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Resumos das aulas TAW Parte 1

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AULA 1 - História dos Computadores e Computação
No dicionário encontramos: "Computador - aquele que faz cômputos ou que calcula; máquina à base de circuitos eletrônicos que efetua grandes operações e cálculos gerais, de maneira ultra rápida." Também podemos dizer: "Computador é um equipamento capaz de aceitar elementos relativos a um problema, submetê-lo a operações predeterminadas e chegar a um resultado."
A história do computador, ao contrário do que muitos imaginam tem seu início a muito tempo, desde que o homem descobriu que era impossível fazer contas complexas com gravetos ou pedras; assim aproximadamente 4.000 a.C., um aparelho muito simples formado por uma placa de argila onde se escreviam algarismos que auxiliavam nos cálculos. Esse aparelho era chamado de ÁBACO - palavra de origem Fenícia. Por volta de 200 a.C., o Ábaco era constituído por uma moldura retangular de madeira com varetas paralelas e pedras deslizantes.
O próximo passo na história do computador foi em 1642 quando o francês Blaise Pascal, com então 18 anos, inventou a primeira máquina de somar: a PASCALINA, a qual executava operações aritméticas quando se giravam os discos interligados, sendo assim a precursora das calculadoras mecânicas. Por volta do ano de 1671 na Alemanha, Gottfried Leibnitz inventou uma máquina muito parecida com a Pascalina, que efetuava cálculos de multiplicação e divisão, e qual se tornou a antecessora direta das calculadoras manuais.
Em 1802 - na França, Joseph Marie Jacquard passou a utilizar Cartões Perfurados para controlar suas máquinas de tear e automatizá-las. No ano de 1822, foi desenvolvido por um cientista inglês chamado Charles Babbage uma máquina diferencial que permitia cálculos como funções trigonométricas e logaritmas, utilizando os cartões de Jacquard. Em 1834 Charles Babbage, desenvolveu uma máquina analítica capaz de executar as quatro operações (somar, dividir, subtrair, multiplicar), armazenar dados em uma memória (de até 1.000 números de 50 dígitos) e imprimir resultados. Porém, sua máquina só pode ser concluída anos após a sua morte, tornando-se a base para a estrutura dos computadores atuais, fazendo com que Charles Babbage fosse considerado como o "Pai do Computador".
No século XIX, é desenvolvida a Lógica Matemática. Este ramo da Matemática foi desenvolvido pelo matemático inglês George Booole (1815-1864), que criou a álgebra que leva seu nome, a Álgebra Booleana, que utiliza-se de símbolos e operações algébricas para representar as relações entre proposições, e tornou-se a base da computação moderna.
A Era da Computação realmente teve seu iniciou no ano de 1890, época do censo dos EUA. Hermann Hollerith percebeu que só conseguiria terminar de apurar os dados do censo quando já seria o tempo de se efetuar novo censo (1900). Então aperfeiçoou os cartões perfurados e inventou máquinas para manipulá-los, conseguindo com isso obter os resultados em tempo recorde, isto é, 3 anos depois. Após os resultados obtidos por Hollerith, em 1896, fundou uma companhia chamada TMC - Tabulation Machine Company, vindo esta a se associar, em 1914 com duas outras pequenas empresas, formando a Computing Tabulation Recording Company vindo a se tornar, em 1924, a tão conhecida IBM - Internacional Business Machine.
Em 1930, os cientístas começaram a progredir nas invenções de máquinas complexas, sendo que o Analisador Diferencial de Vannevar Bush anuncia a moderna era do computador. Em 1936, Allan Turing publica um artigo sobre "Números Computáveis" e Claude Shannon demonstra numa tese a conexão entre lógica simbólica e circuítos elétricos. Em 1937, George Stibitz constrói em sua mesa de cozinha um "Somador Binário". 
Com a chegada da Segunda Guerra Mundial houve a necessidade de se projetar máquinas capazes de executar cálculos balísticos com rapidez e precisão para serem utilizadas na indústria bélica. Com os avanços realizados até então, em 1944 o primeiro computador eletromecânico foi construído na Universidade de Harvard, pela equipe do professor H. Aiken e com a ajuda financeira da IBM, que investiu US$ 500.000,00 no projeto. O sistema resultante possuía o nome de MARK I, era controlado por programa e usava o sistema decimal. Tinha cerca de 15 metros de comprimento e 2,5 metros de altura, era envolvido por uma caixa de vidro e de aço inoxidável e possuía as seguintes características: 760.000 peças; 800 km de fios; e 420 interruptores para controle. O MARK I realizava uma soma em 0,3 s, uma multiplicação em 0,4 s e uma divisão em cerca de 10 s. O MARK I prestou seus serviços de matemática na Universidade de Harvard por 16 anos. 
