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A CONTRIBUIÇÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

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SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO CULTURA E ESPORTES DE PESQUEIRA – SECEP
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE PESQUEIRA – ISEP
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I – EDUCAÇÃO INFANTIL
A CONTRIBUIÇÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
MANOELSO GOMES OLIVEIRA
PESQUEIRA – PE
2017
MANOELSO GOMES OLIVEIRA
A CONTRIBUIÇÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à coordenação do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Instituto Superior de Educação de Pesqueira - ISEP - como requisito para obtenção do título de licenciado em pedagogia – Licenciatura plena.
Orientador (a): Profº Me. Ailson Freire do Nascimento
PESQUEIRA - PE
2017
MANOELSO GOMES OLIVEIRA
A CONTRIBUIÇÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso pelo aluno Manoelso Gomes Oliveira, à coordenação do curso de Pedagogia pelo Instituto Superior de Educação de Pesqueira – ISEP – como requisito para obtenção do título de Licenciado, recebendo o conceito _____ conforme avaliação do orientador e da banca examinadora constituída pelos professores.
 Aprovada em ___ / ____ / _____
 _________________________________________
 Prof. MS. Ailson Freire do Nascimento – Orientador – ISEP
 __________________________________________
	Profº (a) Convidado
 ___________________________________________
 Profº (a) Convidado
PESQUEIRA – PE
	2017	
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
 
EPÍGRAFE
" 
ele pedil pra mudar colocar o modo tradicional 
RESUMO
ABSTRACT
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8 
2. O QUE É TEXTO? ......................................................................................... 
2. 1. NOCÕES BÁSICAS DO CONCEITO DE TEXTO........................................
2. 1.1. O ALUNO DO ENSINO FUNDAMENTAL E A PRODUÇÃO TEXTUAL ...
2. 2. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS NA ORGANIZAÇÃO DE UM TEXTO ..........
2.2.1. QUANTO A ESTRUTURA ............................................................................
2.2.2. QUANTO AO CONTEÚDO ...........................................................................
2.2.3. QUANTO AO ESTILO ..................................................................................
3. O QUE GÊNERO TEXTUAL? ...........................................................................
3.1. CLASSIFICAÇÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS ............................................
4. O TEXTO COMO RECURSO DIDÁTICO EM SALA DE AULA ........................
5. CONSIRAÇÕES FINAIS ....................................................................................
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................
 
 1. INTRODUÇÃO 
O referido trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo e tem como tema, a contribuição dos Gêneros textuais no processo de alfabetização nos anos iniciais do ensino Fundamental. A intenção nessa pesquisa é discutir o conceito de texto como aliado no desenvolvimento do processo de aquisição do Sistema de escrita Alfabética no ensino fundamental.
Sabe-se que a variação e diversidade de gêneros textuais é uma condição essencial em nossa sociedade. É impossível atender as diversas necessidades de interação social sem a presença dos textos que circulam socialmente. É notório, que em qualquer cultura letrada, os textos estejam presentes – sejam eles orais ou escritos – e é na escola que esse intercâmbio de interação social deve ser destaque, tendo em vista a escola ser uma agência de interação social, alfabetização e letramento.
A pesquisa em foco tem os seguintes como objetivo geral: Discutir a importância dos Gêneros Textuais como recurso didático no processo de alfabetização e do letramento nos anos iniciais do ensino fundamental e como objetivos específicos: Possibilitar a reflexão sobre a prática da produção textual, refletindo sobre as diversas técnicas usadas em sala de aula, percebendo que a arte da produção de textos é inovadora, flexível e que pode ser desenvolvida de formas variadas e em qualquer ano de escolaridade; analisar a ampliação da conquista do letramento nas diversas áreas do conhecimento, percebendo que a produção textual é multidisciplinar e que pode ser trabalhada em qualquer disciplina; entender o conceito de texto, sua diversidade de gêneros, sabendo adequá-los às circunstâncias da situação comunicativa de que participa.
JUSTIFICATIVA
PROCED. METODOLÓGICOS
É importante destacar que os textos sejam narrativos, descritivos ou qual for o tipo textual, pode ser produzido por meio de vários gêneros, tais como: um conto, um romance, uma poesia, um cordel, uma reportagem, um artigo, um horóscopo, um anúncio, etc. 
Em síntese, Gênero textual é traduzido como a maneira de organizar as informações linguísticas de acordo com a finalidade do texto e tem como objetivo primordial adequar à situação sociocomunicativa em que é construído.
 As ideias apresentadas nessa pesquisa cientifica como prática pedagógica, estão centradas nos conhecimentos construídos pela ação dos educandos e está Embasados em uma teoria construtivista de aprendizado, em que o processo de produção do conhecimento na elaboração textual, seja antes de tudo, uma atividade de reflexão, de troca de ideias e experiências e que proporcione a ampliação do domínio da linguagem, elemento indispensável para o desenvolvimento da competência comunicativa dos educandos.
Assim, está sendo discutidas no primeiro capítulo temas referentes ao conceito de texto e principalmente as considerações essenciais referentes ao aluno do ensino fundamental bem como noções básicas relacionadas às semelhanças e diferenças entre os gêneros textuais, bem como as características dos alunos no ensino fundamental.
 No segundo capítulo abordamos o Conceito prático de Gênero textual, destacando que, entende-se por Gênero, a forma como o texto é produzido, considerando as diversas intenções do autor no momento da produção textual e a classificação dos principais gêneros que podem ser trabalhados nas turmas do ensino fundamental. 
No último capítulo apresentamos de forma sucinta a importância dos Gêneros textuais como recurso didático em sala de aula, tendo em vista ser de fundamental importância para o aluno em processo de formação a socialização dos diversos escritos sociais e que a escola seja um ambiente preparador para o convívio social. 
Evidentemente, todo indivíduo precisa expressar seus sentimentos, através de opiniões, sugestões, críticas, etc. E acreditamos que é função da escola contribuir na formação de alunos criativos, inventivos, e que se tornem aprendizes eficientes capazes de produzir algo novo e que não sejam meramente repetidores dos que às outras gerações fizeram, mas que sejam aptos a transformar seu próprio cotidiano em aprendizagem.
2. O QUE É TEXTO?
 
 O funcionamento da Língua não se dá em unidades isoladas como letras, fonemas, morfemas, palavras soltas ou mesmo enunciados soltos, mas acontece mediante unidades maiores e bem estruturadas, que chamamos de Texto. Por sua vez todo texto se constitui como unidade de sentido e pode ser entendido como “um evento comunicativo em que convergem ações linguísticas, sociais e cognitivas”(Ferraz.2007, p.28).
A palavratexto segundo Tereza Serafim (1992) “Originou – se do latim “TEXTUM” que significa, ” entrelaçamento, tecido”. Para ela, existe, portanto, uma razão etimológica que não podemos esquecer, o texto resulta da ação de tecer, de entrelaçar unidades e partes, a fim de formar um todo inter-relacionado, ou seja, é a união de todas as partes e ideias. Diante disso, podemos afirmar que é essa união que garantem a coesão das partes, sua harmonia, sua lógica, sua coerência. 
É importante perceber que em um texto, o sentido de cada parte é definido pela relação que mantém com as demais partes constituintes do todo. O sentido do texto não é a mera soma das partes, mas é dado pelas múltiplas relações que se estabelecem entre elas.
2.1. Noções básicas do conceito de texto.
É frequente depararmos em sala de aula, no momento de atividade que tratem de produção textual os alunos questionarem: O que é texto? Como eu faço para produzir um texto? São questões bastante usadas em sala de aula ou mesmo fora dela. Do outro lado por parte de alguns professores, frequentemente ouvimos frase do tipo: Ah! Seu texto ficou ótimo. Sem contar que nos corredores das escolas nos deparamos com alunos questionando entre si: O professor de Língua Portuguesa usa muito textos. O texto da prova estava horrível de se interpretar. Os atores das novelas decoram textos enormes todos os dias. Ou ainda, Colega faz aí um texto para mim.
Percebemos que apesar da palavra texto ser usado diariamente na rotina escolar, o conceito de texto não é tão simples, mesmo para aquelas pessoas habituadas a empregar esse termo com mais frequência. Segundo Ferraz (2007, p.29), o texto é visto como “um conjunto de unidades linguísticas (palavras, frases, períodos) através do qual se pode expressar claramente um pensamento”.
O produtor de texto de acordo com Serafim (1992,p.78) “executa o trabalho de tecelão. Nessa construção ele vai unindo ideias, entrelaçando partes até formar um todo harmonioso”. Percebemos então que esse trabalho é minucioso, requer atenção e cuidado por parte do produtor para que as ideias apresentadas possam seguir uma lógica, coesa e coerente.
O texto mesmo sendo trabalhado apenas como atividade de sala de aula é importante destacar que ele vai além do espaço escolar, ele independe das práticas sociais, nesse caso é isento de qualquer comunicativa e é historicamente invariável. É visto como afirma Ferraz (2007, p.28) “Um conjunto de unidades linguísticas” e pode ser formado apenas por palavras, frases, enunciados ou períodos e que através do qual o produtor pode se expressar claramente seu pensamento, desenvolvendo-se como produtor e escritor.
