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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS REVESTIMENTOS DE 
METIL METACRILATO – MMA, POLIURETANO CIMENTÍCIO PU-
CIM E RESINA EPÓXI, PARA USO EM PISOS NA INDÚSTRIA 
ALIMENTÍCIA. 
 
Autor: Flávio Anderson Ribeiro Flôr1 
Orientador: Rômulo Gonçalves Dantas2 
 
RESUMO 
Este artigo propõe-se a um estudo comparativo dos revestimentos em Metil Metacrilato - MMA, 
Poliuretano cimentício e Epóxi, para fornecer subsídios à tomada de decisão de qual 
revestimento é mais apropriado em um ambiente da indústria alimentícia. A metodologia 
utilizada foi a revisão teórica, qualitativa e quantitativa, que fundamentou o estudo, e boletins 
técnicos dos produtos fabricados pelas indústrias Miaki Revestimentos e NS Brazil 
Revestimentos Especiais. Demonstrou-se pelos resultados que, para escolher o revestimento 
adequado ao ambiente, é necessário conhecimento técnico, mão de obra especializada, 
planejamento e estudo de viabilidade. Quando se analisou o tempo de execução e cura entre os 
revestimentos em estudo, demonstrou-se que um revestimento com preço/m2 relativamente 
mais acessível, pode acarretar em um custo superior a um revestimento de maior valor 
agregado/m2, em função do tempo de parada de produção em uma indústria. Pôde-se concluir 
que o tempo de secagem e de cura de cada produto, é um fator determinante para a tomada de 
decisão da execução do revestimento. 
 
Palavras-chave: Revestimento. Piso. Resinas. Indústria alimentícia. 
 
1 Aluno do Centro de Ensino Unificado do Piauí – CEUPI, Graduando em Engenharia Civil, 
flavio_anderson@hotmail.com. 
2 Professor do Centro de Ensino Unificado do Piauí – CEUPI, Pós graduado em Engenharia Civil pela 
Universidade Federal do Piauí - UFPI, romulogdantas@hotmail.com. 
 
CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DO PIAUÍ - CEUPI 
GRUPO EDUCACIONAL CEUMA 
2 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O método tradicional de piso utilizado nas indústrias alimentícias na década de 1960, 
eram os revestimentos cerâmicos. Únicos que resistiam em relação aos demais, como pisos em 
concreto e madeira. O grande problema era que esses materiais favoreciam a proliferação de 
fungos e bactérias, e pela concepção construtiva de pisos com juntas, tornavam-se com falhas 
de impermeabilização. 
 Com o avanço tecnológico e a busca de soluções para os problemas de resistência à 
agressividade ambiental destes pisos, os revestimentos em resinas passaram a ser uma solução 
bastante utilizada. O uso dessas resinas vem ganhando cada vez mais espaço no segmento das 
indústrias alimentícias. Utilizado com sucesso há décadas na Europa, EUA e Ásia. No Brasil, 
sua utilização apesar de recente, tem demonstrado que as resinas poliméricas tendem a seguir a 
mesma tendência de outros países mais desenvolvidos (Miaki, 2016). 
Dentre os diferentes tipos de revestimentos que evoluíram nos seus materiais e técnicas 
de aplicação, os revestimentos à base de Metil Metacrilato – MMA, o Poliuretano Cimentício 
Pu-Cim e o revestimento a base de Epóxi, são os mais utilizados na indústria alimentícia. Esses 
ambientes são os mais desafiadores, pois fazem parte do processo produtivo. 
A falta de informação técnica apurada pode incorrer na escolha inadequada do tipo de 
revestimento em função do ambiente a ser aplicado. Isto poderá interferir na movimentação, 
onera a higienização, cria condições inseguras no piso para quem trafega sobre o mesmo e pode 
até inviabilizar toda uma operação. 
Diante da variedade de revestimentos disponíveis no mercado, estes revestimentos 
apresentam características de resistências voltadas para: ambientes molhados com necessidade 
de freqüentes processos de limpeza e sanitização e superfície antiderrapante, áreas secas com 
exigência abrasiva e de impacto e áreas com agressividade química. 
Em razão dessas necessidades específicas de cada ambiente, no presente trabalho foram 
discorridas as principais características destes revestimentos, o método executivo da aplicação, 
informações técnicas e atendimento à legislação sanitária (referente à fabricação e manipulação 
de produtos alimentícios, o qual exige pisos que apresentem características favoráveis de 
higiene e assepsia). 
Permitindo assim, estudos e análises sobre a viabilidade de cada sistema, fornecendo 
subsídios para a tomada de decisão sobre qual revestimento é mais apropriado para cada tipo 
de ambiente de uma indústria alimentícia em função de suas características. De significativa 
3 
 