Em 1941, Konrad Zuse, na Alemanha, já estava criando modelos de teste: Z1 e Z2, sendo que logo após completou um computador operacional (Z3), que consistia de um dispositivo controlado por programa e baseado no sistema binário e que era muito menor e de construção bem mais barata do que o MARK I. Os computadores Z3, e logo a seguir o Z4, eram utilizados na solução de problemas de engenharia de aeronaves e projetos de mísseis, sendo que Zuze também construiu vários outros computadores para fins especiais, mas não teve muito apoio do governo Alemão, pois Hitler na época mandou embargar todas as pesquisas científicas, excetos as de curto prazo, sendo que o projeto de Zuze levaria cerca de 2 anos para ser concluído. Umas das principais aplicações da máquinas de Zuze era quebrar os códigos secretos que os ingleses usavam para se comunicar com os comandantes no campo.
Os Computadores de Primeira Geração surgiram em 1943. Um projeto britânico, sob a liderança do matemático Alan Turing, colocou em operação uma série de máquinas mais ambiciosas, o COLOSSUS, pois ao invés de relés eletromecânicos, cada nova máquina usava 2.000 válvulas eletrônicas. Em 1946, surgiu o ENIAC - Eletronic Numerical Interpreter and Calculator (ou seja, "Computador e Integrador Numérico Eletrônico"), projetado para fins militares, pelo Departamento de Material de Guerra do Exército dos EUA, na Universidade de Pensilvânia. Era o primeiro computador digital eletrônico de grande escala e foi projetado por John W. Mauchly e J. Presper Eckert.
O sucessor do ENIAC foi o EDVAC - Eletronic Discrete Variable Computer ("Computador Eletrônico de Variáveis Discretas"). O EDVAC foi planejado para acelerar o trabalho, armazenando tanto programas quanto dados em sua expansão de memória interna. Os dados, então, eram armazenados eletronicamente num meio material composto de um tubo cheio de mercúrio, conhecido como linha de retardo, onde os cristais dentro do tubo geravam pulsos eletrônicos que se refletiam para frente e para trás, tão lentamente quanto podiam, de forma a reter a informação, semelhante a um desfiladeiro que retém um eco, característica que Eckert decobriu por acaso ao trabalhar com radar. Outra grande característica do EDVAC era a capacidade de codificar as informações em forma binária em vez da forma decimal, reduzindo bastante o número de válvulas.
Em 1949, surge o EDSAC - Eletronic Delay Storage Automatic Calculator (ou "Calculadora Automática com Armazenamento por Retardo Eletrônico"), a qual marcou o último grande passo na série de avanços inspirados pela guerra. Em 1951, surge o primeiro computador comercial, o LEO.
Os Computadores de Segunda Geração tiveram seu início em 1952; neste ano, a Bell Laboratories inventou o Transistor, que passou a ser um componente básico na construção de computadores e apresentava as seguintes vantagens: aquecimento mínimo (se considerado individualmente); pequeno consumo de energia; maior confiabilidade e velocidade do que as válvulas. No mesmo ano, John Mauchly e Presper Eckert abriram sua própria firma na Filadéfia e criaram o UNIVAC - Universal Automatic Computer, ("Computador Automático Universal"), o qual era destinado ao uso comercial. Era uma máquina eletrônica de programa armazenado que recebia instruções de uma fita magnética de alta velocidade ao invés dos cartões perfurados. O UNIVAC foi utilizadopara prever os resultados de uma eleição presidencial. Também no mesmo ano, Grace Hopper transformou-se em uma pioneira no processamento de dados, pois criou o primeiro compilador e ajudou a desenvolver duas linguagens de programação, o que tornou os computadores mais atrativos para comércio. 
Em 1953, Jay Forrester, do MIT, construiu uma memória magnética menor e bem mais rápida, a qual substituía as que utilizavam válvulas eletrônicas. Em 1954, a IBM concluiu o primeiro computador produzido em série, o 650, que era de tamanho médio; enquanto isso, Gordon Teal, da Texas Instruments, descobriu um meio de fabricar transistores de cristais isolados de silício a um custo baixo. Conclui-se em 1955, o primeiro computador transistorizado, feito pela Bell Laboratories: o TRADIC, o qual possuía 800 transistores.
Os Computadores de Terceira Geração surgiram em 1958 e 59. Nestes anos, Robert Noyce, Jean Hoerni, Jack Kilby e Kurt Lehovec participam do desenvolvimento do CI - Circuito Integrado. Em 1960, a IBM lança o IBM/360, cuja série marcou uma nova tendência na construção de computadores com o uso de CI, que ficaram conhecidas como Chips. Esses chips incorporavam, numa única peça de dimensões reduzidas, várias dezenas de transistores já interligados, formando circuitos eletrônicos complexos. Steven Hofstein descobriu, em 1961, o transistor de efeito de campo, usado nos circuitos integrados MOS-FET. 
No ano de 1965, a Digital Equipment introduz o PDP-8, o primeiro minicomputador comercial e com preço competitivo.
