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16/04/2015 1 1 MATERIAIS E SUAS PRINCIPAIS PROPRIEDADES Disciplina: Tecnologia dos Materiais Professoras: D.Sc. Luana Sena 2 Introdução Todo Engenheiro está rotineiramente interessado nos materiais que lhes são disponíveis. Qualquer que seja o seu produto (edifício, computador, veículo espacial), o engenheiro deve ter um largo conhecimento das propriedades características do comportamento dos materiais que vai usar. Estudar tais propriedades significa, em um primeiro momento, observar criticamente os fenômenos que nos cercam e questionar por que ocorrem. Objetivo 3 Introduzir os conceitos básicos associados com as propriedades mecânicas dos materiais; Avaliar fatores que afetam as propriedades mecânicas dos materiais; 4 PROPRIEDADES MECÂNICAS POR QUÊ ESTUDAR? • A determinação e/ou conhecimento das propriedades mecânicas é muito importante para a escolha do material para uma determinada aplicação, bem como para o projeto e fabricação do componente. • As propriedades mecânicas definem o comportamento do material quando sujeitos à esforços mecânicos, pois estas estão relacionadas à capacidade do material de resistir ou transmitir estes esforços aplicados sem romper e sem se deformar de forma incontrolável. 16/04/2015 2 5 Muitos materiais, quando em serviço, estão sujeitos a forças ou cargas; Exemplos: • O aço no eixo de um automóvel; • a liga de alumínio a partir da qual a asa de um avião é construída. Aviões utilizam ligas de alumínio de alta resistência e materiais compósitos reforçados com fibras de carbono e kevlar. Importância do estudo do comportamento de mecânico de materiais 6 Os materiais utilizados em esportes precisam ser leves, rígidos, resistentes e tenazes. Os ensaios mecânicos permitem avaliar estas propriedades. 7 Exemplo: Os pára-lamas dos automóveis, devem ser confeccionados com um metal que seja facilmente moldável, mas que deverá resistir à deformação por impacto. 8 Exemplo: Materiais usados na manufatura de um automóvel • Ferro • Aço • Vidro • Plástico • Borracha etc. Somente para o aço há cerca de 2000 (dois mil) tipos de modificações. 16/04/2015 3 9 É impossível para o Engenheiro ter um conhecimento detalhado dos muitos milhares de materiais disponíveis, assim como manter-se informado dos novos desenvolvimentos. Deve ter um conhecimento adequado dos princípios gerais que governam as propriedades de todos os materiais. PROPRIEDADES MECÂNICAS • São as que se relacionam com o comportamento dos materiais metálicos, quando sujeitos a cargas externas. • Elas representam a resistência dos materiais metálicos quando solicitados por cargas e são expressas em termos de tensão e/ ou deformação. 10 PROPRIEDADES MECÂNICAS • As principais propriedades mecânicas dos materiais metálicos são: – resistência mecânica – resistência ao impacto – resistência à fadiga – dureza – plasticidade ou ductilidade – tenacidade. 11 Cada uma dessas propriedades está associada à habilidade do material de resistir às forças mecânicas e/ou de transmiti-las. Como determinar as propriedades mecânicas? 12 • A determinação das propriedades mecânicas é feita através de ensaios mecânicos. • Utiliza-se normalmente corpos de prova (amostra representativa do material) para o ensaio mecânico, já que por razões técnicas e econômicas não é praticável realizar o ensaio na própria peça, que seria o ideal. • Geralmente, usa-se normas técnicas para o procedimento das medidas e confecção do corpo de prova para garantir que os resultados sejam comparáveis. 