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1. FARMACOLOGIA E FARMACOCINÉTICA (1ª aula) Objetivo: Entender o que os fármacos fazem aos organismos vivos, e mais particularmente como seus efeitos podem ser aplicados à terapêutica. Estuda como as drogas e/ou fármacos interferem com as funções nos organismos vivos Os efeitos farmacológicos de uma dada substância ativa podem ser úteis ou não. Efeitos terapêuticos x reações adversas x efeitos tóxicos. O que é considerado efeito desejado ou indesejado de um fármaco pode variar de acordo com a situação. ● Conceitos Básicos: - Droga: substância química com estrutura conhecida que produz um efeito biológico ao ser administrada em um organismo vivo Pode ser sintética, obtida de organismos vivos (plantas e/ou animais) ou por engenharia genética Pode ter utilidade terapêutica, experimental ou diversa. - Fármaco: substância química ativa com utilidade terapêutica que interage com uma parte do corpo para alterar um processo fisiológico ou bioquímico existente. Pode diminuir ou aumentar a função de um órgão, tecido ou célula, mas não pode criar novas funções para eles. - Medicamento: formulação farmacêutica que contém uma ou mais fármacos, e que é administrada com a intenção de produzir um efeito terapêutico Um medicamento costuma conter outras substâncias não ativas que tornam seu uso mais conveniente; Alguns hormônios endógenos (ex: insulina) são considerados fármacos/medicamentos quando usados intencionalmente; - Remédio: qualquer substância ou recurso usado para combater uma doença ou manter o estado adequado de saúde. ● Farmacocinética: Um fármaco para ser bem sucedido deve ser capaz de atravessar as barreiras fisiológicas que existem no corpo para limitar o acesso de substâncias estranhas: Físicas, Químicas e Biológicas. ALGUMAS BARREIRAS DESCRITAS ABAIXO! ➔ Barreiras fisiológicas - Cerne hidrofóbico: barreira para grandes moléculas mais polares, enquanto pequenas moléculas não-polares atravessam facilmente (esteróides). - Difusão através da membrana: Na ausência de outros fatores, um fármaco irá penetrar numa célula até que as concentrações intracelular e extracelular deste fármaco sejam iguais. A velocidade de difusão depende do gradiente de concentração do fármaco através da membrana e da espessura, área e permeabilidade da membrana. Afetado pela carga iônica de cada fármaco: sequestro pelo pH. (Importância do TGI). - Família do carreador ligado a solutos: inclui o transportador de ânions e cátions orgânicos. ➔ Absorção - Biodisponibilidade: Relação entre a quantidade de fármaco que alcança a circulação sistêmica e a quantidade de fármaco administrado. Depende da via de administração: via intravenosa = 1. - Vias de administração: Via oral – mais comum Via sublingual, Via inalatória, Via parenteral (Intravenosa, Intramuscular, Subcutânea, Intratecal), Via sublingual, Via transdérmica, Via retal. Absorção é determinada pelo fluxo sanguíneo local. - Via Oral: Forma mais simples, mas absorção é lenta. Vantagens ao paciente: rápido, menor tendência de sofrer infecções, baixo custo, indolor. Requer formulações que protejam do ambiente ácido do estômago. Sofre metabolismo de primeira passagem. E alcança lentamente a circulação Sistêmica. - Via sublingual: Forma de absorção rápida – ambiente muito vascularizado. Alcança rapidamente a circulação sistêmica. Vantagens ao paciente: rápido, menor tendência de sofrer infecções, indolor, evita o ambiente gastrointestinal e o metabolismo de primeira passagem. - Via inalatória: Forma de absorção rápida – ambiente muito vascularizado. Alcança rapidamente a circulação sistêmica. Vantagens ao paciente: rápido, menor tendência de sofrer infecções, indolor, evita o ambiente gastrointestinal e o metabolismo de primeira passagem. Anestésicos e tratamento da asma – reduz efeitos sistêmicos. - Via Parenteral: Intravenosa (IV): Administrada diretamente na circulação sistêmica Rápido início de ação do fármaco Administração contínua – liberação controlada do fármaco. Intramuscular (IM): Fármacos solúveis apenas em óleo Início de ação mais lento do que IV. Subcutâneo (SC): Início de ação mais lento do que IM. Intratecal: Evita a barreira hematoencefálica. Reduz efeitos sistêmicos, administrada para alcançar o SNC em situações específicas. Necessita um profissional altamente especializado para realizar o procedimento. - Via transdérmica: Fármacos muito lipofílicos. Sofrem difusão passiva, liberação lenta e contínua. Usos: reposição hormonal, dependência à nicotina, dor em casos de câncer. - Via retal: Absorção rápida (alta vascularização). Utilizado em pacientes terminais, com muita êmese ou crianças em crises convulsivas. Sofre