Em 1971, Ted Hoff, planeja o microprocessador Intel 4004, o qual era um único chip com todas as partes básicas de um processador central. Esse processador era a CPU de um computador de 4 bits. Já em 1974, Ed Roberts, do MITS (Micro Instrumentation and Telemetry Systems), constrói um microcomputador chamado ALTAIR 8800 (o nome "Altair" se deve a uma estrela, pois consideravam o lançamento da máquina um "evento estelar"), cuja máquina foi construída com base em um processador da Intel, o 8080, que já era um descendente do processador Intel 8008. O ALTAIR tornou-se o maior sucesso, marcando o início de uma indústria multibilionária, pois Roberts esperava vender uns oitocentos ALTAIR por ano e acabou tendo dificuldades para satisfazer 4.000 pedido.
Em 1975, os estudantes William (Bill) Gates e Paul Allen criam o primeiro software para microcomputador, o qual era uma adaptação do BASIC (Beginners All-Purpose Symbolic Instruction Code, ou "Código de Instruções Simbólicas para todos os Propósitos dos Principiantes") para o ALTAIR. Anos mais tarde, Gates e Allen fundaram a Microsoft, uma das mais bem sucedidas companhias de software para microcomputadores. Em 1977, surge no mercado, com produção em série, três microcomputadores: o Apple II; o TRS-80, da Radio Shack; e o PET, da Commodore. Em 1979, é lançado pela Software Arts o "VisiCalc", o qual foi o primeiro programa comercial para microcomputadores.
Os Computadores de Quarta Geração surgiram na década de 80, quando foi criado o IC LSI - Integratede Circuit Large Scale Integration, ("Circuito Integrado em Larga Escala de Integração"), onde foram desenvolvidas técnicas para se aumentar cada vez mais o número de componentes no mesmo circuito integrado. Alguns tipos de IC LSI incorporavam até 300.000 componentes em um único chip. Em 1981, a IBM resolve entrar no mercado de microcomputadores com o IBM-PC.
Os computadores de Quinta Geração têm como característica o uso de IC VLSI - Integrated Circuit Very Large Scale Integration, ("Circuitos Integrados em uma Escala Muito Maior de Integração"). Os "chips" vêm diminuindo tanto de tamanho, fazendo com que seja possível a criação de computadores cada vez menores.
AULA 2 - Introdução a Internet
De forma simplificada, a Internet é uma rede de redes, unindo computadores do governo, universidades, iniciativa privada e pessoas no mundo todo, que provê uma infra-estrutura para uso de diversos serviços e aplicações, como e-mail, boletins, troca e armazenamento de arquivos, documentos de hipertexto, bancos de dados, entre outras aplicações Também pode ser vista como uma vasta coleção de redes de computadores que formam e agem como um única grande rede para transportar dados e mensagens através de distâncias que podem ser desde algum lugar no mesmo escritório a qualquer lugar do mundo.
A Internet, atualmente, é gerenciada pela Internet Society, que coordena o desenvolvimento de novas tecnologias e aplicações para a Internet, e que possui um conselho consultivo conhecido como Internet Architecture Board (IAB), que coordena o funcionamento da Internet, bem como a pesquisa e desenvolvimento relacionados. Dentre as responsabilidades do IAB, incluem-se: a supervisão arquitetural da Internet; a supervisão e apelações sobre os procedimentos padrão; e a gerência editorial dos Requests for Comments (RFC) e administração da aplicação dos parâmetros de protocolo atribuidos pela Internet Assigned Numbers Authority (IANA), que é quem controla a distribuição de identificadores para os serviços a serem fornecidos via Internet, tais como atribuição de endereços IP e números de porta TCP e UDP
Para que haja a Internet, é necessário que haja comunicação entre os computadores; para que dois computadores se comuniquem, é necessário que eles falem a mesma linguagem. Para isto, existem os protocolos. Protocolos são regras que determinam como a comunicação se estabelece (ou seja, como é a linguagem) e indicam o padrão de informação que navega pela rede para identificar os pedidos e respostas. Existem diversos protocolos de comunicação de computadores, como Novell, NetBios, SNA, Appletalk, e outros. O TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) é o protocolo de comunicação utilizado na Internet. O TCP/IP permite a comunicação em diversas camadas: aplicações HTTP, SMTP, POP, TELNET, FTP, as quais serão detalhadas mais adiante; apresentação visual; sessão; transporte de dados TCP (com conexão), UDP (sem conexão e garantia); rede IP; enlace; e comunicação física, via placas de rede.
Dentre os serviços de suporte para a Internet, destacam-se: DNS (Domain Name Service, Serviço de Nomes de Domínio), serviço na Internet que traduz nomes de domínio em endereços numéricos na Internet; e o WINS (Windows Internet Name Service) é a implementação do Microsoft's NetBIOS Servidor de Nomes para Windows. O NetBIOS fornece três serviços: serviço de registro de nome; sessão de serviços de conexão; e sistema de redirecionamento e redistribuição durante falta de comunicação.
