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Cintia Boff Dailen Finger Grasiela Salvador Juliana Picoloto PATOLOGIAS EM ALVENARIAS E REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - UNC 
 
 
 
 
 
CÍNTIA BOFF, DAILEN FINGER, GRASIELA SALVADOR E JULIANA PICOLOTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS EM ALVENARIAS E REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCÓRDIA 
2017 
 
 
 
2 
 
UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - UNC 
CÍNTIA BOFF, DAILEN FINGER, GRASIELA SALVADOR E JULIANA PICOLOTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS EM ALVENARIAS E REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS 
 
Trabalho Acadêmico apresentado como exigência 
para obtenção de nota ou Título na disciplina de 
Patologia das Construções, do curso de 
Engenharia Civil, ministrado pela Universidade do 
Contestado – UNC, Campus Concórdia, sob 
Orientação do Professor Jefferson de Santana 
Jacob. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCÓRDIA 
2017 
 
 
3 
 
RESUMO 
 
 
Com o crescimento abundante da construção civil, a utilização das alvenarias e das 
argamassas de revestimento juntamente com seus componentes adicionais, podem 
trazer problemas futuros através de composição de traços incorretos, 
incompatibilidade nos projetos, escolha errada dos materiais, e principalmente pelo 
manuseio não qualificado em todas as fases da utilização. 
O trabalho pretende apresentar as principais causas das patologias nas alvenarias e 
nas argamassas, quer no estado fresco (plástico) como endurecido, resultando em 
trincas, empenamento, segregação, exsudação, retração, baixa resistência à 
abrasão, etc., como também as metodologias adequadas para evitar a ocorrência 
destas patologias. 
 
Palavras-Chave: Patologias. Construção. Argamassa. Alvenaria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Lista de Figuras 
 
Figura 1 - Fissuras mapeadas em argamassas revestidas ....................................... 17 
Figura 2 - Fissuras mapeadas em argamassas revestidas ....................................... 17 
Figura 3 - Descolamento de placas ........................................................................... 19 
Figura 4 - Fenômeno de empenamento .................................................................... 20 
Figura 5 - Destacamento devido a presença de umidade ......................................... 21 
Figura 6 - Eflorescência em alvenaria ....................................................................... 22 
Figura 7 - Aparência do elemento após remoção de eflorescência ........................... 23 
Figura 8 - Bolor .......................................................................................................... 24 
Figura 9 – Muro com eflorescência ........................................................................... 25 
Figura 10 - Localização da edificação aproximada ................................................... 25 
Figura 11 - Croqui de localização da edificação ........................................................ 26 
Figura 12 - Croqui fachada muro ............................................................................... 26 
Figura 13 - Demonstração da localização do sol ....................................................... 27 
Figura 14 - Patologia em alvenaria vista interna ....................................................... 28 
Figura 15 - Patologia vista externa ............................................................................ 29 
Figura 16 - Localização da edificação ....................................................................... 29 
Figura 17 - Fachada da edificação ............................................................................ 30 
Figura 18 - Croqui de localização .............................................................................. 30 
Figura 19 - Representação 3D .................................................................................. 31 
Figura 20 - Posição do sol ......................................................................................... 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Lista de Tabelas 
 
Tabela 1 - Classificação de argamassas ................................................................... 10 
Tabela 2 - Classificação de argamassas ................................................................... 11 
Tabela 3 - Processo de deterioração de alvenarias e argamassas ........................... 14 
Tabela 4 - Classificação das fissuras em alvenarias ................................................. 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Lista de Gráficos 
 
