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Desapropriação por utilidade pública (Dec 3365)

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Decreto-Lei 3.365/41.
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização jurisprudencial: 24/02/2021: Inclusão dos julgados: Info 662 (art. 10)
Última atualização legislativa: Lei nº 13.650, de 2018; Lei nº 13.867/19 (novos artigos 10-A e 10-B)
Última atualização questões de concurso: 23/03/2021.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe no Decreto-Lei 3.365/41).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc.
DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941.
	
	Dispõe sobre desapropriações por utilidade pública.
        O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição, decreta :
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
        Art. 1o  A desapropriação por utilidade pública regular-se-á por esta lei, em todo o território nacional.
	##Atenção: ##TJMA-2013: ##CESPE: A doutrina majoritária entende que “há bens que não podem ser desapropriados. São exemplos: a moeda corrente do País (pois ela é o próprio meio em que comumente se paga a indenização pela desapropriação) e os direitos personalíssimos". (Direito Administrativo Descomplicado, 21ª edição, p. 1022).
        Art. 2o  Mediante declaração de utilidade pública, todos os bens poderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios. (MPDFT-2009) (TJMS-2010) (MPBA-2010) (MPSE-2010) (TJRO-2011) (MPPR-2011) (TRF2-2011) (TRF3-2011) (MPMG-2010/2012) (TJBA-2012) (TJAC-2012) (MPTO-2012) (TRF4-2012) (MPF-2012) (TJSC-2013) (MPSC-2013) (TJAP-2014) (TJMG-2018) (TJPR-2019)
	(TJSC-2009): Concernente à "desapropriação", e assinale a alternativa correta: Todos os bens poderão ser desapropriados, incluindo coisas móveis ou imóveis, corpóreas ou incorpóreas, públicas ou privadas. BL: art. 2º, Dec.-Lei 3365. (MPSC-2013)
(MPRR-2008-CESPE): Podem ser sujeitos ativos da desapropriação por utilidade pública a União, os estados, os municípios e o DF. BL: art. 2º, Dec.-Lei 3365.
##Atenção: ##Cuidado: Na desapropriação URBANÍSTICA, o expropriante será o município, estando adstrito às regras gerais de desapropriação estabelecidas em lei federal. Na desapropriação RURAL, o expropriante é exclusivamente a União. Na desapropriação CONFISCATÓRIA, a competência para propor a ação expropriatória é também privativa da União, podendo essa atribuição ser delegada a pessoa jurídica de sua Administração Indireta (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista).
        § 1o  A desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo só se tornará necessária, quando de sua utilização resultar prejuizo patrimonial do proprietário do solo. (MPDFT-2009) (TJRO-2011) (MPSC-2013) (TJCE-2014) (TJAP-2014)
§ 2o  Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa. (TJAP-2008) (TJAL-2008) (TJRS-2009) (TJMT-2009) (MPDFT-2009) (TJSC-2010) (MPBA-2010) (MPSE-2010) (MPPR-2011) (TRF2-2011) (TRF3-2011) (TJAC-2012) (MPTO-2012) (MPF-2012) (MPSC-2013) (TJMG-2018) (TJPR-2019) (MPSP-2019)
	##Atenção: ##STF: ##TJRS-2018: ##VUNESP: ##MPSP-2019: Agravo em ação cível originária. 2. Administrativo e Constitucional. 3. Tombamento de bem público da União por Estado. Conflito Federativo. Competência desta Corte. 4. Hierarquia verticalizada, prevista na Lei de Desapropriação (Dec-Lei 3.365/41). Inaplicabilidade no tombamento. Regramento específico. Decreto-Lei 25/37 (arts. 2º, 5º e 11). Interpretação histórica, teleológica, sistemática e/ou literal. Possibilidade de o Estado tombar bem da União. Doutrina. 5. Lei do Estado de Mato Grosso do Sul 1.526/94. Devido processo legal observado. 6. Competências concorrentes material (art. 23, III e IV, c/c art. 216, § 1º, da CF) e legislativa (art. 24, VII, da CF). Ausência de previsão expressa na Constituição Estadual quanto à competência legislativa. Desnecessidade. Rol exemplificativo do art. 62 da CE. Proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico regional. Interesse estadual. 7. Ilegalidade. Vício de procedimento por ser implementado apenas por ato administrativo. Rejeição. Possibilidade de lei realizar tombamento de bem. Fase provisória. Efeito meramente declaratório. Necessidade de implementação de procedimentos ulteriores pelo Poder Executivo. 8. Notificação prévia. Tombamento de ofício (art. 5º do Dec.-Lei 25/37). Cientificação do proprietário postergada para a fase definitiva. Condição de eficácia e não de validade. Doutrina. 9. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 10. Agravo desprovido. 11. Honorários advocatícios majorados para 20% do valor atualizado da causa à época de decisão recorrida (§ 11 do art. 85 do CPC). (STF. Plenário. ACO 1208 AgR, Min. Rel. Gilmar Mendes, j. 24/11/17).
