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Escola Estadual 15 De Outubro - Avenida Rio Branco, 279 - Canavieiras - BA CEP: 45860-000 Página 1 
 
 
 
 
 APOSTILA DE EQUÍDEOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
____________________________________________________________ 
 
Curso: Técnico em Zootecnia 
 
____________________________________________________________ 
 
 
 
 
Canavieiras – BA 
2018 
 
Escola Estadual 15 De Outubro - Avenida Rio Branco, 279 - Canavieiras - BA CEP: 45860-000 Página 2 
 
 
Equídeos 
 
1.Introdução a Equinocultura e Equideocultura 
 
A equinocultura é definida como a parte da Zootecnia Especial que trata da 
criação de equinos. É a parte que estuda, desenvolve e aperfeiçoa a criação de 
equinos. Embora não tenha como finalidade a produção de alimentos, esse 
ramo também pode ser explorado. 
A equideocultura, por sua vez é uma atividade que abrange: 
• criação de asininos (asnos, jumentos e jegues): mesmo animal que recebe 
diferentes nomes em função da região; 
• criação de muares (burros e bardotos): são originados do cruzamento entre 
equinos e asininos. 
Além da criação de equinos, a equideocultura também envolve o estudo das 
criações de asininos e de muares (híbridos). 
O cavalo (macho) e a égua (fêmea) pertencem à espécie Equus caballus, e os 
asininos, à Equus asininus. As duas espécies podem ser incluídas no mesmo 
gênero: o grupo dos equídeos. Assim, entende-se que a equinocultura é 
diferente da equideocultura. 
Os asininos são animais conhecidos por sua resistência, servindo tanto para 
tração como para carga e sela; portanto, são muito úteis no campo. Podem ser 
encontrados em diversos climas, exceto em regiões muito frias. 
Quanto aos muares, a mula é o indivíduo fêmea resultante do cruzamento de 
um jumento com uma égua, sendo obrigatoriamente estéril. O burro é o 
indivíduo macho desse cruzamento, também estéril. Os burros são capazes de 
transportar, docilmente, até 30% de seu peso. Outro muar conhecido 
é o bardoto, resultante do cruzamento da jumenta (Equus asininus) com o 
cavalo (Equus caballus). Esse animal também é estéril. 
Todos esses são animais de grande importância rural, devido a sua resistência e 
docilidade. De um modo geral, todos se parecem com os cavalos, mas têm as 
orelhas mais compridas. 
 
 
Escola Estadual 15 De Outubro - Avenida Rio Branco, 279 - Canavieiras - BA CEP: 45860-000 Página 3 
 
 
Origem e Evolução dos Equídeos 
 
Os equinos atuais descendem de animais que habitavam a Terra 
aproximadamente há 50.000.000 anos, no período geológico conhecido como 
Eoceno. Estes mamíferos, pouco parecidos com o cavalo atual, possuía 25 a 50 
cm de altura (tamanho de uma raposa), dorso ligeiramente arqueado e 
apoiava-se sobre 4 dedos nos membros anteriores e posteriores. O maior 
número de dedos capacitava os animais a correrem de maneira segura e 
eficiente nos campos pantanosos das florestas tropicais, buscando alimento ou 
escapando dos predadores, saltando e escondendo-se entre os arbustos. 
Possuía dentes com estruturas simples mais apropriados ao consumo de folhas 
tenras, brotos e porções carnosas das plantas. Um fóssil desse pequeno animal 
foi classificado na Inglaterra em 1838 como um roedor, recebendo o nome 
de Hyracotherium. 
 
 
 
 
 
 
Mais tarde, em 1876, o Hyracotherium foi comparado a outro fóssil 
encontrado na América do Norte, denominado Eohippus, quando foi consta-
tado que se tratavam de animais de mesmo gênero. 
 
 
 
 
Eohippus 
 
 
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Pelas leis de prioridade do Código de Nomenclatura Zoológica, o 
nome Hyracotherium prevalece sobre o Eohippus, apesar de que o último nome 
é amplamente utilizado. 
Outros fósseis da época Oligoceno encontrados na América do Norte 
constituíram a segunda peça da evolução dos equinos, entre eles dois tipos 
distintos. O Mesohippus, com aproximadamente 60 cm de altura, três dedos e 
dentes semelhantes ao seu ancestral que não correspondiam a animais 
consumidores de pasto. Outro tipo foi o Miohippus, que era muito semelhante 
ao Mesohippus, mas com maior estatura, o qual acredita-se que tenha migrado 
para a Europa e, posteriormente, desaparecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O estudo da origem dos equinos no periodo Mioceno, mostra que estes viviam 
em três ambientes distintos: terras baixas (Pliohippus), terras altas 
(Parahippus) e terras desertas (Merychippus) comprovando as notáveis 
 
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adaptações evolutivas em relação ao tamanho, estrutura esquelética e 
dentição. No periodo Mioceno, as gramíneas tornaram-se mais abundantes e os 
herbívoros deixaram de ser consumidores de arbustos para consumirem pastos, 
havendo necessidade de adaptação dos dentes a este alimento mais fibroso, 
que promovia maior desgaste dentário. 
 
