Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Declaração de Ajuste Anual Entrega em Atraso e Retificação 1 – INTRODUÇÃO Neste procedimento abordaremos as instruções gerais para apresentação da Declaração de Ajuste Anual relativa ao anocalendário de 2017 (exercício de 2018), nos casos de entrega após o prazo normal (30.04.2018), bem como de entrega com o fim de retificar a anteriormente apresentada. Essas regras estão fundamentadas na Instrução Normativa RFB nº 1.794/2018, e em outras fontes citadas. 2 – APRESENTAÇÃO APÓS O PRAZO Após 30.04.2018, a Declaração de Ajuste Anual deve ser apresentada: a) pela Internet, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao exercício de 2018; b) utilizando os serviços “Declaração IRPF 2018 online” e “Fazer Declaração”, na hipótese de apresentação de declaração original, observado o disposto nas Notas 3 e 4; ou c) em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente. Notas: (1) No preenchimento da declaração entregue fora do prazo, devem ser observadas as instruções aprovadas pela RFB para o respectivo exercício. (2) Para a entrega da Declaração de Ajuste Anual após 30.04.2018, a pessoa física deverá baixar a última versão do programa gerador no site da Secretaria da RFB, para o respectivo anocalendário. (3) Os serviços a seguir descritos serão utilizados da seguinte forma: a) “Fazer Declaração”: elaborada por meio de dispositivos móveis, tablets e smartphones, acessado por meio do aplicativo APP IRPF, disponível nas lojas de aplicativos Google Play, para o sistema operacional Android, ou App Store, para o sistema operacional iOS; b) “Declaração IRPF 2018 online”: se dará somente com certificado digital, e pode ser feito pelo contribuinte ou seu representante com procuração eletrônica ou procuração de que trata a Instrução Normativa RFB nº 944/2009 . É vedada a utilização do serviços “Fazer Declaração” e “Declaração IRPF 2018 online” para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda na hipótese de os declarantes ou seus dependentes informados nessa declaração, no anocalendário de 2017: a) ter auferido: 1) rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste anual, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00, apenas na hipótese de utilização do serviço “Fazer Declaração”; 2) rendimentos recebidos do exterior; 3) rendimentos sujeitos à tributação exclusiva ou definitiva cuja soma seja superior a R$ 10.000.000,00 (apenas na hipótese de utilização do serviço “Fazer Declaração”); ganhos de capital na alienação de bens ou direitos; ganhos de capital na alienação de bens, direitos e aplicações financeiras adquiridos em moeda estrangeira; ganhos de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie; ganhos líquidos em operações de renda variável realizadas em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, e fundos de investimento imobiliário; ou recebidos acumuladamente (RRA), de que trata o art. 12A da Lei nº 7.713/1988 ; 4) rendimentos isentos e não tributáveis cuja soma seja superior a R$ 10.000.000,00 (apenas na hipótese de utilização do serviço “Fazer Declaração”); relativos à parcela isenta correspondente à atividade rural; relativos à recuperação de prejuízos em renda variável (bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados e fundos de investimento imobiliário); correspondentes ao lucro na venda de imóvel residencial para aquisição de outro imóvel residencial; ou correspondentes ao lucro na alienação de imóvel residencial adquirido após o ano de 1969; b) terse sujeitado: 1) ao imposto pago no exterior ou ao recolhimento do Imposto sobre a Renda na fonte incidente sobre os ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros, e assemelhadas, de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 11.033/2004 ; ou 2) ao preenchimento dos demonstrativos referentes à atividade rural, ao ganho de capital na alienação de bens e direitos, ao ganho de capital em moeda estrangeira ou à renda variável ou das informações relativas a doações efetuadas; ou c) ter realizado pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas, quando constituam dedução na declaração, ou a pessoas físicas, quando constituam, ou não, dedução na declaração, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00, apenas na hipótese de utilização do serviço “Fazer Declaração”. 