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UCIX problema 1

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UCIX - problema 1. 
Reconhecer as alterações fisiológicas senescentes dos sistemas respiratório e imunológico.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
As principais alterações do sistema respiratório são: 
•	Diminuição complacência da parede torácica; 
•	Diminuição de força da musculatura respiratória; 
•	Perda de elasticidade pulmonar, ocasionando aumento da complacência alveolar, colapso de vias aéreas menoresrepresamento de ar; 
•	Colapso de vias aéreas menores, ocasionando desigualdade de ventilação e perfusãodeclínio da PO2(0,3-0,4 mmHg/ano).
Com o envelhecimento, ocorre diminuição da função pulmonar. Nos homens, essa redução é fator de risco preponderante para incidência de doença coronária. Esta função pulmonar aumenta durante a adolescência, estabiliza até o período dos 30 anos e, depois disso, começa a declinar.
Shephard (2003) compreende, por sua vez, que o envelhecimento mostra uma caixa torácica enrijecida, com diminuição na elasticidade pulmonar. Afirma, ainda, que a capacidade vital decresce enquanto o volume residual aumenta. Porém a capacidade pulmonar total apresenta poucas alterações. No sistema respiratório, o envelhecimento de acordo com De Vitta (2000), acarreta diminuição das ventilações pulmonar, redução da elasticidade dos alvéolos e subtração da capacidade vital. A redução do consumo máximo de oxigênio (VO2 max) ocorre pelo apoucamento da massa ventricular decorrente do envelhecimento (AFFIUNE, 2002).
No sistema respiratório, o envelhecimento de acordo com De Vitta (2000), acarreta diminuição da ventilações pulmonar, redução da elasticidade dos alvéolos e subtração da capacidade vital. A redução do consumo máximo de oxigênio (VO2 max) ocorre pelo apoucamento da massa ventricular decorrente do envelhecimento (AFFIUNE, 2002).
Informa Stratton et al. (1994) que a diminuição do VO2 max associado à idade decorre de fatores como redução arteriovenosa de oxigénio e diminuição do débito cardíaco máximo. 
As alterações fisiológicas na senescência no pulmão do idoso podem ser ocasionadas pelas combinações entre alterações anatômicas e a reorientações das fibras elásticas. Essas alterações fisiológicas são definidas pela diminuição da elasticidade pulmonar, redução da capacidade da difusão do oxigênio, redução dos fluxos expiratórios, elevação da complacência pulmonar, fecho das pequenas vias aéreas e fecho prematuro de vias aéreas (GORZONI E RUSSO, 2002).
A capacidade aeróbia máxima diminui com a idade na maioria das vezes. Porém, as pessoas fisicamente ativas possuem capacidade aeróbia melhor do que os idosos com a mesma idade, inativos, ou jovens e sedentários. As pessoas idosas fisicamente ativas têm a capacidade semelhante a jovens ativos. Desta maneira, o exercício pode modificar alguns processos fisiológicos que diminuem com a idade, melhorando a eficiência cardíaca, a função pulmonar e os níveis de cálcio (HAYFLICK, 1997).
SISTEMA IMUNE
A imunossenescência implica no declínio da competência imune que acompanha o envelhecimento. Nesse sistema há o aumento da suscetibilidade a infecções, de autoanticorpos e imunoglobulina monoclonal e tumorigênese.
Sabe-se que, com relação ao processo de envelhecimento, existem na literatura variáveis que são divergentes e que ainda estão sendo estudadas para se entenda melhor esse processo. Uma das mais intrigantes é o perfil do funcionamento do sistema imunológico de um indivíduo idoso, para o qual a literatura apresenta uma visão consensual de que ele se torna menos eficiente. Além disso, por exemplo, no uso de medicamentos, que podem, inclusive, interferir diretamente nas alterações anteriormente citadas. Nos idosos, quanto ao sistema imunológico, configura o fenômeno da imunossenescência. O termo imunossenescência usualmente refere-se às disfunções do sistema imunitário relacionadas com a idade que contribuem para uma maior incidência de doenças infecciosas ou mesmo crônico-degenerativas. Outra definição parecida para imunossenescência, traduz-se pelo envelhecimento imunológico que está associado ao progressivo declínio da função imune, aumentando, assim, a suscetibilidade dos indivíduos para infecções, doenças autoimunes e câncer, em média, após os 60 anos de idade. 
