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Ética na Administração Pública AFRF

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ETICA NA ADMINISTRACAO PUBLICA
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
 Igualdade de todos na lei, sem distinção. 
 Brasileiros (natos e naturalizados) e estrangeiros residentes no país 
 Direitos: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade.
• Homens/ mulheres: iguais em direitos e obrigações (proteção especial da 
mulher no mercado de trabalho);
• ninguém é obrigado a fazer,deixar de fazer, só por lei;
• não há tortura, tratamento desumano ou degradante;
• livre pensamento, vedado anonimato;
• direito à resposta proporcional, c/ indenização moral, material e da 
imagem;
• liberdade de consciência, crença, exercício e proteção aos cultos 
religiosos locais e liturgias, conforme lei;
• assistência religiosa na internação coletiva, civil e militar, pela lei;
• sem privação de direitos p/ crença religiosa, convicção filosófica ou 
jurídica, mas não pode negar-se às prestações alternativas, na lei;
• livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, sem censura ou licença;
• invioláveis: intimidade, vida privada, honra e imagem, c/ indenização 
moral ou material;
• casa: asilo inviolável. Só pode entrar c/ consentimento do morador, 
flagrante delito, desastre ou p/ prestar socorro (dia ou noite) ou p/ 
determinação judicial (somente de dia);
• invioláveis: sigilo de correspondências, comunicações telegráficas e 
telefônicas (quebrada p/ ordem judicial, investigação criminal ou instrução 
processual penal);
• livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão (qualificações 
profissionais da lei);
• acesso à informação, c/ sigilo da fonte p/ exercício profissional;
• livre locomoção (entrar, permanecer ou sair c/ seus bens) em tempo da 
paz;
• reuniões pacíficas, sem armas, local público sem autorização, se não 
frustrar outra, c/ aviso prévio à autoridade competente; 
• liberdade de associação, c/ fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar;
• criação de associações e cooperativas (lei), sem autorização, sem 
interferência estatal no funcionamento;
• dissolução das associações, p/ decisão judicial e trânsito em julgado, 
suspensão das atividades, p/ decisão judicial;
• ninguém pode ser compelido a associar-se ou permanecer associado;
• entidades associativas representam associados judicial e 
extrajudicialmente, se autorizadas expressamente;
• direito de propriedade;
• a propriedade deve atender sua função social;
• desapropriação (definida p/ lei) por necessidade ou utilidade pública ou 
por interesse social, c/ justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados 
casos na Constituição;
• iminente perigo público: autoridade competente pode entrar na 
propriedade particular, c/ indenização posterior, se houver dano.
• pequena propriedade rural (definida em lei): se trabalhada p/ família, 
não será penhorada p/ pagamento de débitos c/ a produção. (lei: dispõe sobre 
o financiamento e desenvolvimento)
• publicação e reprodução de obras - dos autores, transmissível aos 
herdeiros p/ tempo que a lei fixar;
• participação nas obras coletivas (teatro, filme) e reprodução da imagem e 
voz (locução desportiva) e fiscalização de seu aproveitamento econômico (autor, 
ator, representação sindical ou associação);
• inventos industriais: privilégio temporário de utilização aos autores, 
proteção às criações, propriedade das marcas, nomes de empresas, p/ 
interesse social e desenvolvimento tecnológico e econômico do país;
• direito de herança;
• sucessão de bens de estrangeiros no País, em benefício do cônjuge ou 
filhos brasileiros, que escolhem a lei mais favorável;
• defesa do consumidor: Estado promove p/ lei;
• informaçõesde interesse particular, coletivo ou geral: deve receber do 
órgão público, no prazo da lei (pena de responsabilidade), salvo sigilo à 
segurança da sociedade e do Estado;
• petição a direito ou ilegalidade p/ abuso de poder e certidões de 
repartições públicas: assegurados, independente de taxas;
• lesão ou ameaça a direito: lei não exclui da apreciação do judiciário;
• lei não prejudica direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada;
• não há juízo ou tribunal de exceção;
• júri (organização dada p/ lei): c/ plenitude de defesa, c/ sigilo das 
votações, c/ soberania dos veredictos, p/ julgar crimes dolosos contra a vida;
• não há crime sem lei anterior, nem pena sem cominação legal;
• lei penal não retroage, salvo p/ beneficiar réu;
• discriminação contra direitos e liberdades fundamentais: punível p/ lei;
• racismo: crime inafiançavel e imprescritível, c/ pena de reclusão p/ lei;
• crimes inafiançáveis e sem graça ou anistia: tortura, tráfico, terrorismo 
e crimes hediondos, respondendo os mandantes, executores e os que se 
omitirem podendo evitá-los;
• crime inafiançaveis e imprescritíveis: ação de grupos armados (civis ou 
militares), contra Constituuição ou Estado democrático;
• pena: não passa do condenado, mas a reparação ou a perda dos 
bens estende-se aos herdeiros até o valor da herança;
• penas individuais (reguladas p/ lei): privação ou restrição da liberdade, 
perda dos bens, multa, prestação social alternativa, suspensão ou interdição de 
direitos;
• não haverá penas: de morte (salvo guerra declarada), de caráter 
perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento, cruéis;
• cumprimento da pena: estabelecimentos distintos p/ natureza do delito, 
idade e sexo;
• presos: integridade física e moral;
• presidiárias: condições p/ permanecer c/ filhos na amamentação;
• extradição de brasileiro naturalizado: p/ crime comum (antes de 
naturalizado) ou envolvimento c/ tráfico (a qualquer momento, na forma da 
lei);
• extradição de estrangeiro: decisão do STF, mas nunca por crime 
político ou de opinião;
• ser processado e sentenciado: somente p/ autoridade competente;
• ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal;
• litigantes (judicial ou administrativo) e acusados em geral: assegurados 
contraditório e ampla defesa, c/ meios e recursos inerentes;
• processo: provas por meios ilícitos - não admissíveis;
• culpado: só c/ trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
• civilmente identificado: não há identificação criminal, salvo casos na lei;
• crimes de ação pública: admitida ação privada, se não intentada no 
prazo legal;
• restrição da publicidade dos atos processuais: lei e só p/ defesa da 
intimidade ou interesse social;
• prisão: só em flagrante delito ou ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo transgressão ou crime militar;
• prisão e local: comunicação ao juiz competente e à família ou pessoa 
indicada;
• preso: informado de seus direitos (permanecer calado), c/ assistência da 
família e de advogado;
• preso: identificação dos responsáveis pela prisão e pelo interrogatório 
policial;
• prisão ilegal: imediatamente relaxada p/ autoridade judiciária;
• prisão: não se a lei dá liberdade provisória, c/ ou s/ fiança;
• prisão por dívida: inadimplemento voluntário e inescusável da pensão 
alimentícia ou depositário infiel;
• habeas corpus: sofrer ou ser ameaçado de sofrer violência ou coação de 
sua liberdade de locomoção, p/ ilegalidade ou abuso de poder;
• mandado de segurança: proteção de direito líquido e certo, não 
amparado p/ HC / HD, por autoridade pública ou agente PJ nas atribuições 
do poder público;
• mandado de segurança coletivo: impetrado p/ partido político c/ 
representação no CN ou organização sindical, entidade de classe ou 
associação legal há 1 ano, em defesa dos interesses de seus membros;
• mandado de injunção: falta de norma regulamentadora torna inviável o 
exercício de direitos e liberdades constitucionaisou referentes à 
nacionalidade, soberania e cidadania;
• habeas data: p/ conhecimento de informações relativas ao impetrante nos 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público ou p/ retificar dados s/ processo sigiloso, judicial ou administrativo;
• ação popular: qualquer pessoa, p/ anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou entidade em que o Estado participe, à moralidade administrativa, 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural (autor livre de custas 
juficiárias e ônus, salvo má-fé);
• assistência jurídica integral e gratuita do Estado: insuficiência de 
recursos comprovada;
• erro judiciário: o Estado indeniza, assim como o preso por tempo além do 
fixado em lei;
• registro civil de nascimento e certidão de óbito gratuitos: 
reconhecidamente pobres (na lei);
• ações gratuitas: HC, HD e atos necessários ao exercício da cidadania;
• normas de direitos e garantias fundamentais: aplicação imediata;
• direitos e garantias da CF: não excluem os decorrentes do seu regime e 
de seus princípios ou de tratados internacionais em que o Brasil seja parte.