16/04/2015 4 Normas técnicas 13 As normas técnicas mais comuns são elaboradas pelas: • ASTM (American Society for Testing and Materials) • ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) Ensaios Mecânicos 14 Há inúmeros tipos de ensaios que os materiais podem ser submetidos, sendo que em muitos casos um mesmo teste pode fornecer dados sob uma ou mais propriedades mecânicas. Por melhor que seja as condições do ensaio, o resultado obtido não refletirá exatamente o que você obterá quando o projeto for colocado em serviço. Ensaios Mecânicos 15 A única forma de solucionar esta situação seria ensaiando um protótipo real do sistema que você projetou, porém em muitos casos isto não seria possível (Inviável financeiramente). Vale lembrar que é responsabilidade do engenheiro garantir a segurança de seu projeto. Ex.: Fabricantes de aviões, automóveis entre outros testam o conjunto acabado sob condições de serviços reais ou simuladas. Ensaios Mecânicos 16 Hoje em dia, empresas fornecedoras de materiais realizam testes internos de qualidade dos materiais e oferecem ao mercado produtos com garantia ou selos de qualidade. Esta garantia informa por exemplo, valor mínimo de determinadas propriedades que um determinado material apresenta. 16/04/2015 5 Testes mais comuns para se determinar as propriedades mecânicas dos metais • Resistência à tração • Resistência à compressão • Resistência à torção • Resistência ao flexão • Dureza PROPRIEDADES MECÂNICAS • Tipos de tensões que uma estrutura está sujeita 18 Resistência à tração 19 O ensaio de tração é um dos mais importantes testes destrutivos para a determinação de propriedades mecânicas. A resistência à tração é medida submetendo-se o material à uma carga ou força de tração, gradativamente crescente, que promove uma deformação progressiva de aumento de comprimento. NBR-6152 para metais. Resistência à tração 20 Procedimento de ensaio: Um corpo de prova padronizado é submetido à uma carga de tração constante e de forma lenta, sob a ação desta força, o corpo de prova começa a se deformar, a deformação progressiva do corpo de prova faz com que haja uma diminuição da área da seção transversal de tal forma que este não suporta a carga aplicada e rompe-se. 16/04/2015 6 Tração 21 Ensaio de Tração 22 A partir da curva de tensão (σ) vs deformação (ε) pode-se obter os seguintes ensaios: • Máxima tensão e deformação; • Tensão e deformação de fratura; • Tensão de escoamento; • Limite de proporcionalidade e de elasticidade; • Módulo de elasticidade; • Resiliência e tenacidade; RESITÊNCIA À TRAÇÃO TENSÃO () X Deformação () = F/Ao Kgf/cm 2 ou Kgf/mm2 ou N/ mm2 Como efeito da aplicação de uma tensão tem-se a deformação (variação dimensional). A deformação pode ser expressa: •O número de milímetros de deformação por milímetros de comprimento • O comprimento deformado como uma percentagem do comprimento original Deformação()= lf-lo/lo= l/lo lo= comprimento inicial lf= comprimento final Força ou carga Área inicial da seção reta transversal Tensão de engenharia PROPRIEDADES MECÂNICAS Exemplo 01: • Nas alternativas abaixo, qual a peça solicitada por maior tensão? a) Uma barra de alumínio, de seção retangular de 0,97 cm x 1,21 cm solicitada por uma carga de tração 16,75 kgf. b) Uma barra de aço de seção circular de diâmetro 0,505 cm, sob uma carga de10,8 kgf. 24 16/04/2015 7 Comportamento dos metais quando submetidos à tração Resistência à tração Dentro de certos limites, a deformação é proporcional à tensão (a lei de Hooke é obedecida) Lei de Hooke: = E Resistência à TraçãoResistência à Tração (Kgf/mm2) • Corresponde à tensão máxima aplicada ao material antes da ruptura • É calculada dividindo-se a carga máxima suportada pelo material pela área de seção reta inicial Deformação Elástica e Plástica DEFORMAÇÃO ELÁSTICA • Prescede à deformação plástica • É reversível • Desaparece quando a tensão é removida • É praticamente proporcional à tensão aplicada (obedece a lei de Hooke) DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • É provocada por tensões que ultrapassam o limite de elasticidade • É irreversível porque é resultado do deslocamento permanente dos átomos e portanto não desaparece quando a tensão é removida Elástica Plástica PROPRIEDADES MECÂNICAS • Deformação Elástica – Módulo Elástico ou de Young – É o quociente entre a tensão aplicada e a deformação elástica resultante. Ele está relacionado