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noções de Direito Civil
tj-sc
LINDB
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NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
LINDB
Prof. Dicler Forestieri 
www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
1. Apresentação .........................................................................................3
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro – LINDB ...............................8
2. Considerações Iniciais .............................................................................8
3. Vigência e Eficácia da Norma ..................................................................11
4. Revogação da Norma ............................................................................17
5. Conflito de Normas no Tempo .................................................................21
6. Preenchimento da Lacuna Jurídica ...........................................................24
7. Princípio da Obrigatoriedade ...................................................................28
8. Conflitos de Norma no Espaço ................................................................28
9. Critérios de Hermenêutica Jurídica ..........................................................30
10. Estatuto de Direito Internacional Privado ................................................32
Questões de Concurso ...............................................................................35
Gabarito ..................................................................................................57
Questões Comentadas ...............................................................................58
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NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
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Prof. Dicler Forestieri 
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1. Apresentação
Querido(a) aluno(a), meu nome é Dicler Forestieri Ferreira e atualmente minis-
tro aulas presenciais e a distância de Direito Civil, Direito Penal e Legislação Tribu-
tária Municipal em diversos cursos do Brasil.
Ocupei, por mais de nove anos, o cargo de Auditor-Fiscal Tributário do Muni-
cípio de São Paulo (ISS-SP). Fui aprovado em SP, no concurso de 2006, e entrei 
em exercício no ano 2007. Antes desse concurso, também exerci o cargo de Audi-
tor-Fiscal de Tributos do Estado da Paraíba (ICMS-PB – concurso em 2006) e fui 
oficial da Marinha do Brasil durante doze anos e meio, além de ter sido aprovado 
em 6º lugar para o concurso de Auditor-Fiscal de Tributos do Estado do Rio Grande 
do Sul (ICMS-RS – 2006).
Após algum tempo somente dando aulas, retomei os estudos e recentemente fui 
aprovado em 16º lugar no TCE-AM, em 2015 (Auditor Substituto de Conselheiro), 
e em 2º lugar no TCM-RJ (Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro), em 
2015/2016 (Conselheiro Substituto), cargo que ocupo atualmente.
Por ter sido aprovado em alguns excelentes concursos, creio ter condições 
de lhe dizer qual a melhor forma para conseguir tal sucesso. Entretanto, nem 
só de glórias é feita a vida de um “concurseiro”, pois também fui reprovado em 
outros treze concursos. Ou seja, creio que também sei o que não deve ser feito 
para ser reprovado.
Além de ter escrito dois livros de Direito Penal, sou coautor de dois livros de 
questões comentadas de Direito Civil, um da banca CESPE/UnB e outro da Funda-
ção Carlos Chagas.
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Com isso, espero poder ajudá-lo(a) nessa árdua caminhada que é a preparação 
para concursos públicos.
A respeito do concurso para o TJ-SC (cargo Técnico Judiciário Auxiliar), cujo 
edital foi publicado em 16/04/2018, sob a responsabilidade da banca organizadora 
Fundação Getúlio Vargas (FGV), eu faço as seguintes considerações:
Conteúdo Programático de Direito Civil – TJ-SC 2018 (Técnico Judiciário 
Auxiliar): Lei de introdução às normas do Direito brasileiro. Vigência, aplicação, in-
terpretação e integração das leis. Conflito das leis no tempo. Eficácia da lei no espaço. 
Pessoas naturais. Existência. Personalidade. Capacidade. Nome. Estado. Domicílio. Di-
reitos da personalidade. Pessoas jurídicas. Disposições gerais. Domicílio. Associações e 
fundações. Bens públicos. Prescrição: disposições gerais. Decadência.
O conteúdo de Direito Civil neste concurso é relativamente pequeno. Dessa for-
ma, vamos estudar para poder sobrar tempo para as demais disciplinas.
Divisão das Aulas de acordo com o Conteúdo Programático
O nosso curso será dividido da seguinte forma:
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Aula Conteúdo
1 Lei de introdução às normas do Direito brasileiro. Vigência, aplicação, interpre-
tação e integração das leis. Conflito das leis no tempo. Eficácia da lei no espaço.
2 Pessoas naturais. Existência. Personalidade. Capacidade. Nome. Estado. Domicí-
lio. Direitos da personalidade.
3 Pessoas jurídicas. Disposições gerais. Domicílio. Associações e fundações.
4 Bens públicos.
5 Prescrição: disposições gerais. Decadência.
Característica das Questões de Direito Civil Elaboradas pela Banca FGV
Atualmente, considero a FGV, juntamente com a FCC e o CESPE, as três maiores 
bancas organizadoras de concursos do país.
Essas três bancas, na disciplina Direito Civil, cobram questões que se alternam 
em letra de lei ou pequenos casos práticos.
Veja uma questão da banca FGV que cobrou a literalidade do Código Civil:
(FGV/ISS-RECIFE-PE/AUDITOR-FISCAL/2014) O Código Civil pátrio estabelece que a 
menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à práti-
ca de todos os atos da vida civil. No entanto, é possível que a incapacidade cesse antes 
dos 18 anos, elencando o Código Civil as situações em que isso pode ocorrer.
Assinale a opção que apresenta uma situação que não é elencada pelo Código Civil 
como autorizadora de tal situação.
a) Casamento.
b) Colação de grau em curso superior.
c) Estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de empre-
go, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha 
economia própria.
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d) Concessão dos pais ou de um deles, na falta de outro, mediante instrumento 
particular, independentemente de homologação judicial.
e) Exercício de emprego público efetivo.
Letra d.
A resolução é dada pelo art. 5º do CC:
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilita-
da à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido 
o tutor, seo menor tiver dezesseis anos completos; (letra D)
II – pelo casamento; (letra A)
III – pelo exercício de emprego público efetivo; (letra E)
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior; (letra B)
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia 
própria. (letra C)
Ou seja, a letra d trocou, erroneamente, a palavra “público” por “particular”.
Para que possamos fazer uma comparação, vamos ver outra questão da FGV, 
sobre o mesmo assunto, que cobrou um caso prático.
(FGV/DPE-RO/ANALISTA JURÍDICO/2015) Vivian, dezesseis anos de idade, con-
traiu matrimônio com Eduardo, mediante autorização expressa de seus pais.
