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DESENVOLVIMENTO INFANTIL

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DESENVOLVIMENTO INFANTIL – PIAGET
A acomodação é o processo de tirar novas informações no ambiente e alterar informações pré-existentes para se encaixar nas novas informações. Isso é importante porque estabelece como as pessoas vão adotar novos conceitos, esquemas, conhecimento, etc.
Assimilação , por outro lado, é como os seres humanos percebem e se adaptam a novas informações. É quando nos deparamos com novas informações, mas olhamos as informações antigas que armazenamos para interpretar a nova.
 Teoria 1-Piaget: estágio sensorimotor (crianças de 0 a 2)
Este estágio de desenvolvimento é caracterizado pela forma como a criança entende o mundo, reunindo a experiência sensorial com a atividade física. Este é o período em que a criança melhora reflexos inatos.
Crianças desta época como estímulos brilhantes, brilhantes e em movimento com muito contraste.
Eles constroem esquemas tentando repetir uma ação com seu próprio corpo , como fazer barulho, bater seu brinquedo, jogar algo ou mover um cobertor para obter algo que está em cima dele. Nesta idade, as crianças repetem ações aleatoriamente, experimentando com seus próprios corpos.
Primeiro contato com o idioma: a primeira vez que o bebê tem contato com o idioma é quando ainda está no útero da mãe quando começa a se familiarizar com as vozes dos pais. A pesquisa mostra que, durante os primeiros meses de vida do bebê, eles preferem o som das vozes humanas a qualquer outro som. É surpreendente o quão usado para a língua que eles são desde que o bebê nasce, eles têm uma habilidade excepcional para distinguir o idioma falado. Pesquisas mostram que as crianças são especialmente atraídas pela voz de sua mãe, que podem reconhecer melhor do que a voz de um estranho.
Como as crianças envelhecem 0-2 anos se comunicam? Depois que um bebê nasce, sua principal forma de comunicação está chorando, pois ainda não conseguem produzir outros sons. Durante os primeiros meses de vida, sua comunicação será principalmente pré linguística, usando sorrisos e chorando involuntariamente. Essas ações tornar-se-ão voluntárias quando aprenderem a usá-las de forma comunicativa. No entanto, os pais são capazes de entender um grito ou um sorriso de seu bebê, tornando-se uma forma de comunicação não intencional. Em cerca de 6 meses, o bebê aprenderá a balbuciar e a fazer sons consoantes como “da da da”. A primeira aparição das palavras é de cerca de 12 meses.
A Teoria de Piaget durante esta etapa estabelece seis sub-etapas que são:
Reflexos simples:  desde o nascimento a 6 semanas, o bebê terá três reflexos primários (sugando objetos na boca, seguindo objetos moventes ou interessantes com os olhos e fechando a mão quando um objeto faz contato com a palma) Com o passar do tempo os reflexos se tornarão ações voluntárias.
Primeiros hábitos e reações circulares primárias:  de 6 semanas a 4 meses, a criança agora está começando a ser mais consciente e o condicionamento clássico e operante começa nesta fase. A imitação ou reprodução de certas reações com seu próprio corpo começam.
Reacções circulares secundárias:   de 4 a 8 meses  a criança começa a desenvolver hábitos, eles são mais orientados a objetos, repetindo ações com um propósito que traz resultados agradáveis. Ele agora pode reproduzir certas reações, mas com objetos externos.
Coordenação de reações circulares secundárias: de 8 a 12 meses, a criança consolida coordenação mão-olho e intencionalidade. Suas ações estão agora orientadas para objetivos.
Reações circulares terciárias, novidade e curiosidade:  de 12 a 18 meses, a criança começa a explorar e a investigar objetos que os intriguem. É o palco da descoberta para atingir novos objetivos. Piaget chamou esse estágio do jovem cientista.
Internalização de esquemas: de 18 a 24 meses a criança agora pode usar símbolos primitivos para formar representações mentais duradouras. É quando o estágio de criatividade começa e dá passagem ao estágio pré-operacional.
2- Teoria de Piaget – Fase pré-operatória (2-7 anos de idade)
Esta é a segunda etapa da Teoria Piaget. A escolaridade geralmente começa em cerca de 3 anos de idade, o que traz uma mudança social importante e causa um desenvolvimento social significativo.
A criança começará a se relacionar com outras crianças e pessoas, especialmente colegas . Antes dessa idade, a interação era geralmente com a família.
Como as crianças de 2-7 anos se comunicam? Embora entre as idades de 3 a 7 anos, a criança amplie amplamente seu vocabulário, eles ainda são guiados por um “pensamento egocêntrico”, o que significa que a criança pensará de acordo com suas experiências individuais , o que faz com que seus pensamentos e pensamentos começam, intuitivos e carentes lógica. É por isso que as crianças até a idade de cerca de 6 anos entenderão mal os eventos e terão problemas para expressá-los.
Falar na terceira pessoa é muito comum neste estágio porque as crianças ainda não compreendem completamente o conceito de “eu” ou “eu” que os separa do resto do mundo.
Crianças entre 2-7 serão curiosas e queremos aprender, e é por isso que muitas vezes elas são “porquê”.
Os filhos desse estágio muitas vezes dão características ou sentimentos humanos aos objetos. Isso é chamado de personificação.
Pensamento “egocêntrico”, de acordo com a Teoria de Piaget : Por que as crianças nesta fase têm um tempo tão difícil colocando-se na posição de outras pessoas? Isso pode estar relacionado à “Teoria da mente” , que se refere à capacidade de se colocar na mente de outra pessoa ou em “sapatos de outra pessoa”. As crianças não serão capazes de fazer isso até cerca de 4-5 anos, razão pela qual até chegarem a essa idade, as crianças vão pensar que outros pensam como eles fazem. Esta teoria ajuda a explicar por que as crianças não sabem mentir ou usar ironia até cerca de 5 anos de idade.
Cada uma dessas limitações da etapa pré-lógica será superada em cerca de 6 ou 7 anos de idade, no próximo estágio de desenvolvimento cognitivo, e consolidará até cerca de 14 ou 15 anos de idade.
3- Teoria de Piaget: estágio operacional concreto (7-11 anos)
A segunda etapa da Teoria de Piaget é quando as crianças começam a usar o pensamento lógico, mas apenas em situações concretas. É nesta fase que a criança será capaz de fazer tarefas mais difíceis e complexas que requerem lógica, como problemas de matemática. No entanto, enquanto a sua capacidade de usar o pensamento lógico avançou, sua lógica pode ter certas limitações durante este período : o “aqui e agora” sempre será fácil. Os filhos nessa idade ainda não usarão o pensamento abstrato. Em outras palavras, eles serão capazes de aplicar seus conhecimentos a um assunto que eles não conhecem, mas ainda é difícil nessa idade.
Piaget considerou o estágio concreto um grande ponto de inflexão no desenvolvimento cognitivo da criança porque marca o início do pensamento lógico ou operacional. A criança agora é madura o suficiente para usar o pensamento ou as operações lógicas, mas só pode aplicar lógica a objetos físicos. Ele estabeleceu uma série de operações pertinentes ao estágio concreto.
Conservação: é o entendimento de que algo permanece a mesma quantidade mesmo que sua aparência mude. Assista o seguinte vídeo para exemplos sobre como testar a conservação.
Classificação: é a capacidade de identificar as propriedades das categorias, relacionar categorias ou classes entre si e usar a informação categórica para resolver problemas. Por exemplo, agrupe objetos de acordo com alguma dimensão que compartilhem.
Seriação: a capacidade de organizar mentalmente itens juntamente com uma dimensão quantificável, como altura ou peso.
Reversibilidade: a capacidade de reconhecer que números ou objetos podem ser alterados e retornados à sua condição original. Por exemplo, durante esta fase, uma criança entende que uma bola favorita que se desinfla não está desaparecida, mas pode ser preenchida novamente com o ar e colocada novamente em jogo.
Transitividade: a capacidade de reconhecer as relações entre várias coisas em uma ordemserial. Por exemplo, quando é dito para guardar seus livros de acordo com a altura, a criança reconhece que ele começa a colocar o mais alto em uma extremidade da estante e o mais curto termina na outra extremidade.
Descentramento: a capacidade de considerar múltiplos aspectos de uma situação. Por exemplo, uma criança tem a chance de escolher entre dois doces, ele escolhe um de acordo com seu sabor favorito, independentemente do fato de ambos serem do mesmo tamanho e cor.
4- Teoria de Piaget: Operacional formal (11 anos e mais)
Este último período é caracterizado pela aquisição do raciocínio lógico em todas as circunstâncias, incluindo o raciocínio abstrato.
O novo aspecto deste último período em relação à inteligência é, como Piaget menciona, a capacidade de formular uma hipótese sobre algo que eles não aprenderam especificamente.
É aí que o aprendizado começa a ocorrer como um “todo”, em vez de uma forma concreta como na fase anterior.
Teoria Piaget do Desenvolvimento Moral
Piaget não só estudou os estágios de desenvolvimento das crianças, mas também reconheceu que o desenvolvimento cognitivo está intimamente ligado ao desenvolvimento moral e estava particularmente interessado na forma como os pensamentos das crianças sobre a moral mudaram ao longo do tempo.
Piaget estabeleceu que a moralidade é a capacidade de distinguir entre o errado eo direito e poder atuar sobre essa distinção. Ele estabeleceu que existem três estágios de desenvolvimento moral em crianças.
Estágio Pré-Moral (0-5 anos)
Nesta fase, as crianças têm pouca ou nenhuma compreensão das regras. É difícil para eles realizar operações mentais, portanto, o comportamento é regulado de fora da criança, por um pai, um cuidador, etc. Esta etapa acontece simultaneamente com o estágio Sensorimotor e Pré-operacional.
Estágio de Moralidade Heteronormativa / Realismo Moral (5-9 anos de idade)
Nesta fase, as regras são rígidas e são feitas por adultos. As regras determinarão o que é certo e o que está errado. As crianças nesta fase são completamente obedientes à autoridade. As regras são inflexíveis para essas crianças. Elas também julgam como algo errado pode ser por sua consequência ou punição imediata, não por intenção. Os adultos tendem a se sentir mais confortáveis ​​durante esta fase, uma vez que as regras são transmitidas às crianças sem discussão. Esta etapa ocorre durante os estágios de desenvolvimento operacional pré-operatório e concreto.
Moralidade Autônoma / Relativismo Moral (10+ anos de idade)
Aqui, a ênfase é mais para a cooperação. As regras podem ser alteradas em determinadas circunstâncias e com consentimento mútuo. Piaget afirma que as crianças aprendem a avaliar criticamente as regras e aplicá-las com base na cooperação e no respeito pelos outros. Diferente da fase anterior, agora a intenção é um conceito importante. Eles julgam o quão errado uma ação pode ser pela intenção da pessoa e a punição é ajustada em conformidade. Eles também começam a entender que a diferença entre o certo e o errado não é um absoluto, mas, em vez disso, deve levar em consideração mudanças de variáveis, como contexto, motivação, habilidades e intenções.
À medida que crescem, as crianças começam a perceber que quando as situações são tratadas de uma maneira que parece justa, razoável e benéfica para todos, torna-se mais fácil para as pessoas aceitar e honrar a decisão. Esse conceito de equidade é chamado de reciprocidade. Posteriormente, eles passaram para uma reciprocidade ideal que se refere a um tipo de equidade além da reciprocidade simples e inclui uma consideração dos melhores interesses e sentimentos de outra pessoa, aplicando um pouco de inteligência emocional.
É a melhor descrição de se colocar nos sapatos de outra pessoa. De acordo com Piaget, uma vez que a reciprocidade ideal foi atingida, o desenvolvimento moral foi concluído.
A Teoria de Piaget, além de explicar os diferentes estágios de desenvolvimento nas crianças, também fala sobre a magia das crianças, que seu pensamento egocêntrico, sua curiosidade para as obras e sua inocência, que podem nos ajudar, como adultos, a refletir e entender como a a criança vê o mundo.
MÓDULO 2 - PRIMEIRA INFÂNCIA (POR VOLTA DOS ZERO AOS DOIS ANOS)
1. DESENVOLVIMENTO PERCEPTUAL E MOTOR
 