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
 
 A maior parte dos princípios encontra-se positivado, implícita ou 
explicitamente, na Constituição. Possuem eficácia jurídica direta e imediata e 
exercem a função de diretrizes superiores do sistema, vinculando a atuação dos 
operadores jurídicos na aplicação das normas ao respeito dos mesmos. 
Funcionam como diretrizes superiores do sistema, objetivando a correção das 
graves distorções que ocorrem no âmbito da Administração Pública e que 
impedem o efetivo exercício da cidadania.
 O sistema constitucional funciona como uma rede hierarquizada de 
princípios, regras e valores, que exige não mais o mero respeito à legalidade 
estrita, mas vincula a interpretação de todos atos administrativos ao respeito 
destes princípios. A função administrativa encontra-se subordinada às 
finalidades constitucionais e deve pautar as suas tarefas administrativas no 
sentido de conferir uma maior concretude aos princípios e regras constitucionais, 
uma vez que estes não figuram como enunciados meramente retóricos e 
distantes da realidade, mas possuem plena juridicidade.
 Antes de procedermos a analise de cada um dos princípios que regem A 
Administração Pública, cabe novamente acentuar, que estes princípios se 
constituem mutuamente e não se excluem, não são jamais eliminados do 
ordenamento jurídico. Destaca-se ainda a sua função programática, fornecendo 
as diretrizes situadas no ápice do sistema, a serem seguidas por todos os 
aplicadores do direito.
 Os dois princípios fundamentais, que decorrem da bipolaridade do direito 
administrativo – liberdade do indivíduo e autoridade da Administração – são os 
princípios da legalidade e da supremacia do interesse público sobre o particular, 
de onde se constroem todos os demais. 
O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA SUBMISSÃO DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA AO DIREITO
 O Princípio da legalidade nasceu com o Estado de Direito e constitui uma 
das principais garantias de respeito aos direitos individuais, uma vez que a lei, 
ao mesmo tempo em que os define, estabelece também os limites da atuação 
administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício dos mesmos.
 A submissão da Administração Pública não é apenas à lei em sentido 
estrito, mas à legalidade entendida também como um conjunto de princípios em 
sintonia com a teleologia constitucional. Segundo Juarez Freitas, pensar o direito 
simplesmente como um conjunto de normas seria subestimar, de forma danosa, 
a complexidade e riqueza do fenômeno jurídico-administrativo.
 Em nossa Constituição encontramos o princípio da legalidade 
estabelecido nos seguintes artigos:
a. Art.5º, II - “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei" – onde se exige do administrador público que 
faça apenas o que a lei e o Direito permitirem ou obrigarem;
b. Art. 37 – que estabelece os princípios aos quais a Administração Pública 
deve obediência – legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência;
c. Art. 5º, LXIX - se refere ao mandado de segurança;
d. Art. 5º, IX e XI – estão relacionados com o princípio da liberdade 
democrática e com o da proteção da dignidade da pessoa humana, e 
impõem limites à atividade estatal;
e. Art. 70 – que disciplina sobre a fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da 
Administração direta e indireta, mediante controle externo e por 
intermédio do sistema de controle interno de cada poder;
f. Trata de dar eficácia plena a dispositivos como os que definem a função 
social da propriedade (art. 186), ou no caso da definição dos limites do 
direito de greve a ser exercitado pelo servidor público civil (art. 37, VII);
g. Art. 37, XIX e XX – impõem uma restrição à discricionariedade, através da 
exigência constitucional de que somente por lei específica possam ser 
criadas empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias ou 
fundações públicas, assim como a criação de subsidiárias. 
 Cabe ainda acentuar que este princípio não se coaduna com a edição de 
medidas provisórias com inobservância dos pressupostos constitucionais 
(relevância e urgência – art. 62 da CF). Há, por parte do governo, uma 
abusividade em relação à edição dessas medidas, o que gera uma hiperinflação 
normativa, e viola o próprio princípio da legalidade. 
O PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO E 
INDISPONIBILIDADE PELA ADMINISTRAÇÃO
 O Direito Administrativo, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, se 
delineia em função da consagração de dois princípios:
1. Supremacia do interesse público sobre o privado;
2. Indisponibilidade, pela administração, dos interesses públicos. 
 O primeiro proclama a superioridade do interesse da coletividade, 
firmando a prevalência dele sobre o do particular, como pressuposto de uma 
ordem social estável, em que todos e cada um possam sentir-se garantidos e 
resguardados.
 O segundo parte do pressuposto de que a administração possui poderes-
deveres, ou seja, são concedidos determinados poderes a esta como meios 
para o alcance de uma finalidade previamente estabelecida, que é defesa do 
interesse público, da coletividade como um todo e não da entidade 
governamental em si mesma considerada. São poderes que ela não pode deixar 
de exercer, sob pena de responder pela omissão, ao mesmo tempo em que 
devem ser exercidos sem excesso, o que se caracterizaria em abuso.
