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Resumo Teoria da comunicação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL
GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO
TEORIA DA COMUNICAÇÃO 
ANGELICA THAYLA DOS SANTOS VILA NOVA 
 
 
 RESUMO
Teorias da comunicação: Um panorama crítico e comparativo
 
 
 
 
 
MACEIÓ
		2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL
GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO
TEORIA DA COMUNICAÇÃO 
ANGELICA THAYLA DOS SANTOS VILA NOVA 
 
 
 RESUMO
Teorias da comunicação: Um panorama crítico e comparativo
 
Resumo apresentado ao curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas – UFAL, como requisito avaliativo da disciplina de Teoria da Comunicação, sob a orientação do Prof. Dr. José Aloísio Nunes de Lima.
MACEIÓ
2018
SUMÁRIO 
Introdução---------------------------------------------------------------------------------- 4
Capitulo I - Teoria da comunicação conceitual e abstrata ---------------------- 5
Capitulo II Teoria da comunicação humana ---------------------------------------- 9
Capitulo III Teoria da comunicação Social ----------------------------------------- 12
 Capitulo IV Teoria da comunicação de massa ------------------------------------14
Capitulo V Teoria da comunicação enquanto teoria da mídia ----------------- 17
Capitulo VI A indústria cultural --------------------------------------------------------20
Capitulo VII – Da crítica das mídias a comunicação de massas -------------- 22
Capitulo VIII – A comunicação e suas vizinhas ------------------------------------ 25
Capitulo IX – Teoria da comunicação: uma teoria Peirceana------------------ 28
Conclusão --------------------------------------------------------------------------------- 31
INTRODUÇÃO
“Uma coisa é certa, sempre se comunicou”. O livro já inicia com essa afirmação, que de certa forma instiga ou desafia a refletir ao longo de toda a leitura remetendo-se a tal afirmação, pois cada capítulo lido da ênfase a compreensão da frase em questão. Ele tem uma narrativa clara, não é difícil de compreendê-lo e o autor ainda ajuda com vários parênteses a cerca de palavras não usadas no cotidiano. A principal abordagem do livro vale destacar é a comunicação em vários parâmetros, sentidos e significados. Sabe-se que as pessoas sempre se comunicaram, já na Grécia Antiga havia a teoria da retórica, porém somente a partir do século XX é que surgiram várias teorias que possibilitaram o estudo da comunicação o que se pode compreender melhor nesse livro. Sigmund Freud, Ferdinand de Sausurre, Charles S. Peirce e tantos outros estudiosos se aprofundaram nos estudos sérios da comunicação.
CAPÍTULO UM
Teoria da comunicação conceitual e abstrata
Neste primeiro capítulo, temos uma apresentação dos conceitos mais gerais do que é a comunicação. Apenas no séc. XX é que surgiram teorias para se explicar a comunicação. Já na Grécia a teoria da comunicação se designava de retórica, a apresentação da retórica de Aristóteles; da ciência da comunicação como quantificação e matematização dos processos comunicativos; da linguística de Sausurre, Barthes e Jakobson; da psicanálise de Freud; da dialética de trabalho de Marx.
Podemos encontrar em vários lugares o significado de Comunicação, no dicionário Aurélio temos uma definição da Comunicação como participação, informação e transmissão, no Caldas Aulete, a Comunicação é definida como o meio pelo qual as coisas se comunicam, na enciclopédia Barsa temos a definição de que a comunicação é o ato de transmissão de uma mensagem de qualquer ordem entre um emissor e um receptor através de um canal. A linguagem é o canal mais comum para se ter uma comunicação.
A retórica e a comunicação
 Segundo Aristótiles a arte da retórica integra-se a um conjunto de escritos dedicados á lógica e que é conhecida por “Organum” que significa o conjunto de instrumento para a construção da ciência.
 Fala da relação do propósito da retórica na Grécia Antiga. O primeiro trabalho sistemático sobre a arte da retórica vem através de Aristoteles, mas antes dele existiram referencias a retórica em pensadores como Sócrates, Górgias, Platão, Xenofontes e etc. Vale lembrar que nesse período predominava somente a cultura oral, com isso pode-se entender o porquê que Sócrates nada escreveu e também porque, Platão mesmo escrevendo desconfiava dessa pratica. Entretanto, a arte da escrita ia aos poucos tomando seu espaço. Mas era um processo lento, tendo em vista que os estudiosos da época acreditavam que só o corpo servia como deposito de conhecimento, quanto mais velho você fosse mais conhecimento se tinha. Portanto, para que se desconstruísse esse pensamento levaria tempo e bastante estudo.
 A arte da eloquência (fala) e oratória (linguagem) foi de suma importância também na democracia na Grécia Antiga essa importância daria passagem para que a cultura escrita prevaleceu junta a oratória. O livro busca de maneira objetiva explicar cada ponto e relevância da retórica. É interessante pensar que Aristoteles por não ter o dom da oratória passava a escrever, logo seus discípulos só podiam reverenciar sua obra lendo-os, desconstruindo então toda ideia única que o conhecimento oral fazia. Faço analogia a Caldas “ A comunicação é defendida pelo meio pelo qual as coisas se comunicam”
 2. A ciência da comunicação
 
Antes de ser estudada em universidades a comunicação já era usada de maneira explícita pela publicidade e propaganda. Nesse sentido, o livro traz uma abordagem simples e nada complexa de se entender como se deu o processo do estudo da comunicação.
 A primeira abordagem explica como a Publicidade e propaganda usava da comunicação principalmente para fiz políticos de uma maneira persuasiva. Tanto o marketing político quanto o comércio dependiam desse tipo de contato para tentar criar a necessidade de consumo e de bem estar na população. A imprensa tomou conta do cenário no final do século XIX e inicio do século XX, principalmente a imprensa de uso político, que fazia publicidade de uma ideia.
 Vale lembrar que a Revolução Industrial possibilitou o surgimento dos meios de comunicação de massa: Tv, jornal, radio, cinema, fotografia e etc., Esses meios que usavam principalmente da técnica persuasiva e nada filosófica, essas técnicas quase sempre eram empíricas o livro deixa esse fato muito em evidencia. A imprensa então toma conta do cenário no final do séc XIX e começo do século XX, mas nada se falava em comunicação sem que ela estivesse ligada ao meio de comunicação em questão. O autor antes de concluir sua ideia me pareceu um tanto inconformado com tal fato, mas ele não era o único, já que a comunicação era tão evidente e o estudo dela se fazia necessário de uma maneira gritante. Ele destaca para continuação da linha de raciocino “Isto é, no sentido de que importância se dava mais a uma área especifica e não a comunicação em geral” a compreensão e entendimento de qualquer leitor nesse tópico é clara e evidente.
