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TECNOLOGIA APLICADA À EDUCAÇÃO DO ALUNO SURDO NO ENSINO SUPERIOR NO MUNICIPIO DE PORTO VELHO – RONDÔNIA[1: Artigo apesentado a Faculdade Catolica de Porto Velho como requisito parcial para conclusão do Curso de Especialização ao Sensu em Metodologia do Ensino Superior (2016).2 Graduação em Direito pela Faculdade de Rondônia -FARO.3 Pedagoga pela Universidade Federal de Rondônia.Mestre em Geografia dela Universidade Federal de Rondônia]
 Telma Geber dos Santos Alencar[2: ]
 Domingas Luciene Feitosa souza [3: ]
RESUMO
	O presente trabalho tem como objetivo analisar o processo educativo do aluno surdo no ensino superior através das tic’s – tecnologia de informação e comunicação. Sendo usada como ferramenta pedagógica, auxiliando o professor em sala de aula, facilitando a aprendizagem e oportunizando ao aluno uma troca de ideias, conhecimentos e não só entre sua comunidade, mas, como todo o centro acadêmico. A presente pesquisa teve por objetivo verificar a importância dos recursos tecnológicos, como auxiliador no ensino e aprendizagem do aluno surdo e docentes dentro e fora de sala. O uso deste artefato veio para incluir e também como uma forma de comunicação do deficiente auditivo/surdez a interagir com mundo acadêmico e com a sociedade. As atividades foram desenvolvidas em duas etapas, com um levantamento bibliográficos sobre as tecnologias aplicadas à Educação do Aluno Surdo no Ensino Superior, e outra etapa com pesquisa de campo qualitativa, que visou obter dados descritivos. O primeiro desafio desses alunos foi no momento em que decidem entrar para o ensino superior, pois muitas instituições não estão preparadas para aplicarem o exame de qualificação em libras, precisa ter políticas interna inclusiva e veja a importância desse processo para estes alunos, bem como profissionais adequados para dar suporte a esses alunos ,sejam com aulas presenciais ou EaD.
Palavras Chaves: Alunos Surdos. Tecnologia. Ensino Superior. Informação.
ABSTRACT
	This work for there is objective to analyze the educational processo of deaf students in higher education, through TICS – information and communication, technology. Being used as a pedagogical tool, assisting the teacher in the classroom, facilitating learning and providing opportunities for students to Exchange ideas, knowledge and not only among the community, but as all the academic center. This research objective was to verify the importance the technological resources, as auxiliary in teaching and learning of the deaf students and teachers in and out of the room. The use of this artifact came to include and also as a form of communication of the hearing impaired or deaf to interact with academia and society. These activities were developed in two stages, with A bibliographic survey on the technologies applied to the Deaf Student Education in Higher Education, and another stage with qualitative field research, which aims to obtain descriptive data. The first challange these students begins the moment you decide to go for higher education, so many institutions are not prepared to implemente the qualification examination in “LIBRAS”, is need to have comprehensive domestic policy and see the importance of this process for these students, as well as appropriate professional to support these students, be with regular classes or EAD (distance learning).
KEYWORDS: Deaf students, tecnology, information, higher education.
INTRODUÇÃO
	Nesse início de século XXI o mundo vive o que muitos intelectuais classificam de Terceira Revolução Industrial, popularmente conhecido como era da informática que teve a sua origem a partir da disputa pela hegemonia mundial do capitalismo versus socialismo, período conhecido como Guerra Fria que marcou mudanças profundas nos rumos das tecnologias alterando diretamente o modo de vida das pessoas.
O avanço tecnológico é o alicerce básico para o desenvolvimento do processo de globalização, que se faz real através da realidade virtual.
“Uma sociedade moderna encontra-se num estado de constante mudança assim como de constante expansão. A renovação, como a quantidade, é também uma obsessão, já que a primeira é inseparável da segunda” (Aron, 965.p,17).
Partindo desse pressuposto, percebe-se que a sociedade contemporânea vive a chamada inclusão tecnológica, a qual se faz extremamente necessário para a interação dos povos nas mais diversas partes do mundo.
Esses avanços tecnológicos, que se expandem de forma virtual, podem transformar de forma real, a inclusão digital, com reflexos diretos sobre a qualidade no processo de ensino e aprendizagem também do aluno surdo, com programas de computadores diversificados, dentre os quais os softwares pedagógicos. Mas, para chegar até essa inclusão, a pessoas surda passou por vários movimentos sociais que lutam pelos seus direitos de frequentar uma escola inclusiva e chegar ao ensino superior. É através das Tic’s (Tecnologia da Informação e Comunicação) que está havendo transformação nos moldes tradicionais do ensino, fazendo que este aluno passe a desenvolver um pensamento crítico que possa interagir com o meio.