Geralmente, mais do que os homens, as mulheres costumam mudar os cabelos, o modo de se vestir, ganham ou perdem peso. No entanto, apesar de tais mudanças, é possível reconhecê-las após um período sem vê-las. Por outro lado, se cuidássemos 24 horas por dia de um bebê durante o primeiro mês e só voltássemos a reencontrá-lo um ano depois, provavelmente não o reconheceríamos. Isto porque as mudanças que ocorrem nos primeiros anos são drásticas, ou seja, as forças do crescimento e do desenvolvimento, neste período são muito poderosas.
 
O desenvolvimento é composto de uma série de fatores inter-relacionados com os demais aspectos desenvolvimentais: físicos, cognitivos e psicossoais.
Considerando as habilidades de percepção, pode-se afirmar que desenvolvem-se rapidamente nos primeiros dois anos de vida e permite à criança aprender e explorar o ambiente.
Os bebês diferem na velocidade ou eficiência dos processos perceptuais, como por exemplo, na habituação a estímulos repetidos. Essas variações estão correlacionadas a medidas posteriores de inteligência e da linguagem.
Quanto às habilidades motoras, pode-se afirmar que são desenvolvidas em uma seqüência, geralmente considerada como geneticamente programada, evoluindo das simples para as complexas, de acordo com o princípio céfalo-caudal e próximo-distal. No entanto, pesquisas recentes indicam que trata-se de um processo contínuo, dinâmico e multifatorial de interação entre o bebê e o ambiente.
Resumidamente, o desenvolvimento motor ocorre da seguinte forma:
de reflexos (simples) para mais deliberados (complexos)
da cabeça para os artelhos e do interior para o exterior
contínua, dinâmica e multifatorial (interação bebê e o meio).
Os marcos iniciais do desenvolvimento motor são:
1.º erguer a cabeça (por volta do 4 meses)
2.º engatinhar pelo chão (9/10 meses)
3.º caminhar (12 meses)
Ainda no que diz respeito às novas habilidades motoras, percebe-se que elas interferem, ou seja, acabam por determinar a forma da criança conhecer e se relacionar com o mundo. Uma criança que engatinha ou anda, explora ativamente o seu ambiente, tentando conhecê-lo em detalhes, tenta pegar tudo o que está em seu campo visual, as tomadas são um alvo, os objetos sob uma mesa de centro de sala também, inclusive aqueles que são relíquias de família. Tudo isto trará implicações, provocando alterações no relacionamento dos cuidadores com as crianças, como por exemplo, as crianças passam a ouvir uma série de “nãos”. Esse exemplo cotidiano nos ajuda a dimensionar como os diferentes aspectos desenvolvimentais são inter-relacionados de forma imbricada.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos, relacionados ao período de zero a dois anos.
 
2) Pesquise em livros de Psicologia do Desenvolvimento quais são as habilidade motoras finas e grossas previstas para este período e se há variações e diferenças (por exemplo: étnicas) nestes padrões.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
Com relação ao desenvolvimento motor na chamada primeira infância, Papalia (2006) nos aponta alguns marcos como o controle da cabeça e das mãos e a capacidade de locomoção.
 
“Os bebês que engatinham não são mais ‘prisioneiros’ de um lugar” isto
porque
pode-se considerar que o engatinhar - de forma ampla (bio-psico-social)  representa o preparativo para o caminhar, evento considerado a maior realização da infância.
 
Tendo por referência o texto acima e o enunciado, considere as alternativas a seguir e assinale a correta:
a) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
b) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
c) as duas afirmações são falsas.
d) as duas afirmaçõessão verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
e) as duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
 
 
A alternativa correta é a letra (B). Justificativa: o engatinhar também é o preparativo para o caminhar; mas não apenas isto. Não se pode compreender este ato apenas pela ótica biológica, portanto, muscular e óssea, mas é preciso a fazer sua articulação, isto é, o engatinhar com as mudanças evidenciadas no bebê com relação ao seu ambiente, às pessoas que o cercam e a ele mesmo, no que diz respeito ao seu desenvolvimento perceptivo (consciência corporal e espacial), cognitivo, de personalidade (autoconfiança e auto-estima) e social.
 
 
2. DESENVOLVIMENTO FÍSICO: fator determinante e determinado.
 
A subnutrição é causada por uma complexa interação de fatores, sendo os problemas políticos e familiares de principal importância. Nos países subdesenvolvidos como o Brasil, esta questão fica muito mais evidenciada. As políticas socioeconômicas em nosso país,  normalmente não refletem a importância da nutrição infantil e quando refletem, não são cumpridas, porque faltam mecanismos para que sejam efetivadas.
Ao nascer, meninos e meninas são diferentes?
Na realidade, bebês masculinos são um pouco maiores e mais vulneráveis e parecem reagir de modo distinto ao estresse (talvez diferenças genéticas, hormonais ou temperamentais), no entanto, poucas diferenças físicas ou maturativas foram constatadas na infância.
Como o ambiente pode acelerar ou retardar o desenvolvimento?
Fatores ambientais, como por exemplo, nascer em clima mais ameno e com mais sol, bem como padrões culturais: amarrar os bebês ou fazer um treinamento precoce para a criança andar, podem afetar o ritmo de desenvolvimento do bebê.
Além destes, há outros fatores que determinam o desenvolvimento físico, entre eles, os políticos e sócio-econômicos, conforme já anunciado acima.
Por volta dos 10 meses, a maioria dos bebês já andam bem com apoio, podendo dar passos hesitantes. A habilidade de caminhar melhora à medida que eles têm apoio e incentivo do meio e por volta dos 11 ou 12 meses, as eles já podem dar seus próprios passos.
No segundo ano de vida, as crianças vão se tornando mais ágeis. Por volta dos 15 meses, muitas já sobem escadas, em cadeiras ou móveis; mas ainda não serão capazes de voltar para baixo, sozinhas.
A transição de uma postura para outra, como de deitada para sentada ou de sentada para em pé, vai sendo feita de forma mais suave. Até os 18 meses, se movem com maior facilidade, andando para trás, em círculos e usando o corrimão para subir as escadas.
Em torno dos 2 anos, as crianças podem pular no lugar, caminhar rapidamente de um lugar para o outro. No entanto, a supervisão dos cuidadores deve ser uma constante, no sentido de monitoração, principalmente quanto à segurança.
O desenvolvimento físico é marcado por um processo maturacional que vai gradativamente propiciando que a criança adquira novas possibilidades. Quando o sistema nervoso central, os músculos e os ossos estão suficientemente maduros e o ambiente oferece oportunidades adequadas, os bebês não param de surpreender os adultos com as novas habilidades.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos, relacionados ao período de zero a dois anos.
 