Segundo Schneuly (1995) através da produção textual o aluno pode enriquecer sua capacidade comunicativa, além de desenvolver suas habilidades de representar seu pensamento e enriquecer sua capacidade de expressão, independente do tamanho do texto, da complexidade na produção. O texto é essencial para o desenvolvimento cognitivo do aluno. 
É fundamental o papel da escola, através do professor, garantir o ensino eficaz na produção de textos escritos, garantindo ao aluno o desenvolvimento de sua capacidade de criar, recriar e organizar bem suas ideias, dominando os conhecimentos linguísticos e gramaticais ao modelo da linguagem escrita. Então, cabe ao aluno apropriar-se das estruturas essenciais e a partir de tais conhecimentos, constituir-se como um bom escritor. 
É primordial de acordo com Ferraz (2007, p.16) o professor criar “situações autênticas de produção textual”. É preciso, portanto que as situações de produção textual dentro da sala de aula sejam eles de que gênero for, sejam trabalhados a partir de situações reais e que passem fazer parte da rotina de sala de aula do aluno. Para ela, não faz sentido o professor trabalhar textos com os alunos que não tenham nenhuma referência com o seu cotidiano social. Acrescenta ainda que há uma necessidade de levar o aprendiz ao domínio dos diferentes textos tal qual eles aparecem nas práticas sociais do cotidiano.
Para Ferraz (2007, p.32) – organizadora do Programa Diversidade Textual:
No que diz respeito ao ensino da produção de textos, um dos questionamentos que se pode levantar é a crença de que os textos que funcionam na realidade extraescolar possam entrar na escola da mesma forma que funcionam fora dela. Dessa maneira, há a negação da escola como um lugar específico de comunicação o que, pelas suas peculiaridades, acaba por transformar as práticas de referência nas quais os textos vão ser utilizados e produzidos. Sendo a escola um lugar específico de comunicação, não é possível reproduzir dentro dela as práticas de linguagem de referência tais quais aparecem na sociedade. Ao entrar no processo de ensino, as situações de produção textual, embora remetendo às situações nas quais tais textos são utilizados nas práticas de linguagem na sociedade, apresentam características peculiares à situação de ensino nas quais estão inseridas. 
Dessa forma percebemos a importância de se trabalhar a produção textual em sala de aula. Mesmo que não seja necessário trabalhar a produção de textos tais quais circulam na sociedade, mas o uso desse referencial na escola é essencial, percebendo que o conhecimento, ou mesmo o convício, o manuseio desses textos é útil para que o aluno possa ser conhecedor dos escritos sociais e quais os processos para se chegar à produção de um referido texto, desde a sua construção até a circulação na sociedade.
É importante ainda destacar que para que o aluno possa construir habilidades de uso dos gêneros textuais, o aluno precisa ser posto em contato com um repertório textual que lhe sirva de referência dos textos o qual é aprendiz, só assim ele se tornará um bom produtor. Acreditamos que é por meio do contato com modelos variados de textos que o aluno se torna produtor daquilo que ele vivenciou com mais frequência.
Portanto, cabe a escola a sistematização dos conhecimentos e habilidades na arte da produção textual, apropriando-se de técnicas e recursos diversos para que assim possa despertar no aluno o gosto e a capacidade de desenvolver-se como aprendiz de escritor. Sendo assim enfatizamos que é preciso propor recursos, técnicas e metodologias variadas nesse sentido, para que, dessa forma, possam não só, conforme distinção de Magda Soares (1998), se “alfabetizarem”, ou seja, adquirir a “tecnologia da escrita”, mas também, tornarem-se “letrados”, isto é, fazerem uso efetivo e com competência dessa tecnologia da escrita em situações reais de leitura e produção textual, contribuindo de forma significativa na consolidação do processo de alfabetização. 
2.1.1 O aluno do ensino fundamental e a produção textual.
Para o aluno do ensino fundamental, o trabalho com textos tem como finalidade, trabalhar o desenvolvimento da criatividade, a ampliação da capacidade comunicativa, a possibilidade de auto expressão, de observação e o desenvolvimento do senso crítico, tendo em vista que no momento em que o aluno começa a se expressar flui o pensamento, desenvolve a capacidade de cognição e a construção de suas próprias ideias.
Outra possibilidade do ensino através de textos é a organização do pensamento lógico do aluno, a variedade de expressão, a autocriação e a oportunidade de expressar-se livremente, desenvolvendo a auto segurança em suas produções ou mesmo socialização. De acordo com as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Portuguesa (1997, p.36) o trabalho com textos, tem como objetivo maior “formar cidadãos competentes, capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes”.
Dessa forma, é importante destacar que, antes do professor ou aluno iniciar de fato a produção textual, seja qual tema ou conteúdo for, faz-se necessário selecionar os fatos ou ideias, bem como a realização de um roteiro, ou seja, um bom planejamento, podendo assim ter um norte do que se pretende falar, parte que o professor precisa orientar bem.
Durante a configuração de um texto, as ideias do roteiro devem ser bemdefinidas, desenvolvidas e exemplificadas, momento essencial para que o leitor consiga compreender as ideias expostas. É necessário apresentar explicações suficientes e usar argumentos claros e lógicos.
Para Serafim (1992, p.12), “Um texto só passa a ser convincente quando leva o leitor, pouco a pouco, a aceitar a tese. A extensão do texto deve compreender ao tempo necessário para envolver o leitor”. Dessa forma, é bom ficar atento que ao passar de uma ideia a outra, deve-se considerar os conectivos, as frases de ligação, ou elementos que ajudam o leitor a seguir o fio condutor que une o texto. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001, p.65 ) orientam que:
“Um escritor competente (seja ele aprendiz ou profissional) é alguém que, ao Produzir um discurso, conhecendo possibilidades que estão postas Culturalmente, sabe selecionar o gênero na qual seu discurso se realizará escolhendo aquele que for apropriado a seus objetivos e à circunstância enunciativa em questão. Por exemplo: se o que deseja é convencer o leitor, o escritor competente selecionará um gênero que lhe possibilite a produção de um texto predominantemente argumentativo; se é uma solicitação a determinada autoridade, provavelmente redigirá um ofício; se é enviar notícias a familiares, escreverá uma carta. Um escritor competente e é alguém que planeja o discurso e consequentemente o texto em função do seu objetivo e do leitor a que se destina, sem desconsiderar as características do gênero. 
 
 Claramente, percebemos a dificuldade que os alunos enfrentam com relação ao ato da produção de texto, principalmente textos escritos. Muitos apresentam dificuldade de escrever o que pensam, embora não apresentem dificuldades de se expressarem oralmente. Muitos Falam bem, às vezes sem nenhuma dificuldade. Os problemas só aparecem na hora de se expressarem formalmente ao público ou mesmo na hora da produção textual, tendo em vista que o texto escrito requer especificidades próprias da linguagem escrita, não necessárias na língua oral.
É necessário perceber que na linguagem oral, o falante tem claro com quem fala e em que contexto. Nela o interlocutor é ativo, está presente fisicamente, tem possibilidades de intervir, de pedir esclarecimentos, de propor comparações ou opiniões com o público ou mudar o curso da conversa. É uma linguagem coloquial, espontânea, enquanto que na linguagem escrita, isto é, na produção textual, ela prima por certos elementos necessários, já que a escrita não poderá interagir visivelmente com o leitor.
Diante disso, acreditamos ser importante a orientação do professor para que o aluno perceba que a falta desses elementos extratextuais, precisa ser suprida pelo texto. Enquanto a linguagem oral é espontânea e pode se adequar a realidade do falante, a escrita prima pelas regras gramaticais. Portanto, é indispensável que esta seja organizada de maneira a garantir sua compreensão. Ou seja, é indispensável que o texto seja claro e de fácil compreensão.
É importante que o professor tenha em mente e esclareça aos alunos que, escrever não é apenas traduzir o que se fala em sinais gráficos. A escrita tem normas próprias, tais como: regras de acentuação gráfica. De ortografia, de pontuação, de concordância, de tempos verbais, enfim uma série de referências linguísticas e gramaticais. É preciso deixar claro que, embora conhecendo essas regras e outros recursos da norma culta, não garantem o sucesso no momento do aluno produzir um texto. É necessário, preocupar – se com a constituição de um discurso, por mais simples que seja principalmente para um aprendiz.
É importante destacar que não é necessário nas séries iniciais do ensino fundamental o professor trabalhar nomenclaturas de regras, mas é necessário que elas estejam presentes em qualquer produção da mais simples as mais complexas. A presença dos elementos coesivos, seja temporais ou sequenciais, pode ser introduzidos em qualquer segmento de ensino, embora sem exigência explícita no momento da produção, no segmento citado.
Vale salientar que todo discurso- oral ou escrito -representa uma interação entre o produtor e o receptor. Em outras palavras, deve-se ter em mente a figura de um sujeito interlocutor e a finalidade para a qual o texto foi escrito. 
Cabe-nos ainda destacar que de acordo com Fiorin e Savioli (1996) existem dois aspectos de fundamental importância no momento da produção de um texto e que certamente serão considerados pelo leitor na apreciação.
Primeiro, no encadeamento das ideias de um texto, o significado de uma parte não é autônomo, portanto, uma parte depende das outras com que se relaciona.