 
Para escapar dos predadores estes indivíduos sofreram transformações 
anatômicas para adquirir velocidade. No estudo da Osteologia observa-se que 
as articulações dos cavalos começaram a trabalhar num só plano, para frente e 
para trás, o que permitiu aumento na velocidade quando comparado a outras 
espécies. O dedo médio tornou-se maior e mais robusto, sendo capaz de 
suportar o próprio peso, os laterais apesar de apresentarem pequenos cascos 
não entravam em contato com o solo quando em estação, ainda que isto 
poderia acontecer quando corria. Os gêneros dessa época possuíam 
aproximadamente um metro de altura, eram mais esbeltos, mais ativos, 
inteligentes e atléticos. Restos fossilizados destes animais foram encontrados 
em praticamente toda a América do Norte. 
Muito semelhante ao cavalo moderno o Pliohippus (Época Plioceno), foi o 
primeiro gênero a apresentar um só dedo, embora os ossos estilóides 
(metacarpianos e metatarsianos acessórios) fossem maiores que no cavalo 
 
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moderno. O Pliohippus mesmo sem apresentar significativas mudanças 
evolutivas é considerado o antecessor do gênero Equus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Pleistoceno foi a época do surgimento do homem e simultaneamente do 
gênero Equus, que difundiram-se por todo o mundo. Fósseis desse gênero 
foram encontrados na Ásia, Europa, África, América do Norte e América do Sul. 
O gênero Equus (Época Pleistoceno) difere pouco dos seus antepassados 
próximos (Pliohippus) e a estrutura dentária é a principal diferença, mais 
especializada na trituração de pasto por apresentar dentes pré-molares e 
molares com mesas dentárias mais desenvolvidas. 
Acredita-se que o berço da evolução do cavalo até o gênero Equus foi a América 
do Norte, pelos inúmeros fósseis dos diferentes gêneros encontrados em 
diversas regiões como os estados da Flórida, Texas, Montana, Califórnia e 
Óregon. Apesar desta teoria, quando o Hemisfério Ocidental foi descoberto 
 
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pelos europeus não existiam cavalos nas Américas, o motivo ainda representa 
um dos mistérios da história. 
Após a difusão do Equus por todo o mundo, a partir da América do Norte, 
desenvolveram-se formas distintas desse gênero em diferentes regiões e em 
diferentes épocas, provavelmente influenciadas pelas grandes variações de 
altitude, clima, solo e alimentos. Os primeiros equídeos selvagens adaptaram-
se bem a vários ambientes como estepes, bosques, desertos e tundras. 
O Equus caballus (cavalosdomésticos) foi encontrado no norte da Ásia e em 
toda a Europa, o Equus hemionus (Onagro e o Kiang) no centro e sul da Ásia, 
o Equus asinus (jumentos) no norte da África e as diferentes espécies de 
zebras, entre elas, Equus zebra, também encontradas na África. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS CAVALOS SELVAGENS 
A história recente dos cavalos selvagens é mais obscura que a sua própria 
origem, pois baseia-se em desenhos encontrados nas cavernas do sul da 
França. Estes mostram cavalos com características distintas, como o de tipo 
pesado que representa os animais de Tração (ou tiro) e os de Sela que é 
representado por um tipo menor e refinado. Os verdadeiros cavalos selvagens 
habitavam a Europa e a Ásia, já que haviam desaparecido completamente das 
Américas no fim do período Terciário. 
A classificação inicial dos cavalos é baseada nos tipos sela e tração, 
classificados em cavalos orientais e ocidentais. Os orientais, chamados também 
 