2) Faça uma pesquisa sobre a política de prevenção a subnutrição no Brasil e verifique se ela tem sido cumprida de acordo com a sua concepção.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 
Para se compreender o processo de Desenvolvimento Humano, é preciso considerar uma infinidade de elementos. E na medida em que se ampliam os estudos ampliam-se também uma nova diversidade de aspectos que define a complexidade do assunto. Complexidade dada desde os primórdios do nascimento. Em respeito aos neonatos, identifique a única afirmativa incompatível com o período:
 
(A) O processo de aprendizagem de habilidades motoras precisa ser intensificado para o bebê aprender a engatinhar.
(B) O movimento ulnar compreende o agarramento com a mão inteira.
(C) A esperança é a virtude que o neonato busca desenvolver.
(D) Para o bebê, o apego tem valor adaptativo.
(E) Os bebês possuem um papel ativo na sua relação com o mundo. 
 
 
A resposta incompatível é a alternativa (A) porque as habilidades motoras se desenvolvem numa seqüência, geralmente considerada como geneticamente programada, evoluindo das simples para as complexas, de acordo com o princípio céfalo-caudal e próximo-distal. Recentes pesquisas indicam que  se trata de um processo contínuo, dinâmico e multifatorial de interação entre o bebê e o ambiente. Cabe destacar que as novas habilidades motoras interferem na forma da criança conhecer e se relacionar com o mundo.
 
 
3. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
 
Laura tem 3 meses. Ao seu redor, imagens, sons, cheiros e sensações físicas novas e em constante mudança como que rodopiam à sua volta. Ela precisa entender tudo isso, interligando cheiros com imagens visuais, sabores com sensações, percepções de objetos, pessoas e até mesmo das partes de seu próprio corpo, percebendo quais delas permanecem as mesmas e quais de modificam, em qual sequência e muitas outras coisas mais.
Para discutir a questão do desenvolvimento cognitivo, parece interessante iniciar falando um pouco sobre o que é cognição. A cognição é o pensamento em sentido mais amplo. Envolve inteligência e aprendizagem, memória e linguagem, fatos e conceitos, percepção e pressupostos. Bebês nascem com a capacidade de aprender a partir de suas experiências sensoriais, ou seja, daquilo que eles podem ver, ouvir, cheirar, degustar ou tocar, além de terem certa capacidade de lembrar o que aprenderam. Sendo assim, eles podem aprender por condicionamento, habituação ou imitação, coordenando as informações sensoriais. O bebê costuma ficar mais atento aos estímulos novos, do que aos familiares. Também repetem comportamentos que lhes são agradáveis. Tendem a repetir uma ação aprendida anteriormente, quando se lembram do seu conteúdo.
O bebê nasce com ferramentas básicas para a construção do conhecimento, sendo um ser ativo no seu desenvolvimento, um “pequeno cientista”, naturalmente curioso, engajado na exploração do meio, buscando o entendimento, o conhecimento do mundo e buscando adaptar-se a ele.
Nesta fase, segundo Piaget, começa o estágio sensório motor. Segundo ele, o desenvolvimento cognitivo é marcado por estágios, cada um desses é caracterizado por uma forma distinta de pensar a respeito do mundo e de compreendê-lo. As idades indicadas são sempre aproximadas, há variações individuais de acordo com habilidades e a experiência. A criança de zero a dois anos, por se encontrar no estágio sensório-motor, representa o mundo pelas ações, baseando seus julgamentos nas sensações e percepções.
Ainda segundo o referido autor, a partir dos 12 meses, a criança entende relações causais (causa-efeito), se envolve em jogos construtivos e procura objetos onde os viu pela última vez, o que representa para Piaget, a construção do objeto permanente.
Por volta dos 2 anos, a criança já lança mão de representações mentais e símbolos.
A aquisição da linguagem é um aspecto importante para o desenvolvimento cognitivo. Após a fase pré-linguística (choro, arrulho, balbucio e imitação) e a aprendizagem dos sons básicos da língua, pode-se afirmar que a palavra costuma surgir por volta dos dez aos quatorze meses. Cabe destacar, que antes de pronunciar sua primeira palavra, o bebê utiliza os gestos.
Entre os 16 e 24 meses ocorre uma explosão de nomes, e geralmente por volta dos 18 aos 24 meses, surgem as sentenças breves.
A fala inicial é caracterizada pela simplificação, restrição e supergeneralização dos significados das palavras e universalização das regras.
A capacidade para aprender a linguagem, segundo os teóricos atuais, é inata, podendo ser ativada ou não pelo meio.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Façauma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.
 
2) Faça uma pesquisa em artigos científicos: A leitura em voz alta para a criança, desde os primeiros meses, contribui para preparar o letramento?
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 
Próximo aos 8-12 meses, os bebês gostam de brincar de esconde-esconde, geralmente com uma fralda que colocam sobre o próprio rosto ou no rosto do adulto com quem estão se entretendo.
Esta situação nos remete ao conceito de:
a) Negativismo  
b) Supergeneralização da Presença
c) Noção de Permanência do Objeto  
d) Desenvolvimento do Apego Seguro.
e) Coordenação do Auto-Conceito.
 
A alternativa correta é a (C). Por volta dos 10 meses de vida, com variações de acordo com a cultura e as possibilidades de interação dos bebês, a estrutura do objeto permanente está próxima de ser construída, e os comportamentos começam a mudar. Por exemplo, a criança sabe que quando a mãe sai do quarto, ela não deixa de existir ou que o brinquedo que escorrega para trás de um sofá, continua ali.
 
4. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
 
Rafael (1 ano) não é propenso a sorrir e nem a vocalizar.
 Selma (2 anos) parece estar sempre “na defensiva”, ora chora compulsivamente, ora se fecha completamente.
 
O desenvolvimento psicossocial é constituído pelo desenvolvimento da personalidade, isto é, o padrão singular e relativamente duradouro de uma pessoa sentir, reagir e se comportar e pelo desenvolvimento social que se refere às mudanças nos relacionamentos com os outros.
Estudar o desenvolvimento psicossocial das crianças de 0 a 2 anos implica em descrever os principais passos do desenvolvimento da noção do eu e em paralelo a formação de relacionamentos significativos e efetivos com outras pessoas.
Observe a seqüência em que aparece o autoconceito ou a emergência do senso de identidade na primeira infância (de bebê para criança):
a) O autoreconhecimento físico: começa por volta dos 18 meses, quando a criança olha no espelho ou numa foto sua, podendo reconhecer-se.
b) autodescrição e autoavaliação: ocorre entre os 19-30 meses, a criança pode definir-se em termos descritivos, como por exemplo: grande, pequeno, cabelo liso; ou em termos de avaliação: bom, bonito.
c) resposta emocional a má ação: por volta dos 20 meses as crianças costumam ficar aborrecidas pela desaprovação dos pais e por algo que foi desaprovado e visto como mau.
Além destes eventos, percebe-se o crescimento das interações sociais, tanto em número e complexidade, como as próprias brincadeiras aumentam.
No que diz respeito ao contato com outras crianças, será que os irmãos influenciam uns aos outros?  A resposta é sim. Os irmãos influenciam uns aos outros de maneira positiva e negativa. Por outro lado, é preciso destacar que as ações e atitudes dos pais afetam os relacionamentos entre irmãos.
Nesta idade, a criança se interessa por bebês? É importante que a criança tenha contato com outras crianças?
Podemos observar que o interesse dos bebês por crianças vai aumentando na 1.ª infância. O contato com outras crianças, principalmente após o 1.º ano, afeta o desenvolvimento cognitivo e psicossocial.
Outro aspecto a enfatizar diz respeito a assistência diurna e seu impacto sobre o desenvolvimento da criança. Os novos estudos indicam a assistência diurna de boa qualidade parece ter impacto positivo sobre o desenvolvimento emocional, social e cognitivo. Parecem indicar também que a assistência diurna não é prejudicial, a menos que seja de má qualidade, instável ou extensiva, e esteja combinando com uma educação insensível por parte da mãe.
Outro aspecto a ser destacado é a Teoria Psicossocial do Desenvolvimento de Erik Erikson. Ele discute que o desenvolvimento da personalidade é afetado por fatores biológicos e sociais ou por variáveis pessoais e situacionais. Divide o desenvolvimento da personalidade em oito estágios psicossociais durante todo o ciclo vital e, em cada um deles, identificou uma crise determinada. Cada fase de desenvolvimento tem a sua crise ou momento decisivo particular que exige alguma mudança no comportamento ou na personalidade. Embora cada conflito nunca venha a desaparecer completamente, o indivíduo pode responder à crise de maneira negativa ou positiva; neste último caso ele consegue enfrentar com sucesso os conflitos dos próximos estágios. 
O primeiro estágio desenvolvimental proposto por Erikson corresponde à criança de zero a dezoito meses aproximadamente o qual denominou Confiança versus Desconfiança.
A confiança é um acompanhamento natural para um forte relacionamento de apego com um pai ou uma mãe que proporciona comida, calor e o conforto da proximidade física. Caso a confiança predomine, as crianças desenvolvem a “virtude da esperança”: a crença de que as suas necessidades serão atendidas assim que forem manifestadas.
Mas se uma criança for negligenciada, ou seja, não tiver suas necessidades básicas atendidas, poderá desenvolver uma sensação de desconfiança, insegurança e ansiedade. As crianças verão o mundo como hostil e imprevisível e terão dificuldade para formar relacionamentos íntimos.
Portanto, o desenvolvimento social tem início com o estabelecimento de um relacionamento emocional íntimo entre o bebê e seu principal cuidador.
Esse relacionamento intenso e duradouro é chamado apego.
John Bowlby, um influente teórico do apego humano, partiu da teoria etológica e supôs que a raiz da personalidade humana está nos primeiros relacionamentos na infância.
Os comportamentos de apego que incluem sorrir, fazer contato visual, chamar a outra pessoa, tocar, agarrar-se, chorar, entre outros, são eliciados quando o indivíduo precisa de cuidados, amparo ou conforto.
Os padrões de apego podem ter implicações de longo prazo sobre o desenvolvimento; por exemplo, as crianças seguramente apegadas parecem ser socialmente mais hábeis, mais curiosas e persistentes em novas tarefas.  
A partir das experiências iniciais, o indivíduo vai desenvolvendo modelos funcionais internos, ou seja, trata-se de um modelo mental que as crianças usam para guiar suas interações sociais presentes e futuras.
Os modelos da infância não são imutáveis, embora tendam a ser levados adiante, continuando a modelar e a definir as experiências como adulto. Tal conceito também ajuda na compreensão dos motivos pelos quais a mesma experiência parece ter efeitos tão variados sobre diferentes adultos.
No tocante ao relacionamento social das crianças dessa faixa etária com outras crianças evidencia-se que o interesse por outra criança aumenta ao longo da primeira infância, especialmente após os doze meses. Nesse período, há o brincar paralelo, quer dizer, as crianças brincam sozinhas, mas mantêm um profundo interesse no que as outras crianças estão fazendo. Na brincadeira social simples (15-18 meses), as crianças se envolvem em atividades similares, falam, sorriem ou trocam brinquedos entre si.
Essas trocas interacionais horizontais favorecem o desenvolvimento cognitivo e psicossocial das crianças.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.
 
