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25 PROCESSOS DE IMPRESSÃO Classificação dos processos de acordo com a matriz Uma das maneiras mais eficazes de se classificar os processos de impressão é a partir da forma e do tipo de funcionamento da matriz que cada um destes processos utiliza. Assim, temos cinco grandes sistemas de impressão: Planografia Nos processos planográficos, não há qualquer relevo que determine a impressão: a matriz é plana. É através de fenômenos físico-químicos de repulsão e atração que os elementos utilizados (tintas, água) se alojam nas áreas gravadas para sua reprodução no suporte. Exemplo: Offset, offset digital, driografia, litografia. Eletrografia A matriz é plana como nos processos planográficos, porém as áreas que serão impressas são determinadas, seja na matriz ou no próprio suporte, a partir de fenômenos eletrostáticos e não físico-químicos. É o caso de processos recentemente desenvolvidos para a produção industrial, como a impressão digital, a eletrofotografia e a xerografia. A terminologia para estes processos ainda não está consolidada, sendo referidos também como processos digi- tais, processos eletrônicos etc devido ao fato de que os originais se constituem em dados informatizados, com entrada via computador. Exemplo: Impressão digital, eletrofotografia. Permeografia Impressão realizada mediante uma matriz permeável. Os elementos que serão impressos são formados por áreas permeáveis ou perfuradas da matriz. Exemplo: Serigrafia, mimeógrafo, estencil. Relevografia Impressão realizada mediante matriz em alto relevo. Os elementos que serão impressos ficam em relevo na matriz e são entintados, imprimindo mediante pressão sobre o suporte. É o mesmo princípio dos carimbos. Exemplo: Flexografia, tipografia, xilografia. Encavografia Utilizando justamente o mecanismo inverso da relevografia, baseia-se numa matriz de baixo relevo. Os elementos que serão impressos são formados por sulcos de baixo relevo na matriz, que armazena tinta que será transferida para o papel ou outro suporte mediante pressão. Exemplo: Rotogravura, tampografia, talho doce, água forte. 26 PROCESSOS DE IMPRESSÃO Processos Híbridos São aqueles que envolvem componentes de sistemas diferentes, com matriz própria de um deles mas aplicada à impressão própria de outro. Em geral referem-se a equipamentos ou tecnologias muito específicos - alguns patenteado, como a oferecida pela empresa israe- lense Índigo, que consiste, efetivamente, num processo offset com matriz eletrográfica. Exemplo: Indigo, impressão eletrostática. Processos digitais diversos A impressão é realizada a partir de uma matriz virtual formada por impulsos elétricos, graças a um sistema informatizado. São processos muito diferenciados entre si, em geral adequados a tiragens únicas, como provas de layout de impressos que serão produzidos em processos mais adequados à escala industrial. Exemplo: Impressão a jato de tinta, transferência térmica, sublimação. Como escolher o processo Embora em grande parte dos casos em design gráfico a opção seja o offset, esta decisão não deve ser um procedimento “automático”. Para definir o processo, devem ser levados em conta parâmetros que envolvem não apenas a qualidade final do impresso requerida pela situação de projeto, mas também custos, prazos e operacionalidade da produção. Assim, devem ser levados em conta: 01. As deficiências e vantagens apresentadas pelo processo e sua adequação às necessida- des do projeto. Se é indispensável a reprodução de fotos, por exemplo, alguns processos são imediatamente descartados, pois apresentam deficiências neste aspecto. 02. A tiragem. Se bastam 500 exemplares, alguns processos devem ser deixados de lado, pois só se tornam viáveis para tiragens maiores ou mesmo apenas para altas tiragens. 03. O custo médio do processo - o que em geral está diretamente ligado à tiragem. Alguns processos apresentam um alto custo fixo (para a produção da matriz, por exemplo), que só se compensa com uma tiragem grande. Este custo, então, fica diluído pelo custo unitário de cada exemplar, apresentando uma boa relação custo x benefício. Se a tiragem for baixa, no entanto, eles levam a um aumento injustificável do custo. 04. O suporte que será utilizado (papel, papelão, vinil etc). Nem todos os processos são adequados a qualquer suporte. 05. A oferta e a operacionalidade de fornecedores. Um processo pode se revelar o mais adequado, mas se não houver uma gráfica que possa viabilizá-lo, por questões de preço, localização ou equipamentos, não terá como ser utilizado. 06. O conhecimento prévio do processo ou ao menos a possibilidade de obter este conhe- cimento antes da projetação ou, ao menos, do processo de produção. Se quem produzirá ou acompanhará a produção não conhece o processo, talvez seja melhor não arriscar. 27 PROCESSOS DE IMPRESSÃO 07. A usabilidade. É preciso levar em conta se o resultado será adequado ao uso que se pretende dele. Um caso típico de má administração desde tópico é a aplicação do corte eletrônico para a implementação de placas de sinalização afixadas ao alcance do usuário em situação de tensão ou ócio - como em terminais de transportes, salas de espera etc. O processo utilizado torna-se um elemento facilitador para a degradação do produto, embora possa ter produção mais rápida, custo mais baixo e aparência mais moderna. A Relação Custo x Benefício A regra fundamental em qualquer investimento é a relação custo x benefício: o custo só pode ser considerado alto ou baixo se comparado ao benefício que ele traz. Assim, um custo monetariamente baixo pode tornar-se alto porque o benefício que ele trará será in- significante, ou mesmo acarretará prejuízos posteriores. Em contra partida, uma opção de investimento mais cara pode trazer benefícios significativos a curto ou a médio prazo e, assim, este custo se revela efetivamente baixo. O mesmo raciocínio deve ser aplicado na produção gráfica. Um exemplo são os processos eletrográficos. Eles têm como característica o alto custo da cópia unitária, em contraposição a processos mecânicos (como o offset). No entanto, são mais rápidos e dispensam fotolitos e matrizes físicas, o que pode compensar, nas baixas tiragens, este custo unitário maior. É o raciocínio da pequena escala. Outro exemplo, muito comum: é necessário valorizar o impresso, mas sem aumentar cus- tos. A opção mais convencional é a policromia sobre papel couché, que tem custo alto mas resultado garantido. Uma alternativa, neste caso, é a impressão em duas cores sobre um papel diferenciado, seja pela textura ou pela cor. A relação, custo x benefício é melhor: o benefício pode ser semelhante, mas a um custo mais baixo. É necessário assim ter em vista a heterogeneidade dos processos disponíveis e sua adequa- ção a cada caso. Há hoje muitos processos, insumos e recursos de acabamento disponí- veis, e a combinação entre eles pode trazer excelentes resultados por custos relativamente baixos. Desta forma, qualquer processo de reprodução gráfica deve ser levado em conta se ele apresentar uma boa relação custo x benefício.
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