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GENÉTICA BACTERIANAGENÉTICA BACTERIANA AULA 7AULA 7 PROFESSORA: MARIA CRISTINA PAMPLONA DA SILVAPROFESSORA: MARIA CRISTINA PAMPLONA DA SILVA �Genoma: é todo o material genético de um ser vivo. �O Mycoplasma é a bactéria com menor genoma. �Tamanho do genoma: vírus < bactéria < célula eucariótica. CONCEITOS BÁSICOS CONCEITOS BÁSICOS �Código genético: um conjunto de instruções que define a relação entre os aminoácidos adicionados e as sequências de nucleotídeos. A cada grupo de três nucleotídeos – que chamamos de códon – corresponde um aminoácido. �Gene: sequência de DNA que codifica uma proteína. �Cromossomo: longa sequência de DNA que apresenta vários genes. �Genótipo: informação genética do organismo; A CONCEITOS BÁSICOS CONCEITOS BÁSICOS �Genótipo: informação genética do organismo; A célula bacteriana é a menor entidade viva autossustentável governada por informações genéticas. �Fenótipo: O fenótipo são as características observáveis ou caracteres de um organismo como, por exemplo: morfologia, desenvolvimento, etc CONCEITOS BÁSICOS CONCEITOS BÁSICOS �Genótipo: � Procariotos: cromossomo + qualquer DNA presente � Eucariotos: cromossomo + DNA organelas (mitocôndrias e cloroplastos) �Fenótipo: genótipo + meio ambiente Ex. Azomonas spp. meio com sacarose: colônias mucosas e grandes meio sem sacarose: colônias secas e pequenas DOGMA CENTRAL DA BIOLOGIADOGMA CENTRAL DA BIOLOGIA ELEMENTOS CELULARES ENVOLVIDOS NA ELEMENTOS CELULARES ENVOLVIDOS NA GENÉTICA BACTERIANAGENÉTICA BACTERIANA Bactérias: Bactérias: �Possuem um cromossomo �Possuem um cromossomo �Não possuem membrana nuclear �Não possuem fuso mitótico �Não possuem histonas e íntrons � Nucleoide ou cromossomo bacteriano: DNA. �Contém: todas informações necessárias para a sobrevivência da célula e é capaz de autoduplicação. � DNA extra-cromossomal: � Plasmídios: Moléculas extra-cromossomais circulares de DNA encontradas em muitas espécies bacterianas. Podem ser removidos das células sob condições de estresse; �Conferem vantagens seletivas; �A replicação pode ocorrer durante a replicação bacteriana ou na conjugação. RibossomosRibossomos � Compostos de RNAr (60%) e proteínas (40%). � Cerca de 80% dos ribossomos estão na forma de polirribossomos. Reprodução bacterianaReprodução bacteriana DIVISÃO BINÁRIA DIVISÃO BINÁRIA OU OU CISSIPARIDADECISSIPARIDADE OUOU As bactérias geralmente reproduzem-se assexuadamente por divisão binária ou cissiparidade ou bipartição. Nesse processo reprodutivo ocorre à replicação do OUOU BIPARTIÇÃOBIPARTIÇÃO ocorre à replicação do cromossomo e uma única célula divide-se em duas; em seguida ocorre a divisão do cromossomo bacteriano replicado e o desenvolvimento de uma parede celular transversal. CISSIPARIDADE OU BIPARTIÇÃOCISSIPARIDADE OU BIPARTIÇÃO � As bactérias não têm reprodução sexual no mesmo sentido que os eucariontes. � Assim, as bactérias não possuem: �Alternância de gerações; �Gametas; �Meiose. � As bactérias apresentam dois mecanismos de variabilidade genética: � a mutação; �e a recombinação, a qual pode se dar por transformação, conjugação ou transdução. MutaçãoMutação � Alterações na sequência de nucleotídeos podendo modificar o produto; � São irreversíveis; � Ocorre durante a replicação do cromossomo bacteriano; � Podem ser neutras, desvantajosas ou benéficas;� Podem ser neutras, desvantajosas ou benéficas; � Processo vertical; � Ocorrem ao acaso e, portanto podem aparecer bactérias com resistência a um antibiótico sem ter entrado em contato com este. �As mutações podem ser: Por deleção: perda de uma ou mais bases Por inserção: adição/ incorporação de uma ou mais bases Por inserção: adição/ incorporação de uma ou mais bases Pontuais: resultado de substituições em pares de bases envolvendo apenas um ou alguns poucos nucleotídeos MUTAÇÕESMUTAÇÕES � - As bactérias podem testar bilhões de mutações em pequenos intervalos de tempo. � - O ser humano deve levar cerca de 25 anos para testar uma mutação. Isolamento de mutantes • Qualquer característica de um organismo pode ser modificada por meio de mutações. • As mutações podem conferir ou não vantagem a um micro- organismo. Mutações podem ser detectadas pela simples inspeção visual Mutantes resistentes a um antibiótico Mutantes pigmentados e despigmentados de Aspergillus nidulans VáriosVários agentesagentes podempodem aumentaraumentar aa frequênciafrequência dasdas mutaçõesmutações:: � Químicos: análogos de bases, agentes que Agentes mutagênicosAgentes mutagênicos reagem com o DNA � Físicos: radiações, raios-X, luz UV � Elementos transponíveis: Transposons Recombinação genéticaRecombinação genética �Processo de variabilidade genética que envolve material genético exógeno. Processo horizontal.