2) Faça uma leitura cuidadosa do Quadro 6-1 (Papalia, 2009) e, em seguida, levante as principais questões sobre como a depressão da mãe pode afetar na regulação mútua.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 
Uma preocupação central hoje entre os pais é encontrar um meio de, mesmo a distância, criar um vínculo afetivo com seus filhos. Júlia esteve com seu filho no primeiro mês de vida, quando amamentou, mas logo em seguida, precisou voltar ao trabalho, o que fez diminuir muito o contato entre mãe e filho. Seu filho ficou então sob os cuidados da avó paterna, com quem passava a maior parte do tempo. Agora, o filho de Maria tem seis meses e ela quer saber com quem seu filho está mais apegado e por quê.
Considerando a situação, qual das alternativas abaixo parece responder melhor a dúvida de Júlia:
A) O apego, para se formarnecessita mais do que as primeiras experiências do começo da vida, e vai se firmando quando o bebê está próximo dos seis meses. Portanto, o bebê está mais apegado à avó paterna.
B) Certamente o bebê está apegado à mãe, pois desde o útero, o vínculo se estabelece e se mantém.
C) O primeiro mês cria experiências significativas capazes de estabelecer um vínculo definitivo entre mãe e bebê.
D) O bebê não cultiva nenhum laço afetivo com a mãe, devido ao abandono que sofreu.
E) O bebê está mais apegado à avó paterna, pois é comum a formação de um laço afetivo logo depois que a criança sofre uma separação.
 
A alternativa correta é a (A), porque apesar das ligações estabelecidas durante a gestação, das experiências vividas no primeiro mês, o apego se consolida, ou seja, vai ser firmado após inúmeras experiências mútuas. Cabe destacar que quando uma pessoa está apegada ela tem um sentimento especial de segurança e conforto na presença do outro e pode usar o outro como uma “base segura” a partir da qual explora o resto do mundo.
Bowlby enfatiza sete características, mas neste caso, as quatro primeiras já são suficientes para justificação da resposta.
1.ª Especificidade – O comportamento de apego é dirigido para um ou alguns indivíduos específicos, geralmente em ordem clara de preferência.
2.ª Duração – O apego persiste, geralmente, por grande parte do ciclo vital.
3.ª Envolvimento emocional – Muitas das emoções mais intensas surgem
durante a formação, manutenção, rompimento e renovação de relações de
apego.
4.ª Ontogenia – O comportamento de apego desenvolve-se durante os
primeiros nove meses de idade de vida dos bebês humanos. Quanto mais
experiências de interação social um bebê tiver com uma pessoa, maior são as probabilidades de que ele se apegue a essa pessoa. Por essa razão, torna-se a principal figura de apego de um bebê aquela pessoa que lhe dispensar a
maior parte dos cuidados maternos. O comportamento de apego mantém-se
ativado até o final do terceiro ano de vida; no desenvolvimento saudável, torna-se, daí por diante, cada vez menos ativado.
MÓDULO 3 - SEGUNDA INFÂNCIA (POR VOLTA DOS DOIS AOS SEIS ANOS)
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
 A criança pré-escolar apresenta um contínuo crescimento físico, mas não tão rápido como o foi no período anterior. Já no aspecto motor há o aperfeiçoamento das habilidades motoras globais (dos grandes movimentos) e finas. Por quê?
A resposta é que as áreas sensório-motoras estão mais desenvolvidas, funcionando mais ou menos assim: “quero e posso fazer”. Além disso, os ossos e músculos estão mais fortes e há um aumento na capacidade respiratória. Todos estes fatores dependem de variações como herança genética e oportunidades do meio.
Por volta dos 3 anos as crianças normalmente começam a perder a forma roliça característica dos bebês e assumem a aparência mais esguia e atlética da infância. Entre um e três anos, com o desenvolvimento dos músculos abdominais, a barriga grande da criança se fortalece.
Alongam-se o tronco, braços e as pernas e a cabeça ainda permanece relativamente grande, mas as demais partes do corpo vão se amoldando e ficando mais parecidas com as de um adulto.  
Quanto às habilidades motoras finas, elas também avançam consideravelmente e nesta fase a maioria das crianças já podem: servir leite no prato, comer com talheres ou usar o banheiro sozinha, vestir-se com ajuda, recortar sobre a linha; desenhar uma pessoa quase completa e com mais detalhes. Por volta dos 3 anos, a preferência no uso das mãos fica evidenciada.
Outro aspecto importante para o desenvolvimento físico infantil diz respeito aos padrões de sono. Geralmente, as crianças no início deste período, ainda dormem bem à noite e fazem uma soneca ao dia. É comum, por volta dos 5 anos, ocorrerem rituais para retardar o sono.
A primeira dentição se completa entre os 30 - 36 meses e começa a cair e é substituída por volta dos 5 – 6 anos.
 
Atividades recomendadas:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.
2) Algumas crianças experimentam o “terror noturno” Faça uma leitura cuidadosa sobre os padrões e distúrbios do sono, e em seguida identifique quatro problemas comuns do sono e apresente estratégias ou recomendações de como tratá-los.
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
Com relação às habilidades motoras de crianças de 2 a 6 anos podemos afirmar que:
I – Nesse período as crianças fazem grandes avanços nas habilidades motoras gerais
II – As habilidades motoras refinadas (como abotoar camisas e desenhar figuras) também se iniciam nesse período, com algum grau de variação na idade entre as crianças
III – A preferência no uso da mão direita ou esquerda geralmente se evidencia aos 3 anos de idade
IV – A fase pictórica tipicamente se inicia entre 4 e 5 anos
 
Assinale a alternativa que contenha todas as assertivas corretas:
a.    Todas estão corretas
b.    Somente a III está correta
c.    II, IV corretas
d.    I e III corretas
e.    I, II corretas
A alternativa correta é (A). Como todas estão corretas, as informações podem ser buscadas no texto acima e no livro de Papalia & Olds e Feldman (Cap. 4).
2. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
 
Paulo, aos 2 anos, percebeu sua imagem no espelho. Agora, aos 4 anos, ele diz: “Meu nome é Paulo, e eu moro numa apto. com minha mãe e meu pai. Tenho uma gata que chama Abóbora, tenho TV e assisto desenhos. Eu sei todo o alfabeto. Ouçam: A-B-C-D-E-F-G-J-L-M-P-Q-X-Z. Posso correr mais rápido que todo mundo! Posso subir num brinquedo mais alto e não tenho medo! Só fico feliz. Não se pode ficar feliz e com medo, não dá! Eu tenho cabelo escuro...”
 