 
importância, considerando que o mercado onde as indústrias alimentícias estão inseridas, os 
padrões de qualidade estão cada vez mais exigentes. 
Portanto, o objetivo deste trabalho é demonstrar para as indústrias alimentícias, 
empresas ou profissionais que atuam no ramo de revestimentos monolíticos, de forma 
qualitativa e quantitativa, através de pesquisa bibliográfica e comparativa, o embasamento 
teórico cientifico que auxilie na melhor escolha dos revestimentos: MMA; Pu-Cim; e Resina 
Epóxi para uso em pisos na indústria alimentícia. 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 A NBR 14050 (1998, p. 1) define que os sistemas de Revestimento de Alto Desempenho 
- RAD, como são conhecidos, são constituídos por produtos aglutinantes à base de resinas 
epoxídicas e agregados minerais. Caracterizam-se por apresentarem alto desempenho físico e 
químico em relação à agressividade ambiental para ações de abrasão, impactos, tração, flexão 
e aderência ao substrato. Sua função é proteger o substrato de concreto, madeira, metálico e 
outros. 
 De acordo com a NBR 14050 (1998, p.4), os tipos de revestimentos são classificados 
em monolíticos, pintura e decorativo monolítico. Para o objeto de estudo deste artigo, serão 
abordados os tipos 1, 2 e 3, que são: espatulado, autonivelante e multicamadas, respectivamente. 
 O Comitê Técnico de RAD da Associação Nacional de Pisos e Revestimentos de Alto 
Desempenho – ANAPRE, na recomendação técnica 002/2011. rev.0, orienta especificadores, 
consumidores e fornecedores de sistema RAD na seleção do Revestimento de Alto Desempenho 
mais adequado. 
2.1 REVESTIMENTO EM METIL METACRILATO – MMA. 
 A NS Brazil (2011), define que revestimento MMA é a base de resina metil metacrilato, 
isenta de solventes e estabilizada com agentes antioxidantes, monômeros plastificantes e 
promotores de aderência, apresentando cura rápida em apenas 2 horas mesmo em temperatura 
negativa até -30ºC. Aplicado em forma de liquido, com sua baixa viscosidade, penetra 
facilmente nos poros existentes no substrato, garantindo excelente aderência e 
impermeabilização (NS BRAZIL, 2011). São apresentados basicamente nas versões flexível, 
semi-rígida e rígida, indicados para ambientes com alta variação de temperatura, áreas 
molhadas e alto tráfego, respectivamente (Miaki, 2011). 
4 
 
 
 Na versão flexível, recomenda-se o uso em áreas internas ou externas onde as condições 
de temperatura são extremamente exigentes como câmaras frigorificas ou de congelamento. 
Também suporta solicitações mecânicas como armazéns, docas, rampas de estacionamentos e 
vias de acesso. Resiste a altas cargas mecânicas (Miaki, 2012). 
 Na versão semi-rígida, é indicado para ambientes internos com operação molhada, que 
necessitem de facilidade de limpeza, antiderrapância duradoura e assepsia. É a solução 
recomendada para áreas molhadas da indústria de alimentos (Miaki, 2011). Áreas como 
abatedouros, açougues e frigoríficos, nas áreas de processamento de carne e peixes, cozinhas 
de restaurantes e hotéis, cervejarias e indústrias de sucos, armazéns, fábricas de laticínios, 
vestiários e lavatórios (Miaki, 2011). Segundo a NBR 14050 (1998, p. 29) a assepsia do 
revestimento é uma “condição essencial para a indústria de alimentosou bebidas”. 
 Na versão rígida é indicado para ambientes secos onde a exigência de solicitação 
mecânica é moderada (Miaki, 2011). Sua formulação permite um produto robusto e resistente 
à maioria dos produtos químicos presentes nas indústrias. 
2.1.1 PRINCIPAIS CARATERÍSTICAS DO MMA. 
 Verificou-se que este tipo de revestimento possui basicamente 3 versões. Dentro de cada 
especificidade, na formulação do MMA é possível dimensionar sua composição de acordo com 
a necessidade específica do ambiente, permitindo ajustar suas características de tal forma que 
atenda à resistência exigida. Comum em todas as versões do MMA, é mostrado no Quadro 1 as 
vantagens. 
Quadro 1 - Vantagens do MMA. 
METIL METACRILATO - 
MMA 
VANTAGEM 
Antiderrapância duradoura. 
Cura rápida em temperaturas de 30ºC a +35ºC. 
Espessura de 4mm a 8mm. 
Impede fissuras na superfície. 
Resistência a choques térmicos. 
Resistência a raios UV (ultravioleta), mesmo em áreas externas. 
Resistência química, mecânica e abrasiva. 
Temperatura de operação entre 50ºC e +120ºC. 
Zero de porosidade, mesmo após anos de uso contínuo. 
Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2012. 
 
