Buscar

06 - Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços GET 02 0612

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MBA 
Gestão Financeira e 
Econômica de 
Tributos 
 
 
 
 
MBA em Gestão Financeira e 
Econômica de Tributos – 
GET ABC 02 
 
 
 
Coordenador Acadêmico Arnaldo Marques de Oliveira Neto 
amarques@fgvmail.br 
 
Coordenador Local Maria Elisa B. Scarpelli 
mariaelisa@strong.com.br 
 
Local de Realização 
STRONG - Santo André 
Santo André/SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcello Silva Barreto, Prof. 
marcello.silva@fgv.br 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE CUSTOS E 
FORMAÇÃO ESTRATÉGICA 
DE PREÇOS 
SUMÁRIO 
 
1. PROGRAMA DA DISCIPLINA ........................................................................... 1 
1.1 EMENTA ........................................................................................................ 1 
1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL .................................................................................. 1 
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................... 1 
1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ............................................................................ 1 
1.5 METODOLOGIA ............................................................................................... 2 
1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .............................................................................. 2 
1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ......................................................................... 2 
CURRICULUM VITAE DO PROFESSOR ...................................................................... 2 
 
2. MATERIAL COMPLEMENTAR ............................................................................ 3 
2.1 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 3 
2.2 CASES E EXERCÍCIOS ................................................................................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 
1.1 Ementa 
Os objetivos da Gestão de Custos, As Terminologias e Classificações da Gestão de 
Custos. Custeio por Absorção. Custeio Variável. Custeio ABC – Activity Based Costing. 
Análise da Relação Custo-Volume-Lucro. Margem de Contribuição. Ponto de Equilíbrio 
Contábil, Econômico e Financeiro. Margem de Segurança. Grau de Alavancagem 
Operacional. Decisão de Preço considerando Metas de Vendas com Objetivo de Lucro. 
Decisão de Preço quando Varia o Preço do Insumo. Decisão de Aceitar ou Rejeitar uma 
Proposta. Decisão de Preço Considerando o Retorno sobre o Investimento. Retirar ou 
Adicionar um Produto de Linha. Decisão de Comprar ou Fazer. Formação de Preços. 
1.2 Carga horária total 
24 horas/aula 
1.3 Objetivos 
Apresentar a terminologia da Gestão de Custos; 
Apresentar a classificação dos Custos e das Despesas; 
Apresentar os Métodos de Custeio; 
Identificar a Margem de Contribuição; 
Identificar o Ponto de Equilíbrio Contábil; 
Identificar o Ponto de Equilíbrio Econômico; 
Identificar o Ponto de Equilíbrio Financeiro; 
Identificar a Margem de Segurança; 
Identificar o Grau de Alavancagem Operacional; 
Decisão de Preço considerando Metas de Vendas com Objetivo de Lucro; 
Decisão de Preço quando Varia o Preço do Insumo; 
Decisão de Aceitar ou Rejeitar uma Proposta; 
Decisão de Preço Considerando o Retorno sobre o Investimento; 
Retirar ou Adicionar um Produto de Linha; 
Decisão de Comprar ou Fazer; 
Analisar o Mark-up para determinação do Preço de Venda. 
1.4 Conteúdo programático 
Objetivos da Contabilidade de Custos – Terminologias de Custos. Classificação de 
Custos. Sistema de Acumulação. Custos Fabris. 
 
Métodos de Custeio – Apresentação aos Métodos. Método de Custeio por Absorção ou 
Funcional. Método de Custeio Variável ou Direto. Método de Custeio por Atividades 
(ABC). 
 
Tomada de Decisão Baseada em Custeio Variável – Premissas. A Relação Custo-
Volume-Lucro. Análise do Ponto de Equilíbrio. Margem de Segurança. Grau de 
Alavancagem Operacional. Decisões Estratégicas. 
 
2 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Formação de Preços – Abordagens quanto à formação de preços. Formação de Preços 
Baseada em Gastos. 
1.5 Metodologia 
Aulas teórico-expositivas, discussão dos conceitos, exercícios e estudo de casos. 
1.6 Critérios de avaliação 
100% - Atividade Individual, sob a forma de prova. 
1.7 Bibliografia recomendada 
ALVES, Revson; Contabilidade Gerencial. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2013. 
BERNARDI, Luiz. Manual de Formação de Preços. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
COGAN, Samuel. Custos e Formação de Preços. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2013. 
DUBOIS, Alexy; et al. Gestão de Custos e Formação de Preços. São Paulo: Atlas, 2009. 
MARTINS, Eliseu; ROCHA, Welington. Contabilidade de Custos. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 
2010. 
MEGLIORINI, Evandir. Custos Análise e Gestão. 3ª ed. São Paulo: Editora Pearson, 2012. 
PINTO, Alfredo; et al. Gestão de Custos. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011. 
SANTOS, Joel José. Contabilidade e Análise de Custos. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
SILVA, Raimundo; Lins Luiz. Gestão de Custos, Contabilidade, Controle e Análise. 2ª ed. 
São Paulo: Atlas, 2013. 
VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério. Contabilidade de Custos. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 
2013. 
 
Curriculum vitae do professor 
Marcello Silva Barreto é Mestre em Administração de Empresas com ênfase em Gestão 
Empresarial pela Fundação Getulio Vargas - FGV. Pós-graduado em Contabilidade - 
International Financial Reporting Standards – IFRS pela Universidade de São Paulo - USP 
e em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getulio Vargas - FGV. 
Contador pela Faculdade Moraes Junior – Instituto Brasileiro de Contabilidade. Possui 22 
anos de experiência profissional nas áreas de controladoria, contabilidade e financeira, 
tendo atuado como executivo em diversas instituições brasileiras e estrangeiras. 
Atualmente é consultor de diversas instituições no Brasil. É professor da Fundação 
Getulio Vargas – FGV dos programas de MBA nas disciplinas de Contabilidade Avançada, 
Contabilidade de Ativos Relevantes, Contabilidade de Receitas, Contingências e Grupos 
Empresariais, Contabilidade Financeira, Contabilidade para Executivos, Contabilidade 
Empresarial, Gestão Contábil Financeira, Gestão de Custos, Gestão Estratégica de 
Custos e Gestão de Custos Industriais. 
 
 
 
 
 
3 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
2. MATERIAL COMPLEMENTAR 
2.1 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
HISTÓRIA DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade financeira, quando da necessidade de 
avaliar estoques na indústria, mais especificamente com o início da Revolução industrial. 
 
Anteriormente a esse período, os produtos eram fabricados por artesãos que, vias de 
regra, não constituiam pessoas jurídicas e pouco se preocupavam com o cálculo de 
custos. 
 
Contabilidade de custos é uma disciplina técnica para identificar, mensurar e informar os 
custos dos produtos e serviços aos usuários da contabilidade: administradores, 
investidores, fornecedores etc. 
 
A contabilidade de custos tem como objetivo auxiliar a administração da empresa, 
apresentando as seguintes qualidades: 
 
a) ajudar a determinar o preço normal ou satisfatório para os produtos vendidos; 
b) determina os produtos mais rentáveis e os não rentáveis; 
c) controla os estoques – matéria prima, em elaboração e produtos acabados; 
d) apresenta a eficiência dos processos de fabricação; 
e) detecta as perdas e desperdícios; 
f) separa custo com ociosidade do custo de produção. 
 
 
FINALIDADE DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A Contabilidade de Custos ocupa-se da classificação, agrupamento, controle e atribuição 
dos custos, sendo que os custos coletados servem a três finalidades principais: 
 
a) Fornecer dados de custos para a medição dos lucros e avaliação dos estoques. 
b) Fornecer informações aos dirigentes para o controle das operações e atividades da 
empresa. 
c) Fornecer informaçõespara o planejamento da direção e a tomada de decisões. 
 
Em resumo, a Contabilidade de custos, fornece informações para: 
 
a) A determinação dos custos dos fatores de produção; 
b) A determinação dos custos de qualquer natureza; 
c) A determinação dos custos dos setores de uma organização; 
d) A redução dos custos dos fatores de produção, de qualquer atividade da empresa; 
e) À Administração, quando esta deseja tomar uma decisão, estabelecer planos ou 
solucionar problemas especiais; 
4 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
f) O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo ocioso dos operários, da 
capacidade ociosa do equipamento, dos produtos danificados, do trabalho necessário 
para conserto, dos serviços de garantia dos produtos; 
g) A determinação da época em que se deve desfazer de um equipamento, isto é, 
quando as despesas de manutenção e reparos ultrapassarem os benefícios advindos da 
utilização do equipamento; 
h) A determinação dos custos dos inventários com a finalidade de ajustar o cálculo dos 
estoques mínimos, do lote econômico de compra e da época de compra; 
i) O estabelecimento dos orçamentos; 
j) A determinação do preço de venda dos produtos ou serviços. 
 
CONCEITOS APLICADOS À CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
Gasto 
Sacrifício financeiro com que a entidade arca para obtenção de um produto ou serviço 
qualquer. 
 
Sacrifício este representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente 
dinheiro). É o ato primeiro, antevêem a despesa, ao custo, a imobilização etc. 
 
Esse conceito é amplo e se aplica a todas as variações monetárias (saídas) ocorridas na 
entidade, sendo aplicável também a aquisições a prazo. Assim, temos gasto com a 
compra de matéria-prima, gastos com mão-de-obra, tanto na produção como na 
distribuição, gastos com honorários da diretoria, gastos na compra de um bem 
imobilizado etc. 
 
Investimentos 
São os gastos que têm como contrapartida um ativo. 
 
Custos 
São os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou 
serviços. 
 
Despesas 
Representam os bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção 
de receitas. 
 
A diferenciação entre custos e despesas é importante para a contabilidade financeira, 
pois os custos são incorporados aos produtos (estoques), ao passo que as despesas são 
levadas diretamente ao resultado do exercício. Entretanto, no enfoque gerencial essa 
diferenciação não muito relevante. 
 
Os contadores de custos devem dispensar a mesma atenção aos custos e as despesas. 
Se a eficiência é importante no setor de produção, ela deve ser considerada da mesma 
forma na área administrativa. 
 