A partir dos anos 40 do século XX, portanto é que finamente a palavra Comunicação passou a aparecer em títulos de obras, nesse mesmo período a comunicação começou a ganhar força e se tornar um campo próprio de estudo com vários trabalhos publicados. 
A teoria da informação, de Shannon e Weaver, é o modelo de maior aceitação e influência mundial. Essa teoria mede a quantidade de informação veiculada entre um emissor e um receptor. Por informação entende-se que é a medida de liberdade de alguém para escolher uma mensagem, quanto maior a liberdade de escolha, 
maior será a informação e a incerteza sobre essa informação. Quanto maior a incerteza sobre a informação, maior é a probabilidade de haver a inserção de ruídos, o que ocasionaria em distorções e uma desorganização na mensagem final. Só se tem informação quando não há essa desorganização que chamamos de entropia.
3. A linguística e a comunicação
A linguagem é o meio fundamentalpara que haja a comunicação e a ciência que a estuda é a linguística, criada por Ferdinand de Sausurre, que por sua vez define a linguagem a partir do conceito de signo linguístico. Para Sausurre, a língua foi dada ao indivíduo enquanto a fala é um ato particular, então nascemos, encontramos a língua e não temos poder sobre ela. Na língua não há senão diferenças e define o signo linguístico como o resultado do significado com o significante, onde o significado é o conceito (abstrato) e o significante é a grafia mais o som (concreto), toda palavra que possuir um sentido é considerada um signo linguístico. Quanto aos fonemas, Sausurre não estabeleceu um conceito completo, porém através de seus estudos foi que Jakobson e os teóricos do formalismo russo chegaram ao conceito de que são feixes de traços distintivos/conjunto de elementos diferenciais.
 Ao compararmos ainda as teorias da retórica da informação e da linguística mencionadas no livro, veremos que nelas são prioritários os problemas lógicos da comunicação. A comunicação funciona para definir, criar, modificar, manter e transmitir uma realidade distintivamente construída por humanos. Uma visão oposta argumenta que a realidade, incluindo percepções, atitudes, crenças e valores, existe inteiramente independente de nós, e é possível de ser conhecida. Nesta situação, a retórica teria a função de propagar e descobrir a verdade.
 O autor tem a delicadeza de fazer um resumo pequeno e especifico do que já foi visto, isso me chamou a atenção, ele cita os 3 pontos de vista da abordagem da teoria da comunicação já citados para que tomemos por base os conceitos.
 4. A psicanálise e a comunicação
Por causa da linguagem, a psicanálise e a comunicação tem uma relação muito próxima. O livro nesse tópico da uma série de indicações para uma boa leitura, quando diz “Quem leu O Chiste e sua relação com o inconsciente” faz uma provocação válida ao leitor, eu, por exemplo, não li, mas lerei pela menção que fez o livro. É interessante o caso do casal mencionado no livro. Eles haviam acabado de voltar da lua-de-mel e a esposa já não reconhecia o marido, segundo Freud, o casamento não foi pra frente devido à falta de comunicação em que havia entre os dois, porque quando se há comunicação não se esquece do rosto das pessoas e o nosso inconsciente é o responsável por tudo isso, ou seja, o inconsciente se manifesta num ato consciente. O inconsciente é o objeto de estudo da psicanálise, logo não pode ser o objeto de estudo da comunicação.
5. O marxismo e a comunicação
 Nesse quinto e último tópico do primeiro capítulo o livro abordará sobre a comunicação geral e abstrata e seus principais conceitos. Existiu pelo menos uma pesquisa de peso que tentou construir uma teoria tendo como pressuposto conceitos da dialética Marxista.
 A dialética, retorica e filosofia, tinham relações complicadas eu um tanto divergentes. De um lado se tem a filosofia que buscava sempre a verdade sempre o concreto, de outro a retórica que não visava o verdadeiro mais a “concordância entre os opostos” (síntese) e por fim a dialética que ficava nomeio dependendo do ponto de vista, tendo em vista que ela era evidentemente mais próxima a retórica por nem sempre validar e priorizar a verdade, mais é bem verdade que ela também ficava semelhante a filosofia com os conceitos que as convém.
CAPÍTULO DOIS
Teoria da comunicação humana
 A fala é o evento que marca e dar caráter específico à comunicação humana. Nesse segundo capitulo o autor nos propõe vários questionamentos válidos para o entendimento específico somente para a comunicação humana.
 A primeira é, “quando trato a comunicação como do âmbito do pertencimento humano, será que posso trata-la nas mesmas perspectivas com que tratei a comunicação abstrata?” A resposta dada pelo autor é que sim, tendo em vista que só o homem fala os animais não falam. Portanto, a retórica pertence somente aos seres humanos. A fala caracteriza a comunicação humana e pode ser estudada partindo do ponto de vista empírico
 É possível estudar a comunicação de várias perspectivas o livro faz menção a linguística, no qual a fala é algo individual, mas a língua é social é coletiva, com isso tanto a fala como a língua estão entrelaçadas. Ou ainda a Psicanalista ou até marxista. Mas o que cabe pontuar aqui é que se a comunicação humana esta sempre ligada à fala está também ligada à linguagem que por ventura está ligada ao humano enquanto falante, essa é a principal característica.
 Além disso, alguns dos livros lidos para a produção do livro-base deste resumo, indicam que a comunicação intrapessoal foi se deslocando para a interpessoal, o que também levou à comunicação não-verbal. Todos os livros consultados tratavam a comunicação humana numa perspectiva simbólica e que o uso de símbolos é o que caracteriza a singularidade humana da comunicação
A comunicação humana e a fala
 Neste tópico, o livro da ênfase a comunicação humana provinda da comunicação oral, na língua oral, a mensagem é processada por meio da reprodução de sons.  E, diferentemente da comunicação escrita, na comunicação oral a pessoa que fala (O falante) conta com o auxilio de pausas e ritmo na fala, expressões faciais, repetições e posturas corporais como indicadores que facilitam o entendimento da mensagem. 