"O termo imunossenescência usualmente refere-se às disfunções do sistema imunitário relacionadas com a idade que contribuem para uma maior incidência de doenças infecciosas ou mesmo crônico-degenerativas."
A imunossenescência é caracterizada por alterações quantitativas e/ou qualitativas em componentes celulares e moleculares, os quais levam a um estado de inadequada atividade do sistema imunológico, a desproporcionalidade entre as células de memória e as células virgens, que propicia um descimento na efetividade da ação de defesa contra novos antígenos, tornando o idoso mais vulnerável a infecções. 
O idoso possui uma frequência aumentada de doenças infecciosas, crônicas, neoplásicas, processos inflamatórios exacerbados e alterações de autoimunidade. Todas essas morbidades são fortemente influenciadas por alterações no sistema imunológico. As defesas imunes naturais do organismo ficam reduzidas em certa proporção por causa da fragilidade da pele e da diminuição na eliminação de anticorpos pelas mucosas. 
Segundo Tonet e Nóbrega (2008), outro evento importante no fenômeno da imunossenescência é a involução do timo, que tem seu tecido linfoide substituído gradualmente por tecido adiposo, que gera uma deficiência da proliferação de Linfócitos T. A involução do timo inicia-se na infância e processa-se definitivamente por ocasião da imunossenescência, normalmente de 40 a 50 anos. 
Uma perda do equilíbrio entre as citocinas do padrão Th1 e Th2 também foi descrita e essa perda pode ser responsável, pelo menos em parte, pelo aumento da suscetibilidade desses indivíduos a infecções causados por vírus e por bactérias extracelulares. 
 
RESPOSTA IMUNE INATA E ENVELHECIMENTO 
Estudos acerca da resposta imune inata mostram que numericamente, seus componentes - neutrófilos, monócitos, células dendríticas e Natural Killer (NK) - estão preservados em idosos saudáveis, contudo, a atividade funcional dessas células aparece comprometida em diferentes situações. A maturação de células dendríticas, cujo papel central é a apresentação de antígenos aos linfócitos T é defeituosa em indivíduos idosos e sua causa é atribuída a alterações redox em consequência da diminuição de glutationa, um importante aminoácido endógeno com função antioxidante. Já foi demonstrado que o defeito na apresentação antigênica observado em indivíduos idosos leva a redução na proliferação de linfócitos T e a diminuição na produção de citocinas, como a IL-2 e a IL-12.
RESPOSTA IMUNE ADQUIRIDA E ENVELHECIMENTO 
A involução do timo - processo degenerativo normal observado desde a puberdade - é o evento central crítico para as alterações observadas na imunidade adquirida em decorrência do envelhecimento, e ocorre paralelamente a uma inibição na produção do hormônio do crescimento e de IL-7, fundamentais para a maturação dos linfócitos. Como consequência da atrofia tímica, em células senescentes ocorre redução da população e da diferenciação de linfócitos T virgens e de sua capacidade de resposta ao antígeno quando comparadas a células jovens.
Caracterizar as doenças pulmonares mais prevalentes recorrentes do vício de fumar
O cigarro pode causar quase 50 doenças diferentes, e isso acontece devido à grande quantidade de substâncias químicas da sua composição, que têm consequências ruins para a saúde e são responsáveis por causar câncer em diversos órgãos, doenças pulmonares, como bronquite e enfisema, e doenças cardiovasculares, como pressão alta, infarto e AVC.
Mesmo as pessoas que fumam pouco ou pessoas que não fumam, mas inalam a fumaça de outras pessoas, podem sofrer de uma doença relacionada a este hábito, pois as substância tóxicas da fumaça do cigarro têm uma alta capacidade de causar inflamações e alterações na genética das células.
Além disso, não só o cigarro tradicional industrializado faz mal, comotambém as versões fumo mascado, palha, cachimbo, charuto e narguilé.