Segundo, o significado global de um texto, não depende da mera soma das partes, mas das concordâncias geradoras dos sentidos, Parte essencial e que deve ser trabalhado com o aluno desde as séries iniciais.
A leitura de um texto, no entanto, não deve fundamentar-se em fragmentos isolados, ou partes, tendo em vista que o encadeamento das ideias é determinado pelo todo em que estão inseridas.
Outro aspecto importante que deve ser observado é que na leitura de um texto, não se deve considerar o que não está incluído no texto, nem tampouco as semelhanças que um texto apresenta ou estabelece com o outro.
Nesse caso, a leitura é considerada, um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado de um texto, a partir de seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor e de tudo o que se sabe sobre a linguagem, as características do gênero textual, do produtor, do sistema de escrita, etc. 
De acordo com as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p.55) “Ler, além de fornecer matéria prima para a escrita, contribui para a construção de modelos, como escrever. Quanto mais se lê, torna-se maior a capacidade de se aprender a produzir da maneira mais completa e eficaz”.
Refletindo sobre a citação acima, consideramos que é necessário trabalhar essas questões com os alunos - principalmente do ensino fundamental, por estarem em processo de construção dos primeiros conhecimentos – tendo em vista ser o momento que eles estão ingressando no mundo letrado, ampliando o processo da alfabetização e do letramento. Sendo assim é necessário familiarizá-lo com diversos tipos de escritos sociais. É importante que o professor considere os alunos como leitores plenos, e não como simplesmente decifradores de códigos ou sonorizados de textos. 
Nesse caso, é preciso dar-lhes oportunidades de interatuar com uma grande variedade de textos escritos, de todos os gêneros, só assim, eles serão incentivados a produzi-los tendo como base o próprio texto em sala de aula, como já mencionado. É a vivência com o mundo da leitura que o aluno se torna capaz de produzir, tendo como referência aquilo que ele tem em contato na sala de aula.
Evidentemente, acreditamos que, trabalhar o exercício da produção textual em sala de aula, para os alunos em processo de alfabetização nas séries iniciais, tem um valor incalculável, tendo em vista que não basta simplesmente saber ler e escrever, é preciso dominar a linguagem para participar do mundo letrado e da vida social na sua comunidade. E é através da linguagem que nos comunicamos, escolhemos palavras apropriadas para cada tipo de discurso, trocamos opiniões, temos acesso às informações e transmitimo-las, além de fazer cultura, já que a mesma pode ser entendida como todo conhecimento adquirido como membro de uma sociedade.
Conforme as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa, (2007, 47)
“Cabe, portanto, a escola viabilizar o acesso ao aluno ao universo dos textos Que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e a interpretá-los. Isso inclui os textos de diferentes disciplinas, com os quais o aluno se defronta sistematicamente no cotidiano escolar e, mesmo assim, não consegue manejar, pois não há um trabalho planejado com essa finalidade. Em consequência, o aluno não se torna capaz de utilizar textos cuja finalidade seja compreender um conceito, apresentaruma informação nova, descrever um problema, comparar diferentes pontos de vista, argumentar a favor ou contra uma determinada hipótese ou teoria. É essa capacidade, que permite o acesso à informação escrita com autonomia, é condição para o bom aprendizado, pois dela depende a possibilidade de aprender os diferentes conteúdos. Por isso, todas as disciplinas têm a responsabilidade de ensinar a utilizar os textos de que fazem uso”
Nessa perspectiva, através do domínio da linguagem nos tornamos cidadãos conscientes, capazes de criar, recriar, reinventar, formar opiniões, pensar com clareza, ser livre, lutar pelos seus direitos, tarefa primordial da escola formar cidadãos críticos e conscientes, capazes de atuar na sociedade, modificando-a, pois acreditamos que toda educação verdadeiramente comprometida com o exercício da cidadania, precisa promover condições para o pleno desenvolvimento da capacidade de uso da linguagem. A importância e o valor dos usos linguísticos são determinados historicamente segundo as demandas sociais de cada momento.
Conforme Piaget (apud SILVA, 1999, p. 78), “A escola deve formar homens inventivos, criativos, que não repitam o que as outras gerações fizeram”. Então, vemos na citação mencionada que, essa preocupação em formar cabeças pensantes, atravessa gerações. E em se tratando da escola é importante que a instituição escolar contribua na formação de alunos que sejam capazes de produzir, de interpretar de entender e se expressar em diferentes situações didáticas e sociais. E essa situação ativa de produção espontânea pode e deve ser trabalhada em qualquer série ou ano do ensino fundamental.
Com efeito, essa concepção procura levar em conta a realidade e os interesses dos educandos, além de fugir dos exercícios mecânicos, repetitivos, chatos e decorativos, quase sempre fragmentados de textos e desarticulados do contexto social. A produção espontânea, não deve ter como base frases soltas, sem concordância ou harmonia, mas utilizando o texto como um referencial de aprendizado.
A partir desse raciocínio vemos que o desenvolvimento intelectual do aluno é entendido como um “processo de ações mentais e encontra na comunicação e na linguagem – oral ou escrita – uma das condições mais importantes desse desenvolvimento”. (Cabral, 1998. p. 104).
Nas séries iniciais do ensino fundamental o aluno está em a faixa etária de seis a onze anos, período que acontece a mudança da fase de criança para a pré-adolescência, momento em que estão enfrentando transformações tanto físicas como no modo de pensar e agir. Nessa fase ele tem grande interesse em adquirir novas formas de lidar com seus anseios, surge à curiosidade e quanto mais tiver contato com textos provocantes, diferentes, mais ele encontrará respostas para suas indagações. 
É importante que neste período, a sala de aula, seja um espaço que ofereça oportunidades para o aluno opinar, questionar, defender seus interesses, partilhar as ideias, expor seu ponto de vista, aprendendo a respeitar as opiniões divergentes. Dessa forma, ele ganhará o domínio da linguagem, que é compreendido como o “elemento concreto que permite ao homem ter consciência das coisas”. (CABRAL, 1998, p.105)
Portanto, é essa a característica que o define como um ser capaz de criar, de inventar, de argumentar, apropriando-se e fazendo cultura, característica que diferencia dos outros animais.
Desse modo, ter o domínio da linguagem é um dos principais objetivos da língua Portuguesa. Destaque proposto nesse trabalho através da produção e da convivência com os mais variados textos, desde o início da escolarização do aluno.
Em sala de aula é normal nos depararmos com alunos que falam muito bem e até com eloquência, no entanto são fracos na hora de expor no papel o seu pensamento. Percebe-se que são poucos os estudantes que, ao receberem a incumbência de escrever alguma coisa, por mais simples que seja, até um pequeno bilhete, não sintam uma inibição chocante. Dá um branco na mente, um vazio nas potencialidades, vivem momentos de angústia. Começam a suar, roer as unhas, mascam as canetas, etc.
Percebemos que vários são os fatores que contribuem para isso. Primeiramente, existe a falta de hábito em ler e escrever, em segundo vem o bloqueio psíquico e a falta de conhecimentos em relação ao tema e relativo a questão da produção, tendo em vista a falta de prática e dos princípios norteadores dessa ação. Desta forma surgem questionamentos tais como: por onde começar? Como fazer? Entre outros.
Nesse caso cabe-nos salientar que, falar bem não significa necessariamente escrever bem, conforme mencionamos anteriormente. Na linguagem oral, usamos de recursos que não existem na escrita. Os gestos, as situações configuradas, as expressões faciais e outros recursos são elementos fundamentais para que a comunicação possa ser efetuada. Afinal “ a língua é um sistema de signos histórico e social que possibilita ao homem resignificar o mundo e a realidade” (PCN’s, Língua Portuguesa, 2001, p.24) 
Queremos aqui fazer menção que, ao falar somos, muitas vezes, repetitivos, obscuro. Podemos pedir ajuda aos interlocutores, enquanto na produção escrita, ao contrário, a objetividade e a clareza na exposição das ideias e argumentos devem se fazer presentes ao máximo para não inquirir alguma dúvida no leitor.
Nesse caso, para não sermos apanhados por certos bloqueios, faz-se necessário, treinamento e perseverança na redação, só assim adquirimos autoconfiança, além disso, podemos conseguir o mínimo de condições necessárias para que a capacidade na produção textual seja aperfeiçoada e não se torna algo impossível. Fato que deve ser trabalhado com bastante ênfase com os alunos.
Dentro dessa perspectiva, é necessário que o aluno comece desde cedo, como já foi mencionado. É preciso treinar, praticar ação que envolve todas as fases do ensino fundamental, tendo em vista que é treinando, lendo e escrevendo que se vai adquirindo o hábito e a capacidade de produzir. Traduzindo acreditamos que o aluno só aprende a lê, lendo. Só aprende a escrever, escrevendo e só adquire a capacidade da produção de textos, produzindo, ou seja, praticando. A prática é a essência do fazer.