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de "sangue quente" (temperamento ativo), eram cavalos pequenos bem 
proporcionados, esguios, de membros altos e finos, cabeça pequena com fronte 
ampla, chanfro curto e estreito, pele fina e perfil cefálico quase sempre reto, 
poucas vezes subconvexo ou subcôncavo. Denominados Equus caballus 
orientalis (Tarpã), provavelmente originaram os animais de sela da região 
do Mediterrâneo. 
Os cavalos ocidentais ou Equus caballus occidentalis, também chamados 
de "sangue frio" (temperamento calmo), eram grandes, pesados, com 
abundantes crinas e cauda, pelos longos, pele grossa, linhas notadamente 
convexas e de grande potência, provavelmente originaram os animais de tração 
na Europa Central. 
Outro tipo selvagem existente até o final dos anos 80, era o Equus caballus 
przewalskii, que habitava em estado puro, o leste asiático próximo à fronteira 
da Mongólia. Eram animais compactos e pequenos, com 1,30m de altura, com 
cabeça comprida e larga, crinas curtas e eretas, cor do corpo variando do 
castanho ao baio, com crina e cauda negras. Contribuiu para formação das 
raças locais, os cavalos do sul da Rússia e da Mongólia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Evolução do cavalo 
A HISTÓRIA DO HOMEM E O CAVALO 
 
A primeira relação entre o homem primitivo e os equinos foi alimentar, pois os 
cavalos sempre foram fonte de alimento para diferentes espécies, inclusive 
para o ser humano. Mais tarde, o homem descobriu outras virtudes nos cavalos 
além de proporcionar alimento, o que com certeza contribuiu para sua 
domesticação. A época e o local exato desta domesticação ainda é uma dúvida 
entre os historiadores, citam a China e a Mesopotâmia, entre os anos 4.500 a 
2.500 a.C., como dois desses locais. No ano 1.000 a.C., o cavalo já havia sido 
domesticado e difundido em quase toda a Europa, Ásia e norte da África. 
Logo após a sua domesticação, o cavalo foi utilizado como poderoso 
instrumento de conquista, transporte, carga, tração, diversão e de competições 
esportivas. São incontestáveis os benefícios que a domesticação dessa espécie 
trouxe para a humanidade, pois todas as grandes conquistas dos diferentes 
povos, desde as mais antigas civilizações até a idade moderna deram-se no 
dorso dos equídeos. Muitas são as provas desta estreita relação, onde a 
mitologia e a própria história mostram cavalos imortalizados como Bucéfalo, 
Roan Barbary, Incitatus e Marengo. 
Nas conquistas intercontinentais, como por exemplo, a colonização das 
Américas, os cavalos também tiveram presença marcante. Quando os primeiros 
europeus desembarcaram no "Novo Mundo" trouxeram muitos equídeos que 
foram os principais recursos desses conquistadores. 
 
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A FORMAÇÃO DAS RAÇAS BRASILEIRAS 
 
Cita-se que em três momentos o cavalo foi introduzido inicialmente no Brasil: a 
primeira leva veio em 1534, na Vila de São Vicente; a segunda, 
em Pernambuco, em 1535 com Duarte Coelho; a terceira, na Bahia, trazidos 
por Tomé de Sousa. Os primeiros cavalos trazidos da Europa, naturalmente a 
este seguiram-se outras introduções nos tempos de Brasil colônia, todas 
oriundas da península Ibérica (Portugal e Espanha). Os cavalos ibéricos 
representados pela raça Andaluz, junto com a raça Árabe, foram as principais 
raças formadoras dos cavalos brasileiros. 
O Brasil, por ser um país de dimensões continentais, com diferentes 
ecossistemas, permitiu a seleção natural de animais em diferentes regiões, 
como o pampa gaúcho, o planalto catarinense, o pantanal do Mato Grosso, nas 
regiões Sudeste, Nordeste e Norte. A utilização do cavalo no desenvolvimento 
das referidas regiões promoveu a seleção de tipos de acordo com as funções 
exercidas pelos cavalos. A formação de associações de criadores de cavalos 
raça padronizou as características de conformação e função de acordo com o 
tipo de cavalo utilizado. 
Assim, surgiram as Associações de Criadores de cavalos das raças: 
Crioulo, Campeiro, Pantaneiro, Campolina, Mangalarga Marchador, Mangalar- 
ga Paulista, Nordestino, Marajoara e mais recente do Brasileiro de Hipismo e 
do Cavalo Pônei. 
 
 Campolina Mangalarga Marchador 
 
 
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 Cavalo Marajoara Brasileiro de Hipismo 
 
 
 
 
 
 
 Cavalo Pantaneiro Cavalo nordestino 
 
https://meiorural.com.br/andrecintra/2016/08/04/racas-de-cavalos-criadas-no-brasil/ 
http://www.gestaonocampo.com.br/biblioteca/principais-racas-de-cavalos-do-brasil/ 
 
CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA DOS EQUIDEOS 
 
A posição dos equinos e espécies próximas na classificação zoológica é a 
seguinte: 
Reino: Animália 
Filo: Chordata 
Classe: Mammalia 
Ordem: Perissodáctilos (Perissodactyla - dedos ímpares). 
Família: Equidae 
Gênero: Equus 
Espécie: Equus caballus (do cavalo); 
 
Os produtos dos cruzamentos entre estas espécies são híbridos inférteis. O 
mais comum é o descendente do cruzamento entre Equus asinus (jumento) 
 
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e Equus caballus (égua), denominado burro (macho) ou mula (fêmea), mas 
pode ocorrer o cruzamento entre mais espécies como, por exemplo, 
entre jumento e zebra. 
 
