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CARBOIDRATOS Carboidratos são aldeídos ou cetonas poliidroxilados, ou substâncias que liberam esses compostos por hidrólise. Muitos possuem a relação C:H:O de 1:2:1, ou seja, (CH2O)n e são chamados de hidratos de carbono. Alguns possuem N, P, ou S. Ex.: Glicose: C6H12O6 ou (CH2O)6. Carboidratos na natureza Por ano - fotossíntese converte mais de 100 bilhões de toneladas de CO2 e H2O em produtos vegetais como o amido e celulose. A celulose é encontrada em todas as partes lenhosas dos vegetais e constitui a maior parte da massa da madeira. O algodão é celulose quase pura. Definição Energética (ex.: glicose, frutose, lactose); Armazenamento (ex.: amido e glicogênio); Estrutural e proteção (ex.: celulose, pectina); Reconhecimento celular (ex.: glicoconjugados); Lubrificante das articulações esqueléticas; Anticoagulante (heparina); Anticongelante (glicoproteínas) entre outras. A pectina é um polissacarídeo estrutural complexo encontrado principalmente na casca de frutas cítricas e maçã. A pectina faz parte das fibras, substâncias importantes na alimentação. Exemplo Funções dos carboidratos Classificação De acordo com o tamanho: Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos A palavra “sacarídeo” é derivada do grego Sakkharon e significa “açúcar”. Constituem de uma única unidade de poliidroxialdeído ou poliidroxicetona. Possuem cadeia carbônica não-ramificada. São as unidades dos oligossacarídeos e dos polissacarídeos. Características físicas Sólidos; Incolores; Cristalinos; Livremente solúveis em água; Insolúveis em solventes apolares; Sabor adocicado no geral. Monossacarídeos Classificação De acordo com a posição da carbonila: Na extremidade da cadeia: Aldoses; No interior da cadeia: Cetoses. De acordo com o número de carbonos: 3 C – Trioses; 4 C – Tetroses; 5 C – Pentoses; 6 C – Hexoses; 7 C – Heptoses. Estrutura dos monossacarídeos São os monossacarídeos mais simples. Existem aldoses e cetoses correspondentes a todos os comprimentos de cadeia. Aldotetroses Cetotetrose D-Eritrose D-Treose D-Eritrulose Tetroses Trioses As aldopentoses D-ribose e 2-desoxi-D-ribose são componentes dos nucleotídeos. Pentoses Estrutura dos monossacarídeos A aldohexose D-glicose e a cetohexose D-frutose são os monossacarídeos mais comuns na natureza. Estrutura dos monossacarídeos Hexoses Todos os monossacarídeos, exceto a diidroxiacetona, contêm um ou mais átomos de carbono assimétricos. Assim, os monossacarídeos possuem formas isoméricas opticamente ativas, chamadas de estereoisômeros (ou enantiômeros). Representação das duas formas isoméricas do gliceraldeído, a aldose mais simples que contém um centro quiral. Por convenção, uma das formas é designada como isômero D e a outra isômero L. Isomeria Representação da estrutura tridimensional Outra forma de isomeria Quando dois monossacarídeos diferem na configuração ao redor de um único átomo de carbono assimétrico, eles são chamados de epímeros. A D-glicose é epímero da D-Galactose no C-4 e epímero da D-Manose no C-2. Em soluções aquosas, os monossacarídeos com cinco ou mais carbonos ocorrem como estruturas cíclicas. O grupo carbonila do monossacarídeo forma uma ligação covalente com o oxigênio de um grupo hidroxila da cadeia. Ciclização dos monossacarídeos Ciclização da D-glicose Dissacarídeos Ligação covalente O-glicosídica. Essa ligação é formada quando a hidroxila de um açúcar reage com a hidroxila de um C anomérico de uma outra molécula de açúcar. Dissacarídeos Sacarose: Produto intermediário da fotossíntese. Trealose: Principal constituinte da hemolinfa. Lactose: Ocorre apenas no leite. Terminações na nomenclatura: ose: açucar redutor ídeo: açúcar não-redutor São formados pela união de 2 até 10 monossacarídeos. São polímeros formados pela união de vários monossacarídeos através de ligações glicosídicas. Diferem entre si nas unidades monoméricas e nos tipos de ligação que as une, no comprimento da cadeia e no grau de ramificação das mesmas. Polissacarídeos ou Glicanos Oligossacarídeos É o polissacarídeo de reserva dos vegetais. Ocorre intracelularmente como grandes agregados ou grânulos. O grão de arroz é constituído de casca, película, germe e endosperma, esse é uma das principais fontes de amido do brasileiro. O seu endosperma contém uma grande reserva de amido para ser utilizada pela semente durante a germinação. Exemplo Amido Amilose Forma helicoidal de um segmento de amilose Conformação mais estável em forma de “cadeiras” rígidas adjacentes. Em reação com iodo fica azul. Amilopectina Os pontos de ramificação ocorrem entre cada 24 e 30 resíduos. Fica vermelho em reação com iodo. É o polissacarídeo de reserva dos animais. Ocorre principalmente no fígado e músculos esqueléticos. São muitos menores que do amido e mais ramificados. Glicogênio Glicogenina Polissacarídeo mais abundante na natureza. É uma substância fibrosa, resistente e insolúvel em água. É encontrada na parede celular dos vegetais, particularmente em raízes, troncos, galhos e em todas as partes lenhosas dos vegetais. ligações β (1 4). Contém de 10 a 15 mil resíduos de glicose. Fornece energia somente para organismos que possuem a enzima celulase (ex.: cupins). Celulose Quitina A quitina forma fibras estendidas similares àquelas da celulose. A sua única diferença química com a celulose é a substituição de um grupo hidroxila em C-2 por um grupo aminoacetilado. Também é encontrado na parede celular de certos fungos. Lagosta, um crustáceo Polissacarídeo estrutural dos invertebrados. Provavelmente é o polissacarídeo mais abundante depois da celulose. Principal componente do exoesqueleto duro de aproximadamente 1 milhão de artrópodes (insetos, lagostas e caranguejos). N-acetil-D-glicosamina unidos por ligações do tipo β(1 4). Estrutura e função de alguns polissacarídeos
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