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APOSTILA COMPLETA ESTOMATOLOGIA

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1 
 
 
 
 
 
 
ESTOMATOLOGIA 
 
 
 
 
APOSTILA COMPLETA 
2 
 
 
@odonto.by.gibbs – Direitos Autorais 
3 
 
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO À 
ESTOMATOLOGIA 
 
 
Conceitos de Introdução 
• Semiologia: estudo dos sinais e sintomas das doenças 
 
• Estomatologia: especialidade que se dedica ao diagnóstico e tratamento das doenças 
bucais e maxilo faciais. 
 
Sinais 
• São manifestações objetivas de uma determinada doença. 
• Aumento de volume 
• Alteração de cor 
• Temperatura 
• Todos podem observar 
EX: paciente que apresenta um aumento de volume na face, dor por conte de inflamação e 
coloração avermelhada da mucosa = abscesso dento – alveolar. 
 
Sintomas 
• Manifestações subjetivas de uma determinada doença. 
• Coceira 
• Dor 
• Queimação 
• Apenas o paciente pode perceber 
OBS: buscar características dessas dores, coceiras e queimações. 
 
Semiotécnica 
• É o método utilizado para obter as características de uma determinada doença. 
• Conjunto de técnicas específicas para cada caso particular. 
• EX: gelo para avaliar a dor dental, sonda para bolsa periodontal. 
• Testes de percussão: bater o cabo do espelho no dente para verificar sensibilidade no 
LP. 
4 
 
• Diascopia: método utilizado para saber se a lesão é vascularizada ou possui 
pigmentação excessiva na mucosa. 
Exame Clínico 
• Anamnese 
• Obtenção de dados 
Exame físico 
• Avaliação das estruturas anatômicas dos pacientes 
• Avaliação da face / linfonodos e mucosa oral 
 
História Clínica 
• Identificação do paciente (dados pessoais) 
• Queixa principal (motivo da consulta) 
História da doença atual: é uma anamnese dirigida, procurando obter informações 
especificas da queixa principal do paciente. 
• Tempo de evolução 
• Tratamentos efetuados 
Interrogatório Médico 
• Avaliação sistemática e minuciosa, por meio da anamnese dirigida 
• Antecedentes pessoais de saúde geral 
• Medicamentos 
• Doenças existentes 
• Alergias 
Antecedentes Familiares 
• Pais, irmãos,esposa,avós e filhos 
• Malformação 
• Doenças infecciosas 
• Doenças metabólicas 
• Intoxicações 
História Médica 
 
Hipertensão 
• Elevação da pressão arterial sanguínea em repouso 
• Acima de 140 (sistólica) / 90 (diastólica) 
• 10 a 20% da população adulta. 
 
5 
 
• Normal: 120 / 80mm Hg - Moderada: 160 – 170 / 105 – 115 
 
• Controlada: ate 140 / até 90 - Grave: 170 – 190 / 115 – 125 
 
• Leve: 140 – 160 / 90 – 105 - Maligna: +190 / +125 
 
Riscos: Como Avaliar: 
- sangramento - dores de cabeça (nuca) 
- complicações anestésicas - taquicardia 
- AVC - visão turva 
- doença renal 
- doenças cardiovasculares 
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva 
• É a incapacidade do coração em fornecer um suprimento adequado de sangue 
oxigenado para atender as demandas metabólicas do organismo (disfunção cardíaca) 
Causas: 
Função diminuída do miocárdio: Aumento da Resistência vascular: 
- cardiopatia isquêmica - hipertensão 
- doenças infiltrativas (amiloidose) - estenose aórtica (diminuição do 
calibre) 
- distúrbios metabólicos (hipotiroidismo) 
 
Aumento do Volume Sanguíneo: Demanda Metabólica Excessiva: 
- insuficiência valvular - anemia grave 
- defeitos no septo atrial ou ventricular 
- insuficiência renal crônica 
 
Como Avaliar: Riscos: 
- edema periférico - complicações anestésicas 
- dispnéia - acidentes cardiovasculares 
- palpitação - sangramentos 
- ortopnéia (travesseiros) 
6 
 
OBS: ortopnéia é um quadro que o paciente relata que dorme com dois ou mais travesseiros 
em posição vertical. 
OBS: tomar bastante cuidado com a anestesia (sal, vasoconstritor, tipo de anestesia) 
 
Angina do Peito 
• É uma cardiopatia isquêmica passageira e sintomática 
 
• Etiologia: obstrução arterioesclerótica de uma ou mais artérias coronárias 
 
Tipos 
Angina estável: Angina Instável: 
- dor desencadeada no esforço - dor em repouso 
- aliviada pelo repouso - ou mudando a freqüência dos ataques 
(grave) 
 
Como avaliar: 
- dor no peito (retroesternal) 
- irradiação para ombro, braço esquerdo e mandíbula 
- causa fraqueza no paciente e dispnéia 
 
Riscos: 
- infarto do miocárdio 
- complicações anestésicas 
- consultas rápidas 
 
Tratamento: 
- Isodil – via sublingual 
- causa vasodilatação das artérias coronárias 
 
OBS: pacientes que apresentam a angina do peito do tipo INSTÁVEL, possuem maior risco 
de desenvolver o infarto agudo do miocárdio. 
 
 
7 
 
 Pacientes Cardiopatas: Soluções Anestésicas – Com ou Sem VC? 
 
• O uso de vasoconstritor proporciona anestesia profunda – diminui a absorção venosa 
 
• A não utilização do vasoconstritor pode elevar a pressão arterial – dor e ansiedade 
aumentam a produção de catecolaminas endógenas, aumentando a PA. 
 
• A injeção intra – arterial pode levar a uma taquicardia severa ou hipertensão sistólica. 
 
• Sempre realizar aspiração quando da infiltração de um anestésico local. 
 
• Aspiração = seringa com refluxo para saber se injetou o anestésico no vaso 
sanguíneo. 
 
Síncope 
• Perda de consciência e do tônus postural 
• Ocorre secundariamente à hipoperfusão cerebral global 
• Recuperação espontânea. 
• São desencadeadas por medo, dor, fator emocional, estresse. 
Frente ao Quadro de Síncope: 
- posicionar o paciente com a cabeça mais baixa (Trendelemburg) 
 
Endocardite Bacteriana 
• Processo infeccioso que acomete a superfície do endocárdio, principalmente as 
válvulas cardíacas, decorrente de uma bacteremia espontânea ou provocada. 
 
Pacientes de Alto Risco 
- próteses valvares cardíacas 
- historia previa de endocardite 
- doenças cardíacas congênitas complexas 
- devem realizar uso de profilaxia antibiótica 1h antes do procedimento 
- cirurgias, raspagens, implantes (podem gerar bacteremia, por isso há necessidade de 
realização da profilaxia antibiótica) 
 
Pacientes de Médio Risco 
- malformação cardíaca congênita - pode acarretar em febre reumática 
8 
 
- disfunção valvar adquirida 
- cardiomiopatia hipertrófica - profilaxia recomendada 
- prolápso de valva mitral com regurgitação. 
Procedimentos Odontológicos X Bacteremia 
• Extração simples = 51% 
 
• Extrações múltiplas = 68 a 100% 
 
• Raspagem subgengival = 51 a 83% 
 
Procedimentos que Requerem Necessidade de Profilaxia Antibiótica 
• Extrações dentárias 
 
• Procedimentos periodontais 
 
• Implantes 
 
• Instrumentação endodôntica / apicectomias 
 
• Colocação de bandas ortodônticas 
 
• Anestesias intra – ligamentares 
 
• Profilaxia com jato de bicarbonato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Antibióticoterapia Profilática 
 
Padrão Amoxicilina Adultos: 2g VO 1h antes 
Criança: 50mg / Kg 
Incapazes de VO Amplicilina Adultos: 2g IM / IV 30 min 
antes 
Criança: 50mg / Kg 
Alérgico á Penicilina Clindamicina Adultos: 600mg VO 1h 
antes 
Criança: 20 mg / Kg 
Alérgico a Penicilina Cefalexina Adultos: 2g VO 1h antes 
Criança: 15mg/ Kg 
Alérgico a Penicilina Azitromicina Adultos: 500mg VO 1h 
antes 
Criança: 15mg / Kg 
Incapazes de VO Clindamicina Adultos: 600mg IM / IV 30 
min antes 
 
 
_______________________________ 
CAPÍTULO 2: AVALIAÇÃO E EXAME 
CLÍNICO 
 
Exame Físico 
• Inspeção: visual. Observação das variações de forma, cor e volume 
 
• Palpação: táctil. Avaliar a consistência, mobilidade, conteúdo. Pode ser direta ou indireta, 
quando se utiliza sondas, agulhas, etc 
 
• Ausculta: observação de sons ou ruídos. Pode ser direta ou indireta, por meio de 
estetoscópio. 
 
• Olfação: odores específicos como de necrose, infecções, diabetes etc 
 
 
 
10 
 
Outros exames 
• Diascopia: pressão com lamina de vidro, para avaliar lesões vasculares, observando-se a 
migração do conteúdo sanguíneo. 
 
• Estomatoscopia: aparelho de aumento para avaliaçãode mucosas. 
 
OBS: O exame físico se inicia pelo aspecto geral do paciente (sua postura, modo de vestir, 
comunicação, tensão emocional. (As características gerais que possam dar uma primeira 
impressão). 
 
Tipos de Exames Físicos: 
• Exame extra oral facial e ATM 
 
• Exame intra oral 
 
• Exame do pescoço (avaliação de cadeias linfáticas) 
 
Inspeção: 
- Observar o aspecto geral da face 
- Manchas 
- Volume 
- Marca 
- Falta de tecidos 
Palpação 
- Avaliar função de ATM 
- Palpação do maxilar 
- Perguntar se o paciente sente algo / pressão 
 
Exame Intra Oral 
• Limite anterior da boca: lábios – vermelhão dos lábios (transição cutânea para parte 
mucosa) / parte seca. A mucosa labial é interna da boca (parte úmida), que possui 
características histológicas diferentes. 
 
• Comissura labial 
 
• Lábios (filtro, vermelhão e mucosa) 
 
11 
 
• Mucosa jugal 
 
• Área retromolar 
 
• Pilar amigdalino 
 
• Palato mole e duro 
 
• Língua (dorso, ventre e bordas) 
 
• Soalho da boca 
 
• Gengiva superior e inferior 
 
• Arcada dentária 
 
Exame do Pescoço 
• Palpação dos linfonodos do pescoço 
 
• Linfonodos Submentonianos 
 
• Linfonodos Submandibulares 
 
• Linfonodos Cervicais 
 
 
Hipóteses Diagnósticas 
• Após a coleta dos dados da historia clinica e do exame físico, estabelece-se um 
raciocínio de probabilidades diagnosticas. 
 
• O que gera a doença? (dor? Úlceras? Inchaço?) – sinais e sintomas 
 
• Objetivo: reduzir o numero de possíveis doenças com aspectos semelhantes, para 
orientar a execução de exames complementares ou o próprio tratamento. 
 
Diagnóstico Diferencial 
• Doenças que apresentam aspectos clínicos parecidos entre si 
 
• Existem pequenas diferenças entre elas, que fazem pensar em mais uma, do que em 
outras, sem ter certeza. 
 