Sabemos que “produzir implica alguém que produza” (Chiappine, 1998. p.65). Qualquer que seja a disciplina, trabalhada em sala de aula, tanto Língua Portuguesa, história, geografia ou mesmo ciências, objeto do ensino-aprendizagem, a produção textual está presente. Esses textos podem estar relacionados às ações efetivas do cotidiano, a transmissão e a busca pela informação, ou mesmo o exercício da reflexão, fator de suma importância na produção do conhecimento. Não podemos esquecer, é claro, que há aqueles que satisfazem simplesmente as exigências da prática da vida diária.
Aos alunos na fase da pré-adolescência esses textos muitas vezes estimulam a reflexão crítica da imaginação, além de instigar o exercício de formas de pensamentos mais elaborados e abstratos, aguçando assim a subjetividade. Aqueles mais vitais proporciona o desenvolvimento da plena participação numa sociedade letrada e em constantes mudanças, como é o caso da sociedade brasileira. 
De acordo com Chiappine (1998) o sentido que é atribuído em sala de aula como espaço de interação verbal e social, professor e aluno, interage por meio de seus textos com saberes e conhecimentos. No sentido atribuído ao sujeito como herdeiros e produtor de uma herança cultural, destaca que “professor e aluno aprendem e ensinam um ao outro através dos textos, que durante a reconstrução vão construindo novos conceitos, situações, reproduzindo e multiplicando os sentidos em circulação no contexto comunidade escola”.
Sendo assim para o aluno que está ingressando no mundo da produção textual, sempre surgem indagações do tipo. Escrever sobre o quê? Falar de quem? Aconselha-se que no início é bom escrever sobre coisas que acontecem com você ou ligado ao seu cotidiano, uma vez que exprimimos melhor, assuntos que vivenciamos ou que presenciamos.
No uso ou produção do texto em sala deaula pode-se falar de passeios, filmes assistidos, qualidades pessoais, a história da família, registros em pequenos diários, transformados em memorial, etc. Depois, relatar sobre um acontecimento no bairro, na escola, um comentário de algo acontecido, uma cena de um filme, o itinerário da escola, um fato ocorrido na televisão, ou mesmo reproduzir com suas próprias palavras aquilo que foi lido ou trabalhado em sala de aula. Nesse caso uma rotina escolar, tendo em vista que “ cabe portanto a escola viabilizar o acesso ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e a interpretá-los.” (PCN’s – Língua portuguesa, 2001, p.30.) 
É importante que o professor nunca se esqueça de trabalhar a questão da reescrita de alguns textos produzidos pelo aluno, apontando ou revisando lacunas na ortografia, pontuação, concordância, etc. Dessa forma ele pode corrigir os erros apontados, revivendo a história, aumentando as ideias, enriquecendo-lhes de detalhes, porventura foram esquecidos.
2.2. Considerações básicas na organização de um texto.
Conforme Bertolim (1999) existem alguns aspectos fundamentais em que o texto trabalhado em sala de aula necessita, que podem ser reformulações que dizem respeito principalmente aos seguintes problemas. Queremos aqui destacar alguns, por considerarmos importantes e de acordo com as ideias apresentadas durante esse trabalho. Aspectos relacionados a:
Estrutura: necessita ser reformulado:
 
 Na produção textual escrita, muitas vezes aparecem incompletude de ideias, ou seja, frases soltas, dissociadas de qualquer sentido, sem concordância ou harmonia. Na produção oral, às vezes, não há necessidade de completar as frases, uma vez que, as condições de enunciação permitem que o nosso receptor nos entenda por meio de recursos extras da linguagem oral, como os gestos, a expressão facial, entre outros. 
 Cabe destacar que ao transferir essa prática para o papel, ou seja, a produção escrita, os alunos prejudicam a expressão clara de ideias. Daí a importância de atentarmos para os estudos morfossintáticos, percebendo que por meio deles pode-se ter uma consciência na estrutura de frases e textos coesos, harmônicos e com sentido completo, pois “ Qualquer texto que produzimos deve também orientar o leitor para a continuidade das informações”. (GESTAR, 2008,TP 5, p.125)
 É preciso evitar: Construção de períodos muito longos, acumulação de ideias no mesmo parágrafo, fragmentar ideias em parágrafos diferentes, atentar para o encadeamento lógico do pensamento, ou seja, ficar atento para que tanto a introdução, como o desenvolvimento e a conclusão do texto estejam interligados de forma coerente.
 Outro fator importante no ato da produção textual e que deve ser cuidadosamente trabalhado pelo professor é a falta de coerência em relação ao sentido global do texto, evitando problemas na sequência lógica do texto, ou seja, na coesão textual, principalmente nas ideias entre parágrafos e períodos, que mantenham a textualidade de uma boa produção escrita, percebendo a importância da sequência lógica e harmoniosa nas características que transformam um conjunto de palavras em um texto. Assim, “o mundo textual é construído a partir de pistas textuais, em articulação com a situação sociocomunicativa e o conhecimento partilhado entre os interlocutores” ( GESTAR, 2008. TP 5, p. 121)
 Vale salientar que essas observações podem ser trabalhadas em qualquer ano de escolaridade, dos contos infantis, a qualquer outro gênero ou tipo textual, principalmente pras crianças em fase inicial de leitura, apresentando dessa forma o cuidado com a escrita desde as séries iniciais. Uma oportunidade de se trabalhar a rescrita dos textos, proporcionando que o aluno faça a revisão do seu próprio trabalho, percebendo possíveis lacunas que a escrita pode conter.
2.2.2. Quanto ao conteúdo: precisa de revisões:
 No momento da produção textual é normal surgirem algumas incompletudes, ou seja, falta de alguns elementos essenciais para que o texto fique mais compreensível. Daí é importante revisar, principalmente quando apresentar: pobreza de ideias, ou seja, falta de um bom nível de informações sobre o assunto apresentado em relação aos conhecimentos teórico-práticos suficientes, é o caso de um texto informativo, entre outros.
 Vale destacar da importância para o professor trabalhar também a questão falta de argumentação coerente na elaboração das ideias. Como: Não figir do tema discutido, tratar de outro assunto que não cabe no momento, que pode ser trabalhado tanto no texto escrito como no texto oral; falta de informações suficientes para que o leitor entenda o que o produtor quer transmitir, entre outros aspectos essenciais que devem ser observados pelo professor para o aluno se torne um bom produtor de textos. Ideias simples, mas que fazem toda diferença para o aluno em fase de construção da identidade letrada.
2.2.3. Quanto ao estilo: é necessário revisar:
 Outro aspecto fundamental que deve ser observado e que precisa ser revisado quanto ao estilo textual é no momento que o texto apresente problemas de disposição gráfica na apresentação estética do trabalho, ou seja, falta de parágrafos, linhas incompletas, palavras repetidas, entre outros.
 É importante destacar também da importância de clareza na exposição das ideias sejam elas orais ou escritas, atentando para o uso de gírias, a não que seja um texto popular intencional, redundâncias, neologismos, pleonasmo, rimas desconexas, no caso do texto poético, falta de criatividade, etc. 
 É importante observar essas questões propostas ao trabalhar a produção textual em sala de aula, com a finalidade de amenizar as dificuldades em relação ao conteúdo apresentado. Como também a necessidade perceber que a escrita prima por maiores referências do que a fala.
 Tendo como base as observações de Bertolim, (1990). Queremos destacar alguns critérios que condiremos relevantes e que devem ser observados pelo professor junto com o aluno no ato do exercício de produção de textos. 
 É importante o professor interagir com uma grande variedade de escritos sociais, eles são referências na produção, além de fornecer matéria prima ao produtor, proporcionando uma viagem pelo mundo fantástico do letramento;
 Dar preferências a textos conhecidos, especialmente os mais usados no cotidiano escolar, dando a oportunidade dos alunos lê-los e relê-los, é outra ideia importante.
 Oportunizar a cooperação entre os alunos, de tal modo que eles possam apresentar as diversas informações que têm sobre o texto e em particular sobre o sistema de escrita, destacando a socialização dos textos trazidos pelos alunos;
 Faz-se essencial oferecer toda informação necessária - por parte do professor - que possa contribuir para a elaboração - por parte do aluno – de suposições ajustadas sobre o sentido do texto em discussão;
 Outra estratégia fundamental no ato do exercício da produção textual é oferecer suportes diversos, que contribua no contexto linguístico aprofundando o trabalho sobre o tema proposto no exercício solicitado. Trazer para a sala de aula gêneros e tipos textuais diversos, lê parte do texto (leitura coletiva), pedir aos alunos que formulem suposições sobre o significado do eu está escrito no texto ou mesmo na parte a seguir tentando verificá-las, apelando aos indícios de que o texto dá;
 Por fim, propor várias alternativas possíveis de interpretação, procurando destacar a ênfase do conteúdo do texto apresentado.
Dessa forma percebemos que, para aprender a escrever, é necessário ter acesso a uma diversidade de textos escritos. É uma convivência diária com os escritos que circulam cotidianamente na sociedade. É preciso organizar o trabalho educativo para que experimentem e aprendam de maneira significativa.