com a “rigidez do material”. – O valor deste módulo é em função da composição do material e é apenas indiretamente relacionado com as demais propriedades mecânicas. – Esta característica, resultante dos ensaios de tração ou compressão é expressa em kgf/mm2 ou em Pa. 28 16/04/2015 8 29 Módulo de elasticidade ou Módulo de Young E= / =Kgf/mm2 • É o quociente entre a tensão aplicada e a deformação elástica resultante. •Está relacionado com a rigidez do material ou à resist. à deformação elástica Lei de Hooke: = E P A lei de Hooke só é válida até este ponto Tg = E Módulo de elasticidade para alguns metais Quanto maior o módulo de elasticidade mais rígido é o material ou menor é a sua deformação elástica quando aplicada uma dada tensão MÓDULO DE ELASTICIDADE [E] GPa 106 Psi Magnésio 45 6.5 AlumÍnio 69 10 Latão 97 14 Titânio 107 15.5 Cobre 110 16 Níquel 207 30 Aço 207 30 Tungstênio 407 59 Relação do módulo de elasticidade com força de ligação e rigidez Profª Dsc. Luana Sena 31 Módulo de elasticidades (módulo de Young, E): indica a rigidez de um material e está relacionado a curva força- distância. Uma inclinação da curva maior indica maior energia de ligação e maior ponto de fusão, ou seja, é necessário maior força para afastar os átomos. Portanto, o material tem maior módulo de elasticidade. O módulo de elasticidade não é sensível à microestrutura, mas da natureza da ligação dos átomos que compõem o material. Considerações gerais sobre módulo de elasticidade Como consequência do módulo de elasticidade estar diretamente relacionado com as forças interatômicas: • Os materiais cerâmicos tem alto módulo de elasticidade, enquanto os materiais poliméricos tem baixo. • O módulo de elasticidade dos metais se encontra em um nível intermediário entre os módulos dos materiais cerâmicos e dos poliméricos. 16/04/2015 9 Exemplo 2 = E. = E.L/L0 => L = L0/E E é obtido de uma tabela ECu = 110 x 10 3 MPa Assim: L = 276 MPa x 305 mm/110 x 103 MPa = 0,77 mm Uma peça de cobre de 305 mm é tracionada com uma tensão de 276 MPa. Se a deformação é totalmente elástica, qual será o alongamento sendo o modulo de elasticidade do cobre igual a 110 Gpa? 34 O Fenômeno de Escoamento • Esse fenômeno é nitidamente observado em alguns metais de natureza dúctil, como aços baixo teor de carbono. • Caracteriza-se por um grande alongamento sem acréscimo de carga. Tensão de escoamento Não ocorre escoamento propriamente dito Escoamento • O limite de ruptura é geralmente inferior ao limite de resistência em virtude de que a área da seção reta para um material dúctil reduz-se antes da ruptura Tensão de Ruptura (Kgf/mm²) 16/04/2015 10 Ductilidade em termos de alongamento ductilidade • Corresponde ao alongamento total do material devido à deformação plástica %alongamento = (lf-lo/lo)x100 Ductilidade expressa como estricção Corresponde à redução na área da seção reta do corpo, imediatamente antes da ruptura Os materiais dúcteis sofrem grande redução na área da seção reta antes da ruptura Estricção = área inicial-área final área inicial • Corresponde à capacidade do material de absorver energia quando este é deformado elasticamente • A propriedade associada é dada pelo módulo de resiliência (Ur) Ur= esc 2/2E esc Resiliência • Materiais resilientes são aqueles que têm alto limite de elasticidade e baixo módulo de elasticidade (como os materiais utilizados para molas) Resiliência 16/04/2015 11 Corresponde à capacidade do material de absorver energia até sua ruptura tenacidade Tenacidade Tenacidade – É a propriedade que certos materiais apresentam de absorver considerável energia antes de ocorrer a sua fratura. – Energia, é o produto de uma força multiplicada por um deslocamento, é medida em kgf.cm ou em N.mm. – Essa energia está intimamente relacionada à área sob a curva tensão x deformação. 42 PROPRIEDADES MECÂNICAS • Curva de Tensão – Deformação • Dentre as várias formas de analisar o comportamento mecânico de um material, a análise da curva “tensão x deformação” apresenta-se como uma das mais adequadas, principalmente se o material for utilizado sob carregamento estático (tração ou compressão). 