Gráfico 1 - Período em que as patologias ocorrem ................................................... 12 
Gráfico 2 - Origem das patologias ............................................................................. 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 8 
1.1 Objetivos .............................................................................................................. 8 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 9 
2.1 Alvenarias ............................................................................................................ 9 
2.2. Argamassas ...................................................................................................... 10 
2.3 Patologias em Alvenarias e Revestimentos Argamassados ......................... 12 
2.3.1 Causas Mecânicas, Físicas, Químicas e Biológicas ................................... 13 
2.3.2 Tipos de Patologias ........................................................................................ 15 
2.3.2.1 Trincas e Fissuras ....................................................................................... 15 
2.3.2.2 Retração ....................................................................................................... 18 
2.3.2.3 Deslocamentos ............................................................................................ 19 
2.3.2.4 Empenamento .............................................................................................. 19 
2.3.2.5 Umidade ....................................................................................................... 20 
2.3.2.6 Eflorescência ............................................................................................... 21 
3. ANÁLISE DE ESTUDOS DE CASOS ...................................................... 24 
3.1 Caso 01 ............................................................................................................... 24 
3.2 Caso 02 ............................................................................................................... 27 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 32 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
No mundo das construções um determinado grau de patologias é encontrado em 
todas as fases de uma obra. Dificilmente encontramos obras sem algum erro 
cometido por qualquer um de seus colaboradores, desde o projeto inicial até seu 
acabamento final. Alvenarias e argamassas revestidas são itens fundamentais para 
as construções, proporcionandoestabilidade variando conforme a necessidade de 
acordo com onde estão sendo aplicadas. 
De um modo geral, as argamassas e as alevenarias devem satisfazer as 
condições de resistência mecânica, compacidade, impermeabilidade, constância de 
volume, aderência e durabilidade. Pode-se analisar a deterioração prematura de um 
revestimento, por exemplo, por suas diversas formas de ataque, que se classificam 
como físicas mecanicas, químicas e biológicas. 
 Apesar do intenso uso dos revestimentos argamassados, é muito frequente a 
ocorrência de patologias nos mesmos, o que ocasiona prejuízos aos diversos 
setores envolvidos, podendo, em algumas circunstâncias, causar graves acidentes. 
A diminuição da incidência de patologias pode contribuir na redução dos custos 
para as construtoras, durante o período de garantia, bem como na redução dos 
custos de operação e de manutenção. Diante deste contexto, torna-se importante o 
estudo das principais patologias incidentes sobre os revestimentos argamassados e 
a disponibilização desta informação como forma de se evitar o aparecimento 
sucessivo das patologias e a repetição continuada dos mesmos erros. 
 
1.1 Objetivos 
Este trabalho tem como objetivo estudar as principais patologias nas 
estruturas de alvenaria e nos revestimentos argamassados, por meio de estudos 
teóricos dos principais erros, e também através do estudo de casos na cidade de 
Concordia e região, constituído de levantamento e análise das manifestações 
patológicas. O estudo dos casos servirá para evidenciar as principais patologias 
presentes, verificar o índice de ocorrência das mesmas e identificar as suas 
possíveis causas. 
 
 
 
9 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 Alvenarias 
 É o sistema construtivo formado de um conjunto coeso e rígido unidos entre 
si, em fiadas horizontais que se sobrepõem uma as outras. Para Valle: 
Entende – se por “alvenaria” a associação de um conjunto de unidades de 
alvenaria (tijolos, blocos, pedras, etc) e ligante (s) que resulta num material 
que possuiu propriedades mecânicas intrínsecas capazes de construir 
elementos estruturais. Nas alvenarias antigas, as unidades de alvenaria 
eram, vulgarmente, a pedra ou o tijolo cerâmico, eventualmente reforçada 
com estrutura interna de madeira. (VALLE, 2008, p.2) 
Ainda segundo Valle (2008), as estruturas de alvenaria abordam métodos de 
aprendizagem de tentativa e erro, associados aos elementos estruturais de 
resistente a transmissão de esforços solicitantes de tração e compressão da 
estrutura. Aparentemente as estruturas não tem ligação em seus elementos, mas 
mesmo assim algumas estruturas demonstram sua capacidade e eficácia durante 
anos. 
Para Nascimento (2002), a estruturação de alvenarias pode ser dividida em 
dois grupos, quanto à utilização e função, bem como a estrutura adotada para 
receber cargas definidas em projetos, ou somente para vedação, as quais podem 
ser definidas por “alvenarias auto portantes” e “alvenarias de vedação”. 
 A alvenaria auto portante ou alvenaria estrutural tem como principal 
característica dispensar a utilização de vigas e pilares, ficando a cargo dos blocos 
estruturais o papel de resistir aos esforços solicitantes da obra. 
Em alvenarias vedação ou convencionais, como popularmente conhecidas, 
tem função primordial em uma edificação de promover a vedação, a partir da 
separação de ambientes e fachadas. Neste tipo de construção, todo o peso é 
absorvido pela estrutura de pilares e vigas, afirmando então, que este tipo de 
alvenaria não a desempenho estrutural. 
 