Dentro dessa perspectiva, as propostas de recursos apresentadas pelo professor em sala de aula podem partir dasmais simples até as mais complexas, de acordo com o ano de estudo e o desenvolvimento apresentado por cada aluno. É importante que o professor observe o avanço em sala de aula e assim proporcione exercícios de produção textual a partir da heterogeneidade dos seus educandos. “ O atendimento adequado à heterogeneidade, em sala de aula, pressupõe a necessidade de ressignificação dos espaços escolares e o redimensionamento do tempo pedagógico dedicado aos alunos” (PNAIC, 2012. Ano3, unid.07, p.07)
É importante destacar que o professor precisa está atento sobre a necessidade de assegurar situações de aprendizagens em que o que ensinado leve em consideração as necessidades individuais específicas de cada aluno.
Atualmente na perspectiva do ensino baseado nas discussões sócio construtivista do aprendizado, a educação passou a ser entendida como um processo de construção, de avanço das representações mentais dentro de uma relação fundamentada no diálogo, levando em consideração o contexto histórico-sócio-cultural dos educandos, interagindo como sujeitos produtores de seu próprio aprendizado, tendo em vista que “o aluno aprende por si só”, a tarefa do educador e apenas problematizar o ensino, desenvolvendo metodologias significativas para que o aluno construa o seu conhecimento organizado dentro dos parâmetros estabelecidos pela escola.
Portanto nesta abordagem, entendemos que o aluno não é mais considerado um “depósito do saber”, nem tampouco, o professor é mais um transmissor de conhecimentos, ou o sabe tudo. Ambos são parceiros no processo ensino-aprendizagem e o aluno passa a ser um indivíduo ativo, participativo, construtor do processo de conhecimento. Algo essencial na sociedade contemporânea. E é preciso ser trabalhado desde as séries iniciais do ensino fundamental, contribuindo para consolidar o processo de alfabetização dos discentes, garantindo a aquisição e a consolidação dos direitos de aprendizagem especificado para as séries iniciais do ensino fundamental.
3 – O QUE É GÊNERO TEXTUAL?
 Ao se trabalhar a partir gêneros textuais, é necessário, primeiramente, compreender que o “texto é toda e qualquer unidade de informação no contexto da interação; entendendo-se interação como uma ação entre sujeitos, entre interlocutores. Um texto pode ser oral ou escrito, literário ou não literário, de qualquer extensão” (TP3, 2008, p 19). Não existe comunicação sem texto, sempre que o sujeito se apropria da língua no ato da comunicação, ele o faz por meio de texto. 
 Os textos possuem diferentes gêneros e finalidades, nesse contexto, faz-se importante conhecer a definição e a função social de cada um deles. Portanto, gêneros textuais são:
 Maneiras de organizar as informações linguísticas de acordo com a finalidade do texto, com o papel dos interlocutores e com as características da situação. Aprendemos a reconhecer e utilizar gêneros textuais no mesmo processo em que “aprendemos” a usar o código linguístico: reconhecendo intuitivamente o que é semelhante e o que é diferente nos diversos textos ( GESTAR ,TP3, 2008, p. 25).
Sendo assim, todo texto é escrito considerando as diversas formas de organização que chamamos de Tipos Textuais, ou seja, a organização linguística como os textos são escritos: narrando, descrevendo; posicionando-se, informando, argumentando, instruindo, etc. Só que usamos para isso maneira de organizar essas informações linguísticas de acordo com a finalidade do texto, com o papel dos interlocutores ou com as características da situação em foco. Para isso usamos os gêneros textuais.
Os gêneros textuais exercem uma função social abrangente no ato da comunicação, são formulados com características próprias, de acordo com a necessidade de uso e no ambiente propício que lhe permite significar-se como gênero do discurso.
Sobre os gêneros textuais MARCUSHI, destaca que são:
Realizações linguísticas concretas definidas por propriedades sócio comunicativas; constituem textos empiricamente realizados cumprindo funções em situações comunicativas; sua nomeação abrange um conjunto aberto e praticamente ilimitado de designações concretas determinadas pelo canal, estilo, conteúdo, composição e função. (MARCUSCHI, 2002, p. 23).
Dessa forma percebemos que os gêneros textuais fazem parte do universo social cotidiano do aluno. Daí a importância do trabalho com esses recursos em sala de aula. Só assim o aluno é capaz de entender o repertório desses instrumentos na vida fora do ambiente escolar.
De acordo com o gestar II (2008), qualquer aprendiz começa a reconhecer e utilizar gêneros textuais no mesmo processo em que aprende a usar o código linguístico, ou seja, reconhecendo o que é semelhante e o que é diferente nos diversos textos. 
Sendo assim, percebemos que, a identificação dos gêneros textuais está incluída na competência sociocomunicativa de cada interlocutor. Assim como desenvolvemos uma “competência linguística” quando aprendemos um código linguístico, da mesma forma desenvolvemos uma “competência sociocomunicativa” quando aprendemos comportamentos linguísticos. Ainda destaca que:
O contato com textos no nosso dia-a-dia exercita nossa capacidade. De reconhecer os fins para os quais este ou aquele texto é produzido o nível de linguagem, o jogo entre conteúdos explícitos e implícitos, (...) essas são características que definem o uso de um determinado Gênero. ( TP3. 2008, p.27).
Como percebemos é impossível desvincular o gênero textual da situação em que é utilizado o texto. Portanto gênero está ligado a uma questão de uso, tipo está ligado à questão de forma. O gênero textual deve está adequado à situação de produção do leitor/ouvinte. 
De acordo com o GESTAR II (2008) A comunicação de dá por textos. E todo texto, por sua vez, se realiza em um enunciado chamado gênero textual. Sendo assim os gêneros textuais são considerados realizações linguísticas concretas e são definidas pelas propriedades sociocomunicativa. É a situação de produção de um texto que determina em qual gênero e texto será produzido.
Os Gêneros textuais estão ligados à sua funcionalidade. Dessa forma não são definidos por seus aspectos formais nem tampouco estruturais. E é pelo desenvolvimento da competência sociocomunicativa que aprendemos a organizar e a identificar os diferentes gêneros textuais, bem como produzi-los de acordo com a necessidade do interlocutor.
O GESTAR II resume o uso dos gêneros textuais da seguinte forma:
Como o gênero é uma unidade sócio comunicativa, a sistematização no aprendizado e no ensino dos gêneros leva em consideração várias características, que podem ser ligadas ao tema, ao modo de organizar as informações no texto, ou ao uso que se faz do texto nas práticas sociais e discursivas. Algumas vezes, um texto é intencionalmente usado em um contexto, uma situação sociocomunicativa, diferente do contexto em que o gênero é normalmente produzido. Consegue-se, com isso, um efeito comunicativo de impacto, mas um outro gênero é produzido. Também o oposto pode acontecer: informações diferentes podem ser organizadas segundo um mesmo padrão e, apesar de diferentes textos, o mesmo gênero é realizado. ( GESTAR II, TP3.2008 p 42). 
Como vimos não é necessariamente o mais importante reconhecer a identificação ou a classificação de um gênero textual. Os textos podem apresentar uma mistura de gêneros, com predominância de um. O mais importante é reconhecer a finalidade de cada gênero produzido, levando em consideração o objetivo no momento da produção textual.
Mas qual a finalidade de se trabalhar os gêneros textuais como objeto no processo de ensino-aprendizagem com os alunos do ensino fundamental?
Observando as orientações do Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC – 2012) As práticas de linguagem, dependendo da intenção do autor, são mediadas por instrumentos culturais e históricos, ou seja, por Gêneros textuais. E se a escola investe no trabalho com gêneros diversificados, estará facilitando a aprendizagem dos alunos,tendo em vista que no convívio social eles vão se deparar com todo tipo de escritos sociais na convivência diária. 
No momento em que o professor trabalha ou organiza sua rotina diária incluindo diversos gêneros tanto na leitura, como na produção ele está possibilitando a esse aluno a apropriação do uso da língua além de proporcionar a interação no mundo do letramento.
Schneuwly (2004, P.24) Explica que “O instrumento, para se tornar mediador, para se tornar transformador da atividade, precisa ser apropriado pelo sujeito; ele não é eficaz senão à medida que se constroem, por parte do sujeito, os esquemas de sua utilização”.
Sabemos que devido à grande variedade de gêneros que circulam socialmente, a escola não tem condições de oferecer nem tampouco ensinar todos eles. E percebemos que existe uma dificuldade por parte dos professores sobre qual gênero trabalhar em sala de aula.
Para Schneuwly (2004) é preciso que o professor faça uma organização em seu trabalho e proporcione de forma gradativa a inclusão dos gêneros textuais e que seja garantida por meio do aprofundamento dos objetivos didáticos proposto na rotina do professor.
É fundamental que, para realizar um trabalho de forma progressiva, considerando o desenvolvimento de cada aluno é necessário identificar quais as habilidades que os alunos já possuem em relação ao conhecimento e ao trabalho com gêneros textuais e assim estabelecer quais os passos seguintes e estabelecer critérios para a sua rotina de sala de aula, priorizando os textos.
De acordo com o PNAIC:
A escola precisa garantir, sim, a exploração da diversidade de gêneros textuais, pois cada gênero pode proporcionar diferentes formas de mobilização das capacidades de linguagem e, logo, diferentes aprendizagens. Mas, como foi salientado, não seria necessário um ensino de todos os gêneros. Isso porque as aprendizagens relativas a um gênero são transferíveis para outros gêneros e, principalmente, porque (...) existem semelhanças entre gêneros textuais que podem servir de referência para adotarmos um plano de trabalho em que diferentes capacidades textuais e diferentes conhecimentos sobre a língua possam ser inseridos em cada grau de ensino. (2012, p. 8).
