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PLACENTA E MEMBRANAS FETAIS PROFª MAYANNA CABRAL DICAS DE LEITURA http://www.dacelulaaosistema.uff.br/?p=702 Embriologia Moore O QUE É PLACENTA E MEMBRANAS FETAIS? A placenta é um órgão fetomaterno que separa o feto do endométrio – camada interna do útero. É o local onde ocorrem as trocas gasosas e de nutrientes entre mãe e feto. A placenta, suas membranas fetais e o cordão umbilical são estruturas temporárias que serão expelidas/retiradas após o parto ESTRUTURAÇÃO MEMBRANAS FETAIS (córion, âmnio, saco vitelino, alantóide) e PLACENTA - separam o feto do endométrio Porção fetal – origina de parte do saco coriônico → córion viloso Porção materna – derivada do endométrio → decídua basal PLACENTA + CORDÃO UMBILICAL = sistema de transporte. DECÍDUA - do lat. deciduus = que cai (separa do útero após parto) DECÍDUA Refere-se ao Endométrio Gravídico – a camada funcional de um endométrio de uma mulher grávida. Aumento dos níveis de progesterona → aumenta tecido conjuntivo do endométrio → formar as células da decídua. Apresenta 3 regiões: Decídua basal – situada mais distante do concepto, forma o componente materno da placenta - invadida por vilosidades; Decídua capsular – parte superficial da decídua - recobre concepto Decídua parietal – mucosa de revestimento remanescente no útero – parte restante da decídua. Lembrando... Reação decidual - com a implantação do concepto, as células do tecido conjuntivo em torno do local de implantação acumulam glicogênio e lipídios, assumindo um aspecto poliédrico. São as células deciduais que tem como função fornecer ao concepto um local imunologicamente privilegiado. Desenvolvimento do Córion Lembrando...Córion É uma membrana. É um componente fetal da placenta. Na região da decídua basal o Córion aparece com grandes projeções = vilosidades coriônicas. Nesta região o Córion pode ser chamado de Córion Viloso ou Córion Frondoso. PLACENTA COMPONENTE FETAL: é formado pelo Córion viloso. COMPONENTE MATERNO: é formado pela decídua basal Placenta (do grego plakus, bolo achatado) tem forma discóide. Tem diâmetro entre 15 e 20 cm e espessura de 2 a 3 cm. Pesa entre 500 e 600 g, correspondendo usualmente 1/6 do peso do feto. As margens da placenta são contínua com os sacos amniótico e coriônico rompidos. FUNÇÕES DA PLACENTA Metabolismo placentário Sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos – fonte de nutrientes Secreção Endócrina hormômios proteicos (gonodotropina – hCG e outros) e esteróides (progesterona e estrógenos) secretados pela placenta Transporte placentário Difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose Transferência de gases (O2, CO2, CO); Substâncias nutritivas: água, glicose, vitaminas Hormônios: protéicos e esteróides Anticorpos maternos – conferem imunidade ao feto Produtos de excreção – uréia, ácido úrico Drogas; heroína, analgésicos, sedativos agentes infecciosos: rubéola, sarampo, poliomielite, sífilis, Toxoplasma CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA ramificações das vilosidades-tronco → ocorre troca substâncias através da membrana placentária entre feto e mãe CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA FETAL CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA MATERNA CORDÃO UMBILICAL 1 a 2cm de diâmetro e 55cm comprimento uma veia (sangue arterial para feto) duas artérias (sangue venoso do feto) tecido conjuntivo mucoso – envolve artéria e veia Cordão muito longo – causar prolapso ou se enrolarem em torno do feto – deficiência de oxigênio Cordão muito curto – causar a separação prematura da placenta da parede do útero durante o parto. ÂMNIO Forma saco amniótico cheio de líquido; Junção do âmnio com bordas do disco embrionário – depois do dobramento forma o futuro UMBIGO; Contém líquido amniótico. FUNÇÕES ÂMNIO Proteção mecânica; Permite movimentos livres os quais influenciam o desenvolvimento neuromuscular Antibacteriano Permite o crescimento fetal Proteção contra adesões VOLUME aumenta lentamente: 10 semanas: 30 ml, 20 semanas : 350 ml, 37 semanas: 700 a 1.000 ml. LÍQUIDO é deglutido pelo feto ⇒ absorvido pelos tratos respiratórios e digestivo Vai para corrente sangüínea fetal e produtos de excreção nele contido cruzam a membrana placentária ⇒ e entram no sangue materno no espaço interviloso. COMPOSIÇÃO : 99% ÁGUA, 0,5% PROTEÍNAS, 