metabolismo de primeira passagem. ● Fatores que influenciam a absorção: - Alteração do pH gastrintestinal: Antiácidos e vitamina B12 - ↓ Motilidade ou o esvaziamento gástrico - Caolim e clindamicina - ↑ Motilidade ou o esvaziamento gástrico - Metoclopramida - enxaqueca - Interação droga-alimento: tetraciclinas e cálcio ● Interação farmacocinética: - Absorção da digoxina depende da presença da Eubacterium lentum (Gram +) Eritromicina Claritromicina Clindamicina Redução da microbiota intestinal - Aumento da biodisponibilidade da digoxina ● Distribuição de fármacos: - Proteínas plasmáticas - albumina - Partição na gordura corporal ● Interação Farmacocinética: Pacientes desnutridos apresentam baixos níveis de proteínas plasmáticas - a dose precisa ser ajustada. ➔ METABOLISMO DE FÁRMACOS: “A exclusão irreversível do fármaco pelo organismo” ● Metabolismo (ou biotransformação): Conversão enzimática de um composto químico em outro. O metabolismo contorna o problema de excreção, biotransformado fármacos em metabólitos mais polares (hidrofílicos). - Reações de Fase I − Modificação enzimática da substância (principalmente pelo sistema do citocromo P450 (CYP) hepático, CYP1, CYP2 e CYP3 são as principais famílias). − Reações catabólicas: oxidação, redução ou hidrólise; − Inserem grupos reativos necessários para a Fase II; − Frequentemente geram produtos mais reativos; - Reações de Fase II − Conjugação com agregados polares. − Reações anabólicas de conjugação. − Acontecem sequencialmente à Fase I. − Frequentemente geram produtos Fase inativos. - Indução Enzimática: Aumento da atividade do sistema de oxidase de função mista (enzimas microssomais ou citocromo P450) - AUMENTO DA VELOCIDADE DE BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS. Paracetamol - aumento de metabólitos tóxicos e dano hepático. Metabólitos - CUIDADO: Paracetamol (ação da CYP 2E1: n-acetil p-benzoquinona imina) X etanol (indutor da 2E1) - Inibição Enzimática: A inibição diminui o metabolismo e, em consequência, AUMENTA A AÇÃO de outros fármacos metabolizados pela enzima inibida OU prejudica a ação do fármaco (ex: pró-fármaco). OBS: O fígado é o principal responsável pelo metabolismo, especialmente pela ação do sistema citocromo P450 (CYP). ● Excreção: Remoção de substâncias inalterada e/ou seus metabólitos do organismo. Maioria sofre excreção: Renal, Biliar, Fezes, Pulmões e Pele. As substâncias são excretadas em meio aquoso,principalmente na urina. Sendo em maior parcela os fármacos é lipossolúveis, com excreção renal pouco eficiente. A excreção é a etapa final na eliminação de fármacos polares e/ou seus metabólitos. Fármacos eliminados na forma inalterada → Cimetidina, Furosemida, Gentamicina, Atenolol, Digoxina, Penicilina. - Excreção Renal: Principal responsável pela remoção de drogas do organismo. Recebe 20% do débito cardíaco; ± 1 milhão de néfrons que filtram o sangue para a formação da urina. A taxa de eliminação dos fármacos através dos rins depende do equilíbrio das taxas de filtração, secreção e reabsorção de um fármaco. Etapas: 1. Filtração glomerular; 2. Difusão passiva tubular. 3. Secreção ativa. 1. Filtração Glomerular: Substâncias de baixo peso molecular; − Depura 20% da droga livre. 2. Secreção tubular ativa: Principal mecanismo de excreção (80%). Pode ocorrer competição por transportadores (probenecida x penicilina). 3. Difusão passiva tubular: Formas apolares podem ser reabsorvidas devido ao “Aprisionamento iônico”. - Outras formas de excreção: Biliar (circulação de retenção êntero-hepática). Prolonga a duração de efeito (“reservatório” de 20%); Pode se tornar relevante em pacientes com insuficiência renal. Pulmonar (gases anestésicos). Outras: lágrimas, saliva, suor e leite (levemente ácido). Etanol; Diazepam; Morfina; Pentobarbital; Cloranfenicol. OBS: Na Insuficiência Renal pode ser necessária a redução da dose ou da frequência; Há excreção fecal em casos severos (digoxina). PERGUNTAS Toda droga é um medicamento? Todo fármaco é um medicamento? Todo remédio é um medicamento? O que a farmacocinética estuda? Em quantas e quais etapas a farmacocinética é dividida? • Qual a relação entre as vias de administração e a absorção? Por que um fármaco deve sofrer biotransformação? 