43 PROPRIEDADES MECÂNICAS • Curva de Tensão – Deformação 44 16/04/2015 12 PROPRIEDADES MECÂNICAS • Curva de Tensão – Deformação – Como quase todo padrão, a curva apresentada representa um comportamento ideal, onde o material deforma-se inicialmente de forma elástica, passa por uma região de escoamento e se deforma plasticamente antes da ruptura. 45 PROPRIEDADES MECÂNICAS 46 PROPRIEDADES MECÂNICAS • Exemplo 03: Em uma haste de cobre são marcados dois traços que distam entre si, 50 mm. A haste é tencionada de forma que a distância entre os traços passa a ser de 56,7 mm. Calcular a deformação. • Exemplo 04 Se o Módulo Médio de Elasticidade de um aço é 21.000 kgf/mm2, quanto se elongará um fio de 0,25 cm de diâmetro e de 3,0 m de comprimento, quando solicitado por uma carga de 500 kgf. 47 Resistencia a compressão 48 ASTM E9-33 Consiste na aplicação de forças axiais e convergentes, tendendo a reduzir a altura da peça. Este ensaio só leva a ruptura os materiais frágeis, por exemplo, o ferro fundido. Os materiais dúcteis (cobre, chumbo, etc.), quando comprimidos, não se rompem. Da mesma maneira que o ensaio de tração, este pode ser representado por meio de um diagrama “tensão x deformação”. 16/04/2015 13 Resistencia a compressão 49 A compressão é um esforço axial, que tende a provocar um encurtamento do corpo submetido a este esforço. Nos ensaios de compressão, os corpos de prova são submetidos a uma força axial para dentro, distribuída de modo uniforme em toda a seção transversal do corpo de prova. 50 Normalmente usam-se o procedimento da norma ASTM E9-33 Força aplicada (kgf ou N) Resistência à compressão = -------------------------------------------------------- Média das áreas das duas superfícies (mm2) 1 N = 9,8 kgf 51 Resistencia a compressão As relações que valem para a tração valem também para a compressão. Isso significa que um corpo submetido a compressão também sofre uma deformação elástica e a seguir uma deformação plástica. Na fase de deformação elástica, o corpo volta aotamanho original quando se retira a carga de compressão. 52 Resistencia a compressão Na fase de deformação plástica, o corpo retém uma deformação residual depois de ser descarregado. Nos ensaios de compressão, a lei de Hooke também vale para a fase elástica da deformação, e é possível determinar o módulo de elasticidade para diferentes materiais. 16/04/2015 14 53 Na compressão, as fórmulas para cálculo da tensão, da deformação e do módulo de elasticidade são semelhantes às que já foram demonstradas para a tensão de tração. PROPRIEDADES MECÂNICAS Resistência ao Impacto ASTM E-23 e NBRNM 281-1 (11/2003) • É a propriedade que indica a capacidade do material resistir a impactos, sem ruptura. • Indica a maior ou menor reação do material às solicitações dinâmicas de choque. 54 Resistencia a flexão e ao dobramento 55 A figura da esquerda mostra um corpo apoiado em suas duas extremidades e a da direita mostra um corpo preso de um lado, com a extremidade oposta livre. Os dois corpos estão sofrendo a ação de uma força F, que age na direção perpendicular aos eixos dos corpos. 56 A força F leva uma região dos corpos a se contrair, devido à compressão, enquanto que outra região se alonga, devido à tração. Entre a região que se contrai e a que se alonga fica uma linha que mantém sua dimensão inalterada - a chamada linha neutra. Em materiais homogêneos, costuma-se considerar que a linha neutra fica a igual distância das superfícies externas inferior e superior do corpo ensaiado. 16/04/2015 15 57 Quando esta força provoca somente uma deformação elástica no material, dizemos que se trata de um esforço de flexão. Quando produz uma deformação plástica, temos um esforço de dobramento. Isso quer dizer que, no fundo, flexão e dobramento são etapas diferentes da aplicação de um mesmo esforço, sendo a flexão associada à fase elástica e o dobramento à fase plástica. 