EFETIVO DO REBANHO EQUINO NO BRASIL E NO MUNDO 
 
O efetivo mundial de equídeos, segundo a Food and Agriculture Organization 
(FAO) das Nações Unidas, está estável nas últimas décadas, sendo estimado em 
113.473.522 cabeças, assim distribuído: 
Tabela 1 – Rebanho equídeo mundial (cabeças) Continente Equinos Asininos Muares Equídeos 
 
No período de 2000 a 2008, tanto a distribuição mundial dos equinos como a 
dos asininos e muares refletiram aspectos produtivos, sanitários, legais e 
culturais. Nesse período, deve ser destacada a redução doefetivo equino na 
Ásia, principalmente na China, que decresceu de 8.916.154 cabeças,em 2000, 
para 6.823.465 cabeças em 2008 (FAO, 2008). Essa queda do efetivo está 
associada à migração interna da população humana, com menor utilização dos 
equídeos no transporte e na agricultura, e ao maior consumo de carne equina. 
Por outro lado, nesse mesmo período, nos Estados Unidos, houve um aumento 
expressivo do efetivo de equinos, que cresceu de 5.240.000 cabeças, em 2000, 
para 9.500.000 cabeças em 2008 (FAO, 2008), em parte devido a restrições 
legais internas relacionadas ao abate e à exportação de carne de equídeos. 
Considerando estatística da FAO das Nações Unidas, o efetivo mundial de 
equinos está estimado em 59.043.839 cabeças, sendo que os cinco maiores 
países criadores apresentavam 54% desse total (tabela 2). 
 
 
CONTINENTE Equinos Asininos Muares Equídeos 
AMERICA 33.594.119 (57,2%) 7.161.527 6.318.150 47.073.796 
ÁSIA 13.870.140 (23,6%) 17.129.456 3.604.713 34.604.309 
EUROPA 6.374.740 (10,8%) 637.557 222.898 7.235.195 
ÁFRICA 4.519.216 (7,7%) 18.559.137 1.060.913 24.139.266 
OCEANIA 411.956 (0,7% 9.000 ____ 420.956 
 
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Tabela 2 – Principais rebanhos equinos do mundo 
PAÍS EFETIVO EQUINO (CABEÇAS) 
Estados Unidos 9.500.000 
China 6.823.360 
México 6.350.000 
Brasil 5.496.817 
Argentina 3.680.000 
 
 
No Brasil, de acordo com o IBGE (2014), o efetivo de equídeos está estimado 
em 7.986.023 cabeças, estando assim distribuído: 
• equinos: 5.450.601 de cabeças; 
• asininos: 1.130.795 de cabeças; 
• muares: 1.313.526 de cabeças. 
O rebanho nacional de equinos é o quarto maior do mundo, com cerca de 
5.600.000 animais, e tem se mantido estável na última década (IBGE, 
2008). Na América do Sul, além do Brasil, que tem o maior rebanho, a produção 
de equinos tem destaque na Argentina, com efetivo estimado em 3.680.000 
animais, e na Colômbia, com 2.520.000 animais. 
Segundo estatística do IBGE, os cinco estados brasileiros que apresentam o 
maior efetivo equino são mostrados na tabela 3, os quais mantêm 48% do 
rebanho nacional. 
Tabela 3 – Principais rebanhos equinos do Brasil 
Estado Efetivo equino (cabeças) 
Minas Geraisl Goiás São Paulo 9.500.000 
Bahia 6.823.360 
Rio Grande do Sul 6.350.000 
Goiás 5.496.817 
São Paulo 3.680.000 
 
 
 
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IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E SOCIAL DA EQUINOCULTURA NO 
BRASIL 
 
Os negócios envolvidos com a criação e a utilização do cavalo ocupam uma 
posição destacada tanto nos países desenvolvidos como nos que estão em 
desenvolvimento, inclusive no Brasil. 
Apesar disso, a configuração do agronegócio do cavalo é pouco conhecida 
quanto à sua contribuição para gerar renda e postos de trabalho. E, muitas 
vezes, ocorre situação ainda mais grave: o setor tem uma imagem distorcida e 
carregada de preconceitos, pois muitos enxergam a indústria do cavalo 
relacionada ao interesse restrito de uma classe social elitizada e distante da 
realidade do brasileiro de classe média. 
Outro aspecto é que, no Brasil, esse ramo vem mostrando que ainda não há 
muitas informações conclusivas, apesar de sua grande relevância. 
Nessa atividade podem ser identificadas e analisadas as relações e as inte-
rações de quase 30 diferentes agentes e/ou segmentos envolvidos, revelando 
sua importância econômica, responsável por uma movimentação de 16 bilhões 
de reais por ano. 
Quanto à sua importância social, a atividade responde pelo emprego direto de 
cerca de 640 mil pessoas, podendo atingir por volta de 3,2 milhões de pessoas 
se forem também considerados os empregos indiretos. 
 