 Aliás, uma das características marcantes da língua oral é a possibilidade de interação com o interlocutor, o que permite ao falante saber se está sendo bem sucedida ao elaborar seu discurso sua retórica. Vale destacar que tal efeito só se é possível para humanos. No texto eu tive dificuldade de entender a teoria de Austin, mas com as explicações em seguidas do autor eu pude entender melhor o que se estabelece, a expressão verbal é uma ação e não apenas descrição ou narração de fatos, disso vem a teoria do ato da fala, pois quando falamos estamos agindo. 
A comunicação humana e o símbolo
 
 O homem diferente dos outros animais tem um modo único de usar os signos, usando-os tanto para indicar coisas quanto para representa-las. Faço menção a teoria de Ferdinand de Saussure, signo linguístico, é a união do conceito (significado) com a imagem acústica (significante), mais nesse caso a ênfase que maior é da comunicação humana em detrimento dos símbolos, o livro faz uma abordagem um tanto complexa nesse tópico, e como de costume o autor usa muitos livros e obras como exemplo para enfatizar sua principal ideia.
 Alguns dos livros lidos para a produção do livro-base deste resumo indicam que a comunicação intrapessoal foi se deslocando para a interpessoal, o que também levou à comunicação não verbal. Todos os livros consultados tratavam a comunicação humana numa perspectiva simbólica e que o uso de símbolos é o que caracteriza a singularidade humana da comunicação.
3. Aspectos da comunicação humana
Neste tópico, sete pontos de estudos da teoria da comunicação humana formulados por Devito abrangem diversas teorias.
A comunicação intrapessoal é um ponto da teoria da comunicação humana que visa estudar a comunicação que uma pessoa tem com ela mesma. As teorias que se interessam por esse ponto de vista se perguntam como alguém usa símbolos para pensar, analisar, refletir e desenvolver um autoconceito.
	A comunicação interpessoal é a que visa estudar uma comunicação entre duas pessoas que é quando há o uso de símbolos para descobrir, relacionar, influenciar e desenvolver um relacionamento de forma efetiva.
	 A comunicação dos pequenos grupos é o lado da comunicação humana que busca entender como as pessoas usam símbolos para trocar informações, gerar ideias, resolver problemas dentro de grupos mais restritos.
	A comunicação organizacional é o aspecto da teoria da comunicação humana que estuda como as pessoas usam símbolos para aumentar a produtividade, levantar o moral, informar e persuadir com eficiência dentro de uma organizaçãomais formal.
	A fala em público é o aspecto da teoria que estuda como as pessoas usam a fala em público para informar, persuadir e entreter as pessoas que estão em uma audiência ou auditório ouvindo um conferencista.
	A comunicação massiva é o aspecto que estuda como os meios de comunicação de massa usam símbolos para entreter e persuadir grandes grupos de pessoas que estão sendo mediadas pelo rádio ou por outros meios visuais como a TV.
	A não-verbalidade é o aspecto que tenta estudar a comunicação que é estabelecida sem o uso da fala e da palavra escrita. Neste caso, se tem o auxílio da cinésica que é a disciplina que estuda os movimentos do corpo, como a postura e expressões faciais.
CAPÍTULO TRÊS
Teoria da comunicação social
 O social é também abstrato existem onze razões no livro para que entendamos a comunicação como uma abordagem inteiramente social. Existem semelhanças assim como diferenças evidentes entre a comunicação social e humana, entretanto elas se cruzam. Para a escritora Wendy Leeds-Hurwitz, a comunicação social ocorre através da interação entre pessoas, não é um processo individual; é um processo abstrato através do simbólico; o processo da interação cria uma realidade, logo a realidade não é algo que se sucedeu antes do social; no social há a firmação do significado das ações e das coisas; o social vai à busca de uma definição da identidade pessoal dentro de uma visão cultural mais abrangente, logo o social também é algo cultural; uma observação direta, através de uma simbolização do contexto, descreve melhor o que é o social, sendo assim o social é contextual; o social é reflexivo por resultar em ações mais abrangentes do comportamento.
 “A comunicação social é a comunicação que se estabelece numa sociedade democrática” caso contrário ela se restringe a uma minoria. Os animais nesse sentido usando códigos formas e maneiras de relações sexuais ou ainda de predominância também se valem de tal afirmação. A partir das teorias citadas, percebe-se que a teoria da comunicação social é apenas uma, entre outras, que partem de uma abordagem social para o estudo da comunicação. A Revolução Industrial impulsionou uma preocupação com a questão social devido às condições subumanas que parte da população passou a viver.
Comunicação social e a Igreja
Durante a realização do Concílio Vaticano II, a Igreja Católica foi a primeira a utilizar o termo “Comunicação Social” e antes disso, nos escritos religiosos, se referiam aos meios de comunicação como “Meios de Difusão”.
Evangelho, que significa boa nova, é a palavra-chave e de acordo com estudos de textos de Juan Luis Segundo, a boa nova que a Igreja quer comunicar ao povo é a salvação, concedida a partir da fé de que o Salvador não me permita sofrer algum tipo de enfermidade, seja no corpo, na alma ou no espírito. Assim, só se salva quem se entrega ao Salvador.
A igreja, que chegou a criar o Dia Mundial da Comunicação Social, teve e ainda tem grande influência no estudo da comunicação social no Brasil. Os cursos de comunicação social foram iniciados no final dos anos 1960, o que coincidiu com as conclusões do Concílio Vaticano II. Atualmente, a formação dos profissionais de comunicação são por meio do bacharelado em comunicação social com habilitação em Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade e Propagando, Rádio e Televisão, Cinema e é justamente na formação desses profissionais que se acompanha a influência da Igreja.
Para Wilbur Scharmm, a comunicação não tem vida própria, pois é algo que as pessoas fazem e que a razão para estudá-la é para descobrir mais sobre povos e as sociedades. Segundo a FAO (Organismo das Nações Unidas para a Agricultura), a comunicação social é definida como um conjunto de normas que determinam como os indivíduos de uma mesma cultura interagem. Outros estudiosos da comunicação também direcionam seus trabalhos à etnografia que é o processo de relatar como a fala é compreendida. Um etnógrafo da fala é um naturalista, que observa, ouve e registra condutas de comunicação em seus ambientes naturais descrevendo o que é encontrado em determinada fala de uma comunidade, assim como quais padrões normais podem ser observados nesse ambiente.