 Deste princípio decorre o princípio da titularidade irrenunciável da 
prestação de serviços públicos pelo Poder Público, ainda que delegável a 
execução dos mesmos (art. 175, CF), limitação da atuação dos Estado como 
explorador de atividade econômica às hipóteses de relevantes interesses 
coletivos ou segurança nacional (art. 173, CF), assim como oferece substrato ao 
subprincípio da continuidade dos serviços públicos.
 Estes exemplos, segundo Juarez Freitas, acentuam que o sistema não 
pretende o primado do todo sobre a vontade particular, mas apenas da vontade 
geral legítima em relação àquela que se revelar contrária ao interesse comum. E 
nos ensina ainda:
 ”... o princípio da universalização do interesse público e da correlata 
subordinação das ações estatais à dignidade da pessoa humana não significa o 
arbitrário e inaceitável jugo da vontade do particular ou do cidadão, imolado para 
o gáudio de um volúvel e falso interesse coletivo.Ao revés. Representa tão-
somente a indução legítima (limitada por imperativos de justiça) de que se 
subordinem as condutas e os bens particulares ao interesse geral digno desse 
nome, o qual também haverá de se configurar afinado com o interesse lícito de 
cada cidadão, Quiçá na realização da velha esperança de que o estado, que 
somos nós, venha a existir como legítima corporificação de uma vontade 
igualmente nossa, nã de vertentes grupulculares que almejam destruir 
incessantemente a sutil teia onde se ergue a construção da polis. Esta, de 
alguma forma precisa condensar todos os princípios no respeito à dignidade da 
pessoa humana”. 
 
O PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
 Este princípio decorre do próprio princípio da igualdade ou isonomia, que 
se traduz na idéia de que a Administração tem que tratar a todos os 
administrados sem discriminações nem favoritismos. Constitui uma vedação a 
qualquer discriminação ilícita e atentória à dignidade da pessoa humana. Busca-
se, através deste princípio, a instauração de um governo que vise a consecução 
do bem de todos, acima de qualquer personalismo e de projetos de cunho 
eminentemente personalistas.
 Este princípio pode ser ilustrado através da exigência de que sempre haja 
licitação pública, nos termos do art. 175 da CF, ou frente à exigência de que a 
publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, não 
podendo constar nomes, imagens, que caracterizem promoção pessoas de 
autoridade ou servidores públicos (art. 37, § 1ºda CF). O art. 54, I e II da CF., 
também proíbe os agente políticos de firmarem contratos com pessoas da 
Administração Pública, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes. 
Outros artigos também estabelecem essa determinação ao agente público de 
agir desinteressadamente, sem perseguir nem favorecer jamais movido por 
interesses subalternos.
O PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
 O princípio da proporcionalidade significa que o Estado não deve agir com 
demasia, tampouco de modo insuficiente na realização de seus objetivos. As 
competências administrativas só podem ser validamente exercidas na extensão 
e intensidade proporcionais ao que seja realmente demandado para 
cumprimento da finalidade do interesse público a que estão atreladas. Ocorre a 
violação quando o administrador, tendo dois valores legítimos a sopesar, prioriza 
um a partir do sacrifício exagerado do outro.
 Este princípio implica uma adequação axiológica e finalística pelo agente 
público do poder-dever de hierarquizar princípios e valores de maneira 
adequada nas relações de administração e no controle das mesmas. Devem ser 
estabelecidas prioridades fundamentais e hierarquizações devidas, para o 
alcance de uma real e efetiva atuação do Poder Público.
O PRINCÍPIO DA MORALIDADE E PROBIDADE ADMINISTRATIVA
 De acordo com esse princípio a Administração e seus agentes devem 
atuar na conformidade de princípios éticos, que não transgridam o senso moral 
da sociedade. Corresponde, segundo Juarez Freitas ao
 " dever de a Administração Pública observar, com pronunciado rigor e a 
maior objetividade possível, os referenciais valorativos basilares vigentes, 
cumprindo, de maneira precípua até, proteger e vivificar, exemplarmente, a 
lealdade e a boa-fé para com a sociedade, bem como travar o combate contra 
toda e qualquer lesão moral provocada por ações públicas destituídas de 
probidade e honradez."
 Nos termos do art. 85, V, da CF., atentar contra a probidade da 
administração é hipótese prevista como crime de responsabilidade do 
Presidente da República, fato que enseja sua destituição do cargo. Também os 
atos de improbidade administrativa dos servidores públicos "importarão a 
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade 
dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem 
prejuízo da ação penal cabível ( art. 37, § 4º). O artigo 5º prevê o cabimento de 
ação popular para anulação de "ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade 
de que o Estado participe, à moralidade administrativa...etc.”
O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
 A partir deste princípio exige-se da Administração Pública que preste 
contas de todos os seus atos, contratos e procedimentos. Deve manter plena 
transparência de seus comportamentos, exceto nas hipóteses em que o impedir 
o interesse público , nos casos extremos de segurança nacional ou em situações 
em que a divulgação prévia possa eliminar a viabilização de medidas 
justificáveis. 
 Na constituição encontram-se vários preceitos que confirmam ou 
restringem este princípio:
a. art. 37, caput; 
b. art. 5º, XXXIII, que assegura a todos o direito a receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo 
ou geral, no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado; 
c. art. 5º, LXXII – "habeas data" – para assegurar o conhecimento de 
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou 
banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público ou 
para retificação de dados, caso não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo; 
d. art. 5º, LX, em face do qual a lei somente poderá restringir a publicidade 
dos atos processuais administrativos quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem; 
Decreto-lei n. 3.365/41 e Lei Complementar n. 76/93 – exige a máxima 
transparência como condição de legitimidade, sob pena de não se 
aperfeiçoarem atos e contratos públicos, assim como também exige atos 
declaratórios no caso da expropriação. 
O PRINCÍPIO DO CONTROLE DOS ATOS, CONTRATOS E 
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS.
 O artigo 74 da CF concede ao poder Legislativo, Executivo e Judiciário, o 
sistema de controle interno de seus atos. O exercício desta autotutela que se 
reconhece à Administração Pública corresponde ao poder-dever de anular os 
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque 
deles não se originam direitos, ou de revogá-los , quando conveniente, 
respeitados os direitos adquiridos e ressalvada , em todos os casos a 
apreciação judicial, segundo a Súmula 473 do STF.