Segmento Movimentação 
econômica (R$) 
Empregos 
diretos 
Segmento consumidor 1.654.400.000,00 91.429 
Jockey 359.500.000,00 4.000 
Militar 176.000.000,00 6.286 
Selaria 174.600.000,00 12.000 
Vaquejada 164.000.000,00 1.430 
Exposições e eventos 146.100.000,00 Não calculado 
Casqueamento e ferrageamento 143.640.000,00 2.100 
Transporte de equinos 86.400.000,00 85 
Carne 80.000.000,00 1000 
Escolas de equitação 78.000.000,00 9000 
Esportes (hipismo) 57.600.000,00 2000 
Medicamentos veterinários 54.142.630,20 300 
Rações 53.440.000,00 Não calculado 
 
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Equoterapia 43.200.000,00 2.500 
Turismo equestre 21.000.000,00 1.500 
Veterinários 20.000.000,00 500 
Leilões 19.100.000,00 200 
Curtume 15.000.000,00 160 
Mídia 10.000.000,00 Não calculado 
Exportação e importação de 
cavalos vivos 
8.833.623,68 Não calculado 
Lida 3.954.275,00 505.050 
Seguro 2.500,000,00 Não calculado 
Polo 1.684.400,00 1.500 
Trote 1.000.000,00 150 
SENAR 976.000,00 300 
TOTAL 7.325.391.653,88 641.220 
 
http://blogs.canalrural.com.br/danieldias/2016/03/22/o-agronegocio-equino-ja-movimenta-
r15-bi-por-ano-saiba-como-funciona-este-segmento-e-como-voce-pode-lucrar-com-cavalos/ 
 
ATIVIDADES ANTES, DENTRO E DEPOIS DA PORTEIRA E ATIVIDA-
DES DE APOIO 
 
As atividades do Complexo do Agronegócio Cavalo, no Brasil, podem ser 
divididas em quatro grupos. 
• Atividades antes da porteira − mercado de medicamentos veterinários; 
mercado de rações, feno, selaria e acessórios; casqueamento e ferrageamento; 
transporte de equinos; educação e pesquisa; mídia e publicações. Outras 
atividades são: serviços de medicina veterinária; insumos e acessórios para 
pastagens; equipamentos e acessórios para equitação; acessórios para esportes 
equestres, construções para manejo animal e prática de esportes; tecnologias e 
produtos para estábulos; equipamentos e serviços para eventos, entre outras. 
• Atividades dentro da porteira − cavalo militar; cavalo para lida, equoterapia, 
esportes (polo Equestre, vaquejada, rodeio); turismo equestre (cavalhada); 
escolas de equitação; jockey; trote; exposições e eventos; segmento 
consumidor. 
• Atividades depois da porteira − leilões; exportações e importações de cavalos 
vivos; carne (curtume). 
• Atividades de apoio − seguro; instituições financeiras; médico veterinário. 
 
Escola Estadual 15 De Outubro - Avenida Rio Branco, 279 - Canavieiras - BA CEP: 45860-000 Página 16 
 
Atividades Diretas e Indiretas 
 
A importância econômica e social da equinocultura brasileira também pode ser 
dividida em duas classes: atividades diretas e atividades indiretas. 
a) Atividades diretas − têm ligação intrínseca com a produção e a criação de 
cavalos, como apontado a seguir: 
• produção de animais puros e mestiços para uso de sela ou tração em 
propriedades agropecuárias; 
 
 
 
 
 
 
 
• produção de animais para atividades esportivas: sela, polo, corridas em geral, 
salto, adestramento, enduro, hipismo rural, rodeio, apartação, vaquejada, 
rédeas, laço, tambor, baliza, maneabilidade e demais modalidades específicas 
para cada raça; 
 
 
 
 
 
 
 
• produção de animais para atividades de lazer: cavalgada, trilha e passeios 
ecológicos; 
• produção de animais puros para reprodução: machos, fêmeas, cobrições, 
sêmen refrigerado, sêmen congelado e embrião. 
 