A comunicação social entre os animais
 Nesse ultimo tópico do terceiro capitulo o livro fala da comunicação social entre os animais. Não se pode negar que os animais se comunicam. Ainda que não exista fala entre eles.
 Segundo Thomas A. Sebeok (1912) existe sim comunicação entre os animais. Para efetivar tal informação pode-se valer da teoria da informação da linguística de Roma Jakobson e da linguística de Karl Buhher, além de estudo encetadas pela etologia ciência que estuda o comportamento dos animais. Para Sebeak o modelo de comunicação extraído da linguística estrutural de Jakobson e busca verificar se a comunicação entre os animais atende a seis funções da linguagem. “Todos os animais são seres sócias “.
CAPÍTULO QUATRO
Teoria da Comunicação de Massa
Nesse quarto capitulo o autor vai explicar um pouco sobre como a comunicação de massa é retratada. Percebe-se que a comunicação de massa tem um único interesse, levar a mensagem para todos os tipos de vinculo comunicativo, sejam eles palavras, sons, imagens, letras, músicas, notícias, livros, revistas, canais de rádio e TV, TVs a cabo telefones, computadores, satélites, etc. Diferente do aspecto da comunicação humana, mas de uma forma que faça parte dos grandes grupos e não de formas da comunicação que necessitem da mediação de um meio técnico como a comunicação intra e interpessoal ou da comunicação de pequenos grupos. 
 O interesse deste tipo de comunicação está diretamente ligado à audiência e ao número de mensagens que são produzidas, veiculadas e recebidas pelas pessoas que estão utilizando meios como a TV e o rádio.
A Comunicação de massa é uma espécie de manipulação e esta diretamente ligada a interesses políticos na maioria das vezes. O livro faz menção ainda a Elias Canetti que discute uma simbologia associada ao conceito de massa assim como ao conceito de poder e a partir daí estabelece as relações entre os dois termos. A comunicação de massa atinge o seu objetivo quando uma propaganda é efetiva em relação ao convencimento da massa. Neste caso, os mais poderosos são os que conseguem influenciar a massa com mais facilidade.
“São poderosos aqueles que têm força e que podem impor a sua vontade sem levar em consideração a vontade alheia”. O poder, portanto, é de quem mantém segredo sobre o que sabe. Os pensadores Gabriel Cohn, P. F. Lazarsfeld e R. K Merton consideravam que para uma propaganda com objetivos sociais, como a de reformas educacionais e integração social, atitudes positivas em torno do trabalho ser bem sucedida e efetivada, é preciso levar em consideração o monopólio, a centralização de valores básicos e o contato pessoal complementar.
Por isso a comunicação só pode ser efetivada se nenhuma crítica for levantada contra ela. E, por ultimo, é necessário que as pessoas espalhem essas mensagens em contatos pessoais.
A imprensa é o emissor num processo de comunicação de massa. As empresas editoras, empresas que imprimem livros, jornais, a empresa de difusão, a rádio, a emissora de TV, o estúdio cinematográfico, a gravadora de discos etc. O canal para que a mensagem fosse divulgada para a massa seria o livro, o jornal, a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão, o computador e outros. O receptor seria qualquer pessoa.
A teoria da comunicação de massa e os números
O que qualifica a “massa” é o número. Elias Canetti especifica cinco tipos de massas que são: Massa de perseguição, que se forma visando atingir uma meta da forma mais rápida possível, como o linchamento; Massa de fuga é aquela massa que se forma quando surge uma ameaça, como uma cidade que foi encurralada; Massa de proibição, que tem como melhor exemplo a greve; Massa de inversão, que é quando há um movimento revolucionário; Massa festiva, dança e dramatizaçõesem torno de suprimentos num espaço limitado.
As empresas de comunicação estão cada vez mais concentradas, a quantidade de recursos que movimentam é cada vez mais espetacular, o interesse é cada vez mais comercial do que informativo, a relação da empresa de comunicação com outras empresas de outros ramos de atividade é cada vez mais próxima. O importante aqui é que toda essa relação é quantificada.
A quantidade de grandes e poderosas empresas de meios de comunicação de massa torna uma propaganda efetiva e eficaz. Com grande número de colaboradores, buscam publicar informações nas quais acreditam e consideram valiosas.
Desta forma, a comunicação de massa trata da quantidade de empresas de comunicação, da quantidade dos meios de comunicação de massa de uma cidade, um estado, um país e do mundo inteiro. Essa teoria quantitativa da comunicação de massa trata da quantidade de mensagens que são veiculadas sobre vários assuntos, como sexo, casamento, fé e o mundo de trabalho, assim como também trata da quantidade de pessoas que são atingidas pelos meios e pelas mensagens transmitidas por eles.
Outras leituras da comunicação de massa
 O processo de comunicação de massa envolve definir o que seja essa massa e o que sempre esteve ligado à massa foi que foi o “número”. Dessa forma, o conceito de massa sempre foi visto como um aglomerado de pessoas desorganizadas onde o fluxo da comunicação ocorre sempre em uma única direção, o receptor é sempre passivo, por isso a natureza da mensagem se torna impessoal, padronizada e anônima.
	Como a comunicação de massa é um assunto bem complexo, alguns livros sobre essa área não passa de uma coletânea de vários autores que tratam de assuntos diversos como a democracia, o poder e o indivíduo. 
CAPÍTULO CINCO
Teoria da comunicação enquanto teoria das mídias
Nesse quinto capitulo o autor começa com uma afirmação um tanto intrigante ele diz “O meio é a mensagem “, quando se pensa no meio como veículo e não como mera mensagem, entende-se melhor aonde o autor quer chegar só que mais a diante. A teoria de Marshall Mcluhan quanto a famigerada frase citada anteriormente é a de que não é o conteúdo da mensagem o mais importante, mas o veículo como qual através dele a mensagem é transmitida.
 A teoria das mídias é estudada nesse livro não só visando a característica especifica de cada meio, mas a partir do estudo da relação de poder, propriedade e de normatização. O livro da ênfase a visão da contemporaneidade com relação aos meios de comunicação ainda um tanto estereotipados, quando se pensa em meios de comunicação pensa-se logo em tv, jornal, radio cinema, fotografia, revistas e etc. Mais é também válido pensar na pedra, no barro cozido, no papiro, no pergaminho ou no papel, ainda que muitos desses estejam em desuso.