No aspecto cognitivo, segundo JeanPiaget, a criança de 2 a 6 anos desenvolve o pensamento pré-operatório. Para o autor, o aparecimento da função simbólica (capacidade de empregar símbolos e signos que substituem as coisas, observada na linguagem, no jogo simbólico, na imitação indireta ou representativa) traz modificações na conduta afetiva e intelectual da criança.
Com o ingresso no período pré-operatório, a criança consegue formar conceitos e categorias. Há também a emergência de memória episódica, em seguida, aos 3 – 4 anos, tem início a memória autobiográfica.
Aos 4 anos, a maioria das crianças fazem cálculos pictóricos, envolvendo números inteiros.
No final desta fase, pode-se observar que a codificação, generalização e construção de estratégias se tornam mais eficientes.
Considerando ainda o desenvolvimento cognitivo, crianças entre 4 e 5 anos desenvolvem uma teoria da mente, ou seja, uma teoria sobre como sua própria mente e a dos outros funcionam e como as pessoas são afetadas por suas crenças e sentimentos.
Outro indício da referida teoria é a capacidade de uma criança contar uma mentira; para isto, ela tem que ser capaz de imaginar o que a outra pessoa poderia pensar, ou seja, é um sinal de desenvolvimento cognitivo. Ainda sobre a teoria da mente, pode-se destacar a distinção entre a fantasia e realidade; apesar de as crianças de 2 a 3 anos já conseguirem distinguir entre eventos reais e imaginários, ainda assim, crianças de 4 a 6 anos nem sempre têm certeza de que o que imaginam não é o real. Por isso, muitas vezes as crianças dessa fase, agem como se os monstros de sua imaginação existissem.
A linguagem da criança continua a se aperfeiçoar ao longo do seu desenvolvimento, suas frases vão se tornando cada vez mais complexas, os erros decorrentes da super-regularização (aplicar regras gramaticais a palavras que são exceções à regra) são gradativamente eliminados. O vocabulário da criança aumenta continuamente, a gramática e sintaxe se tornam mais sofisticadas.
Atividades recomendadas:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.
2) Faça uma leitura cuidadosa do processo de aquisição da linguagem e pesquise sobre a fala de bebê ou motherese e suas implicações para o processo de desenvolvimento da linguagem.
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:Podemos observar vários aspectos desenvolvimentais, na criança de 2 a 6 anos. Nesse período, exploram intensamente o mundo, pois já andam, têm amiguinhos além da companhia de outros adultos e já se reconhecem como diferentes de outros.
Identifique abaixo o único aspecto que não é compatível com essa fase:
(A) Esse é o período em que a criança se auto-descreve, na busca de si mesmo.
(B) O desenvolvimento cognitivo, em conjunto com o desenvolvimento motor, já contribuem para o desenvolvimento da linguagem e a ampliação da capacidade de representação.
(C) Começa nesse momento da vida a aquisição de uma identidade de gênero.
(D) Esse é o momento em que ocorre alta capacidade de abstração, sendo possível o pensamento hipotético.
(E) Começam a reconhecer os sentimentos, apesar de conflituosos e sem controle.
A alternativa incorreta é a D, porque a criança possui o pensamento pré-operatório, ou seja, apresenta uma lógica atrelada às situações concretas (pré-lógica) o que lhe impossibilita de fazer abstrações e pensar sobre hipóteses. O pensamento é Intuitivo, não apresentando ainda, a conservação e a reversibilidade
3. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
“Se meu irmão batesse em mim, eu ficaria triste e furiosa”.
“Estou animada de ir para uma escola nova, mas também estou com um pouco de medo”.
“Fico feliz quando vou ao parque”.
“Eu estava animada por ir ao EUA e satisfeita por ver meus avós”
“Fiquei brava com Caio, por isso o belisquei” e “Fiquei feliz porque papai não bateu em mim”
As afirmações acima são de crianças que se encontram na segunda infância. Neste sentido, é fundamental compreendermos as emoções das crianças e no início dessa fase podemos encontrar situações como a de uma criança que grita para sua mãe: “Eu te odeio! Você é uma mãe má!” O que pode estar refletindo esse estado emocional e o que a criança não consegue imaginar neste momento? Pode-se dizer que é comum a criança apresentar surtos de negativismo e acessos de raiva e, neste caso, ela não conseguirá imaginar amar sua mãe novamente.
No entanto, um ano ou dois depois, é comum aparecerem as emoções simultâneas, ou seja, reações emocionais diferentes ao mesmo tempo. A seguir, os cinco níveis de desenvolvimento das emoções:
1) Dois sentimentos quaisquer não podem existir, por exemplo: estar feliz e satisfeita.
2) Duas emoções, só podem existir se ambas forem positivas ou negativas e dirigidas ao mesmo alvo (Exemplo: “Se meu irmão batesse em mim, eu ficaria triste e furiosa”)
3) Duas emoções direcionadas a alvos diferentes (Exemplo.: “Eu estava animada por ir ao EUA e satisfeita por ver meus avós”)
4) Dois sentimentos opostos, com alvos diferentes (Exemplo: “Fiquei brava com Caio, por isso o belisquei” e “Fiquei feliz porque papai não bateu em mim”)
5) Sentimentos opostos em relação ao mesmo alvo (Exemplo: “Estou animada de ir para uma escola nova, mas também estou com um pouco de medo”).
Quanto ao desenvolvimento do eu, aproximadamente aos 18 meses, a criança reconhece sua imagem refletida no espelho, é o primeiro momento do seu auto-reconhecimento.
Aidentidade de gênero também é de grande importância para a formação do autoconceito. Ela afeta a maneira como meninos e meninas se sentem em relação a si mesmos e como agem. O significado da identidade de gênero é construído através da socialização e da cultura na qual a criança está inserida.
Durante os anos pré-escolares, a brincadeira cooperativa freqüentemente é a brincadeira de faz-de-conta. Ela promove o desenvolvimento cognitivo e permite à criança a exploração de temas que a amedronta.
A auto-estima nesse período tende a ser a ser global (bom ou ruim) e depende da aprovação de adultos. Pesquisas indicam que 1/3 ou ½ dos pré-escolares parecem mostrar o padrão ‘impotente’; ao brincar castigam a boneca por fracasso; mais que recompensam por esforço; acreditam que a ‘ruindade’ não pode ser superada.
Neste sentido, os pais e professores podem ajudar na construção da auto-estima, dando às crianças um retorno específico e com foco na estratégia em vez de criticar a criança enquanto pessoa.
E. Erikson contribui para uma melhor compreensão de questões como essas, e de acordo com ele, na segunda infância a criança passará por duas crises:
- Autonomia Versus Vergonha e Dúvida
- Iniciativa Versus Culpa
A primeira ocorre no segundo e terceiro ano. Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade para tentar novas coisas sem medo de errar. Por outro lado, se ela for criticada ou ridicularizada nas coisas que pensa, sente e faz, desenvolverá vergonha e dúvida quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma volta ao estágio anterior, ou seja, a dependência. Segundo Erikson, superar a crise leva a virtude da vontade.
No estágio Iniciativa X Culpa, a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual” e intelectual, natural, for reprimida e ela for castigada, poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos. Sendo assim, nesta fase, a virtude é o propósito.
Atividades recomendadas:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.
2) Faça uma leitura cuidadosa de como se forma o autoconceito ou senso de identidade, na segunda infância e analise a situação abaixo, respondendo as questões a seguir.
De acordo com Papalia & Olds e Feldman (2006) uma equipe de pesquisadores entrevistou mães de 123 crianças de 14 a 40 meses de idade. Os pesquisadores chegaram a uma sequência do desenvolvimento do autoconceito ou senso de identidade, que se inicia aos 18 meses (na final da primeira infância) e prossegue na segunda infância.
Algumas das situações encontradas na pesquisa são:
Caso I- Mariana, 32 meses, fica aborrecida quando sua mãe fica brava com ela, ao descobrir que ela não está escovando os dentes, conforme sua mãe havia lhe pedido.
Caso II- João, 30 meses, diz para sua prima: “eu sou magro, meu cabelo é crespo e sou muito bonito”.
Caso III- Paula, 20 meses, estava brincando com sua irmã mais velha. Elas usavam a maquiagem da mãe e, quando sua irmã pintou seu rosto com o batom vermelho, ela viu sua imagem no espelho e, rapidamente, passou a mão sobre o rosto para tirar as manchas do batom.
Procure a pesquisa mencionada e verifique quais são as três etapas de formação do autoconceito ou senso de identidade. Faça um aprofundamento no tema, pesquisando sobre a formação e construção de gênero nesta fase.
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
Quem sou eu no mundo? Esse é o grande enigma de Alice no país das Maravilhas, depois que seu tamanho tinha mudado abruptamente, outra vez.
“De repente, o Coelho Branco passou por ali a correr, tão apressado que deixou cair o leque. Alice apanhou-o, abanou-se para se refrescar, mas como era um leque muito especial, a menina começou a ficar pequenina, muito pequenina...”
 Resolver o “enigma” de Alice é o processo vitalício de conhecer o eu em desenvolvimento.
 Considerando o texto acima e o desenvolvimento do EU, na segunda infância, de acordo com Papalia (2006), é INCORRETO afirmar:
(A) O senso de identidade é algo muito pessoal. As crianças incorporam em seu autoconceito uma compreensão crescente de como ela mesma se vê.
(B) O autoconceito é nossa imagem de nós mesmos. É o que acreditamos em relação a quem somos e em relação ao como os outros nos vêem.
(C) É o quadro geral que temos de nossos traços e habilidades; ele se desenvolve gradualmente por toda a vida.
(D) Segundo os neopiagetianos, a autodefinição varia de representações simples para mapeamentos representacionais, ambos expressos em termos de pensamento “tudo ou nada”.
(E) O desenvolvimento de emoções dirigidas ao eu depende da socialização edo desenvolvimento cognitivo.
A alternativa a ser assinalada é (A). Está incorreta porque o senso de identidade é construído através do que pensamos sobre nós, juntamente com a forma que pensamos que as demais pessoas nos vêem. A maneira como somos vistos e tratados pelas pessoas a nossa volta, são alicerces de nosso autoconceito, portanto, dependentes do processo de socialização e do desenvolvimento de nossas emoções e cognições. É uma construção cognitiva, um sistema de representações descritivas e avaliativas sobre a própria pessoa, determinante de como nos sentimos sobre nós mesmos e que orienta nossas ações.
4. BRINCADERIA: O NEGÓCIO DA SEGUNDA INFÂNCIA
 