 
 
5 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Desembolso 
Representa o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Não se confunde 
com o gasto, uma vez que podem ocorrer em momentos distintos. 
 
Exemplo: Em uma compra a prazo, o gasto se dá quando da transferência da 
propriedade do bem, ocorrendo o desembolso no momento do pagamento. 
 
Perda 
As perdas correspondem a gastos não intencionais decorrentes de fatores externos, 
fortuitos (perdas anormais) ou da atividade normal da empresa (perdas normais). 
 
Todo processo produtivo pode gerar restos decorrentes da atividade desenvolvida 
(previsionais), que são considerados normais à atividade, e, por conseqüência englobam 
o custo do produto fabricado. As perdas normais com matérias-primas integram o custo 
de produção do período. 
 
Contudo, as perdas anormais, como as provenientes de erros de produção, incêndios, 
obsolescência, erros humanos etc., são consideradas despesas do período, sendo 
contabilizadas como tal, incidindo diretamente no resultado do exercício, não sendo 
ativadas (não compõem os custos dos produtos, simplesmente reduzem o resultado do 
período). 
 
Exemplos: 
 
O gasto de mão-de-obra durante um período de greve, por exemplo, é uma perda 
(despesa). 
 
O material deteriorado por um defeito anormal de um equipamento provoca uma perda 
(despesa). 
ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
1º Passo - A separação entre custos e despesas 
2º Passo - A apropriação dos custos diretos 
3º Passo - A apropriação (rateio) dos custos indiretos 
 
 
6 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
FLUXO DOS CUSTOS E DESPESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os custos efetuados em uma linha de produção devem ser classificados em relação 
aos produtos fabricados e em relação aos níveis de produção. 
 
A correta classificação dos custos facilita a administração da empresa na tomada de 
decisão quanto ao uso de material e a departamentalização dos custos por produtos. 
 
 
Classificação em Relação aos Produtos Fabricados: 
 
Custo Direto 
São os custos apropriados diretamente a cada produto fabricado, sem a necessidade de 
rateios. 
 
Estes custos podem ser identificados na composição do produto, e variam de acordo com 
a quantidade produzida. São eles: 
 
a) Matérias primas; 
b) Embalagens; 
CUSTOS 
DIRETOS 
INDIRETOS 
FIXOS 
VARIÁVEIS 
8 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
c) mão de obra direta; e 
c) outros materiais diretos. 
 
Exemplos: 
 
a) Em uma fábrica de móveis, a madeira é um material essencial para a produção e 
pode-se medir quanto será utilizado de madeira para fabricar cada peça, portanto os 
gastos com esse produto utilizado na fabricação de móveis é um custo direto. 
 
b) Em uma fábrica de automóveis, alguns materiais são essenciais para sua fabricação, 
como o aço para os pneus, bancos etc. e são facilmente identificáveis em cada veículo 
produzido, podendo seus gastos ser medidos em cada veículo, portanto são custos 
diretos do veículo produzido. 
 
 
Custo Indireto 
São gastos necessários à produção, mas nem sempre podem ser identificados e 
mensurados em cada unidade do produto. 
 
Para se chegar ao custo de produção, é necessário fazer um rateio desses custos para 
determinar o quanto cabe a cada produto. 
 
Exemplos: 
 
a) Para produzir os móveis, a fábrica precisa de máquinas. Essas máquinas sofrem um 
desgaste com o tempo (depreciação) e precisam de manutenção, mas você não vê, no 
produto, depreciação nem gastos com manutenção, e nem sequer pode medir quanto há 
de depreciação em cada unidade produzida, portanto os gastos com depreciação e 
manutenção são custos indiretos. 
 
b) O mesmo acontece com a indústria automobilística. Existem gastos com a supervisão 
da fábrica, com a supervisão das linhas de produção, mas não conseguimos identificar 
gastos com supervisão em um automóvel qualquer. Esses gastos são rateados à 
produção dos automóveis para se chegar ao custo final do produto, portanto são custos 
indiretos de fabricação. 
 
Exemplos: 
a) aluguel da fábrica; 
b) imposto predial da fábrica; 
c) seguro da fábrica; 
d) manutenção da fábrica; 
e) depreciação; 
f) materiais indiretos; 
g) mão de obra indireta; 
h) energia elétrica da fábrica. 
 
9 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Observações Importantes: 
 
a) Quando a empresa produz somente um produto, todos os seus custos são diretos. 
 
b) Há determinadas situações em que o custo é direto, mas, é de tão pequeno valor que 
não compensa o trabalho de associá-lo a cada produto. Neste caso, estes custos, apesar 
de serem diretos, são considerados custos indiretos. Exemplo: gastos com cola e graxa 
na fabricação de sapatos. 
 
Classificação dos Custos em Relação aos Níveis de Produção 
 
Custo Fixo 
São os custos cujos valores gastos são os mesmos independentemente da quantidade 
produzida, ou seja, não sofrem variações em razão do volume de produção. 
 
Exemplos: 
 
a) seguro da fábrica; 
b) aluguel da fábrica; 
c) IPTU da fábrica; 
d) manutenção da fábrica; 
e) mão de obra indireta (chefia, supervisão). 
 
Características dos custosfixos: 
 
a) o valor total permanece constante dentro de determinada faixa da produção; 
b) o valor por unidade produzida varia à medida que ocorre variação no volume de 
produção, por tratar de um valor fixo diluído por uma quantidade maior; 
c) sua alocação para os departamentos ou centros de custos necessita na maioria das 
vezes, de critérios de rateios determinados pelo contador de custos; 
d) a variação dos valores totais pode ocorrer em função de desvalorização da moeda ou 
por aumento/redução significativa do volume de produção. 
 
 
10 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
CUSTOS E DESPESAS FIXAS POR UNIDADE E CUSTOS E DESPESAS FIXAS TOTAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Custos e despesas fixas por unidade 
Custos e despesas fixas por unidade 
11 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Custos Fixos Unitários 
São os custos fixos divididos pela quantidade de produtos fabricados. Os CUSTOS FIXOS 
não variam com a quantidade produzida, enquanto que os CUSTOS FIXOS UNITÁRIOS 
variam na razão inversa da quantidade de unidades produzidas. 
 
Observações: 
 
a) Os custos fixos não apresentam necessariamente o mesmo valor em dois períodos 
diferentes. 
b) Podemos classificar os custos fixos em Repetitivos e Não repetitivos em valor. 
c) Os Custos Fixos não são, mesmos os repetitivos, eternamente do mesmo valor. 
d) A depreciação pode ser custo fixo ou custo variável, dependendo do método de 
depreciação utilizado. 
 
 
Custo Variável 
São os custos cujos valores alteram de acordo com a quantidade produzida. 
 
Exemplos: 
 
a) matéria prima; 
b) embalagens; 
c) mão de obra direta; 
d) energia elétrica consumida na fábrica; 
e) materiais indiretos. 
 
 
Características dos custos variáveis: 
 
a) seu valor total varia na proporção direta do volume de produção; 
b) o valor é constante por unidade, independentemente da quantidade produzida; 
c) a alocação aos produtos ou centros de custos é, normalmente, feita de forma direta, 
se a necessidade de utilização de critérios de rateios. 
 
 
Custos Variáveis Unitários 
Correspondem aos Custos Variáveis Totais divididos pela quantidade produzida. Enquanto 
os custos variáveis totais variam em relação à quantidade produzida, os custos variáveis 
unitários não se alteram. 
 
 
12 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS TOTAIS E CUSTOS E DESEPESAS VARIÁVEIS 
POR UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Custos e despesas variáveis (CDV) totais 
Custos e despesas variáveis (CDV) por unidade 
13 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Custo Misto 
São os custos que variam de acordo com a produção, mas possuem uma parte fixa 
mesmo que nada seja produzido. Também são denominados semifixos e semivariáveis. 
 
Exemplos: 
 
a) energia elétrica; 
b) aluguel de máquinas de xerox etc. 
 
Semifixos 
São os custos fixos que podem variar de tempo em tempo, como aluguel reajustado, 
depreciação pela soma de dígitos. 
 
Semivariáveis 
São os custos variáveis que não acompanham linearmente a produção, mas aos saltos, 
mantendo-se fixos dentro de estreitos limites. 
Exemplo: Contratação de supervisores. Porém, é comum encontrar estudiosos que 
refletem a posição de que não existem custos precedidos da expressão “semi”, ou seja, o 
custo é ou não é variável/fixo. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESPESAS 
FIXAS 
VARIÁVEIS 
14 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Despesas Fixas 
São gastos cuja variação não está vinculada ao volume de vendas da empresa. 
 
Despesas Variáveis 
São gastos cuja variação está vinculada ao volume de vendas da empresa. 
Por exemplo: comissão sobre vendas. 
 
 
 
 
TRATAMENTO DOS CUSTOS E DAS DESPESAS 
 
 
 
 
 
Componentes Básicos dos Custos 
 
a) Material direto 
b) Mão-de-obra direta 
c) Custos indiretos de fabricação 
 
Material direto 
Compreende materiais comprados pela empresa com a intenção de incorporá-los 
fisicamente ao produto final por meio e processo de produção, sendo assim, parte 
integrante e essencial do produto. 
Exemplos: 
 
a) Matérias-primas 
b) Materiais secundários 
c) Material de embalagem 
d) Entre outros. 
 
15 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Mão-de-obra direta 
É composta por todo o trabalho aplicado diretamente na execução do produto, ou de 
suas partes e componentes, seja esse especializado ou não. 
 
Todo o salário devido ao operário que trabalha diretamente no produto, cujo tempo pode 
ser identificado com a unidade que está sendo produzida. 
 
Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 
Representa todos os demais custos industriais que não podem ser identificados com um 
produto específico, devendo ser alocados ou distribuídos aos produtos na base de rateios. 
 
Exemplos: 
 
a) Aluguel da fábrica 
b) Materiais indiretos 
c) Seguro 
d) Impostos 
e) Depreciação 
f) Entre outros. 
 