 O controle externo dos atos, contratos e procedimentos públicos é 
realizado pelo Poder Legislativo ( CF, art. 49, X) e exercido como o auxílio do 
Tribunal de Contas( art.71 da CF). O art. 74, § 2 da CF., garante a qualquer 
cidadão, partido político, associação ou sindicato ser parte legítima para, na 
forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de 
Contas. Também as contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias 
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte para exame e apreciação 
( CF, art. 31, § 3º).
 Outros meios processuais existentes para a aplicação do referido princípio 
são a ação popular, a ação civil pública , a defesa do consumidor de serviços 
públicos e a ação civil de improbidade administrativa.
 Cabe acentuar, ainda, que segundo o disposto no artigo 5º, XXXV da CF, 
nenhuma contenda sobre direitos pode ser excluída da apreciação do poder 
judiciário. Assim, não há órgão jurisdicionais estranhos ao Poder Judiciário para 
decidir, com esta força específica, sobre as contendas entre Administração e 
administrados. Só a ele cabe decidir definitivamentesobre quaisquer litígios de 
direito.
O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
 Uma das grandes questões discutidas atualmente, e que faz parte do 
projeto de reforma administrativa do Estado, é a necessidade de tornar a 
administração pública mais eficiente. Faz-se necessário a adoção de novas 
formas de gestão da coisa pública, mais ágeis, descentralizadas, que priorizem 
o controle de resultados ao controle de procedimentos. 
 Neste sentido, Luis Carlos Bresser Pereira, define entre as principais 
características da administração pública gerencial, ou da " nova administração 
pública ", a orientação da ação do Estado para o cidadão-usuário ou cidadão- 
cliente e a ênfase no controle dos resultados através dos contratos de gestão 
( ao invés de controle dos procedimentos ).
 Fabiana de Menezes Soares, afirma que em face da "explosão de 
complexidade" das funções estatais, a Administração Pública abandonou o seu 
modelo clássico para adotar um perfil de uma Administração Pública mais eficaz, 
transparente e democrática. E para o alcance desses objetivos é necessário a 
existência de um controle por parte dos cidadãos, enquanto participantes 
efetivos dos atos da Administração e a eliminação da corrupção.
 Neste sentido, afirma Bresser , que " o grande desafio da reforma do 
Estado é Ter partidos políticos que correspondam a orientações ideológicas; é 
desenvolver um sistema eleitoral que permita a formação de governos ao 
mesmo tempo representativos e com maiorias estáveis...; é desenvolver 
sistemas de participação dos cidadãos no controle direto do Estado e das 
entidades públicas não-estatais..."
 A Emenda Constitucional nº 19, de 4-6-98, inseriu o princípio da eficiência 
entre os princípios constitucionais da Administração Pública, previstos no artigo 
37, caput.
 O princípio da eficiência impõe que o agente público atue de forma a 
produzir resultados favoráveis à consecução dos fins que cabem ao Estado 
alcançar. Hely Lopes Meirelles define este princípio como " o que se impõe a 
todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e 
rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que 
já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo 
resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das 
necessidades da comunidade e de seus membros". 
 Ocorre a vedação a esse princípio quando se constata vícios na escolha 
dos meios ou dos parâmetros voltados para o alcance de determinados fins 
administrativos. Não se verifica nenhuma invasão da discricionariedade do poder 
administrativo, mas se pede a vigilância quanto a compatibilização plena do ato 
administrativo com o ordenamento.
 Juarez Freitas, quando se refere ao princípio da economicidade e, dada a 
sua conexão com o princípio da eficiência afirma:
 “É que nosso País insiste em praticar, em todas as searas,desperdícios 
ignominiosos de recursos escassos. Não raro, prioridades não são cumpridas. 
Outras tantas vezes, pontes restam inconclusas, enquanto se principiam outras 
questionáveis. Traçados de estradas são feitos e desacordo com técnicas 
básicas de engenharia. Mais adiante, escolas são abandonadas e, ao lado, 
inauguram-se novas. Hospitais são sucateados, mas se iniciam outros, que 
acabam por não serem concluídos. Materiais são desperdiçados acintosamente. 
Obras apresentam projetos básicos que discrepam completamente dos custos 
finais, em face de erros elementares. Por tudo isso, torna-se conveniente frisar 
que tal princípio constitucional está a vetar, expressamente, todo e qualquer 
desperdício dos recursos públicos ou escolhas que não possam ser catalogadas 
como verdadeiramente comprometidas com a busca da otimização ou do melhor 
para o interesse público." 
 O presente princípio visa combater o tão latente sistema de corrupções e 
privilégios que permeia as práticas da administração pública, onde o objetivo 
prioritário não é o alcance do bem comum, mas a realização de interesses 
particulares. Não se investe nas áreas sociais, a não ser para a construção de 
algumas escolas, ou outras medidas superficiais, que visam não a solução do 
problema, que marginaliza grande parte da população, deixando-a ao completo 
abandono, mas tem por objetivo a promoção pessoal dos agentes da 
administração pública que visam a sua reeleição. Este constitui um dos 
principais princípios e que deve ser intensamente efetivado, através de uma 
prática consciente dos operadores jurídicos, comprometidos com um projeto 
outro de sociedade, que vise a real concretização do princípio da justiça.
NORMAS CONSTITUCIONAIS CONCERNENTES AOS SERVIDORES 
PÚBLICOS
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros 
que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação 
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo 
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvada as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, 
prorrogável uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, 
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos 
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir 
cargo ou emprego, na carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem 
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições 
de direção, chefia e assessoramento;
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação 
sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos 
em lei específica;
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as 
pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua 
admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado 
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio somente 
poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa 
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na 
mesma data e sem distinção de índices;
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, 
dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e 
dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie 
remuneratória, percebida cumulativamente ou não, incluída as vantagens 
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder 
Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
iXIII - é vedadaa vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço 
público;
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não 
serão computados nem acumulados para fins de concessão de 
acréscimos ulteriores;
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos 
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV e 
nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I da Constituição;
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto 
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso 
o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos privativos de médico;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e 
abrangem autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público;
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro 
de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais 
setores administrativos, na forma da lei;
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada 
a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as 
áreas de sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de 
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a 
participação de qualquer delas em empresa privada;
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, 
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de 
licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os 
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de 
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e 
econômica indispensável à garantia do cumprimento das obrigações.
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos 
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação 
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem 
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
A não-observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do 
ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.
A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração 
pública direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, 
asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação 
periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações 
sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII da 
Constituição;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo 
de cargo, emprego ou função na administração pública.
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da 
ação penal cabível.
A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por 
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas 
as respectivas ações de ressarcimento.
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa.
A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou 
emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a 
informações privilegiadas.
A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades 
da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser 
firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a 
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor 
sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, e 
obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades 
de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de 
pessoal ou de custeio em geral.