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b) Atividades indiretas − dependem da produção/criação do cavalo, ou 
seja, derivam das atividades diretas, representando um setor de primordial 
contribuição para o sucesso do agronegócio cavalo tanto no Brasil como emtodo o mundo. Dentre as inúmeras atividades, podem ser destacadas as 
seguintes: 
• indústria de rações e suplementos minerais/vitamínicos; 
• indústria de medicamentos e cosméticos; 
• indústria de equipamentos para equitação; 
• indústria de suplementos nutracêuticos, ergogênicos e aditivos; 
• indústria da moda equestre. 
• mercado de trabalho para Zootecnistas e e demais profissionais de Ciências 
Agrárias, além de mão de obra especializada e não especializada; 
• indústria de equipamentos para transporte e treinamento; 
• cursos de treinamentos; 
• centros de treinamento, reprodução e preparo de animais; 
• centros de hipismo (escolas de equitação, preparo e treinamento); 
• produção de volumosos; 
• indústria de infraestrutura e equipamentos para instalações e pistas; 
• indústria de artefatos para decoração; 
• indústria do turismo rural; 
• produção de vacinas e soros 
 
REPRODUÇÃO 
 A organização do sistema sócio-reprodutivo natural dos cavalos é considerada 
estável quando um macho adulto é o reprodutor permanente de um grupo de 
éguas em número variado, denominado harém. Em comparação com outras 
espécies, as éguas têm um período de estro (cio) ou receptividade sexual, 
associado com a ovulação, relativamente longo. Em outras espécies de 
ungulados (que possuem casco) as fêmeas são sexualmente receptivas por 
somente por um ou dois dias. O estro prolongado das éguas pode estar 
relacionado com a formação e manutenção dos vínculos entre os machos e as 
fêmeas do grupo. Esta organização sócio-reprodutiva é alterada na maioria dos 
sistemas atuais de criação, em que o reprodutor é separado das fêmeas, o que 
exige o envolvimento do homem no controle do plantel, consequentemente, um 
planejamento reprodutivo responsável. 
 
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O planejamento reprodutivo de uma criação de cavalos exige o conhecimento 
da anatomia do aparelho reprodutivo das éguas, dos garanhões e a 
compreensão das interações entre a fisiologia reprodutiva e o ambiente, 
principalmente clima e disponibilidade de alimento e nutrientes. 
 
CICLOS ESTRAIS 
As éguas são classificadas como Poliéstricas Estacionais, apresentam vários 
ciclos estrais em resposta ao aumento da luminosidade, da temperatura e da 
precipitação pluviométrica, o que acontece na estação da primavera para o 
verão (dias mais longos e noites mais curtas), porque os nascimentos deverão 
ocorrer nesta estação, a qual apresenta maior disponibilidade de alimento e 
nutrientes, bem como possibilitará novos ciclos estrais para a futura gestação. 
Esta resposta fisiológica ao ambiente é denominada Estação de Monta Natural 
dos Equinos. Nos trópicos, apesar de não haver alteração significativa da 
luminosidade entre as estações, esta estacionalidade ocorre devido às estações 
seca e chuvosa, pois estas interferem na disponibilidade de alimento e 
nutrientes no ambiente. 
Os ciclos estrais nas éguas são de 20 a 23 dias, com média de 21 dias. As 
fases são o Proestro (preparação para o estro), Estro ou Cio (5-7 dias – 
influência do estrógeno e nesta fase, por influências hormonais, a égua aceita a 
monta do garanhão), Metaestro (fase de transição) e Diestro (15-17 dias – 
influência da progesterona não aceita a monta do garanhão). Fora da estação 
de monta, a maioria das éguas entra em Anestro. As éguas são classificadas 
como Poliéstricas Estacionais, apresentam vários ciclos estrais. 
 
Cio ou Estro 
O período de cio das éguas é identificado com o comportamento típico de 
aceitação da monta. Os sinais de estro são a vulva edemaciada e vermelha, 
abertura e fechamento sucessivos dos lábios vulvares (estrelamento vulvar), 
micção frequente, cauda elevada e pode haver secreção vulvar. Estes sinais são 
normalmente observados quando da aproximação de um garanhão e mantêm-
 
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se por 5 a 7 dias até ocorrer a ovulação, quando desaparecem em 24 a 48 
horas. Nas criações onde o garanhão é mantido separado do lote de éguas, o 
cio pode ser identificado por meio de um rufião, que é um cavalo (não castrado) 
com libido, mas não é permitida a monta, por barreira física. 
O manejo da rufiação permite identificar a égua em cio, para posterior 
condução à monta com o garanhão escolhido. 
 