 
10 
 
2.2. Argamassas 
Argamassas são materiais de construção de mistura homogênea com mistura de 
um ou mais aglomerantes, agregados miúdos e água, podendo conter ainda aditivos 
e adições minerais. 
São empregadas para assentamento de tijolos, blocos, pastilhas, azulejos, etc. 
Servem ainda para revestimento de paredes, tetos, e para regularização de pisos e 
reparos de peças de concreto. 
Carasek (2007) aborda a classificação das argamassas relacionando a alguns 
critérios. Essa apresentação é demonstrada abaixo: 
Tabela 1 - Classificação de argamassas 
Critério de Classificação: Tipos: 
Quanto à natureza do aglomerante  Argamassa aérea 
 Argamassa hidráulica 
Quanto ao tipo de aglomerante  Argamassa de cal 
 Argamassa de cimento 
 Argamassa de cimento e cal 
 Argamassa de gesso 
 Argamassa de cal e gesso 
Quanto ao número de aglomerantes  Argamassa simples 
 Argamassa mista 
Quanto à consistência da argamassa  Argamassa seca 
 Argamassa plástica 
 Argamassa fluida 
Quanto à plasticidade da argamassa  Argamassa pobre ou magra 
 Argamassa média ou cheia 
 
 
11 
 
 Argamassa rica ou gorda 
Quanto à densidade da massa da argamassa  Argamassa leve 
 Argamassa normal 
 Argamassa pesada 
Quanto à forma de preparo ou fornecimento  Argamassa preparada para 
obra 
 Mistura semipronta 
 Argamassa industrializada 
 Argamassa dosada em central 
Fonte: Carasek, 2007. 
 
 As argamassas ainda podem ser classificadas quanto ao seu emprego, para 
Carasek (2007): 
Tabela 2 - Classificação de argamassas 
Função Tipo 
Construção de Alvenarias  Argamassa de assentamento 
(elevação de alvenaria); 
 Argamassa de fixação, ou 
encunhamento – alvenaria de 
vedação; 
Para revestimento de paredes e tetos  Argamassa de chapisco; 
 Argamassa de emboço; 
 Argamassa de reboco; 
 Argamassa de camada única; 
 Argamassa para revestimento 
decorativo monocamada; 
Para revestimento de pisos  Argamassa de contrapiso; 
 Argamassa de alta resistência 
 
 
12 
 
para piso; 
Para revestimentos cerâmicos (paredes 
e pisos) 
 Argamassa de assentamento de 
peças cerâmicas; 
 Argamassa de rejuntamento 
Para recuperação de estruturas  Argamassa de reparo 
Fonte: Carasek, 2007. 
 
2.3 Patologias em Alvenarias e Revestimentos Argamassados 
Usualmente, quando se contrata uma construtora e engenheiros para a 
realização de um projeto, o resultado inicial é satisfatório, atendendo as 
necessidades exigidas pelo proprietário. No entanto, há projetos que podem 
contribuir para a execução de uma obra com mais qualidade, que passam 
despercebidos, e que são notados no decorrer ou tempo depois do termino da obra. 
De acordo com Verçoza (1991) os principais problemas relacionados à 
construção civil podem ser classificados da seguinte forma: “40% referem-se ao 
projeto; 28% referem-se à execução; 18% referem-se aos materiais utilizados; 10% 
referem-se ao mau uso; 4% referem-se ao mau planejamento”. 
Gráfico 1 - Período em que as patologias ocorrem 
 
 
Fonte: Duarte et. al (2010) 
 
Periodo em que Ocorrem as 
Patologias 
Projeto 
Execução 
Materiais 
Mau Uso 
Mau Planejamento 
 
 
13 
 
Normalmente as patologias começam a aparecer dentro dos quatro anos de 
construção. Observa-se que durante a obra o aparecimento de patologias tem um 
porcentual pequeno, pois se leva em conta os erros de detalhamento do projeto, que 
vão sendo corrigidos ao longo da execução. Em relação ao primeiro até o quarto ano 
as patologias vão se agravando, pois nessa época, a escolha dos materiais errada e 
os traços incorretos costumam a relatar em problemas visíveis. 
 
Gráfico 2 - Origem das patologias 
 
Fonte: Duarte et. al (2010) 
 
 
A falta de detalhamento é e sempre foi o maior erro cometido em relação à 
realização de obra. No entanto, a escolha errada dos materiais, e a execução sem 
qualidade levam ao aparecimento de patologias dentro dos agentes físicos 
mecânicos e químicos, que aparecem ao longo do tempo, sem quese possa evitá-
los. 
2.3.1 Causas Mecânicas, Físicas, Químicas e Biológicas 
Para Carasek (s.d), a deterioração dos elementos de alvenaria, bem como 
dos revestimentos argamassados é decorrente de diversas formas de ataque, as 
quais podem ser classificadas em mecânicas, físicas, químicas e biológicas. Ainda 
para Carasek: 
[...] No entanto, essa distinção entre os processos é meramente didática, 
pois, na prática, os fenômenos frequentemente se sobrepõem, sendo, 
Origem que levou ao 
aparecimento da Patologia: 
Projeto (55%) 
Execução (31%) 
Materiais (11%) 
 