 
5 
 
 
 A Figura 1, mostra a composição típica do revestimento MMA. Sobre um substrato que 
pode ser de concreto, cerâmica, madeira e outros, é aplicado uma camada de ligação 
denominada primer. Após essa camada, sucessivas camadas são aplicadas, sendo o 
autonivelante saturado uma camada com composição de granulados de quartzo, que dá a 
resistência mecânica e o acabamento final, dando uma proteção de superfície e estética 
diferenciada. 
 
Figura 1 – Composição típica de um revestimento MMA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2011. 
 
2.1.2 MÉTODO DE APLICAÇÃO – MMA. 
 Para a aplicação do revestimento MMA, deve-se seguir as etapas mostradas na Figuras 
2, 3 e 4. 
Figura 2 – Etapas de aplicação do revestimento MMA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Duraline Auto Nivelante Saturado. 
 
 - Remoção mecânica dos contaminantes (Figura 2A), polimento e preparação para 
aplicação do primer MMA (Figura 2B). 
 - Aplicação do primer MMA (Figura 2C). É a camada de ligação do substrato com o 
revestimento, para adesão do material de saturação. 
 
A B C 
6 
 
 
Figura 3 – Etapas de aplicação do revestimento MMA. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Duraline AN Saturado. 
 
 - Regularização e arremates em ralos e rodapés (Figura 3D e 3E), para garantir a não 
infiltração e reforçar o sistema. Os cantos arredondados auxiliam na limpeza e evita o acúmulo 
de sujeira e facilita a vazão de água. 
 - Aplicação do revestimento MMA saturado com grãos de quartzo (Figura 3F). Confere 
ao produto excelente resistência mecânica, boa propriedade de preenchimento, nivelamento e 
pigmentação. 
Figura 4 – Etapas de aplicação do revestimento MMA. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Duraline AN Saturado. 
 
 - Acabamento final MMA. A resina MMA misturada ao catalizador responsável por 
promover a reação química e o processo de cura, dão o arremate final ao produto, conferindo 
impermeabilização, cor e antiderrapância desejada (Figuras 4G e 4H). 
 
 
D E F 
G H 
7 
 
 
2.1.3 PROPRIEDADES DO SISTEMA MMA. 
 Observa-se no Quadro 2, as propriedades do sistema MMA, na versão semi-rígida. 
 
Quadro 2 – Propriedades do sistema MMA - Áreas molhadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2012 – Áreas molhadas. 
2.2 REVESTIMENTO EM POLIURETANO CIMENTÍCIO PU-CIM. 
 Uma linha de soluções desenvolvida em poliuretano cimentício, que alia extrema 
resistência mecânica e térmica, formulado para uso em áreas secas com elevada abrasão. Sua 
composição consiste na mistura de poliuretano-ureia, pigmentos e quartzo (Miaki, 2011). 
 Uma argamassa a base de resina de poliuretano-ureia de altíssimo desempenho, com 
agregados minerais de granulometria fina e auto imprimante (NS BRAZIL, 2017). 
 Revestimentos Pu-Cim, são recomendados para pisos que exigem alta resistência 
mecânica contra impactos, abrasão e desgaste. Oferece boa resistência química, temperatura e 
stress térmico. Esses ambientes são facilmente encontrados na indústria alimentícia como 
oficinas industriais, câmaras congeladas, salas de envase e centros de distribuição. Apresentam-
se em 3 versões: autonivelante, espatulado ou saturado. 
 A versão autonivelante possui estética uniforme, denso, sua espessura varia entre 3mm 
a 6mm, acabamento liso e é indicado para locais seco com elevada abrasão, piso robusto de alta 
durabilidade (Miaki, 2011). 
 A versão espatulado é indicado para ambientes úmidos e molhados, sua espessura é a 
mesma da versão autonivelante, porém aplicada em camadas distintas. Alta resistência 
8 
 
 
mecânica a impacto, abrasão e resistente a temperaturas até 120ºC. Espessura varia entre 4mm 
a 6mm (Miaki, 2011). 
 O saturado é constituído por múltiplas camadas de resida epóxi, quartzos de 
granulometria selecionada e acabamento em poliuretano alifático. Sua espessura varia entre 
1mm à 4mm. A principal vantagem desta versão é acabamento em PU, que lhe confere maior 
resistência a riscos. Ideal para quem busca resistência estética. Recomendado para ambientes 
expostos a intempéries, tráfego de empilhadeiras e carrinhos (Miaki, 2012). 
2.2.1 PRINCIPAIS CARATERÍSTICAS DO PU-CIM. 
 Embora cada formulação apresente características intrínsecas, as vantagens comuns a 
diferentes versões podem ser observadas no Quadro 3. 
 