"Cio do Potro" 
De cinco a nove dias após o parto ocorre o primeíro ciclo estral 
denominado "cio do potro". A finalidade deste ciclo é promover alterações 
fisiológicas de regressão e "limpeza" uterina. O hormônio estrogênio produzido 
no cio, aumenta a irrigação sanguínea no útero e potencializa a ação das 
células de defesa, preparando assim, o útero para o próximo ciclo estral. 
Porém, nos atuais centros destinados a criação de cavalos, este cio é utilizado 
na tentativa de uma nova gestação precoce, pois algumas raças valorizam 
comercialmente os potros nascidos no início da estação de nascimentos (ex. 
P.S.I.). O correto manejo do "cio do potro" é fazer um exame ginecológico em 
cada égua o qual permitirá identificar a situação sanitária do indivíduo e, assim, 
indicar ou não a monta. Se não for possível realizar este exame, recomenda-se 
aguardar o próximo cio que ocorrerá, aproximadamente, 30 dias após o parto. 
 
MONTA DIRIGIDA 
Após a identificação do primeiro dia de cio, como o período de estro é longo, 
recomenda-se alguns cuidados para este manejo. Se não há controle do 
crescimento folicular, recomenda-se que a primeira monta seja realizada no 
terceiro dia do início do cio e repetida no quinto e sétimo dia, se ainda estiver 
com comportamento de estro. 
Nos preparativos para a monta, a égua deve ser conduzida ao piquete (baia 
piquete) do reprodutor, deve ser contida com peia por segurança prórpia, do 
reprodutor e das pessoas que realizam o manejo, deve ser higienizada ao redor 
da vulva e a cauda enfaixada, a fim de diminuir as contaminação, enquanto o 
 
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reprodutor deve ser mantido na baia. O garanhão é conduzido por cabresto e 
guia ao recinto para a Monta Dirigida após a égua estar preparada. 
Após a monta e introdução do pênis é imprescindível identificar a ejaculação, a 
qual pode ser confirmada pelo movimento oscilatório da cauda do garanhão. 
Além da monta dirigida, existe também a Monta a Campo, quando um garanhão 
é mantido com um grupo de éguas, normalmente de 10 a 15, durante a estação 
de cobertura. Esse sistema é utilizado principalmente para raças criadas em 
regime extensivo. Normalmente este modelo apresenta altos índices de 
fertilidade, mas será difícil saber a data exata de cobertura, a fim de comunicar 
à Associação para se obter o registro dos potros. Atualmente, poucas raças 
estão adaptadas a este tipo de manejo reprodutivo. 
 
 
GESTAÇÃO 
O primeiro sinal de gestação é não retornar ao cio 15 a 16 dias após a 
ovulação (próximo ciclo estral). O diagnóstico gestacional na égua pode ser 
realizado com a palpação retal (pode-se utlizar aparelho de ultrassom) e 
Vaginoscopia. ginecológico permite identificar com precisão se a égua está 
gestando, a partir dos 12 dias por Palpação retal com ultrassom + 
vaginoscopia (12 dias) ou Palpação retal simples + vaginoscopia (20 
dias). Porém, como o índice de reabsorção embrionária e aborto é 
relativamente alto, acompanhar a gestação é essencial na equideocultura. 
O melhor período é dos 30-45 dias, quando areabsorção embrionária é menos 
frequente. Na vaginoscopia, o colo deve apresentar formato cônico, com a 
mucosapálida, seca e pegajosa. 
Quando mais de um Oócito viável é ovulado e ambos são fertilizados, ocorre a 
gestação gemelar. A ovulação múltipla é relativamente comum nos equinos: 
chega a 20% em PSI (GOBESSO-USP). Entretanto, a gestação Gemelar é 
altamente indesejável, pois normalmente ocorre aborto ou então os potros 
nascem fracos e normalmente morrem alguns dias após o nascimento, além de 
existir risco para a mãe. Na maior parte das vezes, felizmente, um dos embriões 
é reabsorvido (80% dos casos quando no mesmo corno uterino) e a gestação 
 