Enfisema pulmonar e bronquite
O enfisema e a bronquite, conhecidos como doença pulmonar obstrutiva crônica, ou DPOC, surgem porque a fumaça do cigarro causa inflamação no tecido que reveste as vias respiratórias, levando a lesões permanentes e que reduzem a capacidade do pulmão para efetuar as trocas gasosas de modo eficiente.
Os principais sintomas que surgem neste tipo de doença são falta de ar, tosse crônica e casos de pneumonia frequente. A falta de ar, inicialmente, surge ao realizar esforços, mas à medida que a doença se agrava, pode surgir mesmo estando parado. Entenda como identificar e como tratar a DPOC.
Infarto e AVC
O cigarro causa inflamações na parede dos vasos sanguíneos, portanto aumenta as chances do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto, AVC, trombose e aneurismas.
A pessoa que fuma pode apresentar mais chances de ter pressão alta, apresentar dores no peito, como a angina, e ter placas de gorduras nos vasos, por exemplo, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, principalmente se associadas com outras situações de risco, como pressão alta, colesterol alto e diabetes.
Impotência sexual
O fumo causa impotência em homens tanto por alterar a liberação dos hormônios importantes para o contato íntimo, como por inibir o fluxo sanguíneo que bombeia o sangue para o músculo que mantém a ereção.
Assim, a pessoa que fuma pode ter dificuldades para iniciar ou manter o contato íntimo até o final, causando alguns constrangimentos, entretanto, parar de fumar costuma reverter parcial ou totalmente esta situação.
Doenças reumáticas
O tabagismo não apenas aumenta o risco de desenvolver a artrite reumatóide, com presença de dor, inchaço e vermelhidão nas articulações, principalmente nas mãos, mas também aumentam a gravidade e dificultade do seu tratamento.
Outras doenças reumáticas e auto-imunes, como espondilite anquilosante, artrite psoriática e lúpus, por exemplo, também apresentam mais chances de se desenvolver nas pessoas que fumam, devido ao aumento da inflamação e disfunção das células do organismo.
Úlceras gástricas
O cigarro aumenta em 4 vezes as chances de desenvolver uma úlcera gástrica, assim como outras doenças do trato gastrointestinal, como gastrite, refluxo e doença inflamatória intestinal, por exemplo, devido ao aumento das inflamações também nas mucosas do estômago e intestino.
Por isso, é comum que pessoas que fumam tenham mais sintomas como dor no estômago, queimação, má-digestão e alterações no ritmo intestinal.
Alterações visuais
As substâncias da fumaça do cigarro também aumentam o risco de desenvolvimento de doenças oculares, como catarata e degeneração macular, por aumentar as chances de disfunção e inflamação das células.
A catarata causa embaçamento ou deixa a visão com aspecto borrado, o que dificulta a capacidade visual, principalmente à noite. Já a degeneração macular causa alterações no centro da visão, que fica embaçada e pode piorar com o tempo.
Alterações da memória
O cigarro está associado ao aumento do risco de desenvolver demências, tanto pela doença de Alzheimer quanto por lesões cerebrais decorrentes de micro-AVCs.
As síndromes demenciais provocam perda de memória, que piora ao longo do tempo, e podem causar alterações, também, no comportamento e na capacidade de comunicação. 
Complicações na gravidez
No caso das grávidas que fumam ou inalam fumaça de cigarro em excesso, as toxinas do cigarro podem provocar diversas doenças, como aborto espontâneo, retardamento de crescimento do feto, nascimento prematuro ou mesmo morte do bebê, portanto, abandonar este hábito é fundamental.
Assim, é importante observar a presença de sangramentos, cólicas intensas ou alterações no crescimento do útero, sendo muito importante fazer o pré-natal corretamente para identificar qualquer alteração o mais cedo possível.
Câncer de bexiga
Grande parte das substâncias cancerígenas do cigarro que entram na circulação precisam ser eliminadas ao passar pelas vias urinárias, aumentando as chances de desenvolver câncer de bexiga, ao ficarem em contato com o tecido deste órgão.
Alguns sinais que este tipo de câncer pode apresentar são sangramento na urina, dor abdominal e emagrecimento. Saiba quais são os outros sintomas do câncer de bexiga. 