"A palavra brincar se origina do equivalente latino, vinculum que significa vincular, estabelecer laços. Como então, ainda não percebemos a importância dessa ação na promoção da criança na sociedade?" (autor desconhecido)
Brasileiro não vê o brincar como prioridade para criança
Pesquisa realizada desde 2001 pela Ipsos Public Affairs mostra que mais da metade dos pais brasileiros aponta como prioridade na vida de seus filhos o ensino escolar, maior segurança e melhor acesso à saúde. 30% acreditam que a criança deve ter prioritariamente acesso ao estudo de idiomas e informática. Porém, apenas 19% vêem o brincar como fundamental.
Apresentado no III Fórum de Desenvolvimento da Criança, o estudo dividiu-se na análise do ato de brincar e na importância dele para especialistas de 16 diferentes áreas que vão da educação, psicologia à arquitetura e a construção de espaços públicos, ordenando a metodologia para a pesquisa quantitativa.
Foram entrevistados então, 1.014 pais com filhos de idade entre seis e 12 anos, acumulando 834 horas de informação em 22 diferentes cidades por todas as regiões do país.
Assistir à televisão, vídeos e DVD é a principal atividade entre as crianças brasileiras (97%), seguidas por cantar e ouvir música (81%). 57% dos pais indicaram a leitura de histórias de livros e gibis como atividade realizada pelos filhos.
Apenas 14% dos pais responderam espontaneamente que brincar está associado ao bom desenvolvimento infantil, mas, ao serem estimulados, esse resultado cresceu exponencialmente, indicando que este é um assunto a ser pautado na sociedade e discutido, pois, certamente, os pais se mostraram interessados.
Brincar é o trabalho das crianças. Pelo brincar, as crianças crescem, estimulam os sentidos, aprendem a usar os músculos, coordenam o que vêem com o que fazem, e adquirem domínio sobre os seus corpos. Exploram o mundo e a si mesmas, adquirem novas habilidades, tornam-se mais proficientes na língua, experimentam diferentes papéis e, ao reencenarem situações da vida real, manejam emoções complexas.
Quando brincam, as crianças crescem, aprendem a usar músculos; coordenam visão e dominam seus corpos; adquirem habilidades em línguas, papéis e emoções.
Pode-se afirmar que o brincar social é melhor que o brincar solitário?
Segundo Papalia & Olds e Feldman, os estudos indicam que brincadeiras solitárias podem refletir independência e maturidade. Crianças que brincam sozinhas podem ser boas na resolução de problemas, populares e socialmente habilidosas. Logo, é preciso prestar atenção no que as crianças fazem quando brincam, não apenas se brincam sozinha.
Quanto ao brincar cognitivo, observe a situação a seguir:
No “dia do brinquedo”, Fábio, 4 anos, pode levar à escola sua maleta de doutor. Junto aos demais amiguinhos, ele brinca que é médico. Examina os ‘pacientes’  dá injeções e remédios para os que estão ‘doentes’.
Como Piaget denomina este brincar de Fábio? Que tipo de desenvolvimento este brincar promove? Geralmente, como são os pais de crianças que brincam desta forma?
Piaget chama de Jogo imaginativo. Tais brincadeiras permitem que a criança perceba mais o ponto de vista do outro, resolva problemas sociais, amplie sua criatividade, se torne mais cooperativa, popular e alegre. Segundo pesquisas, os pais de crianças assim se dão bem, expõem a criança a experiências interessantes, ao diálogo e não espancam a criança. Definem a hora e o local para brincar e estimulam seus filhos com brinquedos do tipo: blocos, trajes, etc.
É importante destacar que a cultura influencia no modo de brincar, havendo diferenças entre as culturas.
Sobre os companheiros imaginários, estudos revelam que de 15 a 30% de crianças entre 3-10 anos têm tais companheiros. Geralmente são os filhos primogênitos ou filhos únicos, ocorrendo mais com as meninas do que com os meninos. Os companheiros das meninas geralmente são humanos e os dos meninos, animais. Pode-se considerar que representam uma boa companhia, ajudando a criança a se relacionar com o mundo real.
Também, consistem em mecanismos de realização de desejos (exemplo: diz que tem um monstro no quarto para trazer a mãe perto); como bodes expiatórios (exemplo: foi ele que comeu as bolachas); para enfrentar os medos (exemplo: o amigo imaginário está com medo) e situações difíceis (exemplo: levar o companheiro imaginário para ver um filme de medo).
A criança de 2 a 6 anos é incrivelmente ativa e surpreendente. Capta os adultos com suas novas habilidades e perguntas inusitadas. Vive em um mundo onde fantasia e realidade se confunde.
Atividades recomendadas:
 1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.
 2) Faça uma pesquisa sobre as brincadeiras e jogos mais comuns na segunda infância e elabore um programa com atividades para crianças de 3-4 anos, de uma escola infantil.
 3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
Os pesquisadores categorizam o brincar das crianças tanto em termos cognitivos quanto sociais. O brincar social reflete o grau no qual as crianças interagem umas com as outras. O brincar cognitivo revela o nível de desenvolvimento mental da criança.
 Leia com atenção as situações a seguir:
(1) Quando Carmem, com quatro anos vem tomar café de manhã, ela finge que os pedaços de cereal em sua tigela são ‘peixinhos” nadando no leite, e , de colherada em colherada, ela vai pescando.
(2) João, seis anos, passa suas tardes jogando futebol com seus vizinhos e alguns amigos de sua escola, num terreno que fica bem ao lado de sua casa.
(3) Após fazer suas tarefas escolares, Laura, cinco anos, costuma montar quebra-cabeças e, em seguida, desenha e pinta em folhas de papel colorido.
 Considerando os estudos de Piaget e Smilansky (Papalia, 2006) sobre o desenvolvimento do brincar, é correto o que se afirma em:
(A) (1) brincar construtivo; (2) jogo imaginativo; (3) jogos formais
(B) (1) jogos formais; (2) jogo imaginativo; (3) brincar paralelo
(C) (1) jogo imaginativo; (2) jogos formais; (3) jogo construtivo
(D) (1) brincar paralelo; (2) jogo sociocognitivo; (3) jogos formais
(E) (1) jogo sociocognitivo; (2) jogos formais; (3) brincar paralelo
A alternativa correta é a (C). Considerando as situações acima, o jogo imaginativo ou faz-de-conta de Carmem contribui para seu desenvolvimento cognitivo, porque desenvolve a capacidade de usar símbolos para representar pessoas ou coisas do mundo real. Os jogos formais ou funcionais envolvem movimentos musculares repetitivos, é a forma mais simples e começa na primeira infância.
O brincar ou jogo construtivo, diz respeito a brincadeiras envolvendo o uso de objetos ou materiais para fazer algo e representa o segundo nível, vindo após o jogo funcional. No terceiro nível, encontramos o jogo imaginativo, já descrito anteriormente.
 MÓDULO 4 - TERCEIRA INFÂNCIA (POR VOLTA DOS SEIS AOS DOZE ANOS)
1. DESENVOLVIMENTO FÍSICO
 Quando passamos perto de uma escola de ensino fundamental e os alunos estão no intervalo, podemos observar uma grande quantidade de crianças, de todas as formas e de diferentes tamanhos. Crianças altas, baixas, fortes e magras. É possível constatar que as crianças nesta fase escolar são muito diferentes.
Em relação ao desenvolvimento físico, o corpo cresce continuamente durante os anos escolares e as habilidades motoras melhoram notavelmente. No entanto, essedesenvolvimento acontece de forma menos rápida que nos períodos anteriores. No tocante à habilidade motora, na maioria dos casos, os meninos são mais fortes, em parte devido à expectativa e experiências culturais.
Considerando a questão da habilidade física, ela vai se tornando cada mais desenvolvida: as crianças ficam mais fortes, rápidas e bem coordenadas.
É uma fase em que a criança se torna mais autônoma nas tarefas diárias e se envolve em várias atividades motoras em função das melhorias na manutenção do equilíbrio, no controle postural, na coordenação e na precisão dos movimentos.
O conhecimento dos limites do próprio corpo, ou seja, do esquema corporal vai sendo possível à medida que as crianças experimentam os movimentos e desafiam suas próprias capacidades físicas.
Por volta dos 10 anos, através de um treinamento mais específico, por exemplo, tocar um instrumento musical, a criança pode atingir a um nível de execução elevado.  
A taxa de mortalidade neste período é a mais baixa de todo ciclo vital, porque a duração de infecções respiratórias e outros problemas tende a diminuir bastante. Por outro lado, a obesidade é cada vez mais comum, principalmente nas crianças norte-americanas.
A visão é aperfeiçoada e menos de 16% das crianças nessa fase apresentam problemas de visão ou audição.
O destaque neste período é quanto aos acidentes, que acabam sendo a principal causa da morte (casa, automóveis, etc.),
Geralmente, os meninos são levemente maiores, no início dessa fase, enquanto que as meninas passam pelo surto do crescimento adolescente, mais cedo e tendem a ser maiores que os meninos, ao final deste período
Nesta direção, os processos biológicos ligados à puberdade (sobretudo, o desenvolvimento das características sexuais secundárias) podem aparecer nas meninas a partir dos nove anos e para os meninos a partir dos 11 anos.
Considerando o exposto, a preocupação ou o cuidado com a nutrição e prática de esportes adequada é relevante nessa faixa etária.
 
Atividades recomendadas:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.
2) Faça uma pesquisa sobre a “Síndrome do Fofão”, fenômeno presente na terceira infância e que atualmente é uma tendência mundial, e o Brasil a está acompanhando.
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
Durante a terceira infância, o desenvolvimento motor continua o seu processo de aperfeiçoamento, as capacidades físicas são testadas e adquirem novas e múltiplas habilidades. Indique a única afirmação incorreta:
(a) As habilidades que exigem menor destreza e são menos complexas se mostram mais evidentes nas meninas. Isso demonstra que as mulheres são mais propensas a atividades delicadas, pois sua constituição física é naturalmente mais frágil.
(b) As brincadeiras são muito importantes, pois estimulam o desenvolvimento motor.
(c) O brincar impetuoso, que envolvem movimentos vigorosos de lutas, chutes e perseguições são típicos da 3ª Infância, dado as necessidades de experimentações do corpo em desenvolvimento.
(d) As expectativas culturais possuem forte influência sobre as escolhas das atividades que meninos e meninas fazem, principalmente quando se aproximam da puberdade.
(e) O ato de brincar contribui para o desenvolvimento das habilidades motoras, mas é essencial também para a ampliação das relações sociais da criança.
 
