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Resenha mandar Intervenções Estaduais na propriedade e no Domínio Econômico Petroleo Mexicano UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito Público
Resenha do Artigo: Debatendo a expropriação do Petróleo Mexicano.
Aluna: 
Trabalho da disciplina: Intervenções Estaduais na Propriedade e no Domínio Econômico.
O presente Artigo expõe que no início as empresas petrolíferas estrangeiras tinham muitas regalias, mas com a queda do ditador Porfirio Diaz, os benefícios diminuíram. Ocorre que a Constituição nova dava ao Estado o direito do subsolo e dos minerais ali contidos, enquanto as empresas queriam fazer valer seus contratos anteriores, que lhes davam a osse do subsolo e o direito de miná-lo. Além disso, havia um impasse em relação a tributação.
Outro problema enfrentado teve relação com os trabalhadores, que foram permitidos se organizar em sindicatos por volta de 1920 e passaram a questionar a remuneração e as condições de trabalho e habitações dessas empresas.
A economia mexicana se deteriorava no mesmo momento em que o Supremo Tribunal do país confirmou uma decisão que atendia as demandas sindicais. Ocorre que as empresas se recusavam a cumprir a sentença. Irritado com o posicionamento das petrolíferas e temendo a interrupção de produção de petróleo, que poderia acarretar um colapso político econômico, o presidente do México, Lázaro Cardenas, sob a Lei de Expropriação do México de 1938, permitiu-se tomar a propriedade privada em caso de necessidade e utilidade pública, compensando financeiramente os seus donos.
As empresas tentaram embargar o México, contudo os EUA se recusaram a intervir, em razão da política de boa vizinhança e com receios de que aqueles se aliassem ao Eixo na Guerra Mundial que se aproximava. Assim, a empresa Mexicana de Petróleo (PEMEX) está em atividade até hoje.
O referido caso trata sobre uma expropriação efetuada pelo Estado do Mexicano, em virtude da necessidade e utilidade pública, valendo-se ainda da soberania nacional.
No Brasil, é possível que os Entes Federados desapropriem bens, sendo regido pelo Decreto-Lei nº 3365/41 e pela Lei nº 4132/62. Para Celso Antônio Bandeira de Mello “(...) desapropriação se define como o procedimento através do qual o Poder Público, fundado em necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, compulsoriamente despeja alguém de um bem certo, normalmente adquirindo-o para si, em caráter originário, mediante indenização prévia (...)”. (2001, p. 711).
Mesmo a desapropriação de empresa estrangeira é permitida no Brasil diante dos fundamentos previstos no artigo 5º, XXIV da CF/88, ou garantia da soberania. No caso, Chefe do Executivo emite um decreto determinando a intervenção, após, o Congresso aprova lei para expropriar a empresa.
Cabe destacar ainda, que no nosso país os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva, bem como os recursos minerais, inclusive os do subsolo, pertencem à União, nos termos do artigo 20, V e IX da CF, de forma que quem quiser explorá-los, deverá ter autorização, em caso de produção mineral, e concessão ou partilha em caso de produção de petróleo nos termos da Lei nº 12351/2010. No caso como ocorreu no México, portanto, as empresas não teriam posse das regiões exploradas, podendo o Poder Público tomar para si novamente o direito de explorar o local.
Brasília/DF 
2018

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