 A compreensão do professor sobre a praticidade do software como ferramenta pedagógica no processo de ensino e aprendizagem em sala de aula. Acredita-se que as faculdades que possuem alunos surdos em Porto Velho estão se estruturando pedagogicamente com este importante aliado tecnológico como ferramenta de ensino e aprendizagem. 
O trabalho com a tecnologia é importante, pois facilita aprendizagem na utilização de aplicativos que valorizam o desenvolvimento do aluno surdo tendo como aliado este valioso suporte tecnológico com abordagens viso espacial. Todos os envolvidos no processo educacional precisam conhecer os instrumentos tecnológicos disponibilizados para que esse processo de ensino e aprendizagem seja eficaz no desenvolvimento do aluno, bem como o seu intelecto. Para que isto aconteça é preciso que o docente tenha criatividade ao deparar-se com aluno surdo em sua sala de aula, tem que haver interação entre todos presentes repensando na troca de conhecimento com o uso da nova linguagem tecnológica, sendo no presencial bem como a distância.	
1.Breve Histórico da aplicação dos Recursos Tecnológico no processo de Educação no Brasil.
	A aplicabilidade da tecnologia vem sendo utilizada cada vez mais em todas as áreas onde tem trazido uma revolução para todas ela. Foi introduzida na sociedade para desenvolver métodos de gestão e produção nas grandes empresas que utilizam até os dias atuais. No Brasil em 1973, foi a universidade federal do Rio de Janeiro que utilizou o computador no ensino de química através do núcleo de tecnologia educacional. Mas foi em 1939 que o uso da tecnologia na educação deu o primeiro passo, o Instituto Radio-Monitor e o Instituto Universal Brasileiro que realizaram projeto de ensino a distância. Depois veio o MEB – Movimento de Educação de Base voltado para o ensino de Jovens e adultos através das escolas radiofônicas. Entre os anos de 1967 a 1974 foi desenvolvido o Projeto Saci – Sistema Avançado de Comunicações Interdisciplinares, usando rádio e televisão como meio de transmissão para o ensino, o qual visava não só a educação dos alunos como dos professores para formação continuada.
Em 1974, a Universidade de Campinas-UNICAMP desenvolveu um software, para os alunos de pós-graduação com o ensino da linguagem BASIC.
Através de seminário ocorrido na Universidade de Brasília e Universidade da Bahia, foi criado o programa de informática na educação dando origem ao EDUCOM - Associação Portuguesa de Telemática Educativa que visava usar o computador com ensino diferenciado nas áreas de Biologia, Química, Matemática.
A TV TUPI em 1969 também foi pioneira no curso a distância por meio da TV Cultura que atravésdesse projeto de ensino queria provar que era possível a pessoa estudar através da televisão com conteúdo atualizados. Outra TV que seguiu essa mesma tendência foi a TVE – Sistema de Televisão Educativa que desenvolveu atividades de 5ª a 8ª série.
O telecurso do 2° grau fundado pela Fundação Roberto Marinho e Fundação Padre Anchieta implementaram um programa voltado para as pessoas que não poderiam conseguir estudar por trabalharem o dia todo e também aquelas pessoas que moravam em locais distante da sala de aula. O programa teve um grande êxito, que posteriormente fundaram o Telecurso 1°grau, com apoio do MEC (Ministério da Educação e Cultura) e da UNB (Universidade de Brasília). O Telecurso foi um projeto positivo que se expandiu para todo o Brasil.
Em 1986, foi criado o CAIE/MEC – Comitê Assessor de Informática na Educação que aprovou o programa de Ação Imediata em informática na Educação de ensino fundamental e médio, objetivando a capacitação de professores, produção de softwares educativos, integração de pesquisas desenvolvidas em universidades.
Em 1989, foi criado o PRONINFE – Programa Nacional de Informática Educativa, através da Portaria Ministerial N°549/6M.Que visava criar estrutura de núcleos distribuídos em todo território nacional. Em 1997, foi criado o PROINFO – Programa Nacional de Informática – houve um desenvolvimento muito grande na informática como instrumentos pedagógico em todo território nacional.
Na década de 1990 o aparelho televisor teve outro momento importante no seu uso, inovou com propostas pedagógicas com programas que possuíam roteiro infantis. 
Segundo Sacristan (1996, p. 25).
		Desta maneira, os meios de comunicação de massa, e em especial a televisão, que penetra nos mais recônditos cantos da geografia, oferecem de modo atrativo e ao alcance da maioria dos cidadãos uma abundante bagagem de informações nos mais variados âmbitos da realidade. Os fragmentos aparentemente sem conexão e assépticos de informação variada, que a criança recebe por meio dos poderosos e atrativos meios de comunicação, vão criando, de modo sutil e imperceptível para ela, incipientes, mas arraigadas concepções ideológicas, que utiliza para explicar e interpretar a realidade cotidiana e para tomar decisões quanto a seu modo de intervir e reagir. 
