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Processos de impressão

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PROCESSOS DE IMPRESSÃO
Classificação dos processos de acordo com a matriz
Uma das maneiras mais eficazes de se classificar os processos de impressão é a partir da
forma e do tipo de funcionamento da matriz que cada um destes processos utiliza. Assim,
temos cinco grandes sistemas de impressão:
Planografia
Nos processos planográficos, não há qualquer relevo que determine a impressão: a matriz
é plana. É através de fenômenos físico-químicos de repulsão e atração que os elementos
utilizados (tintas, água) se alojam nas áreas gravadas para sua reprodução no suporte.
Exemplo: Offset, offset digital, driografia, litografia.
Eletrografia
A matriz é plana como nos processos planográficos, porém as áreas que serão impressas
são determinadas, seja na matriz ou no próprio suporte, a partir de fenômenos eletrostáticos
e não físico-químicos. É o caso de processos recentemente desenvolvidos para a produção
industrial, como a impressão digital, a eletrofotografia e a xerografia. A terminologia para
estes processos ainda não está consolidada, sendo referidos também como processos digi-
tais, processos eletrônicos etc devido ao fato de que os originais se constituem em dados
informatizados, com entrada via computador.
Exemplo: Impressão digital, eletrofotografia.
Permeografia
Impressão realizada mediante uma matriz permeável. Os elementos que serão impressos
são formados por áreas permeáveis ou perfuradas da matriz.
Exemplo: Serigrafia, mimeógrafo, estencil.
Relevografia
 Impressão realizada mediante matriz em alto relevo. Os elementos que serão impressos
ficam em relevo na matriz e são entintados, imprimindo mediante pressão sobre o suporte.
É o mesmo princípio dos carimbos.
Exemplo: Flexografia, tipografia, xilografia.
Encavografia
Utilizando justamente o mecanismo inverso da relevografia, baseia-se numa matriz de
baixo relevo. Os elementos que serão impressos são formados por sulcos de baixo relevo
na matriz, que armazena tinta que será transferida para o papel ou outro suporte mediante
pressão.
Exemplo: Rotogravura, tampografia, talho doce, água forte.
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PROCESSOS DE IMPRESSÃO
Processos Híbridos
São aqueles que envolvem componentes de sistemas diferentes, com matriz própria de um
deles mas aplicada à impressão própria de outro. Em geral referem-se a equipamentos ou
tecnologias muito específicos - alguns patenteado, como a oferecida pela empresa israe-
lense Índigo, que consiste, efetivamente, num processo offset com matriz eletrográfica.
Exemplo: Indigo, impressão eletrostática.
Processos digitais diversos
A impressão é realizada a partir de uma matriz virtual formada por impulsos elétricos,
graças a um sistema informatizado. São processos muito diferenciados entre si, em geral
adequados a tiragens únicas, como provas de layout de impressos que serão produzidos
em processos mais adequados à escala industrial.
Exemplo: Impressão a jato de tinta, transferência térmica, sublimação.
Como escolher o processo
Embora em grande parte dos casos em design gráfico a opção seja o offset, esta decisão
não deve ser um procedimento “automático”. Para definir o processo, devem ser levados
em conta parâmetros que envolvem não apenas a qualidade final do impresso requerida
pela situação de projeto, mas também custos, prazos e operacionalidade da produção.
Assim, devem ser levados em conta:
01. As deficiências e vantagens apresentadas pelo processo e sua adequação às necessida-
des do projeto. Se é indispensável a reprodução de fotos, por exemplo, alguns processos
são imediatamente descartados, pois apresentam deficiências neste aspecto.
02. A tiragem. Se bastam 500 exemplares, alguns processos devem ser deixados de lado,
pois só se tornam viáveis para tiragens maiores ou mesmo apenas para altas tiragens.
03. O custo médio do processo - o que em geral está diretamente ligado à tiragem. Alguns
processos apresentam um alto custo fixo (para a produção da matriz, por exemplo), que só
se compensa com uma tiragem grande. Este custo, então, fica diluído pelo custo unitário
de cada exemplar, apresentando uma boa relação custo x benefício. Se a tiragem for baixa,
no entanto, eles levam a um aumento injustificável do custo.
04. O suporte que será utilizado (papel, papelão, vinil etc). Nem todos os processos são
adequados a qualquer suporte.
05. A oferta e a operacionalidade de fornecedores. Um processo pode se revelar o mais
adequado, mas se não houver uma gráfica que possa viabilizá-lo, por questões de preço,
localização ou equipamentos, não terá como ser utilizado.
06. O conhecimento prévio do processo ou ao menos a possibilidade de obter este conhe-
cimento antes da projetação ou, ao menos, do processo de produção. Se quem produzirá
ou acompanhará a produção não conhece o processo, talvez seja melhor não arriscar.
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PROCESSOS DE IMPRESSÃO
07. A usabilidade. É preciso levar em conta se o resultado será adequado ao uso que se
pretende dele. Um caso típico de má administração desde tópico é a aplicação do corte
eletrônico para a implementação de placas de sinalização afixadas ao alcance do usuário
em situação de tensão ou ócio - como em terminais de transportes, salas de espera etc. O
processo utilizado torna-se um elemento facilitador para a degradação do produto, embora
possa ter produção mais rápida, custo mais baixo e aparência mais moderna.
A Relação Custo x Benefício
A regra fundamental em qualquer investimento é a relação custo x benefício: o custo só
pode ser considerado alto ou baixo se comparado ao benefício que ele traz. Assim, um
custo monetariamente baixo pode tornar-se alto porque o benefício que ele trará será in-
significante, ou mesmo acarretará prejuízos posteriores. Em contra partida, uma opção de
investimento mais cara pode trazer benefícios significativos a curto ou a médio prazo e,
assim, este custo se revela efetivamente baixo. O mesmo raciocínio deve ser aplicado na
produção gráfica.
Um exemplo são os processos eletrográficos. Eles têm como característica o alto custo da
cópia unitária, em contraposição a processos mecânicos (como o offset). No entanto, são
mais rápidos e dispensam fotolitos e matrizes físicas, o que pode compensar, nas baixas
tiragens, este custo unitário maior. É o raciocínio da pequena escala.
Outro exemplo, muito comum: é necessário valorizar o impresso, mas sem aumentar cus-
tos. A opção mais convencional é a policromia sobre papel couché, que tem custo alto mas
resultado garantido. Uma alternativa, neste caso, é a impressão em duas cores sobre um
papel diferenciado, seja pela textura ou pela cor. A relação, custo x benefício é melhor: o
benefício pode ser semelhante, mas a um custo mais baixo.
É necessário assim ter em vista a heterogeneidade dos processos disponíveis e sua adequa-
ção a cada caso. Há hoje muitos processos, insumos e recursos de acabamento disponí-
veis, e a combinação entre eles pode trazer excelentes resultados por custos relativamente
baixos. Desta forma, qualquer processo de reprodução gráfica deve ser levado em conta
se ele apresentar uma boa relação custo x benefício.

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