A alternativa (A) é incorreta porque as pesquisas indicam que as meninas são superiores na precisão de movimentos, isto é, aqueles que exigem destreza. O fato da concepção de que as mulheres são mais propensas a atividades delicadas, pois sua constituição física é naturalmente mais frágil, é sócio-cultural e as pesquisas atuais não corroboram tais visões.
2. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Minha filha de 09 anos estuda em um colégio privado, relatou recentemente os incômodos que um coleguinha de classe e do transporte, provoca diariamente. Estou consciente de que este tipo de comportamento é muito comum dentro dos colégios. Mas o relato me incomodou muito, pois acredito que esta pratica deve ser coibida de toda forma. Em uma outra situação, dois anos atrás, a coordenadora pedagógica, numa tentativa de minimizar a situação e seus efeitos, tentou me fazer entender que a minha postura é que era super- protetora, pois minha criança é filha única. Não aceitei claro, pois apesar desta condição, ensino ética e respeito ao próximo, dentro e fora de casa. Estou pensando em orientar a minha filha a gravar estas situações, e com provas, exigir que o colégio se posicione e não admita esta prática. Gostaria de saber o seguinte, além de recorrer ao colégio, por quem mais eu poderia ser assistida neste tipo de situação? Secretaria da Educação? Afinal, pretendo me preparar quanto à possibilidade do colégio manter a posição anterior, menosprezando a situação e ainda me dizer, sem rodeios que meu problema era excesso de ansiedade... (depoimento de uma mãe)
Como nesta fase a vida escolar ocupa o papel central, a criança é denominada, muitas vezes, como criança escolar.
A criança de sete anos começa a se liberar de seu egocentrismo social e intelectual, é o início da construção lógica, isto é, a capacidade da criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. No plano cognitivo, isto significa o surgimento de uma nova capacidade intelectual da criança, as operações, ou seja, ela consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para um objetivo e revertê-la para seu início. No entanto, esse domínio sobre as operações só ocorre quando se referem às coisas do seu cotidiano, a partir de objetos reais, concretos.
A criança por volta dos 6 – 7 anos, começa a entender causa e efeito, seriação, inclusão de classe, entre outros. Fica mais fácil neste momento, processar mais de uma tarefa por vez.
Por volta dos 9 aos 11 anos, sua capacidade de considerar perspectivas múltiplas aumenta, bem como os seus recursos mnemônicos.
A interação com amigos estimula o desenvolvimento das habilidades de escrita.
Pode-se afirmar que algumas das atuais características cognitivas das crianças nesta fase são: não confunde seu ponto de vista com o do outro (conexão entre as idéias e justificativas); compreende o jogo no sentido coletivo: ser bem sucedido; apresenta o início de uma reflexão ou discussão interiorizada e uma moral de cooperação e autonomia.
 
No plano afetivo, nesse período há a aparição de novos sentimentos morais tais como, uma moral autônoma baseada no respeito mútuo, a honestidade, o companheirismo, a justiça (fundada na igualdade estrita e que leva mais em conta as intenções e circunstâncias de cada um do que a objetividade das ações) e, sobretudo, há uma organização da vontade, que leva a uma melhor integração do eu e uma regulação da vida afetiva, levando a criança a balizar, por exemplo, o dever de estudar e a vontade de jogar bola.
Com relação à linguagem, pode-se observar que a compreensão da sintaxe e da estrutura da sentença torna-se mais sofisticada. A fala privada (egocêntrica) tende a diminuir gradativamente.
Considerando, portanto, todo esse processo desenvolvimental descrito acima, a criança nesta fase, torna-se capaz de jogar os jogos de regra, consegue compreender e respeitar as regras, como as de um jogo de futebol. A cooperação levou-a a abandonar o seu egocentrismo e, assim, as regras e as normas são concebidas como válidas e verdadeiras, desde que sejam aceitas e respeitadas por todos.
Atividades recomendadas:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.
2) Pesquise sobre o Bullying no ensino fundamental, da 6.ª até a 9.ª série. Procure identificar quais são os alunos que mais propensos a praticar e a sofrer Bullying, que ações as escolas têm praticado para enfrentá-lo e se essas ações têm sido efetivas.
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
Quanto à forma que a criança pensa, reflita:
O desenvolvimento cognitivo neste período é caracterizado pelo o domínio sobre proposiçõesou reflexões que se referem às coisas inatuais, antecipações ingênuas do futuro do mundo
Porque
A capacidade de reflexão que se inicia ou a capacidade de considerar os vários pontos de vista simultaneamente ou, ainda, recuperar o passado e antecipar o futuro são possíveis somente a partir das situações vivenciadas pelas crianças.
É correto o que se afirma em:
a) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
b) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
c) as duas afirmações são falsas.
d) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
e) as duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
A alternativa correta é a letra (A). Justificativa: o domínio sobre proposições e reflexões de questões inatuais e as antecipações ingênuas são características da próxima fase, adolescência. Nesta fase, o pensamento é operatório concreto porque está atrelado à própria realidade, objetos tangíveis, representação de uma ação possível e à observação do real.
 
3. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
Os estudos de CASTRO (1998)em Infância e Adolescência na Cultura de Consumo indicam que:
- Os mass media pedagogizam, diferentemente do apelo à autoridade e à tradição, através do apelo ao consumo e do apelo ao arrebatamento pelo olhar.
- A nova pedagogia dos meios de comunicação em massa concorrem com a autoridade e experiência de mães e pais.
- A maioria das crianças e adolescentes de hoje encontram oportunidades para assistir televisão ou fazer uso da internet, o que indica uma inserção em redes simbólicas de subordinação cultural.
Tais resultados nos levam a pensar sobre o uso das ferramentas tecnológicas no mundo contemporâneo.
 O desenvolvimento do eu, nesse período, é marcado por um auto-conceito cada vez mais abstrato focalizado em qualidades internas do que ligado à aparência externa. A descrição que as crianças fazem das outras pessoas também obedecem a essa tendência. Portanto, os conceitos de si mesmas agora são mias amplos e abrangentes – supera a definições próprias de tudo ou nada. As descrições mais equilibradas, por exemplo: “na escola me sinto inteligente em artes e estudos sociais; mas me sinto burra em ciências”.
Aparece um juízo global de autovalia, a opinião da criança sobre sua própria competência que dependerá de fatores como:
a) de quão competentes se acham
b) do apoio social que recebem
Neste período, as crianças costumam passar menos tempo com os pais; no entanto, esta permanece a relação mais importante. É preciso destacar que a cultura influência nos relacionamentos, nos papéis e na importância da família.
A criança descobre que a aceitação ou rejeição social depende de suas realizações. Essas experiências, por sua vez, influenciam a formação do autoconceito.
Pais e crianças dividem o poder – os pais supervisionam, mas as crianças tomam decisões a todo momento, o que se chama de co-regulação. Essa é uma etapa transicional.  
A instalação de um processo cooperativo só tem êxito se pais e crianças se comunicarem com clareza.
Quanto a fatores como família e finanças, pode-se afirmar que a estrutura familiar, a atmosfera econômica, o relacionamento dos pais e seus respectivos trabalhos têm efeitos diretos sobre a criança, podendo gerar um ambiente favorável ou não.
No que diz respeito à estrutura familiar, hoje encontramos várias tipos, entre elas: monoparentais; pais divorciados, pais homossexuais.
De acordo com Papalia & Olds e Feldman, as crianças se saem melhor quando são de famílias tradicionais ou intactas, com atmosfera familiar positiva.
Quanto aos aspectos sócio-econômicos, pode-se salientar que os papéis e responsabilidades em sociedades não-industrializadas são mais significativos e mais estruturados durante toda a vida do que nas sociedades industrializadas.
As relações com companheiros e amizades nesta fase, são mais profundas e estáveis, refletindo o desenvolvimento emocional e cognitivo. Meninas têm menos amigos, porém mais íntimos
O grupo tem diversas funções:
a) Funções positivas: desenvolvimento de habilidades sociais - “pertencer”; fortalecimento do auto-conceito. 
b) Funções negativas: segregação racial ou étnica que reforça o preconceito.
c) A popularidade que influencia a auto-estima.
d) A segregação por gênero vai se tornando completa.
Com relação às brincadeiras, Papalia & Olds e Feldman (2006) afirmam que elas parecem ser universais e, geralmente ocorre uma mudança, dos 7 aos 11 anos, as brincadeiras passam de impetuosas (lutas, golpes, perseguições) para brincadeiras com regras (amarelinha, esconde-esconde e pega-pega)
 