	 Neste momento a internet também estava ganhando o seu espeço nos países desenvolvidos o qual a influenciou grandemente as tic’s (Tecnologica da Informação e Comunicação) na Educação. Ao lado do programa do governo federal através do Ministério da Educação, a TV Escola entre os anos de 1995 e 1998 que levaria à educação nos lugares mais longínquo do país. Era ofertado a esses lugares uma televisão, um vídeo cassete, e uma antena parabólica, para ser exibido 24h e programação diária com séries e documentários. Seu objetivo é aperfeiçoa professores através da educação continuada e enriquecer o conhecimento do processo de ensino-aprendizagem, bem como a qualidade do ensino.
Em 2004, foi criado o PROINFESP –Programa Nacional de Informática na Educação Especial, visando a inclusão digital social doas pessoas com necessidades educacionais especiais.
Em 2007 foi criado o PROJOVEM - Programa Nacional de Inclusão de Jovens para sanar as desigualdades e exclusão digital.
A tecnologia deve proporcionar mecanismo a formação do profissional tanto inicial como continuada para que seja utilizado como ferramenta pedagógicas que fazem parte dos saberes necessárias a profissão docente como uma nona forma de interação produzindo conhecimento.
A sociedade hoje está pautada na tecnologia como suporte para complementação na educação pedagógica numa dimensão social, cultural e política na formação de sujeitos críticos e mais participantes.
Segundo Lévy (2010.p,21) 
		Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura , visão ,audição, criação, aprendizagem são capturados por uma informática cada vez mais avançada.
Para que os docentes possam trabalhar com as tecnologias da informação e comunicação, chamadas de TIC’S é preciso que tenha uma infraestrutura adequada e um investimento que venha a privilegiar a formação do mesmo. A formação continuada foi o meio que o Ministério da Educação encontrou para melhorar a qualidade da educação no país.
2.LEGISLAÇÃO
Em relação a “pessoas com necessidades especiais” a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente, passaram a ser considerados sujeito de direito e, portanto, é dever do Estado promover o atendimento educacional especializado a essas pessoas. Nestes termos a Lei n° 93494/96 -LDB ( Lei de Diretriz e Bases da Educação Nacional), reconhece o direito da pessoa surdas em todas modalidade da Educação, seja ela na rede pública e/ou privada de ensino, que seja ofertado a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, como primeira língua da pessoa surda e que tenha atendimento adequado e especializado quando não for possível a sua integração nas turmas regulares e que garanta qualidade que todos os alunos com deficiência auditiva/surdez necessita. Conforme artigo 3°, V e IX da LDB.
Art.3° - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios
 V -  coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
 IX- garantia de padrão de qualidade.
A LDB é bem clara no momento que dispõe em seu texto que os alunos possuem seus direitos à educação de qualidade. Portanto, a tecnologia vem para auxiliar o docente a aplicarem no seu dia a dia como profissional pedagógico práticas que podem contribuir positivamente para o ensino e aprendizagem do aluno, bem como o seu desenvolvimento. 
Reconhecida como segunda língua oficial do Brasil, a Lei de Libras n° 10.436/02, trouxe para comunidade surdas direitos que anteriormente eram negados perante a sociedade principalmente no que diz respeito a comunicação, conforme artigo 1°.
 Art. 1° É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados
Através dessa lei a comunidade surda veio adquirir direitos que anteriormente não possuíam principalmente no que diz respeito a inclusão em todas as esferas de ensino do poder público (federal/estadual/municipal) para que a pessoa surda possa adentrar, bem como o uso de Libras nos cursos de nível médio e superior e formação de professores, sendo optativas nos demais cursos de graduação. Conforme dispõe o artigo 3°, parágrafo 2° do Decreto n° 5.626/05.
Art. 3º..........
 § 2° A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste Decreto.
Para tanto desafios que está lei traz, como a formação de professionais em Libras, previsto também na Lei Complementar n° 10.098/2000 em seu artigo 18, que possibilite a pessoa surda o acesso a qualquer tipo de informação. É disponibilizado no ensino superior curso de extensão e educação continuada com curso específicos para tradutores e interpretes de libras em instituições de nível superior para suprir a carência desse profissional facilitando a pessoa surda a comunicação principalmente no centro acadêmico. O reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais facilitou a barreira existentes entre surdos e ouvintes no que diz respeito a comunicação, hoje não mais o aluno surdo passa de uma série para outra sem saber como é vivenciar as experiências dentro de uma sala de aula, interagindo com seus professores e colegas de turma, e principalmente no processo avaliativo e fazendo jus ao princípio da isonomia. Portanto, para acabar essa barreira de comunicação entre surdos e ouvintes é preciso que a sociedade se conscientize que aprender Libras nãoé só papel do professor que possui o aluno com deficiência auditiva/surdez ou da família que possui um ente com essa deficiência, mas de todos, já que para Constituição Federal dispõe em seu artigo 5° que “todos” são iguais perante a Lei.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes (...)