É correto afirmar que, em decorrência exclusiva do casamento, Vivian:
a) passa a ser civilmente responsável pelos danos que vier a causar a terceiro;
b) permanece relativamente incapaz, adquirindo a plena capacidade tão somente 
quando completar dezoito anos de idade;
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c) torna-se plenamente capaz para a prática dos atos civis, em decorrência da 
emancipação;
d) equipara-se a uma pessoa de dezoito anos de idade, passando a exercer todos 
os direitos e a arcar com todos os deveres de uma pessoa dessa idade;
e) permanece relativamente incapaz, adquirindo a plena capacidade tão somente 
quando completar vinte e um anos de idade.
Letra c.
De acordo com o art. 5º, II, do CC, reproduzido na questão anterior, temos que o 
casamento é uma forma de emancipação que, consequentemente, antecipa a ca-
pacidade civil plena para Vivian.
Para concluir a nossa apresentação, ao longo de nossas aulas teremos questões 
de diversas bancas, em especial da FGV, da FCC e do CESPE, de modo a alternar-
mos questões que cobram a literalidade da lei e que apresentam casos práticos.
Bons estudos!
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LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO
BRASILEIRO – LINDB
2. Considerações Iniciais
Com o advento da Lei n. 12.376, de 30 de dezembro de 2010, a ementa 
do Decreto-Lei n. 4.657, de 04 de setembro de 1942, passou a vigorar com a 
seguinte redação: LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASI-
LEIRO – LINDB, não devendo mais ser utilizada denominação Lei de Introdu-
ção ao Código Civil – LICC.
A alteração da ementa do Decreto-Lei n. 4.657/1942 teve a intenção de aper-
feiçoar sua redação, deixando expresso o entendimento já consolidado de que a 
norma se aplica a todo o Direito pátrio, e não apenas ao Código Civil.
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro representa o Decreto-
-Lei n. 4.657/1942, ou seja, não é parte integrante do Código Civil (CC) – Lei n. 
10.406/2002. O CC cuida de tratar das relações de ordem privada, a LINDB não.
As principais características da LINDB são:
•	 ser um conjunto de normas sobre normas, pois é uma lei que disciplina 
outras normas jurídicas, assinalando a maneira de aplicação e entendi-
mento, sendo chamada de lei das leis (lex legum);
•	 ser aplicável a todos os ramos do Direito, não apenas ao Direito Civil; e, 
por ultrapassar em muito o âmbito do Direito Civil, podemos afirmar que os 
dispositivos deste diploma legal contêm normas de sobre Direito.
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A LINDB disciplina os seguintes assuntos:
1) vigência e eficácia das normas jurídicas;
2) conflito de leis no tempo;
3) conflito de leis no espaço;
4) critérios de hermenêutica jurídica (interpretação);
5) critérios de integração do ordenamento jurídico; e
6) normas de Direito Internacional Público e Privado.
Abordaremos cada um desses assuntos durante esta aula.
Sabendo que a lei é o objeto de estudo da LINDB, vale a pena enumerarmos as 
suas características:
a) Generalidade ou Impessoalidade: a lei se dirige a todos indistinta-
mente. A exceção é a lei formal ou singular, que se aplica apenas a uma 
pessoa. Exemplo: uma lei criada para dar pensão a uma pessoa pública 
que esteja passando dificuldades. A doutrina afirma que é um ato admi-
nistrativo com forma de lei.
b) Obrigatoriedade e Imperatividade: o descumprimento da lei autoriza 
a aplicação de uma sanção.
c) Permanência ou Persistência: a lei não se esgota em uma única aplicação.
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d) Autorizante: se a lei for violada, o ofendido pode pleitear uma indeniza-
ção por perdas e danos caso tenha sofrido um prejuízo em virtude da lei. 
É aqui que a lei se distingue das normas sociais, que, se violadas, não 
ensejam perdas e danos.
Segundo sua força obrigatória, as leis podem ser:
Lei Cogente ou Injuntiva: é a lei de ordem pública. É a que não pode ser modi-
ficada pela vontade das partes, nem mesmo pelo juiz. São imperativas ou proibitivas.
a) Lei cogente imperativa: é a que ordena um certo comportamento. 
Por exemplo, o comerciante não pode escolher para qual cliente vender a 
mercadoria.
b) Lei cogente proibitiva: é a que veda certo comportamento. Por exem-
plo, o Código Civil proíbe a doação universal, isto é, a doação de todos os 
bens sem que haja reserva do mínimo para sobreviver.
Leis Supletivas ou Permissivas: são as leis dispositivas, isto é, leis que pro-
tegem interesses particulares. Podem ser modificadas pela vontade das partes. É o 
caso da maioria das leis que disciplinam os contratos, em regra.
Por fim, a Lei de efeito concreto é a que produz efeitos imediatos. Como 
exemplo, temos uma lei que proíbe certa atividade. É a lei que, por si só, já produz 
o efeito desejado. Tal classificação é importante principalmente no que tange ao 
mandado de segurança. Em regra, não se pode impetrar mandado de segurança 
contra lei, porém, se for lei de efeito concreto, cabe mandado de segurança. Tam-
bém cabe ressaltar que o Supremo Tribunal Federal admite o controle de constitu-
cionalidade quando a lei for de efeitos concretos. Essa lei de efeitos concretos se 
assemelha aos atos administrativos, cujos efeitos são imediatos.
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3. Vigência e Eficácia da Norma
O art. 1º, caput, da LINDB consagra o princípio da vigência sincrônica:
Art. 1º Salvo disposiçãocontrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e 
cinco dias depois de oficialmente publicada.
Pelo princípio da vigência sincrônica entende-se que a obrigatoriedade da lei no 
país é simultânea, pois ela entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, 
quarenta e cinco dias após sua publicação, não havendo data estipulada para sua 
entrada em vigor.
Princípio da Vigência Sincrônica: a obrigatoriedade da lei no país é simultânea, 
pois ela entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, quarenta e cinco 
dias após sua publicação, não havendo data estipulada para sua entrada em vigor.
A vigência é um critério puramente temporal da norma, que vai desde o início 
da sua obrigatoriedade até a perda de sua validade. Nesse aspecto, não há que 
fazer qualquer relação com outra norma. A eficácia refere-se à possibilidade de 
produção concreta de efeitos pela norma. Quando classificada (segundo José Afon-
so da Silva) de acordo com a dependência de outras normas, podem ser:
a) Normas de eficácia plena: quando a eficácia é imediatamente concretizada;
b) Normas de eficácia limitada: quando a eficácia depende de outra norma; e
c) Normas de eficácia contida: quando a eficácia pode ser restringida 
por outra norma.
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É possível que a lei seja inválida (não esteja em vigência), mas tenha eficácia 
(produza efeitos). Para exemplificar tal situação, vamos viajar para o Direito Penal 
e analisar o art. 3º do Código Penal, que trata da aplicação da lei penal quando esta 
for excepcional ou temporária:
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º do CP A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua du-
ração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante sua vigência.