2. FARMACODINÂMICA (2ª aula) Estudo dos efeitos e dos mecanismos de ação das Drogas: Agentes capazes de modificar processos bioquímicos e fisiológicos no organismo. - Alvos moleculares para a ação de drogas: • Neurotransmissores • Neuropeptídeos • Hormônios • Peptídeos • Íons • Canais Iônicos • Enzimas • Transportadores • Receptores • - ALVOS BIOLÓGICOS: reconhece moléculas e participa da transdução da informação codificada pela molécula na célula. - RECEPTORES: moléculas proteicas especializadas nos sistemas biológicos, que sentem o ambiente e respondem a ele, especificidade no reconhecimento de drogas, potência extraordinária. ● ALVOS MOLECULARES ➔ Ligados à canais iônicos: Cálcio; Sódio; Cloreto. - Os canais iônicos são macromoléculas transmembrânicas, formando um poro aquoso através da bicamada lipídica. - São elementos fundamentais na atividade celular elétrica e funcional; - Estão envolvidos principalmente na transmissão sináptica rápida. - Abertura do canal ocorre na escala de tempo de milissegundos. - Efeitos de drogas em canais iônicos: Causam obstrução/bloqueio físico do canal. Ex. Lidocaína no canal Na+ voltagem dependente. Diidropiridina (bloqueadores do canal Ca2+) ➔ Enzimas: Acetilcolinesterase; ECA; DNA polimerase. - Reversível → (captopril → IECA) - Irreversível - Cicloxigenase → (Aspirina, COX-1) (inibidor → inibição da reação normal) - Sulfonamida → (análogo do PABA → ácido fólico anômalo → DNA) (Falso substrato → Produção de metabólito anormal) - Enalapril → Enaprilato (Pró droga → Produção ativa da droga) ➔ Carreadores (proteína transportadora): Recaptador de Nor; de Serotonina - Transporte de íons e pequenas moléculas orgânicas (glicose, AA). - - Incorporam um sítio de reconhecimento que as tornam específicas para uma espécie particular a ser transportada. - Ex: recaptação pré-sináptica de 5-HT → fluoxetina recaptação neuronal de catecolaminas → cocaína, antidepressívos tricíclicos, antidepressivo atípico (bupropiona) ➔ RECEPTORES FARMACOLÓGICOS Divididos em 4 tipos, considerando a estrutura molecular e a estrutura da resposta farmacológica (mecanismos de transdução) (IUPHAR); → RECEPTORES SÃO ALVOS TERAPÊUTICOS DOS MEDICAMENTOS UTILIZADOS ATUALMENTE - Canais iônicos controlados por ligantes (ionotrópicos) - Receptores acoplados à Proteína G (metabotrópicos) - Receptores ligados à tirosina quinase - Receptores nucleares ➔ Canais iônicos operados pelo ligante - Proteínas de membrana que incorporam um sítio de ligação ao ligante; - Para neurotransmissores rápidos (ação em milissegundos); - Seletivos p/ cátions ou ânions; - Ex: receptor nicotínico da ACh, GABA, glutamato – NMDA, AMPA e cainato. - RECEPTOR GABAA. ➔ Receptores acoplados à proteína G - Maior família de receptores de superfície, sendo codificados por mais de 1 % do genoma humano (estima-se milhares de receptores). - Respondem a uma grande gama de estímulos (luz, odor, sabor, neurotransmissores, hormônios, peptídeos, etc). - As proteínas G são GTPases e o heterotrímero dissocia-se quando da interação com GTP, gerando uma subunidade a-GTP e um dímero β-g ➔ Receptores ligados à Tirosina Quinase - Receptores de superfície celular - Receptores de vários hormônios (p. ex insulina) e fatores de crescimento incorporam a tirosina quinase em seu domínio intracelular. - Estão envolvidos principalmente em eventos que controlam o crescimento, diferenciação e proliferação celular, inflamação, apoptose e respostas imunológicas entre outras e atuam indiretamente ao regular a transcrição gênica. - Sinalização intracelular - Para mediadores protéicos (citocinas) e hormônios (insulina, leptina), efeito lento (horas) ➔ Receptores nucleares - Receptores para esteróides - Receptores para hormônios da tireóide - Receptores para vitamina D e ácido retinóico. ◉ Ligação no DNA, ativando ou reprimindo genes. ◉ Controle e desenvolvimento de órgão e tecidos, diferenciação celular, etc. 1. N-terminal heterogêneo Sítio AF1 (ligação a fatores de transcrição 2. Domínio central conservado Reconhecimento/ligação ao DNA (dedos de zinco) - Dimerização do receptor 3. Dobradiça Flexível Ligação c/ outros RNA e DNA 4. C-terminal Sítio AF2 ( conservado), ligação ao ligante (classes) ➔ Receptores para glicocorticóides ??????????? ● FARMACODINÂMICA QUANTITATIVA ➔ Propriedade das drogas: Afinidade: Propriedade que faz com que a droga se associe ao receptor; Aproximação da associação D-R = ligação (binding); Van-der-waals Hidrogênio Iônica Covalente; Fixa droga ao receptor; Cinética de energia → Binding/dissociação/binding. Eficácia (intrínseca): Propriedade da droga que causa uma modificação no comportamento do receptor frente ao hospedeiro. Constante do equilíbrio de dissociação. ➔ Agonista - Tem afinidade e eficácia. Há o agonista parcial (Produz resposta submáxima. Ex: Morfina > alta afinidade) e pleno/total (Produz resposta máxima do tecido. Ex: Buprenorfina > afinidade moderada). - Agentes exógenos ou endógenos que interagem com receptor resultando em respostas biológicas. Geralmente um agonista reproduz o efeito de compostos endógenos. *POTÊNCIA = Quantidade do fármaco para produzir determinado efeito. *EFICÁCIA = Resposta máxima que pode ser provocada pelo fármaco. ➔ Antagonista - Tem afinidade mas não tem eficácia. (Ex: Naloxona) - Droga interagecom o receptor, não mimetiza os efeitos de agonistas mas interfere com a ligação destes compostos em seus receptores. ◉ ANTAGONISMO DE RECEPTORES: - Competitivo: Se liga reversivelmente no mesmo local em que se liga o agonista. As duas moléculas, portanto, competem pelo mesmo sítio de ligação. - Não competitivo: Os antagonistas não-competitivos podem atuar por 2 mecanismos: 1) Interagem de modo irreversível no mesmo sítio do agonista. 