12 
 
• Também serve para orientar os próximos passos – exames ou tratamento e rever o 
quadro, no caso de insucessos. 
 
Diagnóstico Clínico 
• É a opinião baseada apenas nas observações clinicas. 
 
• Pode ser correto ou não 
 
• Utilizado de acordo com a experiência profissional e grau de dificuldade das doenças. 
 
Terapêutica de Prova 
• Quando o diagnostico clinico for muito sugestivo 
 
• Pode-se optar por estabelecer um tratamento imediato 
 
• Caso surta o resultado esperado, afirma-se o diagnóstico 
 
• Só pode ser realizada quando os riscos de complicações dessa terapêutica forem 
mínimos 
 
• Resumindo: Usar um recurso de tratamento para confirmar se a hipótese é correta ou 
não. 
 
• Essa terapêutica nem sempre dá certo. 
 
OBS: Diagnostico clinico é uma afta. Qual a terapia de prova? 
R = colocar uma pomada tópica e aguardar. Se sarar, o diagnostico clinico estava certo. 
Caso contrário, deve-se avaliar mais profundamente, solicitando exames complementares 
como imagem, exames de analise em laboratório e exames anátomo – patológico. 
 
Diagnóstico Final 
• É a conclusão diagnóstica obtida após a soma de todos os dados colhidos. 
 
Prognóstico 
• Após o diagnóstico final é necessário discutir as possibilidades terapêuticas e perspectiva 
do paciente. 
 
13 
 
• É efetivamente técnico, metódico. Não depende da experiência da pessoa se ela seguir 
os métodos corretamente. 
 
Baseado em: 
1) Tipo de doença (qual doença está sendo falada?) 
2) Dano produzido por essa doença 
3) Recursos disponíveis para tratar 
4) Condições gerais do paciente (físicas, psíquicas, econômicas) 
 
Tratamento 
• Após a discussão do prognostico, decide-se pelo melhor tratamento para cada caso 
 
• Avaliar o risco e o beneficio para o caso a ser tratado / estudado 
 
Proservação 
• Controle do caso – seguimento ou follow up 
 
• Aprende-se com os sucessos e insucessos, que servirão para alimentar o prognostico e 
a decisão terapêutica em novos casos semelhantes. 
 
• Diagnóstico correto – terapêutica correta 
 
- Esse método deve ser aplicado em todas as situações clinicas, não importa qual 
seja a especialidade. 
 
 
 
 
 
 
14 
 
CAPÍTULO 3: COMPLICAÇÕES 
SISTÊMICAS 
 
 
Introdução 
• Deficiência absoluta ou relativa de insulina, resistência a insulina ou ambas que leva ao 
desenvolvimento da hiperglicemia. 
 
Classificação 
• Tipo 1: insulino – dependentes (é um paciente que faz uso de insulina, jovem, que 
desenvolveu a diabetes de forma precoce, relacionado com doença auto imune, que 
atingiu as células beta do pâncreas ou genética) 
 
• Tipo 2: insulino – independentes (é um paciente que desenvolveu a diabetes de forma 
mais tardia / associada a fatores como estresse, obesidade e características herdadas da 
família, favorecendo o desenvolvimento da doença. Se for diagnosticado de forma 
precoce, vai fazer uso de hipoglicemiantes. Se a medicação não fizer efeito, o paciente 
deve usar a insulina). Pedir exames como hemoglobina glicada, sempre controlando o 
paciente. 
 
Quando atender um paciente diabético, deve-se saber: 
- Tipo da diabetes 
- Se toma medicação 
 
Principais Predisposições 
• Historia familiar 
• Stress 
• Obesidade 
• Hipertensão 
• Sedentarismo 
 
Manifestações Orais 
• Xerostomia 
• Infecções oportunistas 
Se a hemoglobina glicada tiver 
muito alta = paciente pode 
não estar controlado e com 
isso, pedir um exame de 
glicemia. 
 
A diabetes é causada pela hiperglicemia. Uma 
das formas de eliminar a glicose em excesso é 
através da urina (poliúria) – glicosúria (glicose 
na urina) / aumenta-se a função renal para 
eliminar mais líquido. Pra controlar essa 
alteração hemodinâmica, o organismo “pede” 
para ingerir mais líquido (polidipsia) 
Polifagia: aumento da ingestão de alimento, 
porque a célula não recebe glicose. 
O paciente vai apresentar uma série de 
complicações: alterações circulatórias, 
alterações relacionadas a quimiotaxia dos 
leucócitos, dificuldade de cicatrização (bem 
mais demorada, aumentando o risco de 
infecção) e neuropatias (perda de 
sensibilidade nas extremidades) 
15 
 
• Abscessos recorrentes 
• Hálito cetônico 
• Reabsorções ósseas intensas 
 
 
Como Avaliar o paciente 
• Polifagia 
 
• Polidipsia 
 
• Poliúria 
 
• Hálito cetônico 
 
Riscos 
• Dificuldade de cicatrização 
 
• Infecções 
 
• Sangramento (pode estar associada com quadro de hipertensão, facilitando o sangramento e a não 
formação do coagulo) 
 
• Crises hipoglicêmicas / hiperglicêmicas (é um dos maiores riscos / paciente pode passar 
mal) 
 
• Hipo: é mais complicada, podendo levar até um coma hipoglicêmico. Pode acontecer por 
causa do stress ao procedimento, muito tempo sem comer etc. 
 
Hipoglicemia Aguda – Choque Insulínico 
• É resultante da proporção aumentada de insulina em relação à glicose. Pode ocorrer 
devido ao aumento da utilização metabólico da glicose (ansiedade e exercícios ou 
infecções). 
 
• O paciente apresenta inicialmente fraqueza, sudorese, fome, nervosismo, cefaléia, 
confusão mental, palidez. 
 
• Esses sinais e sintomas podem evoluir rapidamente para perda da consciência, 
convulsão, coma e morte. 
 
16 
 
Hiperglicemia 
• Pele seca, boca seca, desidratação 
• Visão turva 
• Sede intensa / desidratação 
• Volume urinário excessivo 
• Perda rápida de peso 
• Fraqueza e tontura 
• Respiração acelerada 
• Perda de consciência 
ASMA 
Como avaliar 
• Falta de ar 
• Tosse 
• Sibilos 
 
Riscos 
• Uso de aspirina 
• Tensão emocional 
• Alergias medicamentosas 
• Sessões rápidas. 
 
Características 
• Dificuldade para expirar, com chiado, congestão, depressão respiratória e edema das 
vias aéreas. 
 
• Administrar broncodilatador – spray 2 puffs (Minofilina 240mg / 10Ml) 
 
• Oferecer oxigênio 2-5 L por minuto 
 
• Se persistir, transferir para o pronto socorro. 
 
ANEMIA 
Como avaliar 
• Fraqueza / cansaço 
• Palidez da pele / mucosa 
• Língua atrófica (despapilamento da língua) 
• Exame Hematológico(hemograma) 
Avaliar no hemograma: 
- Hemoglobina (12 a 14 DL) 
- Quantidade de glóbulos vermelhos 
- Volume globular médio (medir o 
tamanho da hemácia / microcítica ou 
macrocítica / normocítica: tamanho 
médio da hemácia) 
 
Se não tratada a tempo, a hiperglicemia 
pode levar à desidratação intensa, 
causando náusea, vômito, sonolência, 
dificuldades respiratórias e ate mesmo 
coma. 
É uma constricção nos alvéolos 
pulmonares. Gera sibilos (chiado no 
peito). Essa constricção pode 
acontecer durante o atendimento, 
desencadeado por stress emocional, 
medicamentos (aspirina). 
Os pacientes que apresentam asma, 
fazem uso de broncodilatadores 
(spray inalatório) 
17 
 
 
Riscos 
• Diminuição da oxigenação 
• Retardo na reparação 
• Complicações cardiovasculares 
 
Classificação das Anemias 
• Anemia Macrocítica (ex: anemia megaloblástica) 
• Anemia Microcítica / Ferropriva Hipocrômica (possui menos ferro / hemácia pálida) 
 
• Anemia Normocítica (tamanho médio) 
 
• Talassemia (questões hereditárias) 
 
HEPATITE 
Como avaliar 
• Antecedentes 
• Febre 
• Anorexia 
• Náusea / Vômitos 
• Exames laboratoriais 
 
Riscos 
• Contaminação profissional 
• Infecção cruzada 
• Doenças hepáticas 
• Icterícia 
 
AIDS 
Como avaliar 
• Grupo de risco (homossexuais / pacientes que faziam uso de drogas) 
• Perda de peso 
• Diarréia 
• Febre 
• Lesões orais (leucoplasia pilosa, candidose, herpes) 
Exames que devem ser solicitados: 
- Transaminases (TGO / TGP / GAMA 
GT) 
- Quando há essas enzimas elevadas 
no exame, significa que há alteração 
hepática como cirrose, doenças 
hepáticas etc. 
Importante: 
- Paciente que apresenta doença 
hepática vai apresentar risco de 
coagulação e por conseqüências, 
maior risco de sangramento. 
- As mais severas são as hepatites 
virais 
Exames Solicitados: 
- Carga Viral 
- Contagem de Linfócitos 
CD4 
18 
 
 
 
Riscos 
• Contaminação 
• Infecção cruzada 
• Infecções secundárias para o hospedeiro 
 
GRAVIDEZ 
Como avaliar 
• Pacientes em idade fértil 
Riscos 
• Tratamento odontológico 
• Exames radiográficos 
• Prescrições medicamentosas 
 
 
ALERGIAS 
• Antibióticos - Paciente pode desenvolver choque anafilático 
• Antiinflamatórios - Saber quais medicamentos ele não pode tomar 
• Analgésicos - Saber a gravidade do processo alérgico 
• Anestésicos 
Anotações Complementares: 
 
Cuidados: 
- Utilizar anestésico com Lidocaína 2% 
com adrenalina 1:100:000 
- Medicamentos (podem causar efeitos 
teratogênicos) 
- Atender as gestantes do 1° Trimestre 
 
19 
 
CAPÍTULO 4: TÉCNICAS 
AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO 
 
Objetivo: 
• obtenção de materiais para exames anatomopatológicos. 
 
Semiotécnica 
• Técnicas pra obtenção de material para exame microscópico: 
 
- Citologia Esfoliativa 
 
- Biópsia 
 
Citologia Esfoliativa 
• Raspagem da superfície da lesão visando obter esfregaço para exame citológico. 
 
• Primeiramente descrita para detectar malignidade em cervix uterino 
 
• Limitado valor diagnostico em cavidade oral 
 
• Só é possível realizar esse exame em tecido epitelial. 
 
• É difícil de obter um diagnostico através de uma célula / grupo de células. 
 
Indicações 
• Auxiliar na detecção de neoplasias malignas de origem epitelial 
 
• Não substitui biopsias incisionais / excisionais, devido ao grande n° de resultado falso 
negativo. 
 
• Suspeita de infecções fúngicas e viróticas. 
 
 
Técnica 
Infecção fúngica: na raspagem da 
mucosa, vai haver a presença das hifas 
de cândida. 
Infecção virótica: mudança da célula que 
pode apresentar uma suspeita de lesão 
viral. (coilócitos) 
20 
 
• Raspar a lesão firmemente com uma espátula de metal 
 
• Raspar por 6 vezes a superfície e colocar sob lamina de vidro. 
 
