AULA 03

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FISIOTERAPIA EM DOR
Aula 3 - Classificação temporal e tipos de dor
Tema da Apresentação
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FISIOTERAPIA DA DOR
Conteúdo Programático desta aula
Teorias da dor. 
Tipos e a classificação da dor. 
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FISIOTERAPIA DA DOR
Teorias Da Dor:
O estudo da dor tem gerado inúmeras discussões e controvérsias entre os especialistas. Várias teorias foram apresentadas para explicar, ou procurar esclarecer esse fascinante fenômeno. Entre elas a mais clássica é a da especificidade e a mais recente a do controle do gatilho.
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FISIOTERAPIA DA DOR
TEORIAS DA ESPECIFICIDADE
Foi proposta por Descartes em 1644, como um sistema da dor por um canal direto da pele para o cérebro. 
Esse conceito persistiu até 1816-1826, quando Bell e Muller postularam a transmissão do impulso apenas através dos nervos sensitivos. 
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FISIOTERAPIA DA DOR
TEORIAS DA ESPECIFICIDADE
No final do século dezenove, Von Frey desenvolveu o conceito de receptores cutâneos específicos na mediação do toque, calor, frio e dor. 
As terminações nervosas livres foram implicadas como receptores da dor. 
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FISIOTERAPIA DA DOR
TEORIAS DA ESPECIFICIDADE
Admitiu-se a existência de um centro da dor no interior do cérebro, o qual seria responsável pelas manifestações da experiência desagradável.
Essa teoria foi responsável pelo surgimento de diversos métodos cirúrgicos na manipulação da dor crônica, por meio do seccionamento de nervos.
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Quarta Teoria Da Dor – Década De 40 - Hardy, Wolff E Goodell
sugere que há uma relação de um-para-um entre a intensidade do estímulo e a experiência da dor. 
Essa teoria, ou seja sugere que se dois indivíduos experimentassem o mesmo estímulo (por exemplo, uma perna fraturada) teriam exatamente a mesma quantidade de dor e exatamente a mesma resposta a dor.
Ela nega o que atualmente sabemos, como a influência de fatores culturais, ambientais e de personalidade.
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Teoria Da Comporta De Controle Da Dor - Portão
haveria as terminações especializadas para a recepção e condução do estímulo doloroso, que sofreriam uma modulação em níveis medular e cerebral, sob influência de outras modalidades sensoriais, como tato, pressão, temperatura, vibração etc. antes de influenciarem as células T. O cérebro então avaliaria tudo, decodificaria como um computador e decidiria a resposta.
Originalmente apresentada por Melzack e Wall em 1965, e modificada em 1982, integra respostas fisiológicas e psicológicas na sua definição de dor. 
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Teoria Da Comporta De Controle Da Dor - Portão
Durante a segunda grande guerra Beecher, professor de Anestesiologia em Harvard, trabalhando em um hospital de campo em Anzio, observou que soldados gravemente feridos e que tinham toda a razão do mundo para suplicar por um alívio, recusavam obstinadamente qualquer medicamento para controle da dor. Simplesmente por terem sobrevivido mostravam-se tão eufóricos que, aparentemente, sua alegria bloqueava a dor. 
A teoria do controle do gatilho pode explicar esses fenômenos e por isso foi considerada como revolucionária no estudo dos conceitos da dor.
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Teoria Da Comporta De Controle Da Dor - Portão
Ao contrário das outras teorias, os autores desta acreditam que quase todo o sistema nervoso central esteja envolvido no ato de decidir se a "porta" deve permanecer fechada ou abrir : a memória, o estado de espírito, a atenção, etc., têm participação na experiência da dor. 
As emoções positivas, como a excitação (no exemplo dos atletas) ou o prazer, fecham a "porta". As negativas, como a ansiedade e a apreensão, fazem-na abrir-se. Naturalmente a ideia de porta é puramente teórica e até agora não foi identificado positivamente nenhum mecanismo real no organismo que exerça essa função.
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Dor e seus tipos:
A dor pode ser considerada como um sintoma ou manifestação de uma doença ou afecção orgânica, mas também pode fazer parte de um quadro clínico mais complexo.
Tipos: aguda, crônica e recorrente. 
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DOR AGUDA
Aquela que se manifesta transitoriamente durante um período relativamente curto, de minutos a algumas semanas, associada a lesões em tecidos ou órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou outras causas. 
Normalmente desaparece quando a causa é corretamente diagnosticada e quando o tratamento recomendado pelo especialista é seguido corretamente pelo paciente. 
Há reações psicológicas à dor aguda, como ansiedade, desesperança, escape/fuga, isolamento social, que serão eliminadas com a remoção da causa física. Isso é um dado importante, que deverá ser observado pelo profissional de saúde. 
Alguns exemplos: dor pós-operatória; a dor que ocorre após um traumatismo; a dor durante o trabalho de parto; a dor de dente; as cólicas em geral, como o processo da ovulação e da menstruação na mulher. 
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Dor Crônica 
Tem duração prolongada, que pode se estender de vários meses a vários anos;
Está quase sempre associada a um processo de doença crônica.
Persiste após ter ocorrido a cicatrização.
Exemplos: dor ocasionada pela artrite reumatóide, dor oncológica (câncer), dor relacionada a esforços repetitivos durante o trabalho (DORTs), lombalgia, cervicalgia e outras.
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Dor Nociceptiva E Dor Neuropática
Os diferentes tipos de dor também podem ser classificados em relação à sua natureza ou origem neurofisiológica. 
Essa classificação se baseia nos mecanismos dolorosos desencadeantes, e diferencia as dores em nociceptivas e neuropáticas. 
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Dor Nociceptiva Somática
tem origem nas estruturas somáticas;
É a dor que uma pessoa sente quando fratura um osso ou torce o tornozelo, por exemplo.
 Exemplos: artropatias, mialgias, traumatismos ou queimaduras, doenças inflamatórias não articulares.
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Dor Nociceptiva Visceral
Se origina nas vísceras, dentro dos órgãos e cavidades internas do corpo. 
Produz uma sensação de dor profunda, difusa e mal localizada – sendo muitas vezes associada a partes do corpo totalmente diferentes do local da lesão pelo paciente. 
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Dor Neuropática
Pode ocorrer como resultado de um ferimento ou doença do tecido nervoso propriamente dito. 
A dor é descrita como queimadura, cortante e tipo choque. 
Exemplos: Síndrome do túnel do carpo, Síndrome do túnel do tarso e polineuropatia diabética.
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FISIOTERAPIA DA DOR
Dor Referida, Dor Irradiada E Dor Refletida.
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Dor Referida 
Ocorre quando a dor de uma estrutura somática ou visceral é exibida em outro local que não seja a sua origem, mas inervado pelo mesmo nervo. 
Por exemplo: dor do infarto do miocárdio sendo referida no ombro ou braço esquerdo. 
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Dor Irradiada 
E a dor que se distribui segundo o território de inervação da raiz nervosa lesada, como por exemplo. Na hérnia de disco. É uma dor neuropática.
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Dor Refletida 
É uma dor referida, do lado oposto (contralateral)à região originalmente dolorosa. 
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DOR PSICOSSOMÁTICA (PSICOGÊNICA).
Esta forma de dor não é baseada em causas orgânicas, mas o paciente sente a dor realmente. Pode ser difícil de detectar. Antes de fechar um diagnóstico, todas as causas orgânicas devem ser primeiramente excluídas. 
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Resumindo.... Nessa aula:
• Aprendeu as teorias da dor e sua evolução; 
• Aprendeu os diversos tipos e qualidades de dor.
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