0,5% CARBOIDRATOS, GORDURAS, ENZIMAS, HORMÔNIOS FUNÇÕES: permite crescimento externo simétrico do embrião e muscular; barreira contra infecções; protege traumatismos e choques; ajuda controlar temperatura do feto Poliidrâmnio: Volume maior de 2.000ml; é causado pela incapacidade do feto em engolir ou absorver normalmente o líquido amniótico. Oligoidrâmnio: Volume menor de 400ml; resulta, na maioria dos casos, de insuficiência placentária com fluxo sangüíneo placentário diminuído. Excesso de líquido amniótico ao redor do feto SACO VITELINO Com 32 dias o Saco vitelino é grande; Com 10 semanas fica reduzido ao um resquício periforme com cerca 5mm de diâmetro; Com 20 semana é muito pequeno, depois disso usualmente não é visível. FUNÇÕES Transferência de nutrientes para o embrião = 2ª e 3ª semana = circulação uteroplacentária ainda sendo estabelecida. Formação de Sangue = inicio 3ª semana até 6ª semana = depois a formação ocorre no fígado. Intestino primitivo = endoderma do saco vitelino é incorporado ao embrião. Células germinativas primordiais = na parede do endoderma do Saco vitelino = 3ª semana = Células germinativas primordiais migram para gônadas em desenvolvimento = origem espermatogônias e ovogônias. ALANTÓIDE membrana embrionária, formada a partir do intestino posterior, que serve para a respiração e excreção nos embriões de répteis e aves; nos mamíferos constitui parte do cordão umbilical e une-se com o cório para formar a placenta. http://www2.dracena.unesp.br/graduacao/arquivos/histol_e_embriol/placenta_atual.pdf CLASSIFICAÇÕES DE PLACENTA QUANTO SUA RELAÇÃO COM O ENDOMÉTRIO Adecíduas: a união entre a parte materna e fetal é frouxa e ampla, não havendo o desprendimento de tecidos endometriais na ocasião do parto; é também chamada de semiplacenta, ocorre no suíno, equino, bovino e pequenos ruminantes de maneira parcial; Decíduas: a união materno fetal é íntima com o endométrio; na ocasião do parto ocorre a perda de tecidos uterinos/endometriais; ocorre nos carnívoros, primatas, roedores e no homem. QUANTO A DISTRIBUIÇÃO DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS Placenta difusa completa: verificada no equino, todo cório é provido de vilosidades; Placenta difusa incompleta: verificada no suíno, quase todo o cório é provido de vilosidades; Placenta cotiledonária: encontrada nos ruminantes, as vilosidades se agrupam em pequenas regiões do cório (cotilédones); Placenta zonária: encontrada nos carnívoros, as vilosidades coriônicas se distribuem na forma de um cinturão; Placenta discoidal: encontrada nos primatas, homem e roedores; as vilosidades coriônicas se reúnem em uma área circular ou ovalada. QUANTO A ESTRUTURA HISTOLÓGICA Epiteliocorial: os tecidos maternos não sofrem destruição alguma e o epitélio faz contato direto com o cório (suíno, equino e bovino); Sindesmocorial: caracteriza-se por uma destruição parcial do epitélio uterino, ficando o tecido conjuntivo (sindesmo) em contato com o cório (ovelha e cabra); Endoteliocorial: evidencia uma destruição ampla das camadas superiores da mucosa uterina (epitélio e tecido conjuntivo), permanecendo o endotélio dos vasos maternos em contato com o cório (carnívoros); Hemocorial: o endotélio vascular materno também é destruído e o epitélio do cório banha-se diretamente com o sangue materno.(Humanos). QUANTO AS MEMBRANAS FETAIS Placenta coriônica: primeiro passo no desenvolvimento da placenta em todos os mamíferos. Placenta coriovitelínica: membrana coriônica conectada à circulação fetal pelos vasos vitelínicos (menor parte das placentas dos perissodactyla e carnívoros); Placentacorioalantóica: membrana coriônica conectada à circulação fetal pelos vasos alantoideanos (placenta da maioria dos mamíferos); Placenta vitelínica: epitélio do saco vitelínico com vasos vitelínicos conectados à circulação fetal (peixes, anfíbios e parte da placenta de roedores). Quanto aos modelos de interdigitação materno interdigitação materno-fetal Pregueada: pregas da mucosa uterina e trofoblasto se interdigitam (Suínos, Marsupiais E Primatas) Lamelar: pregas mais complexas com múltiplas ramificações, (Carnívoros e Primatas) Vilosa: Com cório viloso (ruminantes e humanos) Trabecular: Macacos Callithrix Labiríntica: cório penetrado por lacunas ou canais (Roedores, morcegos, coelhos, alguns primatas).
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