 
14 
 
portanto, necessário considerar também as suas interações. Além disso, 
geralmente, os problemas nos revestimentos se manifestam através de 
efeitos físicos nocivos, tais como, desagregação, descolamento, vesículas, 
fissuração e aumento da porosidade e permeabilidade. (CARASEK, s. d, 
p.1) 
Segundo Souza e Ripper (1998), causas intrínsecas são os processos de 
deterioração, ocasionadas durante a construção ou utilização da mesma, falhas 
humanas. Ocorre por ação do próprio material e por ação externa, ou seja, 
acidentes. 
As causas extrínsecas por Souza e Ripper (1998), independem do corpo 
estrutural das obras. O fator primordial para que esse processo transcorra, são as 
ações externas, de outra forma, são vistas como os fatores que atacam de “fora para 
dentro” durante a concepção e a vida útil da mesma. 
Tabela 3 - Processo de deterioração de alvenarias e argamassas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Souza e Ripper, 1998. 
Processos de deterioração 
Mecânica 
 
 
Choque de veículos; Recalque de 
fundações; Ações imprevisíveis 
(acidentes), etc. 
Químicas 
Ar e gases; águas agressivas; águas 
puras; Reações de sulfatos, etc. 
Biológicas Crescimento de microrganismos; 
Crescimento de vegetação, etc. 
Física 
 
 
Variação de temperatura; 
Movimentação na interface de 
diferentes materiais; Insolação; Ação 
de águas, etc. 
 
 
15 
 
2.3.2 Tipos de Patologias 
 
2.3.2.1 Trincas e Fissuras 
 Para Cassotti (2007), as trincas e fissuras são problemas patológicos que 
atingem as edificações, e podem interferir na estética, durabilidade e características 
estruturais da obra. As mesmas podem surgir em diferentes fases de projeto, bem 
como em fundações, estrutural, arquitetônico, instalações hidráulicas, elétricas, na 
execução de alvenarias, etc. 
Podem ser classificadas quanto a forma de manifestação, a atividade e a 
variação de temperatura: 
Tabela 4 - Classificação das fissuras em alvenarias 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Página revista téchne
1
 
Tecnicamente, e de forma geral, as fissuras são denominadas de diversas 
formas, variando conforme sua espessura. Segundo a ABNT - NBR 9575 – 2003, 
microfissuras são aberturas com espessura inferior a 0,05 mm, fissuras inferior ou 
igual a 0,5 mm, e trincas maiores que 0,5 mm e inferior a 1,0 mm. 
 
1
 Disponível em:<http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/160/trinca-ou-fissura-como-se-originam-
quais-os-tipos-285488-1.aspx> Acesso em 27. Out. 2017. 
Fissuras Geométricas 
Ativas Passivas 
Sazonais Progressivas 
Fissuras Mapeadas 
Passivas Ativas 
Sazonais 
 
 
16 
 
As fissuras ativas são aquelas que dão progresso ao seu estado, pode ser 
pelo aumento de sua largura, bem como o comprimento longitudinal. As ativas 
podem tem uma subdivisão, que são as sazonais (ocorrem devido a variação 
térmica e a umidade), e as progressivas (são aquelas que podem causar problemas 
estruturais devido seu avanço). Já as passivas, não há variação do seu tamanho ou 
largura com o passar do tempo, de forma geral, tem seu avanço estacionado. 
A fissuração pode ocorrer antes ou depois do endurecimento do concreto. 
Suas principais causas são relacionadas aos problemas á seguir: 
Antes do Endurecimento: Depois do Endurecimento: 
 Sobrecarga Estrutural; 
 Variações térmicas; 
 Carbonatação do cimento; 
 Reação álcali-agregado; 
 Corrosão do aço Química; 
 Retração de secagem; 
 Movimento durante a execução; 
 Assentamento plástico; 
 Perda De água; 
 Areias com retração Físicas; 
 Movimento da sub-base; 
 Movimento do concreto fresco; 
 
Dentre todos esses processos que podem relatar em fissuras, seu formato 
divide-as em tipos, entre eles: 
 
a) Fissuras mapeadas: Essas fissuras distribuem-se por todo o revestimento e 
são recorrentes da retração. Diversos os fatores que contribuem para esse 
tipo de fissuras, destacando-se as argamassas com baixa retenção de água, 
a cura imprópria, a falta dela e a aderência com a base, a retração da 
argamassa por excesso de finos, ou o cimento como único aglomerante e 
água de amassamento. 
As condições climáticas tem uma grande influencia, devido à aplicação em 
dias muito quentes, podendo provocar uma hidratação precoce, causando 
essas fissuras mapeadas. 
 