Existem vários tipos de mensagem além da verbal, como a mensagem musical, sonora, tátil e visual, porém é evidente que a comunicação se torna mais explícita e gritante quando se dá face a face. Portanto, a teoria da comunicação, enquanto teoria das mídias é também conhecida como teoria da comunicação da Escola do Canadá. 
As mídias e o império
O desenvolvimento da teoria Staples, criada por Harrold A. Innis, é um exemplo particularmente brutal na comercialização de mercadorias. Esta teoria é habitualmente considerada como uma forma de acordo taquigráfica para descrever as relações sociais e econômicas de produção, estabelecimento e comercialização. Esse conceito tem duas partes, uma lidando com a regulamentação do mercado de trabalho e a outra com a comercialização.
A discussão oral/escrita é uma discussão que ganha relevância nos dias de hoje. Em relação à questão oralidade/escrita, o autor expõe que a invenção do alfabeto fonético foi, sem sombra de dúvidas, uma invenção revolucionária por possuir 26 letras para aproximadamente 50 sons nas línguas ocidentais.
A escrita permitiu o estilo comum de expressão, o apelo à autoridade racional e a influência da lógica da escrita. De um lado, se tem uma tradição mais oral, na vertente judaico-cristã, por conta de uma escrita muito mais difícil de uso; do outro, se tem a tradição greco-romana, onde o uso da escrita a partir do alfabeto fonético difundiu a tradição da civilização escrita.
Ao contrário da pedra que era pesada, o papiro, o pergaminho e depois o papel, por serem meios leves e de fácil mobilidade para se espalhar pela população, juntamente com o alfabeto fonético, possibilitaram a expansão dos impérios. E como o império romano começou a crescer, a administração passou a ficar cada vez mais difícil justamente por causa desses meios leves que conduziam informações novas que o império não tinha como controlar. Assim, a quantidade de informações em latim, que era a língua oficial do império e da Igreja Católica, começou a perder força. As línguas então vulgares, tais como francês, o alemão, o inglês, começaram a fluir. Aconteceram vários movimentos de rebelião contra o domínio da igreja e quando a Bíblia foi traduzida por Martinho Lutero, para o alemão, e distribuída entre os camponeses analfabetos, houve uma revolução.
2. As mídias e a retórica
A teoria da percepção para São Tomás de Aquino vai totalmente contra a teoria de Santo Agostinho esse, que separava o corpo da alma, ora o corpo e matéria, matéria, no entanto não sente (cria-se, portanto uma questão) então o intelecto seria uma coisa afastada do corpo? Certamente não. São Tomás de Aquino vai dizer que estranho seria se o corpo e a alma não fosse uma coisa só, tendo em vista que a linguagem e percepção fariam essa união de alguma forma. Percepção e intelecto estão juntos graças à linguagem. Com base na visão de São Tomás, McLuhan estabeleceu um paralelo com a retórica que vinha sendo abordada pelos newtonianos.
O livro aborda a retorica de maneira simples. A retorica não tem relação nenhuma com o verdadeiro ou falso, interessa somente uma visão mais geral e abrangente ao mesmo tempo em que polemica. Ela parte do que existe e busca o que não existe, ou seja, busca inventar situações novas e imprevisíveis. Sempre que se fala em retorica lembra-se de convencimento, persuasão e mais parece um meio de enganar as pessoas. 
Mcluhan afirmava que existem meios quentes e meios frios. São meios quentes: o alfabeto fonético, o papel, uma conferência, o livro, o radio, o cinema. São meios frios: a fala, a pedra, os caracteres escritos hieroglígicos ou ideográficos, um seminário, o telefone, a televisão, o diálogo. Um meio quente prolonga um único dos nossos sentidos permite menos participação. O meio frio é o inverso.
3. As mídias a oralidade e a escrita
O médium foi uma preocupação constante no trabalho de Mcluhan, para ele a relação oralidade/escrita é subsidiária em relação ao médium. Para Havelock, o corpo é o médium da voz. O padre Ong relaciona nove características do pensamento e da expressão oral, para ele o pensamento e a expressão oral são mais aditivos do que subordinativos, mais agregativos do que analíticos, mais redundantes, mais conservadores ou tradicionalistas, mais próximos ao mundo do trabalho, mais agonísticos, mais enfáticos e participativos do que objetivamente distanciados, homeostáticos, mais situacionais do que abstratos.
CAPÍTULO SEIS
A indústria cultural
Esse é talvez o capítulo em que o autor Aloísio Nunes mais opina e diverge de opiniões ao mesmo tempo. O capítulo vai fazer uma espécie de explicação sobre indústria cultural e sua relação com a comunicação. A Indústria cultural, Indústria da cultura ou Cultura de massa é a junção de três termos: indústria, cultura e massa. Os termos indústria e massa estão ligados à máquina, a mesma máquina que executa atividades que eram feitas, em seu princípio, de forma humanizada. A máquina faz rapidamente, e praticamente sozinha, o que era necessário a presença de muitas pessoas para realizar o que afeta diretamente a comunicação das pessoas tanto em seu âmbito de trabalho quanto emsua vida financeira e etc.
O termo “Indústria Cultural” foi usado principalmente por 4 Theodor Adorno e Max Horkheimer usaram pela primeira vez no capítulo: O iluminismo como mistificação das massas no ensaio Dialética do Esclarecimento (escrito em 1942, mas publicada somente em 1947), para definir um sistema econômico que tinha a objetivo principal produzir bens culturais como mercadorias e estratégia de controle social. O termo foi usado para nomear a situação da arte na sociedade capitalista industrial e para se contrapusesse ao termo cultura de massa, porque passa uma ideia otimista de cultura feita pela massa, logo cultura democrática, já indústria cultura passava uma ideia negativa e pessimista o autor deixa claro seu ponto de vista numa narrativa objetiva e clara.
1. A indústria cultural
Para Adorno, tudo se torna negócio na indústria cultural. Ou seja, um tipo de produto cultural, como música ou teatro, deixa de ser voltado totalmente ao lazer e à arte, passa a ser um meio de manipulação social. Umberto Eco falou que para uns, a cultura de massa destrói a cultura popular, infantiliza e incentiva a passividade das pessoas que são presas à televisão tornando-as alienadas, enquanto que para outros, os meios de comunicação de massa democratizam, informam e educam.