	(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: Ao instituto do tombamento, porque possui disciplina própria, não se aplica o princípio da hierarquia verticalizada prevista no Decreto-Lei no 3.365/41, que excepciona os bens da União do rol dos que podem ser desapropriados. BL: Entend. STF.
(TJRS-2018-VUNESP): A respeito do tombamento, é correto afirmar que o STF já afirmou que a hierarquia verticalizada dos entes federados prevista expressamente na Lei de Desapropriação (Decreto-lei 3.365/41) não se estende ao tombamento, não havendo vedação a que Estado possa tombar bem da União, tampouco que Município possa tombar bem estadual ou federal. BL: Entend. STF.
##Atenção: ##STF: ##TJRS-2018: ##VUNESP: O Min Gilmar Mendes afirma em seu voto, proferido na ACO 1208, que a legislação federal, de fato, veda a desapropriação dos bens da União pelos estados, segundo o Dec.-Lei 3.365/41, mas não há referência a tal restrição quanto ao tombamento, disciplinado no Dec-Lei 25/37. A lei de tombamento apenas indica ser aplicável a bens pertencentes a pessoas físicas e pessoas jurídicas de direito privado e de direito público interno.
##Atenção: ##DICA:
· UNIÃO pode desapropriar bens dos ESTADOS e MUNICÍPIOS, mas a recíproca não é verdadeira;
· UNIÃO pode instituir servidão administrativa nos ESTADOS e MUNICÍPIOS, mas a recíproca não é verdadeira;
· UNIÃO pode tombar bens pertencentes aos ESTADOS e MUNICÍPIOS e vice-versa.
        § 3º É vedada a desapropriação, pelos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios de ações, cotas e direitos representativos do capital de instituições e emprêsas cujo funcionamento dependa de autorização do Govêrno Federal e se subordine à sua fiscalização, salvo mediante prévia autorização, por decreto do Presidente da República.  (Incluído pelo Decreto-lei nº 856, de 1969) (TJRS-2009) (MPDFT-2009) (TRF3-2011) (MPF-2011) (TJBA-2012) (MPTO-2012) (MPSC-2013)
	(TJSP-2013-VUNESP): Serviços de docas explorados por companhia privada, confiados por concessão da União, têm seus bens desapropriados pelo Estado. Com relação à hipótese, assinale a alternativa correta: É legal a desapropriação pelo Estado, desde que haja prévia autorização do Presidente da República. BL: art. 2º, §3º, Dec.-Lei 3365 e Súmula 157 do STF[footnoteRef:1]. [1: Súmula 157-STF: É necessária prévia autorização do Presidente da República para desapropriação, pelos Estados, de empresa de energia elétrica.] 
##Atenção: A 2ª Turma do STF, Relator Min. Carlos Madeira; ao julgar o RE 115.665, por unanimidade acórdão de 18.3.1088, afirmou: "Desapropriação, por município de imóvelpertencente à Rede Ferroviária Federal. Não havendo dúvida de que o imóvel integra o patrimônio da União Federal e como tal está abrangido pela norma o § 3º do art. 2º do Dec.-lei 3.365/41, com a redação dada pelo Dec.-lei 856/69, a sua desapropriação só é possível após a autorização do Presidente da República". 