O Decreto que regulamentou a Lei de Libras, traz em seu texto, a confirmação que os direitos da pessoa com deficiência auditiva/surdez, devam ser respeitados, bem como suas manifestações culturais, inclusão da Libras como disciplina curricular, formação do professor do professor e do instrutor de Libras. 
Aquisição da Libras como primeira língua e a portuguesa como segunda língua, facilita aprendizagem, o desenvolvimento da pessoa surda no seio da sociedade para serem reconhecidos como cidadãos e que as esferas governamentais tem o dever de divulgar, difundir a língua como meio relevante para comunicação. Portanto, para que haja a inclusão dos alunos surdos nas instituições de ensinos é preciso que os professores estejam capacitados e que tenham domínio da Libras dentro e fora de sala de aula.
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, garante condições para o acesso a educação, visa a punição para tratamento discriminatório, não podendo cobrar taxas extras em matriculas e/ou mensalidades quando a instituição de ensino for privada e nem deixar de ofertar profissionais habilitados no apoio escolar como é o caso do interprete de libras que auxilia tanto o aluno surdo como o professor em sala de aula.
O estatuto da pessoa com deficiência assegura também a vida independente para os atos da vida civil, a autonomia, podendo usar recursos apropriados para que a comunicação aconteça e que atenda suas especificidades, seja ela pela Libras (Língua Brasileira de Sinais) ou tecnologia assistiva sendo seus direitos assegurados pela Convenção do Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência.
3.PRATICAS DOCENTES E AS TIC’S
A sociedade passou por uma transformação a partir da revolução da industrial onde a tecnologia entrou para transformar o cotidiano da população que trabalhava nas fabricas. No início o pensamento eram que as máquinas estavam tomando o lugar dos trabalhadores e por isso não era bem visto a implantação desses equipamentos. 
Na educação, a tecnologia veio influenciar na formação do sujeito e dá suporte ao cotidiano escolar do professor fora e dentro de sala de aula, apesar de representar desafios para muitos. 
A partir da década de 1940 a sociedade atribuiu a escola a responsabilidade de formar a personalidade do sujeito por transmitir cultura de conhecimento e a tecnologia sempre esteve presente na educação formal. Portanto, as inovações no processo educativo reestruturando de novo paradigmas na formação do individuo, veio para ampliar seu conhecimento como docente na formação acadêmica e profissional. O ensino superior facilita a capacitação do indivíduo bem como prepara-o para o mercado de trabalho. Conforme dispõe o artigo 39, CAPUT da LDB.
Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia 
 É um desafio para a Educação Superior preparar o aluno para esse fim, pois o seu papel social está em forma-lo para que se tenha interesse para produção do conhecimento cientifico. Mas, para isto é preciso que aprenda a investigar, refletir as informações adquiridas dentro de sala de aula. Nesse contexto o uso das tic’s (Tecnologia da Informação e Comunicação) é relevante para esse ensino, como recurso que facilite o conhecimento construindo possibilidade para formar novos pesquisadores. Para tanto o docente assume um novo papel na educação, deixa de ser o indivíduo que contém o conhecimento e começa atua como mediador nessa era de informação tecnológica.
"É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras." (BRASIL, 1998, p. 96).
	As inovações tecnológicas vieram para transformar a sociedade pautada no conhecimento para ser utilizada na escola, pois através da mídia temos acesso a qualquer tipo de informação tecnológica como na ciência, na educação, na comunicação, as tic’s veio para dar suporte aos docentes, gestores, alunos, para que tenham mudanças no ambiente escolar transformando em um lugar ético e democrático, sem que haja entre os autores divergência do pensamento e aplicação do método de ensino. 
A pratica docente é diferenciada quando há cumplicidade entre aluno verso professor, todavia, tem que haver dialogo, interação, e não só o docente como detentor do conhecimento, o aluno deve criticar, raciocinar, torná-los curiosos, devam interagir com o meio, deve sentir-se acolhido por todos da escola para que atenda o objetivo da escola, a aprendizagem. Para que haja essa motivação de participação, interesse, curiosidade, a tecnologia veio para o despertar dessa busca pelo conhecimento trocado em sala de aula. O docente nesse contexto não pode esquecer que o aprendizado não é só do aluno, mas sim dele também, se preparando para trocar conhecimento e informações. Mas, para que isto aconteça o professor deve estar motivado para ter mudanças no seu plano de ensino, porque modelos antigos de lecionar não combina com a implantação das tic’s (Tecnologia da Informação e Comunicação) no seu cotidiano profissional e as instituições devem proporcionar meios para o docente adquirir conhecimento, fazer uso de novas técnicas no ensino.