•	 Leis temporárias: são aquelas que contêm prazo (dia de início e dia do fim) 
de vigência previsto expressamente em seu corpo.
•	 Leis excepcionais: são as que vinculam o prazo de vigência a determinadas 
circunstâncias, como guerra, epidemia etc.
Esses dois tipos de leis possuem a ultratividade como grande característica. Por 
ultratividade devemos entender a capacidade de uma lei, após ser revogada (per-
der a vigência), continuar regulando fatos ocorridos durante o prazo em que esteve 
em vigor. Ou seja, ocorrendo um crime durante a vigência de uma lei excepcional 
ou temporária, mesmo após a lei não mais estar em vigor (falta de vigência), ela 
deverá ser utilizada no julgamento (ter eficácia).
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Continuando o estudo do art. 1º da LIDB, temos que:
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e 
cinco dias depois de oficialmente publicada.
§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, 
se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
§ 2º Revogado
[...].
O processo de nascimento de uma lei pode ser apresentado da seguinte forma:
1) edição;
2) processo legislativo;
3) sanção do Presidente da República;
4) publicação; e
5) vigência.
As fases de edição e do processo legislativo são estudadas pelo Direito Constitucio-
nal. Aqui começaremos o estudo na fase da sanção. Após a lei ser sancionada, deve 
haver a sua publicação para que as pessoas tomem conhecimento do seu conteúdo, 
e, consequentemente, o diploma legal irá adquirir vigência (validade), estando apto a 
produzir efeitos. Entretanto, o nascimento da lei se dá com a promulgação.
PROMULGAÇÃO ≠ PUBLICAÇÃO
Não podemos confundir a promulgação com a publicação, apesar de ambas 
constituírem fases essenciais da eficácia da lei.
A promulgação atesta a existência da lei, produzindo dois efeitos básicos:
a) reconhece os fatos e atos geradores da lei;
b) indica que a lei é válida, ou seja, que obedece aos requisitos formais.
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A promulgação das leis compete ao Presidente da República, conforme prevê 
o art. 66, § 7º, da Constituição Federal. Ela deverá ocorrer dentro do prazo de 48 
horas decorrido da sanção ou da superação do veto. Nesse último caso, se o Presi-
dente não promulgar a lei, competirá a promulgação ao Presidente do Senado Fe-
deral, que disporá, igualmente, de 48 horas para fazê-lo; se este não o fizer, deverá 
fazê-lo o Vice-Presidente do Senado, em prazo idêntico.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Pre-
sidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da 
República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este 
não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
A publicação constitui a forma pela qual se dá ciência da promulgação da lei 
aos seus destinatários. É condição de vigência e eficácia da lei.
Denomina-se vacatio legis o período de tempo que se estabelece entre 
a publicação e a entrada em vigor da lei. Nesse intervalo de tempo, a lei não 
produzirá efeitos, devendo incidir a lei anterior no sistema.
Existem três espécies de leis de acordo com o prazo de vacatio legis:
1) Lei com vacatio legis expressa: é a lei de grande repercussão, que, de 
acordo com o artigo 8º da Lei Complementar n. 95/1998, tem expressa dispo-
sição do período de vacatio legis. Como exemplo, temos a expressão contida 
em lei, determinando que a lei “entra em vigor um ano depois de publicada”.
LC n. 95/1998
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo 
razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em 
vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão.
2) Lei com vacatio legis tácita: é aquela que continua em consonância 
com o artigo 1º da Lei de Introdução ao Código Civil, ou seja, no silêncio 
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da lei, entra em vigor no país 45 dias depois de oficialmente publicada ou, 
no estrangeiro, quando admitida, três meses após a publicação oficial.
3) Lei sem vacatio legis: é aquela que, por ser de pequena repercussão, 
entra em vigor na data de publicação, devendo essa data estar expressa 
ao final do texto legal.
Segue esquema gráfico:
Durante o prazo de vacância, a lei nova ainda não produz efeitos, ou seja, ainda 
não tem vigência. Dessa forma, enquanto a lei nova não entrar em vigor, ela não será 
obrigatória e os atos praticados de acordo com a lei antiga serãoplenamente válidos.
A forma de contagem do prazo de vacatio legis é regulada pelo artigo 8º, § 
1º, da Lei Complementar n. 95/1998, incluindo o dia da publicação e o último 
dia na contagem do prazo.
LC n. 95/1998
Art. 8º
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de 
vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entran-
do em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.
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Para exemplificar, se uma lei for publicada no dia 2 de janeiro, estabele-
cendo prazo de quinze dias de vacância, ela entrará em vigor em qual dia?
No exemplo apresentado, a contagem do prazo de vacância (vacatio legis) inclui 
o dia 2 de janeiro e vai até o dia 16 de janeiro (15 dias), entrando a lei e vigor no 
dia subsequente (17 de janeiro). Seque quadro:
Contagem 
do dia do mês
2 3 4 5... 16 → Dia 17 
Contagem
da vacatio
1 2 3 4... 15 → Vigência no dia seguinte
O dia da publicação de uma lei está inserido na contagem do prazo de vacatio legis.
Finalizando o estudo do art. 1º da LINDB, temos:
Art. 1º [...].
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a cor-
reção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Se uma lei for publicada com erro substancial, acarretando divergência de in-
terpretação, então poderemos observar situações distintas por ocasião da correção 
de tal erro, dependendo de qual fase se encontra o processo de criação da norma:
1) correção antes da publicação: a norma poderá ser corrigida sem 
maiores problemas;
2) correção no período de vacatio legis: a norma poderá ser corrigida; no 
entanto, deverá contar novo período de vacatio legis para o texto corrigido;
3) correção após a entrada em vigor: a norma poderá ser corrigida me-
diante uma nova norma de igual conteúdo.
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Segue esquema gráfico:
Na hipótese 2, conforme explica a boa doutrina, haverá um novo prazo de va-
catio legis, apenas para a parte da lei que foi corrigida.
4. Revogação da Norma
É a hipótese em que a norma jurídica perde a vigência porque outra norma veio 
modificá-la ou revogá-la. A norma jurídica é permanente e só poderá deixar de 
surtir efeitos se a ela sobrevier outra norma que a revogue. O desuso não implica 
a perda da vigência da norma, e, sim, a perda de sua efetividade.
Quando classificada de acordo com a sua extensão, a revogação pode ser:
1) total (ab-rogação): quando toda a lei é revogada; ou
2) parcial (derrogação): quando apenas parte da lei anterior é revogada.