Sendo assim, é importante que o professor insira progressivamente o trabalho com gêneros textuais em sala de aula, atentando para os mais diversificados, dos mais simples aos mais complexos. E que o professor adote como objeto de ensino “gêneros com características composicionais, sociodiscursivos e linguísticas relativamente diferentes entre si”.
Percebemos que o educador agindo dessa forma ele está proporcionando não só a oportunidade dos alunos realizarem diferentes operações de linguagem, mas também apropriarem-se das diversas práticas do letramento, refletindo com segurança sobre as diversas semelhanças e diferenças que os gêneros textuais estabelecem entre si.
 3.1 – Classificação dos Gêneros Textuais:
 Os gêneros textuais presentes no cotidiano são diversos, pois atendem as mais variadas formas de comunicação social. Nos PCN de Língua Portuguesa (1998, p. 21), observa-se que:
Todo texto se organiza dentro de determinado gênero em função das intenções comunicativas, como parte das condições de produção dos discursos, as quais geram usos sociais que os determinam. Os gêneros são, portanto, determinados historicamente, constituindo formas relativamente estáveis de enunciados, disponíveis na cultura. São caracterizados por três elementos:
Conteúdo temático: o que é ou pode tornar-se dizível por meio do gênero;
Construção composicional: estrutura particular dos textos pertencentes ao gênero; 
Estilo: configurações específicas das unidades de linguagem derivadas, sobretudo, da enunciativa do locutor; conjuntos particulares de sequências que compõem o texto etc.
 Não é possível definir uma quantidade exata de gêneros textuais, uma vez que eles possuem características próprias e estão ligados às diversas maneiras de comunicação. Assim como a língua está sempre em movimento, possibilitando alterações linguísticas constantemente em decorrência do fator “tempo” e “massa falante”, os gêneros textuais também vão surgindo, de acordo com a necessidade de comunicação social, bem como gêneros já existentes podem cair em desuso com o passar do tempo:
 Considerando as diferenças e semelhanças dos gêneros textuais e que podem ser trabalhados em sala de aula, com alunos do ensino fundamental nas séries iniciais, o PNAIC (2012, p.), apresenta os gêneros textuais em grupos, para melhor facilitar o trabalho do educador e assim poder selecionar progressivamente como trabalhar esses textos em sala de aula, considerando os níveis de aprendizagem de cada aluno.
1. Textos Literários Ficcionais: São aqueles voltados para a narrativa de fatos e episódios do mundo imaginário (não real). Entre estes, podemos destacar: Contos, lendas, crônicas, obras teatrais, novelas, fábulas, causos, etc.
2. Textos do Patrimônio oral, poemas e letras de músicas: São textos do patrimônio oral, logo que são produzidos têm autoria, mas, depois, sem um registro escrito, tornam-se anônimos, passando a ser patrimônio das comunidades. São exemplos: as trava-línguas, parlendas, quadrinhas, advinhas, provérbios. Também fazem parte do segundo agrupamento os poemas e as letras de músicas populares, etc. também conhecidos como textos de domínio público.
3. Textos com finalidade de registrar a analisar as ações humanas individuais coletivas e contribuir para que as experiências sejam guardadas na memória das pessoas: Geralmente analisam e narram situações vivenciadas pelas sociedades, tais como as biografias, testemunhos orais e escritos, obras historiográficas e noticiários, etc.
4. Textos com a finalidade de construir e fazer circular entre as pessoas o conhecimento escolar/científico: São escritos mais explicativos, que socializam informações, por exemplo, as notas de enciclopédia, os verbetes de dicionário, os seminários orais, os textos didáticos, os relatos de experiências científicas, os textos de divulgação científica, etc. entre outros que mesmo não sendo produzido pelos alunos nos anos iniciais, mas é importante o manuseio como fonte de conhecimento.
5. Textos com a finalidade de debater temas que suscitam pontos de vista diferentes, buscando o convencimento do outro:
São textos que provocam e exercitam as capacidades argumentativas. Por exemplo: cartas de reclamação, cartas de leitores, artigos de opinião, editoriais, debates regrados e reportagens, etc.
6. Textos com a finalidade de divulgar produtos e/ou serviços – e promover campanhas educativas no setor da publicidade: São textos em que a persuasão está presente, mas com a finalidade de fazer o outro adquirir produtos e/ou serviços ou mudar determinados comportamentos. São exemplos: cartazes educativos, anúncios publicitários, placas, faixas, folders, outdoors, etc.
7. Textos com a finalidade de orientar e prescrever formas de realizar atividades diversas ou formas de agir em determinados eventos: São textos que tem a finalidade de instruir, ou chamados textos instrucionais. São exemplos: receitas culinárias, bulas de medicamentos, os manuais de uso de eletrodomésticos, as instruções de jogos, as instruções de montagem, as leis de trânsito, a constituição, as regras de convivência, os contratos, etc.
8. Textos com a finalidade de orientar a organização do tempo e do espaço nas atividades individuais e coletivas necessárias à vida em sociedade. Como: agendas, os cronogramas, os calendários, os quadros de horários, as folhinhas, os mapas, os itinerários escritos, etc.
9. Textos com a finalidade de mediar às ações institucionais: São textos que fazem parte, principalmente, dos espaços de trabalho. Exemplos: os requerimentos, os formulários, os ofícios, os currículos, os avisos, os comunicados, os editais, as chamadas, os informes, os memorandos, as portarias, os protocolos, etc.
10. Textos epistolares utilizados para as mais diversas finalidades: São eles: As cartas pessoais,os bilhetes, os e-mails, os telegramas, o convite – são textos que medeiam às relações entre as pessoas, em diferentes tipos de situações de interação.
11. Textos não verbais: São os textos que veiculam a linguagem verbal, escrita, tendo, portanto, foco na Linguagem verbal, tais como: as histórias em quadrinhos, só com imagens, as charges, pinturas, esculturas e algumas placas de trânsito compõem tal agrupamento.
De acordo com o PNAIC (2012), É importante que os gêneros de todos esses agrupamentos circulem nas salas de aula, isto possibilita que as crianças os reconheçam, compreendam seus usos, suas finalidades, percebam como organizam, aprendam a usar as estratégias discursivas mais recorrentes, independente da turma ou idade.
O PNAIC orienta ainda que, é fundamental que o professor dê prioridade para três grupos distintos de gêneros textuais, principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental. Entre eles: Os literários, os acadêmicos/escolares e os da esfera midiática, ou seja, os que mais circulam e são divulgados na mídia. E como já falamos anteriormente, os gêneros textuais devem ser trabalhados em qualquer série ou disciplina oferecida no ensino fundamental.
O Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa acrescenta que, no trabalho em sala de aula com os gêneros duas dimensões se articulam. “A primeira se refere aos aspectos socioculturais relacionados a sua condição de funcionamento na sociedade e a segunda se relaciona aos aspectos linguísticos que se voltam para a compreensão do que o texto informa ou comunica. ”
Percebemos assim a necessidade de proporcionar aos alunos o contato com os mais diversos gêneros. A escola pode sistematizar essas atividades, oportunizando o aluno a refletir, apropriar-se e usar diversos gêneros textuais. Destacando que o mesmo gênero pode ser trabalhado em diversas disciplinas ou séries, com variações e aprofundamentos diversos.
Procurando oferecer subsídios para melhor instrumentalizar o professor no trabalho com textos, o PNAIC (2012) enfatiza algumas situações de ensino que permitem ao professor criar situações de ensino que favoreçam o processo do letramento em sala de aula. Para isso:
É importante que o professor selecione os textos a serem lidos, considerando-se não apenas os gêneros a que pertencem, mas, sobretudo, o seu conteúdo, em relação aos temas trabalhados. O objetivo é que os alunos aprendam a ler, escrever, produzir, mas também aprendam por meio da leitura e da escrita;
 Discutir situações de leitura e produção de textos com finalidades claras e diversificadas, enfocando os processos de interação e não apenas as reflexões sobre aspectos formais, como também as informais, é outro fator relevante para o exercício da produção textual.
 Outro fator importante é apresentar os gêneros a serem trabalhados com base em critérios claros, considerando-se, Sobretudo, os conhecimentos e habilidades a serem ensinados; relações entre os gêneros escolhidos e os temas/conteúdo a serem tratados, 
 O PNAIC destaca ainda da necessidade de abordar os gêneros considerando não apenas aspectos composicionais e estilísticos, mas, sobretudo, os aspectos sociodiscursivos, entre eles o processo de interação, as finalidades, tipos de destinatários, suportes textuais, espaços de circulação, entre outros.
Em síntese, é importante destacar que se o professor estiver atento e tomar todos os cuidados necessários para o trabalho com a diversidade de gêneros textuais ocorra de modo articulado ao ensino, certamente proporcionará ao aluno não só o contato com a diversidade textual, mas, a oportunidade de se tornar um produtor de textos e consequentemente um escritor competente, capaz de produzir textos coerentes e com finalidades específicas a cada situação diferente e com linguagem apropriada. 
