Formação e Cálculo de Preço Markup

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Formação e Cálculo de Preço -
Markup
RESSALTAR A IMPORTÂNCIA DO MARK-UP NA FORMAÇÃO DE PREÇOS E APRESENTAR SUA APLICAÇÃO
POR MEIO DE EXEMPLOS E RESOLUÇÕES.
AUTOR(A): PROF. DENISE BENINI DOURADO RIBEIRO
A formação de preço tem por objetivo alcançar um valor de venda que seja suficiente para suprir com os
custos e despesas envolvidos, e conseguir direcionar o lucro desejado.
Para gerenciar preços de venda é indispensável conhecer o custo do produto. Contudo, somente esta
informação, embora necessária, não é suficiente. É importante conhecer o grau de elasticidade de demanda,
o retorno dos investimentos realizados, a competitividade, os preços de produtos concorrentes, etc.; além
destes aspectos, é preciso conhecer o tipo de mercado em que a empresa irá atuar, partindo do monopólio
até a concorrência perfeita.
É pertinente ressaltar a conexão da área de custos com a formação do preço de venda.
Considerando esses aspectos, os preços podem ser fixados: com base nos custos, com base no mercado ou,
até mesmo, numa combinação de ambos.
“Para definir o preço de venda com base nos custos incorridos para fabricar um produto ou realizar um
serviço, agrega-se a esses custos uma margem conhecida como mark-up”(MEGLIORINI, 2012, p. 235).
Mark-up
O mark-up significa uma margem, geralmente representada por um índice ou percentual, que é adicionada
aos custo dos produtos. (MEGLIORINI, 2012)
Consiste em um dos métodos mais simples para formação dos preços dos produtos fabricados pelas
empresas, representando a soma das despesas gerais e administrativas, despesas comerciais, impostos e a
margem de lucro desejada.
Devido à realidade brasileira com tributos (impostos, taxas e contribuição de melhoria), nos deparamos com
diversas alíquotas.
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Legenda: TIPOS DE TRIBUTOS
Para melhor compreensão, veja exemplos de algumas situações:
COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social = 7,6%;
PIS – Programa de Integração Social = 1,65%;
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços = 18%;
IPI – Imposto sobre Produto Industrializado = de diversas alíquotas, normalmente em função da
essencialidade.
ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza = de 2% até 5%.
Os autores Veiga e Santos (2016) apresentam três observações pertinentes às alíquotas:
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Fonte: VEIGA E SANTOS, 2016, p. 93
Observação 1
essas alíquotas são exemplos, ou seja, podem variar conforme a situação, pois a legislação
tributária é muito complexa. O ICMS, por exemplo, dependendo do caso, pode ser de 7%, 12%,
17% ou 25%. Pode ocorrer a cumulatividade tributária em que o PIS é de 0,65% e a COFINS de
3%.
Observação 2
é importante destacar o princípio da não cumulatividade tributária, em que se podem
aproveitar os créditos dos impostos nas aquisições, compensando com os mesmo impostos
incidentes e devidos nas vendas realizadas. Esse princípio é aplicado para COFINS, PIS, ICMS
e IPI.
Observação 3 esses impostos são apenas alguns exemplos, pois no Brasil há mais de noventa tributos. 
 
SAIBA MAIS...
Para conhecer os Tributos acesse: http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm
Vale ressaltar que o ICMS é um imposto estadual, calculado "por dentro", ou seja, integra o preço de venda.
Já o IPI, é um imposto da União, calculado "por fora", ou seja, após obter-se o preço de venda (com o ICMS
incluído). 
Formação de preços com base em custos
Nesta forma de calcular preços (preços de dentro para fora) o ponto de partida é o custo do bem ou serviço
apurado segundo os critérios: Custeio por Absorção, Custeio Variável, Custeio ABC, etc.
Após definimos o custo, o preço de venda poderá ser calculado da seguinte maneira:
 
 
A seguir apresenta-se o exemplo do produto “Sou Bom”:
Custo unitário  R$ 11,70
Despesas Gerais de Administração 7% da receita bruta
Despesas comerciais (de vendas) 3% da receita bruta
Impostos sobre as vendas 21% da receita bruta
Margem de lucro desejada 4% da receita bruta
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Podemos contar com duas fórmulas para utilização do Mark-up: Divisor ou Multiplicador. Ambos resultarão
no mesmo preço de venda. Quando utilizamos o custo como base de sua formação, a definição de um mark-
up, divisor ou multiplicador, passa a ser seu objetivo. 
ASSIM:
Mark-up divisor: 
 
Mark-up multiplicador: 
 
Onde:
CTV = Custo total de vendas em %
De acordo com o exemplo acima, teremos:
Marku-up Divisor
 
Preço de venda: 
 
Mark-up Multiplicador
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Preço de venda: PV = Cunt x MKM
Veja alguns exemplos de aplicação de mark-up na formação de preços:
Para finalizar, este tópico ressaltou a importância do Mark-up na formação de preços. Apresentou seu
conceito e aplicação por meio de exemplos e resoluções. 
Agora, para fixar seus conhecimentos, que tal realizar os exercícios propostos.
ATIVIDADE FINAL
Uma empresa apresentou os relatórios financeiros de seu único
produto: Custo Unitário de R$ 2,00, despesas administrativas 3%,
COFINS 7,6%, ICMS 17%, PIS 1,65%, margem de lucro 12%. Qual foi o
seu preço de venda?
A. R$ 4,85
B. R$ 3,40
C. R$ 2,40
D. R$ 1,20
Para definir o preço de venda com base nos custos incorridos para
fabricar um produto ou realizar um serviço, agrega-se a esses custos
uma margem conhecida como: 
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A. Receita de vendas
B. Margem de Contribuição
C. Mark-up
D. Margem de lucro desejado
O mark-up significa uma margem, geralmente representada por um
índice ou percentual, que é adicionada aos custo dos produtos. Assim,
podemos utilizá-lo na:
A. Formação dos custos
B. Formação de preços
C. Formação dos custos indiretos
D. Formação dos custos diretos
REFERÊNCIA
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 3ª  ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
VEIGA, Windsor Espenser; SANTOS, Fernando de Almeida. Contabilidade de Custos: gestão em serviços,
comércio e indústria. 1ª ed. ¿ São Paulo: Atlas, 2016.
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