58 Ensaio de Dobramento ABNT MB-5 Experimente dobrar duas barras de um metal: por exemplo, uma de alumínio recozido e outra de alumínio encruado. Alumínio recozido: dobra-se totalmente, até uma ponta encostar na outra. Alumínio encruado: ao ser dobrado, apresentará trincas e provavelmente quebrará antes de se atingir o dobramento total. O ensaio de dobramento nos fornece somente uma indicação qualitativa da ductilidade do material. Dureza • É a propriedade que avalia a resistência que o material apresenta à penetração de um corpo duro na sua massa. • Os métodos de ensaios de dureza normalmente utilizados pelas industrias são: • Método Brinell • Método Rockwell, e • Método Vickers 59 60 • Escala Brinell de Dureza – É um índice de medida da dureza, calculada a partir da área de penetração de uma bilha (esfera) no material. – A penetração desta bilha, que é uma esfera de aço duro ou de carbeto de tungstênio, é feita mediante uma força padronizada. 16/04/2015 16 61 • As principais escalas de dureza são: • Escala Brinell de Dureza. Onde D é o diâmetro da esfera e d é o diâmetro da calota. 62 O ensaio consiste em comprimir lentamente uma esfera de aço, de diâmetro “D” sobre a superfície plana, polida e limpa de um metal, através de uma carga “Q”, durante um tempo “t”. Essa compressão provocara uma impressão permanente no metal com o formato de uma calota esférica, tendo um diâmetro “d”, o qual e medido por intermédio de um micrometro ótico, depois de removida a carga, conforme mostra a figura 03 abaixo. O valor de ‘d” deve ser tomado como a media de duas leituras feitas a 90º uma da outra. 63 • Escala Rockwell de Dureza – Outra das mais comuns escalas de durezas usadas na Engenharia, – É medida pela profundidade de penetração de uma pequena bilha (esfera) padronizada. – Muitas escalas Rockwell foram estabelecidas para materiais com diferentes faixas de durezas; estas escalas diferem entre si nas dimensões da bilha e na carga de penetração. 64 16/04/2015 17 65 DESCRIÇÃO DO PROCESSO 66 • A dureza Vikeres – É baseada na resistência que o material oferece a penetração de uma pirâmide de diamante, de base quadrada e ângulo entre as faces de 136°, sob a ação de determinadas cargas. – A forma de impressão é um losango regular de base quadrada, e pela medida L de suas diagonais, determina-se a dureza Vickeres conforme expressão: 67 A máquina que faz o ensaio Vickers não fornece o valor da área de impressão da pirâmide, mas permite obter, por meio de um microscópio acoplado, as medidas das diagonais (d1 e d2) formadas pelos vértices opostos da base da pirâmide. 68 Conhecendo as medidas das diagonais, é possível calcular a área da pirâmide de base quadrada (A), utilizando a fórmula: Voltando à fórmula para cálculo da HV, e substituindo A pela fórmula acima, temos: 16/04/2015 18 PROPRIEDADES MECÂNICAS • A dureza Vikeres – Expressão: 69 PROPRIEDADES MECÂNICAS • As principais escalas de dureza são: 70 Brinell Vickers Rockwell PROPRIEDADES MECÂNICAS • Plasticidade ou Ductilidade – É a capacidade que têm certos materiais de serem extensamente deformados sem que ocorra a ruptura, e de manterem essa deformação após terem sido descarregados. 71 FALHA OU RUPTURA NOS METAIS Fratura Fluência Fadiga 16/04/2015 19 FRATURA • Consiste na separação do material em 2 ou mais partes devido à aplicação de uma carga estática, à temperaturas relativamente baixas em relação ao ponto de fusão do material FRATURA • Dúctil a deformação plástica continua até uma redução na área • Frágil não ocorre deformação plástica, requerendo menos energia que a fratura dúctil que consome energia para o movimento de discordâncias e imperfeições no material FRATURA Fraturas dúcteis Fratura frágil PROPRIEDADES MECÂNICAS • Fluencia – É a deformação plástica sofrida pelo material, dependente do tempo e da temperatura, quando o material é submetido a uma carga constante. – Este fator muitas vezes limita o tempo de vida de um determinado componente. – Velocidade de fluência (relação entre deformação plástica e tempo) aumenta com a temperatura. – Esta propriedade é de grande importância especialmente na escolha de materiais para operar a altas temperaturas. 