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ocorre de maneira normal com apenas um feto, porém em éguas de alto valor 
zootécnico, há intervenção veterinária em casos de gestação gemelar, com 
dieta ou crushing (esmagamento). 
O período de gestação irá variar conforme uma série de fatores: 
Espécie - Equinos: 11 meses (336 dias), Muares: 12 meses, Asininos: 13 
meses. 
Raça – há pequenas variações entre as raças. 
Sexo – machos demorariam mais, mas não há comprovação científica em 
equinos. 
Idade – éguas jovens que ainda não completaram o seu desenvolvimento 
podem demorar mais para parir porque utilizam parte dos nutrientes para seu 
próprio desenvolvimento, atrasando o desenvolvimento do feto. Se a égua for 
jovem, porém bem nutrida, pode ser que nasça antes porque há menos espaço 
no útero do que em um animal com mais idade, o que provoca estímulo para o 
nascimento do feto. 
Número de partos – se uma égua já teve vários partos, o útero estará mais 
dilatado e o feto demorará mais para nascer, já no caso de uma nulípara irá 
nascer antes porque há menos espaço. 
Número de Fetos: potros gêmeos nascem antes, muitas vezes até 
prematuros, pois não há espaço suficiente, o que desencadeia o parto. 
Outro ponto importante relacionado à gestação é a placenta epitelio-corial, que 
impede a passagem de anticorpos, do tipo difusa, que permite o fácil 
descolamento da placenta (abortos). 
Parto 
O parto pode ser dividido em três fases: 
1) Prodrômica ou de preparação: ocorre cerca de três semanas antes do parto 
até o início das contrações uterinas. É caracterizada por mudanças fisiológicas 
para ocorrer o parto: relaxamento dos ligamentos pélvicos, abaulamento do 
abdome, preparação da glândula mamária, muda o comportamento, se isolando 
do grupo ou se mantendo próxima a outras éguas amigas. 
 
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2) Fase de dilatação: Tem início com as primeiras contrações uterinas até o 
rompimento dos anexo fetais, com duração máxima de duas horas.Tem a 
função de permitir uma abertura suficiente para a passagem do feto e 
lubrificação. 
3) Fase de expulsão: Rompimento dos anexos fetais até a saída completa do 
feto, que passa a se chamar potro (macho) ou potranca (fêmea). Essa fase na 
égua é muito rápida, nunca ultrapassando 30 minutos em um parto eutócico 
(normal). 
Cuidados no parto: NÃO se deve interferir no parto normal, porém deve ser 
observado. Normalmente os partos ocorrem a noite: 75-85% (Anderson, 2008). 
A égua pode estar em estação ou decúbito, porém é mais comum que se deite 
quando a fase de expulsão tem início. O ambiente deve ser tranqüilo, sem 
outros animais ou pessoas estranhas. O melhor local é um piquete 
maternidade, pois permite à égua caminhar e é menos contaminado. Por 
comodidade ou condições climáticas, muitas vezes o parto é realizado em 
baias-maternidade, o que facilita a observação, porém a contaminação pode ser 
grande. É imprescindível a higiene do local. A interferência no parto somente 
deve ocorrer se alguma das fases passar do tempo normal ou a estática fetal 
estiver anormal. A estática fetal normal do potro é apresentação longitudinal 
anterior, posição superior e atitude flexionada. 
TÉCNICAS APLICADAS À REPRODUÇÃO 
Inseminação Artifical 
Essa tecnologia é permitida na maioria das raças de cavalos, embora existam 
associações de criadores de determinadas raças que a proíbem, como exemplo 
a do Puro Sangue Inglês. A inseminação artificial permite que o sêmen de um 
garanhão com boas qualidades zootécnicas seja utilizado em mais éguas. Para 
tanto, é necessário realizar a Coleta de Sêmen por meio de uma vagina 
artificial onde será coletado o ejaculado. O ejaculado poderá ser dividido em 
várias doses e utilizado em mais de uma égua. 
 
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 TRANFERÊNCIA DE EMBRIÃO (TE) 
Assim como a inseminação artificial possibilitou melhor aproveitamento dos 
garanhões, a tecnologia de tranferência de embriões possibilitou melhor 
aproveitamento das éguas na reprodução. Normalmente, uma reprodutora não 
poderia produzir mais do que um potro por ano, quando muito, mas essa 
técnica bem aplicada permite que ela passe seus genes a mais de um produto 
por cio. Por meio de hormônios, as éguas doadoras fazem superovulação. Após 
os óvulos serem fertilizados, os embriões considerados viáveis são retirados e 
introduzidos nos úteros das receptoras, que irão gestar, parir e amamentar o 
potro. Além de aumentar o número de descendentes de éguas com boas 
qualidades zootécnicas, essa tecnologia permite que bons animais, porém 
incapazes de manter a gestação por problemas nos órgãos reprodutivos ou 
idade se reproduzam, assim como aqueles que rejeitam a cria, não produzem 
leite suficiente, enfim, que não possuem habilidade materna. Nem todas 
associações permitem essa tecnologia (como a do puro sangue inglês), e 
algumas permitem com restrições: a do Mangalarga Marchador exige que 
as receptoras sejam também animais puros e registrados da raça. 
https://www.youtube.com/watch?v=qrJb27PsNwk 
https://www.youtube.com/watch?v=u1xqehSiAWw 
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