Por meio do art. 2º, caput, da LINDB, o legislador expressou o Princípio da Con-
tinuidade.
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Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a 
modifique ou revogue.
Dessa forma, em regra, as leis possuem efeito permanente, isto é, vigência por 
prazo indeterminado, excetuando-se as leis com vigência temporária, que possuem 
data certa para “morrer” (perder a vigência).
A lei orçamentária é um clássico exemplo de lei temporária, dessa forma, para 
que ocorra o fim de sua vigência, não é necessária outra lei, basta que transcorra 
o lapso temporal de um ano.
Tendo como base legal o art. 2º, § 1º, da LINDB, existem duas formas de revo-
gação de uma lei antiga por uma lei nova.
Art. 2º
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quan-
do seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que 
tratava a lei anterior.
São elas:
1) Revogação expressa ou direta: quando a lei indica os dispositivos que 
estão sendo por ela revogados.
2) Revogação tácita ou indireta: subdivide-se em dois tipos.
•	 Revogação tácita por incompatibilidade; e
•	 Revogação tácita global (quando uma lei nova regula inteiramente uma ma-
téria tratada por uma lei anterior).
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Sobre a revogação expressa ou direta, a LC n. 107/2001 deu nova redação à LC 
n. 95/1998, que ficou da seguinte forma:
LC n. 95/1998
Art. 9º A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposi-
ções legais revogadas.
Ou seja, de acordo com o dispositivo legal citado, o legislador não deve mais se 
valer daquela vaga expressão “revogam-se as disposições em contrário”.
Quando uma norma entra em conflito com outra, surge a antinomia. A antinomia 
pode ser de dois tipos: real ou aparente. Quando se tratar de uma antinomia real, 
a solução é a revogação da norma conflitante. Entretanto, quando se tratar de 
uma antinomia aparente, para a verificação de revogação das normas e solução 
de tais conflitos, três critérios, listados no quadro a seguir, devem ser utilizados:
CRITÉRIOS PARA A SOLUÇÃO DE UMA ANTINOMIA APARENTE
1) HIERÁRQUICO (lex superior derrogat legi inferiori): consiste em verificar qual das normas é 
superior, independentemente da data de vigência das duas normas (exemplo: um regulamento 
não poderá revogar uma lei, ainda que entre em vigor após esta).
2) ESPECIALIDADE (lex specialis derrogat legi generali): as normas gerais não podem revogar 
ou derrogar preceito ou regra disposta e instituída em norma especial.
3) CRONOLÓGICO (lex posterior derrogat legi priori): a norma que entrar em vigor posterior-
mente irá revogar a norma anterior que estava em vigor.
Dos três critérios acima, o cronológico é o mais fraco de todos, sucumbindo 
diante dos demais. O critério da especialidade é o intermediário e o hierárquico é o 
mais forte de todos.
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O art. 2º, § 2º, da LINDB consagra o princípio da conciliação.
Art. 2º
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, 
não revoga nem modifica a lei anterior.
De acordo com tal princípio, se uma lei não contraria outra já existente, então 
elas podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.
Princípio da conciliação: se uma lei não contraria outra já existente, então elas 
podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.Já o art. 2º, § 3º, da LINDB dispõe sobre a repristinação.
Art. 2º
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revoga-
dora perdido a vigência.
Pela leitura concluímos que a regra é a não restauração da norma, ou seja, 
a impossibilidade de uma norma jurídica, uma vez revogada, voltar a vigorar no 
sistema jurídico pela simples revogação de sua norma revogadora. O motivo dessa 
não restauração de normas é o controle do sistema legal, para que se saiba exata-
mente qual norma está em vigor.
Admite-se, no entanto, a restauração expressa da norma, ou seja, uma norma 
nova que faça tão somente remissão à norma revogada poderá restituir-lhe a vi-
gência, desde que em sua totalidade.
A seguir temos um esquema gráfico sobre a repristinação:
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Sendo a Lei A revogada pela Lei B e, posteriormente, a Lei B revogada pela Lei 
C, a Lei A irá “ressuscitar”? Ou seja, irá ocorrer a repristinação?
Resposta: caso a Lei C disponha expressamente sobre o “renascimento” da Lei 
A, então é possível a repristinação, caso contrário, a Lei A continua “morta”.
Na hipótese 2, conforme explica a boa doutrina, haverá um novo prazo de va-
catio legis, apenas para a parte da lei que foi corrigida.
5. Conflito de Normas no Tempo
O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre as novas e as velhas 
normas, entre aquela que acaba de entrar em vigor e a que acaba de ser revogada. 
Isso porque alguns fatos iniciam-se sob a égide de uma lei e só se extinguem quan-
do outra nova está em vigor. Para solucionar tais conflitos, existem dois critérios:
•	 Disposições transitórias: o próprio legislador, no texto normativo novo, 
concilia a nova norma com as relações já definidas pela norma anterior.
•	 Princípio da irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir fatos e 
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efeitos já consumados sob a lei antiga.
Observando os fatos jurídicos e relacionando-os cronologicamente de acordo 
com a produção de efeitos, temos que eles podem ser:
a) Pretéritos: são os que se constituíram na vigência de uma lei e têm seus 
efeitos produzidos na vigência daquela lei.
b) Futuros: são os que ainda não foram gerados.
c) Pendentes: são os que foram constituídos na vigência de uma lei ante-
rior e não produziram todos os seus efeitos nela.
Exemplo:
Celebrei um contrato de empréstimo no ano passado; no início deste ano, entrou em 
vigência uma nova lei e até hoje a coisa emprestada está na minha posse. Esse con-
trato, embora constituído na vigência de uma lei, continua produzindo seus efeitos 
na vigência da lei revogadora. Segundo o princípio da irretroatividade, aos fatos 
pendentes é aplicada a lei anterior, porque a lei posterior só se aplica para o futuro.
Analisando o art. 6º da LINDB, percebemos que a lei, em regra, é irretroativa, 
devendo ser expedida para disciplinar fatos futuros. Entretanto, a retroatividade da 
lei pode ocorrer excepcionalmente para fatos pendentes, desde que respeite o ato 
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
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Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, 
o direito adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em 
que se efetuou.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, 
possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condi-
ção preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
A diferença entre o ato jurídico perfeito e o direito adquirido é muito difícil de 
ser estabelecida, mas parte do seguinte conceito básico:
•	 Ato Jurídico Perfeito: é o ato que já se consuma segundo a lei de seu tempo.