 
 
17 
 
Figura 1 - Fissuras mapeadas em argamassas revestidas 
 
Fonte: Página Fórum da Construção 
2 
b) Fissuras Horizontais: Essas fissuras são decorrentes da argamassa por 
hidratação retardada do oxido de magnésio da Cal, ou pela expansão da 
argamassada devido o ataque dos sulfatos. As fissuras horizontais ocorrem 
principalmente no topo das paredes, onde os esforços a compressão do peso 
próprio são maiores que nos demais lugares do corpo. 
 
Figura 2 - Fissuras mapeadas em argamassas revestidas 
 
Fonte: Página Imaizumi Engenharia
3 
 
 
2
 Disponível em: < http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=36&Cod=287> Acesso em 
27. Out. 2017 
3
 Disponível em: http://www.imaizumiengenharia.com.br/noticias/detalhe/3> Acesso em 27. Out. 2017 
 
 
18 
 
2.3.2.2 Retração 
Esse fenômeno ocorre através da redução de volume, devido à secagem 
muito rápida pela ação do sol e do vento, principalmente por causa da perda de 
água da argamassa para o ambiente, por evaporação, e para a base de aplicação. A 
retração evolui durante a pega e após o endurecimento das argamassas, em 
condições normais de exposição ao ar. 
 A retração que ocorre com a argamassa ainda fresca é uma questão de 
contração volumétrica do material pela saída da água de mistura. Na argamassa 
endurecida, após a saída da água livre presente nos vazios capilares, a retração é 
provocada pela perda da água adsorvida, isto é, perda da água que está fisicamente 
aderida à parede dos vazios capilares da pasta. 
Para que ocorra a reação química completa, entre o cimento e a água, são 
necessários cerca de 2 a 32% de água em relação à massa de cimento. Portanto, 
um fator médio de água/cimento de 40% é suficiente para a hidratação completa do 
cimento. 
Podem-se considerar três tipos de retrações: 
a) Retração de secagem: Processo onde se adiciona agua, acarretando a 
retração da secagem que esta relacionada à quantidade adicionada, logo 
após a agua. Esse tipo de retração está relacionado a diversos fatores, que 
potencializam seus valores, através da quantidade de cimento; relação 
água/cimento; finura e composição química do cimento; cura; granulometria 
dos agregados; umidade relativa; forma geométrica; adensamento e 
espessura. 
b) Retração química: a reação química entre o cimento e a água acarreta em 
perda de volume, onde de reação sofre uma retração de cerca de 30% do seu 
volume original. 
c) Retração plástica: a retração plástica é característica de concreto fresco, 
causado pela tensão capilar da água nos poros do concreto. Ocorrem nas 
primeiras horas depois da mistura do concreto, poucodepois do 
desaparecimento do brilho da pasta úmida. Sua causa ocorre quando a perda 
d’água por evaporação superficial supera a quantidade de água de 
exsudação, ativando forças capilares na água dos poros. 
 
 
19 
 
2.3.2.3 Deslocamentos 
 Esse processo ocorre principalmente em placas endurecidas pela formação 
de vazios abaixo da camada de revestimento. Suas principais causas são 
argamassa muito rica ou pouca aderência à superfície de base. Quando a casca do 
descolamento mostra-se quebradiça, uma das possíveis causas é a argamassa 
magra ou aplicação prematura de tinta impermeável sobre o reboco. O reparo 
consiste na substituição completa do revestimento.Outra causa seria o empolamento 
que acontece devido à hidratação tardia da cal e o excesso de umidade. O reparo 
consiste na substituição do reboco. 
 
Figura 3 - Descolamento de placas 
 
Fonte: Arquiteta Dra. Monica Kofler (2016)
4
 
 
2.3.2.4 Empenamento 
Esse fenômeno trás como consequência, distorções das bordas e cantos de 
uma placa, que ocorrem através da umidade entre as fases do corpo. Esse processo 
está relacionado com o fenômeno de retração, conduzindo a perda de aderência, 
fissuras, má funcionamento das juntas, devido à perda de contato da placa com a 
sub-base, piorando também com o nivelamento. A exsudação, a cura diferenciada e 
o posicionamento de armaduras, são os principais fatores que causam o 
empenamento. 
 