Os parâmetros curriculares nacionais da língua portuguesa advertem que:
Formar escritores competentes supõe, portanto, uma prática continuada de produção de textos na sala de aula, situações de produção de uma grande variedade de textos de fato e uma aproximação das condições de produção às circunstâncias nas quais se produzem gêneros e estes, por sua vez, têm suas formas características que precisam ser aprendidas. (PCN’s. 1998, p 68)
Diante das informações percebemos que, é fundamental o contato diário com os gêneros textuais. É importante que o professor propicie esse contato, transformando sua sala de aula em um ambiente propício ao letramento, tendo em vista que para alguns alunos a escola é o único espaço que ele tem disponível para a convivência com os textos.
Considerando as orientações dos PCN’s de Língua portuguesa (1998) destaca alguns critérios didáticos fundamentais para que o professor possa programar uma prática continuada de produção de textos na escola. É fundamental que o professor atente que é preciso alguns critérios como:
Trabalhar com diferentes textos escritos impressos de boa qualidade, por meio da leitura (quando os alunos ainda não leem com independência, isso se torna possível mediante leituras de textos realizados pelo professor, o que precisa, também, ser uma prática continuada e frequente). São esses textos que podem se converter em referências de escrita para os alunos;
Outro destaque é a importância do exercício da produção textual com os alunos muito antes se saberem grafá-los. Ditar para o professor, para um colega que já saiba escrever ou para ser gravado ou filmado. Quando ainda não se sabe escrever, ouvir alguém lendo o texto que produziu é uma experiência importante, ou mesmo com o uso das mídias, essencial para o desenvolvimento do ato comunicativo.
 Por fim, interagir ou vivenciar situações de produção de textos, em pequenos grupos, nas quais os alunos compartilhem as atividades, embora realizando diferentes tarefas: Produzir propriamente, grafar e revisar.
 Trabalhar a produção a escrita de textos socializando com os colegas, é uma estratégia didática bastante produtiva porque permite que as dificuldades inerentes à exigência de coordenar muitos aspectos ao mesmo tempo sejam divididas entre os alunos. Eles podem, momentaneamente, dedicar-se a uma tarefa mais específica enquanto os outros cuidam das demais.
 São situações em que um aluno produz e dita a outro, que escreve, enquanto um terceiro revisa, por exemplo. Experimentando esses diferentes papéis enunciativos, envolvendo-se com cada um, a cada vez, numa atividade colaborativa, podem ir construindo sua competência para posteriormente realizarem sozinhos todos os procedimentos envolvidos numa produção de textos. Nessas situações, o professor tem um papel decisivo tanto para definir os agrupamentos como para explicar claramente qual a tarefa de cada aluno, além de oferecer a ajuda que se fizer necessária durante as atividades;
 Outro fator de suma importância é a conversa entre o professor e alunos. é, sem dúvida uma importante estratégia didática em se tratando da prática de produção de textos: ela permite, por exemplo, a explicação das dificuldades e a discussão de certas fantasias criadas pelas aparências. Uma delas é a da facilidade que os bons escritores (de livros) teriam para redigir. Quando está acabado, o texto praticamente não deixa traços de sua produção. Este, muito mais que mostra, esconde o processo pelo qual foi produzido. Sendo assim, é fundamental que os alunos saibam quem escreveu, quem ilustrou, quem fez o prefácio, o significado de cada parte, como é elaborado um livro, etc. Embora que gratificante para muitos, não é fácil para ninguém.
Como vimos, é necessário diversificar as situações de leitura e escrita, além de proporcionar situações autênticas de atividades de produção textual em sala de aula. É preciso que os textos, fruto das situações reais de uso, passem a fazer parte do cotidiano escolar e não apenas os modelos escolares tradicionais baseados nos textos clássicos. Dessa forma torna-se essencial, proporcionar ao aprendiz o domínio dos diferentes gêneros textuais,tais quais eles aparecem nas sociais do cotidiano.
Percebemos que se a escola agir dessa forma o aluno será capaz de responder satisfatoriamente às exigências comunicativas que enfrente no dia-a-dia, lembrando que o importante é trabalhar a maior variedade possível de gêneros e tipos textuais de forma a disponibilizar o contato com os mais variados exemplares de textos, assim como é no contexto social. A vida escolar precisa reproduzir a vida d aprendiz em sociedade. Afinal as crianças são preparadas dentro do espaço escolar para conviver fora 
O TEXTO COMO RECURSO DIDÁTICO EM SALA DE AULA
 A escola tem um papel importante na socialização do saber, na escola o aluno vai definir o uso e o contexto em que cada gênero é empregado socialmente, tanto na oralidade, quanto na escrita, uma vez que mantém contato com eles, desde que começa a se expressar por meio da língua materna. Para o GESTAR:
Na prática, todos os falantes de uma língua aprendem, juntamente com a aquisição das regras gramaticais dessa língua, a se expressar por meio de diferentes gêneros textuais, antes mesmo de aprendê-los na escola. (...) À escola cabe aproveitar esse conhecimento intuitivo, sistematizar e tornar consciente o uso dos diferentes gêneros textuais com os quais convivemos nos diversos níveis das nossas práticas sociais. (TP3, 2008, p. 14)
 Nesse sentido, observa-se que embora o sujeito se aproprie da língua desde a infância para fins de comunicação social, é na escola que ele vai adquirir conhecimento sobre o conceito e funcionamento da língua, isso torna “a sala de aula um espaço privilegiado para a tomada de consciência daquilo que entendemos como trabalho e, também, para conhecermos como os diferentes usos que fazemos da língua materna realizam gêneros”. (TP3, 2008, p. 14).
 Um indivíduo não pode construir os gêneros do discurso sozinho, uma vez que a comunicação acontece de forma coletiva e a transformação na linguagem depende do fator tempo e massa falante. Assim, cabe ao indivíduo compreender os gêneros existentes e a escola torna-se um ambiente propício para aquisição desse conhecimento.
Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero e, ao ouvir a fala do outro, sabemos de imediato, bem nas primeiras palavras, pressentir-lhe o gênero. Se não existissem os gêneros do discurso e se não os dominássemos, se tivéssemos de criá-los pela primeira vez no processo da fala, se tivéssemos de construir cada um de nossos enunciados, a comunicação verbal seria quase impossível. (BAKHTIN, 1992, p. 302).
 Nesta perspectiva, faz-se importante que o professor obtenha uma visão ampla do que ensinar, para que ensinar e para quem ensinar. Portanto, ao se trabalhar o gênero na sala aula de forma contextualizada, levando em consideração os fatores que faz com que esse gênero ocupe um lugar importante no contexto social, contribui-se para um ensino e aprendizado essencial, pois, a partir da diversidade de texto, é possível trabalhar as diferentes manifestações da linguagem, de forma que atenda às necessidades básicas dos alunos ao empregar a linguagem nas práticas sociais.
	 Certamente a escola tem um papel importante na socialização do saber, no espeço escolar o aluno vai definir o uso e o contexto em que cada gênero é empregado socialmente, tanto na oralidade, quanto na escrita, uma vez que mantém contato com eles, desde que começa a se expressar por meio da língua materna.
Na prática, todos os falantes de uma língua aprendem, juntamente com a aquisição das regras gramaticais dessa língua, a se expressar por meio de diferentes gêneros textuais, antes mesmo de aprendê-los na escola. (...) À escola cabe aproveitar esse conhecimento intuitivo, sistematizar e tornar consciente o uso dos diferentes gêneros textuais com os quais convivemos nos diversos níveis das nossas práticas sociais. ( GESTAR II, TP3, 2008, p. 14).
 Sendo assim, observa-se que embora o sujeito se aproprie da língua desde a infância para fins de comunicação social, é na escola que ele vai adquirir conhecimento sobre o conceito e funcionamento da língua, isso torna “a sala de aula um espaço privilegiado para a tomada de consciência daquilo que entendemos como trabalho e, também, para reconhecermos como os diferentes usos que fazemos da língua materna realizam gêneros”. (TP3, 2008, p. 14).
 Percebemos assim que um indivíduo não pode construir os gêneros do discurso sozinho, uma vez que a comunicação acontece de forma coletiva e a transformação na linguagem depende do fator tempo e do falante. Assim, cabe ao indivíduo compreender os gêneros existentes e a escola torna-se um ambiente propício para aquisição desse conhecimento., fator de suma importância para a convivência em sociedade. Então:
Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero e, ao ouvir a fala do outro, sabemos de imediato, bem nas primeiras palavras, pressentir-lhe o gênero. Se não existissem os gêneros do discurso e se não os dominássemos, se tivéssemos de criá-los pela primeira vez no processo da fala, se tivéssemos de construir cada um de nossos enunciados, a comunicação verbal seria quase impossível. (BAKHTIN, 1992, p. 302).
 Nesse sentido, é preciso que o professor tenha uma visão ampla do que ensinar, para que ensinar e para quem ensinar. Portanto, ao se trabalhar os gêneros na sala de aula de forma contextualizada, levando em consideração os fatores que fazem com que esse gênero ocupe um lugar importante no contexto social, contribui-se para um ensino e aprendizado essencial, pois, a partir da diversidade de texto, é possível trabalhar as diferentes manifestações da linguagem, de forma que atenda às necessidades básicas dos alunos ao empregar a linguagem nas práticas sociais.