•	 Direito Adquirido: é direito incorporado ao patrimônio do particular.
Como exemplo de ato jurídico perfeito, temos o contrato de locação celebra-
do durante a vigência de uma lei que não pode ser alterado somente porque a lei 
mudou, ou seja, é necessário que o prazo do contrato termine.
Como exemplo de direito adquirido, temos a pessoa que se aposenta e, poste-
riormente, a lei modifica o prazo de aposentadoria. Tal modificação não irá atingir 
aquele que já está aposentado.
Quanto à coisa julgada, trata-se da qualidade conferida à sentença judicial 
contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível.
Apesar de não ser cabível recurso, a coisa julgada pode ser questionada por 
meio de ação rescisória (que não é um recurso), conforme prevê o art. 966 do Novo 
Código de Processo Civil:
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I – se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II – for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III – resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, 
ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
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IV – ofender a coisa julgada;
V – violar manifestamente norma jurídica;
VI – for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou 
venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII – obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja exis-
tência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar 
pronunciamento favorável;
VIII – for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
Também é possível vislumbrar o princípio da irretroatividade no art. 5º, XXXVI, 
da Constituição Federal.
Art. 5º
XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
6. Preenchimento da Lacuna Jurídica
Segundo o princípio da indeclinabilidade de jurisdição ou da jurisdição 
obrigatória, o juiz é obrigado a decidir, ainda que não exista lei disciplinado o 
caso concreto. Dessa forma, diante da ausência de lei regulando uma determinada 
situação jurídica, faz-se necessário ao magistrado valer-se dos mecanismos de in-
tegração do ordenamento jurídico indicados pelo art. 4º da LINDB.
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os 
costumes e os princípios gerais de direito.
MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO
1) a Analogia;2) os Costumes; e
3) os Princípios Gerais do Direito.
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Deve ser observada a sequência apresentada, ou seja, primeiro o magistrado deve fazer uso da 
analogia, posteriormente dos costumes e, por último, dos princípios gerais de direito.
Se você está se perguntando sobre a equidade, veja a observação a seguir:
Obs.:� sobre Equidade:
 � apesar de o art. 4 da LINDB não mencionar expressamente a equidade, 
alguns doutrinadores entendem que ela pode funcionar como último meca-
nismo para integração do ordenamento jurídico. Ou seja, diante da ausência 
de lei, da inviabilidade da analogia, dos costumes e dos princípios gerais de 
direito, e, prevendo a lei a possibilidade do uso da equidade, o magistrado, 
para fazer valer o princípio da indeclinabilidade de jurisdição pode utilizá-la. 
É o que se depreende do art. 140 do Novo Código de Processo Civil (NCPC).
 � Entretanto, tome cuidado com questões de prova que mencionam ser a 
equidade uma fonte de integração do ordenamento jurídico expressa na 
LINDB, pois a afirmativa estará errada.
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do 
ordenamento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
Analogia é fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade de inte-
gração da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos análogos, 
ante a ausência de normas que regulem o caso concretamente apresentado à apre-
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ciação jurisdicional (a que se denomina anomia – falta de norma).
A doutrina costuma distinguir a analogia em legal (legis) ou jurídica (júris). Vejamos:
a) Analogia legal (legis): aplica-se ao caso omisso uma lei que regula 
caso semelhante.
b) Analogia jurídica (júris): aplica-se ao caso omisso um conjunto 
de normas para extrair elementos que possibilitem a aplicabilidade 
ao caso concreto.
ANALOGIA LEGAL → UMA NORMA
ANALOGIA JURÍDICA → CONJUNTO DE NORMAS
O costume é a repetição da conduta, de maneira constante e uniforme, em 
razão da convicção de sua obrigatoriedade. No Brasil, existe o predomínio da lei 
escrita sobre a norma consuetudinária.
Os costumes distinguem-se em:
1) Costume secundum legem: é o que auxilia a esclarecer o conteúdo de 
certos elementos da lei. Ou seja, o próprio texto da lei delega ao costume 
a solução do caso concreto. É amplamente aceito pela doutrina.
Ex.: art. 569, II. do CC: “O locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel nos 
prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar”
2) Costume contra legem ou negativo: é o que contraria a lei. Provoca 
divergência na doutrina e pode ser de dois tipos:
•	 Consuetudo ab-rogatória: espécie de costume contra legem que se carac-
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teriza por ser uma prática contrária às normas legais.
•	 Desuetudo: espécie de costume contra legem que consiste na falta de efe-
tividade da norma legal não revogada formalmente.
Um exemplo de costume contra legem ocorre no mercado de Barretos (Estado 
de São Paulo), onde os negócios de gado, por mais avultados que sejam, celebram-
-se dentro da maior confiança, verbalmente.
Nos termos do art. 227 do CC, os negócios jurídicos que ultrapassem o valor 
de dez salários mínimos não admitem prova exclusivamente testemunhal (verbal).
Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite 
nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vi-
gente no País ao tempo em que foram celebrados.
Dessa forma, os negócios vultosos (superiores a 10 salários mínimos) de gado 
no mercado de Barretos representam um costume contra legem, pois deveriam ser 
celebrados na forma escrita, em decorrência do grande valor, mas são celebrados 
verbalmente, contrariando a lei.
3) Costume praeter legem ou integrativo: é o que supre a ausência ou 
lacuna da lei nos casos omissos. É amplamente aceito pela doutrina e está 
citado no art. 4º da LIDB.
Ex.: o costume de emitir cheque “pré-datado”. Tal conduta não possui regula-
mentação legal.
São condições para a vigência do costume sua continuidade, diuturnidade e 
obrigatoriedade.
O costume deriva da longa prática uniforme, constante, pública e geral de de-
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terminado ato, com a convicção de sua necessidade jurídica. São, pois, condições 
indispensáveis à sua vigência: continuidade, uniformidade, diuturnidade (constân-
cia na realização do ato, não implicando sanção), moralidade e obrigatoriedade.
Características dos Costumes
• Continuidade
• Diuturnidade
• Obrigatoriedade
Princípios Gerais do Direito são postulados que estão implícita ou explicita-
mente expostos no sistema jurídico, contendo um conjunto de regras. Os princí-
pios gerais de Direito são a última salvaguarda do intérprete, pois este precisa se 
socorrer deles para integrar o fato ao sistema. De acordo com as lições de Celso 
Antônio Bandeira de Mello, princípios são vetores de interpretação, que, por sua 
generalidade e amplitude, informam as demais regras, constituindo a base de todo 
o ramo do Direito ao qual se aplica.
