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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS REVESTIMENTOS DE METIL METACRILATO – MMA, POLIURETANO CIMENTÍCIO PU- CIM E RESINA EPÓXI, PARA USO EM PISOS NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA. Autor: Flávio Anderson Ribeiro Flôr1 Orientador: Rômulo Gonçalves Dantas2 RESUMO Este artigo propõe-se a um estudo comparativo dos revestimentos em Metil Metacrilato - MMA, Poliuretano cimentício e Epóxi, para fornecer subsídios à tomada de decisão de qual revestimento é mais apropriado em um ambiente da indústria alimentícia. A metodologia utilizada foi a revisão teórica, qualitativa e quantitativa, que fundamentou o estudo, e boletins técnicos dos produtos fabricados pelas indústrias Miaki Revestimentos e NS Brazil Revestimentos Especiais. Demonstrou-se pelos resultados que, para escolher o revestimento adequado ao ambiente, é necessário conhecimento técnico, mão de obra especializada, planejamento e estudo de viabilidade. Quando se analisou o tempo de execução e cura entre os revestimentos em estudo, demonstrou-se que um revestimento com preço/m2 relativamente mais acessível, pode acarretar em um custo superior a um revestimento de maior valor agregado/m2, em função do tempo de parada de produção em uma indústria. Pôde-se concluir que o tempo de secagem e de cura de cada produto, é um fator determinante para a tomada de decisão da execução do revestimento. Palavras-chave: Revestimento. Piso. Resinas. Indústria alimentícia. 1 Aluno do Centro de Ensino Unificado do Piauí – CEUPI, Graduando em Engenharia Civil, flavio_anderson@hotmail.com. 2 Professor do Centro de Ensino Unificado do Piauí – CEUPI, Pós graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Piauí - UFPI, romulogdantas@hotmail.com. CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DO PIAUÍ - CEUPI GRUPO EDUCACIONAL CEUMA 2 1 INTRODUÇÃO O método tradicional de piso utilizado nas indústrias alimentícias na década de 1960, eram os revestimentos cerâmicos. Únicos que resistiam em relação aos demais, como pisos em concreto e madeira. O grande problema era que esses materiais favoreciam a proliferação de fungos e bactérias, e pela concepção construtiva de pisos com juntas, tornavam-se com falhas de impermeabilização. Com o avanço tecnológico e a busca de soluções para os problemas de resistência à agressividade ambiental destes pisos, os revestimentos em resinas passaram a ser uma solução bastante utilizada. O uso dessas resinas vem ganhando cada vez mais espaço no segmento das indústrias alimentícias. Utilizado com sucesso há décadas na Europa, EUA e Ásia. No Brasil, sua utilização apesar de recente, tem demonstrado que as resinas poliméricas tendem a seguir a mesma tendência de outros países mais desenvolvidos (Miaki, 2016). Dentre os diferentes tipos de revestimentos que evoluíram nos seus materiais e técnicas de aplicação, os revestimentos à base de Metil Metacrilato – MMA, o Poliuretano Cimentício Pu-Cim e o revestimento a base de Epóxi, são os mais utilizados na indústria alimentícia. Esses ambientes são os mais desafiadores, pois fazem parte do processo produtivo. A falta de informação técnica apurada pode incorrer na escolha inadequada do tipo de revestimento em função do ambiente a ser aplicado. Isto poderá interferir na movimentação, onera a higienização, cria condições inseguras no piso para quem trafega sobre o mesmo e pode até inviabilizar toda uma operação. Diante da variedade de revestimentos disponíveis no mercado, estes revestimentos apresentam características de resistências voltadas para: ambientes molhados com necessidade de freqüentes processos de limpeza e sanitização e superfície antiderrapante, áreas secas com exigência abrasiva e de impacto e áreas com agressividade química. Em razão dessas necessidades específicas de cada ambiente, no presente trabalho foram discorridas as principais características destes revestimentos, o método executivo da aplicação, informações técnicas e atendimento à legislação sanitária (referente à fabricação e manipulação de produtos alimentícios, o qual exige pisos que apresentem características favoráveis de higiene e assepsia). Permitindo assim, estudos e análises sobre a viabilidade de cada sistema, fornecendo subsídios para a tomada de decisão sobre qual revestimento é mais apropriado para cada tipo de ambiente de uma indústria alimentícia em função de suas características. De significativa 3 importância, considerando que o mercado onde as indústrias alimentícias estão inseridas, os padrões de qualidade estão cada vez mais exigentes. Portanto, o objetivo deste trabalho é demonstrar para as indústrias alimentícias, empresas ou profissionais que atuam no ramo de revestimentos monolíticos, de forma qualitativa e quantitativa, através de pesquisa bibliográfica e comparativa, o embasamento teórico cientifico que auxilie na melhor escolha dos revestimentos: MMA; Pu-Cim; e Resina Epóxi para uso em pisos na indústria alimentícia. 