Quadro 3 – Vantagens do Poliuretano Cimentício 
POLIURETANO 
CIMENTÍCIO Pu-Cim 
VANTAGEM 
Alta resistência mecânica em curta idade. 
Atóxico, não possui solventes na composição e baixo odor. 
Contém agentes antimicrobianos. 
Espessura de 4mm a 8mm (Miaki, 2011). 
Pode ser aplicado em concretos com até 10% de umidade. 
Proteção contra ataques de produtos químicos como agentes, oxidantes, 
ácidos, sangue, leite, açúcares e solventes aromáticos. 
Rápida aplicação com acabadora de superfície. Não necessita de primer. 
Suporta choque térmico e uso entre -60ºC e +105ºC. 
Fonte: Boletim técnico Pu-Cim (NS BRAZIL, 2014). 
 
 Sobre um substrato devidamente preparado, livre de contaminantes e limpo, o 
revestimento de poliuretano cimentício pode ser aplicado diretamente sobre o piso e não há 
necessidade de primer, porem a superfície do substrato deve apresentar aspecto rugoso, que 
pode ser feito com uma fresadora. A Figura 5 mostra a composição do Pu-Cim. 
 
Figura 5 – Composição típica de um revestimento Pu-Cim. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2011. 
9 
 
 
2.2.2 MÉTODO DE APLICAÇÃO – PU-CIM 
 Para a aplicação do revestimento em poliuretano cimentício, o substrato deve ser limpo, 
seco e livre de contaminantes como óleo, graxas, gorduras, partículas soltas. Precisa ser 
totalmente removido com lavagem química, utilizando desengraxantes ou tratamento mecânico 
com discos de polimento e utilização de fresadora de piso. 
 
Figura 6 – Etapas de aplicação do revestimento Pu-Cim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Pu-Cim Autonivelante. Case Supermercado (Figura 6A). 
 
 - É necessário a regularização dos pontos onde apresentem patologias como trincas e 
juntas dilatação danificadas (Figura 6B). Corrige-se utilizando argamassas especiais para o 
preenchimento (Figura 6C). 
Figura 7 – Etapas de aplicação do revestimento Pu-Cim.Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Pu-Cim Autonivelante. Case Supermercado. 
 
 - Após a preparação do substrato devidamente limpo e livre de impurezas, é aplicado a 
camada de revestimento de poliuretano cimentício (Figura 7D). Após o processo de mistura da 
composição, a camada deve ser rapidamente aplicada, pois o processo de cura é rápido e deve 
haver aplicadores suficientes para a área a ser trabalhada. O resultado é um piso monolítico 
adequado para o trafego de equipamentos (Figura 7E e 7F). 
D E F 
A B C 
10 
 
 
2.2.3 PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO PU-CIM. 
 Observa-se no Quadro 4, as propriedades do sistema Pu-Cim, na versão autonivelante. 
 
Quadro 4 – Propriedades do sistema Pu-Cim – Autonivelante. 
Propriedade Norma / Método (*) Unidade Resultado 
Resistência à tensão ASTM C-307 [MPa] 9 
Resistência à compressão ASTM C-579 [MPa] 54 
Resistência a flexão ASTM C-580 [MPa] 21 
Dureza ASTM D-2240 Shore D 80-84 
Aderência (concreto) ASTM D-7234 [MPa] >2,8 
Resistência a impacto ASTM D-2794 [kg/cm] >184 
Resistência ao desgaste prEN 13892-4 [µm] 
Antiderrapância / Volume de deslocamento BGR 181 e DIN 51130 [R/V] R9 
Resistência a fogo ASTM E-648 [Classe] 2 
Coeficiente de expansão térmica linear ASTM C-531 C^ -1 3,6 x 10^ -5 
Limitação de resistência térmica (exposição 
continuada) 
ASTM C-531 120°C 
(contínuos) 
(*) ASTM - American Society for Testing and Materials. DIN - Deutsches Institut für Normung 
Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2011 – Pisos em Pu-Cim. 
2.3 REVESTIMENTO EM EPÓXI. 
 Revestimento autonivelante 100% sólidos, impermeabilizante, à base de polímeros 
epóxi de alta fluidez, agregados e cargas minerais selecionadas e de alta dureza (NS BRAZIL, 
2017). Agrega estética e resistência e é considerado um revestimento altamente recomendável 
para laboratórios, indústrias farmacêuticas, hospitais, indústrias alimentícias entre outras 
(Miaki, 2011). Sua formulação permite combinações de componentes que se adequam em 
diferentes ambientes conforme a necessidade. Assim como a linha MMA e Pu-Cim, os 
revestimentos em Epóxi apresentam-se nas versões: autonivelante, saturado e multicamadas. 
 O autonivelante é recomendado para ambientes secos, limpos e que exijam fácil 
limpeza. Possui acabamento liso, sem emendas, impermeável e excelente estética. Varia entre 
1mm e 3mm e é constituído de uma camada prime de epóxi e a camada autonivelante contendo 
a resina e agregados finamente graduados (Miaki, 2012). 
 A versão saturado possui excepcional resistência mecânica e abrasiva. É recomendado 
para áreas com grande solicitação mecânica e ataques químicos. Sua aplicação varia a espessura 
entre 4mm e 6mm (Miaki, 2011). 
 Para a opção multicamadas de alta performance para pisos industriais, foi desenvolvido 
à base de polímeros epóxi e quartzos selecionados de alta dureza. O revestimento possui 
propriedades químicas, físicas e abrasiva, alto padrão estético, opções de acabamentos 100% 
sólidos, a base d’água ou com Alta Resistência Química (ARQ). Espessura aproximada: de 
1mm a 4mm (NS BRAZIL, 2017). 
11 
 