Câncer de pulmão
Quando as substâncias do cigarro entram em contato com os finos tecidos dos pulmões que fazem as trocas respiratórias, existe o risco de surgir um câncer, devido às inflamações e disfunções induzidas por elas. 
O câncer de pulmão causa sintomas como falta de ar, tosse excessiva ou com sangue e emagrecimento. Entretanto, muitas vezes, o câncer é silencioso e só causa sintomas quando está avançado, por isso, é importante parar o tabagismo o quanto antes, além de fazer acompanhamentos regulares com o pneumologista.
Outros tipos de câncer
O cigarro causa quase 20 tipos de câncer, portanto, além do câncer de pulmão e bexiga, aumenta as chances de muitos outros tipos, como:
Câncer de boca;
Câncer de laringe;
Câncer de estômago;
Mama;
Colo do útero;
Leucemia.
Isto acontece porque as substâncias cancerígenas do cigarro são capazes de interferir na informação genética das células, além de causar inflamação.
No caso de suspeita de uma doença causada por fumar ou por conviver com alguém que fuma, é importante agendar uma consulta com o clínico geral ou pneumologista, para que sejam feitos exames e orientações necessárias para evitar ou tratar estas situações.
Descrever o mecanismo fisiopatológico da DPOC e associá-lo a maior morbidade e suscetibilidade às infecções pulmonares.
A base fisiopatológica da DPOC é a inflamação do tecido pulmonar, a qual, em combinação com o remodelamento das vias respiratórias e destruição do parênquima pulmonar, promovem obstrução crônica ao fluxo aéreo. Ativação das células epiteliais e dos macrófagos pulmonares provocada pela fumaça do cigarro culmina na liberação de fatores quimiotáticos que atraem os monócitos, os quais se diferenciam em macrófagos no tecido pulmonar e neutrófilos. Por ação de quimiocinas, os linfócitos são atraídos para os pulmões, os quais associados aos macrófagos e células epiteliais, liberam proteases que causam degradação da elastina, levando ao aumento do conteúdo aéreo dos espaços alveolares e consequente hiperdistensão e ruptura dos septos alveolares (enfisema pulmonar). A elastase produzida pelos neutrófilos, além da lesão tecidual, induz hipersecreção de muco nas vias respiratórias (bronquite crônica). As células epiteliais e macrófagos liberam fator de crescimento de fibroblastos, que levam a fibrose, além de citocinas pró-inflamatórias que intensificam a inflamação.
A resposta inflamatória também é agravada por estresse oxidativo e excesso de proteases no pulmão, nas exacerbações infecciosas. Mantendo-se o tabagismo, uma resposta inflamatória persistente é produzida, o que altera a estrutura e a função dos pulmões.
Uma forma grave de enfisema pulmonar relaciona-se com a deficiência de alfa-1-antitripsina (AAT), glicoproteína do grupo dos inibidores de proteases, cuja principal função é inibir uma série de enzimas, entre elas a tripsina e a elastase neutrofílica. Apesar da sua denominação, a AAT tem maior efeito inibitório sobre a elastase neutrofilica do que sobre a tripsina, levando ao desequilíbrio na relação funcional protease-antiprotease. Com a redução dos níveis de AAT ocorre perda na proteção dos pulmões da ação elastolítica da elastase neutrofílica, com consequente aumento dos efeitos dos fatores agressores (tabagismo, infecções, fatores ocupacionais) e desvio no equilíbrio em favor
da ocorrência de lesão pulmonar progressiva.
Cumpre assinalar que a inflamação pulmonar, após estabelecida, parece não depender mais do tabagismo e se correlaciona com a inflamação sistêmica, contribuindo para o desenvolvimento de comorbidades como doenças cardiovasculares, caquexia, fraqueza dos músculos esqueléticos, anemia, diabetes, distúrbios do sono,osteoporose, depressão e câncer de pulmão.
O processo de obstrução das vias respiratórias e a hiperinsuflação dos espaços alveolares exterioriza-se melhor durante o exercício. Como nos pacientes com DPOC o período expiratório é prolongado, com redução no volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEFl), durante a atividade física a frequência respiratória aumenta, dificultando ainda mais a expiração, tomando o paciente mais hiperinsuflado. Esse processo denomina-se hiperinsuflação dinâmica, que é responsável pela limitação física observada nos casos mais avançados da doença, com redução na capacidade vital forçada (CVF) e aumento do volume residual (VR).