Kenski afirma:
Um dos grandes desafios que os professores brasileiros enfrentam está na necessidade de saber lidar pedagogicamente om alunos e situações extremas: dos alunos que já possuem conhecimentos avançados e acesso pleno às últimas inovações tecnológicas aos que se encontram em plena exclusão tecnológica; das instituições de ensino equipadas com mais modernas tecnologias digitais aos espaços educacionais precários e com recursos mínimos para o exercício da função docente. O desafio maior, no entanto, ainda se encontra na própria formação profissional para enfrentar esses e tantos outros problemas. (2009,p.103).
Para que haja um bom desenvolvimento do aluno, o professor deve estar preparado para o grande desafio que hoje tomou conta de todos os ambientes, principalmente na educação, associando ao ensinamento o recurso tecnológico ao conteúdo que será ministrado em sala de aula. Para tanto é preciso dominar as técnicas oriundas das tic’s (Tecnologia da Informação e Comunicação), pois o docente deve conhecer e oportunizar aos alunos o uso e objetivo proposto para trabalhar com eles em sala de aula. E se o aluno for um deficiente auditivo ou até mesmo surdo, será de grande valia esta ferramenta, pois estes são visuais, e é uma grande oportunidade para o docente ajudar a desenvolver o seu intelecto bem como na construção do seu conhecimento. 
“Cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e os muitos procedimentos metodológicos. Mas também, é importante que amplie, que aprenda a dominar as formas de comunicação interpessoal/grupal e as de comunicação audiviosual/telemáticas. (MORAN, 2000, p. 32)
	Para que o professor faça uso das novas técnicas de mídia é preciso forma-los da mesma maneira que irá trabalhar. Incluir nos seus currículos as novas tecnologias de informação que para muito seja novidades. É preciso que tenha interesse de aprender essa nova técnica que está fazendo a revolução dentro da escola, principalmente dentro de sala de aula. Nos dias atuais professor criammétodos para trabalharem dentro de sala com seus alunos, e quando estão fazendo uso das tecnologias, fazem adaptações em suas aulas com jogos pedagógicos eletrônicos e criativos envolvendo a turma. Sua formação precisa de um currículo relacionando pratica e teoria.
Para que os docentes possam trabalhar com as tecnologias da informação e comunicação, chamadas de TIC’S é preciso que tenha uma infraestrutura adequada e um investimento que venha a privilegiar a formação do mesmo. A formação continuada foi o meio que o Ministério da Educação encontrou para melhorar a qualidade da educação no país.
“O termo formação continuada vem acompanhado de outro, a formação inicial. A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e práticos destinados à formação profissional, completados por estágios. A formação continuada e o prolongamento da formação inicial, visando o aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio contexto de trabalho e o desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além do exercício profissional”. ( Libâneo, 2004,p.227).
Os recursos tecnológicos a todo instante são atualizados, as informações sofrem transformações, portanto, requer do docente um método de ensino que tenha uma interação com os alunos para que reflita criticamente de um determinado assunto. Desta forma o professor é responsável por ordenar capacidades cognitivas individuais e coletivas.
Criados para auxilia o professor e alunos no processo aprendizagem, as tic’s vem complementar a prática pedagógica dos professores. Contribuem de reforço de conteúdo como editor de texto, planilha de cálculo. Mas para que isto aconteça é preciso ter um software de qualidade, que atinja os objetivos propostos para educação.
“Qualificação mais elevada e de melhor qualidade de caráter geral do trabalhador, inclusive como condição para quebrar a rigidez da tecnologia, centrada no desenvolvimento de capacidade cognitivas e operativas encaminhadas para um pensamento autônomo, e criativo”. (Libâneo,2011,p 06).
Os professores que utilizam os recursos educativos tecnológicos devem estar atentos as mudanças das mídias e suas inovações em aplicativos educacionais e métodos de avaliação de softwares educativos e de qualidade.
Avaliação das tic’s(Tecnologia da Informação e Comunicação) educacional vem sendo definido como padrão de informação e comunicação. O professor que usa software na aprendizagem do aluno, precisa fazer parte da equipe avaliadora para que os produtos que a escola venha adquirir seja o mais adequado para o ensino.
“O software educativo é uma ferramenta que deve estar integrada ao projeto pedagógico da escola como um dos recursos didáticos disponibilizados para o professor no seu papel de mediador do processo de ensino aprendizagem”(Oliveira.2001, p 90).
Para sua aplicabilidade do software o conteúdo deve ser apresentado de forma objetiva onde prioriza a interatividade e criatividade, sendo estimulante e provocativo para prender a atenção do aluno, onde a avaliação de aprendizado deverá ser feita através de exercícios ou situações problemas.