 
 Essas camadas promovem a resistência à água penetrante, adesão do agregado que 
aumenta a resistência mecânica do revestimento, e a camada 100% epóxi que fornece um 
acabamento liso e diferenciado. Espessura varia entre 1mm e 4mm (Miaki, 2011). 
2.3.1 PRINCIPAIS CARATERÍSTICAS DO REVESTIMENTO EPÓXI. 
 Dentro de cada modalidade, seja autonivelante, saturado ou multicamadas, o 
revestimento em epóxi é comumente o mais utilizado. Possui várias características similar as 
demais linhas de revestimentos seja: resistência mecânica, química, ambiente molhado entre 
outros. Dentre as quais pode-se elencar no Quadro 5, as características comuns entre as versões 
disponíveis. 
Quadro 5 – Vantagens do revestimento Epóxi. 
 EPÓXI 
VANTAGEM 
A melhor relação custo x benefício. 
Acabamento brilhante, com cores vivas. 
Boa aderência ao concreto, cerâmica, madeira e metal. 
Boa resistência mecânica. 
Estética facilmente recuperável com uma nova camada de acabamento. 
Formulação 100% sólidos, isenta de solventes. 
Impermeável. 
Fonte: (Disponível em: http://www.miaki.com.br, 2017). 
 
 Na Figura 8, verifica-se as várias camadas que compõem um revestimento Epóxi 
espatulado. Sobre o substrato é aplicado uma camada de primer com o objetivo de dar a 
aderência necessária entre o substrato e o revestimento. Uma camada a base de epóxi e 
agregados de quartzo de fina granulometria, confere ao revestimento a resistência necessária. E 
por fim, o acabamento final com uma camada 100% epóxi, garantindo o fechamento dos poros, 
impermeabilização e o acabamento final do revestimento. 
 
Figura 8 – Composição típica de um revestimento epóxi - espatulado 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2011. 
12 
 
 
2.3.2 MÉTODO DE APLICAÇÃO – EPÓXI. 
 Na aplicação do revestimento em epóxi, inicia-se com a remoção mecânica dos 
contaminantes (Figura 9A), polimento e preparação para aplicação do primer de aderência. 
Utilização de fresadora (Figura 9B). 
 
Figura 9 – Etapas de aplicação do revestimento Epóxi - espatulado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Epóxi saturado. Case industrial. 
 
 - Com o substrato livre de contaminantes, é aplicado uma camada de primer de aderência 
(Figura 9C). Sua função é garantir uma boa ligação do substrato com a camada intermediaria. 
 
Figura 10 – Etapas de aplicação do revestimento Epóxi - espatulado. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Epóxi saturado. Case industrial. 
 - Aplicação de uma camada de argamassa composta de resina epóxi e agregados de 
quartzo (Figura 10D). A principal função desta camada é dar a resistência mecânica necessária. 
O uso de uma acabadora, compacta a camada e regulariza a superfície do piso para a camada 
de acabamento. 
 - Aplicação de uma camada 100% epóxi para vedar totalmente a camada espatulada. 
Deixa o piso mais resistente e protege a estética por mais tempo. Pode ser incolor ou pigmentado 
(Figura 10E e 10F). 
 
A B C 
D F E 
13 
 
 
2.3.3 PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO EPÓXI. 
 
 Observa-se no Quadro 6, as propriedades do revestimento em epóxi na versão 
espatulado. 
 