Outras terminologias 
 
Custo Direto 
Estão associados diretamente à produção. MD + MOD 
 
Custo Primário 
MP + MOD 
 
Custo de Transformação 
Representam o esforço da empresa para transformar o material adquirido do fornecedor. 
 
Custos das Mercadorias Vendidas 
Representam a saída dos estoques da entidade para o comprador. 
 
CUSTO DA PRODUÇÃO DO PERÍODO 
Corresponde ao total dos custos incorridos no período (Materiais Diretos + Mão-de-Obra 
Direta + Custos Indiretos de Fabricação), independentemente dos produtos que foram 
concluídos. 
MD + MOD + CIF 
 
CUSTO DOS PRODUTOS ACABADOS ou CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA 
Corresponde ao total dos custos aplicados na produção acabada, independentemente de 
quantos períodos foram necessários para a conclusão. 
 
Custo da Produção Acabada 
Custo de Produção 
(+) Estoque Inicial de produtos em elaboração 
(-) Estoque final de Produtos em elaboração 
16 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
CUSTO DOS PRODUTOS EM ELABORAÇÃO 
Corresponde aos custos apropriados aos produtos que estão em fase intermediária de 
produção. 
 
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 
É o valor correspondente aos gastos incorridos, como Materiais Diretos (Matérias-Primas, 
Insumos e Embalagens), Mão-de-Obra, Custos Indiretos de Fabricação (ou Gastos Gerais 
de Fabricação), aplicados na fabricação dos produtos que foram vendidos. 
 
Custo da Produção Vendida 
Custo da Produção Acabada 
(+) Estoque Inicial de produtos acabados 
(-) Estoque Final de produtos 
 
 
CUSTEIO POR ABSORÇÃO, CUSTEIO VARIÁVEL E ABC 
O sistema de custeio consiste no critério por meio do qual os custos são apropriados na 
produção, ou seja, como será dividido o total dos custos na produção dos bens. 
 
Custeio por Absorção 
Neste sistema de custeio é feito o rateio de todos os custos na produção, sejam fixos ou 
variáveis, diretos ou indiretos, em cada fase da produção. Assim cada unidade ou 
produto receberá sua parcela no custo. 
 
O custeio por absorção é uma imposição do Regulamento do Imposto de Renda, que 
determina que os produtos em fabricação e os produtos acabados serão avaliados pelo 
custo de produção. 
 
A Auditoria Externa tem-no como básico. Apesar de não ser totalmente lógico e de 
muitas vezes falhar como instrumento gerencial, é obrigatório para fins de avaliação de 
estoques (para apuração do resultado e para o próprio balanço). 
 
Vantagens custeio por absorção 
 
a) Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente 
aceitos, principalmente aos fundamentos do regime de competência. 
b) É aceito para fins de relatórios externos. 
c) Alocação de todos os custos pode melhorar a utilização dos recursos escassos de uma 
empresa reduzindo consumos excessivos. 
 
Esquema básico do custeio por absorção 
 
1º - Separação de custos e despesas. 
2º - Apropriação dos custos diretos e indiretos na produção do período. 
3º -Apuração do custo da produção acabada. 
4º - Apuração do custo dos produtos vendidos. 
5º - Apuração do resultado. 
 
17 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
 
 
 
 
Custeio Variável ou Direto 
É o sistema de custeio que considera como custo da produção somente os custos 
variáveis. Os custos fixos pelo fato de existirem mesmo que não exista produção não são 
considerados como custo de produção e sim alocados como despesas. 
 
Neste sistema os custos dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em 
elaboração e acabados só conterão custos variáveis. 
 
 Vantagens da utilização deste método 
 
a) Impede que aumentos de produção que não correspondam a aumento de vendas 
distorção o resultado. 
 
b) É uma boa ferramenta para a tomada de decisões dos administradores. 
 
Desvantagens do custeio direto 
 
a) No caso dos custos mistos nem sempre é possível separar a parcela fixa da parcela 
variável. 
b) O custeio variável não é aceito pelas auditorias externas e nem pela legislação do 
Imposto de renda 
 
 
 
 
 
 
18 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
CUSTEIO ABC – Custeio Baseado nas Atividades 
O chamado Custeio ABC é um método de custeio que, como o próprio nome indica, está 
baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus 
produtos. 
 
A origem do método de Custeio ABC proveio do significativo aumento dos chamados 
Custos Indiretos de Fabricação na produção industrial nas últimas décadas. 
 
No início da atividade industrial no mundo contemporâneo, os elementos mais 
importantes do custo de produção de uma empresa eram os Materiais Diretos e a Mão-
de-obra Direta, cuja apropriação se faz diretamente aos produtos. 
 
As distorções nos custos dos produtos provocadas pelo rateio dos Custos Indiretos de 
Fabricação (CIF) em base de estimativas tinham pequena influência na determinação do 
custo do produto vendido e, portanto, na apuração da sua margem de lucratividade. 
 
À medida que a atividade industrial foi ficando mais complexa, principalmente com o 
maior grau de mecanização e automação dos processos produtivos, houve um aumento 
considerável dos Custos Indiretos de Fabricação e, por esse motivo, eles passaram a 
representar, em muitos casos, a maior parcela dos custos de produção de uma empresa. 
 
Assim, caso fossem cometidos erros no rateio dos CIF aos produtos fabricados pela 
empresa – uma vez que todo rateio parte de uma base arbitrária – os gerentes poderiam 
cometer erros no processo de tomada de decisões, já que os cálculos de lucratividade 
dos produtos poderiam estar incorretos. 
 
Nesse cenário, surgiu o Custeio ABC como forma de tentar alocar os recursos produtivos 
da empresa de uma forma mais eficiente. 
 
No Custeio ABC, o objetivo é rastrear quais atividades da empresa que estão consumindo 
de forma mais significativa seus recursos. Os custos são direcionados para essas 
atividades e destas para os bens fabricados. O rastreamento de custos que está 
implícito no método de custeio ABC é um processo muito mais complexo e sofisticado 
do que o simples rateio dos CIF aos produtos. 
 
 
É necessário elencar as atividades que a empresa efetua no processo de fabricação, 
verificar quais os recursos que estão sendo consumidos por elas, direcionar os custos 
para essas atividades e delas para os produtos. 
 
A atribuição dos custos às atividades, quando não puder ser efetuada diretamente, deve 
ser feita através da utilização dos direcionamentos de recursos, que são indicadores da 
forma como as atividades consomem os recursos produtivos. 
 
Já a atribuição dos custos, alocados inicialmente às atividades da maneira descrita no 
parágrafo anterior, aos produtos é efetuada com o uso dos direcionadores de atividades, 
que são indicadores de quanto os produtos consomem das atividades. 
 
19 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Tanto os direcionadores de recursos quanto os direcionadores de atividades, embora 
tenham finalidades diferentes, são denominados direcionadores de custos. 
 
Pode-se caracterizar que em primeiro os custos são apropriados aos 
departamentos responsáveis, em seguida os custos de cada departamento são 
distribuídos para as atividades correspondentes e por fim são alocados nos 
produtos. 
 
Exemplo simplificado 
Como foi visto o custeamento por atividades ABC é um processo bastante complexo, pois 
envolve os seguintes procedimentos: 
 
1º - Identificação das atividades exercidas por cada departamento da empresa; 
2º - Mensuração da quantidade de recursos que são consumidos por uma atividade – 
essa etapa é feita através da atribuição direta do custo ou, quando possível esta, através 
da utilização dos direcionamentos de recursos; 
3º - Atribuições dos custos das atividades aos produtos através da utilização dos 
direcionamentos de atividades. 
 
Então podemos caracterizar que o custeio baseado em atividades procura reduzir as 
distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos, o ABC pode ser utilizado 
nos custos diretos, mas não apresentará uma diferença significativa, pois os custos 
diretos são alocados diretamente em cada produto. 
 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE CADA SISTEMA 
 
Custeio por Absorção 
Baseia-se em dividir todos os custos de modo que os produtos recebam a sua 
participação na fabricação. 
No custeio por absorção se aloca todos os custos fixos e variáveis aos produtos, fazendo-
se necessário a divisão entre custos fixos e custos variáveis. 
 
Custeio Variável ou Direto 
Neste tipo de processo se exclui o custo fixo, sendo que na apuração dos custos de 
produção são colocados somente os custos variáveis. 
 
Os custos fixos por existirem mesmo que nada seja produzido serão registrados na 
apuração do resultado, como despesas, reduzindo assim diretamente o resultado final do 
exercício, devido a isto este método não é aceito pelo Imposto de Renda. 
 
Custeio Baseado em Atividade - ABC 
Caracteriza-se pela analise profunda nos custos indiretos de fabricação, pois determina 
as atividades dentro de cada departamento. 
 
Este método busca diminuir as deficiências na apropriação de custos indiretos, 
diversificando as bases de rateios, segregando os custos de cada atividade no processo 
de fabricação. 
20 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
RELAÇÃO CUSTO/ VOLUME/ LUCRO 
 
Margem de Contribuição 
As empresas incorrem em gastos variáveis e fixos na execução de suas inúmeras 
atividades operacionais, comerciais e administrativas. 
 
Os gastos fixos normalmente representam aquelas parcelas de despesas e custos sobre 
as quais os gerentes responsáveis pelos diversos departamentos não têm autonomia de 
gestão, ou seja, os executivos não podem ser responsabilizados por tais gastos, visto 
que foram decisões tomadas pela alta direção quando da implantação da empresa ou 
criação de uma infraestrutura operacional. 
 
Ao contrário, os gastos variáveis, por sua vez, representam parcelas de despesas e 
custos sobre as quais os gerentes podem ser responsabilizados. 
 
Portanto, para a adequada atribuição de responsabilidades na avaliação de desempenho 
torna-se, para a administração de uma empresa, de fundamental importância à 
segregação dos gastos entre variáveis e fixos. 
A correta identificação e segregação dos gastos permitirão a obtenção e a análise da 
margem de contribuição dos produtos e/ou dos departamentos, que é uma das mais 
importantes ferramentas da contabilidade gerencial, para as tomadas de decisões nas 
organizações. 
A margem de contribuição é, em outras palavras, a “sobra financeira” de cada produto 
ou divisão de uma empresa para a recuperação – ou amortização – das despesas e dos 
custos fixos de uma entidade e para a obtenção do lucro esperado pelos empresários. 
 