Outra característica importante de comunicação na Internet são os endereços, que são o Endereço IP e o Endereço MAC. O Endereço IP funciona da seguinte forma: como o protocolo TCP/IP permite a integração de várias redes, cada rede recebe um número (network number), que é o endereço de rede, e cada host recebe um número (host number) que o identifica em sua rede (Hosts podem ser estações de trabalho, servidores, roteadores, impressoras, entre outros). O endereço lógico (IP) é composto de duas partes: endereço de rede e endereço de host (Se um computador tiver mais de uma placa de rede, cada placa terá seu próprio endereço IP). O servidor DNS traduz nomes para os endereços IP e endereços IP para nomes respectivos, e permitindo a localização de hosts em um domínio determinado.
O Endereço MAC (Media Access Control) é recebido de fábrica, pelo dispositivo de rede, sendo universalmente único, e identifica o fabricante e o número de série da placa de rede. É utilizado pelos protocolos da camada de interface de rede (Ethernet, Token-Ring, FDDI, entre outros), sendo composto de 6 bytes: os 3 primeiros, atribuídos pelo IEEE identificam o fabricante e os 3 últimos são únicos, atribuídos pelo fabricante. O endereço MAC é o endereço físico da estação, ou melhor, da interface de rede. A primeira metade do número é destinada à identificação do fabricante, e a segunda é fornecida pelo fabricante. É um endereço universal, ou seja, nãoexistem, em todo o mundo, duas placas com o mesmo endereço.
Também são importantes na Internet os Protocolos de Aplicação para o Usuário. Dentre eles, temos: HTTP (HyperText Transfer Protocol), que permite a execução de arquivos HTML; SMTP (Simple Mail Transfer Protocol), que é o protocolo usado na transferência de correio eletrônico na Internet, utilizado em conjunto com POP ou IMAP para enviar e receber e-mails; POP3 (Post Office Protocol versão 3), protocolo responsável pela área no computador do provedor que guarda as mensagens de correio eletrônico até que elas sejam retiradas pelo usuário e é utilizado para ler mensagens em um servidor SMTP; FTP (File Transfer Protocol), que faz a transferência de arquivos entre um servidor local e um computador remoto; e Telnet, que gerencia o acesso de terminal a um computador remoto.
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Um pouco de história da Internet: em 1968 , a DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency), dos Estados Unidos, contrata a empresa BBN para criar a ARPANET. Esta rede, criada no ano seguinte, tinha o objectivo de conectar as bases militares e os departamentos de pesquisa do governo americano, e teve o seu berço dentro do Pentágono. A Arpanet foi totalmente financiada pelo governo Norte-Americano, que tinha como objetivo desenvolver uma rede de comunicação que não os deixassem vulneráveis, caso houvesse algum ataque soviético ao Pentágono. No ano seguinte, já faziam parte da rede as universidades UCLA, Stanford, UC Santa Barbara, Univ. of Utah, e a empresa BBN. Em 1974, foi criado o TCP, por Vinton Cerf e Bob Kahn, e, em primeiro de janeiro de 1984, a Internet e seus 1000 hosts são convertidos em massa para o uso de TCP/IP.
Tim Berners-Lee, no final da década de 80, inventa o HTML. Berners-Lee dirige o consórcio W3C, um fórum aberto das companhias e organizações que tem como missão o aprimoramento do potencial da Internet como meio de comunicação e troca de dados. Com parte dos fundos de um projeto de desenvolvimento de software para comunicações e processamento de texto, ele inventou, em 1989, a World Wide Web. A Web foi originalmente criada como uma iniciativa para o compartilhamento de informações entre os pesquisadores de todo o mundo que atuam junto ao CERN (laboratório europeu de física de partículas).
O crescimento da Internet foi sem precedentes, se comparado com outros meios de comunicação: para obter um mercado de 50 milhões de pessoas, o rádio levou 38 anos, a TV, 13 anos, e a Internet, apenas 4 anos, desde que foi aberta o público em geral, em 1994.
Com a abertura da Internet, surgiu o interesse das empresas e, consequentemente, o comércio eletrônico. O comércio eletrônico pode ser dividido em duas modalidades: Business to Business (B2B), que é o nome dado ao comércio praticado por fornecedores e clientes empresariais, ou seja de empresa para empresa. Esta forma de comércio tem ganhado destaque pela automatização de processo via Internet, que diminuem o tempo de execução das operações e ganhos em eficiência; e Business-to-consumer (B2C), que é o comércio efetuado diretamente entre a empresa produtora, vendedora ou prestadora de serviços e o consumidor final. Esse mercado é composto por todos os consumidores que adquirem bens e serviços para uso próprio ou domiciliar. 
No Brasil, a história da Internet começa em 1987, quando a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e o LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica) conectaram-se a instituições nos EUA. No ano seguinte, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) conectou-se à UCLA, abrindo caminho para várias universidades e centros de pesquisa conectaram seus equipamentos a uma dessas instituições. Em 1990, a RNP (Rede Nacional de Pesquisas) começa uma iniciativa cujo objetivo é implantar uma moderna infra-estrutura de serviços Internet, com abrangência nacional. Até abril de 1995, a atuação da RNP se restringia às áreas de educação e pesquisa no País, e sua missão foi disseminar o uso da Internet no Brasil, especialmente para fins educacionais e sociais.