�Processo horizontal. �Ocorre durante os processos de conjugação, transformação ou transdução. Transformação genéticaTransformação genética �Transferência de um pedaço de DNA de uma célula morta para uma célula viva. �Em 1928, Griffith descobriu um�Em 1928, Griffith descobriu um Streptococcus pneumoniae sem cápsula, sendo que as colônias lisas eram aquelas de bactérias encapsuladas e as colônias rugosas eram de bactérias sem cápsula. ConjugaçãoConjugação � Processo de transferência de DNA de uma bactéria para outra, envolvendo o contato entre duas células. � A conjugação é mediada por um plasmídio, (fragmento circular de DNA, com capacidade para a autorreplicação). TransduçãoTransdução � Incorporação de DNA de outra célula bacteriana tendo como vetor um bacteriófago ou fago. � Fago virulento: fago que leva a célula ao ciclo lítico (causa infecções). � Fago transdutor: fago com genoma da célula bacteriana incorporado, transfere gene de uma célula para outra célula. EXPRESSÃO GÊNICA EXPRESSÃO GÊNICA E E ENGENHARIA GENÉTICAENGENHARIA GENÉTICA Expressão GênicaExpressão Gênica �Refere-se ao processo em que a informação codificada por um determinado gene é decodificada em uma proteína. �Teoricamente, a regulação em qualquer uma das etapas desse processo pode levar a uma expressão gênica diferencial dos genes que codificam proteínas e dos genes que codificam RNAs funcionais. Diferentes etapas do fluxo da Diferentes etapas do fluxo da informação gênicainformação gênica PROTEÍNA ESTABILIDADE DO RNA ESTABILIDADE DO RNA DNA RNA RNAm PROTEÍNA PROTEÍNA PROTEÍNA FUNCIONAL TRANSCRIÇÃO TRANSCRIÇÃO PROCESSAMENTO PROCESSAMENTO TRADUÇÃO TRADUÇÃO PÓSPÓS--TRADUÇÃO TRADUÇÃO A expressão desnecessária de genes e a consequente produção de proteínas resultariam em um gasto energético muito grande. Então podemos concluir que é Então podemos concluir que é vantajoso regular a transcrição, modulando assim os níveis de RNAs que são produzidos em um determinado momento da vida daquela célula. �Operon: � Conjunto de genes estruturais organizados em sequência e sob o controle de um único promotor. �A RNA polimerase transcreve, a partir do promotor comum, todos os genes estruturais. �Os quais são traduzidos nas proteínas codificadas pelos genes. �Ex. Operon-LAC (Operon da Lactose) * RNA mensageiro que promove a síntese de mais de uma proteína. OperonOperon mRNA policistrônico: 1 promotor 1 mRNA várias proteínas traduzidas Controle da Expressão GênicaControle da Expressão Gênica A expressão de uma proteína pode ser:A expressão de uma proteína pode ser: �Constitutiva: Constantemente expressa.�Constitutiva: Constantemente expressa. �Induzida: Expressa quando necessária. Existem dois tipospossíveis de Existem dois tipos possíveis de regulação da transcriçãoregulação da transcrição 1. Controle positivo: o produto do gene regulador é necessário para ativar a expressão de um ou mais genes estruturais. Nesse caso, o produto do gene regulador é chamado ativador.do gene regulador é chamado ativador. 