 Usar diversos gêneros textuais, que fazem parte do cotidiano dos alunos, como ferramenta para o ensino de Língua portuguesa, significa transpor os entraves encontrados por eles quanto à leitura, interpretação e produção de textos. É fazer dessa ferramenta uma ponte para a interatividade e para a formação de sujeitos sociais capazes de usar a língua materna em diversas situações de uso, respeitando a diversidade linguística bem como o domínio da norma padrão, tornando-os proficientes leitores e escritores. 
 Nessa perspectiva, ao buscar trabalhar com gêneros textuais que sejam utilizados pelos alunos, acredita-se fazer com que as aulas no ensino fundamental sejam mais atraentes e proveitosas. Além disso, com o advento da internet, vários gêneros digitais estão surgindo e estão sendo utilizados no cotidiano dos educandos, podendo ser considerados como instrumentos de estudo em sala de aula. E “para aprender a escrever, é necessário ter acesso à diversidade de textos escritos, testemunhar a utilização que se faz da escrita em diferentes circunstâncias” (PCN’s Língua Portuguesa. 66)
 Evidentemente, o texto como recurso didático em sala de aula tem como objetivo ampliar as possibilidades do uso da linguagem e é por isso que as escolas devem trabalhar com textos que façam parte da realidade do cotidiano dos educandos. É de suma importância a escola trabalhar com estratégias de produção de gêneros que circulem na comunidade discursiva, preparando assim o aluno para atuar efetivamente na realidade em que vive.
 Dessa forma, trabalhar os gêneros textuais em sala de aula é uma excelente oportunidade de se lidar com a língua nos seus mais diversos usos do cotidiano e esferas sociais.
 Enfim, é preciso ter consciência de que a linguagem é uma atividade interativa em que os indivíduos se constituem como sujeitos sociais. Por isso devem ser locutores e interlocutores capazes de usar a língua materna para compreender o que ouve, ler e para expressar em variedades e registros de linguagem pertinentes e adequados a diferentes situações comunicativas. Quando se trabalha com a noção de gêneros textuais.
 Portanto, acreditamos que é possível abordar diferentes aspectos e usos da língua, poisos gêneros textuais são formas verbais escritas e orais resultantes de enunciados produzidos em sociedade, são textos encontrados na vida diária, dotados de padrões característicos, em termos sociais e comunicativos, definidos por sua composição, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados por forças históricas, sociais, institucionais e tecnológicas. Luiz Antônio Marcuschi afirma que:
Desde que nos constituímos como seres sociais, nos achamos envolvidos numa máquina sóciodiscursiva. E um dos instrumentos mais poderosos dessa máquina são os gêneros textuais, sendo que de seu domínio e manipulação depende boa parte da forma de nossa inserção social. ( 2008. p.162)
 Sendo assim, é papel da escola proporcionar ao aluno a expansão de sua capacidade de uso da língua, estimulando o desenvolvimento das habilidades de se comunicar em diferentes gêneros textuais, principalmente naqueles de domínio público, que exigem o uso do registro formal e da norma padrão.
 Dessa forma ele poderá ser inserido como ser capaz de interagir de forma plena em todas as vivências do cotidiano, como um ser que sabe exercer com eficiência sua cidadania.
CONSIDERAÇÃOES FINAIS
Texto é compreendido como todo e qualquer enunciado que transmita uma comunicação. Pode ser uma palavra, uma frase, uma expressão, um código, etc. É impossível haver comunicação sem a presença dos textos que circulam na sociedade.
Trabalhar com o aluno o desenvolvimento da capacidade de argumentar, ou seja, expor seu ponto de vista e defende-los, é uma atividade essencial para o desenvolvimento dos sujeitos, principalmente na fase inicial de sua aprendizagem.
Mediante as intenções propostas em nosso trabalho, tendo como objeto principal discutir a importância dos gêneros textuais como recurso didático nas turmas de ensino fundamental, percebe-se que é preciso investir nessa área, ou seja, trabalhar com mais frequência atividades voltadas para o desenvolvimento das competências linguísticas e sociocomunicativa dos alunos, principalmente nas séries iniciais tendo em vista ser o segmento de ensino base na educação dos alunos.
Sabemos que é responsabilidade da escola, por meio de seus educadores, promover situações de aprendizagens significativas nas quais os alunos possam desenvolver suas habilidades de produção textual e mais ainda, possam refletir de forma sistemática sobre as possíveis estratégias argumentativas em deferentes tipos e gêneros textuais e nos mais diversos suportes usados para que o ato da produção possa acontecer.
Em se tratando do desenvolvimento das habilidades de produção de textos, percebemos que é fundamental, que a escola ofereça aos alunos, como forma de aperfeiçoar seus conhecimentos desde o início da escolarização, a oportunidade de identificar, trabalhar, analisar e comparar as práticas sociais, expressas por meio dos mais variados textos, torna-se mais que uma oportunidade de desenvolver o processo de escrita e sim um direito de aprendizagem, que jamais poderá ser negado.
Portanto nesse percurso de discussões, acreditamos que é preciso muito mais que conceitos ou expectativas em relação aos trabalhos e ideias apresentadas pelos educadores. Diante das informações e conjecturas discutidas, não sejam apenas estruturas formais ou meramente opiniões expressas, mas que de fato as atividades de produção textual, sejam concebidas e produzidas, dentro ou fora da escola, como ferramenta primordial no processo de construção de conhecimentos sobre os fatos sociais cotidianos dos alunos.
É preciso trabalha-los muito mais que apenas parte do currículo da disciplina de Língua Portuguesa. É importante que a abordagem de exercícios práticos voltados para o desenvolvimento da produção textual na escola, seja uma necessidade cotidiana, tendo em vista que a multiplicidade de escritos sociais são manifestações socioculturais que merece ser conhecidas apreciadas, recriada e valorizadas. Esses são fundamentos essenciais para a inserção dos alunos, portadores de habilidades fantásticas nas diversas práticas de letramento.
Portanto é preciso que a escola trabalhe, valorize, incentive e explore as potencialidades que os alunos trazem ao chegar à escola. Para isso faz-se necessários profissionais competentes e comprometidos com o desenvolvimento de cada ser social, futuros cidadãos e cidadãs que fazem o contexto social educativo brasileiro.
Diante disso, é preciso conhecer as diversidades de gêneros textuais presentes no cotidiano do aluno. Através dos gêneros textuais, observa-se um meio riquíssimo de aprender sobre a língua de forma contextualizada, uma vez que estes abrangem as mais variadas formas de emprego das estruturas linguísticas e conteúdos temáticos, possibilitando ao aluno desenvolver as diversas competências como: linguística; textual; oral, interativa e comunicativa; criativa; critico-reflexiva, dentre outras, além de aumentar a capacidade de interpretação e o gosto pela leitura.
 O professor precisa ser criativo e sempre se manter atualizado, buscando conhecimento sobre a heterogeneidade linguística presente na comunidade a qual está inserido, os gêneros textuais que os alunos estão em contato no cotidiano, o ambiente social propício para o emprego de tais gêneros, os aspectos culturais relevantes, assim como as possibilidades de surgimento de novos gêneros textuais e mudanças culturais e linguísticas que acontecem no decorrer do tempo.
 É necessário libertar-se de conceitos tradicionais como “certo e errado”, “professor ensina e aluno aprende” ou ainda seguir a risca o livro didático, que muitas vezes trazem propostas de atividades diferentes da realidade social a qual a escola faz parte, e ousar-se a ensinar, a partir das diversas possibilidades existentes na comunidade, fazendo a seleção de conteúdos dentro de um plano, considerando o que realmente será relevante para atingir o objetivo da aula. Assim o professor estará contribuindo para que o aluno desenvolva suas habilidades de forma autônoma, explorando os conhecimentos de mundo que ele possui e incentivando-o a posicionar-se como cidadão crítico diante da sociedade em busca de novos saberes. 
Nesse contexto o professor estará enriquecendo suas aulas, tornando-as um momento essencial para a formação de opinião e avançando rumo a uma educação de qualidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 1° e 2° ciclos – Língua Portuguesa. Brasília, 2001. 
______ . Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na idade certa: O trabalho com gêneros textuais na sala de aula: ano 01 unidade 05/ Ministério da Educação. – Brasília: MEC, SEB, 2012.
______. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: O trabalho com Gêneros Textuais na sala de aula: ano 02 unidades 05/ ministério da educação. – Brasília: MEC, SEB, 2012.
______. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: O trabalho com Gêneros Textuais na sala de aula: ano 03 unidades 05/ ministério da educação. – Brasília: MEC, SEB, 2012. 
_______. Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II. Língua Portuguesa: Caderno de Teoria e Prática 1 – TP1: Linguagem e Cultura. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
_______. Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II. Língua Portuguesa: Caderno de Teoria e Prática 3 – TP3: gêneros e tipos textuais. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
_______. Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II. Língua Portuguesa: Caderno de Teoria e Prática 5 – TP5: Estilo, Coerência e Coesão. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
BERTOLIM, R. In: SILVA, A. S. Tecendo textos:

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