2) Se ligam em um sítio no receptor diferente daquele ocupado pelo agonista (mecanismo alostérico). ➔ Regulação dos receptores 1. Dessensibilização (taquifilaxia, refratariedade) - Alteração nos receptores: doença - Perda de receptores: por exposição prolongada a agonistas. Ex: agonistas b-adrenérgicos como broncodilatadores no tratamento da asma. 2. Super-sensibilização: aumento da sensibilidade a agonistas do receptor após redução de um nível crônico de estimulação. Ex : propranolol. ➔ Outros tipos de antagonismo Antagonismo químico = entre duas subs. Se combinam em solução, uma inativa o efeito da outra. Ex: quelantes se ligam a metais pesados; Antagonismo farmacocinético = ↓ [ ] da droga ativa no local de ação, através dos processos farmacocinéticos. Ex: indução enzimática pelo fenobarbital que ↓ efeito da Warfarina; Antagonismo fisiológico = interação de 2 subs. de ação opostas no organismo, uma anula a outra. Ex: histamina e omeprazol. 3. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (3ª aula) Projeção de Fibras Nervosas do Sistema Nervoso Autônomo para a Periferia ◉Efluxo parassimpático > Crânio-sacral ◉Efluxo simpático > Tóraco-lombar ● Sistema Nervoso Autônomo: - Independente de controle voluntário. - Regula processos como: contração e relaxamento músculos lisos. batimentos cardíacos, secreção glandular, processos metabólicos, glicose. ➔ Ações opostas Ex OLHOS: midríase (simpático); miose (parassimpático) Ex CORAÇÃO: ↑ F.C. ↑ Contratilidade (Simpático); ↓ F.C. ↓ Contratilidade (parassimpático) ➔ Ações semelhantes - sinérgicas Ex Glândula salivar - secreção tanto no simpático quanto parassimpático Ex órgãos sexuais - ejaculação tanto no simpático quanto parassimpático ➔ Sistemas e funções controladas pelo Sistema Nervoso Autônomo ◉ Parassimpático - Durante ”respostas passivas” saciedade, repouso e digestão - Contrai a pupila - Estimula a produção de saliva - Reduz a frequência cardíaca - Contrai os brônquios - Estimula o peristaltismo e secreções - Estimula a liberação da bile - Contrai a bexiga ◉ Simpático - Predomina principalmente durante “respostas ativas” stress, luta e fuga - Dilata a pupila - Estimula a produção de saliva - Aumenta a frequência cardíaca - Relaxa os brônquios - Inibe o peristaltismo e secreções - Conversão de glicogênio para glicose - Secreção de adrenalina e noradrenalina - Inibe a contração da bexiga ● SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO - FALTA UM MONTE DE BOSTA AQUI ● Fármacos que interferem com as ações do SNP ➔ AGONISTAS COLINÉRGICOS/ Parassimpaticomiméticos - Mimetizam os efeitos da estimulação do sistema nervoso parassimpático. Outros termos: colinomiméticos, agonistas colinérgicos, agonistas muscarínicos. ◉ Mecanismos: - Ação direta (ex.: diretamente via receptores M). Agonistas do Receptor: Ésteres da Colina, Betanecol, Carbacol, Metacolina. Alcalóides. Pilocarpina. ➔ Ésteres de colina: Acetilcolina, Metacolina, Betanecol, Carbacol. Efeitos Farmacológicos dos Agonistas Muscarínicos Ésteres de colina: Bradicardia (M2), Vasodilatação(NO), Baixa pressão, Contração musculatura lisa visceral, intestino, bexiga, brônquios (M3), (+) Secreções exócrinas (lacrimal, salivar, gástrica) (M3, M1), Miose / constrição pupilar Contração do músculo ciliar. Usos Terapêuticos - Ésteres da Colina Betanecol: Estimulação de musculaturas lisas (bexiga e intestino) em casos de atonia pós-operatória (retenção urinária, íleo paralítico) Cevimelina (M3): Ação sialagoga (xerostomia = boca seca) secreção lacrimal Cloridrato de Acetilcolina: Miose rápida (ex.: reversão da midríase na cirurgia catarata) Carbacol: Glaucoma (reduz PIO), causa miose (reversão da midríase em cirurgia oftálmica) Metacolina: Instrumento de diagnóstico (ex.: envenenamento pelo alcalóide beladona e teste de reatividade das vias aéreas em indivíduos asmáticos). Efeitos adversos Rash cutâneo, Cefaléia, Hipotensão, Bradicardia, Sudorese, Salivação, Lacrimejamento, Cólicas abdominais, Contrações bexiga, Broncoespasmo, Espasmos na acomodação visual, Miose. Contra-indicação Hipertiroidismo (arritmias cardíacas), Asma (↑ reatividade das vias aéreas), Insuficiência coronariana (bradicardia), Úlcera péptica (↑ secreção HCl), Obstrução mecânica da bexiga ou TGI (força esvaziamento). ➔ Alcalóides: Muscarina, Pilocarpina ◉ Muscarina - Amanita muscaria, Inocybe, Clytocibe. Mimetizam as ações da ACh em músculo liso, cardíaco e glândulas (+ potente). Importância clínica: Intoxicação (salivação, náuseas, vômitos, diarréia, cólica TGI, distúrbios visuais, bradicardia, hipotensão e choque (etc.) Alucinógenos: muscimol (MR SNC). ◉ Pilocarpina - Ação predominantemente muscarínica (=Ach): gls salivares, sudoríparas, lacrimais (alta secreção). Efeito no coração, TGI e músculo liso (< Ach). Importância clínica: Glaucoma - reduz PIO Xerostomia Síndrome Sjögren (doença autoimune que destrói as glândulas que produzem lágrimas e saliva, causando boca e olhos secos. * Receptor muscarínico: TGI /SNC (M1); Coração (M2); Glândulas (M3) - Ação Indireta (ex.: inibidores da colinesterase). Inibidores da Colinesterase: Carbamatos Neostigmina, Fisostigmina. Aminas 4ªs, Edrofônio. Organofosforados, Paration. - Diretos: MUSCARÍNICOS - Indiretos: ANTICOLINESTERÁSICOS ➔ ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS - Diretos: ANTIMUSCARÍNICOS - Indiretos: INIBIDORES DA SÍNTESE DE ACETILCOLINA ➔ Colinomiméticos ◉ Ação Direta: Agonistas do Receptor - Ésteres da Colina: Betanecol, Carbacol, Metacolina. Alcalóides: Pilocarpina, muscarina, oxotremorina, nicotina. ◉ Ação Indireta: Inibidores da Colinesterase - Carbamatos Neostigmina, Fisostigmina. Aminas 4ªs Edrofônio. Organofosforados, Paration, Diflos, Ecotiopato. ➔ Agentes Anticolinesterásicos - Drogas que alteram a degradação da ACh Ação Indireta Reversíveis: Fisostigmina, Neostigmina, Edrofônio, Piridostigmina Donezepila, Galantamina. Ação direta irreversíveis: Inseticidas Organofosforados (diflos, paration, ecotiofato). ◉ Principais Efeitos dos colinesterásicos Constrição pupliar, Contração do músculo ciliar, ↑ Secreções lacrimais. Bradicardia, Vasodilatação, ↓PA. Broncoconstrição ↑ secreções. Contração ML visceral, Intestino e Bexiga, ↑ secreções. ➔ Antagonistas colinérgicos - Inibem os efeitos da estimulação do sistema nervoso parassimpático. Outros termos: anticolinérgicos, antagonistas de receptores muscarínicos, antagonistas colinérgicos, colinolíticos. ATROPINA - Sítio ação: antagonista de receptores muscarínicos colinérgicos. Tipo de bloqueio: competitivo. Indicações: Agente pré-anestésico (reduz secreções), Controla bradicardia, bloqueio cardíaco, Antídoto para agentes colinérgicos, Tratamento incontinência urinária. ➔ Principais efeitos dos antagonistas muscarínicos - Midríase (dilatação das pupilas) - Taquicardia (M2) - Relaxamento da musculatura lisa visceral intestino, bexigae brônquios (M3) - Secreções exócrinas (lacrimal, salivar, gástrica (M3,M1) - SN excitatórios (atropina) depressores (hioscina), diminui reflexo de vômitos (antieméticos). ➔ Uso Clínico dos Antagonistas Muscarínicos - Tropicamida Ciclopentolato (curta duração) > Dilatação da pupila (uso oftálmico) - Atropina > Tratamento da Bradicardia sinusal - Ipratrópio > Asma brônquica aguda Pré-anestesia (diminuição das secreções) - Pirenzepina e Hioscina> Antiespasmódico. Relaxamento musculatura lisa (realização de exames) Inibição secreção ácida gástrica. - Neurológicos - cinetose (hioscina, escopolamina) - Parkinsonismo (benzexol, benzotropina) - Atropina Escopolamina > Diminuição do Fluxo Salivar ➔ Antagonistas de Ação Indireta 1. Inibição da captação de Colina: HEMICOLÍNEO 2. Interferência na armazenagem da ACh: VESAMICOL ● SN SIMPÁTICO = Luta e Fuga Olhos > midríase (dilatação pupilar) e relaxamento do músculo ciliar; Aumenta F.C.; Aumenta contratilidade; Dilatação da musculatura esquelética; Constrição da pele, mucosa e vísceras; Broncodilatação; Fígado > Glicogenólise e Gliconeogênese. SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO NEUROTRANSMISSOR-NORADRENALINA ➔ Síntese, liberação e metabolismo de noradrenalina Nas células da medula supra-renal, a noradrenalina retorna ao citosol onde a feniletanolamina N-metiltransferase converte em adrenalina. Em seguida a adrenalina e transportada para a vesícula e armazenada. ➔ Noradrenalina liberada pode atuar em receptores adrenérgicos - a1Adrenoceptores - contração dos vasos sanguíneos - a2Adrenoceptores - b-Adrenoceptores = b1, b2, b3 B1 > aumenta a força de contração e frequência cardíaca. Além do aumento de liberação da renina nos rins. B2 > Estimula glicogenólise e a Broncodilatação ➔ Sistema nervoso simpático ● Agonistas adrenérgicos ➔ AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA ADRENALINA USO: Tratamento agudo de crise asmática e