2 REFERENCIAL TEÓRICO A NBR 14050 (1998, p. 1) define que os sistemas de Revestimento de Alto Desempenho - RAD, como são conhecidos, são constituídos por produtos aglutinantes à base de resinas epoxídicas e agregados minerais. Caracterizam-se por apresentarem alto desempenho físico e químico em relação à agressividade ambiental para ações de abrasão, impactos, tração, flexão e aderência ao substrato. Sua função é proteger o substrato de concreto, madeira, metálico e outros. De acordo com a NBR 14050 (1998, p.4), os tipos de revestimentos são classificados em monolíticos, pintura e decorativo monolítico. Para o objeto de estudo deste artigo, serão abordados os tipos 1, 2 e 3, que são: espatulado, autonivelante e multicamadas, respectivamente. O Comitê Técnico de RAD da Associação Nacional de Pisos e Revestimentos de Alto Desempenho – ANAPRE, na recomendação técnica 002/2011. rev.0, orienta especificadores, consumidores e fornecedores de sistema RAD na seleção do Revestimento de Alto Desempenho mais adequado. 2.1 REVESTIMENTO EM METIL METACRILATO – MMA. A NS Brazil (2011), define que revestimento MMA é a base de resina metil metacrilato, isenta de solventes e estabilizada com agentes antioxidantes, monômeros plastificantes e promotores de aderência, apresentando cura rápida em apenas 2 horas mesmo em temperatura negativa até -30ºC. Aplicado em forma de liquido, com sua baixa viscosidade, penetra facilmente nos poros existentes no substrato, garantindo excelente aderência e impermeabilização (NS BRAZIL, 2011). São apresentados basicamente nas versões flexível, semi-rígida e rígida, indicados para ambientes com alta variação de temperatura, áreas molhadas e alto tráfego, respectivamente (Miaki, 2011). 4 Na versão flexível, recomenda-se o uso em áreas internas ou externas onde as condições de temperatura são extremamente exigentes como câmaras frigorificas ou de congelamento. Também suporta solicitações mecânicas como armazéns, docas, rampas de estacionamentos e vias de acesso. Resiste a altas cargas mecânicas (Miaki, 2012). Na versão semi-rígida, é indicado para ambientes internos com operação molhada, que necessitem de facilidade de limpeza, antiderrapância duradoura e assepsia. É a solução recomendada para áreas molhadas da indústria de alimentos (Miaki, 2011). Áreas como abatedouros, açougues e frigoríficos, nas áreas de processamento de carne e peixes, cozinhas de restaurantes e hotéis, cervejarias e indústrias de sucos, armazéns, fábricas de laticínios, vestiários e lavatórios (Miaki, 2011). Segundo a NBR 14050 (1998, p. 29) a assepsia do revestimento é uma “condição essencial para a indústria de alimentosou bebidas”. Na versão rígida é indicado para ambientes secos onde a exigência de solicitação mecânica é moderada (Miaki, 2011). Sua formulação permite um produto robusto e resistente à maioria dos produtos químicos presentes nas indústrias. 2.1.1 PRINCIPAIS CARATERÍSTICAS DO MMA. Verificou-se que este tipo de revestimento possui basicamente 3 versões. Dentro de cada especificidade, na formulação do MMA é possível dimensionar sua composição de acordo com a necessidade específica do ambiente, permitindo ajustar suas características de tal forma que atenda à resistência exigida. Comum em todas as versões do MMA, é mostrado no Quadro 1 as vantagens. Quadro 1 - Vantagens do MMA. METIL METACRILATO - MMA VANTAGEM Antiderrapância duradoura. Cura rápida em temperaturas de 30ºC a +35ºC. Espessura de 4mm a 8mm. Impede fissuras na superfície. Resistência a choques térmicos. Resistência a raios UV (ultravioleta), mesmo em áreas externas. Resistência química, mecânica e abrasiva. Temperatura de operação entre 50ºC e +120ºC. Zero de porosidade, mesmo após anos de uso contínuo. Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2012. 