Art. 3o  Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato. (DPU-2007) (MPMG-2010) (TRF2-2011) (TRF5-2013) (TJAP-2014)
	(TJRO-2019-VUNESP): As desapropriações necessárias à adequada prestação de serviço público no regime de concessão poderão ser de responsabilidade da concessionária, conforme previsto no edital de licitação, competindo ao Poder Concedente declarar de utilidade pública os bens necessários à prestação do serviço e à concessionária arcar com as indenizações cabíveis. BL: art. 3º do Dec-Lei 3365/41 c/c arts. 18, XII, 29, VIII e art. 31, VI da Lei 8987/95[footnoteRef:2]. [2: Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, no que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente: (...) XII - a expressa indicação do responsável pelo ônus das desapropriações necessárias à execução do serviço ou da obra pública, ou para a instituição de servidão administrativa; (...) Art. 29. Incumbe ao poder concedente: (...) VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis; (…) Art. 31. Incumbe à concessionária: (...) VI - promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no edital e no contrato;] 
(TJMT-2018-VUNESP): A desapropriação poderá ser realizada por concessionária de serviço público, se assim estipulado no edital de licitação e no contrato de concessão, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis, preservada a competência do Poder Concedente para declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública. BL: art. 3º do Dec-Lei 3365/41 c/c arts. 18, XII, 29, VIII e art. 31, VI da Lei 8987/95.
(TJRS-2012): No regime jurídico brasileiro, podem promover a desapropriação, dentre outras entidades, os estabelecimentos que exerçam funções delegadas do Poder Público, quando autorizados por lei ou contrato. BL: art. 3º, Dec.-Lei 3365.
        Art. 4o  A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em consequência da realização do serviço. Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as indispensaveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda. (TJDFT-2007) (TJSE-2008) (TJAP-2008) (MPTO-2012) (TJAM-2013) (TJSP-2015) (MPSC-2016) (TJMT-2018) (TJMS-2020)
	(TJAL-2008-CESPE): Acerca da desapropriação, assinale a opção correta: O Estado pode desapropriar as zonas que se valorizem extraordinariamente em consequência de obra ou serviço público feitos na área. BL: art. 4º, Dec.-Lei 3365.
##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: A “desapropriação por zona” consiste, em resumo, desapropriar a área contígua necessária ao desenvolvimento de obras públicas e as zonas que se valorizam extraordinariamente, em decorrência da realização do serviço (art. 4º do Dec.-lei nº 3.365/41).
Parágrafo único. Quando a desapropriação destinar-se à urbanização ou à reurbanização realizada mediante concessão ou parceria público-privada, o edital de licitação poderá prever que a receita decorrente da revenda ou utilização imobiliária integre projeto associado por conta e risco do concessionário, garantido ao poder concedente no mínimo o ressarcimento dos desembolsos com indenizações, quando estas ficarem sob sua responsabilidade.  (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (TJMT-2018)
	##Atenção: ##MPSC-2016: O art. 4º do Dec.-Lei 3.365/41 trata da desapropriação por zona. Quanto ao instituto, o entendimento majoritária na jurisprudência segue a linha de que inexiste inconstitucionalidade, sendo que o fundamento essencial consiste em se evitar que um ou alguns poucos particulares experimentem benefícios extraordinários, em vista da valorização excessiva de seus imóveis, o que violaria o princípio da impessoalidade. Entende-se, ademais, que a contribuição de melhoria apenas tem lugar em casos de valorizações genéricas, as quais atinjam, indistintamente, um número considerável de proprietários. Nesse sentido, vejamos seguinte julgado do STJ: "(...) Na desapropriação, direta ou indireta, quando há valorização da área remanescente não desapropriada em decorrência de obra ou serviço público, dispõe o Estado de três instrumentos legais para evitar que a mais valia, decorrente da iniciativa estatal, locuplete sem justa causa o patrimônio de um ou de poucos: a desapropriação por zona ou extensiva, a cobrança de contribuição de melhoria e o abatimento proporcional, na indenização a ser paga, da valorização trazida ao imóvel. 