2. Controle negativo: o produto do gene regulador é necessário para desativar a expressão de genes estruturais. Aqui o produto do gene regulador é chamado repressor. OPERON LACOPERON LAC Modelo Modelo de regulação da transcriçãode regulação da transcrição em em E. coli E. coli ao estudar o mecanismo de ao estudar o mecanismo de utilização da lactose como fonteutilização da lactose como fonte de carbono por essa de carbono por essa bactéria, SEGUNDObactéria, SEGUNDO os os pesquisadores François Jacob e Jacques pesquisadores François Jacob e Jacques Monod, Em 1961Monod, Em 1961 Os três genes estruturais são Os três genes estruturais são lacZlacZ, , lacYlacY, e , e lacAlacA:: •lacZ codifica a β-galactosidase, degrada lactose em glicose e galactose. •lacY codifica a permease de β-galactosídeos,•lacY codifica a permease de β-galactosídeos, bombeia a lactose para dentro da célula. •lacA codifica a transacetilase de β- galactosídeos, uma enzima que transfere um grupo acetil de acetil-CoA a beta-galactosídeos. ENGENHARIA GENÉTICAENGENHARIA GENÉTICA APLICAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS APLICAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS DE DE MICROMICRO--ORGANISMOSORGANISMOS � Produção de enzimas ; � Produção de alimentos como: picles, chucrute, queijo, iogurte, etc; � Produção de ácido acético, ácido láctico, etc. � Produção de inseticidas; � Produção de vacinas;Produção de vacinas; � Produção de antibióticos; � Produção de etanol; � Produção de aminoácidos; � Produção de solventes. �As enzimas tanases são utilizadas principalmente na Indústria alimentícia, como alternativa para melhorar o sabor dos alimentos. �A presença de taninos em sucos de frutas, vinhos e chás geram grandes perdas para as indústrias, pois são responsáveis pela turbidez nos sucos e chás e adstringência nos vinhos. Produção de enzimas nos vinhos. �Em adição, as tanases têm um uso potencial na clarificação de cerveja, sucos de frutas, prevenção da maderização em vinhos e sucos de frutas. �Micro-organismos (fungos) têm capacidade de produzir tanase e lipase, enzimas de interesse, empregando um processo de fermentação [em estado sólido] com farelo de trigo. �As inulinases são produzidas por vários micro-organismos, como fungos, leveduras e bactérias, elas atuam clivando a inulina, presente em muitas plantas, liberando fruto- oligossacarídeos (endoinulinases) e frutose livre (exoinulinases). �A frutose produzida pela clivagem da�A frutose produzida pela clivagem da inulina de plantas é utilizada na dieta por pessoas diabéticas. �Os fruto-oligossacarídeos produzidos são considerados compostos prebióticos estimulam o crescimento da microbiota). O mercado de enzimas é considerado hoje o mais promissor para as indústrias farmacêuticas. Hoje a diversificação de aplicação de enzimas nas ciências farmacêuticas vão desde auxiliar: � em digestão (α-amilase, bromelina, celulase, lipase, papaína, pepsina, tripsina, quimiotripsina); �debridamento e cicatrização de feridas (colagenase, desoxirribonuclease); �terapia anti-câncer (L-asparaginase). Inseticidas Biológicos �O controle biológico consiste na ação de inimigos naturais na manutenção de densidade baixa de determinada população. O controle biológico pode ser natural, ocorrendo sem a intervenção do homem, ou aplicado, quando o homem introduz inimigos naturais com a finalidade de controlar determinada praga. �Sendo assim, a utilização de predadores, parasitóides ou agentes de�Sendo assim, a utilização de predadores, parasitóides ou agentes de controle microbiano (fungos, bactérias, vírus, protozoários) ainda continua uma alternativa viável e segura, desde que acompanhada de estudos básicos e técnicas que permitam a sua utilização de maneira eficiente. �As duas espécies mais estudas são Bacillus thuringiensis israelensis e Bacillus sphaericus, que possuem elevadas propriedades larvicidas. Ambas produzem endotoxinas proteicas, as quais. quando ingeridas pelas larvas, atacam e destroem o epitélio do estômago, levando-as à morte. TÉCNICAS DA TÉCNICAS DA ENGENHARIA GENÉTICAENGENHARIA GENÉTICA Insulina e bactériasInsulina e bactérias �Um bom exemplo disto é a produção de insulina por meio da engenharia genética. �Com a tecnologia do DNA recombinante, é possível obter organismos com características novas ou ainda não existentes na natureza. Desse modo, células de bactérias podem ser programadas para produzir a insulina. Esteprogramadas para produzir a insulina. Este hormônio (insulina) é de suma importância para controlar a taxa de açúcar no sangue, garantindo níveis apropriados à sobrevivência humana. �Há algumas décadas, pessoas diabéticas dependiam da insulina retirada de cadáveres e, posteriormente, do pâncreas de suínos. PRODUÇÃO DE INSULINA RECOMBINANTE
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