• Espalhar de uma vez só 
 
• Fixar a amostra com solução fixadora (spray a base de álcool) 
 
• Encaminhar pro laboratório (relatório / recipiente / dados do paciente / descrição 
(coloração, onde dá, quanto tempo, hipótese de diagnostico) 
 
Patologias com Indicação Para Citologia Esfoliativa 
• Candidose 
• Herpes 
• Lesões cancerizáveis* 
• Câncer * 
*Utilizadas em campanhas de prevenção (biopsia melhor opção) 
 
BIÓPSIA 
• Retirada de um tecido de um ser vivo para um exame de diagnostico. 
 
Biópsia por Aspiração: aspirar o conteúdo da lesão 
Biópsia Incisional: remover um fragmento da lesão 
Biópsia Excisional: retirada de toda a lesão 
 
Por Aspiração: 
• Finalidade: tentar identificar o conteúdo daquela área lesionada, por meio de agulha ou 
seringa, com intuito de obter informação quanto ao conteúdo da lesão. 
 
• PAAF: punção aspirativa com agulha fina (busca de material mais interno / áreas mais 
profundas) – muito realizado em linfonodos / examinar nódulos, lesões com conteúdos 
celulares. Muito comum realizar esse procedimento em glândula tireóide e tumores de 
glândulas salivares. 
 
• O material obtido pode ser submetido à exame anatomopatológico (embora não 
demonstre arquitetura tecidual), análise química ou cultura microbiológica. 
 
21 
 
 
Incisional 
• Obtenção de amostra tecidual representativa através da remoção de apenas uma parte 
da lesão. 
 
• Indicação: lesões de grandes dimensões / lesões multifocais / suspeita de malignidade 
 
• Instrumental: anestésico local, pinças, cabo de bisturi, lamina 15 
 
• Fixação do material coletado: frasco com formol a 10% (solução fixadora, fixando o tecido 
com as mesmas características da retirada. O álcool desidrata o tecido e remove as 
características da lesão) 
 
• Incisão em forma de cunha: profundidade do tecido. 
 
• Melhor local para fazer a incisão: local mais representativo da lesão 
 
Azul de Tuluidina: corante biológico com capacidade de corar áreas que apresentam maior 
atividade celular. Só pode ser usado em lesões ou áreas com suspeita de câncer, podendo 
auxiliar na escolha melhor da área que vai ser biopsiada, ou seja, aquela com maior 
probabilidade de já ser um câncer. Remove com acido acético e onde corar, vai ser o local 
onde a biopsia será realizada. 
 
Excisional 
• Obtenção de amostra tecidual através da remoção total da lesão 
 
Indicações: 
- Lesões com pequenas dimensões 
- Lesões pediculadas 
- Lesões com diagnostico clínico muito provável 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
CAPÍTULO 5: LESÕES ULCERADAS 
VÉSICO – BOLHOSAS 
 
Lesões Fundamentais 
• São alterações morfológicas que acometem a mucosa, padronizadas e individualizadas que a 
partir delas, juntamente com outros dados clínicos pode-se identificar uma doença. 
 
• Dentre elas, existem um grupo de lesões que serão classificadas de acordo com a lesão 
fundamental. Importante conhecer as manifestações clinicas. 
 
• Comunicação entre profissionais é necessária. 
 
• Exemplo: a lesão fundamental da afta é a úlcera. 
 
Descrição da Lesão Fundamental 
• Inspeção 
- Localização: região anatômica 
- Forma: globosa, oval, discóide, em cogumelo, couve – flor, lobulada, circular, linear, lentiforme, 
filiforme, etc 
- Coloração: cor predominante da lesão (branca, amarelada, enegrecida, azulada) 
- Tamanho: diâmetro ou extensão da lesão em mm. 
- Base: pediculada ou séssil 
- Textura: lisa, áspera, brilhante, opaca, verrugosa ou regular 
- Contorno: regular, irregular, nítido ou difuso 
- Borda: elevada ou deprimida 
- Número: quantidade de lesões semelhantes única ou múltiplas 
 
• Palpação 
- Profundidade - Sensibilidade - Infiltração 
23 
 
- Consistência - Mobilidade 
 
Lesões primárias: se manifestam inicialmente como manchas, pápulas, nódulos, vesículas, bolhas e 
pústula 
Lesões secundárias: são decorrentes de uma modificação que se associa ou se desenvolve na lesão 
primaria previamente estabelecidas (ulceras, fissuras e erosões) 
OBS: existem doenças que podem ter os dois tipos de lesões, tanto primaria quanto secundaria.Classificação 
• Manchas ou Máculas 
- Modificação da coloração normal da mucosa 
- Não possui elevação nem depressão dessa mucosa 
- Geralmente há alteração de pigmentos (hemossiderina pela decomposição de Hb, icterícia ou 
melanina) 
- Manchas com coloração violáscia, realizar o exame de Diascopia para verificar se isquemia ou não 
 
• Placa 
- Ligeira elevação da mucosa partindo da superfície da mucosa oral 
- Extensão maior do que altura 
- Geralmente branca porque há aumento da espessura do epitélio (possuem hiperqueratose ou 
acantose) 
- Colocar uma espátula de madeira (se raspar e sair, a placa está relacionada à cândida) 
 
• Erosão 
- Rompimento superficial parcial do epitélio sem exposição do tecido conjuntivo. 
- Pode ocorrer na língua, ocasionando perda das papilas gustativas. 
- Pode acarretar em sensibilidade 
 
• Ulcera 
- Perda do epitélio da superfície com exposição do tecido conjuntivo. 
- É uma lesão mais profunda 
- Apresenta sensibilidade dolorosa 
Existem úlceras mais profundas e outras 
superficiais, podendo gerar sangramentos da 
região. 
24 
 
- Apresenta bordas elevadas e fundo esbranquiçado 
- Pode apresentar característica infiltrativa na sua base. 
 
• Fissura: 
- É uma ulcera retilínea (exposição do TC) 
- É mais profunda 
 
• Sulco 
- É uma erosão retilínea (sem exposição do TC) 
- Comum na língua. 
 
• Nódulo 
- É uma elevação circunscrita com conteúdo solido no seu interior 
- Maior que 3mm 
- Possuí coloração mais arroxeada ou semelhante à mucosa 
- Pode acometer rebordo gengival, língua, palato e mucosa jugal. 
- Base é séssil ou pediculada 
- Consistência do nódulo é mais fibrosa / elástica por causa do conteúdo sólido que ele contém. 
- Avaliar se o crescimento é endofítico ou exofítico 
 
• Pápula 
- Elevação circunscrita com conteúdo solido até 3mm de diâmetro 
- É um “nódulo pequeno” 
- O que varia é a característica em relação ao tamanho 
- Crescimento do epitélio (pequenos crescimentos na mucosa com elevação) 
- Pode apresentar alterações na coloração 
- Pode acometer borda de língua, palato duro, mucosa jugal 
- Coloração pode ser esbranquiçada ou rósea 
 
 
25 
 
 
 
 
• Vesícula 
- Elevação circunscrita com conteúdo líquido no seu interior 
- Pode medir ate 3mm de diâmetro 
- Se furar a vesícula sai o líquido 
- Podem ser únicas ou múltiplas 
- Únicas = lesão por herpes 
- São mais restritas a lesões na superfície do epitélio 
 
• Bolha 
- Elevação circunscrita com conteúdo liquido no seu interior maior do que 3mm 
- São lesões mais profundas e maiores do que as vesículas 
- Apresentam superfícies translúcidas 
- Consistência mais amolecida 
 
• Pústula 
- Vesícula ou bolha contendo pus no seu interior 
- Aspectos mais vesiculares 
 
• Fístula 
- São lesões com saída de um pertúito (caminho) 
- Relacionadas com infecções de origem odontogênica ou óssea 
- Apresenta processo infeccioso crônico 
- Realizar a fistulografia 
 
 
 
 
26 
 
LESÕES ULCERADAS E VÉSICO – BOLHOSAS 
 
 
 
 
Úlcera Traumática 
• Condição comum causada por força mecânica, agentes químicos, térmicos ou elétricos. 
 
• Podem ocorrer em qualquer idade e em ambos os sexos 
 
• As localizações mais comuns são a língua, lábios, mucosa jugal e fundo de sulco. 
 
• Fatores Traumáticos Mais Frequentes: 
- Restaurações ou dentes fraturados 
- Mordidas acidentais 
- Alimentos cortantes e quentes 
- Cerdas da escova de dente 
- Próteses mal adaptadas 
- Aparelhos e fios ortodônticos 
 
 
Estomatite Aftosa Recorrente 
• É uma das alterações mais comuns da mucosa bucal 
 
• Apresenta origem desconhecida 
 
• Atualmente está relacionada com defeito imune local mediado por linfócitos T 
 
• Há outros fatores relacionados como alergias, predisposição, genética, deficiência nutricional, 
agentes infecciosos, trauma, estresse e imunodepressão. 
 
• O que desencadeou o processo foi um trauma sobre aquela área. 
 
• A úlcera não se forma no mesmo dia que ocorreu o trauma 
 
• Paciente pode apresentar lesões únicas ou múltiplas 
Características Clínicas 
- Ulcera com eritema em sua periferia podendo 
desenvolver uma borda branca (queratinização – 
trauma sempre presente) 
- Usualmente com sintomatologia dolorosa 
- Remoção do fator traumático = cicatrização 
 Tratamento 
- Remoção do agente traumático 
- Se a cicatrização não ocorrer em 7 a 14 dias, 
uma biopsia deve ser realizada. 
- Utilizar soluções tópicas 
Tratamento da Estomatite: uso de 
corticoesteróides tópicos ou sistêmicos, laser de 
baixa potencia ou talidomida (medicação 
imunomodeladora, possuindo efeito 
teratogênico) 
27 
 
 
Ulcerações Aftosas Menores 
- Desenvolvem na mucosa não queratinizada 
- Sintomatologia dolorosa 
- Úlcera superficial recoberta por uma pseudomembrana branca circunscrita por halo eritematoso 
- 3 a 10 mm de diâmetro 
- Duração de 7 a 14 dias 
- Podem ser lesões únicas ou múltiplas 
 
Ulcerações Aftosas Maiores (Afta de Sutton) 
- São mais profundas 
- 1 a 3cm de diâmetro 
- Intensa sintomatologia dolorosa 
- Dura de 2 a 6 semanas 
- Podem deixar cicatriz 
- Apresentam pseudomembrana 
 
Ulcerações Aftosas Herpetiformes 
- Possuem pequeno diâmetro (1 a 3mm) 
- Grande número de lesões (10 a 100) 
- Necessário fazer diagnostico diferencial com o herpes simples 
- Geralmente acomete mucosa não queratinizada 
- Manifestação mais rara 
- Geram sensibilidade dolorosa 
- Essas pequenas lesões podem coalescer (se unir) e formarem lesões maiores 
 
Múltiplas ulcerações aftosas recorrentes = investigar se realmente há apenas essa ulceração ou se há 
um quadro que possa acometer outra região sem ser a cavidade bucal. 
 