4. A valorização imobiliária decorrente da obra ou serviço público pode ser geral, quando beneficia indistintamente um grupo considerável de administrados, ou especial, que ocorre quando o benefício se restringe a um ou alguns particulares identificados ou, pelo menos, identificáveis. 5. A mais valia geral subdivide-se em ordinária e extraordinária. A primeira tem lugar quando todos os imóveis lindeiros à obra pública se valorizam em proporção semelhante. A segunda, diferentemente, toma parte quando algum ou alguns imóveis se valorizam mais que outros, atingidos pela mais valia ordinária. 6. Na hipótese de valorização geral ordinária, dispõe o Poder Público da contribuição de melhoria como instrumento legal apto a "diluir", entre os proprietários beneficiados com a obra, o custo de sua realização. 7. No caso de valorização geral extraordinária, pode o Estado valer-se da desapropriação por zona ou extensiva, prevista no art. 4º do Decreto-Lei 3.365/41. Havendo valorização exorbitante de uma área, pode o Estado incluí-la no plano de desapropriação e, com a revenda futura dos imóveis ali abrangidos, socializar o benefício a toda coletividade, evitando que apenas um ou alguns proprietários venham a ser beneficiados com a extraordinária mais valia. 8. Por fim, tratando-se de valorização específica, e somente nessa hipótese, poderá o Estado abater, do valor a ser indenizado, a valorização experimentada pela área remanescente, não desapropriada, nos termos do art. 27 do Decreto-Lei 3.365/41. 9. No caso, a área remanescente não desapropriada valorizou em decorrência da construção de rodovia estadual. A valorização experimentada pelo imóvel não é especial, mas genérica, atingindo patamares semelhantes todos os imóveis lindeiros à via pública construída. Assim, a mais valia deve ser cobrada por meio do instrumento legal próprio, que é a contribuição de melhoria, sendo indevido o abatimento proporcional do justo preço a ser pago pela desapropriação. 10. Recurso especial provido."
(REsp 1092010 2008.02.13697-0, Rel. Min. Castro Meira, 2ª Turma, Dje em 15/09/2011).
##Atenção: ##Esquema do site Qconcursos: A valorização imobiliária decorrente da obra ou serviço público pode ser:
· GERAL = quando beneficia indistintamente um grupo considerável de administrados. Ela pode ser: 
· ORDINÁRIA = Quando todos os imóveis lindeiros à obra pública se valorizam em proporção semelhante.
- Quando se tratar de uma valorização geral e ordinária deve o Estado se valer da modalidade tributária conhecida como Contribuição de Melhoria, que é um tributo para que ele receba parte da valorização imobiliária ocorrida diretamente dos particulares beneficiados pelas obras, resgatando-se aos cofres públicos o ganhoque a intervenção na propriedade gerou. O seu fato gerador é a valorização imobiliária.
· EXTRAORDINÁRIA = Quando algum ou alguns imóveis se valorizam mais que outros.
- Quando estamos diante de uma valorização geral e extraordinária o Estado tem a sua disposição da chamada DESAPROPRIAÇÃO POR ZONA ou EXTENSIVA. Caracteriza-se pela inclusão das áreas contíguas àquelas de que o poder público efetivamente necessita para a realização de obra pública, a fim de que o poder público utilize a área para a realização de obras futuras ou se beneficie da valorização dessas áreas contíguas em função da execução da obra. 
##Obs.: Há sérias críticas a essa possibilidade, mas não vingam, pois essa desapropriação é feita na defesa do interesse público, evitando que poucos particulares se enriqueçam em detrimento de muitos outros (há uma "socialização de ganhos").
· ESPECIAL = Quando o benefício se restringe a um ou alguns particulares identificados ou, pelo menos, identificáveis.
