (algo está acontecendo, o sujeito está vivenciando) e a experiência estabelece uma ‘Crença’ de que a hipnose está funcionando. Lembrando que a crença neste contexto é um tanto mais profunda que o ato consciente de acreditar ou não em hipnose. Vamos ver um exemplo na hipnose clássica: Após o pré-talk ¹ o hipnotista conduz a Pseudo-hipnose “Livro e Balões”. Sugere que o braço esquerdo do sujeito segura um objeto pesado como um livro, e o direito está leve e suspenso por balões de gás hélio amarrados no pulso 01 - Conversa prévia, onde o hipnotista constrói sua autoridade e tira resistências do sujeito. CAP 09 | O LOOP HIPNÓTICO NA AUTO -HIPNOSE INST ITUTO LAMBDA | 34 Comumente o que se observa é: o braço esquerdo desce gradativamente enquanto que o direito vai levitando cada vez mais alto. Vamos agora apontar onde cada elemento do loop entra nessa rotina: A etapa ‘imaginação’ se encontra na condução de toda ideodinâmica da experiência (inclusive da fisiologia). A fisiologia é estimulada pela Pseudo-hipnose: O braço esquerdo desce, pois, geralmente é mais fraco e consequentemente cansará mais rápido (se o sujeito for canhoto, colocamos os livros imaginários na mão direita). Logo, o sujeito experiencia os livros pesarem em sua mão esquerda e seu braço abaixar. Ele credita isso a sugestão do hipnotista. O sujeito estabelece uma crença de que a hipnose está acontecendo. Essa crença alimenta por sua vez a Imaginação, ou seja, possibilitando o aumento da capacidade imaginativa de gerar fenômenos ideodinâmicos. O braço direito a partir daí começa a levitar. Enquanto que o ato do braço esquerdo descer, é algo fisiológico, o braço direito levitar é algo ideodinâmico. Esse é o funcionamento do loop, que gradativamente vai criando mais experiências ideodinâmicas e alimentando a crença, que por sua vez aumenta a capacidade da imaginação criar ideodinâmicas mais complexas. A expectativa é utilizada na linguagem do hipnotista como um dos principais fatores de criação das ideodinâmicas. CAP 09 | O LOOP HIPNÓTICO NA AUTO -HIPNOSE INST ITUTO LAMBDA | 35 Vejamos como ficam os elementos do loop hipnótico pela ótica do Protocolo Alexandre de Auto-hipnose: Encerrar os processos: Diminuição da alternância da atenção, aumentando a potência da atenção e da imaginação. Percebendo\criando fenômeno extra-cotidiano: Deste Modo, resolvemos o problema da porta fisiológica do loop hipnótico. Já não precisamos mais nos preocupar em como engajar a mente num processo de Pseudo-hipnose, e sim, buscar perceber na experiência interna, um fenômeno extra-cotidiano. Transformando A em B: Nesta etapa utilizamos a imaginação para ir criando gradativamente novas experiências, que por sua vez irão gerar novas crenças, possibilitando o aumento da capacidade imaginativa de gerar ideodinâmicas mais complexas. Voz mental e expectativa: Situamos a expectativa entre as transições ideodinâmicas, como uma “auto- hipnose conversacional”: ainda há a mesma dinâmica potencializadora da experiência, apenas criamos mais relações de causa e efeito: entre um fenômeno e outro, criamos a possibilidade de gerar um terceiro fenômeno. Desta forma temos o loop: imaginação – criando o fenômeno extra-cotidiano (ideodinâmica), fisiologia – percebendo na experiência interna um fenômeno já em andamento, experiência – no momento em que criamos/percebemos um fenômeno extra-cotidiano e o transformamos, e crença – a cada transformação de fenômenos, possibilitando que a imaginação desenvolva mais ideodinâmicas. E a expectativa participa como elemento criador de novas causalidades, possibilitando uma forma eficaz de proporcionar a autossugestão. RELATOS DE AUTO -HIPNOSE CAPÍTULO 10 INST ITUTO LAMBDA | 36 CAP 10 | O RAPÉ E O JAPAMALA INST ITUTO LAMBDA | 37 Sempre que menciono nos espaços que frequento, que sou hipnólogo, presencio reações diversas. Desde fascínio e curiosidade à medo e repulsa. Confesso que já estou acostumado. Porém uma pergunta recorrente e que me rende debates interessantíssimos é: “hipnose tem a ver com espiritualidade?”