4.FORMAÇAO DO SURDO NO ENSINO SUPERIOR
A partir da Lei n° 10.436/2002 – Lei de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), buscou-se pela comunidade surda respeito pela inclusão de seus direitos na sociedade. Mas, foi somente com o Decreto n°5626/2005 esses direitos começaram a caminhar a aplicabilidade regulamentou a lei de LIBRAS que principalmente no que diz respeito sobre inclusão escolar. Apesar de existirem Leis, Convenções falando do assunto e a Constituição Federal de 1988 dispondo em seu artigo 5° Caput “Todos são iguais” perante a Lei (...). Mas, o que se via era segregação desses direitos. A partir desse decreto a comunidade surda através dos projetos existentes e associações voltada para inclusão da pessoa com deficiência auditiva/surdez começaram a lutar pelos direitos que existia somente no papel e que não eram colocados em prática. Apesar da lei vir como disciplina curricular em algumas graduações de formações de professores, nível médio e superior, curso de fonoaudiologia e em todas as instituições de ensino de todas as esferas federal. 
No ano de 1996, o MEC (Ministério da Educação e Cultura) em um documento circular n°277/ME/96, recomendava que as instituições do ensino superior adaptassem suas provas de vestibulares para que o futuro acadêmico fizesse uma avaliação justa e de igualdade com os ouvintes. Mas, o que ocorre hoje que muitas instituições de ensino superior não fazer prova para o vestibulando em libras, eles concorrem uma vaga para o seu curso tão esperado em desigualdade com o vestibulando ouvinte. É nítido o descaso com o vestibulando que possuir deficiência auditiva/surdez. Contudo verifica-se não aplicabilidade do princípio da isonomia previsto da Constituição Federal de 1988. 
Ao adentrar na Instituição de Ensino o acadêmico surdo passam por vários desafios, quais sejam: a aceitação dos demais colegas de sala, professores que estão aprendendo ou não sabem lidar com o aluno, a falta de interprete é constante acontecer, tendo o acadêmico que buscar o judiciário para que seja atendido o que está previsto em lei. Conforme o Decreto n°5626/05 no seu artigo 23 CAPUT.
 Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica intérprete de Libras - Língua Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação.
 Quando foi promulgada a lei de Libras, muitas escolas tiveram que se adaptar a nova situação, muitos professores tiveram que fazer o curso de formação continuada que até então só existia pouquíssimos professores que possuíam conhecimento sobre o assunto de deficiência auditiva/surdez e que estavam na batalha de aprender a lidar com esse aluno. Aqui em Porto Velho não foi diferente, não tinha profissionais capacitados e nem interprete de libras. No artigo 205 da Constituição Federal de 1988 é bem claro quando dispõe sobre o dever do Estado proporcionar educação adequada a todos os alunos.	
Art.205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para trabalho.
Portanto é dever do Estado facilitar ao aluno surdo o ingresso ao Ensino Superior, dando todo aparato necessário para que este possa ter uma educação adequada ,abrindo maior números de vagas mais do que são ofertada hoje nas universidades, seja qual for a esfera federal, para que possam se desenvolver intelectualmente e profissionalmente, ter equipamento adequado para o ensino, professores especialista na educação do surdo, com recurso tecnológico auxiliando o professor em suas aulas como: Datashow, televisão, Dvd, laboratório de informática com internet que será de grande valia para aprendizagem do aluno surdo em sala facilitando a comunicação e pesquisando em tempo real , fazendo-o ser incluído na sociedade cibernética facilitando sua interação com outro individuo, seja nos sites de pesquisa ou redes sociais voltado para pesquisa cientifica.
As NTICs oferecem possibilidades inéditas de interação midiatizada (professor/aluno; estudante/estudante) e de interatividade com materiais de boa qualidade e de grande variedade. As técnicas de interação mediatizada criadas pelas redes telemáticas (e-mail, listas de grupos de discussão, webs, sites etc), apresentam grandes vantagens pois permitem combinar a flexibilidade da interação humana(...) com a independência no tempo e no espaço (BELLONI 1999, p.59).
O professor possui várias formas de utilizar a mídia no seu plano de aula, no momento que é aplicado em sala. Essa estratégica contribui para o processo de formação e desenvolvimento do aluno, e com isso, facilita a aplicabilidade do conteúdo ministrado levando uma aprendizagem mais satisfatória. Todavia, para se terum resultado positivo o docente tem que buscar cursos de extensão voltado para educação de surdo, o currículo deve ser trabalhado de forma que ao utilizar essa nova tecnologia prepara o aluno para vida em sociedade. Uma ferramenta muito utilizada dentro de sala a Webquest que é uma metodologia de fazer pesquisa na internet, voltada para a educação, estimulando o aluno a pesquisa na Web e ter um pensamento crítico, seus recursos podem ser vídeos, sites ou páginas da web, livros digitais, DVD. Essa ferramenta é criada pelo professor para que tenha integração, extensão e incentivar o trabalho em grupo. O que faz ser mais acessível ao aprendizado do aluno. É uma forma de incluir o aluno surdo com os demais da sala de aula, integrando, interagindo para que seja criado um ambiente propicio ao seu desenvolvimento.