3 – MULTA DEVIDA PELO ATRASO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO A entrega da Declaração de Ajuste Anual após 30.04.2018, a sua não apresentação, se obrigatória, sujeita o contribuinte à multa de 1% ao mêscalendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido nela apurado, ainda que este já tenha sido integralmente pago. Essa multa tem: a) como valor mínimo, R$ 165,74 e, como valor máximo, 20% do Imposto de Renda devido; b) por termo inicial, o 1º dia subsequente ao fixado para a entrega da declaração e, por termo final, o mês da entrega (ou, no caso de não apresentação, do lançamento de ofício da multa). A multa mínima de R$ 165,74 aplicase, inclusive, no caso da declaração de que não resulte imposto devido. No caso de declarações com direito a restituição, a multa por atraso na entrega não paga dentro do vencimento estabelecido na notificação de lançamento emitida pelo PGD ou pelos serviços “Declaração IRPF 2018 online” e “Fazer Declaração”, inclusive os acréscimos legais decorrentes do não pagamento, será deduzida do valor do imposto a ser restituído. Portanto, não é exigido o pagamento antecipado da multa devida pelo atraso na entrega da declaração. Nota LegisWeb: Não há cobrança da multa pela entrega em atraso para quem está desobrigado de apresentar a declaração (por exemplo: declarante que, embora não obrigado, apresente a declaração porque tem direito à restituição de imposto, ou por qualquer outro motivo). 3.1 – EXEMPLO DE CÁLCULO DA MULTA Para a determinação do percentual (1% ao mêscalendário ou fração de atraso, até o limite de 20%), a contagem do período de atraso iniciase no mês subsequente ao fixado para a entrega da declaração e termina no mês da efetiva entrega, computandose 1% para cada mêscalendário ou fração de mês, até o máximo de 20%. Conforme mencionado na letra “a” do subitem 2.2, a multa calculada com base no referido percentual só será aplicada se tiver valor maior que o mínimo de R$ 165,74. Caso contrário, prevalecerá este valor mínimo. Portanto, considerandose que o prazo para apresentação da Declaração de Ajuste Anual do ano calendário de 2017, exercício de 2018, expira em 30.04.2018: a) se a declaração for entregue em junho/2018, o contribuinte estará sujeito à multa: – de 2% (2 meses de atraso – maio e junho/2018) sobre o valor do imposto devido; ou – no valor mínimo de R$ 165,74, prevalecendo o que for maior; b) se a declaração for entregue em setembro/2018, a multa será de: – 5% (5 meses de atraso contados de maio a setembro/2018) do imposto devido; ou – R$ 165,74, prevalecendo o que for maior. Nota: O imposto devido, sobre o qual incide o percentual da multa, é o valor resultante da aplicação da tabela progressiva anual, depois de feitas eventuais deduções a que o contribuinte tiver direito (por incentivos fiscais), mas antes de o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) ser deduzido ou pago pelo contribuinte (carnêleão, complementação facultativa e imposto pago no exterior). 3.2 – ACRÉSCIMOS MORATÓRIOS SOBRE O IMPOSTO PAGO COM ATRASO Se a declaração que está sendo entregue depois do prazo apresentar saldo de imposto a pagar, além da multa pelo atraso na entrega, anteriormente focalizada, haverá a incidência dos acréscimos moratórios (multa e juros de mora) sobre o imposto pago fora do prazo. RIR/1999, art. 964, § 1º 3.3 – ENTREGA FORA DO PRAZO MEDIANTE AUTORIZAÇÃO FISCAL Não fica sujeito à multa pelo atraso o contribuinte ao qual tenha sido concedida prorrogação do prazo de entrega da Declaração de Ajuste Anual,desde que efetive a entrega dentro da prorrogação concedida pela autoridade fiscal, que é de no máximo 60 dias. Contudo, essa prorrogação não desobriga o contribuinte do pagamento do imposto ou das quotas nas condições e nos prazos normais. Ou seja, mesmo nessa hipótese, as quotas pagas com atraso ficam sujeitas aos acréscimos moratórios a que nos referimos no subitem 3.2. RIR/1999, art. 828 4 – RETIFICAÇÃO DA DECLARAÇÃO O contribuinte pode retificar sua Declaração de Ajuste Anual desde que não esteja sob procedimento de ofício (ou seja, sob fiscalização). Outro aspecto a ser observado é que, se a Declaração de Ajuste Anual for apresentada depois do prazo final previsto para a sua entrega (30.04.2018), a declaração retificadora deverá ser apresentada no mesmo modelo (deduções legais cabíveis ou desconto simplificado) utilizado para a declaração original. Portanto, não é permitida a retificação da declaração visando à troca de modelo após 30.04.2018. Mesmo no caso de contribuinte que possuía prejuízos acumulados na atividade rural e que optou pelo desconto simplificado, não poderá ser pleiteada a retificação para a declaração utilizando as deduções legais cabíveis após 30.04.2018. Isso significa que o contribuinte perde o direito de