 
Efeitos do tabagismo no aparelho respiratório
• Redução na motilidade ciliar
• Aumento do número de células caliciformes
• Hipertrofia das células mucosas
• Inflamação das paredes brônquicas
• Indução de broncospasmo
• Redução na atividade macrofágica
• Favorecimento de infecções respiratórias
• Redução na produção de surfactante
• Inibição da atividade antiproteases
• Destruição das paredes alveolares
• Redução do calibres das pequenas vias respiratórias
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da DPOC englobam:
 Fatores demográficos – o sexo masculino e a idade têm sido apontados como fatores de risco para bronquite crônica e enfisema (PESSÔA; PESSÔA, 2009); 
 Fatores socioeconômicos – tem sido demonstrada forte associação entre DPOC e baixo nível socioeconômico (PESSÔA; PESSÔA, 2009). A morbidade e mortalidade por doenças não transmissíveis são maiores na população carente. Houve reduções nas taxas principalmente de doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas em associação com a implementação bem sucedida das políticas de saúde que levam à diminuição do tabagismo e à expansão do acesso a cuidados de saúde primários (SCHMIDT et al., 2011); 
 Fumo ativo – tem sido atribuído ao tabagismo o papel mais importante no desenvolvimento da bronquite crônica e do enfisema (GOLD, 2011); 
 Poluição atmosférica e domiciliar – a poluição aérea pela queima de combustíveis fósseis, principalmente pela emissão de veículos a motor, está associada à queda da função respiratória. Há evidências de que a exposição a substâncias como carvão, madeira, resíduos de colheita e esterco de animais em áreas pouco ventiladas está relacionada ao desenvolvimento de DPOC (LOIVOS, 2009); 
 História ocupacional – estudo de base populacional revelou a associação entre as exposições ocupacionais aos aerodispersóides e o comprometimento das vias aéreas(BAGATIN; JARDIM; STIRBULOV, 2006); 
 Atopia e hiper-reatividade – muitos pacientes com DPOC podem apresentar hiper-responsividade brônquica, mas não é conhecido se o tecido pulmonar periférico também apresenta uma resposta exagerada a um agonista na DPOC (LANÇAS, 2009); 
 Fatores genéticos – além do enfisema por deficiência de alfa-1- antitripsina, existem outras evidências do componente genético como fator de risco para o DPOC (BOSSE, 2012).
QUADRO CLÍNICO: 
O aumento da dispnéia é o principal sintoma da exacerbação, geralmente acompanhado de sibilância, aumento da tosse e da produção de escarro, mudanças na coloração e consistência do escarro. Outras queixas comumente associadas são a palpitação, cansaço, insônia, depressão e confusão mental. Cianose e sinais de cor pulmonale como edema de membros inferiores, estase jugular e hepatomegalia podem ser evidenciados ao exame físico em alguns casos. Mudanças no volume e coloração do escarro apontam para infecção bacteriana como causa da exacerbação. 
A gravidade da exacerbação deve ser avaliada com base na história prévia do paciente, presença de co-morbidades, sintomas, exame físico, gasometria arterial e outros testes laboratoriais. Idade avançada, doença de base avançada, dispnéia intensa em repouso pouco responsiva ao tratamento padrão, cianose, sinais de cor pulmonale, rebaixamento do nível de consciência, hipoxemia, hipercapnia e acidose respiratória são indicadores de gravidade.
Compreender os processos consuptivos mais prevalentes no idoso e citar as principais causas.
A síndrome consuptiva – também conhecida como Síndrome de Wating ou ainda síndrome do definhamento – é uma doença que faz com que a pessoa sofra perda de peso involuntária. Essa perda de peso é superior a 10% do peso basal de uma pessoa, dentro de um período que pode variar entre seis meses a 1 ano. A síndrome consuptiva é caracterizada pela perda de massa magra corporal e, principalmente, pela atrofia muscular.
Essa síndrome pode ser resultado de alguns fatores, mas, principalmente, por conta da desnutrição, ocasionado por uma alimentação errada e inadequada, hipermetabolismo ou pela má absorção dos nutrientes alimentares.