A indústria cultural é a integração deliberada, a partir do alto, de seus consumidores. Ela força a união dos domínios, separados há milênios, da arte superior e da arte inferior. Com o prejuízo de ambas. A cultura de massa tem uma visão otimista do mundo e a indústria cultural tem uma declaradamente pessimista.
O rebaixamento das qualidades de um obra de arte não visa nada além do lucro e quando essa obra de arte pede sua aura, sua autenticidade, ela perde o seu poder de culto, assim ela se torna mais próxima da massa. Walter Benjamin considerava isso um fator positivo, justamente por se aproximar da massa, já Adorno e Horkheimer acreditavam que o que movimenta a indústria cultural é o lucro, apenas isso.
2. Os estudos da cultura
A cultura de nossos dias é uma cultura de massa. A escola de Birmingham define a cultura como um sistema de significações realizadas. Seus teóricos entendem a tradição desses sistemas de significações como “relações contemporâneas em ação”. Se as significações já realizadas são passadas, e se relações são contemporâneas, estão em ação. 
Barbero pesquisa a história da presença do povo e das massas, como as viam o romantismo, o iluminismo, a indústria cultural, e por fim, com sua relação com o conceito e hegemonia de Gramsci. A partir dessa ideia indica que a relação do povo e das massas com as instituições é sempre provisória, específica e particular. Enfim, essas relações são significações realizadas e, ao mesmo tempo uma tradição que continua nas relações contemporâneas de ação.
3. A cultura pós-cultura
A questão da pós-modernidade é basicamente uma questão filosófica que é entender qual a razão que orienta a nossa sociedade atualmente. Uma série de estudiosos tem discutido a questão da pós-modernidade e um dos nomes mais famosos é o do francês Jean-François Lyotard. Acredita-se que não existe mais verdade universal nem justiça universal. A verdade, assim como a justiça, é sempre parcial e localizada. Qualquer tentativa de impor uma leitura com validade geral é considerada uma imposição, uma tentativa totalitária.
Às vezes o pós-moderno é associado à posição política conservadora; às vezes é associado ao estilo, à cópia, à ironia, à paródia, seja na literatura, nas artes, no cinema ou na arquitetura. Para Lúcia Santaella, a cultura pós-moderna é caracterizada pelo reino dos signos e, por isso, a pós-modernidade é a idade onde o sujeito é apenas um lugar de passagem de signos. A lógica desse trânsito próprio da comunicação existe na semiótica peirceana que está presente na obra do autor.
CAPÍTULO SETE
Da crítica das mídias à comunicação pós-massa
	Este capítulo foi iniciado com uma breve retomada às teorias críticas às mídias já descritas nos seis primeiros capítulos do livro, como o marxismo que critica o fato das mídias produzirem discursos de sustentação das classes dominante muito interessante; da linguística que sustenta que a língua é fascista por nos obrigar a falar; da psicanálise que aborda que o que produz os discursos é o nosso inconsciente; que a retórica não se importa com o verdadeiro, mas que busca analisar os discursos partindo dos efeitos em busca das causas; que a comunicação humana é baseada no face a face; que a base da comunicação social é a questão política; que as mídias são vistas como bens públicos e por isso é importante saber qual a ideologia que elas veiculavam; que na comunicação de massa o que importa de verdade são os números de mensagens em cada mídia, leitores, espectadores, internautas entre outros.
Crítica das mídias
Em Imprensa e capitalismo, de Ciro Marcondes Filho, a ideia geral é da notícia como mercadoria e que a empresa que a comercializa tem como objetivo principal o lucro. A única forma de fazer com que a notícia deixe de ser uma mercadoria é mudando as relações sociais de produção. Portanto, a imprensa é uma trincheira de luta política tanto para a manutenção quanto para a transformação da ordem social.
Ou seja, os meios de comunicação, a notícia já foi de fato divulgada para fins verdadeiros, entretanto vê-se na contemporaneidade que essa tal “verdade” já não é mais tão utilizada nesse meio, tendo em vista que de fato a noticia virou uma interpretação do real, por isso, pouco se acredita na tv as noticias são criadas apenas para entreter a massa.
 
Já na perspectiva politica, dar-se conta do fim da política, posto que o real e o fictício se entrelaçam de tal maneira que é dificílimo distinguir um do outro. No entanto, as questões da fantasia e do imaginário ganham destaque nessa crítica das mídias que Ciro Marcondes Filho faz mais recentemente. A autoreferencialidade é a característica mais proeminente das mídias nesse momento. Pode-se dizer que aspectos extrapolíticos são agora colocados em discussão com um peso que não tinham anteriormente.
O filósofo Baudrillard, em a Máquina de narciso, enfatiza que como a imagem de Narciso no espelho, o simulacro é inicialmente um duplo ou uma duplicação do real. A imagem no espelho pode ser o reflexo de um certo grau de identidade do real, pode recobrir ou deformar essa realidade, mas também pode abolir qualquer ideia de identidade, na medida em que não se refira mais a nenhuma realidade externa, mas a si mesma, a seu próprio jogo simulador. Nessa mesma linha de crítica às mídias, encontra-se José Manuel Morran que considera aspectos extrapolíticos nas leituras que fazemos das mídias e indica a importância da escola.
2. A subjetividade midiática
A forma perfeita de representação em Platão era a forma das ideias; os objetos já seriam representações degeneradas das ideias; a representação de objetos por poetas, pintores, etc, seria uma representação degenerada em terceiro grau, o simulacro. A preferência de Platão era pela representação de primeira ordem. A cópia da cópia, o simulacro, era abominado. Com Deleuze e Gautarri, o simulacro vira agenciador de subjetividade e, assim sendo, é necessário entendê-los sem se preocupar com ideias anteriores, o que os autores irão denominar de pensamento nômade. 
Hoje a presença das mídias mais do que qualquer outra prática, forma nossa subjetividade contemporânea – midiática e capitalista.
3. A comunicação pós-massa e o virtual
Segundo Nicholas Negroponte, nós podemos pensar nos meios de comunicação de massa como algo bem maior do que a TV profissional e de altos custos de produção.
