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Suspenssão do Cred.

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SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Conceito
Há situações em que se suspendem as medidas de cobrança intentáveis pelo Fisco. Esses casos estão previstos no art. 151 do CTN, compondo um rol exaustivo, uma vez que o art. 141 do CTN afirma que “o crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias.” 	
		A Suspensão do Crédito Tributário consiste na sustação temporária da exigibilidade do tributo, pois o sujeito ativo (o fisco) pode compelir, pelos meios legais próprios, o sujeito passivo (contribuinte ou responsável) a satisfazê-lo. Essa exigibilidade ao lado das qualidades de liquidez e certeza torna o crédito tributário cobrável mediante processo de execução, bastante, para tanto, que o fisco formalize o titulo executivo, que é a certidão da inscrição do credito como Divida ativa.
A suspensão do crédito tributário, descrito no artigo 151 do CTN, existe tão somente para postergar o pagamento da obrigação imposta ao contribuinte. Nada mais é do que um adiamento do pagamento. São seis as possibilidades de suspensão do crédito tributário, que podem ser instituídas de forma individual ou geral.
De acordo com o Art. 151. do CTN suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança;
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
VI – o parcelamento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.
Moratória
É uma dilatação legal de pagamento de tributos, submetendo-se, portanto, ao princípio da estrita legalidade (art. 97, VI, CTN)
Nesta modalidade temos o adiamento do pagamento, ou seja, o prazo é estendido para que o contribuinte busque condições de efetuar o pagamento de seu respectivo tributo sem incorrer em juros ou mora, dependendo do caso concreto.
Em suas modalidades a moratória contempla duas formas. São elas: a moratória empregada em sentido geral, concedida por lei emanada pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo, protege a generalidade dos sujeitos passivos, sem necessidade de despacho da autoridade administrativa. Desse modo, “beneficia determinados grupos de contribuintes e independe de reconhecimento”. 
Entre as moratórias em caráter geral, temos dois tipos: 
- Moratória autonômica ou autônoma (art. 152, I, “a”): aquela concedida pelo ente detentor da competência tributária respectiva. É a regra. Exemplos: moratória de IPTU concedida por Município; moratória de IPVA concedida pelo Estado de Minas Gerais ou, mesmo, pelo Distrito Federal; moratória do ITCMD concedida pela União em Território brasileiro (fictício); moratória do ITBI concedida pela União em Território brasileiro (fictício), não dividido em municípios.
- Moratória Heterônoma (art. 152, I, “b”): aquela concedida pela União quanto a tributos de competência dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Trata-se de possibilidade excepcional e inédita na tributarística doméstica. Ademais, tal moratória é condicional, uma vez que a União deve conceder, simultaneamente, moratória dos próprios tributos federais e de suas obrigações de direito privado. Tal exigência – é óbvio – torna o instituto, já demasiado retórico, quase improvável. É fácil perceber, dessarte, que a União não se mostrará estimulada a conceder moratória de tributos de outra entidade impositora se, para tanto, tiver que conceder idêntico favor com relação a seus tributos e obrigações. Seu caráter inoperante e esdrúxulo torna-a como inequívoca exceção.
Já na moratória de caráter individual, esta é aquela que, concedida por lei emanada pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo, beneficia as pessoas que preencherem determinados requisitos, cujo direito ao favor será reconhecido por despacho da autoridade administrativa (desde que a moratória seja autorizada por lei).
Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:
I – em caráter geral:
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira;
b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando
simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado;
II – em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior. 
Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.
Observações importantes! 
Sua concessão depende sempre de lei;
Suando em caráter geral resulta diretamente de lei;
Quando em caráter individual depende de autorização legal;
A moratória somente poderá beneficiar os créditos já definitivamente constituídos ou aqueles cujo lançamento já tenha sido iniciado por ato preparatório, notificado o sujeito passivo.
Depósito Montante Integral
O depósito representa uma medida de natureza cautelar. Dará garantia para que o sujeito passivo possa contestar e discutir o crédito tributário, sem sofrer execução fiscal, quando o crédito tributário não tenha tido sua exigibilidade suspensa por meio, por exemplo, de liminar em mandado de segurança etc. Destarte, o depósito do montante integral também é uma garantia de que a Fazenda Pública receberá o crédito tributário, caso a ação judicial seja improcedente. Para concluir, como este se trata de garantia do pagamento - ou seja - não se trata de execução forçada, o referido depósito deverá ser feito em dinheiro, conforme Sumula nº112 STJ. 
Observações importantes! 
Se o contribuinte perder a ação, nada será cobrado já que a conta judicial faz atualização e se ganhar o dinheiro será devolvido com correção monetária. 
O depósito é uma faculdade para o contribuinte, não um dever (a Lei que exige o depósito é considerada pelo Poder Judiciário inconstitucional, apesar de não ter decisão expressa).
Parcelamento
O parcelamento é procedimento suspensivo do crédito, caracterizado pelo comportamento comissivo do contribuinte, que se predispõe a carrear recursos para o
Fisco, mas não de uma vez, o que conduz tão somente à suspensão da exigibilidade do crédito tributário, e não à sua extinção. Extinção seria se “pagamento” o fosse.
O direito ao parcelamento só ocorre após ser concedido pela autoridade administrativa que a lei fixa como competente para apreciá-lo.