. Minha resposta é sempre a mesma: “Não, e sim!”. Prossigo mencionando que a hipnose não é espiritual e sim uma série de processos psicológicos, ou como prefiro contextualizar: “Hipnose é uma técnica"¹. Depois de contextualizar o lado ‘científico’ da hipnose menciono que hipnose tem a ver sim com espiritualidade, uma vez que onde há espiritualidade geralmente há religiosidade, e onde há religiosidade geralmente há ritualidade, e onde há ritualidade sem sombra de dúvidas há hipnose. Na cicloviagem ganhei dois presentes muito interessantes: um rapé Tsunu em Natal e um japamala em Fortaleza. O rapé é uma medicina indígena a base de tabaco e outras ervas e cinzas de árvores que são moídos. Seus efeitos variam muito de acordo com a ritualística e as ervas. Já o japamala é um elemento da cultura oriental comumente associado ao Hinduísmo e ao Budismo. O japamala é como o rosário católico, geralmente possui 108 contas para meditar, tanto repetindo mantras quanto sincronizando a respiração. Utilizo uma ritualística ao consagrar o rapé que me proporciona uma experiência extra-cotidiana muito rica em autoconhecimento. Basicamente, silencio a mente e deposito o rapé na palma da mão esquerda, ponho um pouco do rapé no curipe² e aplico na narina esquerda pedindo esclarecimentos. Medito nas sensações, e depois aplico na narina direita com a expectativa de receber os esclarecimentos. 01 - Compreender a hipnose como a "técnica que constrói estados" e não mais como "estado de transe", permite uma visão mais completa acerca da função do hipnotista, e de todos os fenômenos que a técnica pode configurar. Afinal, o que é transe? 02 - Kuripe ou Tepi são instrumentos utilizados para a aplicação do rapé sagrado. Dentro da tradição indígena, não se "aspira" o rapé. Ele é sempre soprado por outra pessoa ou por quem vai tomar o rapé. CAP 10 | O RAPÉ E O JAPAMALA INST ITUTO LAMBDA | 38 As sensações que o rapé tsunu proporcionam não são intensas, porém, por menor que seja a sensação extra-cotidiana, uma concentração adequada te permite alcançar sensações cada vez maiores. Acredito que as figuras espirituais representam arquétipos do inconsciente, e através destas metáforas o inconsciente pode nos trazer mensagens importantes. Quando comecei a meditar com o japamala antes de consagrar o rapé, percebi que minhas experiências ficaram muito mais ricas e intensas no que diz respeito as mensagens do inconsciente. É maravilhoso quando o inconsciente traz respostas a dúvidas que nos afligiam. Por que o rapé e o japamala podem ser considerados como auto- hipnose? É simples, a meditação com o japamala cumpre a função de “aumentar a potência da atenção” uma vez que estabelece um foco. E a repetição, como sabemos, influencia muito o subconsciente. Meditar com o japamala é uma experiênciahipnótica por si só. Já a consagração do rapé cumpre a função de “criar um fenômeno extra-cotidiano”, possuindo seu efeito hipnótico a depender da forma como é utilizado¹. Utilizo o rapé raramente quando sinto que preciso obter uma resposta do inconsciente, vivenciando muitas vezes experiências visuais. Mas um detalhe importante: O rapé tsunu não contém nenhuma substância com potencialidade psicodélica; o que o torna capaz de proporcionar alucinações é a natureza hipnótica do ritual no qual ele é utilizado. Na cicloviagem, tirávamos nosso sustento das doações e das formações em Reiki xamânico Ma’heo’o que realizávamos em cada capital que passávamos. Estávamos hospedados num lugar chamado Aldeia Lua Branca, que fica na cidade de Maracanaú, onde iriamos realizar uma iniciação em reiki. Numa das noites de lua cheia, realizamos uma roda de tambor em volta da fogueira, e então decidi que iria meditar ali, ouvindo o som do tambor xamânico. Comecei fazendo respirações a cada conta do japamala e após o término das contas, consagrei o rapé. A sensação do rapé no sistema respiratório é um pouco desagradável, mas o tabaco logo traz uma sensação de leveza. 