 
 Características Clínicas 
- Ulcerações Aftosas Menores 
- Ulcerações Aftosas Maiores 
- Ulcerações Aftosas Hepertiformes 
UAR 
Uso tópico 
Acetonido de Triancinoloma em Ora 
Base ------ 1 bisnaga 
Aplicar 4X ao dia 
Ulcerações Aftosas Recorrentes 
Uso tópico 
Dexametasona elixir ---------- 1 frasco 
Fazer bochechos de 5ml 4x ao dia por 7 dias 
Não engolir 
Fórmula para Manipulação: 
Uso tópico 
Propionato de clobetazol 0,05% 
Nistatina 100.000 ui / cc 
Solução aquosa 500ml 
Fazer bochechos 3x ao dia por 15 dias 
Não engolir 
28 
 
Anotações Complementares 
 
 
 
 
 
29 
 
 
SÍNDROME DE BEHÇET 
• É uma desordem multissistêmica envolvendo principalmente a mucosa oral, ocular e genital. 
• Imuno – desregulação mais comum em pacientes do Oriente Médio e Japão 
• O acometimento da pele, articulações (artrite) e SNC (paralisia e demência) podem estar 
presentes 
• Pele: pode apresentar lesões ulceradas (processos inflamatórios = foliculite.) 
• Investigar se o paciente não apresenta nenhuma outra alteração em região genital, ardência ou 
presença de lesões em mucosa ocular. 
• Em boca: são ulceras rasas superficiais, com presença de pseudomembrana e halo eritematoso. 
 
Tratamento: uso de corticóide sistêmico ou talidomida. 
Complicações da Corticoterapia Sistêmica: o corticóide vai ter como função substituir o cortisol, 
a glândula suprarrenal inibe a produção de cortisol “natural”. Tomar cuidado com corticoterapia 
prolongada que pode provocar efeitos da síndrome de Kushing. Não se pode remover o cortisol de 
forma abrupta porque essa substancia controla o sistema cardiovascular (paciente pode desenvolver 
complicações cardíacas como taquicardia). Diminuir a dosagem do corticoesteróide (desmamame) 
para a glândula suprarrenal começar a produzir novamente o cortisol. 
 
ERITEMA POLIMORFO 
• Doença mucocutânea inflamatória 
• Etiologia desconhecida (vírus, infecções, drogas, alimentos) 
• Desencadeada normalmente por um processo alérgico. 
• Pode ser associada a quadros de infecções por herpes. 
• Apresenta eritema, lesão em forma de alvo, circunscrita• Acomete pele e mucosa oral (manifestação rápida) 
 
 
 
Tratamento: Identificar e eliminar a causa. 
Em quadros mais severos, administrar 
corticoterapia e antibioticoterapia nas 
infecções secundárias. 
30 
 
Características Clínicas Sintomas 
• Aparecimento rápido - Dor 
• Lesão concêntrica em forma de alvo - Disfagia 
• Máculas, vesículas e bolhas - Sialorréia 
• Acomete lábios, língua e mucosa jugal - As lesões podem se coalescer. 
OBS: Investigar se o paciente fez uso de medicação nova, se foi logo depois que se alimentou 
(reações alérgicas) 
 
SÍNDROME DE STEVENS – JOHNSON 
• É uma variedade do Eritema Polimorfo 
• Possui manifestação aguda 
• Associado a quadro de reações alérgicas 
• É caracterizado por lesões bolhosas na pele, boca, conjuntiva e genitália. 
• Possui coloração avermelhada em pele e lábios 
• As bolhas podem se romper e gerar sangramento. 
• Tratamento: corticoterapia e antibioticoterapia (antibiótico de amplo espectro) 
 
PÊNFIGO VULGAR 
• Acomete adultos de 40 a 60 anos 
• Sem predileção por sexo 
• Vesículas, bolhas e erosões* 
• Existem diversas manifestações clinicas. 
É uma doença auto imune onde o organismo produz anticorpos contra determinadas estruturas 
responsáveis pela adesão entre as células do epitélio. Quem realiza essa adesão são os 
desmossomos, que contem uma glicoproteína (desmogleína), que geram alterações nesses 
desmossomos. 
• Paciente pode vir a formar uma bolha inicialmente e que depois pode ulcerar* 
• 70% dos casos = manifestação em boca. 
• 50% com envolvimento oral = apresentam lesão em pele. Sinal de Nikolsky +: quando se faz uma 
fricção no tecido se formará uma bolha. Isso 
acontece porque o epitélio se destaca, 
processo em que não há mais adesão entre 
as células. 
31 
 
• Lesões orais = primeiro sinal da doença 
• Sinal de Nikolsky + 
• Queixa principal: feridas em toda a mucosa (úlceras são mais comuns do que bolhas em 
mucosas). 
 
Características Histológicas 
• Formação de fendas intra – epiteliais ou fenda supra – basal. 
• Células acantoliticas 
• Ausência de infiltrado inflamatório nos estágios iniciais. 
• Há o destaque do epitélio mas permanece a camada basal aderida ao TC, célula que adere 
camada basal ao TC chama-se Hemedesmossomo. 
Técnica de Imunofluorescência Direta: identifica a presença de anticorpos na região entre as células 
do epitélio, através de uma coloração de fluorescência. (identifica a presença de IMg e C3). É 
realizada diretamente na pele do paciente. 
Técnica de Imunofluorescência Indireta: utilizar o sangue do paciente, realizando uma coleta e 
identificar em tecido animal a presença da reação antígeno – anticorpo. É mais difícil de ser feita. 
 
PENFIGÓIDE BENIGNO DE MUCOSA. 
• Acomete apenas a mucosa bucal 
• É uma doença auto – imune 
• Identifica a formação de vesículas e bolhas que se rompem na mucosa oral. 
• Causa destruição do Hemidesmossomo, ou seja, o epitélio se destaca mas não há mais acantose. 
 
Características Clínicas 
• 50 a 60 anos de idade (mulheres mais acometidas) 
• Apresenta gengivite descamativa, formando bolhas ou úlceras – manifestação precoce 
32 
 
• Acomete 25% de mucosa oral. 
 
Características Histológicas 
• Fenda sub – epitelial ou infra – basal 
• Infiltrado inflamatório mononuclear 
• Imunofluorescência direta – positivo para IgG 
LÍQUEN PLANO 
• Doença dermatológica crônica 
• Pode acometer a mucosa oral 
• Possui 3 formas clinicas: Reticular* / Erosivo* / Bolhoso 
Características Clínicas - Forma Reticular 
• Assintomáticas 
• Acometimento bilateral 
• Características simétricas 
• Placas ou estrias brancas (manifestações sem sintomas) 
• Mucosa jugal, borda lateral de língua e gengiva 
• Estrias de Wickham 
• Em pele: são lesões mais papulares (punho, cotovelo, braços) 
 
Características Clínicas – Forma Erosiva 
• Doença auto – imune 
• Freqüência menor que a forma reticular 
• Sintomática 
• São lesões atrófica, eritematosas ou ulceradas 
• Pode apresentar gengivite descamativa. 
 
 
 
Estrias de Wickham: são linhas brancas que se 
intercruzam, formando aspecto rendilhado. 
Podem ser simétricas, são manifestações 
assintomáticas. 
Não há tratamento especifico para a forma 
reticular do líquen plano. Apenas acompanhar as 
lesões. 
Tratamento: depende da extensão da lesão. Se 
for uma lesão menor, fazer uso de 
corticoesteroide local e se for lesão grande, 
realizar corticoterapia sistêmica. 
33 
 
Histologicamente 
• Intenso infiltrado inflamatório logo abaixo da camada basal. (disposto em forma de banda porque 
sempre acompanha o epitélio, causando destruição dessa camada) 
• Presença de exocitose (células inflamatórias no epitélio) 
 
LÚPUS ERITEMATOSO CRÔNICO DISCÓIDE 
• Auto – imune 
• Forma benigna da doença 
• Desordem mucocutânea 
• É mais comum em mulheres acima dos 40 anos 
• Erupção cutânea vermelha e simétrica na face 
• Pode ser desencadeado por fotossensibilidade 
• Lesões em forma de asa de borboleta (ocorrem bem na região de malar, frontal e dorso do nariz) 
• 40% dos pacientes apresentam lesões orais 
• Lábio inferior bastante acometido por exposição solar 
• Lesões atróficas centrais e linhas vermelhas e brancas na periferia 
• Mucosa jugal, língua, gengiva e palato mais acometidos 
• Evitar frio, exposição solar e estresse emocional 
 
Prognóstico do Lúpus Tratamento 
• Sistêmico – fígado e coração - Corticoterapia local e sistêmica 
• Síndrome de Sjogren - Filtro solar 
• Artrite reumatóide - Antimalárico 
 
Exame FAM: mostra que o paciente tem alguma doença auto – imune, sem especificar qual é. 
Síndrome de Sjorgren: pacientes desenvolvem artrite, seratoconjuntivite seca e xerostomia (tríade 
que acomete glândulas salivares, lacrimais e destruição de colágeno. Em relação às glândulas, essa 
síndrome destrói os ácinos). 
 
Existe o lúpus eritematoso sistemico, que 
acomete fígado, rins e coração. 
Diagnostico Diferencial: líquen plano, leucoplasia 
e eritroleucoplasia. 
 
34 
 
CAPÍTULO 6: PROCESSOS 
PROLIFERATIVOS NÃO 
NEOPLÁSICOS 
 
RESUMO 
São grupos de lesões que se caracterizam por crescimentos teciduais de origem não 
neoplásica. Quando há um estimulo sobre o tecido (traumático ou inflamatório) pode ser estimulado 
a crescer (hiperplasias e hipertrofias). 
• Processos proliferativos: lesões que são agrupadas por apresentarem crescimento exofítico a 
partir da mucosa oral. 
 
• Existem gens que regulam e estimulam o processo de divisão celular. 
 
LESÕES CAUSADAS POR TRAUMA DE PRÓTESE 
• Hiperplasia Fibrosa Inflamatória (HFI) 
• Hiperplasia Papilar Inflamatória (HPI) 
• Hiperplasia por Câmara de Sucção (HCS) 
 
Hiperplasia Fibrosa Inflamatória 
• Acontece em região de fundo de sulco / rebordo alveolar 
• Relacionada a traumas crônicos de prótese mal adaptada 
• Aumento do volume localizado com grande extensão 
• Observada na região sulcular 
 
Histologicamente 
• Proliferação de fibroblastos e fibras colágenas 
• Acantose + proliferação fibroblástica com maior deposição de fibras colágenas 
Por conta de uma sobre – extensão da 
prótese ou falta de ajustes necessários, 
ocorrem esses tipos de lesões. 
Podem também ocorrer com próteses 
antigas, onde resultou em diminuição de 
volume ósseo e como conseqüência, o 
traumatismo. 
Há a formação de roletes de tecido tanto em 
mucosa quanto em lábio (lábio duplo) 
35 
 
• Infiltrado inflamatório 
 
Hiperplasia Papilar Inflamatória 
• Envolvimento da mucosa palatina de pacientes com próteses 
• Projeções papilares de aspecto verrucoso (pápulas sésseis) 
• Causada pela instabilidade da prótese superior 
• É comum estar associada com cândida (áreas avermelhadas = candidose eritematosa) 
 
Histologicamente 
• Proliferação do tecido conjuntivo 
• Epitélio com áreas de acantose 
• Projeções digitiformesHiperplasia por Câmara de Sucção 
• Artefato utilizado para estabilizar a PT 
• A lesão reproduz o artefato da prótese em resposta ao estimulo de sucção 
• O tecido cresce com o tempo e preenche essa área da câmara 
 
Tratamento das Hiperplasias 
• Remoção cirúrgica (excisão) 
• Remoção do fator traumático 
• Utilizar materiais reembasadores (condicionadores teciduais) 
 
REAÇÕES A IRRITAÇÃO OU TRAUMA LOCAL (NODULARES) 
• Granuloma Piogênico 
• Granuloma Gravídico 
• Lesão Periférica de Células Gigantes 
36 
 
 
Granuloma Piogênico 
• Acontece em qualquer área da mucosa que sofreu um trauma 
• Pode ser pediculado ou séssil 
• Trauma = crescimento do tecido = resposta a essa agressao 
• Formação de tecido de granulação (rico em vasos sanguíneos neoformados e fibroblastos) 
 
• Comum em região de papila interdental às custas de calculo, restauração com excesso e 
processos cariosos (cavitações), raízes residuais 
 
• Sangra ao toque (por causa da vascularização) 
 
 
 
 
Granuloma Gravídico 
• Influencias hormonais que aumentam a vascularização do tecido 
• Aumento de estrógeno e progesterona = favorecem condição maior do aparecimento da lesão 
• O tecido gengival da gestante está com alterações pertinentes às alterações dos hormônios 
• As lesões podem aparecer com mais freqüência em gestantes que possuam o fator traumático + 
alterações hormonais. 
 