Margem de Contribuição Unitária 
Corresponde à Receita de Venda Unitária (RVU) ou Preço de Venda Unitário (PVU), 
diminuída dos Custos Variáveis Unitários (CVU) e das Despesas Variáveis Unitárias 
(DVU).MCU= PVU – (CVU + DVU) 
 
A Margem de Contribuição Unitária é um índice importante para fundamentar decisões 
relativas ao aumento da produção de determinado produto dentro da capacidade 
produtiva da empresa. 
 
PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL (PEC) 
É o ponto que revela a quantidade de unidades produzidas e vendidas em que a receita 
de vendas é igual ao custo total do produto, incluindo as despesas, ou seja, em que não 
há lucro ou prejuízo. 
 
PEC (Qt) = (Custo Fixo + Despesas Fixas)/MCU = 
 
PEC (em reais) = PEC (Quantidade) x PVU 
 
21 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Imaginemos uma empresa que apresente os seguintes dados (em reais): 
 
a) Custos Variáveis Unitários (CVU) 50,00 
b) Despesas Variáveis Unitárias 40,00 
c) Custos Fixos 30.000,00 
d) Despesas Fixas 10.000,00 
e) Preço de Venda Unitário 100,00 
 
 
O ponto de equilíbrio contábil em unidades dessa empresa é: 
 
PEC = (CF + DF) 
 MCU 
 
Sabemos que MCU = PVU – (DVU + CVU) = 100 – (40+50) = 10,00 
 
PEC = 40.000/10 = 4.000 unidades 
Já o ponto de equilíbrio em valor é: 
PEC (em reais) = 4.000 unidades X R$ 100 = R$ 400.000,00 
 
Vejamos a representação gráfica: 
 
No presente gráfico, foi adicionada a representação das Receitas de Vendas. 
Observem que a inclinação da reta das Receitas é superior à dos Custos Variáveis 
somados às Despesas Variáveis, tento em vista que o Preço de Venda Unitário é superior 
aos Custos Variáveis somados às Despesas Variáveis Unitários. 
 
 
22 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Legenda: 
 
 CT + DT (Custos Totais + Despesas Totais) 
 CF + DF (Custos Fixos + Despesas Fixas) 
 CVT + DVT (Custos Variáveis Totais + Despesas Variáveis Totais) 
 Q (Quantidade) 
 PEC (Ponto de Equilíbrio) 
 PEC (R$) (Ponto de Equilíbrio em Reais) 
 
Observem que, em qualquer ponto da reta de Receitas totais, anterior ao PEC (à 
esquerda do PEC), a empresa estará operando com prejuízo (área vermelha do gráfico), 
tendo em vista que a reta de Custos e Despesas totais (CT+DT) estará acima da reta de 
Receitas. 
 
Já a partir do ponto de equilíbrio, área azul do gráfico, as Receitas totais serão superiores 
aos Custos e Despesas totais. Neste caso, a empresa estará operando com lucro 
(qualquer ponto à direita do PEC). 
 
Custo de Oportunidade 
É o rendimento que a sociedade teria caso optasse por outro tipo de investimento, 
normalmente, no mercado financeiro. 
 
Ponto de Equilíbrio Econômico 
Representa a quantidade que produzida e vendida com a qual a sociedade obteria um 
lucro igual ao que teria caso optasse por outro empreendimento, normalmente, no 
mercado financeiro. 
 
Ponto de Equilíbrio Financeiro 
Representa o Ponto de Equilíbrio Contábil sem ser computado nos Custos Fixos os valores 
que não serão desembolsados no período, no caso, a Depreciação. 
 
Margem de Segurança 
Percentual máximo da produção vendida que pode ser reduzido sem que a sociedade 
tenha prejuízo. 
 
Alavancagem Operacional 
Significa a possibilidade de acréscimo do lucro total pelo incremento da quantidade 
produzida e vendida, buscando a maximização do uso dos custos e despesas fixas. 
 
É dependente da margem de contribuição, ou seja, do impacto dos custos e despesas 
variáveis sobre o preço de venda unitário, e dos valores dos custos e despesas fixas. 
 
Alguns produtos têm alavancagem maior que outros, em virtude dessas variáveis. 
 
Alavancagem operacional é a medida do volume de quanto os custos fixos estão sendo 
usados dentro da organização. O termo alavancagem vem da possibilidade de levantar 
lucros líquidos em proporções maiores do que o normalmente esperado, por meio da 
alteração correta da proporção dos custos fixos na estrutura de custos da empresa. 
23 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Este índice relaciona a variação percentual do lucro operacional líquido com a variação 
percentual das vendas. 
 
Grau de Alavancagem Operacional = Variação % no LOL Variação % nas Vendas 
 
 
PREÇO 
É a expressão monetária do valor de um produto ou serviço, podendo ser amplamente 
definido como o elemento mais flexível do composto de marketing. 
Para a empresa, o preço é a quantidade de dinheiro que está disposta a aceitar em troca 
de um produto. 
Para os consumidores, preço é algo que estão dispostos a pagar em troca de um 
produto. 
Existem três abordagens quanto à formação de preços, baseada em custos, em 
percepção de valor e na concorrência. 
 
Formação de Preços Baseada em Custos 
Há a intenção de que o investidor obtenha lucro compatível com 
seus investimentos e, portanto, a receita deve cobrir os custos operacionais e gerar um 
lucro. 
Percebe-se que o produto gera o custo e, a partir de uma margem 
de lucro, estabelece-se o preço meta a ser cobrado ao público. 
O elemento custo dentro do processo de precificação é um dos fatores mais importantes 
para a escolha da estratégia mais acertada. 
Conhecer como os custos se comportam quais recursos são consumidos na produção de 
um serviço ou produto é fundamental para a adoção de algumas estratégias de preço. 
Para o cálculo do preço de venda baseado no custo, é preciso determinar o custo do 
produto e adicionar a este o lucro desejado. 
A principal limitação dessa metodologia é que o preço estipulado pode ficar muito acima 
daquele que o cliente se dispõe a pagar. 
 
Formação de Preços Baseada em Percepção de Valor 
Neste método de formação de preços, independentemente dos custos dos produtos, a 
tomada de decisão dos clientes está em sua percepção de valor. 
Dessa maneira, as empresas buscam mensurar quanto os clientes estão dispostos a 
pagar em troca de um bem ou serviço. 
Com base no preço que os clientes desejam pagar e considerando o lucro esperado pelos 
acionistas, estima-se o custo-meta, isto é, o custo que o produto deve ter. 
A análise do valor percebido gera uma nova forma de pensar o preço praticado, pois a 
relação entre preço e custo fica em segundo plano. 
Em alguns casos, um preço superior resulta da capacidade de entender as necessidades 
dos clientes e transformá-las em uma solução adequada, o que não implica 
necessariamente custos maiores. 
Valor é a diferença entre as percepções do cliente quanto aos benefícios que receberá 
por usar um produto ou serviço e os custos em que incorrerá para recebê-los. 
O desafio das equipes de marketing e vendas passa a ser descobrir quais benefícios o 
cliente deseja e quanto está disposto a pagar por eles. 
24 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
A partir dessa avaliação, todo o processo de desenvolvimento de produtos e precificação 
será orientado pelo valor. 
Nessa nova forma de pensamento temos um preço definido pelo mercado a partir de 
quanto o cliente está disposto a pagar por um produto ou serviço. 
Por isso, esse modelo também é conhecido por preço-meta. O objetivo é aprender o que 
os clientes valorizam e com isso reorganizar toda a empresa para ofertar apenas esses 
aspectos. 
 
Formação de Preços Baseada na Concorrência 
Muitas vezes, a tomada de decisão dos consumidores está intimamente ligada à simples 
comparação do preço de um produto com outro do concorrente. 
Tal julgamento tem como premissa a força das marcas das empresas e a percepção das 
diferenças existentes entre os produtos. 
Se forem semelhantes e proporcionarem os mesmos benefícios, a decisão se 
fundamentará na variável preço. 
Assim, a empresa estabelece seu preço em um patamar acima, igual ou inferior ao preço 
de seus competidores. 
Qual a influência dos preços praticados pelos concorrentes na decisão de preço de uma 
empresa? 
Para algumas, a resposta a essa questão estratégica é seguir o preço médio do mercado; 
para outras, é estabelecer um preço médio inferior ao dos concorrentes. 
Essas respostas demonstram a influência que o mercado exerce sobre a definição do 
preço de venda; contudo, o preço do concorrente é apenas uma das informações 
necessárias à definição do preço de venda, e não a principalou, nem muitas vezes, a 
única informação. 
 
IMPACTO DOS CUSTOS TRIBUTÁRIOS NOS PREÇOS 
Um componente a mais ganha grande destaque na hora da formulação dos preços de 
venda no Brasil: os impostos. Aqui nos referimos aos vários tributos que incidem na 
cadeia produtiva e refletem-se nos preços finais praticados com o consumidor. 
 
Tributo é gênero, compreendendo três espécies distintas, que são os impostos, taxas e 
contribuições, segundo o CTN – Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/66). 
 
Segundo Bruni e Famá (2010, p. 231), os preços praticados nos mercados devem ser 
suficientemente capazes de remunerar os custos plenos, gerar margem razoável de lucro 
e cobrir todos os impostos incidentes, que podem ser de três diferentes esferas – federal, 
estadual e municipal – e de dois regimes de incidência básicos – cumulativos e não 
cumulativos. Ademais, podemos distinguir as várias espécies de tributos de acordo com o 
fato gerador de cada um. 
 