1 - O rapé faz parte das medicinas ancestrais indígenas, e como toda a medicina não deve ser usada de forma exagerada e irresponsável, principalmente por conter substâncias como o tabaco. CAP 10 | O RAPÉ E O JAPAMALA INST ITUTO LAMBDA | 39 Começo então a colocar toda a atenção nas sensações, enquanto que perifericamente o som dos tambores conduz. Lembro que quando pararam de tocar os tambores eu continuei meditando nas sensações, e então algo bem interessante aconteceu: comecei a executar Pranayamas¹ muito complexos, sem ao menos saber o básico sobre o assunto. Era como se meu corpo soubesse exatamente como respirar e como controlar a musculatura interna. Nesse momento apenas observei e deixei o inconsciente continuar realizando o trabalho. Foi realmente uma das experiências mais incríveis que vivenciei: Meu corpo alí, executando algo de uma complexidade absurda, automaticamente, como se eu tivesse desbloqueado uma sabedoria ancestral, arquetípica, inconsciente. Logo, processos emocionais começaram a ser trabalhados, ressignificados, me proporcionando um outro patamar de consciência, insights e sensações muito prazerosas. Lembro-me de abrir os olhos e ver uma espada vermelha na minha mão direita, que metaforicamente representava meu poder pessoal, e logo em seguida fechar os olhos novamente. Quando as sensações foram cessando fui abrindo os olhos novamente e me retirando para dormir. Quando deitei, muitas sensações da experiência foram retornando e acabei adormecendo. Quando acordei, era como se eu estivesse completamente renovado, um ser humano novo emocionalmente e fisicamente. Sem sombra de dúvidas que, a junção do japamala, do rapé, da fogueira e do toque do tambor é algo hipnoticamente poderoso. CAP 10 | SONHO ACORDADO Estava abrigado num lugar chamado Paraíso dos Ventos no Ceará, onde iríamos abrir formações em Reiki Xamânico. Por falar nisso, o xamanismo é algo extremamente irracional. Mas não falo isso de forma pejorativa, muito pelo contrário, é justo por se apoiar em processos que estão além dos limites do consciente, que o xamã alcança a sabedoria e a ancestralidade do inconsciente. E quando se trata do inconsciente ou dos “níveis xamânicos de consciência” basicamente tudo é possível, mas, sem querer entrar no mérito do mundo Tonal e do mundo Nagual, vamos falar sobre as alucinações e delírios neste contexto. Uma das formas mais populares de autoconhecimento no xamanismo é a descoberta do seu animal de poder. E para isso existem diversos rituais. Irei destacar um ritual com espelho, simples, mas que funciona muito bem. E sim, também é auto-hipnose! CAP 10 | SONHO ACORDADO INST ITUTO LAMBDA | 40 Esta técnica requer um espelho e uma vela. Com uma das mãos segura-se a vela e com a outra segura-se o espelho em frente ao rosto. A vela deve circular entre o chakra¹ laríngeo e o frontal, no espaço entre o rosto e o espelho. O sujeito deve visar o espelho, intencionando que o seu animal de poder se apresente. A auto fascinação, somada ao estímulo da visão periférica pela vela, a expectativa no ritual, mais a sugestão: “quero ver meu animal de poder”, carregam todos os elementos capazes de gerar um delírio hipnótico. O que comumente acontece é que o rosto refletido no espelho começa a se distorcer, assumindo outras formas. As vezes o animal se apresenta surgindo repentinamente no espelho, ou trazendo sensações corporais, sons, comportamentos, etc. No Paraíso do Ventos, costumava meditar todas as tardes. Iniciava sempre encerrando os processos do subconsciente, e então direcionava a atenção para as sensações que surgiam. Porém, num certo dia, os conteúdos do subconsciente começaram