• Etiologia: hiperplasia reacional do tecido conjuntivo à um trauma ou irritação crônica* (traumas) 
 
Características Clinicas dos Granulomas 
• Acomete pele ou mucosa (palato, língua, lábio, mucosa jugal // + comum em 
gengiva) 
• + comum em rebordo alveolar ou gengiva 
37 
 
• Lesão com crescimento exofítico / nodular / pediculada ou séssil / superfície lisa ou 
ulcerada 
• Coloração vermelha e sangra ao toque. 
OBS: Quanto mais velho é o granuloma, menos vermelho ele fica, possuindo a tendência a ter coloração semelhante à 
mucosa. 
 
Tratamento dos Granulomas 
• Remoção cirúrgica do fator etiológico com raspagem cuidadosa do pedículo para 
evitar recidiva 
• Em pacientes gestantes pode-se aguardar o parto para realizar a cirurgia quando 
possível. 
• Se necessário solicitar exames de sangue (coagulogramas + INR + hemograma 
completo)* 
 
Histologia dos Granulomas 
• Tecido de granulação + infiltrado inflamatório crônico difuso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alerta em pacientes com doenças 
hereditárias como hemofilia, pacientes que 
utilizam anti coagulantes / anti agregantes, 
diabéticos, hipertensos, pacientes com 
déficit de vitamina K e que possuem uma 
alta ingestão de bebida alcoólica = todos 
esses casos apresentam risco de 
sangramento durante um procedimento 
cirúrgico, sendo necessária a solicitação de 
exames complementares* para anamnese 
correta. 
38 
 
Lesões Periférica de Células Gigantes 
• Reações a irritação local (cálculo, corpo estranho, raiz residual, restaurações mal 
adaptadas) 
 
• Lesão exclusiva de gengiva e rebordo alveolar 
 
• Lesão nodular, pediculada ou séssil 
 
• Apresenta superfície irregular e coloração vermelho escuro (violácia) 
 
• As células podem acarretar em reabsorção óssea em forma de taça (reabsorção que 
acontece do centro para a periferia) 
 
• Possível ver a reabsorção em radiografias 
 
• Maior índice de sangramento 
 
Histologicamente 
• Células gigantes multinucleadas (provavelmente são osteoclastos) 
• Proliferação de células fusiformes 
• Formação de vasos sanguíneos (maior vascularização) 
 
 
Tratamento 
• Remoção cirúrgica com raspagem cuidadosa do leito ósseo para evitar recidivas 
• Remoção do agente irritante local 
 
39 
 
Fibroma Ossificante Periférico (FOP) 
• Lesão de origem neoplásica (benigna) 
• Características clinicas semelhantes ao granuloma piogênico / LPCG 
• Produção de osso “imaturo” / produção de tecido ósseo 
• Não é resposta a trauma 
• Realizar diagnóstico diferencial 
• Acomete tecido gengival (região de LP) 
 
Características Clínicas 
• Lesão endurecida 
• Não sangra ao toque 
• Menos vascularizada 
• Coloração semelhante à mucosa 
 
Tratamento 
• Remoção cirúrgica com raspagem óssea. 
 
Histologicamente 
• Deposição de fibras colágenas 
• Proliferação de fibroblastos 
• Pontos de mineralização 
 
 
Fibromatose Gengival Inflamatória 
• Aumento do tecido gengival, que recobre a coroa do dente. Esse recobrimento 
pode recobrir uma parte da coroa ou ela como um todo. 
 
• Associado a irritação crônica (má higiene, tártaro, mau posicionamento dental, 
aparelho ortodôntico fixo) 
Presença dos fibroblastos nessa lesão. Mas, 
diferentemente dos granulomas e da lesão 
periférica de células gigantes, esse 
fibroblasto produz tecido ósseo e pode 
formar tecido mineralizado semelhante ao 
cemento e não fibras colágenas. 
 
Radiograficamente: possível enxergar 
pontos radiopacos. 
40 
 
 
• Classificação das Origens 
- Inflamatória: relacionada à presença do processo inflamatório, que estimula o crescimento do 
tecido + fator irritativo local / má higiene, tártaro, mau posicionamento do dente e aparelhos 
ortodônticos. Pode apresentar dentes apinhados ou girovertidos, que dificultam a higienização. 
Como característica, possui aumento gengival localizado associado com uma área avermelhada. 
 
- Hereditária: manifesta-se nos primeiros 5 anos de vida, são múltiplos aumentos teciduais nas 
papilas gengivais e massas gengivais que recobrem a coroa dos dentes envolvidos. Esse aumento 
gengival é generalizado, de coloração semelhante à mucosa porque não há fator irritativo local. 
Muitas vezes há necessidade (dependendo do processo / espessura / crescimento) de gengivectomia 
ou gengivoplastia. Podem ocorrer recidivas, dependendo dos fatores predisponentes. 
 
- Anatômica: é caracterizada por aumento gengival na tuberosidade maxilar e na região posterior 
da mandíbula. Acontecem em sítios específicos da cavidade bucal. Podem interferir na mastigação e 
fonação. Muitas vezes esses aumentos são representativos. Possui característica hereditária. 
 
- Medicamentosa: está associada ao uso de medicações (defenil – hidantoína / bloqueadores de 
canais de cálcio e ciclosporinas) e fator irritativo local (placa / cálculo). A medicação + fator individual 
+ processo inflamatório local, juntos, desencadeiam a doença (tripé = deve estar presente no uso das 
3 medicações para que esse tipo de fibrose se desenvolva). Também podem ocorrer recidivas, sendo 
o tratamento bem complexo. 
 
Histologicamente 
• Proliferações fibroblásticas com deposição de fibras colágenas 
 
• Componente inflamatório variável ou não, dependendo da origem. 
 
• Anatômica: componente inflamatório menor 
 
• Inflamatória: componente inflamatório maior 
 
Tratamento 
• Profilaxia dental e remoção dos agentes irritativos locais 
• Remoção cirúrgica através de gengivoplastia ou gengivectomia 
• Possibilidade de troca dos medicamentos utilizados. 
41 
 
CAPÍTULO 7: NEOPLASIAS 
BENIGNAS 
 
Introdução 
• É um crescimento às custas de proliferação do tecido de forma lenta e desorganizada. 
• Podem ser de origem mesenquimal ou epitelial. 
• As benignas vem com sufixo OMA + tecido responsável pela origem 
• Epitelial: PAPILOMA 
• Mesenquimal: FIBROMA 
 
NEOPLASIAS DE ORIGEM EPITELIAL – REGIÃO DO EPITÉLIO. 
Papiloma 
• Oriegem: epitélio de revestimento da cavidade bucal 
• Origem virótica – HPV 6 e 11 
• Período de incubação de 3 a 12 meses 
• Lesão branca, verrucosa, exofítica e pediculada 
• Regiões: língua, lábios, palato mole < 1 cm 
• Assintomático 
• Tratamento: remoção cirúrgica conservadora 
• Diagnostico HPV: hibridização in situ, analise imunohistoquímica e reação de cadeia de 
polimerases. 
• Diagnostico do papiloma: biopsia excisional! 
• Aspecto de couve flor: superfície branca e pediculada. 
• Lesão fundamental: PÁPULA. 
Histologicamente 
• Presença de alteração na célula epitelial= coilócitos, que se dão às custas da 
invasão do vírus no interior da célula, modificando as características dessa mesma 
42 
 
célula (citoplasma amplo, núcleo voltado pra periferia e cromático, proliferação intensa do 
epitélio, projeção do epitélio de forma digitiforme) 
 
Condiloma Acuminado 
• Proliferação do epitélio escamoso estratificado 
• Doença sexualmente transmissível 
• Desenvolve em áreas de contato sexual (genitália / perianal / boca / laringe) 
• HPV 2,6,11,53 e 54 
• Lesão exofítica, rósea, bem delimitada, séssil e de superfície irregular 
• Aspecto papular 
• Diâmetro de 1 a 1,5 cm. 
• Tratamento: excisão cirúrgica. 
• Pode ocorrer em pacientes imunossuprimidos (mais freqüência) 
 
Hiperplasia Epitelial Focal – Doença de Heck 
• Proliferação do epitelial escamoso bucal 
• Associado a grupos étnicos (esquimós e indígenas) 
• HPV 13 e 32 
• Múltiplas pápulas de coloração semelhante a mucosa 
• Diâmetro de 0,3 a 1,0 cm 
• Tratamento: excisão cirúrgica para lesões únicas. 
• Lesões múltiplas: acido acético para queimar as lesões. 
 
 
 
43 
 
 
Nevo Pigmentado 
• Lesões constituídas de melanócitos que produzem melanina e manifestam 
clinicamente como pintas. 
 
• Lesão usualmente plana de pequeno diâmetro e coloração castanha ou marrom + 
circular. 
 
• Lábio, palato, gengiva e mucosa jugal 
• Juncional, intramucoso e composto 
• Nevo azul 
• Tratamento: remoção cirúrgica a partir de biopsia excisional 
• Pode apresentar esse pigmento mais no epitélio (nevo juncional)* 
• Pigmento abaixo do TC (nevo intra mucoso)* 
• Pigmento e células se proliferando (nevo composto)* 
 
• Problema: quando a lesão pigmentada começa a crescer e modificar, superfície 
sangrante com bordas irregulares (diagnostico diferencial - melanoma) 
 
Histologicamente 
• Proliferação das células névicas 
• 3 tipos de nevos: juncional / intramucoso / composto* 
 
 
 
 
 
44 
 
NEOPLASIAS DE ORIGEM MESENQUIMAL – TECIDO 
CONJUNTIVO 
 
Fibroma 
• Nódulo bem delimitado, séssil ou pediculado 
• Coloração semelhante à mucosa 
• Mucosa jugal, língua e labial 
• Tratamento cirúrgico + remoção do trauma (biopsia excisional) 
• Origem: proliferação de fibroblastos 
• Pode ser causada por trauma. 
 