7. Princípio da Obrigatoriedade
Ninguém pode deixar de cumprir a lei, conhecendo-a ou não. Esse conceito re-
presenta o princípio da obrigatoriedade expresso no art. 3º da LINDB.
Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Há quem diga que não se trata de um princípio absoluto, pois entende ser uma 
exceção o art. 8º da Lei de Contravenções Penais.
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusáveis, a 
pena pode deixar de ser aplicada.
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8. Conflitos de Norma no Espaço
Pela LINDB (arts. 7º a 19), serão solucionados os conflitos decorrentes da apli-
cação espacial de normas, que estão relacionadas à noção de soberania dos Esta-
dos, por isso é que a Lei de Introdução é considerada o Estatuto de Direito Inter-
nacional Público e Privado.
Toda lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitado no espaço pelasfronteiras do Estado que a promulgou (territorialidade). Entretanto, visando fa-
cilitar as relações internacionais, é comum, em algumas situações, ser admitida a 
aplicação de leis estrangeiras dentro do território nacional e de leis nacionais dentro 
do território estrangeiro (extraterritorialidade).
Dessa forma, pelo fato do princípio da territorialidade não ser absoluto, fica 
consagrado no Brasil o Princípio da Territorialidade Temperada, de modo que 
leis e sentenças estrangeiras podem ser aplicadas no Brasil desde que observadas 
as seguintes regras:
1) não se aplicam leis, sentenças ou atos estrangeiros no Brasil quando 
ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes;
2) não se cumprirá sentença estrangeira no Brasil sem exequatur (cum-
pra-se), ou seja, a permissão dada pelo STJ para que a sentença tenha 
efeitos, conforme art. 105, I, i, da CF/1988.
Nos quadros a seguir, apresentarei exemplos de aplicação da territorialidade e 
da própria extraterritorialidade de acordo com os dispositivos da LINDB.
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TERRITORIALIDADE
Art. 8º
Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei 
do país em que estiverem situados.
Art. 9º
Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que 
se constituírem.
Art. 11
As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as 
fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.
Art. 13
A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, 
quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros 
provas que a lei brasileira desconheça.
Percebemos que nos arts. 8º, 9º, 11 e 13 deve-se utilizar a lei do país em que 
se originar a relação jurídica.
EXTRATERRITORIALIDADE
Art. 7º
A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o 
fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Art. 10
A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o 
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
Art. 12
É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no 
Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
Art. 17
As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de von-
tade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a 
ordem pública e os bons costumes.
Já nos arts. 7º, 10, 12 e 17, é possível a utilização de uma lei diferente da original. 
Tendo o art. 7º como exemplo, no que tange à capacidade, mesmo que na Argentina 
uma pessoa adquira capacidade plena aos 16 anos, no Brasil essa pessoa será conside-
rada incapaz, pois aqui a capacidade plena só é adquirida aos 18 anos, em regra.
9. Critérios de Hermenêutica Jurídica
Hermenêutica jurídica é a ciência, a arte da interpretação da linguagem jurídica. 
Serve para trazer os princípios e as regras que são as ferramentas do intérprete. A 
aplicação, a prática das regras hermenêuticas, é chamada exegese.
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Não se deve confundir integração da lei com interpretação da lei. Na primeira, a 
lei não regula determinado fato, ao passo que, na segunda, a lei regula, mas não é 
cristalina e precisa. Quando a lei não permite a exata compreensão da ordem, faz-
-se necessário o seu exercício interpretativo, buscando alcançar o seu real sentido.
Veja o esquema gráfico a seguir:
A teoria científica que trata da arte de interpretar as leis, descobrindo seu alcan-
ce e seu sentido é a hermenêutica.
Com base no art. 5º da LINDB, ao utilizar os mecanismos de integração para o 
preenchimento da lacuna jurídica, ou, ao interpretar a lei, o juiz deve buscar a es-
tabilidade social desejada.
Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às 
exigências do bem comum.
Entre as diversas formas de interpretar as leis, destacam-se as seguintes lista-
das nos quadros a seguir.
INTERPRETAÇÃO QUANTO À 
FONTE OU ORIGEM
SIGNIFICADO
Autêntica
Emana do próprio legislador que reconhece a ambiguidade da 
norma e elabora uma nova lei destinada a esclarecer a inten-
ção da primeira.
Jurisprudencial
Tem como origem as reiteradas decisões judiciais proferidas 
pelos diversos Tribunais.
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Doutrinal
Emana dos estudiosos da matéria do direito e das obras 
científicas.
INTERPRETAÇÃO QUANTO AO 
MEIO OU ELEMENTO UTILIZADO
SIGNIFICADO
Gramatical ou Literal
Busca auxílio nas regras de gramática para a solução da dúvida, 
tal como a análise da pontuação, da colocação da palavra na 
frase, a sua origem etimológica etc.
Histórica
Baseia-se na investigação dos antecedentes da norma, ou seja, 
consiste na pesquisa das circunstâncias que nortearam a sua 
elaboração, de ordem econômica, política e social, bem como 
do pensamento dominante ao tempo da formação da norma.
Lógica ou Racional
Atende ao espírito da lei, procurando-se apurar o sentido e a fina-
lidade da norma, a intenção do legislador, por meio de raciocínios 
lógicos, com abandono dos elementos puramente verbais.
Teleológica ou Sociológica
Adapta-se o sentido ou finalidade da norma às novas 
exigências sociais.
Sistemática
Entende-se que a lei não existe isoladamente e o Direito deve 
ser visto como um todo, como um sistema, comparando a 
norma com outras espécies legais.
INTERPRETAÇÃO QUANTO 
AOS RESULTADOS
SIGNIFICADO
Declarativa
Quando a letra da lei corresponde exatamente ao que o 
legislador pensa.
Extensiva
Quando o legislador expõe na lei menos do que pretendia dizer, 
sendo necessário ampliar a aplicação da lei.
Restritiva
Quando o legislador expõe na lei mais do que pretendia dizer, 
sendo necessário restringir a aplicação da lei.
10. Estatuto de Direito Internacional Privado
A partir do art. 7º, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, por al-
guns denominada de Estatuto de Direito Internacional Privado, versa sobre temas 
como conflitos de jurisdição, critérios para solucionar problemas de qualificação, 
efeitos de atos realizados em outros países, condições de estrangeiros e eficácia 
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internacional de posições jurídicas legitimamente adquiridas em certo país com 
possíveis reconhecimento e exercício em outro.
Tal assunto costuma ser cobrado em provas de concurso pela sua literalidade.Sendo assim, iremos apenas reproduzir os artigos em questão.