5 A Figura 1, mostra a composição típica do revestimento MMA. Sobre um substrato que pode ser de concreto, cerâmica, madeira e outros, é aplicado uma camada de ligação denominada primer. Após essa camada, sucessivas camadas são aplicadas, sendo o autonivelante saturado uma camada com composição de granulados de quartzo, que dá a resistência mecânica e o acabamento final, dando uma proteção de superfície e estética diferenciada. Figura 1 – Composição típica de um revestimento MMA. Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2011. 2.1.2 MÉTODO DE APLICAÇÃO – MMA. Para a aplicação do revestimento MMA, deve-se seguir as etapas mostradas na Figuras 2, 3 e 4. Figura 2 – Etapas de aplicação do revestimento MMA. Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Duraline Auto Nivelante Saturado. - Remoção mecânica dos contaminantes (Figura 2A), polimento e preparação para aplicação do primer MMA (Figura 2B). - Aplicação do primer MMA (Figura 2C). É a camada de ligação do substrato com o revestimento, para adesão do material de saturação. A B C 6 Figura 3 – Etapas de aplicação do revestimento MMA. Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Duraline AN Saturado. - Regularização e arremates em ralos e rodapés (Figura 3D e 3E), para garantir a não infiltração e reforçar o sistema. Os cantos arredondados auxiliam na limpeza e evita o acúmulo de sujeira e facilita a vazão de água. - Aplicação do revestimento MMA saturado com grãos de quartzo (Figura 3F). Confere ao produto excelente resistência mecânica, boa propriedade de preenchimento, nivelamento e pigmentação. Figura 4 – Etapas de aplicação do revestimento MMA. Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Duraline AN Saturado. - Acabamento final MMA. A resina MMA misturada ao catalizador responsável por promover a reação química e o processo de cura, dão o arremate final ao produto, conferindo impermeabilização, cor e antiderrapância desejada (Figuras 4G e 4H). D E F G H 7 2.1.3 PROPRIEDADES DO SISTEMA MMA. Observa-se no Quadro 2, as propriedades do sistema MMA, na versão semi-rígida. Quadro 2 – Propriedades do sistema MMA - Áreas molhadas. Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2012 – Áreas molhadas. 2.2 REVESTIMENTO EM POLIURETANO CIMENTÍCIO PU-CIM. Uma linha de soluções desenvolvida em poliuretano cimentício, que alia extrema resistência mecânica e térmica, formulado para uso em áreas secas com elevada abrasão. Sua composição consiste na mistura de poliuretano-ureia, pigmentos e quartzo (Miaki, 2011). Uma argamassa a base de resina de poliuretano-ureia de altíssimo desempenho, com agregados minerais de granulometria fina e auto imprimante (NS BRAZIL, 2017). Revestimentos Pu-Cim, são recomendados para pisos que exigem alta resistência mecânica contra impactos, abrasão e desgaste. Oferece boa resistência química, temperatura e stress térmico. Esses ambientes são facilmente encontrados na indústria alimentícia como oficinas industriais, câmaras congeladas, salas de envase e centros de distribuição. Apresentam- se em 3 versões: autonivelante, espatulado ou saturado. A versão autonivelante possui estética uniforme, denso, sua espessura varia entre 3mm a 6mm, acabamento liso e é indicado para locais seco com elevada abrasão, piso robusto de alta durabilidade (Miaki, 2011). A versão espatulado é indicado para ambientes úmidos e molhados, sua espessura é a mesma da versão autonivelante, porém aplicada em camadas distintas. Alta resistência 8 mecânica a impacto, abrasão e resistente a temperaturas até 120ºC. Espessura varia entre 4mm a 6mm (Miaki, 2011). O saturado é constituído por múltiplas camadas de resida epóxi, quartzos de granulometria selecionada e acabamento em poliuretano alifático. Sua espessura varia entre 1mm à 4mm. A principal vantagem desta versão é acabamento em PU, que lhe confere maior resistência a riscos. Ideal para quem busca resistência estética. Recomendado para ambientes expostos a intempéries, tráfego de empilhadeiras e carrinhos (Miaki, 2012). 2.2.1 PRINCIPAIS CARATERÍSTICAS DO PU-CIM. Embora cada formulação apresente características intrínsecas, as vantagens comuns a diferentes versões podem ser observadas no Quadro 3. Quadro 3 – Vantagens do Poliuretano Cimentício POLIURETANO CIMENTÍCIO Pu-Cim VANTAGEM Alta resistência mecânica em curta idade. Atóxico, não possui solventes na composição e baixo odor. Contém agentes antimicrobianos. Espessura de 4mm a 8mm (Miaki, 2011). Pode ser aplicado em concretos com até 10% de umidade. Proteção contra ataques de produtos químicos como agentes, oxidantes, ácidos, sangue, leite, açúcares e solventes aromáticos. Rápida aplicação com acabadora de superfície. Não necessita de primer. Suporta choque térmico e uso entre -60ºC e +105ºC. Fonte: Boletim técnico Pu-Cim (NS BRAZIL, 2014). Sobre um substrato devidamente preparado, livre de contaminantes e limpo, o revestimento de poliuretano cimentício pode ser aplicado diretamente sobre o piso e não há necessidade de primer, porem a superfície do substrato deve apresentar aspecto rugoso, que pode ser feito com uma fresadora. A Figura 5 mostra a composição do Pu-Cim. Figura 5 – Composição típica de um revestimento Pu-Cim. Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2011. 9 2.2.2 MÉTODO DE APLICAÇÃO – PU-CIM Para a aplicação do revestimento em poliuretano cimentício, o substrato deve ser limpo, seco e livre de contaminantes como óleo, graxas, gorduras, partículas soltas. Precisa ser totalmente removido com lavagem química, utilizando desengraxantes ou tratamento mecânico com discos de polimento e utilização de fresadora de piso. Figura 6 – Etapas de aplicação do revestimento Pu-Cim. Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Pu-Cim Autonivelante. Case Supermercado (Figura 6A). - É necessário a regularização dos pontos onde apresentem patologias como trincas e juntas dilatação danificadas (Figura 6B). Corrige-se utilizando argamassas especiais para o preenchimento (Figura 6C). Figura 7 – Etapas de aplicação do revestimento Pu-Cim.Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Pu-Cim Autonivelante. Case Supermercado. - Após a preparação do substrato devidamente limpo e livre de impurezas, é aplicado a camada de revestimento de poliuretano cimentício (Figura 7D). Após o processo de mistura da composição, a camada deve ser rapidamente aplicada, pois o processo de cura é rápido e deve haver aplicadores suficientes para a área a ser trabalhada. O resultado é um piso monolítico adequado para o trafego de equipamentos (Figura 7E e 7F). D E F A B C 10 2.2.3 PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO PU-CIM. Observa-se no Quadro 4, as propriedades do sistema Pu-Cim, na versão autonivelante. Quadro 4 – Propriedades do sistema Pu-Cim – Autonivelante. Propriedade Norma / Método (*) Unidade Resultado Resistência à tensão ASTM C-307 [MPa] 9 Resistência à compressão ASTM C-579 [MPa] 54 Resistência a flexão ASTM C-580 [MPa] 21 Dureza ASTM D-2240 Shore D 80-84 Aderência (concreto) ASTM D-7234 [MPa] >2,8 Resistência a impacto ASTM D-2794 [kg/cm] >184 Resistência ao desgaste prEN 13892-4 [µm] Antiderrapância / Volume de deslocamento BGR 181 e DIN 51130 [R/V] R9 Resistência a fogo ASTM E-648 [Classe] 2 Coeficiente de expansão térmica linear ASTM C-531 C^ -1 3,6 x 10^ -5 Limitação de resistência térmica (exposição continuada) ASTM C-531 120°C (contínuos) (*) ASTM - American Society for Testing and Materials. DIN - Deutsches Institut für Normung Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2011 – Pisos em Pu-Cim. 2.3 REVESTIMENTO EM EPÓXI. Revestimento autonivelante 100% sólidos, impermeabilizante, à base de polímeros epóxi de alta fluidez, agregados e cargas minerais selecionadas e de alta dureza (NS BRAZIL, 2017). Agrega estética e resistência e é considerado um revestimento altamente recomendável para laboratórios, indústrias farmacêuticas, hospitais, indústrias alimentícias entre outras (Miaki, 2011). Sua formulação permite combinações de componentes que se adequam em diferentes ambientes conforme a necessidade. Assim como a linha MMA e Pu-Cim, os revestimentos em Epóxi apresentam-se nas versões: autonivelante, saturado e multicamadas. O autonivelante é recomendado para ambientes secos, limpos e que exijam fácil limpeza. Possui acabamento liso, sem emendas, impermeável e excelente estética. Varia entre 1mm e 3mm e é constituído de uma camada prime de epóxi e a camada autonivelante contendo a resina e agregados finamente graduados (Miaki, 2012). A versão saturado possui excepcional resistência mecânica e abrasiva. É recomendado para áreas com grande solicitação mecânica e ataques químicos. Sua aplicação varia a espessura entre 4mm e 6mm (Miaki, 2011). Para a opção multicamadas de alta performance para pisos industriais, foi desenvolvido à base de polímeros epóxi e quartzos selecionados de alta dureza. O revestimento possui propriedades químicas, físicas e abrasiva, alto padrão estético, opções de acabamentos 100% sólidos, a base d’água ou com Alta Resistência Química (ARQ). Espessura aproximada: de 1mm a 4mm (NS BRAZIL, 2017). 