Quadro 6 – Propriedades do revestimento epóxi – Espatulado. 
Propriedade Norma / Método (*) Unidade Resultado 
Resistência à tensão ASTM C-307 [MPa] 11,77 
Resistência à compressão ASTM C-579 [MPa] 62,76 
Resistência a flexão ASTM C-580 [MPa] 27,56 
Dureza ASTM D-2240 Shore D 85-90 
Aderência (concreto) ASTM D-4541 [MPa] >2,75 
Resistência a impacto ASTM D-2794 [MPa] 16,63 
Resistência ao desgaste ASTM D-4060 [g] 
0,08 máximo de 
perda de peso 
Antiderrapância / Volume de deslocamento 
BGR 181 e DIN 
51130 
[R/V] 
R9 a R11 
dependendo da 
textura 
Inflamabilidade ASTM D-635 
Auto-
extinguível 
Auto-extinguível 
Coeficiente de expansão térmica linear ASTM C-531 C^ -1 3,5 x 10^ -5 
Limitação de resistência térmica (exposição 
continuada) 
ASTM C-531 
60°C (contínuos) 
93°C (respingos) 
(*) ASTM - American Society for Testing and Materials. DIN - Deutsches Institut für Normung 
Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2011 – Piso epóxi - espatulado 
2.4 LEGISLAÇÃO PARA SEGURANÇA DE ALIMENTOS 
É competência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, fiscalizar os 
locais que produzem, transportem e comercializam alimentos com vistas a promover a boa 
prática na produção e manipulação de alimentos que possibilitem minimizar ou eliminar os 
potenciais riscos que a concepção ou a manipulaçãoinadequada desses produtos e serviços 
podem causar ao consumidor. Dentre as exigências previstas nas resoluções que regulam as 
boas práticas na indústria de alimentos, a qualidade do piso é uma condição necessária para se 
ter um ambiente adequado à manipulação de alimentos. 
A Resolução de Diretoria Colegiada - RDC N° 216, (ANVISA, 2004, item 4.1.3), dispõe 
que as instalações físicas, como piso, devem possuir revestimento liso, impermeável e lavável. 
Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, 
infiltrações, bolores, descascamentos e não devem transmitir contaminantes aos alimentos. 
 A Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde SVS/MS Nº 
326, (Julho, 1997, art.1º, item 5.3.7), estabelece que nas áreas de manipulação de alimentos, os 
pisos devem ser de material resistente ao trânsito, impermeáveis, laváveis, antiderrapantes, não 
possuir frestas e serem fáceis de limpar ou desinfetar. Os ângulos entre as paredes e o piso 
devem ser abaulados e herméticos para facilitar a limpeza. 
14 
 
 
Os revestimentos, objetos deste estudo, atendem completamente às exigências da 
legislação. Essa comprovação pode ser verificada através das referências técnicas de cada tipo 
de revestimento. 
2.5 SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 
É importante ressalvar os aspectos de segurança e meio ambiente. O uso destes produtos 
requer cuidados especiais à segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente. A utilização 
de equipamentos de proteção individual como óculos de segurança, respiradores, luvas de 
tecido e látex, uniforme e calçados de segurança, protegem o aplicador contra eventuais riscos 
de contaminação por contato ou inalação. Devem ser obedecidas as Normas Regulamentadoras 
do Ministério do Trabalho, no tocante à segurança dos colaboradores 
As embalagens dos produtos e os materiais contaminados devem ser descartadas de 
forma correta, pois são classificados como resíduos perigosos classe D, de acordo com a 
Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA Nº 307/2002. A empresa 
responsável pela aplicação, deve dar a devida tratativa, não deixando a cargo do cliente a 
responsabilidade dos custos de destinação. 
3 METODOLOGIA 
 Para a elaboração deste artigo, a metodologia utilizada foi a revisão teórica, qualitativa 
e quantitativa, consistindo em uma pesquisa bibliográfica que fundamentou o estudo sobre os 
revestimentos MMA, Poliuretano cimentício e Epóxi, para áreas industriais. Legislações e 
normativos que regem os sistemas de RAD. A NBR 14050, (1998) que trata dos sistemas de 
revestimento de alto desempenho, à base de resinas epoxídicas e agregados minerais, serviram 
de base para condução e os argumentos conclusivos. Também, as diretrizes da ANAPRE, 
através das recomendações técnicas para a seleção de revestimentos RAD e catálogos de 
produtos dos revestimentos fabricados da indústria Miaki Revestimentos e da indústria NS 
Brazil Revestimentos Especiais. 
 A Miaki Revestimentos atua no mercado de revestimentos desde 1993 com sistemas 
para áreas industriais, comerciais e residenciais. Contribuiu para esse estudo fornecendo 
amostras dos revestimentos MMA, Poliuretano Cimentício e Epóxi. Nessas amostras é possível 
visualizar o perfil construtivo de cada camada de revestimento aplicado ao substrato. 
 A NS Brazil, atua no mercado há 22 anos desenvolvendo, produzindo e comercializando 
15 
 