A síndrome consuptiva é uma doença consideravelmente complexa, pois se relaciona com outros problemas, como a perda de massa gorda e massa magra, anorexia, diminuição da qualidade de vida e problemas psicológicos. Estudos consideram que a síndrome tenha fatores diversos que ocasionem sua condição em pessoas que já tenham outras doenças. Além disso, o transtorno pode se manifestar com ou sem a perda de apetite.
SÍNDROME CONSUPTIVA COM AUMENTO DE APETITE
O transtorno pode se manifestar com aumento de apetite por meio das seguintes situações:
Aumento de atividade física
Pouca gente sabe, mas a alta frequência de atividade física pode causar o desequilíbrio entre ingestão e perda alimentar.
Diabetes descompensado
É a causa mais comum de perda de peso, mesmo com aumento de apetite. Ela acontece pela hiperglicemia ou glicosuria acentuada, acarretando a uma perda calórica considerável e redução do volume extracelular, ocasionando a síndrome consuptiva.
Hipertiroidismo
Acontece quando há o aumento de gasto energético, associado a má-absorção.
Feocromocitoma
Ocorre quando há perda de peso mesmo com aumento de apetite, por causa do aumento das taxas metabólicas ocasionadas pela excessiva atividade adrenérgica (receptores ligados à proteína).
Síndrome de má-absorção
Sem considerar a origem da doença, a má-absorção pode ocasionar a perda de peso e, ao mesmo tempo, o aumento de apetite. Algumas pessoas ainda podem sofrer com diarreia ou ruídos hidroaéreos (ruídos audíveis apenas com estetoscópio.
Mas, é importante lembrar que a má-absorção juntamente com doenças inflamatórias no intestino, podem causar perda de peso e diminuição de apetite.
SÍNDROME CONSUPTIVA COM PERDA DE APETITE
Infecções crônicas
Quadros de pacientes com febre intensa e persistente acabam sofrendo com aumento da demanda metabólica e, por consequência, aumento do consumo de energia.
Em regiões mais carentes do Brasil, por exemplo, parasitoses intestinais ainda são frequentes. A perda de peso involuntária também pode se manifestar pela endocardite bacteriana, infecções com longa duração como tuberculose ou micoses sistêmicas.
Em casos de pacientes com HIV, a perda de massa corporal já é resultado da própria doença, perda mais consideráveis podem ser por conta de infecções oportunidades – por conta do sistema imunológico baixo – ou efeitos colaterais da terapia antirretroviral.
Câncer
Em muitos casos, a perda de peso involuntária é o único sintoma da doença. O próprio tratamento com radioterapia ou quimioterapia causam vômitos, náuseas, anorexia, além dos próprios sintomas do câncer, como dor abdominal, empachamento por hepatoesplenomegalia (aumento do tamanho do fígado e do baço) ou massas abdominais, disfagia, má-absorção por invasão tumoral ou ressecção cirúrgica de segmentos intestinais.
Doenças crônicas
Pacientes com insuficiência cardíaca ou doença pulmonar que obstrui as vias aéreas apresentam quadros de síndrome consuptiva, por conta do metabolismo alto.
Doenças gastrintestinais
A dor abdominal pode ser consequência de doenças inflamatórias intestinais, causando ao paciente perdas por má-absorção e desconforto constante.
Gastrite atrófica, pedras nos rins crônica, úlceras, neoplasias compressivas no pâncreas ou estômago também acarretam aperda de apetite e, consequentemente, perda de peso.
Endocrinopatias
A insuficiência adrenal, que ocasiona a deficiência de glicocorticoides, acaba gerando anorexia, perda de peso e náuseas. Pacientes idosos com hipertireoidismo também podem apresentar perda de apetite junto com a perda de peso. Hipercalcemia, juto com casos de hiperparatireodismo também levam a anorexia e perda de peso.
Doenças psiquiátricas
Pacientes com depressão podem simplesmente esquecer de se alimentarem.Esquizofrenia, catatonia, hiperatividade ou quadros psicóticos também geram perda de peso por falta de alimentação correta. Ainda há casos de perda de peso por suspensão do uso abusivo de neurolépticos (antipsicóticos).