A inovação da tic’s veio para melhorar métodos já existente no ensino, não sendo fonte única para o processo de aprendizagem e do processo do crescimento educacional, deve ser adquirida também com a vivência do seu dia a dia, proporcionando ao aluno uma participação mais ativa e um pensamento mais crítico.
4.1.Estrutura Física e os Recursos Tecnológicos disponíveis no Ensino Superior no Atendimento dos Alunos com Deficiência auditiva/Surdez. 
A atividade desenvolvida para atender ao objetivo, foi realizada na UNIRON – Faculdade de Educação de Porto Velho, em entrevista com a professora e Coordenadora de Pós-Graduação em Libras (Língua Brasileira de Sinais). 
 A intenção foi obter informações daqueles que estavam vivendo a experiência das relações de ensino-aprendizagem no dia a dia da sala de aula e os recursos por eles utilizados para seu desenvolvimento do aluno surdo.
A instituição pesquisada é da rede privada, recebe alunos com deficiência auditiva/surdez desde de 2009. Sendo que o primeiro aluno foi no curso de arquitetura e urbanismo. Atualmente a faculdade possui uma aluna no curso de graduação de pedagogia e 03(três) na pós-graduação em Libras e Educação de Surdos. Os alunos entram através de provas de vestibular com método igual dos vestibulandos ouvindo, mas com seu direito reservado de ter um interprete. Na hora de sua inscrição, o vestibulando informa sua deficiência e que precisa de 01 (hum) interprete de libras no dia do certame. A prova é feita em língua portuguesa, a redação é corrigida na estrutura da Libras. A professora de língua portuguesa se não souber libras é acompanhada de um interprete de libras que explica da especificidade da pessoa surda e da sua escrita, para que o vestibulando tenha seus direitos de igualdade garantido como os demais que estão no processo seletivo. Após a sua aprovação no ato da matricula, o futuro acadêmico informa que é preciso ter um interprete de Libras para auxilia-lo em sala. A instituição providencia através de seleção que passará por uma banca avaliadora. 
Ao iniciar o ano letivo os professores que terá um aluno com deficiência auditiva/surdez em sala, são orientados como deve ministrar aula para este aluno, com suas especificidades. 
Informou também que a faculdade Uniron possui um projeto de capacitação onde o professor faz um curso de 12 módulos, com duração de 01 (hum) ano e que 01 desses módulos a disciplina é Libras, para capacitar o professor para que tenha o conhecimento didático e metodológico e os recursos tecnológicos para atender esse aluno surdo. E em contribuição, a mídia veio para ajudar enriquecer à aula auxiliando o docente, e que através desses recursos tecnológicos eles podem tirar dúvidas, interagir com todos os colegas de sala. A faculdade possui dois laboratórios de informática onde o professor utiliza para dar sua aula, e fazer pesquisas em conjunto com os alunos ouvinte e surdos. Dentro de sala de aula o professor utiliza todos os recursos tecnológico necessários para que tenha inclusão de todos os alunos. Utiliza a Web Quest que faz com que os alunos trabalhem em grupo facilitando a interação a aprendizagem e ter pensamento crítico do conteúdo que está sendo aplicado em sala. Os professores trabalham com vídeo, Datashow, livros em PDF, CD-ROM e principalmente a internet. Pois, todos esses recursos são acessíveis ao aluno surdo, por ser recurso visuais.
Consideramos que a Web Quest é mais uma ferramenta que soma às estratégias e metodologias de ensino, sendo sua característica principal promover a aprendizagem significativa, onde a construção do conhecimento é viabilizada pela utilização dos recursos da Internet. Não sãos os recursos que geram a aprendizagem, Esta é a exploração das diversas informações que os recursos tornam acessíveis. (ARAÚJO, 2005, p. 32-33)
A aluna do curso de graduação em Pedagogia e os alunos da pós-graduação em Libras e Educação de Surdo, podem contar com o apoio da coordenação da instituição que possui conhecimento e experiência para acompanha-los durante sua permanência no curso, com todos os recursos bibliográficos e tecnológicos necessários para sua aprendizagem e desenvolvimento, interação e informação.
5.TIC’S E EDUCAÇÃO DISTÂNCIA
O Decreto n°5.622/2005 em seu artigo 1° traz o conceito de EaD (Educação a Distância). Através da Internet foi possível criar uma plataforma de estudo sem que aluno e professor estivessem presente no mesmo espaço físico.
Art.1°Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos
EaD no Brasil teve início no século XX. Com as inovações industriais as fabricas precisavam de trabalhadores com pelo menos o mínimo de conhecimento para que pudessem saber manusear as máquinas as quais trabalhavam.
Na década de 1930, a Educação a distância teve um olhar diferente, pois a sociedade através de políticas públicas enxergou oportunidades das pessoas que eram analfabetas estudarem. Como já foi citado nesse artigo o Instituto Universal Brasileiro, o telecurso 2°grau foram de grande valia na profissionalização destas pessoas.