Neurofibroma 
• Origem: fibroblastos do perineuro / tecido nervoso 
• Nódulo submucoso firme à palpação / indolor / crescimento lento 
• Língua, mucosa jugal e vestíbulo 
• Doença de Von Recklinghausen 
• Tratamento: cirúrgico 
• Transformação maligna é rara. 
• O nódulo do neurofibroma está para dentro da mucosa 
 
• Múltiplos neurofibromas: acometem região de pele, chamada de doença de Von Recklinghausen 
ou Neurofibromatose, doença autossômica dominante. Eles podem se transformar em 
neurofibrossarcoma (manchas marrom – claro) 
 
Hemangioma 
• Neoplasia caracterizada pela proliferação de vasos 
• Normalmente congênito 
• Tamanho e forma variável 
• Cor vermelho – azulada 
• Tipos histológicos: capilar, cavernoso e celular 
Cavernosos: vasos de grande calibre 
Capilares: vasos de pequeno calibre 
Celular: proliferação de células 
endoteliais 
 
45 
 
• Tratamento: expectante, cirúrgico e agentes esclerosantes. 
• Pode ser visualizada a formação de manchas e lesões no nascimento = hamartoma. 
• Quanto mais extensa a lesão, pior é para tratar. 
• Exames complementares: diascopia / cintilografia de hemácia marcada 
 
• Síndrome de Sturge – Weber 
É caracterizada por manchas vinho do porto, que acontece na hemi face, acompanhando o nervo 
trigêmeo (pode ser o maxilar, mandibular ou oftálmico). Pode ter envolvimento em região do cérebro 
(leptomeninge). Não tem como tratar. 
 
Linfangioma 
• Proliferação dos vasos linfáticos 
• Crescimento difuso com superfície irregular e moriforme 
• Coloração rósea 
• Vasos dilatados próximos ao epitélio e com endotélio 
• Em área de trauma – gera ulcerações e infecções 
• Tratamento cirúrgico 
• Muito comum em região de língua 
 
• Crianças podem nascer com esse tipo de alteração, podendo acometer região de pescoço 
(Higroma Cístico) – múltiplos linfogiomas. 
 
Lipoma 
• Neoplasia caracterizada por presença de tecido adiposo 
• Incomum em cavidade bucal 
• Nódulo pediculado ou não / submucoso. 
• Indolor 
• Coloração amarelo ou rosa 
• Mucosa jugal, língua, lábio e assoalho bucal 
Característica muito comum são os vasos 
linfáticos bem próximos ao epitélio. Como a 
língua é um órgão comum de trauma, pode 
gerar dor e infecções. 
46 
 
• Envolvimento por uma cápsula fibrosa (facilita a excisão) 
• Tratamento: excisão cirúrgica conservadora. 
• O lipoma fica boiando no frasco de formol 
 
Histologicamente 
• Proliferação de células gordurosas maduras (lipócitos) 
• Circunscritas por fina cápsula fibrosa 
 
CAPÍTULO 8: DESORDENS POTENCIALMENTE 
MALIGNAS 
Introdução 
Conceito: são alterações nos tecidos normais da boca que podem ou não serem 
precursoras de neoplasias malignas, sendo a neoplasia maligna mais comum, o 
carcinoma epidermóide. 
Câncer: somente maligno. Neoplasia: benigna ou maligna 
 
Condições Cancerizáveis 
• Alterações imunológicas 
• Síndrome de Plummer – Vinsen 
• Xeroderma Pigmentoso 
 
Síndrome de Plummer 
• Caracterizada por disfagia / anemia ferropriva / glossite atrofica / queilite angular / 
membrana esofágica 
 
• Incidência em mulheres após a menopausa 
 
47 
 
• Afecção rara mas que deve ser acompanhada de perto pelo potencial de 
malignização 
 
 
Xeroderma Pigmentoso 
• É uma doença genética caracterizada pela deficiência nos mecanismos de reparo de 
determinados danos que ocorrem no DNA, particularmente aqueles induzidos pela 
radiação UV. 
 
 
 
DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNAS 
• Leucoplasias / Eritroplasias / Queilite Actiníca 
 
Leucoplasia 
• Placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clinica ou patologicamente 
como nenhuma outra lesão (OMS 2005) 
 
• Diagnóstico: realizar o exame anatomopatológico / diagnostico por exclusão. 
 
Características clínicas 
• Incidência 
 
• Pacientes maiores de 40 anos 
 
• Predileção por homens 
 
• Transformação maligna varia de acordo com a apresentação clinica 
 
• Placa ou mancha branca 
 
48 
 
• Localizada: borda lateral e ventre de língua / assoalho / mucosa alveolar / lábio / 
palato mole / gengiva inserida. 
 
• Forma homogênea 
 
• Forma não homogênea 
 
• Não pode ser maligna 
 
Agentes etiológicos Características Histológicas 
• Tabaco - Acantose 
• Álcool - Hiperqueratose 
• Sanguinária - Atipia 
• Radiação UV 
• Microrganismos (treponema pallidum) 
• Agentes biológicos 
• Dieta 
 
Leucoplasia Verrucosa Proliferativa 
• Mulheres 
• Idade mais avançada 
• Começa com foco pequeno e vai aumentando 
• Histologicamente vão progredindo ate se transformar em carcinoma invasivo 
• Pacientes não fumantes 
• Aspecto de couve flor, irregular e não plana 
• Esbranquiçada 
• Tratamento: remoção cirúrgica enquanto houver displasia 
 
 
 
49 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COM: 
• Estomatite Nicotínica 
- Uso prolongado de tabaco / cigarro / narguilé 
- Palato duro e mole 
- Pápulas com centro avermelhados 
- Interrupção do fumo 
- Tratamento: interrupção do fumo 
 
• Linha Alba 
- É uma linha branca ondulada 
- Mucosa jugal / oclusão 
- Causada por bruxismo ou pressão negativa oral 
- Bilateral / não requer tratamento 
 
• Nevo Branco Esponjoso 
- Lesões brancas esponjosas, pregueadas 
- Padrão bilateral e simétrico 
- Mucosa jugal / labial 
- Padrão autossômico dominante 
 
• Leucoedema 
50 
 
- Variação comum 
- Raça negra 
- Bilateral 
- Edema intracelular OBS: livro Neville – Estomatologia 
 
SISTEMA DE GRADUAÇÃO DAS DISPLASIAS 
• Terços da camada basal 
• Presença de atipia 
• Graus: leve, moderada e severa 
• Carcinoma in situ 
 
 
AlteraçõesEpiteliais Arquiteturais 
• Estratificação irregular 
• Inversão da polaridade (núcleo voltado para epitélio) 
• Projeção em gota 
• Aumento do n° de mitoses (1 mitose = aumento do n° de mitose) 
• Mitoses em camadas altas do epitélio 
• Queratinização prematura das células (maturação errada) 
• Presença de perola córnea nas projeções epiteliais 
 
SISTEMA BINÁRIO 
• Critérios arquiteturais e citológicos da OMS 
• Baixo risco: menos de 4 alteracoes arquiteturais e menos de 5 variações celulares 
• Alto risco: 4 alterações arquiteturais e mais de 5 variações celulares. 
51 
 
 
Transformação maligna 
• Sexo / idade 
• Leucoplasia em pacientes não fumantes 
• Tempo 
• Localização 
• Atipia celular 
 
Características clinicas 
- Homogêneas espessas 
- Granular ou verruciforme 
- Eritroleucoplasias 
- Displasia moderada 
- Displasia severa 
 
OBS: o critério adotado para o potencial de malignização de uma lesão leucoplásica 
baseia-se na presença de atipia epitelial e sua graduação. Diagnóstico: eliminação de 
possíveis causas / biopsia. 
 
 
 
Azul de Toluidina 
• Objetivo: corar o material nuclear de células neoplásicas 
• Bochechos com água por 20s 
• Bochecho com acido acético a 1% por 20s 
• Secagem da área com gaze ou algodão 
• Aplicação da solução de azul de toluidina nas áreas suspeitas 
• Bochecho com acido acético a 1% por 20s 
• Bochecho com água por 20s 
52 
 
 
Tratamento das Leucoplasias 
- Excisão cirúrgica 
- Eletrocautério 
- Crioterapia 
- Laser de CO2 
- Vitamina A 
 
ERITROPLASIA 
• Placa ou mancha vermelha que não pode ser caracterizada clinica ou 
patologicamente como nenhuma outra lesão de origem física / inflamatória 
 
• Agentes etiológicos: tabaco e álcool 
 
Características clinicas 
• Lesão avermelhada, plana, textura macia bem delimitada, contorno irregular 
• Lesão infreqüente 
• Paciente de meia idade / idosos 
• Sem predileção de gênero 
• Assintomática 
• Localização: assoalho / borda de língua / mucosa jugal / palato mole 
• Forma homogênea: atipia severa 
• Forma intercalada: eritroleucoplasia 
• Forma mosqueada: grânulos brancos 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA ERITROPLASIA 
53 
 
• Candidose eritematosa 
• Líquen plano erosivo 
• Hematoma 
• Hemangioma 
• Sarcoma de Kaposi 
 
Características Histológicas da Eritroplasia 
• 90% apresentam atipia epitelial / carcinoma in situ ou epidermóide 
 
Tratamento: excisão cirúrgica / radioterapia 
 
QUEILITE ACTÍNICA 
• Alteração tecidual em lábio inferior causada por excessiva exposição a radiação UV 
• Paciente de pele clara 
• Exposição ao sol 
• Maior incidência em homens 
• Mutações no gene supressor de tumor P53 
• Transformação maligna 10% 
• Lábio inferior ressecado + edema + placa branca ou vermelha 
• Ulcera, fissura e crostas 
• Perda do limite entre lábio e pele 
Diagnostico diferencial: com o ceratoacantoma // carcinoma epidermóide 
 
Característica Histológica 
• Hiperplasia 
• Atrofia 
• Atipia epitelial 
54 
 
• Degeneração basofílica do colágeno (elastose solar) 
• Infiltrado inflamatório mononuclear. 
 
Tratamento da Queilite 
• Vermelhectomia (remoção de todo lábio do paciente) 
• Eliminar a exposição do sol 
 
LÍQUEN PLANO 
• Doença dermatológica crônica que frequentemente acomete a boca 
• Potencial de transformação maligna = bem discutível 
• Mais presente na forma erosiva 
 
Características clinicas – forma erosiva 
• Sintomática 
• Lesões atróficas / eritematosa / ulcerada 
• Gengivite descamativa (penfigoide benigno de mucosa e pênfigo vulgar) 
 
Característica clinica – forma reticular 
• Assintomática 
• Acomentimento bilateral 
• Mucosa jugal, borda lateral de língua e gengiva 
• Estrias de Wickham 
 
55 
 
Característica Histológica 
• Perda de nitidez da camada basal 
• Infiltrado inflamatório disposto em banda junto ao epitélio 
• Hiperqueratose 
 
Tratamento 
• Quando necessária, a terapêutica é realizada por meio do uso de corticoterapia 
local ou sistêmica. 
Dificuldades: possibilidade de recorrência pós – tratamento (cancerização de campo) / biopsia não 
representativa. 
 