É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria 
decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, 
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta 
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de 
livre nomeação e exoneração.
Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no 
exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará 
afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego 
ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de 
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem 
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo 
compatibilidade, será aplicada a norma do disposto anteriormente;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de 
mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os 
efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os 
valores serão determinados como se no exercício estivesse.
SERVIDORES PÚBLICOS
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão 
conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por 
servidores designados pelos respectivos Poderes.
A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do 
sistema remuneratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos 
componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo 
para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a 
participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, 
facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes 
federados.
Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, 
IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX da Constituição 
Federal, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando 
a natureza do cargo o exigir.
O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de 
Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados 
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de 
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra 
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e 
XI da Constituição Federal.
Lei daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá 
estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores 
públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.
Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os 
valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.
Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia 
com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação 
no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e 
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço 
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é 
assegurado regime de previdência de caráter contributivo, observados critérios 
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o aqui disposto.
Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este 
artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores 
fixados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a 
aposentadoria, com base na totalidade da remuneração, conforme a seguir:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo 
de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia 
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em 
lei;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos 
proporcionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de 
efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que 
se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se 
homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, 
se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de 
idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição.
Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua 
concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no 
cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a 
concessão da pensão.
Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão 
calculados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se 
der a aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da 
remuneração.
É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a 
concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este 
artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob 
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos 
em lei complementar.
Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em 
cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo 
exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino 
fundamental e médio.
Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na 
forma da Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à 
conta do regime de previdência previsto.
Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão por morte, que 
será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos 
a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado 
o disposto no § 3º da Constituição Federal.
Observado o disposto no art. 37, XI da Constituição Federal, os proventos 
de aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma 
data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, 
sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer 
benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em 
atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do 
cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência 
para a concessão da pensão, na forma da lei.
O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para 
efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de 
disponibilidade.
A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de 
contribuição fictício.
Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI da Constituição, à soma total dos 
proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de 
cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas à 
contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante 
da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável 
na forma da Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores 
públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e 
critérios fixados para o regime geral de previdência social.
Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou 
de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que 
instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos 
servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das 
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este 
artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201 da Constituição.
Observado o disposto no art. 202 da Constituição, lei complementar 
disporá sobre as normas gerais para a instituição de regime de previdência 
complementar pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para atender 
aos seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo.
Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto 
anteriormente poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço 
público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime 
de previdência complementar.”“.
São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados 
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla 
defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na 
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável será ele 
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de 
origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em 
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável 
ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, 
até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a 
avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
CODIGO PENAL BRASILEIRO
DO CRIME
A LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO
Princípio da anterioridade da lei
Não há crime sem lei anterior queo defina. Não há pena sem prévia cominação 
legal.
Lei penal aplicada no tempo
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, 
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória.
A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos 
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em 
julgado.
Lei excepcional ou temporária
A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou 
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante sua vigência.
Tempo ou momento do crime
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento do resultado.
Territorialidade
Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de 
direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do 
governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as 
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves 
ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em 
pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e 
estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Lugar do crime
Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no 
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado.
Extraterritorialidade
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, 
de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, 
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que 
absolvido ou condenado no estrangeiro.
Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das 
seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a 
extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar 
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra 
brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo 
anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
Pena no estrangeiro
A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo 
crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Sentença estrangeira
A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie 
as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para:
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos 
civis;
II - sujeitá-lo a medida de segurança.
A homologação depende:
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de 
cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de 
requisição do Ministro da Justiça.
Prazos
O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e 
os anos pelo calendário comum.
Frações não computáveis
Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, 
as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
Lei especial
As regras gerais do Código Penal aplicam-se aos fatos incriminados por lei 
especial, se esta não dispuser de modo diverso.
INFRAÇÃO PENAL – ELEMENTOS E ESPÉCIES
Nexo ou relação de causalidade
O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a 
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o 
resultado não teria ocorrido.
Causa independente
A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação 
quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, 
imputam-se a quem os praticou.
Omissão
A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para 
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Crime consumado
Quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
Crime tentado (tentativa de crime)
Quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à 
vontade do agente.
Pena de tentativa
Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente 
ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Desistência voluntária e arrependimento eficaz
O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede 
que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Arrependimento posterior
 Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o 
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Crime impossível
Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta 
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Diz-se o crime:
Crime doloso
Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Crime culposo
Quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou 
imperícia.
Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto 
como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Agravação da pena pelo resultado
Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o 
houver causado ao menos culposamente.
Erro sobre elementos do tipo
O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas 
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Descriminantes putativas
É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, 
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há 
isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime 
culposo.
Erro determinado por terceiro
Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
Erro sobre a pessoa
O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. 
Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão 
as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
Erro sobre a ilicitude do fato
O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se 
inevitável,isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um 
terço.
Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da 
ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa 
consciência.
Coação irresistível e obediência hierárquica
Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, 
não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da 
coação ou da ordem.
Exclusão de ilicitude
Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Excesso punível
O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso 
doloso ou culposo.
Estado de necessidade
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de 
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo 
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era 
razoável exigir-se.
Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o 
perigo.
Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá 
ser reduzida de um a dois terços.
Legítima defesa
Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de 
outrem.
IMPUTABILIDADE PENAL
Inimputáveis
É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo 
com esse entendimento.
Redução de pena
A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de 
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento.
Menores de dezoito anos
Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos 
às normas estabelecidas na legislação especial.
Emoção e paixão
Não excluem a imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos 
análogos.
É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento.
A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, 
proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou 
da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento.
Concurso de Pessoas
Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este 
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um 
sexto a um terço.
Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á 
aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de 
ter sido previsível o resultado mais grave.
Circunstâncias incomunicáveis
Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime.
Casos de impunibilidade
O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa 
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser 
tentado.
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
Efeitos genéricos e específicos
São efeitos da condenação:
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de 
terceiro de boa-fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo 
fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua 
proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
São também efeitos da condenação:
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou 
superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou 
violação de dever para com a Administração Pública;
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior 
a 4 (quatro) anos nos demais casos.
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, 
nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, 
tutelado ou curatelado;
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a 
prática de crime doloso.
Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser 
motivadamente declarados na sentença.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Crime cometidos pelo Funcionário Público no exercício do cargo (8112)/ 
emprego (CLT) / função pública (agente público, PR, Deputados, Prefeito, etc 
(transitório ou sem remuneração), mesmo em entidade paraestatal.
Pena (qualificada)  1/3 maior (comissão, função DAS direta, SE mista, EP ou 
instituída pelo PP).