anafilaxia, vasoconstrição local (prolonga ação dos anestésicos locais). EFEITOS COLATERAIS: Taquicardia, tremor fino das mãos, palidez, hipertensão, hiperglicemia. NORADRENALINA USO: na clínica, muito limitado emergência p/ hipotensão aguda e parada cardíaca. EFEITOS COLATERAIS: Taquicardia, palidez, hipertensão, hiperglicemia. ● AGONISTAS b-adrenérgicos - AGONISTAS b não seletivos (isoprenalina) USO: Asma (não é mais usado). EFEITOS COLATERAIS: Taquicardia, arritmias, tremor das mãos, queda de PA. - AGONISTAS b1 (DOBUTAMINA) USO: aumenta FC em Pacientes com Bradicardia, Parada ou a Cardíaca. EFEITOS COLATERAIS: Arritmias, fibrilação, aumento de PA. - AGONISTAS b2 (SALBUTAMOL e TERBUTALINA) USO: Asma Retardar Parto Prematuro. EFEITOS COLATERAIS: Taquicardia, tremor fino das mãos ● AGONISTAS α-adrenérgicos - AGONISTAS a1 (FENILEFRINA) EFEITOS COLATERAIS: Bradicardia reflexa, ● Agonistas adrenérgicos de ação indireta e mista ➔ AGONISTAS ADRENÉRGICAS DE AÇÃO INDIRETA: DIMINUI A CAPTAÇÃO DE NA COCAÍNA INIBE O TRANSPORTADOR DE NORADRENALINA, permitindo que a noradrenalina permaneça mais tempo na fenda sináptica. EFEITOS COLATERAIS: Hipertensão, taquicardia, arritmias. ➔ AGONISTAS ADRENÉRGICAS DE AÇÃO MISTA INIBE O TRANSPORTADOR DE NORADRENALINA, permitindo que a noradrenalina permaneça mais tempo na fenda sináptica. USO: Descongestionante Nasal. EFEITOS COLATERAIS: Taquicardia, palidez, hipertensão, insônia ● ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS Bloqueiam/atenuam os efeitos da estimulação do sistema nervoso simpático. ● ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA ➔ ANTAGONISTAS b (não seletivos) - Propranolol: Não seletivos (β1 e β2) - USO: Anti-hipertensivo (↓DC, ↓ renina, ↓ descarga SNS ação central) Angina (↓ contratilidade, ↓ Consumo O2) Arritmia cardíaca (após IAM) Glaucoma (↓ pressão intra-ocular). EFEITOS COLATERAIS: Aumento resistência vias aéreas (ASMA), ↓tolerância exercício físico, hipoglicemia (DIABÉTICOS). ➔ ANTAGONISTAS b1 (seletivos) - USO: Anti-hipertensivo (↓DC, ↓descarga SNS) Angina (↓ contratilidade, ↓consumo O2) Arritmia cardíaca (após IAM). EFEITOS COLATERAIS: ↓ tolerância exercício físico, hipoglicemia. ➔ ANTAGONISTAS a (não seletivos) FENTOLAMINA - USOS: Hipertensão arterial feocromocitoma. EFEITOS COLATERAIS: Taquicardia reflexa, hipotensão postural ¯ retenção urinária (a1 esfíncter) disfunção sexual (a1 ejaculação) PRAZOSIN - USOS: Hipertensão arterial. EFEITOS COLATERAIS: Taquicardia reflexa, hipotensão postural, disfunção sexual. ● ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO INDIRETA Drogas que interferem com a Síntese NA ????????????? 4. ANTIBIÓTICOS (4ª aula) 1. ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM INIBINDO A SÍNTESE DA PAREDE CELULAR. 2. ANTIBIÓTICOS QUE INIBEM A SÍNTESE PROTÉICA. 3. ANTIBIÓTICOS QUE AGEM NA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR. 4. ANTIBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS. Penicilinas / Cefalosporinas / Cabapenemos / Monobactâmicos *SÍNTESE DE PEPTIDOGLICANO • Mecanismo de ação: inibição da síntese da parede celular por Inibir as enzimas > transpeptidase, carboxipeptidase e endopeptidase. • Ativação do sistema autolítico endógeno da bactéria. ● PENICILINAS NATURAIS São instáveis em meio ácido - Não se recomenda administração por via oral, exceto a penicilina V Penicilina G e Penicilina V. ◉ Bactericidas - Inativados pelas b-lactamases (penicilinases) bacterianas - não cruzam a BHE, exceto com a inflamação das meninges - eliminação renal (90% através de secreção tubular). - Principais efeitos adversos: erupções cutâneas e distúrbios gastrointestinais. Reação anafilática. - Um grupo amino de carga positiva na sua cadeia lateral aumenta a sua hidrofilia e permite que elas passem através das porinas na membrana externa de algumas bactérias gram negativas entéricos como E.coli, P. mirabilis, S. enterica e Shigella spp. Penicilinas de Largo Espectro - Ampicilinas, Amoxicilina - Bem absorvidas oralmente (reduzida na presença de alimento) - Formulação com Ácido Clavulânico (inibidor de Beta lactamase bacteriana) - Excreção renal ● Resistência Bacteriana - MECANISMO DE RESISTÊNCIA 1) Modificação nos componentes da parede celular (alteração nas enzimas PBPs, de modo que os antibióticos β-lactâmicos não podem se ligar a elas) - Como existem várias transpeptidases, todas deveriam ser alteradas para abolir a eficiência desse antibiótico. 2) Produção de β-lactamases que hidrolisam os antibióticos. 