Nesse material, trataremos brevemente dos principais tributos que têm impacto direto na 
formação de preços de venda para uma empresa, sendo: 
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
É de competência estadual e tem uma alíquota que varia de acordo com a essencialidade 
do produto, podendo ser de 7%, 12%, 17%, 18% e até 25% da mercadoria vendida; 
 
25 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 
É de competência federal e, assim como o ICMS, tem caráter seletivo, ou seja, sua 
alíquota depende da essencialidade do produto, sendo fixado através de tabelas do 
governo. 
 
PIS – Programa de Integração Social 
Contribuição com destinação específica, que compete ao governo federal, e tem sua 
alíquota definida de acordo com o tipo. Para o regime cumulativo, alíquota de 0,65%; 
para o regime não cumulativo, alíquota de 1,65%. Nas entidades sem fins lucrativos, é 
calculado sobre a folha de pagamento. 
 
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social 
Contribuição com as mesmas características do PIS. Sua alíquota para o regime cumativo 
é de 3,0%; no regime não cumulativo é de 7,6%. 
 
ISS – Imposto Sobre Serviços 
Compete aos municípios e seu fato gerador é a prestação de serviços. As alíquotas 
incidentes sobre cada tipo de serviço dependem de município, não podendo ultrapassar a 
alíquota máxima de 5%. 
 
Apesar de não serem aplicáveis diretamente sobre os preços de venda, abordaremos 
também o IRPJ e a CSLL. 
 
IRPJ – Impostos de Rendas das Pessoas Jurídicas 
De esfera federal, incide sobre o lucro, sendo este lucro apurado de três formas 
diferentes: Real, Presumido ou Arbitrado. 
 
Lucro Presumido 
É aplicado um percentual sobre o faturamento, através do qual se presumirá o lucro, 
conforme quadro a seguir: 
 
Quadro 1. 
Atividades Percentuais (%) 
 
Atividades em geral (RIR/1999, art. 518) 8% 
Revenda de combustíveis 1,6% 
Serviços de transporte (exceto o de carga) 16% 
Serviços de transporte de cargas 8% 
Serviços em geral (exceto serviços hospitalares) 32% 
Serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e 
terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia 
patológica e citopatológica, medicina nuclear e 
análises e patologias clínicas 
8% 
Intermediação de negócios 32% 
Administração, locação ou cessão de bens e 
direitos de qualquer natureza (inclusive imóveis) 
32% 
 
26 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Lucro Arbitrado 
 
É uma penalidade que algumas empresas sofrem em razão do não cumprimento da 
legislação, como a falta de escrituração contábil, e que é aplicada pela fiscalização 
federal. O lucro é apurado com os mesmo percentuais do lucro presumido, acrescidos de 
um percentual de 20%. 
 
Lucro Real 
Aqui, o lucro líquido contábil do período é ajustado pelas adições, exclusões ou 
compensações prescritas pela lei, e será apurado no ℮LALUR – Livro Eletrônico de 
Apuração do Lucro Real. 
A alíquota do IRPJ é de 15%. Mas a parcela de lucro que exceder R$ 60.000,00 no 
trimestre estará sejeita a uma alíquota adicional de 10%. 
 
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
De forma similar ao IRPJ, sua base de cálculo é o lucro real, presumido ou arbitrado. A 
alíquota aplicável sobre uma das formas de lucro é de 9%. 
 
SIMPLES Nacional - Sistema Integrado de Imposto e Contribuições das 
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte 
 
Desde 1996, com a edição da Lei 9.317/96, foi facultado às microempresas e empresas 
de peque porte (MPEs) um regime especial unificado de arrecadação de tributos e 
contribuições, chamado na época de Simples Federal. 
A antiga legislação foi revogada pela Lei Complementar nº 123/2006, que ampliou os 
limites para que as MPEs pudessem adotar o regime, além de englobar mais tributos a 
serem recolhidos de forma simplificada. O agora chamado Supersimples, ou Simples 
Nacional, permite o recolhimento de forma unificada de oito tributos. 
 
São eles: 
 Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) 
 Imposto sobre os Produtos Industrializados (IPI) 
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 
 Contribuição sobre o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 
 Contribuição para o PIS/PASEP (PIS) 
 Contribuição para a Seguridade Social da Pessoa Jurídica (INSS) 
 Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) 
 Imposto sobre Serviços (ISS) 
O cálculo do Simples Nacional é feito através dos cinco anexos da Lei, onde as MPEs 
fazem o enquadramento de sua atividade e de acordo com alíquotas de recolhimento que 
variam conforme a faixa de receita bruta anual auferida pela empresa. 
 
Como embutir os tributos nos preços dos produtos 
Alguns tributos particularmente, até pela sua sistemática de registro e incidência, ficam 
difíceis de serem incorporados aos preços de venda. É o caso do IRPJ e da CSLL apurados 
pelo Lucro Real. É somente com a escrituração contábil, através da DRE – Demonstração 
27 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
do Resultado do Exercício, e os ajustes necessários realizados atráves do ℮LALUR, que é 
possível obter a base de cálculo desses tributos. 
 
Portanto, nesse caso, como os mesmos não têm como fato gerador o faturamento, é que 
dificilmente eles acabam sendo embutidos nos preços praticados diretamente com o 
cliente. Isso não acontece quando a empresa é optante pelo Lucro Presumido, como 
veremos logo abaixo. 
 
Nos demais casos é possível embutir nos preços de venda o valor dos tributos incidentes 
na operação realizando o que chamamos de cálculo por dentro. No cálculo por dentro, 
o tributo já é calculado como próprio tributo fazendo parte do preço de venda. Assim, 
tributos incidentes diretamente sobre o faturamento podem facilmente ser incorporados 
aos preços de venda dos produtos. 
 
Tributos com o ICMS, PIS, COFINS e o ISS são calculados adotando-se o cálculo por 
dentro. Na opção pelo Lucro Presumido também podemos embutir o IRPJ e a CSLL no 
preço multiplicando o percentual de presunção do lucro previsto para a respectiva 
atividade pela alíquota do tributo. 
 
Para que o valor desses tributos possa ser embutido no preço de venda final, devemos 
tomar conhecimento primeiramente das alíquotas incidentes em cada operação de uma 
empresa. Buscamos exemplificar no quadro abaixo: 
 
 
Quadro 2 
Tributo Base de Cálculo Alíquota Subtotal
ICMS - 18,00% 18,00%
IRPJ 8,00% 15,00% 1,20%
CSLL 12,00% 9,00% 1,08%
PIS - 0,65% 0,65%
COFINS - 3,00% 3,00%
23,93%Subtotal 
 
Uma vez conhecidas as alíquotas de todos os tributos incidentes sobre a venda, basta 
subtrair esses valores, transformados de percentuais para decimais, da seguinte forma: 
(1 – alíquotas). Este número será o divisor do custo do produto, para que assim 
cheguemos ao preço de venda final. Vale lembrar que os dados acima foram supostos 
para uma indústria optante pelo Lucro Presumido. Cada empresa deve, por conseguinte, 
fazer um estudo sobre aqueles impostos que vão ter impacto direto sobre seus preços de 
acordo com seu enquadramento tributário.Há também tributos sobre os produtos utilizando o cálculo por fora, como é o caso do 
IPI. Nesses casos, a alíquota do tributo é somada ao custo do produto, sem 
necessariamente estar inclusa no preço. Ou seja, para obtermos o preço de venda final, 
nesses casos, basta multiplicar o custo do produto por (1 + alíquota). 
Assim, podemos chegar a uma fórmula para cálculo dos preços de venda finais de um 
produto, senda esta: 
28 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
P.V. VISTA = x (1 + TF) 
 
Onde: 
P.V. VISTA = Preço de venda a vista 
CPA = Custo do Produto Acabado, por unidade 
TD = Alíquota dos Tributos calculados por Dentro 
TF = Alíquota dos Tribustos calculados por Fora 
Exemplo 1 
Vamos calcular o preço de venda das geladeiras produzidas pela “Indústria de 
Eletrodomésticos “Do Lar’ Ltda.”, que produz geladeiras a um custo de R$ 953,95 por 
unidade, considerando que a empresa é optante pelo Lucro Presumido (Quadro 2), e que 
o produto geladeira é enquadrado pelo governo a uma alíquota de IPI de 5% e ICMS de 
18%. 
 
P.V. VISTA = x (1 + 0,05) = R$ 1.316,74 
 
Considerações sobre a fórmula proposta 
A fórmula proposta tem o intuito de oferecer aos gestores uma base para a formulação 
de seus preços para vendas a vista. Portanto, não consideramos pontos relevantes como 
prazos de compra, entrega, produção, venda e crédito a clientes, nem outros de caráter 
temporal, em qua formulação dos preços para vendas a prazo deve ser observado com a 
inclusão de custos financeiros, como os juros praticados no mercado. Esses pontos são 
estudados logo adiante. Além disso, observaremos outros pontos: 
 
Custo do produto acabado e os tributos cumulativos e não cumulativos 
O CPA da fórmula é obtido pela some dos três elementos que perfazem os custos de 
produção, sendo material direto, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação, que 
devem ser calculados e expressos por unidade de produto fabricado. 
 
Essa mesma medida pode ser adotada para empresas comerciais e de prestação de 
serviço, cada qual com suas particularidades na apuração de custos, onde o valor 
expresso por unidade vendida corresponderá respectivamente ao Custo da Mercadoria 
Vendida e ao Custo do Serviço Prestado. 
 
Independentemente do setor de atuação da empresa ou de qualquer terminologia 
adotada em razão disso, no cálculo do elemento material direto deverá ser refletido o 
custo efetivo de aquisição, o que importa dizer que os tributos incidentes sobre o 
faturamento serão descontados do custo de compra quando a empresa for optante pela 
apuração desses tributos no regime não cumulativo. 
 
Impostos como ICMS e IPI sempre serão calculados no regime não cumulativo. As 
contribuições para o PIS e a COFINS serão não cumulativos dependendo da opção que a 
empresa fizer pela tributação do IRPJ com base no Lucro Real; a tributação com base no 
Lucro Presumido implica na apuração do PIS e da COFINS no regime cumulativo. 
29 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
O que faremos agora é calcular o IPI, ICMS, PIS e COFINS, que será devido por uma 
empresa nos dois regimes de apuração: cumulativo e não cumulativo. 
 