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o 
começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto 
aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades di-
plomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tive-
rem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
§ 5º O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anu-
ência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, 
se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os 
direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro.
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, 
só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se hou-
ver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação 
produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das 
sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regi-
mento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferi-
das em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a 
fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.
§ 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge 
e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
§ 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua 
residência ou naquele em que se encontre.
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, apli-
car-se-á a lei do país em que estiverem situados.
§ 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos 
bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
§ 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse 
se encontre a coisa apenhada.
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que 
se constituírem.
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma es-
sencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos 
requisitos extrínsecos do ato.
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§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que 
residir o proponente.
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que 
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a si-
tuação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela 
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os 
represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e 
as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.
§ 1º Não poderão, entretanto, ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de se-
rem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.
§ 2º Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que 
eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão 
adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptíveis de desapropriação.
§ 3º Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à 
sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domi-
ciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas 
a imóveis situados no Brasil.
§ 2º A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a for-
ma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira 
competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigo-
rar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros 
provas que a lei brasileira desconheça.
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova 
do texto e da vigência.
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que re-
úna os seguintes requisitos:
a) haver sido proferida por juiz competente;
b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execu-
ção no lugar em que foi proferida;
d) estar traduzida por intérprete autorizado;
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da Cons-
tituição Federal).
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I – processar e julgar, originariamente:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às 
cartas rogatórias;
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Obs.:� a EC n. 45/2004 alterou a respectiva competência para o STJ.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei n. 12.036, de 2009).
Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estran-
geira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por 
ela feita a outra lei.
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de 
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem 
pública e os bons costumes.
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasi-
leiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, 
inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido 
no país da sede do Consulado.
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação con-
sensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapa-
zes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da 
respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens 
comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de 
seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento.
§ 2º É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará 
mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas 
uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessárioque a 
assinatura do advogado conste da escritura pública.
Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pe-
los cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942, 
desde que satisfaçam todos os requisitos legais.
Parágrafo único. No caso em que a celebração desses atos tiver sido recusada pelas 
autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao inte-
ressado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da 
publicação desta lei.
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (FGV/PGE-RO/TÉCNICO DA PROCURADORIA/2015) Em relação à vigência de 
leis no Brasil, é correto afirmar que a lei, depois de oficialmente publicada, começa 
a vigorar em todo o país, salvo disposição contrária, em:
a) 30 dias;
b) 45 dias;
c) 60 dias;
d) 120 dias;
e) 180 dias.
2. (FCC/SEFAZ-PE/JULGADOR TRIBUTÁRIO/2015) A contagem do prazo de vacân-
cia para entrada em vigor das leis far-se-á com a
a) exclusão da data da publicação e inclusão do último dia do prazo, entrando em 
vigor no dia subsequente à sua consumação integral.
b) exclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no 
dia subsequente à sua consumação integral.
c) inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no 
dia subsequente à sua consumação integral.
d) exclusão da data da publicação e inclusão do último dia do prazo, neste entran-
do em vigor.
e) inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no 
dia anterior.
3. (FCC/TRE-PB/AJAA/2015) Considere:
I – As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
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II – Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admiti-
da, se inicia seis meses depois de oficialmente publicada.
III – Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a vigência.
De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está correto o 
que se afirma APENAS em:
a) II e III.
b) I e II.
c) I.
d) I e III.
e) III.
4. (FGV/PGE-RO/TÉCNICO DA PROCURADORIA/2015) De acordo com o que é apon-
tado na Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro, é correto afirmar que:
a) as correções de texto de lei em vigor não se consideram lei nova;
b) reputa-se direito adquirido o direito consumado segundo a lei vigente ao tempo 
em que se efetuou;
c) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os cos-
tumes, a equidade e os princípios gerais de direito;
d) ninguém se escusa de cumprir a lei, salvo alegando que não a conhece;
e) salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revo-
gadora perdido a vigência.
5. (FCC/TJ-PI/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Lei nova que estabelecer disposição geral 
a par de lei já existente,
a) apenas modifica a lei anterior.
b) não revoga, nem modifica a lei anterior.
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c) derroga a lei anterior.
d) ab-roga a lei anterior.
e) revoga tacitamente a lei anterior.
6. (FCC/TRE-AP/AJAA/2015) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo 
o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Se, antes de entrar a lei 
em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, este prazo
a) começará a correr da nova publicação.
b) não será interrompido, continuando a correr normalmente, tendo me vista que 
a nova publicação ocorreu apenas para correção.
c) será contando em dobro, independente da data da nova publicação.
d) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze primei-
ros dias da primeira publicação.
e) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze últimos 
dias da primeira publicação.
7. (FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) No Direito Civil, a lei nova
a) tem efeito imediato, mas deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada 
e o direito adquirido, incluindo os negócios sujeitos a termo.
b) retroage para beneficiar a parte hipossuficiente.
c) tem efeito imediato, produzindo efeitos a partir da publicação, ainda que esta-
beleça prazo de vacatio legis.
d) tem efeito imediato apenas quando se tratar de norma processual.
e) não pode atingir a expectativa de se adquirir um direito.
8. (FCC/TRE-AP/ AJAA/2015) Considere:
I – A Lei X revogou expressamente a Lei Y. Salvo disposição em contrário, se a 
lei X perder a sua vigência, a Lei Y será restaurada.
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II – A Lei Z regulou inteiramente a matéria de que trata a lei anterior W. Neste 
caso, ocorreu a revogação da Lei W.
III – A Lei H estabeleceu disposições gerais a par das já existentes na lei F. Neste 
caso, a Lei H não revogou a lei anterior F.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, está correto o 
que se afirma em
a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.
9. (FGV/TCE-RJ/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) Sobre o conflito 
de leis no tempo, é correto afirmar que:
a) a revogação tácita equivale à repristinação;
b) a lei especial não revoga a lei geral anterior;
c) não é admitida a derrogação expressa;
d) o efeito repristinatório é admitido em todas as leis;
e) a ab-rogação das leis é defesa pelo ordenamento jurídico.
10. (FCC/TCM-GO/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) Em relação à 
lei, é correto afirmar:
a) Como regra geral, a lei revogada restaura-se por ter a lei revogadora perdido a vigência.
b) Como regra geral, a lei começa a vigorar em todo o país imediatamente após 
sua publicação oficial.
c) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
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d) O desconhecimento da lei é justificativa legítima para seu descumprimento.
e) Quando a lei brasileira for admitida no exterior, sua vigência inicia-se seis meses 
depois de oficialmente publicada.
