AULA 06

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AULA 6: DESAPROPRIAÇÃO – PARTE III 
Direito administrativo II 
DIREITO ADMINISTRATIVO II 
Aula 6: Desapropriação – Parte III 
AULA 6: DESAPROPRIAÇÃO – PARTE III 
Direito administrativo II 
Parcelas da Indenização 
Desistência 
Desapropriação Indireta 
AULA 6: DESAPROPRIAÇÃO – PARTE III 
Direito administrativo II 
A transcrição do inciso XXIV do art. 5.º da Constituição de 1988, 
expropriatória contempla, na desapropriação, os seguintes itens: 
justeza, anterioridade e especialidade. 
 
O caráter prévio da indenização significa que o poder expropriante 
deverá pagar ou depositar o valor atribuído ao bem, antes de adquirir 
seu domínio. 
 
O caráter prévio da indenização significa que o poder expropriante 
deverá pagar ou depositar o valor atribuído ao bem, antes de adquirir 
seu domínio. 
 
A desapropriação indireta é uma criação jurisprudencial, mantendo-se 
sem um devido amparo legal. 
Análise do conceito 
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Direito administrativo II 
Súmula 617 do STF: “A base de cálculo dos honorários de advogado em desapropriação 
é a diferença entre a oferta e a indenização, corrigidas ambas monetariamente”. 
 
Exemplo: a Administração Pública oferece “X” pela indenização da expropriação de um 
determinado bem. O particular, proprietário, contrata um advogado para atuar no 
curso do processo, contesta o valor arbitrado e prova que aquele valor oferecido não 
equivale a um valor justo, conseguindo alterá-lo para “X” + “Y”. Em consequência, a 
atuação do douto advogado redundou no acréscimo referente à “Y”, e será em cima 
desta diferença que incidirá a base de cálculo para o pagamento de seus honorários, 
fixado pelo competente Magistrado a percentagem desta diferença. 
Honorários advocatícios 
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Os juros compensatórios destinam-se à compensação do expropriado pela privação sofrida em decorrência da 
imissão provisória na posse ou da desapropriação indireta. 
 
Súmula 164 do STF: “No processo de desapropriação, são devidos juros compensatórios desde a antecipada 
imissão de posse ordenada pelo juiz por motivo de urgência”. 
 
Súmula 69 do STJ: “Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão 
na posse e, na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel”. 
 
Os juros moratórios serão devidos após o trânsito em julgado da sentença que selar a ação de desapropriação 
em diante, incidindo na percentagem de 6% ao ano (Súmula 114 do Superior Tribunal de Justiça). 
 
Há a possibilidade de acumulação de juros compensatórios e moratórios após o trânsito em julgado da ação, 
até o efetivo pagamento da indenização? A resposta, todavia, advém do mesmo Tribunal Superior, posto que 
as Súmulas 12 e 102 do STJ trazem a afirmativa de que é possível a acumulação. 
Dos juros (são devidos, também, juros compensatórios e moratórios) 
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Da correção monetária 
A correção monetária é a atualização do valor da moeda pelos índices inflacionários, 
evitando, assim, que perca seu poder de compra. 
 
Há decisões do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a indenização se conta 
da data da feitura do laudo pericial, afastando-se a incidência do art. 1.º, § 2.º da 
Lei n.º 6.899/81. 
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Danos emergentes e lucros cessantes 
• Danos emergentes: Só serão cabíveis à desapropriação para fins de 
utilidade pública e são danos efetivamente comprovados, ocorridos com o 
advento da desapropriação. 
 
• Lucros cessantes são os frutos que se produziriam no futuro. 
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Fundo de comércio 
Quando o proprietário do fundo de comércio é o mesmo proprietário do local 
expropriado, não há dúvidas de que este valor deva integrar a indenização a ser recebida. 
 
Se o proprietário do imóvel for pessoa distinta do comerciante, só obterá a indenização se 
ingressar com ação ordinária contra o poder expropriante, exigindo indenização pelo 
fundo de comércio (art. 26 in fine do Decreto-Lei 3.365/41). 
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Quantia para o desmonte e transporte de maquinismos 
O parágrafo único do art. 25 do Dec.-lei nº 3.365/41 dispõe que: “O juiz poderá arbitrar quantia 
módica para desmonte e transporte de maquinismos instalados e em funcionamento”. 
Pertenças de um Imóvel 
Por exemplo: uma parede de ladrilhos da época do Império, um lustre de cristal, um corrimão de 
ouro na escada, ou seja, acessórios que valorizam o imóvel, o perito deverá levá-los em conta 
quando de sua avaliação, aumentando o valor da indenização. 
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Fique ligado no direito de extensão 
Preciso o ensinamento do prof. José dos Santos Carvalho Filho: “Direito de extensão é o direito 
do expropriado de exigir que a desapropriação e a indenização alcancem a totalidade do bem, 
quando o remanescente resultar esvaziado de seu conteúdo econômico”. 
Anote – Requisitos 
Deve contemplar somente uma fração do imóvel de determinado titular. Já no momento da 
declaração expropriatória, o bem é parcialmente contemplado, declarando-se de interesse público 
parte do imóvel. 
 
Exige-se, ainda, que o resto da propriedade, que não foi abrangido pelo decreto expropriatório, 
perca toda ou quase toda valoração econômica. 
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Decisão do STF, no julgamento do recurso extraordinário n.0 79.499-sp 
“A extensão da desapropriação encontra apoio em lei específica, pois que é problema de 
abrangência. Em matéria expropriatória é lícito, inclusive, estender-se a desapropriação ao 
remanescente, sem que tal envolva julgamento ultra petita”. 
Desapropriação Indireta ou Apossamento Administrativo 
A desapropriação indireta é uma criação jurisprudencial, mantendo-se sem um devido amparo legal. 
 
Na desapropriação indireta, o Poder Púbico adentra em uma propriedade particular, totalmente 
desprovido da intenção de se informar sobre quem seja o seu proprietário. 
 
Por vezes, a Administração Pública pode esbulhar determinado bem. 
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Fundamentos 
• Se a Administração construiu obra em bem de que se apossou, não pode haver restituição; 
• Assentou-se, em função da prevalência do interesse público sobre o particular; 
• Fundamento legal para a desapropriação indireta no art. 35 do Decreto-Lei 3.365/41; 
• Ações possessórias só cabíveis caso o bem não tenha a destinação pública. 
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Fundamentos 
Para o prazo prescricional da ação de desapropriação indireta há duas correntes: 
• Primeira corrente: Mesmo prazo do usucapião extraordinário, com previsão no código 
civil, de 15 anos, art. 1238 (Ministro Marco Aurélio do STF). 
• Segunda corrente: Mesmo prazo do usucapião ordinário, prazo prescricional de 10 anos 
(posicionamento do STJ). 
 
Em inúmeros concursos, vem se adotando, também, o entendimento da segunda corrente. 
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Fique ligado 
A Sumula 119 do Superior Tribunal de justiça foi revogada, mencionando que a ação de 
desapropriação indireta prescreve em vinte anos, como de sabença, após o advento do 
atual Código Civil. 
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AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
Retrocessão; 
Desapropriação por Zona; 
Desapropriação Rural.