Peculato 
Apropriação - p/ si
Desvio - destino próprio ou outrem. 
Furto - subtração ou concorrência (p/ facilidade).
Dinheiro, valor, bem móvel (público/particular)
Posse em razão/cargo (FP c/ ou s/ particulares)
Concurso c/ particular  Este responde p/ peculato.
Doloso  vontade livre, consciente.
Culposo  negligência, imperícia, imprudência. Admite extinção/punibilidade 
(não a terceiro) p/ reparação do dano e metade da pena (após sentença final). 
Peculato p/ erro de outrem
Apropriação 
Dinheiro ou Utilidade recebido.
No exercício do cargo - função pública - Só o FP
P/ erro de outrem - não causado p/ agente
Extravio, sonegação, inutilização (livro oficial/ documento)
Total ou parcial
Guarda em razão do cargo
Punível por dolo somente (não culpa)
FP e FP e particulares
Emprego irregular de verbas/ rendas públicas
Desvio de verba/ renda pública - só o FP
Aplicação diversa da estabelecida em lei (prefeito e PR - crime de 
responsabilidade)
Concussão
Exigir p/ si ou outrem (p/ FP ou outra pessoa)
Ainda que fora da função ou antes de assumí-la.
Vantagem indevida (mesmo não recebida)
Excesso de exação
Exigir tributo/ Contribuição indevida ou devida (p/ meio vexatório, gravoso) 
(Independe do recebimento)
Qualificado  desvio próprio/outrem do indevido
Corrupção Passiva
Solicitar ou receber vantagem indevida
P/ si /outrem (direta/indiretamente)
Ainda que fora da função ou antes de assumí-la.
+1/3 pena (retardar, não praticar, infringir dever) em conseqüência da 
vantagem/promessa
Reduz a pena (a pedido ou influência/outrem)
Corrupção própria ilegal ou imprópria(lícita)
Facilitação de contrabando/descaminho
Infração do dever/ FP (comissiva ou omitiva)
Prevaricação
Retardar/ não praticar indevidamente ato de ofício
Praticar contra a lei
Satisfazer interesse ou sentimento pessoal
Condescência criminosa (Superior hierárquico)
Não responsabilizar subordinado que cometeu infração no cargo p/ indulgência 
(tolerância) 
Não conhecer à autoridade competente
Advocacia administrativa
Patrocinar interesse privado na AP p/ ser FP (direta/indiretamente)
Violência arbitrária
Violência na função ou a pretexto de exercê-la
Abandono de função
Fora dos casos da lei. Qualificado  na fronteira
Exercício funcional antecipado/prolongado
Entrar em exercício antes (ilegalmente) ou continuar s/ autorização (depois de 
exonerado,removido, substituído)
Violação de sigilo funcional
Revelar fato que tem ciência em razão do cargo (que deva ficar em segredo) ou 
facilitar revelação.
Violação de sigilo (proposta de concorrência)
Devassar ou proporcionar a terceiro a devassa de concorrência pública.
LEI 8.112/90 E ALTERAÇÕES RESUMO
Regime Jurídico do Servidor Civil da União, autarquias (inclusive especiais) e 
fundações públicas federais.
PROVIMENTO
Requisitos p/ investidura (pode haver outros p/ lei)
Nacionalidade brasileira/ estrangeira (casos da lei); Gozo/ direitos 
políticos; Quitação militar/eleitoral; Escolaridade do cargo; 18 anos 
mínimos; Aptidão (física/mental).
Cargos privativos de brasileiro nato: PR, Vice, Pres. Câmara e Senado, 
Ministro STF, diplomata e Oficial F.A.
Pessoas deficientes  direito/inscrição em concurso/ cargo compatível c/ 
deficiência; até 20% das vagas. 
Universidades, Instituições pesquisa científica./tecnológica  Podem prover 
com professores, técnicos e cientistas estrangeiros.
Formas de Provimento (NPARRRR)
Nomeação; promoção; aproveitamento; readaptação; recondução; 
reintegração; reversão.
NOMEAÇÃO
Nomeação interina/ cargo de confiança (em comissão/cargo de natureza 
especial)  opção de remuneração, sem prejuízo atribuições.
Nomeação/carreira/cargohabilitação em concurso, p/ classificação e prazo 
de validade.
CONCURSO PÚBLICO
Provas ou provas e títulos
Pagamento da inscrição, salvo isenções.
Valido até 2 anos, prorrogável 1 vez, p/ igual período.
Edital DOU e jornal de grande circulação. 
Novo concurso  não abre c/aprovado em concurso anterior não expirado.
POSSE
Assinatura do termo (atribuições, deveres, responsabilidade e direitos), não 
alterável unilateralmente, salvo lei.
Até 30 dias da publicação (sem efeito após).
Se impedido p/ licença p/ doença família, serviço militar, capacitação, férias, 
treinamento, júri, serviços da lei, gestante, adotante, paternidade, saúde (até 24 
meses), acidente de serviço, doença profissional, deslocamento nova sede (de 
10 a 30 dias), participação desportiva (repres.nacional) -- 30 dias do término
Pode ser p/ procuração específica.
Não há posse em funções, só em cargo.
Declaração de bens/ valores/ e exercício/não de cargo, emprego, função 
pública.
Inspeção médica oficial ( aptidão física e mental)
EXERCÍCIO
Até 15 dias da posse (e aí exonerado ou sem efeito o ato de designação 
p/função de confiança)
Início (função)  no ato de designação, salvo licença / motivo legal (1º dia 
útil após não > 30 dias).
Promoção  não interrompe exercício
Remoção, redistribuição, requisição, cessão, exercício provisório / 
município 10 a 30d. (incluído deslocamento) do término (impedido 
legalmente) facultado < prazo.
Jornada de trabalho: (Máximo40h)
Existem jornadas especiais por lei
Mínimo de 6 e máximo de 8 horas.
Cargo em comissão/ função  dedicação integral, pode ser convocado, 
afastado salvo compatibilidade.
ESTÁGIO PROBATÓRIO
36 meses (a partir de 05.06.98) c/ avaliação da aptidão e capacidade 
(disciplina, capacidade, produtividade, assiduidade, responsabilidade) 
(DIS-CA-PRO-ASSI-RES)  periódica homologação.
Não aprovado: exoneração/ recondução (se estável).
No estágio  pode comissão, direção, chefia, assessoramento (lotação); 
cedido p/ cargos Especial, DAS 6, 5 e 4 ou equivalentes.
Licenças/afastamentos (estágio)  doença/ família, afastamento cônjuge/ 
companheiro, serviço militar, atividade política, mandato eletivo, estudo/missão 
exterior, em organização internacional (país coopera), curso de formação p/ 
cargo federal.