Em 1991, é apresentado um plano para melhor interconectar os diversos centros de pesquisa do país. Em 7 de junho deste mesmo ano, é aprovada a implantação de um Backbone (Backbone é a infra-estrutura física central da Internet e das redes principais que conectam redes menores à Internet ) pela RNP, financiada pelo CNPq. A motivação por trás deste projeto era diminuir a lentidão e problemas apresentados no modelo inicial. Em 1992/1993, ocorre a implantação deste backbone de comunicação, cobrindo a maior parte do país, com velocidades mínimas de 9.600 bits por segundo (bps). Em 1995, quase todos os estados brasileiros tinham ponto de presença oficial da RNP ou operado por alguma instituição local e aberto à comunidade de educação e pesquisa na região. As instituições que então se conectaram à RNP ou redes estaduais eram primariamente voltadas para educação, pesquisa ou gestão governamental. Neste mesmo ano, cerca de 400 instituições de ensino e pesquisa do país se ligaram em rede, incluindo a maioria das universidades e institutos de pesquisa governamentais. O número estimado de usuários ativos era 60 mil, primariamente para uso acadêmico, conectados em 10 mil hosts.
Em abril de 1995, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia decidem lançar um esforço comum de implantação de uma rede Internet global e integrada para todo tipo de uso. Assim, surgiram as bases político/estratégicas da Internet no Brasil. Neste primeiro momento, conectaram-se 11 empresas no servidor WWW experimental da EMBRATEL. Neste cenário, a RNP passou a exercer novas funções: a operação continuada de serviços de alocação de endereços IP e de registro de domínios; promover a adesão de todas as iniciativas de redes no país a padrões gerais de engenharia, interconexão, segurança, etc.; e coleta e disseminação de informações sobre Internet no Brasil, o que inclui: pontos de presença em todas as capitais, ligação entre as capitais geradoras de maior tráfego a velocidades de 2Mbps (antes 64Kbps) e transformação das ligações de 9.6 Kbps em ligações a 64Kbps. 
Em maio de 1995, é criado o Comitê Gestor da Internet, que conta com a participação do MC e MCT, de entidades operadoras e gestoras de backbones, de representantes de provedores de acesso ou de informações, de representantes de usuários e da comunidade acadêmica. Dentre as atribuições do Comitê Gestor, incluem-se: fomentar o desenvolvimento de serviços Internet no Brasil; recomendar padrões e procedimentos técnicos e operacionais para a Internet no Brasil; coordenar a atribuição de endereços Internet, o registro de nomes de domínios, e a interconexão de backbones; e coletar, organizar e disseminar informações sobre os serviços Internet.
O Comitê Gestor da Internet do Brasil tinha como membros: representantes de cinco ministérios (MCT, MC, Defesa, Planejamento e Indústria), da Casa Civil da Presidência da República, da Agência Nacional de Telecomunicações e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; representantes do setor empresarial: provedores de acesso e conteúdo da Internet, provedores de infra-estrutura de telecomunicações, indústria de bens de informática, telecomunicações e software, e setor empresarial usuário; representantes do terceiro setor (serviços); e representantes da comunidade científica e tecnológica
Dentre os principais desafios do Comitê Gestor, estavam: acompanhar a transformação da Internet no Brasil; promover o aumento de velocidade nos circuitos da Rede Nacional de pesquisa, RNP; fazer a transição para o trafego misto na Internet – acadêmico, governamental e comercial; e supervisionar o estabelecimento, pela Telebrás, de um backbone nacional e de outros backbones privados. Em dezembro de 1995, todos os circuitos de 2 Mbps, correspondentes à parte principal da espinha dorsal da RNP, estavam operacionais.AULA 3 - Desenvolvimento da Internet e Programas de Uso
A Internet deve muito de crescimento à necessidade de informação. A informação, em suas diversas formas, constitui hoje fator essencial ao desempenho competente de qualquer profissão. Atualmente, a informação está ao alcance de todos. No entanto, algumas perguntas permanecem: Como encontrar a informação? Como identificar a informação útil? Como obter a informação certa na hora certa? Neste contexto de busca e intercâmbio de informações, a Internet acaba exercendo os seguintes papéis: colaboração global e compartilhamento de informações; servindo como ferramenta de educação à distância e distribuição de softwares; ferramenta de colaboração e divulgação de pesquisa científica; como prestadora de serviços públicos; no comércio e na indústria, como ferramenta de marketing, desenvolvimento de produtos, vendas e atendimento a clientes; e também como forma de troca de correspondência e entretenimento.
Nesta busca por informação, alguns aspectos fazem da Internet uma ferramenta de grande utilidade, e também são responsáveis por seu crescimento: a grande disseminação do uso de computadores para comunicação; Internet plug-and-play, ou seja, a fácil conexão com a Internet; acesso à Internet a partir de virtualmente todos os lugares; o grande número de provedores de acesso; o surgimento de interfaces cada vez mais simples para o usuário, associado a um crescente número de ferramentas para acesso e trabalho com a Internet; um alto desempenho a um baixo custo; além do fato de as pessoas gostarem de interagir com as outras através da rede
No entanto, o grande volume e diversidade de informações implica na necessidade do desenvolvimento de habilidades e aquisição de conhecimentos que tornem a navegação no hiperespaço eficiente e objetiva. Embora atraente, a navegação na Web em busca de informação, pode ser um fator impactante na produtividade profissional, caso não seja adquirida a habilidade para se trabalhar com este fluxo de informações.