11. (CESPE/TRE-RS/AJAA/2015) Com base na Lei de Introdução às Normas de Di-
reito Brasileiro, assinale a opção correta.a) Sempre que uma lei for revogada por outra lei, e a lei revogadora também for 
revogada, a lei inicialmente revogada volta a ter vigência, em um instituto jurídico 
denominado de ultratividade da lei.
b) Haverá repristinação quando uma norma revogada, mesmo tendo perdido a sua 
vigência, for aplicada para reger situações ocorridas à época de sua vigência.
c) Denomina-se vacatio legis o espaço de tempo compreendido entre a data da 
publicação da lei e a data da sua revogação.
d) Uma norma jurídica pode ser expressa ou tacitamente revogada. Diz-se que há 
revogação expressa quando a lei nova declarar, em seu texto, o conteúdo da lei 
anterior que pretende revogar, enquanto que a revogação tácita ocorre sempre que 
houver incompatibilidade entre a lei nova e a antiga, pelo fato de a lei nova regular 
a matéria tratada pela anterior.
e) Segundo a legislação vigente, a norma jurídica tem vigência por tempo inde-
terminado e vigora até que seja revogada por outra lei. O ordenamento jurídico 
brasileiro não reconhece norma com vigência temporária.
12. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2016) Em relação à 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a opção correta.
a) Em regra, aceita-se o fenômeno da repristinação no ordenamento jurídico brasileiro.
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b) Celebrado contrato no período de vigência de determinada lei, qualquer dos 
contratantes poderá invocar a aplicação de lei posterior que lhes for mais benéfica.
c) Não se admite no ordenamento jurídico pátrio a chamada integração normativa, 
ainda que para preencher eventuais lacunas do ordenamento.
d) Publicada lei para corrigir texto de lei publicado com incorreção, não haverá 
novo prazo de vacatio legis, se a publicação ocorrer antes da data em que a lei cor-
rigida entraria em vigor.
e) autoridade judiciária brasileira tem competência exclusiva para o conhecimento 
de ações que discutam a validade de hipoteca que recai sobre bens imóveis situa-
dos no Brasil, ainda que as partes residam em país estrangeiro.
13. (CESPE/TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/2015) A respeito das 
pessoas naturais e jurídicas, dos fatos e negócios jurídicos e do disposto na Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o seguinte item.
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro prevê, em ordem preferencial 
e taxativa, como métodos de integração do direito, a analogia, os costumes e os 
princípios gerais do direito.
14. (FCC/TCM-GO/PROCURADOR DE CONTAS/2015) Considere a seguinte afirma-
ção: “a lei que permite o mais, permite o menos; a que proíbe o menos proíbe o 
mais”. São elas exemplos de interpretação legal
a) doutrinária.
b) lógico-sistemática.
c) autêntica ou legislativa.
d) sociológica ou teleológica
e) gramatical ou literal.
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15. (CESPE/TRE-PI/AJAJ/2016) O aplicador do direito, ao estender o preceito legal 
aos casos não compreendidos em seu dispositivo, vale-se da
a) interpretação teleológica.
b) socialidade da lei.
c) interpretação extensiva.
d) analogia.
e) interpretação sistemática.
16. (CESPE/TRF 5ª REGIÃO/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Se, ao interpretar a lei, o 
magistrado concluir que a impenhorabilidade do bem de família deve resguardar o 
sentido amplo da entidade familiar, abrangendo, além dos imóveis do casal, tam-
bém os imóveis pertencentes a pessoas solteiras, separadas e viúvas, ainda que 
estas não estejam citadas expressamente no texto legal, essa interpretação, no 
que se refere aos meios de interpretação, será classificada como
a) sistemática.
b) histórica.
c) jurisprudencial.
d) teleológica.
e) lógica.
17. (FGV/DPE-RO/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2015) Ao aplicar a lei, o juiz deverá:
a) considerar apenas o seu sentido literal;
b) verificar se as pessoas envolvidas a conheciam, isentando-os de responsabili-
dade em caso negativo;
c) atender aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum;
d) desconsiderá-la, se houver ambiguidade;
e) desconsiderá-la, se for contraditória.
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18. (FCC/TCE-CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2015) Em caso de conflito de 
leis no tempo, considera-se que o herdeiro, em relação aos bens de propriedade de 
pessoa viva, possui
a) apenas expectativa de direito, que não se equipara a direito adquirido.
b) direito sob condição suspensiva, o qual se equipara a direito adquirido.
c) direito a termo, o qual se equipara a direito adquirido.
d) expectativa de direito qualificada, a qual se equipara a direito adquirido.
e) direito sob condição suspensiva, o qual não se equipara a direito adquirido.
19. (FCC/TRT 23ª REGIÃO/AJOJ/2016) Janete é filha de Gildete, que possui muitos 
bens. Considerar-se-á, em caso de conflito de leis no tempo, que Janete possui, em 
relação à futura herança de Gildete, que ainda está viva,
a) direito sob condição suspensiva, que se equipara a direito adquirido.
b) mera expectativa de direito.
c) direito adquirido.
d) direito sob condição suspensiva, que não se equipara a direito adquirido.
e) direito a termo, inalterável ao arbítrio de Gildete, que se equipara a direito adquirido.
20. (FCC/TRT 23ª REGIÃO/AJAJ/2016) Objetivando construir uma casa, Cássio ad-
quiriu terreno no qual existe um pequeno riacho. Depois da aquisição, entrou em 
vigor lei proibindo a construção em terrenos urbanos nos quais haja qualquer tipo 
de curso d’água. Referida lei possui efeito
a) imediato, atingindo Cássio, porque a lei de ordem pública se sobrepõe ao 
direito adquirido.
b) retroativo, por tratar de meio ambiente, mas não atinge Cássio, porque a lei de 
ordem pública não se sobrepõe ao direito adquirido.
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c) imediato, atingindo Cássio, porque este não possui direito adquirido.
d) retroativo, por tratar de meio ambiente, atingindo Cássio, porque a lei de ordem 
pública se sobrepõe ao direito adquirido.
e) imediato, mas não atinge Cássio, porque a lei de ordem pública não se sobrepõe 
ao direito adquirido.
21. (CESPE/TRT 8ª REGIÃO/AJAJ/2016) Assinale a opção correta, em relação à 
classificação e à eficácia das leis no tempo e no espaço.
a) Quanto à eficácia da lei no espaço, no Brasil se adota o princípio da territoria-
lidade moderada, que permite, em alguns casos, que lei estrangeira seja aplicada 
dentro de território brasileiro.
b) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito

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