Álcool e fumantes
Quem ingere quantidade altas de bebida alcoólica acabam se alimentando pouco, por conta da carga calórica que o álcool oferece. Geralmente, os fumantes tendem a serem magros, por conta da inibição do apetite que a nicotina provoca ou pela perda no prazer de comer, que acontece pela inibição da fumaça nas fibras olfatórias.
Em jovens e, principalmente mulheres, é preciso tomar cuidado em relação aos sintomas da anorexia nervosa, caracterizada por uma restrição alimentar severa, com o objetivo incansável de magreza, causando uma distorção da própria imagem corporal da pessoa. A anorexia, em casos extremamente graves, pode não ter solução, por isso o extremo cuidado em identificar a doença o quanto antes.
Descrever a orienteção vacinal ao idoso.
Discutir a cerca dos dados epidemiológicos relacionado as ISTs, AIDS em idosos.
DST em idosos 
Grande parte da literatura sobre o tema concentra informações acerca do HIV/AIDS e apenas 23% dos artigos tratam de outras DST, além do HIV, em idosos. A maior parte das informações disponíveis provém de estudos em clínicas ou em populações específicas, sendo observada uma carência de estudos multicêntricos. 
Dados epidemiológicos em publicações recentes sobre doenças sexualmente transmissíveis evidenciam um aumento global das DST nos idosos em diversos países. Na Austrália, dados mostram que os casos de clamídia em pessoas com mais de 50 anos dobraram entre 2004 e 2010, além de mostrarem tendência no aumento de casos de gonorreia. O aumento na quantidade e sensibilidade dos testes diagnósticos pode ter contribuído para o crescente número de notificações, mas a influência dos comportamentos de risco nessa faixa etária não pode ser desconsiderada. Nos Estados Unidos, estudos apontam aumento de 43% na taxa de sífilis e clamídia entre idosos, além de outras DST como herpes vírus e papiloma vírus humano50. Na China, dentre todos os casos de DST (sífilis, gonorreia, clamídia, condiloma acuminado e herpes simples), 15,8% e 9,8% ocorreram em homens e mulheres acima de 50 anos, respectivamente50. Tendência semelhante pode ser observada no Canadá, Coréia do Sul e em países africanos50. No Brasil, estimativas da Organização Mundial da Saúde apontam que há aproximadamente 937 mil novas infecções de sífilis, 1,5 milhão de casos de gonorreia e quase dois milhões de casos de clamídia por ano. Entretanto, dados mais precisos sobre o índice de transmissão de DST, especificamente na população acima de 50 anos, são escassos, por não serem doenças de notificação compulsória.
HIV em idosos 
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da UNAIDS (Joint United Nations Program on HIV/AIDS), cerca de 40 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV/AIDS, dentre as quais 2,8 milhões têm 50 anos ou mais. No Reino Unido, a incidência dobrou no período compreendido entre os anos de 1996 e 2003, sendo que 11% dos casos de AIDS foram diagnosticados em pessoas com mais de 50 anos. Nos Estados Unidos, embora em 1982 somente 7,5% dos diagnósticos de AIDS eram em pessoas com mais de 50 anos, em 2006, essa população representou 15,5% dos novos diagnósticos de HIV, 25% das pessoas vivendo com HIV, 20,5% dos diagnósticos de AIDS, 32% das pessoas vivendo com AIDS e 39% de todas as mortes provocadas pelo HIV/ AIDS38. Na Austrália, o National Notifiable Diseases Surveillance System revelou que de um total de 30.486 casos diagnosticados de infecção por HIV até 2011, 10% foram de pessoas com mais de 50 anos. Esse aumento do número de idosos com HIV está associado a dois fatores: primeiro, devido ao surgimento da terapia antirretroviral, pessoas portadoras do HIV estão vivendo mais e consequentemente chegando à velhice; segundo, há um aumento de novos casos associado ao frequente engajamento em situações de risco.