O parcelamento suspenderá a exigibilidade do crédito tributário, podendo incorrer o contribuinte em juros ou mora. O parcelamento é concedido de forma geral ou individual. Também é bastante utilizado na recuperação judicial de empresas ou devedores, nestas situações aplica-se o parcelamento dentro das possibilidades estipuladas nas leis estudais ou municipais de acordo com cada caso concreto.
Reclamações e recursos administrativos e judicias
Sua interposição também suspende a exigibilidade do crédito tributário, desde que seja feita nos termos das leis reguladoras do procedimento tributário administrativo, isto é, nos casos e nos prazos admitidos nessas leis.
Reclamações - no caso, o lançamento é feito por funcionário fiscal, então a reclamação é julgada pelo próprio chefe da repartição.
Recursos - apreciados por órgãos colegiados. Nos colegiados existem representantes do fisco e dos contribuintes–chamados–CONSELHOS DE CONTRIBUINTES E TRIBUNAIS DE IMPOSTOS E TAXAS.São modalidades de suspensão que na verdade impedem a própria formação definitiva do credito tributário (impedem que o crédito se torne exigível), pois, conforme ensina HUGO DE BRITO MACHADO, o credito tributário definitivamente constituído não mais comporta tais medidas. (pois só com a constituição definitiva o credito se torna exigível).
	Não podem as leis, segundo HBM, quer federais, estaduais ou municipais, negar as reclamações e/ou aos recursos esse efeito suspensivo ou mais exatamente, impeditivo da exigibilidade do credito.
Liminar mandado de segurança
 O mandado de segurança assegura aos indivíduos a proteção de direito líquido e certo, lesado ou ameaçado, por ato de autoridade; assim, em face de cobrança de tributo indevido pode o contribuinte valer-se dele; o contribuinte tem o prazo de 120 dias, a contar da ciência do ato de cobrança do tributo que considera indevido, para impetrá-lo; porém, pode impetrar o mandado preventivo, diante da ameaça de cobrança de tributo ilegal, ou inconstitucional.
- Garantia constitucional
- O contribuinte tem o prazo de 120 dias, a contar da ciência do ato de cobrança do tributo que considera indevido, para impetrar o mandado de segurança. Não esta, porém, obrigado a esperar que se concretize cobrança. Pode impetrar o mandado preventivo, diante da ameaça de cobrança de tributo ilegal, ou inconstitucional.
- Ao receber a petição inicial do mandado, pode o juiz, com fundamento no art. 7, inc.II, da Lei n. 1533/51, determinar, liminarmente, que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido. Para tanto basta que seja relevante o seu fundamento e do ato impugnado possa resultar a ineficácia da sentença que acaso venha, a final, a deferir o pedido. Não implica dizer que a cobrança seja indevida. A medida liminar é sempre provisória. Presta-se, apenas, para manter a situação, afastando o ato impugnado ate final julgamento, para evitar danos irreparáveis ou de difícil reparação.
Prazo da liminar: Alei 4348/64, limitou a eficácia da medida liminar ao prazo de 90 dias, prorrogável por mais 30, quando o acúmulo de processos justificar a prorrogação. A Fazenda Pública, porém, geralmente não se tem valido desse prazo, respeitando a determinação liminar independentemente de lei.
Liminar ou tutela antecipada
A tutela antecipada pode ser considerada como uma liminar; é também uma antecipação de tutela.
Liminar de mandato de segurança não vincula o juiz, ele pode caça-la a qualquer momento e, por fim, denegar a segurança (não é possível denegar a segurança e não caçar a liminar).
Liminar pode ser restabelecida pelo tribunal ad quem, pelo relator se distribuída a ação ou pelo presidente do tribunal antes da distribuição.
As obrigações acessórias persistem mesmo que suspensa a exigibilidade do crédito tributário 
O acréscimo do inciso V ao art.151- como uma das modalidades de suspensão de exigibilidade do crédito à concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial- teve como mérito encerrar de forma definitiva uma disputa na jurisprudência do Poder Judiciário brasileiro. Ou seja, de um lado, havia aqueles que interpretavam o art.151 de forma literal, diziam que só cabia ao juiz conceder a suspensão da exigibilidade do crédito por meio de liminar em mandado de segurança, vale dizer, o CTN não autorizava o juiz suspender a exigibilidade do crédito tributário por meio de medida liminar em ação cautelar ou antecipação dos efeitos da tutela antecipada jurisdicional.
 Por outro lado, tinha-se a interpretação de outros que, percebendo que quando o CTN foi promulgado em 1966, a única forma de medida liminar genérica existente era a concedida via mandado de segurança. Pois a medida liminar em ação cautelar (Código de Processo Civil - 1973) e a antecipação de tutela em ação ordinária (lei 8.952/94) vieram a lume em época posterior ao CTN. Sendo assim, essa corrente ressaltava que não havia nenhum “equívoco” em se fazer uma interpretação histórico-evolutiva --- aplicando também a ação cautelar à antecipação de tutela em ação ordinária os efeitos da suspensão de exigibilidade do crédito tributário. 
 De qualquer sorte, com a nova redação dada pela lei complementar nº 104/2001, a dúvida por parte de alguns não mais prevalecerá, ou seja, a partir da edição da lei complementar nº 104/2001, está superada qualquer discussão, prevalecendo a possibilidade objetiva da suspensão da exigibilidade do crédito tributário por meio de medida liminar ou tutela antecipada em qualquer tipo de ação. 
REFERÊNCIAS:
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
Código Tributário Nacional

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