compensar os mencionados prejuízos. No preenchimento da declaração retificadora, o contribuinte deverá informar o número do recibo de entrega da declaração que está sendo retificada. Esse número, cuja indicação é obrigatória, pode ser obtido: a) na parte inferior do recibo ou por meio do menu “Declaração”, opção “Abrir”, caso a declaração anterior tenha sido entregue mediante a utilização do programa; b) na parte inferior do recibo, caso a declaração anterior tenha sido apresentada pelo sistema online. Caso a pessoa física constate que cometeu erros, omissões ou inexatidões em Declaração de Ajuste Anual já entregue, pode apresentar declaração retificadora, observando que: a) até 30.04.2018, a declaração retificadora deve ser enviada pela Internet (mediante a utilização do PGD ou do aplicativo “Retificação online”); b) após 30.04.2018, a declaração retificadora deve ser enviada pela Internet (mediante a utilização do PGD ou “Retificação online”) ou apresentada, em mídia removível, nas unidades da RFB, sem interrupção do pagamento do imposto. Atentese que a escolha da forma de tributação é uma opção do contribuinte, não sendo permitida a retificação da declaração de rendimentos com vistas à troca de opção por outra forma de tributação após 30.04.2018. Se a retificação da declaração resultar em redução do imposto originalmente declarado, deverá ser adotado o seguinte procedimento: a) calcular o novo valor de cada quota, mantendose o número de quotas em que o imposto foi parcelado na declaração retificada, desde que respeitado o valor mínimo; b) os valores pagos a maior relativos às quotas vencidas, assim como os acréscimos legais referentes a esses valores, podem ser compensados nas quotas vincendas ou ser objeto de restituição; c) sobre o montante a ser compensado ou restituído, incidirão juros equivalentes à taxa Selic, tendo como termo inicial o mês subsequente ao do pagamento a maior e, como termo final, o mês anterior ao da restituição ou da compensação, adicionandose 1% no mês da restituição ou da compensação. Por outro lado, se a retificação resultar em aumento do imposto declarado, deverá ser observado o seguinte: a) calcular o novo valor de cada quota, mantendose o número de quotas em que o imposto foi parcelado na declaração retificada; b) recolher a diferença correspondente a cada quota vencida com os acréscimos legais calculados de acordo com a legislação vigente, utilizandose um Darf para cada diferença apurada. 5 – RETIFICAÇÃO DE EXERCÍCIOS ANTERIORES Quando a declaração a ser retificada for relativa a exercícios anteriores, o contribuinte deverá apresentar a declaração retificadora preenchida no programa IRPF correspondente ao exercício que deseja retificar. Observese, ainda, que não é admitida a retificação que tenha por objetivo a troca de opção: declaração utilizando as deduções legais cabíveis ou desconto simplificado. O prazo para retificar a declaração extinguese em 5 anos, inclusive quanto ao valor dos bens e direitos declarados. Portanto, o contribuinte não pode retificar sua Declaração de Bens e Direitos quanto ao valor de mercado declarado em quantidade de Ufir relativa ao exercício de 1992. Desde 1º.05.2004, é vedada a apresentação em formulário da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física, original ou retificadora. Instrução Normativa RFB nº 1.500/2014 , art. 83 ; Instrução Normativa SRF nº 415/2004 , art. 1º ; Resposta à Pergunta nº 40 – IRPF 2017 6 – QUADRO SINÓTICO A seguir, relacionamos as principais regras a serem observadas pelos contribuintes em relação à entrega da Declaração de Ajuste Anual: · após o prazo de entrega: Meios de apresentação – Internet; – Declaração IRPF 2018; – Fazer Declaração. Penalidades Multa de 1% ao mêscalendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido nela apurado, ainda que este já tenha sido integralmente pago, imposto devido nela apurado, ainda que este já tenha sido integralmente pago, observado o valor mínimo, R$ 165,74 e o valor máximo, 20% do Imposto de Renda devido. retificação: Meios de apresentação – até 30.04.2018: pela Internet (PGD ou Retificação online); – após 30.04.2018: pela Internet (PGD ou Retificação online) ou, em mídia removível, nas unidades da RFB. Prazo O prazo para retificar a declaração extinguese em 5 anos Vedações É vedada a retificação da declaração: – em caso de procedimento de ofício (fiscalização); – para alteração do modelo utilizado na declaração original (deduções legais cabíveis para o desconto simplificado, ou viceversa), após 30.04.2018. Fonte: LegisWeb
Compartilhar