Exemplo 2. 
Uma indústria que fabrica peça de metal para outras fábricas aplicarem em seus 
produtos adquiriu no mês de outubro R$ 20.000,00 em máterias-primas, especialmente 
aço beneficiado. No mesmo mês, efetuou venda de peças que somaram R$ 39.000,00. 
 
Primeiramente, vejamos pelo regime não cumulativo: 
 
 
Quadro 3 
Valor total da Nota Fiscal de Entrada R$ 22.000,00
Valor total dos produtos R$ 20.000,00
(-) IPI embutido na compra -10% R$ 2.000,00
(-) ICMS embutido na compra -18% R$ 3.600,00
(-) PIS embutido na compra -1,65% R$ 330,00
(-) COFINS embutido na compra -7,60% R$ 1.520,00
Custo Líquida da compra = R$ 14.550,00 
 
Quadro 4 
Valor total da Nota Fiscal de Saída R$ 42.900,00
Valor total dos produtos R$ 39.000,00
(-) IPI embutido na venda -10% R$ 3.900,00
(-) ICMS embutido na venda -18% R$ 7.020,00
(-) PIS embutido na venda -1,65% R$ 643,50
(-) COFINS embutido na venda -7,60% R$ 2.964,00
Receits Líquida da Vendas = R$ 28.372,50 
 
Chama-se de ‘crédito’ o imposto pago pela empresa em razão da compra do material, As 
receitas obtidas com as vendas geram ‘débito’ de imposto. A apuração do que é devido 
pela empresa é resultado do confronto entre ‘débitos’ e ‘créditos’ de impostos gerados 
nas operações fiscais. 
 
Quadro 5 
Débito do Imposto Crédito do Imposto Tributo devido
pela Venda (A) pela Compra (B) (A - B)
IPI R$ 3.900,00 R$ 2.000,00 R$ 1.900,00
ICMS R$ 7.020,00 R$ 3.600,00 R$ 3.420,00
PIS R$ 643,50 R$ 330,00 R$ 313,50
COFINS R$ 2.964,00 R$ 1.520,00 R$ 1.444,00
Total R$ 14.527,50 R$ 7.450,00 R$ 7.077,50
Tributo
Apuração dos Tributos a serem recolhidos
 
 
O tributo devido é o mesmo quando aplicada a respectiva alíquota somente sobre o valor 
agregado pela empresa. Por isso, muito tributaristas e profissionais da área defendem a 
30 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
criação no Brasil do chamado IVA – Impostos sobre Valor Agregado, para reunir todos os 
esses tributos não cumulativos em um único, com alíquotas reduzidas. 
 
Produtos Vendidos = R$ 39.000,00 
Produtos Comprados = -R$ 20.000,00 
Valor Agregado = R$ 19.000,00 
 
Quadro 6 
Tributos Valor agregado Alíquota Tributo devido
IPI R$ 19.000,00 10,00% R$ 1.900,00
ICMS R$ 19.000,00 18,00% R$ 3.420,00
PIS R$ 19.000,00 1,65% R$ 313,50
COFINS R$ 19.000,00 7,60% R$ 1.444,00
R$ 7.077,50Total 
 
Já no regime cumulativo, a empresa não tem direito a nenhum crédito do PIS e da 
COFINS, apesar de recolher essas contribuições por uma alíquota menor. 
 
Quadro 7 
Valor total da Nota Fiscal de Entrada R$ 22.000,00
Valor total dos produtos R$ 20.000,00
(-) IPI embutido na compra -10% R$ 2.000,00
(-) ICMS embutido na compra -18% R$ 3.600,00
(-) PIS embutido na compra 0,00% R$ 0,00
(-) COFINS embutido na compra 0,00% R$ 0,00
Custo Líquida da compra = R$ 16.400,00 
 
Quadro 8 
Valor total da Nota Fiscal de Saída R$ 42.900,00
Valor total dos produtos R$ 39.000,00
(-) IPI embutido na venda -10% R$ 3.900,00
(-) ICMS embutido na venda -18% R$ 7.020,00
(-) PIS embutido na venda -0,65% R$ 253,50
(-) COFINS embutido na venda -3,00% R$ 1.170,00
Receits Líquida da Vendas = R$ 30.556,50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Quadro 9 
Débito do Imposto Crédito do Imposto Tributo devido
pela Venda (A) pela Compra (B) (A - B)
IPI R$ 3.900,00 R$ 2.000,00 R$ 1.900,00
ICMS R$ 7.020,00 R$ 3.600,00 R$ 3.420,00
PIS R$ 253,50 R$ 0,00 R$ 253,50
COFINS R$ 1.170,00 R$ 0,00 R$ 1.170,00
Total R$ 12.343,50 R$ 5.600,00 R$ 6.743,50
Tributo
Apuração dos Tributos a serem recolhidos
 
 
 
Ressaltamos que os créditos de PIS e COFINS no regime não cumulativo também podem 
ser obtidos através de outros encargos suportados pela empresa, como pela depreciação 
calculada sobre bens do Ativo Imobilizado, despesas com energia elétrica e aluguéis de 
prédios, máquinas e equipamentos. Por isso, é impossível afirmar qual regime 
(cumulativo ou não cumulativo) é mais interessante para a empresa antes de um 
planejamento tributário mais profundo. 
 
Por exemplo, este planejamento tributário, focando especialmente os tributos sobre 
vendas, deve levar em consideração se o volume de compras é próximo ao volume de 
vendas, pois assim, pelo regime não cumulativo, o total de ‘créditos’ de tributos será 
muito próximo ao total de ‘débitos’, levando a empresa a arcar com uma carga tributária 
menor. 
 
IPI na base de cálculo do ICMS 
Muito embora o ICMS seja um tributo que deve ser calculado por dentro, sobre o preço 
dos produtos vendidos, e o IPI deva ser calculado por fora, há casos em que o segundo 
imposto deve fazer parte da base de cálculo do primeiro. 
 
Isso acontece quando a empresa em análise está efetuando uma venda para um cliente 
que não é contribuinte de IPI ou de ICMS, como nas vendas para consumidor final ou a 
empresas exclusivamenteprestadoras de serviço, quando os produtos vendidos serão 
destinados a uso ou consumo próprio. Quando isso acontecer, adaptar-se-á a fórmula a 
seguir. 
 
Exemplo 3 
Se a “Indústria de Eletrodomésticos ‘Do Lar’ Ltda.”, do Exemplo 1 efetuar suas vendas 
diretamente para o consumidor final ou para um conglomerado hoteleiro que utilizará 
suas geladeiras nos restaurantes da rede, deverá ser calculado o preço de venda com o 
ICMS incidindo sobre o produto mais o IPI. Para isso, basta multiplicar a alíquota do 
ICMS pela alíquota do IPI. 
 
ICMS = %ICMS x (1 + %IPI) 
 
ICMS = 0,18 x (1+0,05) = 18,90% 
 
32 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
As alíquotas extraídas do Quadro 2 da fórmula para cálculo do preço de venda a vista 
serão alteradas, haja visto que a alíquota que adotaremos para o ICMS é calculada 
acima. 
 
 P.V. VISTA = x (1 + 0,05) = R$ 1.332,51 
 
O uso do mark-up 
Por último, salientamos também que a fórmula deriva do já difundido conceito de mark-
up – que significa remarcação para cima, em uma tradução livre -, um índice que, uma 
vez aplicado sobre os custos diretos de um determinado bem ou serviço, permite a 
obtenção do seu preço de venda. O mark-up pode então ser definido como um índice ou 
percentual que irá adicionar-se aos custos e despesas, podendo ser utilizado em duas 
versões: 
 
Mark-up divisor = 1 - ∑ Taxas percentuais 
Mark-up multiplicador = 1___________ 
 1 - ∑ Taxas percentuais 
 
Não obstante, a soma das taxas percentuais deve ser a expressão de todos os elementos 
que compõem a estrutura de custos da empresa, para os quais o preço final do produto 
deve ser o suficiente para supri-los, tais como o custo dos produtos propriamente, 
despesas de caráter administrativo e comercial, impostos e, obviamente, o lucro. 
 
Não se deve, portanto, confundir o mark-up com a margem de lucro que se pretende 
alcançar com a venda do produto, posto que, além da lucratividade pretendida, o mark-
up traz consigo também outros gastos que foram adicionados ao custo para a formação 
do índice e por conseguinte o preço de venda final do produto. 
 
Segundo Bernardi (1998), um mark-up multiplicador de ‘2’ é por vezes entendido 
erroneamente como o mesmo que obter uma lucratividade de 100% sobre o custo de um 
produto. Se existem embutidos nesse índice de ‘2’ impostos e outras despesas que 
precisam ser pagos com o resultado da venda, é certo que não restará um lucro de 
100% sobre os custos. 
 
Como forma de auxiliar os gestores na estruturação das taxas percentuais utilizadas na 
fórmula, apresenta-se abaixo um modelo de planilha. 
 