 
 
 
CAPÍTULO 9: CÂNCER DE BOCA 
Epidemiologia do Câncer de boca 
• 95% carcinoma epidermóide - epitélio da mucosa oral (+ comum) 
• 5% outros (carcinoma de glândula salivar / sarcomas / osteossarcomas) 
• Pacientes acima de 50 anos 
• Predominância do sexo masculino 3:1 
• Pacientes fumantes e etilistas. 
 
 
 
Manejo do paciente: o prognostico não 
vai ser igual para todos os pacientes. Vai 
depender da idade, localização, 
imunodeficiência e biopsia. 
56 
 
Fatores de Risco 
Fumo 
• Cigarros, charutos, narguilé, cachimbo, mascar tabaco 
• 20 cigarros por dia possui risco 10 vezes maior 
• 60 substancias carcinógenas (alcatrão, nitrosamina, benzopirenos, amina 
aromática). São substancias presente em cigarros e derivados que atuam sobre o tecido epitelial, 
modificando os gens. 
 
Álcool 
• Efeito sinérgico ao fumo (potencializa o risco – 24 vezes maior para o 
desenvolvimento de câncer) 
 
• Uso isolado: 2,5 vezes maior 
 
• Mecanismos de ação: 
- Efeito local pelo contato 
- Age como solvente dos carcinogenos presentes no tabaco 
- Enzimas microssomais que ativam os carcinógenos 
- Dano produzido pelo etanol e seus metabolitos 
- Deficiência nutricional associada ao alcoolismo. 
 
 
 
 
57 
 
Fatores Físicos – Mecânicos 
• Radiação UV: fator de risco importante dependendo do tempo de exposição, 
intensidade e quantidade de pigmentação do tecido. Promovem falha no reparo do 
DNA,levando erro de transcrição. 
 
• Calor: aumento da temperatura da mucosa oral e efeito sinérgico com a 
carcinogênese química – uso de cachimbo leva a um aumento da incidência de 
câncer de lábio. 
 
• Traumatismos crônicos: possui pouca fundamentação experimental ou 
epidemiológica como fator mutagênico. 
 
Vírus 
• HPV: encontrado em 33 a 50% dos carcinomas epidermóides da boca 
• HPV 6 ,16 e 18 
• Mecanismo de ação: bloqueiam os genes supressores de tumor 
 
Características Clínicas dos Carcinomas 
• Ulcera com fundo necrótico e bordas elevadas (crescimento endofítico) 
• Aspecto verrucoso (crescimento exofítico) 
• Áreas leucoplásicas ou eritroplásicas 
• Fase inicial: assintomático 
• Invasão de estruturas adjacentes = causa dor em lesões extensas 
• Metástase em linfonodos 
- 21% apresentam metástase no momento do diagnostico 
- Linfonodo duro, rígido e de tamanho maior. 
Câncer de língua em borda pode gerar 
dor no ouvido. Isso acontece por causa 
do nervo corda do tímpano. 
58 
 
 
Localização Anatômica 
• Borda de língua 
• Lábio inferior 
• Assoalho de boca 
• Gengiva 
• Palatos 
Carcinoma: apresenta como principal característica uma metástase loco regional (linfonodo duro, fixo 
e indolor). Normalmente podem infiltrar o tecido ósseo, necessitando de mandibulectomia. 
 
 Diagnóstico diferencial Em Relação ao Carcinoma Epidermóide 
 Lesões Ulceradas com Destruição Tecidual 
 
• Paracoccidioidomicose 
• Tuberculose 
• Hanseníase 
• Histoplasmose 
• Sífilis 
• Sialometaplasia necrotizante 
• Granuloma letal mediano 
 
Obter o diagnostico através da realização de biopsia incisional e submeter a exame 
anatomopatológico. 
 
 
59 
 
Características Histológicas 
• Proliferação das células da camada espinhosa dispostas sob forma de ninho, cordão 
ou isoladas. 
 
• Invasão da lâmina própria e submucosa – tecido conjuntivo 
 
• Atipia epitelial (hipercromatismo, mitoses atípicas, pleomorfismo, queratinização 
epitelial ou perolas córneas) 
 
Sistema TNM de Classificação Clínica 
• T: tumor primário 
• N: linfonodos regionais 
• M: metástase a distancia 
TX: não pode ser avaliado 
T0: não há evidencia de tumor primário - Quanto maior o T pior o 
prognostico 
TIS: carcinoma in situ 
T1: tumor com2cm ou menor 
T2: tumor com + de 2 cm e até 4cm em sua maior dimensão 
T3:tumor com + de 4 cm 
T4: invade estruturas adjacentes 
 
 
NX: não podem ser avaliados 
60 
 
N0: ausência de metástase em linfodonos regionais 
N1: linfonodo único, homolateral com ate 3 cm 
N2:linfonodo entre 3 a 6cm de diâmetro 
- n2a: único e homolateral 
- n2b: múltiplo e homolateral - Quanto maior o N pior o 
prognostico. 
- n2c: bilateral 
N3: linfonodo com mais de 6cm de diâmetro. 
 
MX: presença de metástases que não podem ser avaliadas 
M0: ausência de metástase a distancia 
M1: metástase a distancia 
 
Estadiamento Clínico 
Estádio 0: TIS / N0 / M0 
Estádio 1: T1 / N0 / M0 Estádio 4: T4 / N0 / M0 
Estádio 2: T2 / N0 / M0 - qualquer T / n2 n3 / M0 
Estádio 3: T3 / N0 / M0 - qualquer t / qualquer N / M1 
 T1 / N1 / M0 
 T2 / N1 / M0 
 T3 / N1 / M0 
Tratamento: cirurgia / radioterapia / quimioterapia – o tratamento depende do T 
61 
 
CAPÍTULO 10: ONCOLOGIA 
 
Papel da Odontologia no Tratamento Oncológico 
• Cirurgia 
• Radioterapia 
• Quimioterapia 
 
Atuação do Dentista na Cirurgia 
• Profilaxia (adequar o meio) 
• Planejamento de próteses imediatas 
• Relação de dentes com enxertos 
• Amarrias e contenções dentárias 
• Conduta em caso de radioterapia seqüencial. 
 
Radioterapia 
• Modalidade de tratamento cujo agente terapêutico (radiação ionizante) é 
responsável pela morte celular ou pela perda da capacidade reprodutiva. 
 
• A radioterapia atinge tanto tecido sadio quanto tecidos neoplásicos. 
 
• Qual a localização em que haverá radiação // dosagem de radiação aplicada. 
 
• O dentista tem como papel nessa área, informar todas as alterações que podem 
acontecer com o paciente submetido. (efeitos deletérios) 
 
• Serão feitas de 28 a 30 aplicações, dependendo do tamanho do tumor. 
 
• Teleterapia: paciente deita em uma mesa com acelerador linear, que através da 
energia elétrica, desenvolve a radiação ionizante (campo externo) 
 
62 
 
• Braquiterapia: quando há radiação diretamente no local do tumor, com um 
aparelho que leva essa fonte radiativa até o tumor. (campo interno) – técnica da 
semente de ouro (são sementes radioativas implantadas no tumor). 
 
Conduta Odontológica Pré Radioterapia – Avaliar: 
• Dose e campo de radiação 
• Prognóstico oncológico (envolve glândula salivar / tecido ósseo?) 
• Condições sociais do paciente 
• Dispor de recursos para realizar o tratamento 
 
• Determinar os dentes no campo de radiação que não são passiveis de tratamento 
 
• Exodontias totais ou seletivas: incluir os dentes com bolsas de 5mm ou + em bi ou 
trifurcação e dentes com cáries avançadas. 
 
• Orientações quanto aos efeitos secundários da radioterapia 
 
• Examinar a cavidade oral e determinar a capacidade física e mental para tomar os 
cuidados do dia / dia. (efeitos imediatos ou tardios) 
 
Conduta Odontológica TRANS Radioterapia 
• Tratamento da mucosite 
• Alívio sintomático 
• Cuidados odontológicos. 
Paciente pode apresentar efeitos mediante a radioterapia como a mucosite 
(ulcerações na mucosa, eritema, gerando dor). Orientar quanto aos cuidados de 
higiene que o paciente deve ter durante o processo, podendo passar soluções anti 
inflamatórias. 
 
 
63 
 
Conduta Odontológica PÓS Radioterapia 
• Prevenção de cárie (cárie de radiação – rampante) 
• Tratamento conservador 
• Reabilitação protética. 
 
 EFEITOS IMEDIATOS DA RADIOTERAPIA 
• Mucosite 
• Alterações da microflora (aparecimento de Cândida albicans por causa da 
xerostomia) 
• Xerostomia 
• Perda de paladar (hipogeusia e disgeusia) 
• Radiodermite (processo inflamatório na pele) 
 
MUCOSITE 
• É conseqüência dos efeitos tóxicos da radioterapia e quimioterapia 
 
• Ocorre quando a dosagem de radiação for superior à 180 cGy/dia ou dose 
cumulativa superior à 1800 – 2000 cGy 
 
• Clinicamente: desconforto, eritema, edema e ulceração (evolução) 
 
• As células da mucosa oral tem grande capacidade de replicação (turnover) por isso 
pode sofrer efeitos dos dois tratamentos. 
 
• A radiação atua diretamente sob a mucosa e causam os efeitos diretamente no 
tecido, durante o processo de radioterapia. Terminadas as sessões, não há mais. 
 
Classificação das Mucosites 
• Graduação de acordo com os sinais e sintomas clínicos 
A Mucosite pode gerar: infecções locais ou 
sistêmicas, dor e desconforto, disfagia, 
desenvoltura de febre. Se esse quadro 
evoluir para grau III ou IV, pode gerar 
dificuldade para se alimentar, fazendo com 
64 
 
- 0: sem sinal clinico 
- I: mucosa esbranquiçada e desconforto 
- II: eritema com dor leve 
- III: pseudomembrana branca com dor moderada 
-IV: ulcerações com dor intensa 
 
Prevenção da Mucosite Tratamento da Mucosite 
• Avaliação odontológica prévia - Antifúngico / Clorexidina 
• Higiene oral adequada - Sulfato de alumínio 
• Profilaxia antimicrobiana local - Vitamina E 
• Laser de baixa potencia - Xilocaína gel a 2% 
• Bochecho com clorexidina sem álcool - Chá de Camomila 4-6 x / dia 
 
Métodos Não Farmacológicos 
• Crioterapia: beber água gelada / derreter gelo na boca 
• Laser de baixa potencia: estimula a reparação tecidual / apresenta efeito analgésico 
 
RADIODERMITE 
• Inflamação do tecido da pele, como se fosse queimadura 
• Paciente apresenta: eritema, edema, queimadura e prurido 
 
 
 
EFEITOS TARDIOS DA RADIOTERAPIA 
Sulfato de alumínio e vitamina E: agem reparado 
os tecidos ulcerados com ação anti inflamatória. 
Xilocaina: auxilia no controle da dor 
65 
 
 
XEROSTOMIA 
• Causada porque a radiação causa uma destruição dos ácinos da glândula salivar, 
serosos e mucosos, o que resulta na substituição por tecido mais fibroso, sendo 
irreversível. 
 