novamente a brotar, mas desta vez, dotados de importância e significado. Levei minha atenção às imagens. Eram símbolos, metáforas e insights. As informações linkavam de uma forma hiperveloz, até que sintetizaram a imagem de um homem, que parecia ser indiano. De alguma forma esta imagem trazia informações sobre mim, sobre minha condição no momento, e respostas para minhas angústias. A imagem deste indiano era tão nítida quanto num sonho. Foi uma experiência magnífica estar acordado de olhos fechados, sonhando! CAP 10 | A PRIMEIRA VEZ QUE ALUCINEI COM O PROTOCOLO Certa noite, iniciei uma auto-hipnose com a intenção de me autossugestionar para ter sonhos lúcidos. Comecei encerrando os processos. Depois levei a atenção para a experiência interna buscando alguma sensação. Minha testa estava pulsando, então resolvi que aquela sensação era boa o suficiente para iniciar a auto-hipnose. Comecei aumentando a intensidade da sensação com a minha imaginação. Costumo pensar num som que significa “pulsar” e junto ao som penso em uma luz, acendendo e apagando. Depois que aumentei este pulsar, transferi gradativamente este pulsar para os meus olhos. Aos poucos, fui imaginando a sensação caminhado da minha testa até os meus olhos, e meus olhos começaram a pulsar. 01 - Chakra (चक◌्र) originaria do sânscrito, segundo a filosofia iogue, são centros energéticos dentro do corpo humano, que distribuem a energia (prana) através de canais (nadis) que nutre órgãos e sistemas. CAP 10 | A PRIMEIRA VEZ QUE ALUCINEI COM O PROTOCOLO INST ITUTO LAMBDA | 41 Então pensei “como seria a sensação de sentir-me muito bem, quando esta pulsação retornar para minha testa?”. E a partir daí, coloquei toda a atenção em transferir novamente o pulsar dos meus olhos para a minha testa. Quando consegui, senti uma energia muito boa fluindo pelo meu corpo. Foi aí que percebi que tinha a capacidade de criar todo o tipo de fenômeno extra- cotidiano, somente por ter situado a imaginação como condutora da experiência interna. Então, levei o pulsar para o centro da minha cabeça e abri os olhos. Mesmo de olhos abertos, todo o foco da minha atenção estava tão somente em sentir e imaginar o pulsar dentro da minha cabeça, que ficava cada vez mais intenso na medida em que me concentrava. Percebi que minha visão ficou um pouco distorcida, porém, sempre que a atenção buscava alternar para uptime, conscientemente a direcionava para downtime, na experiência extra-cotidina. Neste momento pensei em exteriorizar a sensação para ver o que poderia acontecer. Fui imaginando a sensação “saindo” de dentro daminha cabeça pela minha testa, e se projetando vagarosamente no espaço. Então algo interessante aconteceu: fumaças como uma obnubilação¹ começaram a surgir e se movimentar lentamente pelo espaço. Este tipo de obnubilação provocada, era intencionalmente moldável pela minha imaginação, mas ainda obedecendo um processo gradual, lento. Comecei a molda-la gradativamente em formas abstratas. Entre uma transformação e outra, criei a expectativa com a voz mental de que, quando as formas ficassem mais nítidas, eu iria sentir um bem-estar intenso. As obnubilações foram ficando cada vez maiores e mais intensas. Percebi alguns padrões semelhantes aos da ayahuasca e por um instante me assustei, afinal, uma experiência de ayahuasca pode ser bem difícil às vezes. Então, busquei rapidamente levar minha atenção para uptime e imediatamente as imagens sumiram. Bastando somente que piscasse os olhos e olhasse para outro lugar no espaço. Desde então, ativar as obnubilações hipnóticas tem sido cada vez mais fácil, e moldá-las tem sido cada vez mais rápido. Porém, por vezes as alucinações vêm carregadas de conteúdos metafóricos. É preciso estar preparado para olhar de frente aquilo que passamos a vida toda ignorando. 