        Art. 5o  Consideram-se casos de utilidade pública:
        a) a segurança nacional; (TJDFT-2012)
        b) a defesa do Estado; (TJDFT-2012)
        c) o socorro público em caso de calamidade; (TJDFT-2012)
        d) a salubridade pública; (TJDFT-2012) (TJRS-2012)
        e) a criação e melhoramento de centros de população, seu abastecimento regular de meios de subsistência;
        f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das águas e da energia hidráulica;
        g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas de saude, clínicas, estações de clima e fontes medicinais;
        h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos;
        i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos; a execução de planos de urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a construção ou ampliação de distritos industriais;  (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999) (MPTO-2012) (TRF5-2013) (TJRR-2015)
        j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;
        k) a preservação e conservação dos monumentos históricos e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos urbanos ou rurais, bem como as medidas necessárias a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou característicos e, ainda, a proteção de paisagens e locais particularmente dotados pela natureza; (TJAM-2016)
        l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, documentos e outros bens moveis de valor histórico ou artístico; 
        m) a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativos e cemitérios; (TJRO-2011)
        n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso para aeronaves; (TJRO-2011)
        o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza científica, artística ou literária; (TJRO-2011)
        p) os demais casos previstos por leis especiais.
	##Atenção: ##TJRS-2012: O entendimento é no sentido de que as hipóteses de desapropriação por utilidade pública (assim como as demais) constituem numerus clausus, isto é, encontram-se exaustivamente previstas nas leis. Nesse sentido, Maria Sylvia Di Pietro explica: “Há que se observar, contudo, que a definição de quais sejam os casos de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social não fica a critério da Administração Pública, uma vez que as hipóteses vêm taxativamente indicadas em lei; não basta, no ato expropriatório, mencionar genericamente um dos três fundamentos; é necessário indicar o dispositivo legal em que se enquadra a hipótese concreta.” (Direito Administrativo, 26ª edição, 2013, p. 176) 
        § 1º - A construção ou ampliação de distritos industriais, de que trata a alínea i do caput deste artigo, inclui o loteamento das áreas necessárias à instalação de indústrias e atividades correlatas, bem como a revenda ou locação dos respectivos lotes a empresas previamente qualificadas. (Incluído pela Lei nº 6.602, de 1978) (TRF5-2013) (TJRR-2015)
        § 2º - A efetivação da desapropriação para fins de criação ou ampliação de distritos industriais depende de aprovação, prévia e expressa, pelo Poder Público competente, do respectivo projeto de implantação". (Incluído pela Lei nº 6.602, de 1978) (TJRR-2015)
        § 3o Ao imóvel desapropriado para implantação de parcelamento popular, destinado às classes de menor renda, não se dará outra utilização nem haverá retrocessão. (Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) (TRF1-2009) (MPPR-2011) (TRF5-2013) (MPSC-2019)
	(TJPA-2019-CESPE): Assinale a opção que indica a denominação dada ao direito do expropriado de exigir de volta o imóvel objeto de desapropriação na hipótese de o poder público não dar o destino adequado ao bem desapropriado: retrocessão. BL: art. 519, CC[footnoteRef:3] e art. 5º, §3º, DL 3365/41 (adm.). [3: Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa.] 
##Atenção: Conceito da Retrocessão: Para Rafael Oliveira, “é o direito de o expropriado exigir a devolução do bem desapropriado que não foi utilizado pelo Poder Público para atender o interesse público. Nesse caso, o Poder Público retirou o bem do seu titular originário sem observar os objetivos constitucionais que legitimam a desapropriação: atendimento da utilidade pública, necessidade pública e interesse social.”. (Fonte: OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Método, 2020, p. 631.). 
