Buscar

Documento sem título

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE INDIVÍDUOS, GRUPOS E FAMÍLIAS – 
TEXTO DE REGINA CÉLIA TAMASO MIOTO 
 
 
Os termos orientação e acompanhamento são utilizados especificamente pelos 
Assistentes Sociais, porque se trata de ações profissionais atribuídas aos mesmos e 
são desenvolvidas em vários espaços ocupacionais. 
O texto aborda três formas: 
1. Situa na orientação e acompanhamento de usuários, discutindo a temática e 
vinculando ao caráter educativo da profissão. 
2. Trata do mesmo tema, focando em como são tratadas as ações 
socioeducativas, articuladas juntamente aos processos sócios assistenciais. 
Sendo que essas ações são relativas às políticas sociais, onde são enfatizadas as 
formas que os profissionais efetivam as mesmas, e que muitas vezes são vistas por 
muitos, como desafios. 
3. Aborda uma discussão sobre as ações profissionais frente às políticas sociais na 
dimensão técnico-operativa. 
 
O serviço social nos dá base para compreender que as ações profissionais estão 
intimamente relacionadas ao processo de reprodução social do trabalho, e como se 
dá essa relação do trabalhador com a sociedade capitalista. Relações estas cheias 
do valores, modos de vida, cultura, políticas, etnias; que são mediadas pelas 
políticas sociais, garantindo assim o acesso dos usuários a esses bens e serviços. 
“Entendemos que a profissão se institucionaliza e se desenvolve na sociedade 
capitalista como ação de cunho socioeducativo, inscrita no campo político-ideológico 
nos marcos institucionais das políticas sociais, públicas e privadas”. 
Segundo Gramsci, as atividades desenvolvidas pelos Assistentes Sociais, também 
tem uma “função pedagógica”, sendo um dos princípios educativo, acaba 
estabelecendo assim aproximação com as classes sociais. Esses resultados podem 
ser observados nos processos de lutas das classes subalternas, no cotidiano; até 
mesmo nas políticas sociais. 
Os profissionais por serem críticos, acabam construindo seu projeto ético-político, 
trazendo novo paradigma, ou seja, uma pedagogia emancipadora, que vão atribuir 
ao homem novas formas de pensar, agir, sentir, diante deste novo contexto 
histórico. Neste momento o profissional deixa de pensar em si próprio, e passa a 
agir em um sentido de totalidade. 
Portanto ao falarmos de orientação e acompanhamento, isto significa discutir 
também o caráter educativo dessas ações, que implica diretamente nas formações, 
condições e subjetividades dos grupos, indivíduos e famílias. Não devemos 
esquecer que esses sujeitos ocupam os espaços sócios ocupacionais do serviço 
social, e que precisam de respostas. 
Conforme o texto enfatiza a autora Mioto e Nogueira (2006) essas ações “Está 
vinculado a três grandes processos de articulação das ações profissionais que são: 
os processos político-organizativos, os processos de planejamento e gestão e os 
processos sócio assistenciais”. 
Portanto os movimentos políticos visam à organização da sociedade civil com 
objetivo de garantir e ampliar seus direitos, correspondendo às ações profissionais 
que somente serão possíveis através das ações desenvolvidas pelos Assistentes 
Sociais; que são responsáveis pelo processo de planejamento, gestão e 
administração de políticas sociais, dessa maneira, formando um conjunto de ações. 
Estas ações fazem parte da dimensão investigativa da profissão, são gestões 
vinculadas a três eixos assumindo objetivos diferenciados de diversas formas e que 
se desenvolverem de acordo com as demandas e necessidades vivenciadas. 
Podemos afirmar que a orientação e o acompanhamento, também estão vinculados 
ao atendimento de demandas singulares de indivíduos, grupos e famílias; pode-se 
apresentar como ações socioeducativas e desenvolver-se nos processos sócio- 
assistenciais, que de certa forma, acabam beneficiando aos usuários, enquanto os 
mesmo são sujeitos de direitos. 
A competência técnico-operativa no Serviço Social implica, necessariamente, 
competência teórico-metodológica e ético-política. E aqui vale sublinhar que não se 
trata da competência instrumental subordinada à lógica do capital e do mercado de 
trabalho (CHAUI, 1995), mas de uma competência que prima pela garantia dos 
direitos sociais dos usuários e que se propõe ao enfrentamento dos desafios e dos 
constrangimentos postos pela ordem neoliberal. Ao considerarmos a necessidade 
do profissional se dispor de um conjunto de competências que, articuladas entre si – 
e não isolada ou exclusivamente – lhe possibilitem analisar criticamente a realidade 
social e, em convergência com sua análise, desenvolver uma intervenção 
profissional qualificada. 
Conforme lembra Netto (2009, p. 696), o método de Marx é um método de 
conhecimento. E do conhecimento não se extraem diretamente “indicativos para a 
ação, para a prática profissional e interventiva. Mas não se terá uma prática 
eficiente e inovadora se ela não estiver apoiada em conhecimentos sólidos e 
verazes”. Requer do nós assistentes sociais o conhecimento teórico e direção 
política, mas igualmente conhecimento operativo.

Outros materiais