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Camilla Marques Professor: Paulo Sixel. 09/05/2018 Enzimas II Modelo do encaixe induzido: caneta (enzima), ponta da caneta (sítio catalítico) e tampa (substrato). Para que haja essa reação é necessário: aproximação (substrato- enzima) + orientação espacial. Velocidade da reação: é feita por análise indireta da quantidade enzimática, ou seja, por meio dos produtos formados na reação, durante uma quantidade de tempo. (Essa análise indireta deve-se pela quantidade reduzida da enzima, representada em milimol/min=10-3, micromol/min-10-6, nanomol/min-10-9). O espectrofotômetro permite identificar quantidades nessas proporções. Assim as enzimas são representadas em unidades enzimáticas. O complexo [enzima-substrato] representa o limite da reação. É quando nesse processo de interação molecular, a ativação da reação fica menor. Há uma redução da energia de ativação. Ao colocar um composto orgânico em água, insolúvel, após um ano ou dois não aconteceria absolutamente nada, mas se nesse meio tiver um catalizador a energia de ativação fica reduzida e consequentemente a transformação dessa substância em outra vai ocorrer como se estivesse rompendo uma barreira. Papel da enzima: Diminui a energia de ativação da reação, permitindo a reação: Substrato produto. E a enzima mantém sua integridade. Fatores que alteram a velocidade da reação: # [E]- concentração de enzimas. # [S]- concentração de substrato. # PH . # Temperatura. obs- (as enzimas atuam em meio aquoso, porém não em água pura, e sim um meio aquoso tamponado). Por isso quando se faz uma reação em laboratório deve-se cuidar da manutenção do ph e da temperatura (devem ficar constantes). Diferentemente, do que ocorre no organismo, onde pode-se observar oscilações desses fatores. Por exemplo: paciente diabético em cetoacidose ele se encontra em uma acidemia, ph arterial que deveria ser 7.4, foi para 7.3 ou 7.0 ou 6,9. O mesmo acontece com a temperatura, (temperatura interna= 37°(temperatura fisiológica), na axila = 36,6. Porém, em estado febril, por infecções a temperatura aumenta. Quando isso ocorre, a cinética das moléculas vai variando, fazendo com que a cinética da reação varie, e nesse caso ela varia para cima. Já no estado hipotérmico a velocidade das reações tende a diminuir, fazendo com que o metabolismo obedeça no conjunto, e trabalhe menos. [E] V EL O C ID A D E D A R EÇ Ã O Quanto maior a concentração enzimática maior a Velocidade da reação. Concentração enzimática: Classificação de enzimas: Constitucionais: X induzidas Não varia sua concentração Concentração ambiental varia. Ambiental. Aumenta ou diminui em função É fabricada o tempo todo. De fatores ambientais. Não sofre oscilação. Ex; enzimas que fazem ingestão de álcool, Ex: enzimas oxidativas sistematicamente, após 3 semanas de do ciclo de Krebs e Consumo a mesma dose do 1º dia não provoca Da via glicolítica. mais as mesmas percepções ao sistema nervoso. ou seja, há o aumento da concentração de enzimas hepáticas(indução enzimática), mas a concentração de substratos permanece a mesma. Obs.: fígado papel estratégico, serve como barreira hepática, formada por enzimas que reconhecem substratos e os transformam em produtos sem atividade. Dessa forma, se alguém insiste em ingerir álcool por exemplo o fígado aumenta a defesa, fazendo com que a pratica de ingestão alcoólica faça com que algumas enzimas hepáticas aumentem de quantidade. Tornando a formação do produto mais rápida e fazendo com que perca o feito do álcool mais rapidamente. Experimento: Concentração do substrato constante. Temperatura constante. Ph constante. (Enzimas induzidas) A medida que aumentamos a concentração da enzima a Velocidade da reação aumenta , proporcionalmente. Experimento: Concentração enzimática constante. Temperatura constante. Ph constante. (Com solução tampão.) Temperatura =37 ph=7 Observe que conforme vamos aumentando a Concentração do substrato, a velocidade Aumenta proporcionalmente, até que seatinja o valor máximo da velocidade de reação (velocidade máxima de reação), isso pode ser interpretado como uma saturação do sítio catalítico. Ou seja, existe uma capacidade máxima de reação. Na região reta, temos uma cinética de 1º ordem (onde se tem uma proporcionalidade na reação). Após a curvatura, se observa a cinética de ordem 0. Na curvatura tem se uma mistura dos dois, ao mesmo tempo uma componente de 1º ordem e de ordem 0. Dessa forma: A velocidade do substrato aumenta de forma proporcional ao aumento da concentração do substrato, até que se atinja a velocidade máxima da reação. Na cinética de ordem 0 tem- se a ocupação total dos sítios catalíticos, ou seja, a saturação do sítio catalítico, fazendo com que a molécula do substrato esteja toda incorporada. A constante km (constante de Michaelis), que mostra com exatidão a velocidade máxima. Essa constante é a concentração de substrato equivalente a V Max a metade. O valor de km traduz o grau de afinidade da enzima para com o substrato. A todo momento a célula está absorvendo substancias do líquido extracelular, e cada enzima procurará reconhecer seu substrato especifico. Ex:ilustrar o fato com a