3) Acúmulo diminuído de antibiótico na bactéria que provavelmente reflete a presença de bomba de efluxo. ➔ Inibidores da Beta-Lactamase - Ácido Clavulânico, Sulbactam, Tazobactam - Inibem a beta-lactamase e impedem a destruição dos antimicrobianos beta-lactâmicos. - Bem absorvido por via oral. - Pode também ser absorvido por via parenteral. - Pouca atividade antimicrobiana intrínseca. ➔ Atividade Antimicrobiana das Aminopenicilina + Inibidor de b-lactamase - Ampicilina-sulbactam (I.V.), Amoxicilinaclavulanato (V.O.) ➔ Atividade Antimicrobiana das Aminopenicilina + Inibidor de b-lactamase - Ampicilina-sulbactam (I.V.), Amoxicilinaclavulanato (V.O.) ● CEFALOSPORINAS ➔ Espectro de ação: A medida que aumenta o nível das gerações aumenta a eficácia contra bactérias gram negativas. - Reduz a eficácia contra gram positivos. - Exceto para as de 4ª geração > eficazes contra gram positivos. - Bactericidas - β-lactâmicos semi-sintéticos. - Mais resistentes as β-lactamases.- Atualmente 4 gerações. - A hipersensibilidade cruzada entre as penicilinas e as cefalosporinas ocorre em 5 a 10% dos indivíduos. Cefalosporinas de 1ª e 2ª geração são mais eficazes contra gram positivos Cefalosporinas de 3ª e 4ª mais eficazes contra gram negativos Cefalosporinas de 4ª > Eficaz contra gram positivo e negativo ➔ Cefalosporinas de 1ª geração - Não atingem concentrações terapêuticas no SNC - Utilizada em infecções urinárias comunitárias (e.coli) - Infecções de pele (estreptococos), - Pneumonias (estafilococos) - Profilaxia cirúrgica (cefazolina) ➔ Cefalosporinas de 2ª geração - Conservam a eficácia das de 1ª geração. - Mais eficazes para gram negativos e anaeróbios que as de 1ª geração. - Otites, sinusites, epiglotes, pneumonias. Infecções de pele, tecidos mole e faringite, sepse abdominal, pélvica ou ginecológica, infecções do pé diabético. ❏ Cocos gram (+) - Estreptococos, pneumococos, staphylococos sensíveis a oxacilina ❏ Cocos gram (-) - E. coli, proteus mirabalis, klebisiela, enterobacter, salmonela, shigela ➔ Cefalosporinas de 3ª geração - Cefalosporinas que atingem concentrações terapêuticas no SNC. - Espectro de ação: Mais ativas contra bactérias gram (-). Menos eficazes contra gram (+) > potência anti-estafilocócica é inferior à das cefalosporinas de 1ª geração. - Sem ação antipseudomonas: Cefotaxima, ceftriaxona. - Com ação antipseudomonas: Ceftazidima. ➔ Cefalosporinas de 4ª Geração - Atingem concentrações terapêuticas no SNC. - Tão eficazes contra gram (+), estafilococos multi sensível à oxacilina e estreptococos quanto as de 1ª geração. - Mais eficazes contra gram negativos (multirresistentes) que as de 3ª geração. - Infecções hospitalares, pulmonares, urinárias, cirúrgicas e infecções graves. ➔ ANTIBIÓTICOS QUE INIBEM A SÍNTESE PROTÉICA 1. Macrolídeos (eritromicina, azitromicina, claritromicina) - Boa opção para estreptococos mas não mata estreptococos mais resistentes. - Boa opção para clamídia - Boa opção para pacientes alérgicos às penicilinas - Ligam-se de forma reversível à porção 50S do ribossomo e inibem a síntese protéica atuando sobre a translocação (impede a translocação). - Espectro Antibacteriano: - Semelhante à penicilina (Gram + e riquétsias). - Aspectos Farmacocinéticos: - Absorvidos pelo TGI (oral); A excreção da AZITROMICINA – concentração sérica diminuída em aproximadamente 50% na presença de alimentos - Parenteral (IV- tromboflebite ou IM); - Não cruzam a BHE; - Parcialmente inativada no fígado; - Via de excreção: biliar. - Indicado para infecções das vias aéreas superiores e inferiores. - Poderá haver uma inibição competitiva entre eritromicina, clindamicina, lincomicina e cloranfenicol, já que competem pelos mesmos sítios de ligação. - Resistência: bombeamento para fora do microorganismo; - Metabolismo por metilases (metilação em um resíduo de adenina no RNA ribossômico 23S, diminuindo a afinidade da droga pelo sítio de ação) § hidrólise por esterases; § mutação alterando unidade 50S. - Efeitos Adversos: Distúrbios Gastrointestinais (náuseas e vômitos). Reação de Hipersensibilidade. Erupções cutâneas e febres (eritromicina); - Distúrbios auditivos transitórios. OBS: A azitromicina, embora não apresente meia vida sérica excepcional, possui uma meia vida tecidual prolongada (2 a 4 dias), o que permite a manutenção de níveis terapêuticos pelo menos 5 dias após o término do tratamento. 2. Lincosamidas (Clindamicina) - Impede a translocação. - Derivado sintético da lincomicina (antibiótico natural- frademicina). - Ambos pertencentes ao grupo de antibiótico LINCOSAMIDA. - Mesmo mecanismo de Ação dos macrolídeos. (Impede a translocação) - Clindamicina é um excelente antibiótico para infecções causadas por anaeróbios. - Indicações terapêuticas: infecções intra-abdominais; infecção do aparelho genital feminino. - Efeitos adversos: diarréia causada por clostridium difficile, pode ocorrer com maior incidência com o uso de clindamicina. 