Atividades recomendadas:
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.
2) Faça uma pesquisa sobre a influência dos jogos e uso da internet no desenvolvimento da terceira infância. Levante os aspectos positivos e negativos e pense nas prováveis maneiras de enfrentamento de algumas das questões negativas encontradas.
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
As crianças na terceira infância ainda necessitam de brincar, pois isto ajuda em seu desenvolvimento físico, cognitivo e emocional, que, segundo PAPALIA; OLDS & FELDMAN (2006) nesta fase:
I- Ocorre a emergência do senso de identidade e de auto-reconhecimento físico, bem como se inicia o processo de auto-regulação e as crianças começam a controlar seu comportamento para conformarem-se com as expectativas externas.
II- Se encontra numa etapa transicional de co-regulação; pais e crianças dividem o poder – os pais supervisionam, mas as crianças tomam decisões a todo momento.
III- A criança descobre que a aceitação ou rejeição social depende de suas realizações. Essas experiências, por sua vez, influenciam a formação do autoconceito.
Responda:
a) I, II e III estão corretas
b) II e III estão corretas
c) I e II estão corretas
d) Apenas II está correta
e) Apenas III está correta
A alternativa correta é (B), apenas II e III estão corretas. A alternativa I é incorreta porque dia respeito ao processo de auto-regulação que se inicia por volta dos 3 anos, portanto na segunda infância 
4. ENFRENTANDO A CRISE: A CONTRIBUIÇÃO DE ERIKSON
O que eu vou ser quando crescer?
Um programa de uma TV educativa explora a curiosidade das crianças a respeito das profissões.
A seguir, alguns dos recados de crianças que assistem ao programa:
"eu quero ser veterinária" Bianca, 10 anos (Guarulhos, SP)
"eu quero ser médico " Lucas, 11 anos (Sorocaba, SP)
"quando eu crescer quero me formar em medicina..............." Loyane Ohana, 11 anos (Sobradinho, BA)
"quando eu crescer eu quero ser professor porque é legal " Paulo, 9 anos (Dores do Indaiá, MG)
Nesta fase, a criança nesta fase vive o que Erikson denomina de Competência (Diligência) versus Inferioridade. Este é o quarto estágio psicossocial e é no ambiente escolar que a criança fica mais exposta às novas influências sociais.
Como Freud, Erikson afirma que este período é emocionalmente silencioso, uma fase em que a criança parece ficar pronta para se dedicar a determinadas tarefas e habilidades e se esforça para dominar os valores de sua cultura. Baseando-se no seu grau de sucesso, as crianças se julgam ativas ou inferiores, ou seja, competentes ou incompetentes, produtivas ou fracassadas, vencedoras ou perdedoras.
Portanto, a escola e os esportes são cenários para a aprendizagem de habilidades intelectuais e motoras, e a interação com os pares proporciona um espaço para o desenvolvimento de habilidades sociais. O sucesso nessas iniciativas leva à sentimentos de competência, e segundo Erikson, a virtude desta fase é a habilidade. No entanto, algumas crianças são repreendidas, ridicularizadas ou rejeitadas em suas iniciativas e assim, desenvolvem um sentimento de inferioridade, o que as torna incapazes de cumprir as demandas dos próximos estágios de vida. 
Na escola, a criança começa a se comparar com seus colegas e percebe suas competências em relação aos outros, estapercepção pode produzir uma queda na sua auto-estima. No decorrer desse estágio, a auto-estima se torna mais diferenciada, quer dizer, as crianças se avaliam em mais aspectos, inclusive em diversos tipos de habilidades acadêmicas.
É nesta perspectiva que surge a curiosidade pelo mundo do trabalho e consequentemente das profissões.
As crianças sonham com a profissão que vão seguir no futuro, isso faz parte do imaginário e do desenvolvimento infantil. As fantasias, os modelos aprendidos na mídia, a profissão dos pais e de outras pessoas que elas admiram, inspiram seus imaginários
A alternativa correta é a letra (B). A alternativa I é incorreta porque a construção da identidade, e os seus respectivos questionamentos (quem sou? o que sou?) são pertinentes à adolescência, que segundo Erikson pressupõe a crise Identidade x Confusão de Papéis, o que leva a construção da identidade adolescente.
HISTORIA DO PENSAMENTO FILOS
(Prefeitura Municipal de Barueri - SP – 2006). A filósofa Terezinha Rios mostra que as utopias nos fazem caminhar, e que só há diálogo nas diferenças. Os filósofos têm em comum com as crianças o fato de serem 
R: "perguntadeiros", não admitem respostas definitivas. Não querem apenas explicações, querem compreender. 
No artigo, indicado para estudo, José Mauricio de Carvalho escreve: A Filosofia tem hoje, como teve na antiga Grécia, a [..................] de elaborar argumentos válidos capazes de nos libertar do medo e da ignorância. A Filosofia instiga a não nos acomodarmos, pois a acomodação do homem alimenta a irracionalidade da besta fera, que toda a evolução da espécie não eliminou.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:
R: MISSÃO
Considerando o texto de Carvalho “A missão da Filosofia” analise as afirmações abaixo e considere a alternativa CORRETA.
R: A filosofia tem como missão o esclarecimento da situação do homem, além de elucidar o seu modo de ser, proporcionando novas bases do seu viver. 
Temos que: “a filosofia surge quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas”. (CHAUÍ, 2003). Fica, então, como legado da Filosofia grega para o Ocidente europeu:
R: A aspiração ao conhecimento verdadeiro, à busca de explicações racionais para o existente, o uso do pensamento crítico.
Considere a seguinte citação: “A atitude filosófica inicia-se dirigindo indagações ao mundo que nos rodeia e às relações que mantemos com ele. Pouco a pouco, porém, descobre que essas questões se referem, afinal, à nossa capacidade de conhecer, à nossa capacidade de pensar” (CHAUÍ, 2003, p.20).
Considerando a citação acima e seus estudos realizados, é correto afirmar que a Filosofia:
R: É uma forma consciente e crítica de compreender o mundo e a realidade e que faz uso da reflexão.
Pode-se dizer que estamos diante de diferentes “filosofias” quando preferimos morar em casa e não em apartamento, quando escolhemos a profissão que vamos seguir, ou quando deixamos o emprego bem pago por outro não tão bem remunerado, porém mais atraente. Na medida em que somos seres racionais e sensíveis, estamos sempre dando sentido às coisas. Considerando essas ideias analise as proposições abaixo.
I.        Ao filosofar espontâneo do homem comum, costumamos chamar filosofia de vida;
II.      A reflexão filosófica é radical, rigorosa e de conjunto;
III.    A filosofia é crítica da ideologia, enquanto forma ilusória de conhecimento que visa a manutenção de privilégios;
IV.   O filósofo busca a posse de verdades absolutas, que uma vez alcançadas não precisam mais ser revistas.
Assinale alternativa que possui a(s) afirmação(ções) correta(as):
R: I,II e III
eia o texto a seguir, reflita com atenção e escolha as afirmativas que se referem corretamente às questões suscitadas pelo texto.
“Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos (que viveu no século V antes de Cristo) a invenção da palavra filosofia. Pitágoras teria afirmado que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos.
Dizia Pitágoras que três tipos de pessoas compareciam aos jogos olímpicos (a festa mais importante da Grécia): as que iam para comerciar durante os jogos, ali estando apenas para servir aos seus próprios interesses e sem preocupação com as disputas e os torneios; as que iam para competir, isto é, os atletas e artistas (pois, durante os jogos também havia competições artísticas: dança, poesia, música, teatro); e as que iam para contemplar os jogos e torneios, para avaliar o desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentavam. Esse terceiro tipo de pessoa, dizia Pitágoras, é como o filósofo” (CHAUÍ, 2003, p.25).
 
I. O filósofo não é movido por interesses comerciais - não coloca o saber como propriedade sua, como uma coisa para ser comprada e vendida no mercado.
II. O filósofo, tal como os atletas, é movido pelo desejo de competir - faz das ideias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores ou “atletas intelectuais”. 
III. O filósofo é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida: em resumo, pelo desejo de saber.
IV. O filósofo tem amizade pelo saber, deseja saber e para esse propósito faz uso da razão.
Assinale alternativa que possui a(s) afirmação(ções) correta(as):
R: Apenas I, III e IV
A Filosofia faz uso da reflexão. Podemos entender “reflexão” como:
 
I.        É repensar, pensar o já pensado, colocar em questão o que já se conhece.
II.      É aceitar sem contestação as verdades transmitidas pela tradição.
III.    É aceitar as verdades baseadas em revelações sobrenaturais. 
 
Estão corretas:
R: Apenas a I 
De acordo como os conteúdos estudados, o mito pode ser definido como:
I Fantasias criadas por uma mente perturbada e sem qualquer relação com a realidade.
II Conhecimento objetivo e científico
III Uma verdade intuída que não precisa de provas para ser aceita
IV Uma forma de atribuir sentido ao mundo
Assinale alternativa que possui a(s) afirmação(ções) correta(as):
R: Apenas III e IV
A palavra mítica é sagrada porque tem origem na revelação divina. Dessa forma, assinale a característica correta do ponto de vista do pensamento mítico:
R: O mito apresenta-se como verdade que não precisa ser provada e não admite contestação.
(Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul - SP - USCS – 2009). Para os gregos, o mito era um discurso pronunciado para pessoas que acreditam ser verdadeira a narrativa apresentada. Os cantores ambulantes davam forma poética aos relatos populares e os recitavam de cor em praça pública. Sobre os mitos é correto afirmar-se que: 
R: O mito era considerado uma narrativa sagrada. 
“Em Teogonia, Hesíodo relata as origens do mundo e dos deuses, em que as forças emergentes da natureza vão se transformando nas próprias divindades. Por isso a teogonia é também uma __________, na medida em que narra como todas as coisas surgiram do Caos para compor o cosmo” (ARANHA  & MARTINS, 2009). Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:
R: cosmogonia
Leia as proposições abaixo sobre o pensamento mítico e depois assinale a alternativa correta
 
I O mito constitui um modelo de referência que permitia aos gregos situar, compreender e julgar os acontecimentos ao seu redor.
II Um homem da civilização grega, no período anterior ao séc. VI a.C., inevitavelmente procurava entender a causa dos fenômenos recorrendo aos mitos, ao sobrenatural, à magia etc., recorrendo, enfim, à interpretação da vontade dos deuses.
III O pensamento mítico era baseado num exercício de pensamento racional que os gregos desenvolveram como forma de entendimento do real, guiando-se principalmente pelos elementos existentes na própria natureza.
 
Assinale alternativa que possui a(s) afirmação(ções) correta(as):
R: I e II 
A consciência mítica apresenta-se, no momento histórico do surgimento da filosofia, como sendo, até então, a principal

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