01 - Rebaixamento do nível de consciência: perturbação do sentido da visão, que dá a impressão de que os objetos são vistos através de uma nuvem. CONSIDERAÇÕES F INAIS INST ITUTO LAMBDA | 42 Produzir alucinações e delírios é uma capacidade maravilhosa e acessível à quem busca insistentemente, e o desenvolvimento da habilidade de gerar fenômenos hipnóticos em si mesmo depende única e exclusivamente de você! É inalienável! Não permita que sua vontade e esforço sejam menores que a resistência que suas crenças limitantes te impõem! É responsabilidade inteiramente sua transformar todo o potencial que seu corpo e sua mente possuem, em realidade. Aliás, transformar a realidade tem sido uma das coisas mais fantásticas que a hipnose me proporcionou! Obrigado por estudar este material! Espero que os conceitos aqui apresentados tenham somado de alguma forma na sua caminhada! Qualquer dúvida sobre a aplicação deste Protocolo, entre em contato pelo site do Instituto Lambda (Institutolambda.com) ou envie um e-mail diretamente para mim, ficarei honrado em te ajudar! (felipe.alexandre.teatro@gmail.com) RESUMO DO PROCOLO ALEXANDRE DE AUTO -HIPNOSE INST ITUTO LAMBDA | 43 01 - Encerrar processos | Aumentar Potência da Atenção (Meditação do observador desassociado) 02 - Criar | Perceber fenômeno extra-cotidiano (ex: Pulsações, formigamentos, sons intracranianos,etc...) 03 - Transformar fenômeno 'A' em fenômeno 'B' (ex: Mudar fenômeno de natureza ou de lugar: Transformar pulsação em formigamento, mudar pulsação da mão direita para a mão esquerda, etc...) 04 - Voz Mental e Expectativa (ex: Utilizar a voz mental para criar possibilidade: “Quando o fenômeno ‘C’ se transformar no ‘D’ irei sentir meu braço levitar”. Levar em consideração uma linguagem eficaz, que gere pesquisas transderivacionais e que possibilite ao servomecanismo “responder” de forma adequada). - Para produzir alucinações visuais - 05 - Colocar atenção consciente em Downtime e o campo visual na 'jurisdição' do subconsciente! (ex: Colocar toda a atenção consciente numa experiência interna enquanto mantêm-se os olhos abertos) 06- Exteriorizar fenômeno extra-cotidiano para o campo visual (ex: Imaginar que o fenômeno extra-cotidiano se projeta gradativamente para o campo visual) O CRIADOR DO PROTOCOLO INST ITUTO LAMBDA | 44 Felipe Alexandre da Mota 'Arché' é ator, hipnoterapeuta, artista de processos e criador da plataforma Arqué Onírico de arte em estados não ordinários de consciência. Desenvolve trabalhos com anahuasca e performance art. Cofundador do Instituto Lambda @FEL IPE .ARCHE FEL IPE ALEXANDRE (ARCHÉ ) FEL IPE .ALEXANDRE .TEATRO@GMAIL .COM SOBRE O INST ITUTO INST ITUTO LAMBDA | 45 O Instituto Lambda elabora e oferece serviços educacionais, treinamentos, cursos e eventos de entretenimento. Realiza pesquisas em desenvolvimento pessoal e estados não ordinários de consciência. Excelência em treinamentos, hipnoterapia e desenvolvimento pessoal. @LAMBDAINST ITUTO INST ITUTO LAMBDA LAMBDAINST ITUTO@GMAIL .COM REFERÊNCIAS I INST ITUTO LAMBDA | 46 Anthony Jacquin. A Realidade é Plastica - Arte da Hipnose Impromptu. 2017. Dr. F. Caprio ; J. R. Berger. Curando-se Com a Auto-hipnose. 1998. Émile Coué. O Domínio de Si Mesmo Pela Auto-Sugestão Consciente. 1970. EE Schenberg ; J. F. M. Alexandre ; R. Filev, A. Mascioli C. ; J. R. Sato ; Suresh D. M. ; M. Yonamine ; M. Waguespack ; I. Lomnicka ; Steven A. Barker ; D. X. da Silveira. Acute Biphasic Effects of Ayahuasca. 2015. Gilberto Icle. . O Ator como Xamã. 2010. Lawrence LS. Meditação Transcendental. 1974. Marcelo Maia. Hackeando Mentes. 1998. James Tripp. Hipnose - Para Além do Mito do Transe. 2017. Karl Weissmann. O Hipnotismo - Psicologia, técnica e aplicação. 1958. Patrícia Maria Uchôa Simões. Análise de Estudos sobre Atenção Publicados em Periódicos Brasileiros. 2014. Robert Cialdini. As Armas da Persuasão. 1984. I N S T I T U T O L AMBDA 2 0 1 8 Felipe Arché
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