A caminhada da EaD no Brasil foi muito significativa desde a década de 1970, iniciando cursos de capacitação para professores através de seminários Brasileiros de Tecnologia Educacional. Surgiram vários projetos com o apoio do MEC (Ministério da Educação e Cultura) e até os dias atuais estão surgindo cursos que capacitam profissionais na área da Educação e profissionalização.
Um grande desafio para tecnologia nos últimos anos foi a possibilidade de se estudar a distância, que veio para dá um solto na Educação Brasileira e proporcionar a pessoa que não tem possibilidade de frequentar um curso superior ou um curso de especialização presencial. 
A educação a distância (EaD) oferece estrutura e plataforma adequada para conhecimento e aprendizado da pessoa que está estudando através desse sistema de ensino. Os docentes estão presentes em todos os momentos dos estudos virtualmente, nenhum aluno fica sem assistir as aulas e nem deixa de fazer pesquisas de assuntos que são atualizados constantemente.
A Educação a Distância (EAD) está crescendo e dando oportunidade a pessoas que antes não podiam fazer uma graduação, principalmente aquelas com necessidades especiais, entre elas pessoas com surdez. Hoje é enfatizado a capacitação de professores nessa área e o desenvolvimento de software que permitem acesso através da internet. A Educação a Distância (EAD) é uma opção que traz vantagens ao surdo principalmente por ser um meio que possui maior facilidade para estudar através dessa modalidade, é um curso flexível por disponibilizar materiais didáticos e intérpretes em Libras. Por este motivo a educação à distância tem-se ganhado mais alunos principalmente no Ensino Superior.
A educação a distância através da Lei de Diretrizes e Bases da educação
– Lei 9,394/96 obteve respaldo legal para sua realização, que dispõem em seu artigo 80 em seu CAPUT,a possibilidade de uso da modalidade de educação a distância em todos os níveis de ensino.
	O computador e a internet criaram inúmeras possibilidades de comunicação entre os surdos, onde a tecnologia possui papel significativo deste aluno. O professor para trabalhar nessa modalidade tem que estar preparado para enfrentar os desafios que EAD oferece. É preciso salientar a importância da mediação pedagógica adequada para que seja reconhecido as necessidades e características de cada aluno.
O compromisso do docente é com o desenvolvimento do educando para a vida em área profissional e social, sua mediação deve explorar os recursos presentes nessa realidade para que o indivíduo saiba utilizá-los de maneira consciente, progressiva, crítica e a fim de exercer efetiva participação em seu meio.
“Por novas tecnologias em educação, estamos entendendo o uso da informática, do computador, da internet, do CD-ROM, da hipermídia, da multimídia, de ferramentas para educação a distância como chats, grupos ou listas de discussão, correio eletrônico etc. E de outros recursos de linguagens digitais de que atualmente dispomos e que podem colaborar significativamente para tornar o processo de educação mais eficiente e mais eficaz”. (MASETTO, 2000, p. 152).
	Deste modo a universidade voltada para EaD possui um papel significativo na vida dos surdos que estuda nessa modalidade, pois estes terão acesso a sua língua materna LIBRAS, ter o mesmo material que um aluno ouvinte, passa a ter desde já a inclusão tão almejada por todos e não se sentem discriminados.
CONSIDERAÇÃO FINAIS 
Não se pode negar que a tecnologia é um dos principais instrumentos de informação no mundo contemporâneo. Quando surgiu dando sua ajuda para melhorar o desenvolvimento da sociedade, não se pensava em que ponto chegaria. Hoje é a chave mestra para globalização se expandir virtualmente.
A aplicação na Educação não foi diferente, começou por cursos através de correspondência, chegando nos dias atuais dentro de sala de aula, auxiliando no ensino e aprendizagem do aluno surdo dentro do Ensino Superior, fazendo com que paradigmas tradicionais sejam quebrados, com utilização recursos tecnológicos, aplicativos que estão servindo de ferramentas para auxiliar o professor em sua prática, contribuindo para que haja comunicação entre este e o aluno. Para tanto é preciso está preparado para trabalhar com esse público alvo.
As tic’s veio trazer inclusão digital não só para ouvintes e que possuíam de alguma maneira melhor condição econômica para utiliza-la. Veio trazer também inclusão social para pessoas que passaram anos a margem da sociedade e que hoje buscam reconhecimento como ser humano, profissional e acadêmico. Construindo um ser pensante, crítico para estar em sociedade, contribuindo com o desenvolvimento da mesma. Não se importando se esse conhecimento acadêmico foi adquirido de forma presencial ou Educação a Distância (EaD). Todavia, esse conhecimento está amparado pela Constituição Federal de 1988, bem como leis infraconstitucionais que dão suporte basilar para seus direitos adquiridos sejam colocados em prática e não ficar somente no papel.
REFERÊNCIA 
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