Suspensão do estágio  doença cônjuge, companheiro, pais, filhos, padrasto, 
madrasta, enteado, dependente, p/ junta oficial, acompanhamento do cônjuge 
(sem remuneração), candidato até registro (sem remuneração), participar 
organização internacional (perda da remuneração).
ESTABILIDADE
Após 3 anos de efetivo exercício
Perda do cargo (estável)  sentença judicial em julgado / processo 
disciplinar contraditório e ampla defesa.
READAPTAÇÃO
Cargo compatível c/ limitação (inspeção médica) (habilitação exigida, 
escolaridade, = vencimentos).
Se incapaz  aposentado;
Inexistência cargo vago  excedente
REVERSÃO
Retorno do aposentado p/ invalidez (aposentadoria insubsistente p/ junta 
médica oficial)
Se provido cargo - excedente
Não reverte c/ 70 anos.
REINTEGRAÇÃO
Demissão invalidada judicial ou administrativamente
Reinvestidura no cargo
Ressarcimento de todas as vantagens
Cargo extinto: Disponibilidade
Cargo provido: recondução do ocupante sem indenização, aproveitamento 
ou disponibilidade.
RECONDUÇÃO
Inabilitação em estágio probatório
Reintegração do ocupante
Cargo original provido  aproveitado em outro.
DISPONIBILIDADE / APROVEITAMENTO
Disponível  retorno em atribuições e vencimentos compatíveis.
Imediato aproveitamento em vaga federal.
Responsável/SIPEC (extinção/ reorganização órgão).
Aproveitamento sem efeito ou cassada disponibilidade, se não exercício no 
prazo, salvo doença comprovada oficialmente.
VACÂNCIA (PEDRAPF)
Promoção, Exoneração, Demissão, Readaptação, Aposentadoria, Posse 
cargo inacumulável, Falecimento.
EXONERAÇÃO (CARGO EFETIVO)
De ofício (não aprovado em estágio, não exercício no prazo).
À Pedido
EXONERAÇÃO (CARGO EM COMISSÃO) E
DISPENSA (FUNÇÃO DE CONFIANÇA)
Juízo da autoridade competente
Pedido do servidor
Afastamento DAS: a pedido; dispensa p/ promoção, cumprimento do prazo 
rotativo, falta de exação e afastamento para mandato eletivo.
REMOÇÃO
A pedido a critério da Administração
A pedido independente da Administração:
 Saúde (servidor, cônjuge, companheiro, dependente, comprovado p/ 
Junta médica).
 Acompanhar cônjuge e companheiro (servidor público/militar de 
qualquer esfera)
 Processo seletivo do órgão no caso de nº superior de interessados 
ao de vagas.
De ofício no interesse da Administração
REDISTRIBUIÇÃO
Deslocamento cargo efetivo, ocupado ou não, p/ órgão /entidade do mesmo 
Poder.
Interesse Administração, equivalência vetos. Manutenção da essência do 
cargo, responsabilidade/ complexidade das atividades, igual escolaridade, 
especialidade, habilitação. Compatibilidade. Atribuições do cargo e finalidade 
institucional do órgão /entidade. 
Redistribuição ex officio: ajuste de lotação e força de trabalho às 
necessidades, inclusive reorganização. Extinção/ criação de órgão/entidade 
(servidor estável disponível até aproveitamento ou responsabilidade do 
SIPEC e exercício provisório em outro órgão/entidade).
Redistribuição de cargos vagos: SIPEC e órgão/entidade.
SUBSTITUIÇÃO
Cargo/função direção chefia ou Especial, assessorias.
Indicados no regimento ou p/ dirigente Máximo órgão/entidade.
Substituto - afastamentos, impedimentos legais / regulamentares do titular, 
vacância do cargo (opção pela remuneração).
Retribuição do cargo/ função/ chefia/ especial (afastamento/impedimentos) se 
superiores a 30 d, proporcional aos dias que exceder o período.
VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO
Vencimento: retribuição p/ exercício do cargo (não < salário mínimo)
Remuneração = VV (vencimento + vantagens)
Comissão: remuneração cfe. lei
Comissão em órgão/entidade diverso – p/ Estado, DF, Municípios - ônus 
destes, senão, p/ União.
Irredutível - Vencimento e vantagens permanentes
Vedada vinculação / equiparação de remuneração.
Remuneração ou subsídio  não superior ao subsídio Ministro STF, salvo 
vantagens (13º, ad. férias, hora extra, sal. Família, diárias, ajuda de custo e 
transporte) -veda-se qualquer gratificação adicional, abono, prêmio, verba, 
etc.
Perda: falta injustificada, parcela diária de atrasos, ausências justificadas (salvo 
doação sangue, alistamento eleitoral, casamento,falecimento 1 
grau/família) e saída antecipada (não se compensada até mês seguinte).
Faltas / caso fortuito e força maior – efetivo exercício, se compensadas, a 
critério chefia.
Descontos – Leis e mandado judicial, salvo autorizada a terceiros e custeada p/ 
servidor.
Reposição/indenização – mensal, comunicada antes, valores atualizados até 
30.06.94. Indenização - não > 10%. Reposição - não > 25%, em uma vez, por 
pagamento indevido mês anterior.
Prazo 60 dias p/quitação de dívida – servidor demitido, exonerado, 
aposentadoria ou disponibilidade cassada ou c/ dívida > 5 x remuneração.
Não quitação  dívida ativa (D. A).
Valor recebido (liminar, medida/ sentença, cassada ou revista)  reposição 
em 30 d da notificação senão D.A.
Vcto. Remuneração (não arresto, seqüestro, penhora) salva p/ prestação 
Alimentos/ decisão judicial.
VANTAGENS
Indenizações (não incorporam)
Gratificações (incorporam)
Adicionais (incorporam)
Obs. Não acumuláveis sobre si.
Indenizações
♦ Ajuda de Custo
 Despesas (passagem, bagagem, bens servidor e família) c/ mudança de 
domicílio e interesse Administração. (vedada dupla concessão ao cônjuge).
 Calculada s/ remuneração e não > 3 meses.
 Afastamento/reassunção (mandato eletivo) - não recebe. 
 Concedida (não servidor) p/cargo em comissão c/ mudança de domicílio
 Falecimento servidor – direito à ajuda (família) em 1 ano do óbito p/volta à 
origem. 
 Cessão p/ Estado, DF, Município (ônus destes).
 Restituição em 30 d – não apresentação
Diárias
 Afastam. (país / exterior) (passagens, diárias p/ pousadas, alimento, 
locomoção urbana).