No Brasil, a infecção pelo HIV é de notificação compulsória, por isso os dados são mais conclusivos. Segundo o Ministério da Saúde, na faixa etária de 50 a 59 anos houve aumento de 41,6% na taxa de incidência entre 1998 e 2010, passando de 15,6 para 22,1 casos por 100.000 habitantes. Já na faixa etária de 60 anos ou mais o aumento foi de 42,8% no mesmo período, variando a taxa de incidência de 4,9 para 7 casos por 100.000 habitantes. No geral, de 1980 a junho de 2012, foram notificados 656.701 casos de AIDS na população em geral, e 18.712 casos em pessoas com 60 anos ou mais.
Identificar as causas mais prevalentes da anemia em idosos.
De acordo com estudos populacionais, as causas de anemias em idosos podem ser divididas em três grupos que se equivalem em participação, ou seja, um terço dos pacientes anêmicos pode ser encaixado em cada um deles.
1. Anemias por perdas sanguíneas ou por deficiências nutricionais
Carência de ferro decorrente de perdas sanguíneas deve ser pesquisada e, certamente, reveste-se de grande importância, pois apesar da morbidade e mortalidade da anemia no indivíduo idoso, provavelmente a descoberta da origem da perda será mais importante.
O diagnóstico de uma neoplasia gastrointestinal, vesical ou ginecológica, que pode ser a causa da perda, poderá permitir um tratamento precoce e talvez curativo da neoplasia. 
A deficiência de vitamina B12 é outra causa de anemia no idoso e concorre em 1% a 2% dos casos, portanto, muito menos frequente que as decorrentes de perdas sanguíneas e consequente carência de ferro.
Ainda menos importante do que as anteriores é a carência de ácido fólico. Além da dieta, que normalmente supre as necessidades do idoso, é muito comum nestes indivíduos, ao menos em classes econômicas mais elevadas, o uso de complexos vitamínicos que contêm ácido fólico. Quando ocorre a deficiência, devemos investigar a possibilidade de etilismo crônico. 
2. Anemias de doenças crônicas
Várias doenças inflamatórias, neoplásicas, metabólicas e hormonais podem ser incluídas neste grupo. A anemia decorrente das chamadas doenças crônicas, perfazem um terço das anemias dos idosos.
Os mecanismos causadores de anemia nestes pacientes são decorrentes de alterações da resposta inflamatória que parece ser exacerbada nos idosos. A produção de interleucinas (IL-6) e de fator de necrose tumoral (TNF) leva a uma redução da ação da eritropoietina sobre os eritroblastos na medula óssea e isso a uma falha na produção da série vermelha. Outro possível mecanismo é o chamado bloqueio do ferro nos macrófagos medulares e, sendo assim, ocorre uma redução da produção de hemoglobina pelos eritroblastos, levando à anemia que nestas situações será microcítica e hipocrômica. A hepcidina parece ter papel fundamental nestes mecanismos, reduzindo a absorção intestinal do ferro, bem como a liberação do ferro pelos macrófagos. O perfil de ferro (ferro, transferrina e ferritina) auxiliará no diagnóstico diferencial com as anemias decorrentes da carência de ferro.
Há ainda uma menor sobrevida das hemácias nesses processos inflamatórios, o que contribui para o aparecimento da anemia.
A falta da eritropoietina nos pacientes renais crônicos explica de forma clara a anemia nestes pacientes.
O tratamento da doença de base ou o uso de moduladores da resposta inflamatória, bem como o uso de eritropoietina humana recombinante melhoram a anemia dos pacientes.
3. Anemias de causas inexplicáveis
Uma menor sensibilidade dos eritroblastos à eritropoietina nos indivíduos idososparece ser responsável pelo aumento da necessidade de produção de eritropoietina para manter os níveis de hemoglobina. Há também uma menor sensibilidade dos rins à hipóxia, o que faz com que os indivíduos idosos que, como vimos, têm uma necessidade maior de eritropoietina, mesmo em estados anêmicos, não tenham sua produção em quantidade adequada.
Alterações hormonais, por reduções na produção de testosterona e estrogênios, parecem colaborar para as anemias não totalmente explicadas. O mesmo vale para redução do hormônio tireoidiano (hipotireoidismo). 
O uso de medicamentos pode interferir na hematopoiese e é comum em idosos e, ainda, as síndromes mielodisplásicas, muitas vezes incipientes e de difícil diagnóstico, podem ser a causa de anemia no idoso.

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