11 Essas camadas promovem a resistência à água penetrante, adesão do agregado que aumenta a resistência mecânica do revestimento, e a camada 100% epóxi que fornece um acabamento liso e diferenciado. Espessura varia entre 1mm e 4mm (Miaki, 2011). 2.3.1 PRINCIPAIS CARATERÍSTICAS DO REVESTIMENTO EPÓXI. Dentro de cada modalidade, seja autonivelante, saturado ou multicamadas, o revestimento em epóxi é comumente o mais utilizado. Possui várias características similar as demais linhas de revestimentos seja: resistência mecânica, química, ambiente molhado entre outros. Dentre as quais pode-se elencar no Quadro 5, as características comuns entre as versões disponíveis. Quadro 5 – Vantagens do revestimento Epóxi. EPÓXI VANTAGEM A melhor relação custo x benefício. Acabamento brilhante, com cores vivas. Boa aderência ao concreto, cerâmica, madeira e metal. Boa resistência mecânica. Estética facilmente recuperável com uma nova camada de acabamento. Formulação 100% sólidos, isenta de solventes. Impermeável. Fonte: (Disponível em: http://www.miaki.com.br, 2017). Na Figura 8, verifica-se as várias camadas que compõem um revestimento Epóxi espatulado. Sobre o substrato é aplicado uma camada de primer com o objetivo de dar a aderência necessária entre o substrato e o revestimento. Uma camada a base de epóxi e agregados de quartzo de fina granulometria, confere ao revestimento a resistência necessária. E por fim, o acabamento final com uma camada 100% epóxi, garantindo o fechamento dos poros, impermeabilização e o acabamento final do revestimento. Figura 8 – Composição típica de um revestimento epóxi - espatulado Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2011. 12 2.3.2 MÉTODO DE APLICAÇÃO – EPÓXI. Na aplicação do revestimento em epóxi, inicia-se com a remoção mecânica dos contaminantes (Figura 9A), polimento e preparação para aplicação do primer de aderência. Utilização de fresadora (Figura 9B). Figura 9 – Etapas de aplicação do revestimento Epóxi - espatulado. Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Epóxi saturado. Case industrial. - Com o substrato livre de contaminantes, é aplicado uma camada de primer de aderência (Figura 9C). Sua função é garantir uma boa ligação do substrato com a camada intermediaria. Figura 10 – Etapas de aplicação do revestimento Epóxi - espatulado. Fonte: Revestimentos Miaki, 2016 – Epóxi saturado. Case industrial. - Aplicação de uma camada de argamassa composta de resina epóxi e agregados de quartzo (Figura 10D). A principal função desta camada é dar a resistência mecânica necessária. O uso de uma acabadora, compacta a camada e regulariza a superfície do piso para a camada de acabamento. - Aplicação de uma camada 100% epóxi para vedar totalmente a camada espatulada. Deixa o piso mais resistente e protege a estética por mais tempo. Pode ser incolor ou pigmentado (Figura 10E e 10F). A B C D F E 13 2.3.3 PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO EPÓXI. Observa-se no Quadro 6, as propriedades do revestimento em epóxi na versão espatulado. Quadro 6 – Propriedades do revestimento epóxi – Espatulado. Propriedade Norma / Método (*) Unidade Resultado Resistência à tensão ASTM C-307 [MPa] 11,77 Resistência à compressão ASTM C-579 [MPa] 62,76 Resistência a flexão ASTM C-580 [MPa] 27,56 Dureza ASTM D-2240 Shore D 85-90 Aderência (concreto) ASTM D-4541 [MPa] >2,75 Resistência a impacto ASTM D-2794 [MPa] 16,63 Resistência ao desgaste ASTM D-4060 [g] 0,08 máximo de perda de peso Antiderrapância / Volume de deslocamento BGR 181 e DIN 51130 [R/V] R9 a R11 dependendo da textura Inflamabilidade ASTM D-635 Auto- extinguível Auto-extinguível Coeficiente de expansão térmica linear ASTM C-531 C^ -1 3,5 x 10^ -5 Limitação de resistência térmica (exposição continuada) ASTM C-531 60°C (contínuos) 93°C (respingos) (*) ASTM - American Society for Testing and Materials. DIN - Deutsches Institut für Normung Fonte: Revestimentos Miaki, Boletim Técnico 2011 – Piso epóxi - espatulado 2.4 LEGISLAÇÃO PARA SEGURANÇA DE ALIMENTOS É competência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, fiscalizar os locais que produzem, transportem e comercializam alimentos com vistas a promover a boa prática na produção e manipulação de alimentos que possibilitem minimizar ou eliminar os potenciais riscos que a concepção ou a manipulaçãoinadequada desses produtos e serviços podem causar ao consumidor. Dentre as exigências previstas nas resoluções que regulam as boas práticas na indústria de alimentos, a qualidade do piso é uma condição necessária para se ter um ambiente adequado à manipulação de alimentos. A Resolução de Diretoria Colegiada - RDC N° 216, (ANVISA, 2004, item 4.1.3), dispõe que as instalações físicas, como piso, devem possuir revestimento liso, impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos e não devem transmitir contaminantes aos alimentos. A Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde SVS/MS Nº 326, (Julho, 1997, art.1º, item 5.3.7), estabelece que nas áreas de manipulação de alimentos, os pisos devem ser de material resistente ao trânsito, impermeáveis, laváveis, antiderrapantes, não possuir frestas e serem fáceis de limpar ou desinfetar. Os ângulos entre as paredes e o piso devem ser abaulados e herméticos para facilitar a limpeza. 