Exemplo 4 
A Indústria de Eletrodomésticos ‘Do Lar’ Ltda. possui uma planilha para o cálculo de seus 
preços de venda onde descreve cada um dos itens que devem ser embutidos no preço de 
seus produtos a fim de que estes sejam suficientemente capazes de suprir os valores ali 
listados. Para o produto geladeira, por exemplo, existe a seguinte discriminação 
procedida para o mês de novembro do ano corrente, com base nas demonstrações 
contábeis nos meses anteriores: 
 
 
33 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Quadro 10 
Mês: Novembro
Unidade (R$)
1 Custo do Produto R$ 953,95
2 Custo do Serviço -
3 Custo da Mercadoria -
4 Despesas Fixas de Vendas -
5 Despesas Fixas Administrativas -
6 Lucro Desejado -
7 Total R$ 953,95
Mark-up %
8 ICMS 18,00%
9 PIS 0,65%
10 COFINS 3,00%
11 ISS -
12 Comissões 2,00%
13 Embalagens 1,50%
14 Frete 2,50%
15 Publicidade 1,00%
16 Despesas Fixas de Vendas 5,52%
17 Despesas Fixas Administrativas 8,00%
18 Lucro Desejado 10,00%
19 IRPJ 1,20%
20 CSLL 1,08%
21 Total 54,45%
22 Mark-up divisor 0,4555
23 Mark-up multiplicador 2,1954
24 Preço de Venda a Vista (Linha 7 x 23) 2.094,29R$ 
25 IPI = 5% (Linha 24 + Alíquota do IPI) 2.199,01R$ 
Planilha para cálculo do preço de venda
Empresa: Ind. De Eletrodomésticos 'Do Lar'
Produto/Mercadoria/Serviço: Geladeira
 
 
Adaptando uma Demonstração de Resultado do Exercício, podemos checar que o 
resultado apurado em cada venda de geladeira pela metodologia proposta é condizente 
com a estrutura de custos listados na planilha, inclusive com a soma do IPI, que deve ser 
calculado por fora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Quadro 11 
R$ (%)
Receita Operacional Bruta
Vendas 2.199,02 105,00%
(-) Tributos por fora
IPI s/vendas 104,72- -5,00%
(=) Receita Líquida de Tributos por fora 2.094,30 100%
(-) Tributos por dentro
ICMS s/vendas -376,97 -18,00%
PIS s/vendas -13,61 -0,65%
COFINS s/vendas -62,83 -3,00%
(=) Receita Operacional Líquida 1.640,89 78,35%
(-) Custo das Vendas Custo do Produto Vendido -953,95 -45,55%
(=) Lucro Operacional Bruto 686,94 32,80%
(-) Despesas Operacionais
Despesas Fixas de Vendas -115,61 -5,52%
Despesas Fixas Administrativas -167,54 -8,00%
Comissões -41,89 -2,00%
Embalagens -31,41 -1,50%
Fretes -52,36 -2,50%
Publicidade -20,94 -1,00%
(=) Lucro Operacional Líquido 257,19 12,28%
(=) Lucro antes do IRPJ e CSLL 257,19 12,28%
(-) Provisão para imposto de renda -25,13 -1,20%
(-) Provisão para contribuição social -22,62 -1,08%
(=) Lucro do Produto 209,44 10,00%
Novembro
Demonstração do Resultado Apurado na Venda de cada produto 
Produto: Geladeira
 
 
Vale lembrar que os modelos acima têm a finalidade de servir como orientação, devendo 
ser adaptados de acordo com as peculiaridades de cada empresa e dos produtos por ela 
comercializados. 
 
A vantagem dessa metodologia é que no mark-up estão inclusas todas aquelas outras 
despesas necessárias para a manutenção das atividades da empresa, tais como 
comerciais e administrativas, além do percentual almejado como retorno do capital 
investido, que é lucro. O índice abrange assim todos os gastos fixos globais e comuns à 
empresa, até mesmo despesas fixas administrativas e com vendas, que sempre são um 
problema para o cálculo dos preços. Como não há uma forma de identificação precisa 
desse tipo de despesa com cada produto, requer-se que seja estimado um percentual 
médio desses valores sobre as vendas, que pode ser calculado com base no histórico de 
registros contábeis, através, por exemplo, das DREs dos últimos 12 meses. 
 
 
FORMAÇÃO DE PREÇOS PARA VENDAS A PRAZO 
Para a formação de preços de venda a prazo, ou seja, para vendas com recebimento 
futuro, precisamos calcular os preços adicionando um custo financeiro, com a cobrança 
de uma taxa de juros de mercado, tomando como referencial as instituições financeiras. 
35 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Podemos, para tanto, adequar a clássica fórmula para cálculo do valor futuro de um 
capital. 
P.V. PRAZO = P.V. VISTA 
 
Exemplo 5 
Repetindo os mesmos dados do exemplo anterior, calculemos qual deverá ser o preço de 
venda praticado pela “Indústria de Eletrodomésticos ‘Do Lar’ Ltda.” considerando que 
normalmente é concedido um prazo de pagamento de 90 dias aos clientes, e ainda que o 
custo do capital para a empresa é de 3,5% a.m.? 
P.V. PRAZO = R$ 2.199,02 = R$ 2.438,09 
 
Ressalta-se que o cálculo através da supracitada fórmula é para pagamentos efetuados 
em uma única vez, muito comuns em alguns ramos de atividades quando a empresa 
necessita de um prazo para a produção, em que o cliente faz a encomenda, levando a 
empresa a ter que calcular os preços hoje, mas com a entrega programada para uma 
data futura. 
 
Para prazos de parcelamento interpolados, onde se divide a venda em um número fixo de 
parcelas, mais comum no varejo, aplicamos a fórmula a seguir, calculando um índice que 
será aplicado sobre o preço a vista. 
 
Índice = x i 
 – 1 
 
A “Indústria de Eletrodomésticos ‘Do Lar’ Ltda.”, ao parcelar as suas vendas em 12 
vezes, praticando a mesma taxa de juros vigente de 3,5% a.m., deverá proceder ao 
seguinte cálculo. 
 
Índice = x 0,035 = 0,0528874030 = 0,1034839493– 1 0,5110686573 
 
Portanto serão 12 parcelas de R$ 227,56, sendo a primeira parcela com vencimento 
dentro de 30 dias. Em casos de parcelamentos em que se exige uma entrada, o cálculo 
deve ser realizado sobre o valor remanescente. 
Suponhamos que a venda seja realizada com uma entrada de 20% do valor da geladeira 
e mais 12 parcelas. 
 
Entrada = R$ 2.199,02 – R$ 439,80 = R$ 1.759,22 
P = R$ 1.759,22 x 0,1034839493 = R$ 182,05 
 
 
 
 
 
 
36 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
2.2 CASES E EXERCÍCIOS 
1. Identificar os itens a seguir relacionados como: 
I. Investimentos 
C. Custos 
D. Despesas 
 
( ) Salários do departamento administrativo 
 
( ) Seguros das máquinas da fábrica 
 
( ) Salários dos operários da fábrica diretamente ligados à produção 
 
( ) Salários dos operários da fábrica encarregados da limpeza 
 
( ) Aquisição de Matérias-Primas 
 
( ) Consumo das Matérias-Primas na produção 
 
( ) Comissões de Vendas 
 
( ) Fretes e Seguros sobre Vendas 
 
( ) Aquisição de Equipamentos 
 
( ) Seguros dos Equipamentos da fábrica 
 
( ) Aquisição de Embalagens 
 
( ) Embalagens consumidas 
 
( ) Juros Passivos 
 
( ) Aquisição de material de escritório 
 
( ) Material de escritório da administração consumido no período 
 
( ) Energia elétrica da sede da sociedade 
 
( ) Energia elétrica da fábrica 
 
( ) Depreciação dos móveis e utensílios do departamento administrativo 
 
( ) Encargos sociais dos operários da fábrica 
 
 
 
 
37 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
2. Indique se a informação é Verdadeira ou Falsa: 
 
 
( ) Um gasto é uma contrapartida necessária à obtenção de um bem ou serviço. 
 
( ) Um gasto pode ter como contrapartida um investimento, um custo ou uma despesa. 
 
( ) O investimento é um gasto que tem como contrapartida um ativo. 
 
( ) A despesa representa um investimento. 
 
( ) Custo é a aquisição de bens e serviços que se incorporam ao patrimônio. 
 
( ) Na compra de matéria prima temos um investimento. 
 
( ) Custo é o gasto necessário à produção de um bem. 
 
( ) Os gastos posteriores à produção, necessários para a venda e para a administração 
do produto, também são custos. 
 
( ) A depreciação dos equipamentos industriais faz parte do custo do produto. 
 
( ) Perda anormal é o sacrifício patrimonial involuntário. 
 
( ) Quando da sua aquisição a matéria prima e tratada como custo. 
 
 
 
3. Identifique a alternativa que expressa o conceito de Gasto, segundo a terminologia 
normalmente utilizada na Contabilidade de Custos. 
 
 
(a) Bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. 
 
(b) Sacrifício financeiro para obtenção de um produto ou serviço. 
 
(c) Saída de recursos com a finalidade de aumentar o ativo. 
 
(d) Bem ou serviço consumido, direta ou indiretamente, para a obtenção de receita. 
 
(e) Pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
38 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
4. Julgue as afirmações a seguir. 
 
I. Na sua aquisição, a matéria-prima é um gasto que imediatamente se transforma em 
investimento; no momento de sua utilização, transforma-se em custo integrante do bem 
fabricado; quando o produto é vendido, transforma-se em despesa. 
 
II. Muitos gastos são automaticamente transformados em despesas; outros passam, 
primeiro, pela fase de custos; outros, ainda, passam pelas fases de investimento, custo, 
investimento, novamente e, por fim, despesa. 
 
III. Cada componente que foi custo no processo de produção torna-se, na baixa, 
despesa; no Resultado, existem receitas e despesas - às vezes ganhos e perdas, mas 
não custos. 
 
Pode-se afirmar que: 
 
(a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. 
 
(b) Apenas a afirmação I é verdadeira. 
 
(c) Apenas a afirmação II é verdadeira. 
 
(d) Apenas a afirmação III é verdadeira. 
 
(e) Todas as afirmações são verdadeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
5. A Cia. Juliana apresentou os seguintes saldos em determinado período contábil: 
 
 
- Matéria-prima R$ 1.000 
- Mão-de-obra direta R$ 500 
- Salário da administração R$ 400 
- Manutenção da fábrica R$ 80 
- Energia elétrica das máquinas da fábrica, medida globalmente R$ 220 
- Aluguel do prédio administrativo R$ 50 
- Depreciação da fábrica R$ 100 
- Materiais indiretos R$ 350 
- Seguros da fábrica R$ 120 
- Salário do setor de faturamento R$ 85 
- Mão-de-obra indireta R$ 700 
 
Pede-se: Calcular 
 
a) Os valores dos custos diretos; 
b) Os valores dos custos indiretos de fabricação; 
c) Os valores dos custos de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Espaço reservado para resolução da questão 
 
 
41 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
6. Dados extraídos da Contabilidade da Cia. Aline: 
 
- Matéria-prima comprada no mês R$ 400 
- Devolução de parte da matéria-prima comprada no mês R$ 50 
- Mão-de-Obra Direta do mês R$ 800 
- Custos indiretos de fabricação incorridos no mês R$ 300 
- Estoque final de produtos em elaboração R$ 200 
- Estoque final de matéria-prima R$ 100 
- Estoque inicial de produtos acabados R$ 150 
- Estoque inicial de produtos em elaboração R$ 200 
- Não havia outros estoques iniciais ou finais. 
 