 
produtos diferenciados de pisos e revestimentos. 
 Neste trabalho, foram estudados os boletins técnicos disponibilizados pelos fabricantes 
e outras informações relevantes para esta pesquisa, disponíveis no site das respectivas empresas. 
De posse das informações, foram analisadas cada especificação técnica e elaborou-se uma 
síntese com dados de maior criticidade que norteou o estudo. Foi possível elencar para cada 
revestimento: sua aplicabilidade, características, vantagens e demais informações que 
contribuíram como subsídio técnico na escolha de um revestimento. 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
No estudo, pode-se verificar que estes revestimentos são os mais utilizados por grandes 
indústrias de alimentos. As empresas NS Brazil e Miaki Revestimentos, o qual serviram como 
objeto de pesquisa, possuem um portfólio de grandes multinacionais atuando no Brasil, que 
utilizam há anos esta tecnologia. 
Neste estudo comparativo, foi apresentado cada tipo de revestimento com suas 
principais características, versões, aplicações e métodos, de forma simples e prática. No entanto 
é preciso, mesmo conhecendo sobre as vantagens e os tipos de ambientes que podem ser 
utilizados, considerar outros aspectos para a tomada de decisão de qual revestimento optar em 
um determinado ambiente. 
Na NBR 14050 (1998), abordou-se as definições de RAD e sua classificação. Em função 
das necessidades específicas do usuário, cabe ao projetista considerar os critérios de 
desempenho listados na NBR 14050, assinalando o grau e/ou tipo de solicitação desejada e, em 
função da árvore de decisão indicada na norma, compará-los com os requisitos de desempenho 
NBR 14050 (1988, p. 4, item 5). 
A NBR 14050, descreve todas as informações necessárias para a escolha do melhor tipo 
de revestimento, requisitos de desempenho, procedimentos para avaliação, procedimentos para 
projeto, procedimentos para execução e aplicação, critérios de conformidade, marcação e 
embalagem, armazenamento, higiene e segurança, uso e manutenção. Via de regra, cada 
produto possui um boletim técnico com várias informações inerentes ao revestimento de piso. 
Em primeiro plano estão os aspectos relacionados à formulação do revestimento, suas 
características, principais vantagens, entre outras qualidades que o produto possa oferecer. 
Uma empresa poderá encontrar dificuldades caso não faça um planejamento adequado 
para viabilizar a liberação do espaço. Isto porque para cada tipo de revestimento e suas 
16 
 
 
variedades de aplicação, requer condições específicas de umidade e temperatura do substrato, 
parada parcial ou total dos processos e o tempo de cura, que varia exponencialmente entre os 
revestimentos disponíveis. No Quadro 7, tem-se os principais aspectos, recomendações dos 
fabricantes e outros pontos importantes que servem como tomada de decisão em função da 
particularidade de cada revestimento discutido neste artigo. 
 
Quadro 7 – Recomendações para aplicação de revestimentos RAD. 
 OBSERVAÇÕES 
METIL 
METACRILATO MMA 
A estabilidade das misturas de pigmentos em resinas MMA é limitada e deve ser 
testada previamente nos laboratórios. 
Boa ventilação assegura cura adequada do acabamento. 
De natureza termoplástica, podem deixar marcas de abrasão de pneus. 
Mistura e homogeneização devem ser seguidas para evitar patologias de aplicação. 
O odor do MMA contamina alguns alimentos sensíveis. 
Produtos químicos podem produzir descoloração, mas sem atacar suas propriedades. 
Substrato limpo e seco sem contaminantes. 
Tempo de execução e cura (100 m2): 12h. 
Umidade do substrato de concreto deve estar entre 2,0-3,0%. 
Volume do produto por metro quadrado para obter cura, antiderrapância ideal. 
Resinas MMA são inflamáveis. O ponto de fulgor é 10ºC. A gasolina é <1ºC. 
A temperatura do substrato deve preferencialmente estar entre 15 e 25°C. 
POLIURETANO 
CIMENTÍCIO Pu-Cim 
Em áreas com temperaturas abaixo de 10°C, o tempo de cura excederá 48 horas para 
desempenho total das resistências. 
Não executar o material se a temperatura dos componentes do Multilayer PU estiver 
acima de 30 °C ou abaixo de 18 °C. 
Não exponha o piso revestido com Pu-Cim Autonivelante a agentes químicos antes 
de sua completa cura, ou seja 72 horas a 21°C. 
Necessáriouso de EPI, como respiradores com vapores. 
Primeiro aplica-se uma camada fina de 1mm por toda a superfície. Depois um 
período de 8 a 20 horas, uma nova camada deve ser aplicada, com espessura de 2 a 
6 mm. 
Produtos químicos podem produzir descoloração, mas sem atacar suas propriedades. 
Pu-Cim AN Autonivelante é necessariamente aplicado em duas etapas. De 8-20h de 
intervalo entre camadas. 
Tempo de execução e cura (100 m2): 60h. 
Umidade do substrato de concreto deve estar entre 2,0-3,0%. 
EPOXI 
A boa ventilação durante o processo assegura a uma cura adequada. 
Não executar o material se a temperatura dos componentes do Multilayer PU estiver 
acima de 30 °C ou abaixo de 18 °C. 
A umidade pode afetar gravemente o tempo de trabalho e outras propriedades. 
Necessário uso de EPI, como respiradores com vapores. 
Tempo de execução e cura (100m2): 120h. 
Umidade do substrato de concreto deve estar entre 2,0-3,0%. 
 Fonte: Revestimentos Miaki, 2011 e 2012. Boletins técnicos. 
 