14 Os revestimentos, objetos deste estudo, atendem completamente às exigências da legislação. Essa comprovação pode ser verificada através das referências técnicas de cada tipo de revestimento. 2.5 SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE É importante ressalvar os aspectos de segurança e meio ambiente. O uso destes produtos requer cuidados especiais à segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente. A utilização de equipamentos de proteção individual como óculos de segurança, respiradores, luvas de tecido e látex, uniforme e calçados de segurança, protegem o aplicador contra eventuais riscos de contaminação por contato ou inalação. Devem ser obedecidas as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, no tocante à segurança dos colaboradores As embalagens dos produtos e os materiais contaminados devem ser descartadas de forma correta, pois são classificados como resíduos perigosos classe D, de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA Nº 307/2002. A empresa responsável pela aplicação, deve dar a devida tratativa, não deixando a cargo do cliente a responsabilidade dos custos de destinação. 3 METODOLOGIA Para a elaboração deste artigo, a metodologia utilizada foi a revisão teórica, qualitativa e quantitativa, consistindo em uma pesquisa bibliográfica que fundamentou o estudo sobre os revestimentos MMA, Poliuretano cimentício e Epóxi, para áreas industriais. Legislações e normativos que regem os sistemas de RAD. A NBR 14050, (1998) que trata dos sistemas de revestimento de alto desempenho, à base de resinas epoxídicas e agregados minerais, serviram de base para condução e os argumentos conclusivos. Também, as diretrizes da ANAPRE, através das recomendações técnicas para a seleção de revestimentos RAD e catálogos de produtos dos revestimentos fabricados da indústria Miaki Revestimentos e da indústria NS Brazil Revestimentos Especiais. A Miaki Revestimentos atua no mercado de revestimentos desde 1993 com sistemas para áreas industriais, comerciais e residenciais. Contribuiu para esse estudo fornecendo amostras dos revestimentos MMA, Poliuretano Cimentício e Epóxi. Nessas amostras é possível visualizar o perfil construtivo de cada camada de revestimento aplicado ao substrato. A NS Brazil, atua no mercado há 22 anos desenvolvendo, produzindo e comercializando 15 produtos diferenciados de pisos e revestimentos. Neste trabalho, foram estudados os boletins técnicos disponibilizados pelos fabricantes e outras informações relevantes para esta pesquisa, disponíveis no site das respectivas empresas. De posse das informações, foram analisadas cada especificação técnica e elaborou-se uma síntese com dados de maior criticidade que norteou o estudo. Foi possível elencar para cada revestimento: sua aplicabilidade, características, vantagens e demais informações que contribuíram como subsídio técnico na escolha de um revestimento. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO No estudo, pode-se verificar que estes revestimentos são os mais utilizados por grandes indústrias de alimentos. As empresas NS Brazil e Miaki Revestimentos, o qual serviram como objeto de pesquisa, possuem um portfólio de grandes multinacionais atuando no Brasil, que utilizam há anos esta tecnologia. Neste estudo comparativo, foi apresentado cada tipo de revestimento com suas principais características, versões, aplicações e métodos, de forma simples e prática. No entanto é preciso, mesmo conhecendo sobre as vantagens e os tipos de ambientes que podem ser utilizados, considerar outros aspectos para a tomada de decisão de qual revestimento optar em um determinado ambiente. Na NBR 14050 (1998), abordou-se as definições de RAD e sua classificação. Em função das necessidades específicas do usuário, cabe ao projetista considerar os critérios de desempenho listados na NBR 