3. Aminoglicosídeos - ESTREPTOMICINA – 1943 > Apresentou toxicidade e resistência impedindo o seu uso. - NEOMICINA – 1949 > Apresentou toxicidade ao sistema renal e auditivo, não podendo ser usado por via parenteral. - Mecanismo de ação bactericidas: Inibem a síntese de proteínas nas bactérias, ao ligarem-se à subunidade 30S do ribossoma bacteriano, impedindo a leitura correta do RNA mensageiro e síntese da proteína correspondente. - Essas proteínas “erradas” formam bactérias defeituosas: Membrana celular defeituosa que provoca a saída de Sódio, Potássio, aminoácidos e outros constituintes essenciais da célula, resultando em morte do microorganismo. 1) Aminoglicosídeos se ligam aos ribossomos bacterianos e induzem a incorporação de aminoácidos incorretos 2) As proteínas anormais são inseridas nas membranas bacterianas, formando poros causando lesão da membrana 3) As membranas lesadas permitem uma maior entrada de aminoglicosídeos, causando inibição completa da atividade dos ribossomas. - Resistência: Acúmulo diminuído na bactéria que provavelmente reflete a presença de bomba de efluxo - Enzimas bacterianas como acetiltransferases, nucleotidil transferases e fosfotransferases, que modificam a droga e evitam que se liguem nos ribossomas - Mutação do ribossoma bacteriano de modo que os aminoglicosídeos não podem mais se ligar a eles (raro). Nem sempre envolve toda a classe: Ex amicacina é resistente à modificação por algumas enzimas bacterianas que são ativas contra gentamicina e tobramicina. - Efeitos adversos: Nefrotoxicidade é relacionada diretamente com diversos fatores > tempo de uso, administração simultânea com drogas nefrotóxicas. É reversível com a retirada do AMG ao surgirem primeiros sinais de injúria renal. A toxicidade renal ocorre depois de 4 a 5 dias de tratamento. 4. Metronidazol - Se difunde passivamente nas bactérias. Um componente importante de sua estrutura é o grupamento nitro. - Esse grupo precisa ser reduzido (aceitar elétrons) para o metronidazol ser ativo. Bactérias anaeróbicas são capazes de doar elétrons para esse grupo nitro. - Uma vez reduzido, o grupo nitro forma radicais livres que levam a quebra nas moléculas de DNA e subsequentemente a morte da bactéria. 5. Tetraciclinas - Se liga entre o RNAm e o RNAt. - Melhor absorção se ministrado em jejum. - Atravessam com facilidade a placenta, são excretadas no leite. - Formação de quelatos de cálcio (alterações dentárias e ósseas). 6.Quinolonas - São inibidores da enzima bacteriana DNA topoisomerase II (girase de DNA) e da topoisomerase IV. Para muitas bactérias gram-positivas (S. aureus), a topoisomerase IV é a atividade principal inibida pelas quinolonas. - 1ª geração (Ácido nalidíxico (VO). - 2ª geração Norfloxacino (VO) Lomefloxacin (VO) Ciprofloxacino (VO, IV) Ofloxacino (VO, IV) Pefloxacino (VO, IV). - 3ª geração Levofloxacino (VO, IV) Moxifloxacino (VO, IV). 7. Sulfas - As sulfonamidas são análogos do substrato ácido para-aminobenzóico (PABA). - A enzima catalisa uma reação necessária à síntese de ácido fólico (o ácido fólico é necessário para a síntese de precursores de DNA e RNA) nas bactérias. - Farmacocinética: Bem absorvido via oral, via intravenosa também. - Distribuição: ampla, incluindo SNC, próstata e placenta. Altas concentraçõesurinárias. - Trimetoprim não é uma sulfa, mas age na mesma via geral desses fármacos. Potencializado ao ser associado a sulfonamidas. - Mecanismo de resistência: Algumas cepas produzem PABA em excesso, o que, em altas concentrações, é capaz de competir com sucesso com sulfametoxazol por diidropteroato-sintase, resultando em resistência ao sulfametoxazol. INTERAÇÃO ANTIBIÓTICO X ALIMENTO Vários antibióticos apresentam sua absorção prejudicada na presença de alimentos, situação em geral ligada à alteração da acidez do meio gástrico. Assim é preciso administrar o medicamento pelo menos uma hora antes dos alimentos (tempo suficiente para absorção) ou depois de duas horas depois de ingerir algum alimento (tempo de esvaziamento gástrico). ➔ A ALIMENTAÇÃO NÃO INTERFERE COM A ABSORÇÃO DA AMOXICILINA, ISOLADA OU ASSOCIADO COM CLAVULANATO. ➔ A ALIMENTAÇÃO INTERFERE COM A ABSORÇÃO: AZITROMICINA – concentração sérica diminuída em aproximadamente 50% na presença de alimentos. ➔ TETRACICLINA - O leite, ao elevar o pH do estômago, pode afetar a absorção da tetraciclina. ➔ CIPROFLOXACINO: Foi observada redução da absorção da norfloxacino e ciprofloxacina quando o fármaco foi administrado com leite e com iogurte devido a provável formação de quelatos com o íon cálcio presente, mas não com outros alimentos.
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