17 
 
 
Para que o produto possa proporcionar todos os seus benefícios, é preciso que a mão de 
obra seja bem qualificada e as condições dos ambientes estejam dentro dos parâmetros 
estabelecidos. A formulação e manipulação dos componentes requer conhecimento, técnica e 
habilidade operacional durante a aplicação. Por serem produtos com características físico-
químicas reativas combinada ao tempo de mistura, temperatura, umidade e preparação da 
superfície de aplicação, quanto mais experiência e cuidado do aplicador, melhor serão os 
resultados. 
 4.1 VIABILIDADE DO INVESTIMENTO 
Tendo a percepção que escolher um revestimento RAD, não é tarefa fácil, outro fator 
que se considera como o mais importante é a viabilidade do investimento. 
Como visto anteriormente, cada revestimento abordado neste artigo possui suas 
particularidades. Mas entre eles, destaca-se uma condição que influi diretamente na tomada de 
decisão. Esta condição é o tempo de cura. 
Os revestimentos MMA, Pu-Cim e Epóxi, apresentam tempos de cura bastante distintos. 
Isso pode exigir desde pequenas paradas no processo produtivo ou dias, para a total liberação 
para uso. Como cliente final, parada para manutenções significa perda de tempo e dinheiro. 
Para entender de que forma isso pode impactar no processo produtivo de uma indústria 
de alimentos, foi simulado uma situação hipotética de aplicação de um revestimento de alto 
desempenho em uma área de 100m2, em uma indústria, cujo o custo de produção parada/hora é 
R$ 10.000,00. Na Tabela 1, tem-se o comparativo entre os revestimentos. 
 
Tabela 1 – Comparativo 
VARIAVEIS MMA PU EPOXI 
Tempo de execução RAD (h) 10 48 72 
Tempo de cura(h) 2 12 48 
Tempo total (h) 12 60 120 
Duração dias 0,5 2,5 5 
Custo RAD/100m2 17.735,00 16.119,00 8.422,50 
Custo produção parada 5.000,00 25.000,00 50.000,00 
Custo produção parada + Custo RAD (100m2) 22.735,00 41.119,00 58.422,50 
Durabilidade (anos) 5 5 5 
Tempo de manutenção(h) 6 48 72 
Fonte: próprio autor. 
 
18 
 
 
Para cada tipo de revestimento, é necessário respeitar o tempo de cura entre as etapas e 
o tempo de cura final para liberação do uso. 
Processos produtivos que não permitem flexibilidade de tempo, devem optar por 
revestimentos de cura rápida, embora o valor agregado seja maior, mas quando aplicado as 
perdas financeiras por parada de produtividade, verifica-se o melhor custo benefício. 
Processos produtivos que permitem flexibilidade de tempo, como por exemplo, 
empresas com produtividade sazonal ou com possibilidade de aumentar seus estoques para 
programar a parada para manutenção, podem optar por revestimentos mais acessíveis. Embora 
o tempo de cura seja relativamente superior quando comparado a outros, atenderá às 
necessidades exigidas do ambiente a um custo relativamente menor. 
5 CONCLUSÃO 
Este artigo possibilitou uma visão ampla sobre a aplicação de revestimentos MMA, Pu-
Cim e Epóxi, na indústria alimentícia. O objetivo desta pesquisa foi atingido, ao demonstrar de 
forma qualitativa e quantitativa, através dos métodos propostos, o conhecimento teórico 
científico na escolha dos revestimentos: MMA, Pu-Cim e Resina Epóxi, para uso em pisos na 
indústria alimentícia. 
Foi verificado que a tecnologia em revestimentos, oferece variadas formulações que 
buscam atender às necessidades específicas de cada tipo de ambiente. Embora esses produtos 
sejam de alta qualidade, verificou-se que é necessário o apoio técnico e profissional do 
fornecedor do produto. É preciso que todas as variáveis sejam minuciosamente analisadas. O 
consultor técnico juntamente com o cliente que pleiteia a implantação de um revestimento de 
alto desempenho, devem analisar em conjunto para decidir qual a melhor opção de piso para o 
tipo de atividade do negócio. No caso estudado, conclui-se que o tempo de secagem e de cura 
de cada produto, passa a ser o delimitador da execução do revestimento. 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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