 P/ dia e ½ (sem pernoite/União custeia outro modo)
 Cargo c/ deslocamento permanente e o na mesma região 
metropolitana, aglomeração urbana, microrregião, áreas de controle 
(países limítrofes), salvo pernoite (pago valor do Brasil) não recebe.
 Não afastamento e retorno antes  restitui até 5d
Indenização de Transporte
Meio próprio de locomoção p/ serviços externos.
Gratificação e Adicionais
Retribuição por DAS (em comissão e em cargo de natureza especial), cfe. Lei.
Gratificação de natal (1/12 da remuneração por mês) (fração de 15 d ou mais) 
 mês integral, paga até 20 dez. Se exonerado, proporcional (não 
considerada p/ cálculo qualquer vantagem).
Adicional (insalubridade, periculosidade, atividades penosas) – locais 
insalubres ou de substâncias tóxicas, radioativas ou c/ risco de vida. 
Opção entre insalubridade ou periculosidade cessa sem causa. Controle 
permanente da atividade dos servidores. Servidora gestante ou lactante  
afastada p/ outro local. Atividades penosas  zona de fronteira ou 
condições de vida justificadas. Raios-X /radiação – controle permanente e 
exames médicos cada 6 meses.
Adicional serviço extraordinário (+ 50% do que a hora normal). Situações 
excepcionais e temporárias. Máximo 2 horas p/ jornada. 44 mensais e 90 
anuais, consecutivas ou não. Pode acrescer +44h no limite anual se 
autorizado
Adicional noturno (de 22 às 5h) (+25% por hora e cada 1h = 52min 30s. Incide 
s/ hora extra).
Adicional de férias (+1/3 da remuneração) Considerada função, comissão no 
cálculo.
Adicional ou Prêmio de Produtividade
FÉRIAS
30 dias acumuláveis até 2 períodos (necessidade do serviço), salvo lei.
1º período – 12 meses de exercício.
Vedado cômputo faltas.
Pode parcelar até 3 vezes (desde que interesse Administração)
Pagamento  até 2 dias antes.
Exoneração  indenização 1/12 cada mês ou fração maior que 14/15 do mês. 
C/ Base remuneração do mês da exoneração.
Parcelamento férias – pagto 1º período.
Raios X ou radiação + 20 d p/ semestre, proibida acumulação.
Interrupção/férias – calamidade pública, comoção interna, júri, servidor 
militar/eleitoral, necessidade de serviço (declara p/ autoridade máxima).
Restante  numa vez pode ser acumulada p/ necessidade do serviço.
LICENÇA
Doença família (exame oficial, vedada atividade remunerada no período).
Afastamento cônjuge / companheiro
Serviço militar
Atividade política
Capacitação
Interesses particulares
Mandato classista
Nova licença em 60 d da mesma espécie= prorrogação
Licença doença em família
Cônjuge, companheiro, pais, filhos, padrasto, madrasta, enteado, dependente às 
expensas, por junta médica oficial.
Somente se indispensável assistência direta do servidor (sem poder exercer o 
cargo ou compensar)
Com remuneração - Até 30 d prorrogável + 30 d
Sem remuneração - Após, prorrogável até 90 d.
Licença afastamento cônjuge
Deslocamento cônjuge/companheiro Brasil/ exterior, ou p/ mandato eletivo 
(Executivo, Legislativo).
Prazo indeterminado e sem remuneração
Cônjuge/companheiro servidor Civil/militar de Poder/esfera - pode haver 
exercício provisório na administração direta, autarquia fundação compatível c/ 
cargo.
Licença p/ serviço militar
Lei específica
Concluído - 30 d sem remuneração p/ volta a exercício
Licença atividade política
Entre escolha (convenção) e véspera / registro na Junta Eleitoral sem 
remuneração
Vencimentos do registro ao 10º d após (máximo 3 meses)
Candidato mesma localidade DAS atividades de arrecadação e fiscalização – 
afastado dia imediato ao registro (JE) até 10º dia após pleito.
Licença capacitação
Após cada 5 anos efetivo exercício (não acumuláveis)
Interesse da administração
Com remuneração
Até 3 meses p/ curso de capacitação
Licença por interesse particular
Até 3 anos consecutivos, prorrogáveis uma vez por mais 3, no máximo.
Sem remuneração
Pode não estável, mas não em estágio probatório.
Interrompida qualquer tempo (servidor ou interesse administração)
Nova licença – só após 2 anos da última
Licença p/ mandato classista
Servidor eleito p/ direção/representação na confederação, federação, 
associação nacional, sindicato da categoria, entidade fiscalizadora da profissão 
(todas cadastradas no MARE): 500 a 5000 (um); 5001 a 30000 (dois), +30000 
(três).
Sem remuneração
Sem promoção por merecimento
Duração = mandato (prorrogável + 1 vez, se reeleito).
AFASTAMENTOS
QUALQUER poder (União, Estados, DF, municípios).
Cargo em comissão /função (Estados, DF, município - ônus do órgão de 
destino) e em casos da lei.
Opção de remuneração na cessão à empresa pública / Economia Mista  
reembolso do órgão de origem
Cessão p/ Portaria no DOU
Exercício na Administração direta sem quadro  fim determinado, prazo certo.
Servidor requisitado p/ União – ônus União. 
EP, SEM c/ recursos do Tesouro - encargos do órgão.
Afastamento p/ mandato eletivo.
Mandato federal, estadual, distrital – afastado do cargo.
Prefeito – afastado, facultada remuneração.
Vereador – compatibilidade de horário  remuneração dos cargos e não 
compatibilidade  afastado, facultada remuneração.
Contribuição INSS se afastado
Não removível, redistribuível p/ outro local.
Afastamento p/ estudo/ missão no exterior
Autorização PR, PL, PSTF.
Até 4 anos, e intervalo igual p/ nova ausência.
Não concessão de licença/ exoneração p/ interesse particular antes de 
período igual ao afastamento, salvo se ressarcidas despesas havidas.
Não aplicável à carreira diplomática
Hipóteses, condições, formas, remuneração  regulamento.
Perda da remuneração  servir em organismo internacional (país coopera 
ou participa)
CONCESSÕES
Doação de sangue – 1 dia
Alistamento eleitoral – 2 dias
Casamento, falecimento cônjuge, companheiro, pais, madrasta, padrasto, filhos, 
enteados, menor sob guarda ou tutela, irmãos – 8 dias consecutivos.
Servidor estudante – horário especial p/ incompatibilidade de horário, sem 
prejuízo do cargo, com compensação, respeitada a duração semanal.
Servidor deficiente (sem compensação) ou c/ cônjuge, filho, dependente 
deficiente (compensação) – horário especial se necessário (junta médica 
oficial).
Servidor

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