glicose e a frutose , que tem a mesma formula molecular (C6H12O6). Quando essas moléculas são captadas do meio ambiente, a enzima hexoquinase (enzima inespecífica= hexose, quinase=transferase , que transfere fosfato de ATP para a substância., maneira pela qual a célula aprisiona o carboidrato.) Impede que elas voltem. Quando a célula fosforila esses açucares eles ficam muito polarizados e não saem de volta.E essa fosforilação pode ser atuada pela hexoquinase. Que é uma enzima inespecífica, pode tanto fosforalizar a glicose quanto a frutose, mas tem um desses dois que é preferencial, o substrato verdadeiro. Como identificar, fazendo um experimento com solução tamponada da enzima, ph constante e temperatura, constante. A diferença sera o substrato, em uma serie eu realizo com a glicose, na outra com a frutose, e ai nós vamos observar a quantidade do substrato correspondente a metade da velocidade MAX. No caso da glicose o km = 0,5 mmol, o da frutose= 5mmol(supostamente). Assim, observe que com o valor da glicose (menor) a enzima realizou sua velocidade MAX de reação, com o da frutose precisou1000 vezes mais para alcançar a mesma velocidade. O sitio catalítico da enzima é capaz de reconhecer as duas substancias, mas uma é a preferencial, se encaixa melhor do que a outra. O km informa qual é o substrato preferencial (que favorece a formação de um produto muito mais intensamente do que o outro). O substrato com menor km, é referente ao km do substrato preferencial. Aplicação clínica: intoxicação por metanol, ch4o, usado como solvente industrial, tem cheiro, gosto e coloração de difícil identificação para com o etanol. Dessa forma, individuo alcoólico, desnutrido, desorientado, vive em busca do consumo abusivo de etanol, ingere acidentalmente metanol, e assim se intoxica. A intoxicação pode ser aguda ou crônica. A crônica não se identifica com muita facilidade, é gradual, manifesta através do tempo por meio de cegueira irreversível, pela necrose do nervo optico, pelo acumulo gradual de metanol. Já a aguda deve-se por uma maior e mais rápida ingestão de metanol, o metanol se transforma em formaldeído (formol), que é a substância toxica. Essa reação e catalisada pela álcool desidrogenase (enzima inespecífica) Sangue: Glicose Frutose Célula: Glicose 6 Fosfato (G6P) Frutose 6 fosfato (F6P) Capaz de transformar vários tipos de álcool, porem o álcool etílico e o substrato preferencial e por isso , seria o remédio para a intoxicação por metanol. Porém, o etanol seria necessário em pequenas doses (micro quantidade digerida em soro fisiológico diretamente na veia), pois o substrato preferencial chega a VMAX com quantidade muito menor do que o outro. Enquanto tiver etanol circulando, o metanol não sofre oxidação e assim não há formação de formaldeído, e como o metanol é hidrossolúvel é excretado. OBs: por que o homem tem enzimas que digerem o etanol no fígado? (álcool desidrogenase) por causa da fermentação alcoólica de alguns alimentos, que ocorre no intestino pelas bactérias que lá residem, assim a álcool desidrogenase no fígado serve para inativar parte do álcool formado. Temperatura: Temperatura ótima= temperatura correspondente a v Max da reação. Geralmente e uma temperatura acima da temperatura fisiológica. T axilar = 36,5-37 T visceral= 37 elevações Max: 40,2(já começa a provocar uma queda da velocidade da reação.) Enzima é uma estrutura proteica sustentada por ligações de natureza física, com o aumento da temperatura essas ligações começam a se romper, de modo irreversível, ou seja, a enzima tende a perder sua atividade. Febre= embora represente desconforto, esse evento corresponde a um mecanismo de defesa, quando a temperatura sobe até aprox. 39°a velocidade da reação está aumentando (a atividade metabólica está aumentando), isso favorece as defesas contra bactérias e vírus. O problema reside no caso dessa velocidade ultrapassar a temperatura permitida. No caso de adulto, este suporta 40 mais do que uma criança. (Não se deixa criança com febre para evitar lesões no sistema nervoso, pois se alguma proteína for desnaturada pelo aumento da temperatura não há caminho de volta, podendo ocasionar distúrbios neuronais.) A temperatura é uma temperatura estabelecida in vitro. A 0°a atividade enzimática e tão baixa quando esta desnaturada em altas temperaturas, porem a 0°a enzima se encontra apenas em estado de latência, sem perder sua funcionalidade. Em altas temperaturas as ligações físicas se rompem, porém, em uma temperatura baixa as ligações continuam lá. Só que em baixas temperaturas a velocidade e muito baixa, isso explica o uso do refrigerador na conservação de comida (impede o uso das enzimas de bactérias como substratos.) OBS: alguns medicamentos como a insulina devem ficar em baixas temperaturas para não perder sua atividade, pois a insulina é uma proteína. PH: Nas células o ph e cerca de 7 , por causa dos tampões( oscilam pouco). Quando o organismo perde a capacidade tamponante , em quadros de acidose ou alcalose há a desnaturação das enzimas. Os anticépticos desinfetantes, a maioria funciona por meio da desnaturação por mudança de ph.
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