4
 Disponível em: <https://www.slideshare.net/MonicaKofler/aula-arquitetura-patologias-e-
revestimentos> Acesso em 30. Out. 2017 
 
 
20 
 
Figura 4 - Fenômeno de empenamento 
 
Fonte: Congresso Brasileiro do Concreto (2010) 
 
2.3.2.5 Umidade 
Esse tipo de patologia pode ocorrer por varios fatores, e em diversos 
elementos das edificações. É fator essencial para o aparecimento de bolores, 
eflorescência, ferrungens, mofo, perda de pinturas, e até causa de acidentes 
estruturais 
As umidades podem manifestar-se de diversas formas e tem as seguintes 
origens: causadas durante a construção, por capilaridade, por chuvas, condensação 
e resultantes de vazamento em redes hidráulicas. 
A umidade se manifesta através dos problemas abaixo: 
 Vazamento e goteiras nos telhados; 
 Vazamentos em lajes de cobertura; 
 Vazamentos em pisos e paredes; 
 Vazamentos em reservatórios. 
A chuva é o agente mais comum para gerar umidade, tendo como fatores 
importantes à direção e a velocidade do vento, a intensidade da precipitação, a 
umidade do ar e fatores da própria construção (impermeabilização, porosidade de 
elementos de revestimentos, sistemas precários de escoamento de água, dentre 
outros). 
Segundo (ABNT 9575, 2003), para evitar a patologia relacionada à umidade, é 
importante que o projetista elabore ainda em fase de concepção do projeto de modo 
 
 
21 
 
eficiente e adequado evitando a passagem indesejável de fluidos, proteger as 
estruturas, etc. 
Quando detectada a causa, é importante realizar reparos o mais breve possível, 
evitando assim a danificação dos demais elementos construtivos, uma vez que os 
mesmos tendem se destacar quando presentes a umidade. Para a solução desta 
patologia é necessário realizar a retirada de todo o revestimento atacado e refazê-lo 
com aplicação de produtos adequados para impermeabilização. 
Figura 5 - Destacamento devido a presença de umidade 
 
Fonte: as autoras 
 
2.3.2.6 Eflorescência 
 Segundo Silva (2011), conforme citado por Santos e Silva Filho (2008), 
eflorescência pode ser predeterminada como depósitos salinos de metais 
alcalinos (sódio e potássio) e alcalinos - terrosos (cálcio e magnésio), que 
surgem na superfície de revestimento, como paredes, tetos, pisos, etc. Tem 
 
 
22 
 
aparência esbranquiçada e muitas vezes, pode ser agressiva causando 
degradação profunda. 
 
Figura 6 - Eflorescência em alvenaria 
 
Fonte: Página Souza Filho Impermeabilizantes
5
 
 
A ocorrência desta patologia é causada por três fatores principais, teor de sais 
presentes nos componentes e matérias, presença de água e a pressão hidrostática, 
originando a eflorescência, aflorando a mesma a superfície. Outros elementos 
podem causar essa manifestação patológica, os quais podem ser a quantidade de 
solução formada, o quanto da solução irá imergir, a elevação da temperatura, a qual 
aumenta a velocidade de evaporação favorecendo a solubilização dos cristais 
salinos, a porosidade dos elementos, entre outros. 
Para solucionar essa patologia, na maioria dos casos, é usar uma escova de aço 
realizando a limpeza do local, lavando com água em abundante. Existem ainda 
produtos químicos para realiza a remoção de alguns tipos de eflorescência, 
necessitando de estudo minucioso do elemento químico, visto que a utilização de 
produtos incorretos pode afetar na durabilidade do elemento construtivo. 
 
 
 
 
 
. 
 
5
Disponível em: https://souzafilho.com.br/blog/posts/eflorescencia> Acesso em 30. Out.2017 
 
 
23 
 
Figura 7 - Aparência do elemento após remoção de eflorescência 
 
Fonte: Página Votorantin Cimentos
6
 
 
2.1.9 Bolor 
Esse fenomeno caracteriza-se pelas manchas esverdeadas ou escuras 
(mofo) e desagregação da argamassa. Entre as possíveis causas estão à umidade 
constante e falta de exposição ao sol. 
Essa patologia provoca alteração na superfície, exigindo na maioria das vezes 
a recuperação ou até mesmo a necessidade de se refazer revestimentos. O 
crescimento de bolor está diretamente ligado, à existência de umidade. É comum o 
emboloramento em paredes umedecidas por infiltração de água ou vazamento de 
tubulações. 
A prevenção para que o bolor não aconteça, deve ser tomada ainda em fase 
de projeto, garantido a edificação uma boa ventilação, iluminação e insolação 
adequada, reduzindo o risco de condensação da superfícies internas, e evitando 
riscos de infiltração, uma vez que a umidade está presente nesses tipo de patologia. 
Para a remoção da patologia, é necessária a utilização de soluções 
fungicidas, ou até mesmo a remoção da do substrato afetado, por outros que 
tenham resistência ao crescimento desta patologia. 
 