Para Pierre Levy, o virtual rigorosamente definido tem somente uma pequena afinidade com o falso, o ilusório ou o imaginário. Trata-se, ao contrário, de um modo de ser fecundo e poderoso, que põe em jogo processos de criação, abre futuros, perfura poços de sentidos sob a platitude da presença física imediata. Ele também afirma que o virtual se define como um “nó de tendênciasou de forças” que acompanha um objeto, um corpo ou um texto. Portanto, é essa lógica que põe em jogo processos de criação, abre futuros, perfura poços de sentidos.
4. Interatividade
A televisão que sempre foi considerada um meio de comunicação que não permitia ao telespectador interagir com as mensagens que veiculava. Era como se a televisão monopolizasse a fala do espectador, melhor dizendo, era como se deixasse o telespectador passivo, inerte. Na informática, o computador modifica essa situação.
Essa séria de discussões sobre comunicação pós-massa permitem inferir que são vitais os conceitos de virtual, simulacro e interatividade de quisermos compreender a subjetividade contemporânea.
CAPÍTULO OITO
A comunicação e suas vizinhanças
O autor acredita que é bem possível que a comunicação se estabeleça enquanto ciência, pois já considera que tudo é comunicação. As questões relativas à linguagem tem um valor enorme junto às teorias das ciências de maneira geral junto à teoria da comunicação de forma particular.
A representação teatral sempre buscava comunicar algum tipo de mensagem: a justiça e a verdade universais, mesmo que do ponto de vista de uma classe social, de uma raça ou de uma religião. A representação cientifica também buscava esses valores universais, fosse às ciências humanas, fosse às ciências exatas. A comunicação, pessoal ou coletivo, era estabelecida tendo valores humanos universais como fundamento. Derrida vai dizer que a representação teatral chegou ao fim, ora se a representação teatral sempre buscava comunica algum tipo de mensagem, a representação cientifica também buscava valores universais tais como esses, seria ela também chegado ao fim?
Nesse capítulo será abordado ainda sobre três modelos de abordagem da cognição: O modelo conexionista, conhecido como modelo baseado em redes neurais e o modelo enactive também conhecido como autopoesis. Campos dos quais eu nunca ouvi falar.
1. A desconstrução
A desconstrução visa descentralizar, ou melhor, mostrar que existem aspectos diferentes daquele que é dominante na sociedade branca, cristã e burguesa ocidental. A desconstrução visa, assim, fazer aparecer o outro, o negro, o amarelo, o índio, outros deuses e outras divindades; outras formas de escrituras que não aquelas centradas nas letras, no alfabeto, na silabação, enfim, a desconstrução procura resgatar o diferente ou a diferença.
2. A hermenêutica
Hermenêutica é interpretação da perspectiva da linguagem. A linguagem da qual a hermenêutica faz uso não é aquela da linguística nem da psicanálise. A linguagem é um existente e como um existente é um ser que está sendo historicamente. É o ser e ainda não, é essa abertura para o futuro.
Entender e interpretar são momentos que não se separam no processo hermenêutico, e para uma boa prática hermenêutica é preciso considerar pelo menos seis aspectos: 1. Efetiva consciência histórica; 2. A fusão de horizontes; 3. O papel positivo da distância temporal; 4. Entender já é parte do significar; 5. A tradição fala para nós e clama pela verdade; 6. O intérprete, lendo, busca ser.
A hermenêutica é uma prática, um conhecimento ético, associado à ação. Isto a distingue do conhecimento cientifico universal e do conhecimento técnico.
3. Ciências cognitivas
As ciências cognitivas são revolucionárias, diz respeito ao aspecto comparativo com a psicologia behaviorista que era o ambiente cientifico dominante nos EUA na década de 20, 30 e 40 do século XX.
Também nos anos 40 do século vinte, se desenvolvia a famosa teoria matemática da comunicação. O problema do tratamento matemático da informação era fundamental. O processo de informação ganha uma importância nunca visto antes.
Juntando as leis do pensamento sobre o trabalho de Geogle Boole fundadas em princípios lógicos com os princípios da máquina de Turing, o caminho estava pronto para a produção de programas que simulassem o pensamento humano, assim surgiram as ideias do homem como processador de informação.
3.1. Hipótese cognitivista
A hipótese cognitivista é o processo de informações ou computação simbólica baseado na regra de manipulação de símbolos. Funciona através de um dispositivo que pode auxiliar o sistema a interagir com a forma dos símbolos e não de seus significados. Está funcionando adequadamente quando os símbolos representam apropriadamente algum aspecto do mundo real, e a informação processada conduz a uma solução de sucesso para o problema dado ao sistema.
3.2. A Hipótese conexionista
A hipótese conexionista ocorre de forma analógica. Considera a cognição como a emergência de um estado global numa rede de componentes simples. Funciona através de regras locais para operação individual, e regras para mudanças na conexão entre elementos. Está funcionando adequadamente quando as propriedades emergentes possam ser vistas correspondendo à capacidade cognitiva específica. Uma solução de sucesso para uma tarefa solicitada.
3.3. A Hipótese da autopoiesis
A hipótese da autopoiesis considera a cognição de dentro para fora. O desempenho de um papel. Uma historia de união natural que leva o mundo adiante. Funciona através de um sistema que consiste de níveis múltiplos interconectados, sub-redes de comunicação motosensoriais. Está funcionando adequadamente quando este se torna parte de um mundo existente em processo ou quando um novo é moldado.
CAPÍTULO NOVE
Teoria da comunicação: Uma abordagem peirceana
Neste nono e derradeiro capítulo, o autor resolve estudar mais profundamente o filósofo americano Charles Sander Peirce, que é considerado o fundador da corrente filosófica denominada pragmatismo. Peirce é o pai da semiótica, que é a teoria moderna dos signos. A semiótica é o coração do pragmatismo e é uma ciência normativa. O fundamento para a verdade, o bem e o belo, em Peirce, não está em Deus nem no homem, está no signo. E a semiótica é a teoria do signo, ou melhor, a semiótica é a lógica da comunicação.
1. Semiótica: a lógica da comunicação
Muitas das teorias da comunicação têm o ponto mais alto de seus esforços teóricos na fenomenologia. Peirce, no entanto, começa por ela, que é o seu ponto de partida e não o ponto de chegada.
A fenomenologia é a ciência que estuda a forma como os fenômenos se apresentam na mente de cada ser humano. Entende-se que fenômeno é qualquer coisa que esteja de algum modo e em qualquer sentido presente à mente, isto é, qualquer coisa que aparece, seja ela externa, seja ela interna ou visual, uma lembrança ou reminiscência.