14050, assinalando o grau e/ou tipo de solicitação desejada e, em função da árvore de decisão indicada na norma, compará-los com os requisitos de desempenho NBR 14050 (1988, p. 4, item 5). A NBR 14050, descreve todas as informações necessárias para a escolha do melhor tipo de revestimento, requisitos de desempenho, procedimentos para avaliação, procedimentos para projeto, procedimentos para execução e aplicação, critérios de conformidade, marcação e embalagem, armazenamento, higiene e segurança, uso e manutenção. Via de regra, cada produto possui um boletim técnico com várias informações inerentes ao revestimento de piso. Em primeiro plano estão os aspectos relacionados à formulação do revestimento, suas características, principais vantagens, entre outras qualidades que o produto possa oferecer. Uma empresa poderá encontrar dificuldades caso não faça um planejamento adequado para viabilizar a liberação do espaço. Isto porque para cada tipo de revestimento e suas 16 variedades de aplicação, requer condições específicas de umidade e temperatura do substrato, parada parcial ou total dos processos e o tempo de cura, que varia exponencialmente entre os revestimentos disponíveis. No Quadro 7, tem-se os principais aspectos, recomendações dos fabricantes e outros pontos importantes que servem como tomada de decisão em função da particularidade de cada revestimento discutido neste artigo. Quadro 7 – Recomendações para aplicação de revestimentos RAD. OBSERVAÇÕES METIL METACRILATO MMA A estabilidade das misturas de pigmentos em resinas MMA é limitada e deve ser testada previamente nos laboratórios. Boa ventilação assegura cura adequada do acabamento. De natureza termoplástica, podem deixar marcas de abrasão de pneus. Mistura e homogeneização devem ser seguidas para evitar patologias de aplicação. O odor do MMA contamina alguns alimentos sensíveis. Produtos químicos podem produzir descoloração, mas sem atacar suas propriedades. Substrato limpo e seco sem contaminantes. Tempo de execução e cura (100 m2): 12h. Umidade do substrato de concreto deve estar entre 2,0-3,0%. Volume do produto por metro quadrado para obter cura, antiderrapância ideal. Resinas MMA são inflamáveis. O ponto de fulgor é 10ºC. A gasolina é <1ºC. A temperatura do substrato deve preferencialmente estar entre 15 e 25°C. POLIURETANO CIMENTÍCIO Pu-Cim Em áreas com temperaturas abaixo de 10°C, o tempo de cura excederá 48 horas para desempenho total das resistências. Não executar o material se a temperatura dos componentes do Multilayer PU estiver acima de 30 °C ou abaixo de 18 °C. Não exponha o piso revestido com Pu-Cim Autonivelante a agentes químicos antes de sua completa cura, ou seja 72 horas a 21°C. Necessáriouso de EPI, como respiradores com vapores. Primeiro aplica-se uma camada fina de 1mm por toda a superfície. Depois um período de 8 a 20 horas, uma nova camada deve ser aplicada, com espessura de 2 a 6 mm. Produtos químicos podem produzir descoloração, mas sem atacar suas propriedades. Pu-Cim AN Autonivelante é necessariamente aplicado em duas etapas. De 8-20h de intervalo entre camadas. Tempo de execução e cura (100 m2): 60h. Umidade do substrato de concreto deve estar entre 2,0-3,0%. EPOXI A boa ventilação durante o processo assegura a uma cura adequada. Não executar o material se a temperatura dos componentes do Multilayer PU estiver acima de 30 °C ou abaixo de 18 °C. A umidade pode afetar gravemente o tempo de trabalho e outras propriedades. Necessário uso de EPI, como respiradores com vapores. Tempo de execução e cura (100m2): 120h. Umidade do substrato de concreto deve estar entre 2,0-3,0%. Fonte: Revestimentos Miaki, 2011 e 2012. Boletins técnicos. 17 Para que o produto possa proporcionar todos os seus benefícios, é preciso que a mão de obra seja bem qualificada e as condições dos ambientes estejam dentro dos parâmetros estabelecidos. A formulação e manipulação dos componentes requer conhecimento, técnica e habilidade operacional durante a aplicação. Por serem produtos com características físico- químicas reativas combinada ao tempo de mistura, temperatura, umidade e preparação da superfície de aplicação, quanto mais experiência e cuidado do aplicador, melhor serão os resultados. 