 
6
 Disponível em: http://www.mapadaobra.com.br/inovacao/atendimento-tecnico-da-votorantim-
resolve-eflorescencia-nos-rejuntes-de-imovel Acesso em: 30. Out.2017 
 
 
24 
 
Figura 8 - Bolor 
 
Fonte: Eliseu Mezzomo da Silva (2016) 
 
 
3. ANÁLISE DE ESTUDOS DE CASOS 
 
Neste capitulo será realizado estudos de casos de patologias em edificações 
no município de Concórdia e Irani – SC, cidades distantes 42,5 Km (quilômetros), as 
quais possuem variações climáticas semelhantes, sendo elas uma edificação 
residencial com fissuras horizontais, e um muro com eflorescência. 
 
3.1 Caso 01 
Identificação da Obra: Rua: Passos Maia – Planalto –SC. 
Idade da Obra: aproximadamente 3 anos. 
Obs: Muro, constituido por alvenaria estrutural. (Os pilares servem para ter 
sustentação para uma cerca de metal que ainda não foi feita.) 
 
Diagnóstico: A patologia identificada foi eflorescência. Por se tratar de um 
local com mais presença de cimento a eflorescência acontece com maiores 
frequência, isso porque na ocorrência de das chuvas a água escorre por dentro dos 
blocos, dissolvendo a “cal livre” que se está acumulada. 
 
 
 
25 
 
Prognóstico: Para evitar esse tipo de patologia, devem-se utilizar 
impermeabilizantes como argamassas poliméricas ou silicones hidrufugantes (siliso) 
e pinche (igol), paraevitar a retenção de água na argamassa, assim evitando a 
eflorescência. 
Solução: A solução para este caso seria revestir com um pinche asfáltico, 
após isto, rebocar o mesmo utilizando aditivos próprios para bloquear a absorção da 
água. 
Figura 9 – Muro com eflorescência 
Fonte: as autoras 
Localização da Edificação Residencial através do Google Earth 
Figura 10 - Localização da edificação aproximada 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google Earth 
MURO COM 
PATOLOGIA 
 
 
26 
 
Croqui da Localização da Obra Residencial com Patologia: 
Figura 11 - Croqui de localização da edificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: as autoras 
Croqui do Muro com patologia (Vista Frontal): 
Figura 12 - Croqui fachada muro 
 
Fonte: as autoras 
 
Localização do Sol: Através do aplicativo “SEI ONDE PASSA O SOL” 
encontrado no link: http://www.seionde.com.br podemos localizar a posição do sol 
para região de Concórdia, distrito de Planalto - SC onde foi identificado à posição 
Leste para o nascer, e Oeste para o por do sol. 
EFLORESCÊNCIA 
 
 
27 
 
Figura 13 - Demonstração da localização do sol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As escolhas dos materiais inadequados, que serão expostos diretamente 
com as intempéries, podem levar a deterioração antes do seu tempo natural, 
podendo ser um dor principal motivos das patologias em fachadas e muros. 
Um muro de blocos cerâmicos, expostos ao sol que é um forte agente 
químico, pode perder as suas características de resistência, colaborando para 
diversas esse tipo de patologia florescer. 
 Em relação ao muro analisado, os raios solares não contribuíram tanto para a 
patologia, pois o muro não fica exposto ao sol durante o dia, porem, trata-se de um 
local com bastante umidade por fazer sombra o dia todo, o que colabora para 
dissolução da cal, causando a eflorescência. 
 
3.2 Caso 02 
Identificação da Obra: Edificação Residencial 
Rua: Ângela Griza – Irani –SC. 
Idade da Obra: aproximadamente 15 anos. 
 
Fonte: www.seionde.com.br 
 
 
28 
 
Diagnóstico: A patologia identificada é fissura horizontal. Ocasionada 
possivelmente devido aos traços de massa para reboco feito em duas etapas. A 
exposição direta a radiação solar, contribuiu para a aceleração no processo de 
dilatação entre ambas as massas, resultando em fissuras. A fissura se da, de 
maneira mais objetiva, na argamassa, elemento menos resistente do conjunto. 
Prognóstico: Para evitar esta patologia, primeiramente, o engenheiro deve ter 
em mente a probabilidade de ela ocorrer, e desta forma projetar os elementos da 
região superior de forma que os mesmos consigam resistir ao máximo às dilatações. 
Em segundo lugar saber que os materiais de impermeabilização, geralmente na cor 
preta, retêm o calor, e isso contribui para as dilatações. 
Solução: Para esse caso, obtemos duas alternativas; a mais utilizada devido 
ao baixo custo seria a utilização de argamassa corrida para corrigir as imperfeições 
e evitar novas dilatações. Porém, o mais correto seria a remoção total do emboço da 
alvenaria, reembolsando novamente a parede com o traço correto, sendo assim, a 
alternativa com custos mais elevados. 
Figura 14 - Patologia em alvenaria vista interna 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: as autoras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Figura 15 - Patologia vista externa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: as autoras 
 