Pierce utiliza três formas para descrever como que o ser humano organiza, em disposição ordenada, os fenômenos e os recoloca em processo. Essas três formas são: 1. Primeiridade, a qualidade de sentimento, possibilidade, liberdade irresponsável, frescor, novidade, originalidade, acaso; 2. Secundidade, ação/reação, luta, choque, existência, aqui e agora; 3. Terceiridade, lei, mediação, hábito, continuidade, pensamento, signo.
Como se sabe, na teoria peirceana a relação primeiridade, secundidade e terceiridade é decrescente. A passagem da fenomenologia à semiótica se dá via terceiridade, visto que a semiótica é a terceira das ciências normativas e pressupõe a ética e a estética.
Para Pierce, tudo começa na fenomenologia, na nossa capacidade de abrir os olhos e ver, mas também é no nível dos signos, da mediação, da terceiridade que conseguimos organizar em disposição ordenada os fenômenos e recolocá-los em ação.
2. O conceito de signo
Na filosofia de Peirce, tudo que existe no mundo é signo. Segundo Peirce em toda afirmação devemos distinguir um emissor e um receptor. O receptor necessita ter apenas uma existência problemática (incerta). O receptor, incerto pode estar na mesma pessoa que o emissor quando nós registramos mentalmente um julgamento independente de qualquer registro e se ele tiver qualquer significância lógica, nós podemos dizer que em tal caso o receptor torna-se igual ao emissor.
O emissor faz sinais para o receptor e espera que pelo menos um desses sinaisexista na mente do receptor. Supõe-se que exista na mente do receptor como quadro familiar, como uma imagem da família, ou como um sonho, lembranças de visões, sons, sentimentos, gostos, sabores, ou outras sensações.
Para Peirce, o pensamento é feito de signos, ou melhor, essencialmente composto de signos. O pensamento também está presente no não-humano, não está essencialmente conectado a um cérebro. A comunicação entre seres humanos ocorre de forma similar àquela entre aquilo que chamamos de matéria e também entre as células, por contínua conexão, por alguma simetria curiosa, pela união de uma cor suave com um aroma refinado, por um ícone, por uma qualidade de sentimento.
A relação entre duas mentes produzem insights, sejam as mentes o que chamamos matéria, sejam células, sejam dois seres humanos. Todo pensamento é conduzido por signos que são principalmente da mesma estrutura geral das palavras; aqueles que não são assim, são da natureza daqueles signos dos quais nós temos necessidade agora e sempre, em nossa conversa com os outros, de suprir os defeitos das palavras ou símbolos.
Para que uma forma possa ser estendida ou comunicada, é necessário que ela tenha sido de fato incorporada num objeto independente da comunicação; é necessário que haja outro objeto no qual a mesma forma seja incorporada apenas em consequência da comunicação forma como ela de fato determina o objeto anterior, é muito independente do signo; ainda nós podemos e de fato devemos dizer que o objeto de um signo não pode ser nada mais do que aquilo que o signo representa.
Tudo é signo. O signo não está de um lado e a coisa do outro. Signo não é apenas uma coisa verbal, uma imagem verbal. O signo verbal ou imagem verbal é apenas um tipo de signo. O pensamento é um signo que se dirige a outro signo.
Esse ato de direção de um signo para outro acontece no tempo. Por isso o signo nunca cobre totalmente o objeto e nem revela completamente o seu interpretante; ele está sempre em vias de total cobertura e ao mesmo tempo sempre deixando algo a se coberto no objeto.
CONCLUSÃO
 “A comunicação nunca para. A comunicação não tem fim”. Acabo por finalizar minha leitura e me dou conta de que de fato, Aloisio está certo em tal afirmação. A comunicação está em todos os lugares, em todas as épocas, em humanos, em animais, em objetos em suas mais variadas formas. Formas que estão em constante mudança convenhamos. Durante a leitura desse livro, notei que à medida que em que a população vai evoluindo, mudando, se transformando, junto a ela e conforme tal mudança vem à comunicação, adaptando-se claro às necessidades, porém sempre mantendo a conexão entre emissor e receptor através de um meio. Foi à clareza com a qual o autor escreve o livro que tirei tal percepção, é incrível perceber que embora não tivéssemos percebido já nos comunicávamos e continuaremos nos comunicando por muitos e muitos séculos.
Foram nove capítulos ao todo, neles vêm ainda alguns pontos que gostaria de destacar. Da linguística eu aprendi que ela afirma “a língua é fascista” e por ser autoritária nos obriga a falar, ou ainda que a fala é uma coisa individual enquanto que a língua é social; que a retórica marca a comunicação analisando os efeitos e buscando as causas; ou do inconsciente que marca de forma definitiva o discurso, segundo a psicanálise; Tem ainda a comunicação de massa cuja maior preocupação é o número, o volume de receptores que recebem uma mensagem. Reafirmo, o livro “ A teoria da Comunicação” escrito por Aloisio Nunes é um dos livros cuja narrativa é de uma clareza surpreendente. Acredito ainda que existem dois marcos no livro, o primeiro é a comunicação humana em que há um destaque na fala e o segundo e particularmente o que mais me chamou atenção para pesquisas além do livro, foi o simbólico em que o destaque está na Semiótica de Peirce.
A fala está diretamente associada ao simbólico, tendo em vista que a fala, ou comunicação oral, nada mais é que um aspecto simbólico único e peculiar do ser humano, visto que a comunicação humana é o processo de criar um significado entre duas ou mais coisas. O livro também destaca aspectos da comunicação humana, como comunicação intra e interpessoal.
 
 O livro aborda a semiótica pela visão de Peirce como havia mencionado. A semiótica, portanto, pode ser considerada a lógica da comunicação, a essência dela. Para Peirce a comunicação parte do signo, onde está o fundamento para a verdade, o bem e o belo. O pragmatismo e a semiótica são inseparáveis.
Por fim, os diversos meios de comunicação como a palestra, o telejornal, a internet, as revistas, o rádio etc. Todo esse meio, faz parte de um grande processo de efeito exato e meios variados, do relacionamento perfeito e eficiente entre emissor, mensagem e receptor. O incrível é que o que antes me parecia normal, comum, e natural a respeito dos meios e da teoria da comunicação, hoje entretanto me parece mais um campo, um desafio a ser analisado, pesquisado e discutido gradativamente.

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