4.1 VIABILIDADE DO INVESTIMENTO Tendo a percepção que escolher um revestimento RAD, não é tarefa fácil, outro fator que se considera como o mais importante é a viabilidade do investimento. Como visto anteriormente, cada revestimento abordado neste artigo possui suas particularidades. Mas entre eles, destaca-se uma condição que influi diretamente na tomada de decisão. Esta condição é o tempo de cura. Os revestimentos MMA, Pu-Cim e Epóxi, apresentam tempos de cura bastante distintos. Isso pode exigir desde pequenas paradas no processo produtivo ou dias, para a total liberação para uso. Como cliente final, parada para manutenções significa perda de tempo e dinheiro. Para entender de que forma isso pode impactar no processo produtivo de uma indústria de alimentos, foi simulado uma situação hipotética de aplicação de um revestimento de alto desempenho em uma área de 100m2, em uma indústria, cujo o custo de produção parada/hora é R$ 10.000,00. Na Tabela 1, tem-se o comparativo entre os revestimentos. Tabela 1 – Comparativo VARIAVEIS MMA PU EPOXI Tempo de execução RAD (h) 10 48 72 Tempo de cura(h) 2 12 48 Tempo total (h) 12 60 120 Duração dias 0,5 2,5 5 Custo RAD/100m2 17.735,00 16.119,00 8.422,50 Custo produção parada 5.000,00 25.000,00 50.000,00 Custo produção parada + Custo RAD (100m2) 22.735,00 41.119,00 58.422,50 Durabilidade (anos) 5 5 5 Tempo de manutenção(h) 6 48 72 Fonte: próprio autor. 18 Para cada tipo de revestimento, é necessário respeitar o tempo de cura entre as etapas e o tempo de cura final para liberação do uso. Processos produtivos que não permitem flexibilidade de tempo, devem optar por revestimentos de cura rápida, embora o valor agregado seja maior, mas quando aplicado as perdas financeiras por parada de produtividade, verifica-se o melhor custo benefício. Processos produtivos que permitem flexibilidade de tempo, como por exemplo, empresas com produtividade sazonal ou com possibilidade de aumentar seus estoques para programar a parada para manutenção, podem optar por revestimentos mais acessíveis. Embora o tempo de cura seja relativamente superior quando comparado a outros, atenderá às necessidades exigidas do ambiente a um custo relativamente menor. 5 CONCLUSÃO Este artigo possibilitou uma visão ampla sobre a aplicação de revestimentos MMA, Pu- Cim e Epóxi, na indústria alimentícia. O objetivo desta pesquisa foi atingido, ao demonstrar de forma qualitativa e quantitativa, através dos métodos propostos, o conhecimento teórico científico na escolha dos revestimentos: MMA, Pu-Cim e Resina Epóxi, para uso em pisos na indústria alimentícia. Foi verificado que a tecnologia em revestimentos, oferece variadas formulações que buscam atender às necessidades específicas de cada tipo de ambiente. Embora esses produtos sejam de alta qualidade, verificou-se que é necessário o apoio técnico e profissional do fornecedor do produto. É preciso que todas as variáveis sejam minuciosamente analisadas. O consultor técnico juntamente com o cliente que pleiteia a implantação de um revestimento de alto desempenho, devem analisar em conjunto para decidir qual a melhor opção de piso para o tipo de atividade do negócio. No caso estudado, conclui-se que o tempo de secagem e de cura de cada produto, passa a ser o delimitador da execução do revestimento. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANAPRE. Associação Nacional de Pisos e Revestimentos de alto desempenho. Disponível em: <www.anapre.org.br>. Acesso em: 06 de novembro de 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 14050:98. Sistemas de revestimentos de alto desempenho – procedimentos. Rio de Janeiro, 2012. BY GOURMET VIRTUAL ON 27 DE OUTUBRO DE 2014. A importância do piso ideal na indústria alimentícia e de bebidas. Disponível em: <www.gourmetvirtual.com.br/noticias/a-importancia-do-piso-ideal-na-industria-alimenticia- e-de-bebidas.htm>. Acesso em: 25 de agosto de 2017. DUPOL Soluções em pisos monolíticos. Pisos monolíticos. Disponível em: <http://www.dupol.com.br/dicas/o-que-sao-pisos-mononiticos.htm>. Acesso em: 25 de agosto de 2017. EVONIK. A resina MMA literalmente aos seus pés. Disponível em: <http://central-south- america.evonik.com/region/central-south-america/pt/media/news/archive/pages/news- details.aspx?newsid=53780>. Acesso em: 19 de agosto de 2017. GRANATO, J. E. 8º Seminário de Pisos e Revestimentos e Alto Desempenho, 2014. MIAKI REVESTIMENTOS. Área de revestimentos monolíticos. Disponível em: <http://miaki.com.br/wordpress/produtos/industrial/>. Acesso em: 28 de outubro de 2017. MIAKI REVESTIMENTOS. Boletins técnicos MMA, Pu-Cim e Epóxi. Disponível em: <http://miaki.com.br>. Acesso em: 18 de outubro de 2017. MIAKI REVESTIMENTOS. Cadeia Alimentícia – o piso produtivo. 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