Dentre os diferentes recursos para a busca de informações na Internet, podemos destacar os seguintes: World Wide Web (WWW), Web Browsers, também conhecidas como “páginas de busca”; índices e catálogos de informações e produtos; páginas de Meta Pesquisas; Usenet News; listas de discussão e o FTP (File Transfer Protocol), para a busca de softwares.
O WWW (ou W3) foi desenvolvido originalmente na Suiça, no CERN e é, sem dúvida, o sistema mais utilizado no momento. A Web suporta um sistema hipermídia de informações, via HTML, no qual é possível correlacionar diversos documentos e onde dados apontam para outros dados via links. O WWW é o responsável em grande parte pela popularização da Internet e pela adesão maciça de empresas comerciais, uma vez que permite a utilização de diversos browsers (Mosaic, Cello, Netscape Navigator, WebExplorer, Lynx, Internet Explorer, entre outros).
	Do ponto de vista comercial, a Web é uma ferramenta de marketing (passivo) e comunicação de baixo custo, e que pode ser utilizada para contatos e suporte. Isto gera para as empresas uma redução de despesas e um conseqüente aumento de receitas. Além disso, a Web gera um grande potencial para desenvolvedores de software e equipamentos para acesso à rede
Os índices armazenam todos os documentos existentes na Web e realizam pesquisas por meio de palavras chaves. Eles utilizam-se de programas denominados spiders, wanderers, etc, para realizar a coleta de documentos na Internet. É extremamente importante que se conheça o modo de funcionamento de cada um dos índices para obtenção de melhores resultados.
Os catálogos tentam estabelecer algum tipo de ordem em um universo caótico de documentos e realizam a classificação da informação. Eles também utilizam spiders e submissão de URL’s para descobrir novos sites Web.
Páginas de Meta Pesquisa (ou MetaSearch) permitem o acesso a vários mecanismos de pesquisa a partir de uma única página, por meio de solicitações enviadas simultaneamente a vários índices ou catálogos. Possuem também um sistema de tratamento e filtragem da informação, para eliminar redundâncias.
O File Transfer Protocol – FTP, é um serviço que permite a cópia de arquivos entre hosts na Internet. É maneira principal pela qual se distribui software na Internet. O FTP permite acesso a um conjunto de dados que está sempre crescendo, cobre todos os assuntos possíveis e nunca se fecha. Também existem implementações que permitem o acesso a serviços FTP via mail. Atualmente, é acessível também através do protocolo HTTP.
A Telnet é um serviço que permite a conexão a um computador remoto. É principalmente utilizado por empresas e universidades para que seus funcionários tenham acesso de via Internet a seus sistemas. 
O E-mail é m dos recursos mais usados na Internet, pois possibilita o trabalho conjunto de pessoas em lugares geograficamente distantes. Podem ser implementados por meio de diversos protocolos: SMTP (Simple Mail Transfer Protocol), POP (Post Office Protocol), Pegasus (P-Mail), MIME (Multipurpose Internet Mail Extensions). Atualmente, é possível a integração entre e-mail e FAX, o que reduz contas telefônicas, reduz custos através da instalação centralizada dos equipamentos e economiza de tempo, por meio da criação de bibliotecas de documentos, formulários e comunicações padrão.
As Usenet News (USErs NETwork) foram criada em 1979, na Universidade da Carolina do Norte e são enormes conjuntos de grupos de discussão, abrangendo o mundo inteiro. Cada grupo de discussão é devotado a um tópico em particular, com acesso livre aos usuários, que são responsáveis por sua administração. Atualmente existem centenas de milhares de grupos pelo mundo todo. Uma característica muito comum nestes grupos são as FAQs (Frequently Asked Questions), que contém as perguntas mais frequentes (e suas respectivas respostas) sobre o assunto do grupo de discussão. Normalmente a compilação dos FAQs é realizada por membros do grupo voluntários.
As listas de discussão dentre de UseNet News congregam pessoas que queiram discutir assuntos de interesse comum. São fáceis de serem criadas: basta um computador ligado à Internet, o assunto e pessoas para discuti-lo. São implementadas através de programas chamados listservers, que geralmente fornecem os serviços de arquivamento de mensagens, envio de mensagens padrão, envio de arquivos e resumos. Existem listas moderadas e não moderadas, ou seja, podem ter ou não alguém que classifica e seleciona o que pode ser enviada para a lista. 
Por fim, existem ainda os Intenet Agents, que são programas que realizam tarefas para seus donos, tais como agendamento de reuniões, compras, pesquisas, etc.