• Sua manifestação ocorre mais intensamente quando a dosagem de radiação 
cumulativa for superior a 4000 cGy 
 
• Alterações na quantidade e qualidade da saliva 
 
• Sua intensidade depende da dose e do campo irradiado. 
 
• Efeito acumulativo – depende da dosagem de radiação colocada sob o tecido 
glandular. 
 
• Mucosa ressecada, brilhante, com fissuras, ulcerações e saliva viscosa e espessa 
(quando presente). Podem apresentar infecções por cândida 
 
Tratamento 
• Lubrificação labial com vaselina ou manteiga de cacau 
• Gel umectante / saliva artificial 
• Gotas de suco de limão 
• Cloridrato de pilocarpina 2% (colírio) – 4 gotas 2x ao dia 
 
OSTEORRADIONECROSE 
• É uma das complicações mais graves da radioterapia. 
66 
 
• Mais comum em mandíbula e com doses cumulativas acima de 6000 cGy 
• Pode ser ocasionada por trauma local (próteses, exodontia,infecções locais) 
 
Alterações Celulares 
• Hipovascularização 
• Hipóxia 
• Hipocelularidade (pouca célula de defesa) 
• Endarterite Obliterante* 
• Podem ser ocasionadas necroses do tecido ósseo 
• Presença de bactérias anaeróbias 
*Fechamento da luz do vaso / diminuição do vaso – passa menos sangue, menos 
células de defesa e menos oxigênio. A resposta do tecido ósseo vai ser pequena, não 
cicatrizando. 
 
Tratamento 
• Clinico: irrigações com soluções anti – sépticas (clorexidina, água oxigenada e 
polvidine) 
 
• Medicamentoso: analgésico e antibióticos (clindamicina) 
 
• Cirúrgico: sequestrectomia, remoção dos tecidos necrosados e ressecções 
 
• Oxigenação hiperbárica*: produz aumento da tensão de oxigênio nos tecidos 
ósseos 
 
• Terapia de suporte 
A necrose pode evoluir ate gerar fratura 
do osso, podendo complicar a 
reconstrução do tecido 
 
67 
 
 
Oxigenação Hiperbárica* 
- Hiperoxigenação - Proliferação fibroblástica 
- Neovascularização - Aumento na formação óssea e 
mineralização 
- Bactericida / Bacteriostático 
Indicações: osteorradionecrose / extrações / reconstruções maxilofaciais / implantesProtocolo: 20 sessões antes da cirurgia / 10 sessões após a cirurgia / pressão de 2 a 2.4 ATM 
 
CÁRIE DE RADIAÇÃO 
• Ocorre devido ao efeito da radiação nos tecidos dentários 
• Evolução rápida 
• Inicia-se na região cervical dos dentes, com áreas de calcificações 
• Pode ocorrer amputação da coroa 
• O elemento dental fica muito amolecido e quebradiço 
• Coloração na cervical enegrecida / preta 
• Apresenta dor intensa 
• Os pacientes devem ser muito bem orientados: utilizar dentifrícios com flúor / 
moldeiras 
 
Tratamento 
• Restaurador 
• Amputação da coroa dos dentes destruídos (cortar a coroa e tratar o canal) 
• Orientação de higiene e evidenciação de placa bacteriana 
• Acompanhamento freqüente 
• Gel de fluoreto de sódio a 1 – 2% neutro 1x / dia por 5 a 10 minutos 
 
68 
 
TRISMO 
• Dependem da dose e local irradiado 
• Fibrose dos músculos da mastigação 
• A radiação ocasiona fibrose da cápsula da ATM 
• Radiação que envolve a ATM / abertura e fechamento de boca. 
 
Tratamento 
• Fisioterapia 
• Relaxantes musculares 
• Próteses radíferas, são confeccionadas para auxiliar na aplicação de braquiterapia 
 
 
QUIMIOTERAPIA 
• Mucosite 
• Xerostomia 
• Hemorragia 
 
Efeitos Tardios 
• Distúrbios de desenvolvimento 
• Distúrbios de odontogênese 
- Nanismo radicular 
- Fechamento prematuro dos canais 
- Microdontia 
- Hipodontia 
69 
 
- Taurodontismo 
- Calcificação incompleta 
- Dilaceração radicular 
 
OSTEONECROSE 
• Definição: exposição óssea / osso necrótico (necrose avascular) 
 
• Etiologia: trauma e uso de medicações que interferem no processo de cicatrização 
do osso 
 
• Medicação mais comum: bisfosfonato (utilizada em pacientes com osteoporose). 
Atua inibindo a ativação dos osteoclastos. 
 
Bisfosfonatos 
• Unem-se a hidroxiapatita do osso 
• Excretado pela urina 
• Fatores inibidores da atividade osteoclástica (reabsorção óssea) 
• Altera a remodelação e deposição óssea fisiológica 
 
São utilizados nos tratamentos de: 
- Osteoporose - Hipercalcemia - Doença de Paget - Mieloma 
- Tumores sólidos metastáticos nos ossos (mama, pulmão e próstata) 
 
Fatores de Risco 
• Natureza da droga 
70 
 
• Via de administração (endovenosa / oral) 
• Duração do tratamento 
• Pacientes fumantes e etilistas 
• Diabetes 
• Grau de imunossupressão 
• Uso de outras medicações (quimioterapia e corticosteróide) 
• BFS podem ficar no osso de 5 a 10 anos 
 
Fatores Locais que podem desenvolver Osteonecrose 
• Estado de saúde oral 
• Presença de infecção 
• Cirurgias orais: extrações, periodontal, endodontica, prótese mal adaptada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
71 
 
CAPÍTULO 11: PATOLOGIAS ÓSSEAS 
Introdução 
 
• As patologias ósseas estão relacionadas com infecções do tecido ósseo. 
• Há alguns fatores que podem influenciar na presença dessas patologias. 
• Medicamentos anti – reabsortivos, anti – angiogênicos e radioterapia. 
 
Infecções do Tecido Ósseo 
Osteomielite de Garré 
• Decorrente de infecções dentais em pacientes jovens 
• Localização: região posterior de mandíbula 
• Clinicamente: aumento volumétrico, duro, sintomatologia dolorosa 
• Radiografia: casca de cebola (lâminas de tecido ósseo) 
• Tratamento: endodôntico ou exodontia 
• Exame complementar: tomografia computadorizada 
 
Osteíte Condensante 
• É um quadro de opacificação do tecido ósseo 
• Associada a dentes com pulpite crônica 
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• Cicatrização do alvéolo de um dente extraído 
• O osso fica mais compacto 
• Não há tratamento 
 
Tórus 
• São crescimentos ósseos relacionados ao desenvolvimento 
• Crescimento ósseo benigno e assintomático 
• Palatino: mulheres, porção mediana do palato duro 
• Mandibular: região de pré molar na porção lingual, bilateral (+ comum) 
• Tratamento: remoção cirúrgica quando necessário para próteses. 
 
Exostose 
• Crescimento ósseo submucoso 
• São nodulares, solitários ou múltiplos 
• Assintomático 
• Mais frequente na porção posterior vestibular dos rebordos 
• Acomete maxila e mandíbula 
• Tratamento: remoção cirúrgica quando necessário para prótese. 
 
 
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Doença de Paget do Osso (não é de célula gigante) 
• Caracterizada por deposição e reabsorção anormal do osso 
• Clinicamente: crescimento lento, progressivo, consistência óssea (40 anos de 
idade) 
• Tratamento: sintomático / cirurgia cosmética. 
• Pode ser chamada de osteíte deformante. 
 
Cisto Ósseo Traumático 
• Etiologia controversa 
• É um pseudocisto porque não tem epitélio 
• Pacientes em 1ª e 2ª década de vida em mandíbula 
• Pode apresentar conteúdo hemorrágico / seroso quando fizer a punção 
• Clinicamente: assintomática com abaulamento ósseo 
• Radiografia: imagem radiolucida bem delimitada 
• Tratamento: cirúrgico drenagem 
 
Lesões de Células Gigantes 
• Todas as lesões de células gigantes possuem a mesma característica 
histológica: Presença de células gigantes multinucleadas, em estroma bastante 
vascularizado com células fusiformes. 
74 
 
 
• Diagnostico diferencial com lesões multiloculares. 
• O que vai diferenciar essas lesões: radiografia, características clínicas. 
 
Lesão Central de Células Gigantes 
• Origem controversa 
• Maior incidência em crianças e jovens 
• Clinicamente: lesão expansiva provocando deformidade óssea 
• Radiografia: imagem radiolúcida multilocular 
• Tratamento: cirúrgico 
 
Querubismo 
• Doença hereditária autossômica dominante 
• Ocorre em crianças 
• Clinicamente: aumento volumétrico, mandíbula e maxila, uni ou bilateral 
• Diagnostico diferencial: LCG, tumor marrom 
• Conduta: expectante / cirurgia cosmética 
 
 
75 
 
Tumor Marrom 
• É decorrente do hiperparatireoidismo primário ou secundário 
• Clinicamente: lesão radiolúcida, expansiva, desaparece a lâmina dura 
• Histologia: semelhante a lesão de células gigantes 
• Tratamento: hormonal ou cirúrgico (glândula paratireoide) 
 
 
DICAS DA GI: 
Muita gente tem em mente que as lesões odontológicas são parecidas em alguns aspectos. Em 
patologias ósseas, uma dica que posso dar e que me ajudou muito, é ver o aspecto radiográfico, que 
difere de uma lesão para a outra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 
 
 
CAPÍTULO 12: LESÕES FIBRO – ÓSSEAS 
 
Tudo Introdução 
• As lesões fibro – ósseas são grupos caracterizados pela substituição de um 
tecido ósseo normal por um tecido fibro – ósseo. 
 
• A imagem radiográfica pode ser radiolúcida com radiopacidade (imagem 
mista). A radiopacidade depende do momento da formação do tecido fibro – 
ósseo. 
 
Displasia Fibrosa 
• Causa aumento importante do tecido ósseo 
• Pode ser Displasia Fibrosa Monostótica ou Poliostótica 
• É uma lesão de crescimento lento onde o osso começa a ter a mudança em 
relação a sua característica inicial. O crescimento é progressivo. 
 
Características 
• Doença que acomete jovens e crianças durante o crescimento ósseo 
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• Clinicamente: aumento volumétrico de consistência óssea 
• Radiografia: imagem mista e difusa (aspecto de vidro despolido) 
• Conduta: conservadora / cirurgia cosmética 
• Histologia: tecido fibroso que forma osso imaturo. 
• Exames complementares: cintilografia óssea e tomografia 
 
Displasia Cleidocraniana 
• É caracterizada por hipoplasia / aplasia da clavícula 
• Paciente apresenta anormalidades crânio – faciais 
• Presença de dentes supranumerários e retardo na erupção. 
• Pode ser chamada de Disostose Cleidocraniana 
• Tratamento: dentário com ortodontia, acompanhamento da erupção dos 
dentes. 
 
Osteoma 
• É um tumor benigno ósseo (é raro em maxila) 
• Maior incidência em adultos jovens 
• Acomete a mandíbula 
• Clinicamente: crescimento lento e assintomático 
• Acomete: corpo e ângulo de mandíbula 
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• Radiografia: imagem radiopaca bem delimitada 
• Exame complementar: colonoscopia 
• Tratamento:

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