Pede-se: Calcular 
 
a) Os valores dos custos de produção do mês; 
b) Os valores dos custos da produção acabada no mês; 
c) Os valores dos custos da produção vendida no mês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Espaço reservado para resolução da questão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
7. Considere os saldos abaixo extraídos da Contabilidade da Cia. Gabriel, 
correspondentes ao mês de janeiro de 2014, e as informações adicionais sobre a posição 
dos estoques. 
 
Nomenclatura (valores em R$) 
 
Mão-de-obra direta 48.000 
Materiais diretos 260.000 
Seguros de fábrica 3.000 
Mão-de-obra indireta 30.000 
Depreciação administração 10.000 
Vendas 461.000 
Salários departamento de vendas 7.000 
Materiais indiretos 4.000 
Depreciação fábrica 15.000 
Energia elétrica fábrica, medição global 40.000 
Salários setor administrativo 4.000 
Total 882.000 
 
Posição dos estoques: Saldos no mês de janeiro 
 
Início Fim 
 
Matéria-prima 30.000 10.000 
Produtos em fabricação 25.000 35.000 
Produtos acabados 35.000 25.000 
 
Pede-se: Calcular 
 
a) O valor dos custos apropriados à produção; 
b) Os valores do custo dos produtos fabricados; 
c) Os valores do custo dos produtos vendidos; 
d) O valor do lucro bruto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edmar
Nota
MOD
MD
CIF
Despesas
Receita
Despesas
CIF
CIF
CIF
Despesas
44 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Espaço reservado para resolução da questão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
8. Indique se a informação é Verdadeira ou Falsa: 
 
( ) Um custeio por absorção engloba todos os custos variáveis, tratando os custos fixos 
como despesas. 
 
( ) O custeio direto fere os princípios fundamentais de contabilidade, em especial, o 
regime de competência. 
 
( ) O custeio direto não é aceito pelo fisco, por antecipar o reconhecimento de 
despesas. 
 
( ) O custeio por absorção nãoé aceito pelo fisco, por postergar o reconhecimento de 
receitas. 
 
( ) O custeio por absorção atende aos princípios fundamentais de contabilidade, por 
incluir todos os custos necessários para serem confrontados com a receita, por ocasião 
da venda do produto. 
 
( ) No sistema denominado de custeio variável o lucro dos produtos vendidos é formado 
pelo valor total das vendas, deduzido dos custos variáveis totais. 
 
( ) O valor total dos custos com matérias-primas mais o valor total dos custos com 
mão-de-obra direta, aplicados em um produto, é denominado custo primário. 
 
( ) A margem de contribuição é apurada comparando- se as receitas de vendas com a 
soma dos custos com matérias-primas e mão-de-obra aplicadas na produção. 
 
( ) Na hipótese de uma economia sem inflação, isto é, sem alteração nos custos de 
produção, podemos afirmar que os custos totais da indústria são independentes do 
volume de produção. 
 
( ) Se a inclusão de determinada matéria-prima, na produção de um produto único, for 
obrigatória, esse gasto constitui-se em um custo fixo. 
 
( ) No custeio por absorção apropriam-se aos produtos elaborados todos os custos de 
produção, quer fixos, quer variáveis, quer diretos ou indiretos, e tão somente os custos 
de produção. 
 
( ) Os custos fixos tendem a ser muito mais um encargo para que a empresa possa ter 
condições de produção do que sacrifício para a fabricação específica desta ou daquela 
unidade. Assim sendo, não há, normalmente, grande utilidade para fins gerenciais no uso 
de um valor onde existem custos fixos apropriados. 
 
( ) Quando se apropriam custos fixos aos produtos, o custo de determinado produto 
pode variar em função não só de seu volume, mas também em função da quantidade dos 
outros bens fabricados. 
 
Edmar
Nota
F 
V
V
F
V
V
V
V
F
F
V
V
46 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
( ) No custeio variável ou custeio direto só são alocados aos produtos os custos diretos, 
ficando os fixos e os indiretos variáveis separados e considerados como despesas do 
exercício, indo diretamente para o Resultado. 
 
( ) A requisic ̧ão de material direto ou indireto para a produc ̧ão de determinado bem 
representa custos de transformação. 
 
( ) Em uma empresa de calc ̧ados, os custos relativos a embalagens devem ser 
classificados como custos diretos e primários. 
 
( ) O valor normal do desperdício ou sobra de matéria prima no processo produtivo 
deve ser incluído como custo do período. 
 
( ) Os custos indiretos são aqueles gastos que necessitam de um critério de rateio, pois 
não são facilmente identificáveis. São exemplos de custos indiretos o aluguel da fábrica, 
a mão de obra indireta e a manutenção da fábrica. 
 
( ) Os custos variáveis dependem da quantidade produzida e estão diretamente 
relacionados com o volume de produção. Se não houver produção, não haverá custos 
variáveis. 
 
( ) Os custos diretos são aqueles gastos que independem das quantidades produzidas e 
permanecem constantes em determinado intervalo de volume de produção. 
 
( ) A depreciação de uma máquina que é utilizada na produção de vários tipos de 
produtos deve ser classificada como custo direto de fabricação. 
 
( ) Nos custos de transformação de estoques incluem os custos indiretos de produção 
variáveis, que variam conforme a quantidade produzida. Os custos indiretos de produtos 
fixos, que independem do volume da produção, são considerados despesas operacionais, 
não compondo o lucro bruto. 
 
( ) A identificação dos custos fixos e variáveis é um fator relevante nos processos 
decisórios das organizações. Nesse sentido, é preciso atentar para o fato de que, em 
determinada faixa de produção, os custos fixos unitários decrescem com o aumento da 
produção, e os custos unitários variáveis são fixos. 
 
( ) O custo total é a soma dos custos fixos com os custos variáveis da empresa ou dos 
custos diretos mais os custos indiretos de fabricação. 
 
( ) Em uma empresa industrial, cuja política de pagamentos estabelece que as compras 
sejam pagas com trinta dias contados a partir da data da aquisição, a matéria-prima 
representa uma despesa, no momento em que é adquirida pela empresa, e um custo, ao 
ser consumida no processo produtivo. 
 
( ) Os vencimentos do auditor responsável exclusivamente pela atividade de preparação 
das auditorias — levantamento de dados e de informações para subsidiar a realização 
dos trabalhos — são classificados como custos indiretos. 
Edmar
Nota
F
F
F
V
V
V
V
F
Edmar
Nota
F
Edmar
Nota
Edmar
Nota
V
Edmar
Nota
F
Edmar
Nota
f
47 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
( ) A empresa Seringueira S.A. produtora de mangueiras industriais efetuou o 
pagamento do frete relativo ao transporte de produtos acabados que estavam 
armazenados no porto, a caminho do cliente. Referido frete decorreu da devolução de 
venda, por atraso na entrega. Dessa forma, o custo do frete deverá ser lançado como 
despesa. 
 
( ) Considerada a relação entre o valor total de um custo e o volume produzido em 
determinada unidade de tempo, os custos são classificados em fixos e diretos. 
 
( ) A empresa Chão de Fábrica Ltda. identificou que seus maiores gastos no mês de 
março de 2012 foram relacionados à mão de obra direta e aos impostos sobre a venda. 
Esses gastos são considerados, respectivamente, como despesa direta e despesa fixa. 
 
( ) Na terminologia de custos, são custos de conversão ou transformação: mão de obra 
direta e mão de obra indireta. 
 
 
 
9. A empresa Mariana calcula os custos de seus produtos utilizando dois métodos: o 
método do custeio por absorção e o método do custeio variável. Os Estoques iniciais 
eram “zero”, a produção do mês foi de 8.000 unidades totalmente acabadas, foram 
vendidas no mês 6.000 unidades. No fechamento do mês foram apurados os seguintes 
resultados líquidos finais: Lucro de R$ 348.750,00 no custeio por absorção, e lucro de R$ 
345.000,00 no custeio variável. Para atingir esses valores de resultado, a empresa 
manteve os custos variáveis correspondentes a 40% do preço de venda praticado. 
 
Calcule: 
 
a) Os valores correspondentes ao preço de venda unitário; 
b) Os valores correspondentes aos custos variáveis unitários; 
c) Os valores correspondentes aos custos fixos totais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edmar
Nota
V
Edmar
Nota
F
Edmar
Nota
F
Edmar
Nota
V
Edmar
Nota
A = 100.000
B = 40
C = 15.000
48 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Espaço reservado para resolução da questão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
10. A indústria ABC possui três departamentos: X, Y e Z. Os gastos em cada um desses 
departamentos totalizam $ 2.000, $ 4.000 e $ 6.000, respectivamente. Sabe-se que, no 
Depto. X, são consumidos 70% das horas de trabalho em função do produto A e 30% em 
função do produto B. O Depto. Y, responsável pela cotação de preços de matéria-prima, 
consome 30% de seu tempo em função do produto A e 70% em função do produto B, 
conforme constatado por meio do número de cotações feitas por produto. O Depto. Z 
presta serviços aos Departamentos X e Y, e, com base nos serviços prestados a eles, 
constatou-se que o Depto. X recebeu 150 atendimentos, enquanto que o Depto. Y 
recebeu 100 atendimentos. 
 
Pede-se: Calcule os custos a serem alocados aos produtos A e B, respectivamente, 
empregando o critério ABC (para rateio de custos indiretos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
Espaço reservado para resolução da questão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços 
11. A Cia. Industrial Marize S/A fabrica e vende dois produtos: X e Y. No último mês 
analisado, a empresa produziu

Outros materiais