Além da Internet, existem também as Intranets, que são redes corporativas utilizando protocolos TCP/IP e tecnologias Internet para trabalho em grupo, compartilhamento de informações, publicação e criação de documentos e acesso à Internet global. A principal característica de uma Intranet é ser fisicamente bem delimitada e, quase sempre, possuir acesso restrito. 
Antes da Web, a Internet possuía múltiplos formatos e interfaces, bem como múltiplos protocolos. Isso acarretava em múltiplas plataformas, o que gerava em ilhas de informação, o que tornava difícil o acesso a esta. A Web unificou tudo em uma única interface, o que permitiu acesso a todos os sistemas (velhos e novos), um acesso rápido e fácil à informação e uma maior facilidade para criação e compartilhamento de informação, sendo, desta forma, um incentivo à criação de informação.
Atualmente, as promessas futuras vêm na forma de novas tecnologias, principalmente de hardware. Uma destas é a comunicação via fibra óptica. Em teoria, a fibra óptica teria largura de banda virtualmente infinita: transmissões de um trilhão de bits/s (Terabits/s) já foram conseguidas experimentalmente; desta forma, seria possível a transmissão de um milhão de canais de TV ao mesmo tempo em uma única fibra. A conversão para fibrasjá está em curso em vários países, inclusive no Brasil.
Dentre outras possibilidades que surgem, estão a transmissão de áudio e vídeo via Internet, a Internet na rede de TV a cabo e a Internet móvel. Embora todos estes serviços já existam, ainda há muito a ser desenvolvido nestas áreas. Uma outra tendência é o dinheiro eletrônico, que já está em uso por meio das operações com cartões de débito e crédito. Tal fato acelerou o desenvolvimento do comérico eletrônico. 
	No entanto, a facilidade de acesso à informação gerada pela Internet gerou alguns problemas. O grande crescimento da Internet e universalização do acesso resultou no compartilhamento e distribuição de materiais com conteúdo inadequado. Tais materiais podem ser encontrados muito mais facilmente de outras maneiras. Para evitar este problema, técnicas e ferramentas estão sendo rapidamente desenvolvidas para permitir a seletividade da informação acessada; porém, estas mesmas técnicas podem entretanto ser utilizadas de modo inadequado por grupos e governos para definir como impróprios temas políticos, culturais e religiosos. Existe uma preocupação de que tal uso venha a diminuir o espiríto de cooperação global criado pela Internet e que não tem limites geográficos. No entanto, o lado “ruim” da Internet constitui uma parte muito pequena do todo, e a distribuição de materiais questionáveis pode ser tratada pelas leis já existentes e pela seletividade praticada pelos próprios usuários.
AULA 4 - Comércio Eletrônico
O Comércio Eletrônico é uma evolução do comércio convencional. As transações convencionais envolvem a realização e controle manual (verificação in loco) de estoques, vendas, pagamentos, etc. Nas transações eletrônicas – via fax, celular, tv interativa, internet,..- as autorizações são eletrônicas, e a única parte manual do processo acaba sendo a entrega do produto. O comércio pela internet começou a se desenvolver em 1994, com o surgimento dos primeiros navegadores amigáveis (Nestcape Navigator), e começou a crescer significativamente a partir de 2003, com a ampla difusão da banda larga, que permitiu uma comunicação mais rápida e confiável pela Internet.
O comércio eletrônico distingue-se do tradicional em diferentes aspectos: primeiro, a forma de comunicação. Normalmente, utilizam-se os mesmos protocolos e linguagem, o que gera uma linguagem digital comum em nível mundial. Em segundo, pelo gerenciamento de dados: é mais fácil guardar e acessar o cadastro dos clientes e descobrir informações de comportamento dos clientes (cookies). Em terceiro, pela segurança: mecanismos de criptografia e autentificação garantem a autenticidade e privacidade na troca de informações, embora nem todos os consumidores ainda confiem nesta segurança.
Dentre as vantagens do comércio eletrônico, podemos destacar: a inserção instantânea da empresa no mercado; relações ágeis entre empresa e cliente; redução assimetria comercial, pois permite obter rapidamente grande quantidade de informações, por ambos os lados da transação; redução da burocracia, e facilitação da análise mercadológica, através da criação de bancos de dados para novos produtos ou campanhas.
Dentre as desvantagens, podemos citar: fraudes, por meio clonagem de dados e golpes; problemas tributários e de taxação entre fronteiras; quebra propriedade intelectual, por meio da eventual divulgação sem controle e cópias ilegais de material com direitos de cópia restritos; risco da quebra da confidencialidade e de violação de transações; falta de confiança comercial, pois uma empresa que não tem referência física – endereço, telefone, etc. – pode desaparecer!
As informações que devem ser fornecidas por empresas de comércio eletrônico podem ser classificadas em algumas categorias: técnicas, referentes a especificações de produtos; comerciais, referentes a preços, prazos, condições de pagamento; administrativas: andamento do processo, notas fiscais, entrega. As empresas podem também, através de seu histórico, obter informações projetivas, que são de caráter mais corporativo e permitem o planejamento da cadeia de suprimento.