 
Localização da Edificação Residencial através do Google Earth: 
 
Figura 16 - Localização da edificação 
 
Fonte: Google Earth 
 
 
 
 
 
 
 
EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL 
 
 
30 
 
 
 
Vista Frontal da Edificação Residencial através do Google Earth: 
 
Figura 17 - Fachada da edificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google Earth 
 
Croqui da Localização Da Edificação com Patologia: 
 
Figura 18 - Croqui de localização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: as autoras 
 
 
31 
 
Croqui da Edificação com Patologia (Planta 3D): 
 
Figura 19 - Representação 3D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: as autoras 
Localização do Sol: Através do aplicativo “SEI ONDE PASSA O SOL” 
encontrado no link: http://www.seionde.com.br podemos localizar a posição do sol 
para a Cidade de Irani - SC onde foi identificado o nascer do sol no sentido Leste, e 
o por do sol sentido Oeste. 
Figura 20 - Posição do sol 
 
Fonte: www.seionde.com.br 
 
FISSURAS 
 
 
32 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente trabalho procurou reunir e demonstrar patologias em alvenarias e 
revestimentos argamassados, juntamente com suas causas e possíveis soluções. 
Inovações tecnológicas têm como objetivo o aprimoramento e racionalização neste 
setor da construção civil. 
Salienta-se a necessidade de uma mão de obra especializada, sendo esta 
responsável por grande parte do surgimento de patologias. A previsão e prevenção 
do mesmo iniciam-se ainda na fase inicial, evitando o surgimento de patologias ao 
decorrer do tempo. 
Na análise de estudos de caso, observou-se que entre nossas edificações, a 
eflorescência é uma das manifestações patológicas mais comuns, ela se dá devido à 
presença de Hidróxido de Cálcio e por haver uma maior presença de cimento que 
em exposição à chuva ocorre este fenômeno. Após o surgimento, a solução resume-
se em bloquear a passagem de água no local. 
 Outro problema apresentado é a infiltração, devido à umidade que está presente 
em todas as fases de uma edificação, desde o projeto até sua manutenção. O 
problema designa-se pelo acumulo de água que se distribui e é absorvido causando 
bolor e estufando a pintura, isto pela má ou inexistente impermeabilização da 
edificação. A localização do Sol, e as intempéries do tempo, são fatores que 
contribuem muito para futuras patologias. O estudo da região, e do local aonde será 
feita a construção é de máxima importância para a elaboração de um projeto 
adequado. 
Para se obter mais eficácia e economia se faz necessário primeiramente um 
estudo do local, levando em consideração o clima e método de execução do futuro 
projeto, seguindo as recomendações e se disponibilizando por uma mão de obra 
especializada, a construção visará melhores resultados e promovendo uma 
durabilidade satisfatória em relação a patologias. 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
REFERÊNCIAS 
 
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recomendações. 1983. 25 f. Monografia 8 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do 
Estado de São Paulo S/A – IPT, São Paulo, 1983. 
 
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incorporadores de ar para argamassas de assentamento e revestimento. In: 
Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Argamassas, 5º. Anais... São Paulo, 2003, p. 
181-194. 
 
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<https://www.researchgate.net/profile/Fabio_Raia3/publication/264892502_SOBRE_
O_EMPENAMENTO_TERMICO_DE_PLACAS_RIGIDAS_DE_CONCRETO_ROLA
DO_SOBRE_APOIO_ELASTICO/links/551be7140cf20d5fbde220a7/SOBRE-O-
EMPENAMENTO-TERMICO-DE-PLACAS-RIGIDAS-DE-CONCRETO-ROLADO-
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Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 
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Acesso em: 10 out. 2017. 
 
VALLE, Juliana Borges de Senna. Patologia das Alvenarias: Causa / Diagnóstico / 
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SILVA, Isabelly Tatiane dos Santos. Identificação dos fatores que provocam 
eflorescência nas construções em Angicos/RN. 2011. 44 f. Monografia 
(Especialização) - Curso de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal Rural do 
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dos Fatores que provocam Eflorescência nas Construções em Angicos-RN.pdf>. 
Acesso em: 30 out. 2017.

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