76 16/04/2015 20 77 Fluência Resistência à fadiga • É a propriedade que mede a capacidade que tem o material de resistir a ciclos repetidos de tensão. • Depende, também, do tipo de solicitação aplicada, tais como: - Tração - Compressão - Flexão - Torção - Choque. 78 Fadiga 79 É a forma de falha ou ruptura que ocorre nas estruturas sujeitas à forças dinâmicas e cíclicas. Nessas situações o material rompe com tensões muito inferiores à correspondente à resistência à tração (determinada para cargas estáticas). É comum ocorrer em estruturas como pontes, aviões, componentes de máquinas. Fadiga 80 A fratura ou rompimento do material por fadiga geralmente ocorre com a formação e propagação de uma trinca. A trinca inicia-se em pontos onde há imperfeição estrutural ou de composição e/ou de alta concentração de tensões (que ocorre geralmente na superfície); A superfície da fratura é geralmente perpendicular à direção da tensão à qual o material foi submetido. 16/04/2015 21 PROPRIEDADES ELÉTRICAS 81 Todos os materiais podem ser divididos em condutores,semi-condutores e isolantes, segundo seu comportamento frente à corrente elétrica. A distinção será feita de acordo com a facilidade com que a corrente elétrica atravessa o material. Condutividade Elétrica: é a capacidade que um material tem em conduzir a corrente elétrica de um ponto a outro no interior de sua estrutura. 82 A condutividade elétrica está diretamente associada à regularidade estrutural do material e à capacidade deste em permitir que elétrons e/ ou íons se movimentem através dela. Perfeição estrutural e vibração térmica, mais do que a natureza química, são de fato os fatores que governam a condutividade dos materiais, dependendo da temperatura em que esta propriedade for mensurada. 83 Em baixas temperaturas, a regularidade estrutural e a presença de impurezas são fatores a serem considerados, uma vez que a vibração térmica é muito baixa. Em temperaturas elevadas, incluindo a ambiente, o livre movimento dos agentes condutores (elétrons ou íons) da corrente elétrica é impedido pela elevada vibração térmica da estrutura, causando diminuição na condutividade do material. 84 Qualquer que seja a temperatura, se o material possuir uma microestrutura perfeita e não existirem vibrações no sentido deste material, o agente condutor irá perpassar o retículo sem experimentar resistência, apresentando uma condutividade máxima. Supercondutividade: Certos materiais, abaixo de uma dada temperatura crítica, apresenta uma queda aguda de “Resistividade Elétrica” (inverso da condutividade elétrica) a qual cai a zero. 16/04/2015 22 85 A segunda lei de Ohm diz que fatores influenciam a resistência elétrica. De acordo com a segunda lei, a resistência depende da geometria do condutor (espessura e comprimento) e do material de que ele é feito. Resistência (Ω) A resistência é diretamente proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional a área de secção (a espessura do condutor). Observe a figura ao lado. 86 Essa equação mostra que: - se aumentarmos o comprimento do fio, aumentaremos a resistência elétrica, e - que o aumento da área resultará na diminuição da resistência elétrica. O ρ é a resistividade do condutor, que depende do material de que ele é feito e da sua temperatura. A figura apresenta a segunda lei de Ohm, onde: L - o comprimento do condutor A - é a área de sua secção reta. 87 A Resistividade (ρ) é expressa em Ohm.cm, e está relacionada com as unidades comuns de resistência como se segue: 88 Exemplo 05: O Cobre tem uma resistividade de 1,7 x 10-6 ohm.cm. Qual é a resistência de um fio com 0,1 cm de diâmetro e 30 m de comprimento?
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