Existem dois tipos de comércio eletrônico: B2B (business to business), que é o comécio entre empresas, e B2C (business to consumer), que é o comércio entre empresa e consumidor final.
No B2B, o comércio ocorre entre duas empresas e há basicamente duas categorias de insumos: insumos para manufatura, que consistem em matéria-prima e componentes para fabricação e processos; insumos operacionais, que consistem de serviços, suprimentos de escritório e equipamentos e serviços de manutenção. Neste ambiente, a empresa compradora espera obter e trocar informações, adquirir produtos, emitir o pedido, monitorar o pedido e receber a fatura, tudo eletronicamente. É importante observar que, com maior oferta de fornecedores, clientes esperam menores preços e prazos de entrega; por outro lado, fornecedores esperam prazos mais curtos de recebimento. Tal situação gera um ambiente onde se tem volumes elevados de vendas e margens de lucro estreitas por produto.
No B2C, o cliente geralmente é uma pessoa física, que pelo seu computador pessoal busca e adquire produto ou serviço. Este é uma ambiente de alta volatilidade, com empresas entrando e saindo do mercado com muita rapidez, e que está sujeito a elevadas oscilações na oferta e demanda. Devido a isto, dá-se alta importância a fatores logísticos, tais como infra-estrutura, estoque, distribuição, tratamento da informação e recursos humanos. Além disso, as empresas têm que enfrentar uma séria de barreiras psicológicas por parte dos consumidores: receio de gastar valores elevados, uso de cartões de crédito, e a falta de confiança na empresa e na distribuição. A situação ideal para as empresas, neste tipo de comércio, é que só os insumos sejam deslocados ao longo da cadeia de suprimentos e que as operações e deslocamentos que não adicionam valor ao consumidor sejam eliminados. Assim, as empresas esperam um aumento nas margens de lucro pela redução de intermediários.
Uma nova tendência atualmente é Comércio eletrônico móvel (mCommerce), que é caracterizado por uso da rede de telefonia móvel e transações com valores monetários pequenos. No meio corporativo tem aplicações como: venda remota, como por exemplo para o vendedor de rua; prestação de serviço, tais como reparos na rede de energia, água, telefone, obras,etc; e para operadores logísticos, tais como transportadoras, courier, etc.
O B2C exige práticas operacionais diferentes do comércio convencional, tais como o despacho de muitos itens soltos ao invés de poucos lotes consolidados. As entregas devem ser programadas para as janelas de tempo esperada pelo cliente. Além disso, trabalha-se com níveis de demanda extremamente difíceis de serem previstos, o que gera a necessidade de um controle apurado do inventário e do registro de entrada e saida. Isto acarreta uma extrema importância do sistema informacional: os dados do pedido interligado com os do depósito.
Muito embora toda loja virtual seja um website, nem todo site é uma loja virtual, ou seja, nem todo site vende produtos ou serviços on-line. Existem inúmeras outras funções desempenhadas pelos sites além da venda direta, tais como divulgação institucional, compras, relações com fornecedores, treinamento de funcionários, e diversas outras. Esses sites não podem ser chamados de lojas virtuais, tendo em vista que lojas virtuais são sites de e-commerce, onde o cliente visualiza e escolhe seu produto, coloca no carrinho de compras e passa no caixa para realizar o pagamento, num processo totalmente realizado on-line.
A lojas virtuais desempenham um papel estratégico para qualquer negócio na Internet. É nas lojas virtuais que o visitante será apresentado aos produtos e, quiçá, vai se sentir motivado para realizar a compra. Partindo-se da premissa que os produtos oferecidos, são de interesse do visitante, e estão sendo oferecidos a um preço justo, a decisão de compra vai dependerbasicamente da qualidade da loja virtual em transmitir informações precisas, sua confiabilidade, segurança e facilidade de navegação.
É verdade que esse processo de transformação de internautas em consumidores on-line ocorre a um ritmo distinto em cada país dependendo de variáveis diversas como nível educacional da população, renda, grau de segurança disponibilizado, desenvolvimento das empresas, entre outras. Mas o fato concreto indicado pelos dados históricos e pelas pesquisas é que o percentual dos compradores em relação aos usuários aumenta ao longo do tempo em praticamente todos os países. Basta olharmos para os Estados Unidos, nosso indefectível paradigma da Internet, onde mais da metade dos Internautas compra on-line. Há cerca de dois anos atrás, uma ampla pesquisa realizada pela empresa Ernst Young em 12 países, inclusive o Brasil, já apontava, entre outras, três grandes tendências: cada vez mais internautas estão comprando on-line; os consumidores estão aumentando a freqüência de compras; e os consumidores estão aumentando a média de gastos. 
Associando-se a isso a tendência apontada no anteriorente, de aumento no número de pessoas conectadas a Internet, chegamos a um cenário muito promissor no qual visualizamos para o Brasil uma grande quantidade de pessoas conectadas a Internet, das quais uma expressiva parcela realizando compras on-line.

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