##Atenção: A retrocessão tem como pressuposto a tredestinação, isto é, que tenha ocorrido o desvio de finalidade por parte do Poder Público que, simplesmente, deixa de satisfazer o interesse público com o bem desapropriado. A retrocessão ocorre em duas hipóteses: i) desinteresse superveniente do expropriante, havendo a obrigação de oferecer o bem desapropriado ao ex-proprietário para que ele, desejando, exerça o direito de preferência, pelo valor atual do bem; ii) tredestinação ilícita, quando o Poder Público não confere destinação de interesse público (adequada) ao bem desapropriado, exsurgindo o direito do expropriado de reclamar o bem. Por fim, lembre-se que, conforme já decidiu o STJ, apenas a tredestinação ilícita enseja o direito de retrocessão do expropriado, pois, na tredestinação lícita, o Poder Público concede destinação pública ao bem, ainda que diversa da inicialmente programada (STJ. 1ª T., Rel. Min. Denise Arruda, j. 11/09/07). Por fim, cumpre ressaltar que há situações legais em que é vedada a tredestinação e a retrocessão, em razão do interesse público prevalente que inspirou o objetivo da desapropriação: a) O §3º do art. 5º do DL 3.365/41 dispõe ser juridicamente inviável a tredestinação caso o imóvel seja desapropriado para implantação de parcelamento popular, destinado a classes de menor renda, ou seja, não poderá haver qualquer outra utilização, nem haverá retrocessão quando se tratar de desapropriação com tal fim.; e b) Parcela da doutrina aponta pela impossibilidade de retrocessão na desapropriação amigável, visto que se trata de autêntico contrato de compra e venda.
##Atenção: ##MPPR-2011: Natureza Jurídica da Retrocessão: Doutrina e jurisprudência sempre discutiram se a retrocessão é direito real, e, portanto, tem direito de sequela, ou se é direito pessoal (que uma vez não assegurado, resolve-se em perdas e danos) ou ainda, um direito misto. Não obstante o art. 519 do CC/02 indicar que a retrocessão se trata de direito de preferência (direito pessoal)[footnoteRef:4], há precedentes do STJ que a consideram como um direito real[footnoteRef:5] e, consequentemente, tem direito de sequela. Ademais, há quem entenda ser direito misto[footnoteRef:6], ou seja, ao expropriado caberá optar por exigir a devolução do bem (natureza real) ou por pleitear perdas e danos (natureza pessoal). [4: Posição defendida por José dos Santos CarvalhoFilho e Diógenes Gasparini.] [5: Posição defendida por José Carlos de Moraes Salles, Celso Antônio Bandeira de Mello e acolhida pelo STJ.] [6: Posição defendida por Maria Sylvia Zanella Di Pietro.] 
##Atenção: ##Doutrina Civilista: Cumpre destacar o entendimento dos doutrinadores civilistas a respeito do tema, senão vejamos: “Enunciado 592 do JDC: O art. 519 do Código Civil derroga o art. 35 do Decreto-Lei n. 3.365/1941 naquilo que ele diz respeito a cenários de tredestinação ilícita. Assim, ações de retrocessão baseadas em alegações de tredestinação ilícita não precisam, quando julgadas depois da incorporação do bem desapropriado ao patrimônio da entidade expropriante, resolver-se em perdas e danos.”
        Art. 6o  A declaração de utilidade pública far-se-á por decreto do Presidente da República, Governador, Interventor ou Prefeito. (TJRR-2008) (MPRO-2008) (TRF3-2011) (TJSC-2015) (TJPR-2019)
	(MPPI-2019-CESPE): O chefe do Poder Executivo estadual baixou resolução pela qual declarou ser de utilidade pública para fins de desapropriação determinado imóvel particular, situado no território do respectivo ente federado. Nessa situação hipotética, o referido ato administrativo foi eivado de vício quanto à forma. BL: art. 6º, DL 3365/41.
##Atenção: ##TRF3-2011: ##CESPE: Entende que, por meio da Declaração de Utilidade Pública, o Poder Público manifesta o seu interesse na futura desapropriação. Tal declaração poderá ser feita por meio do Decreto - Decreto expropriatório (art. 6º, DL 3.365/41) - ou por lei de efeitos concretos (art. 8º, DL 3.365/41). Logo, está correta a assertiva, visto que a declaração de utilidade pública deveria ter sido feita por intermédio de Decreto ou por lei de efeitos contratos, e não por Resolução.
##Atenção: ##STF: ##TRF2-2009: ##TRF3-2011: ##CESPE: O decreto que declara um imóvel de utilidade pública, para fins de desapropriação, é ato administrativo e não ato normativo, cabendo contra ele a propositura de ação ordinária visando sua anulação e não ação direta de inconstitucionalidade. STF. RE 97693, 2ª T., Rel. Min. Néri da Silveira, j. 13/02/1996. 
Art. 7o  Declarada a utilidade pública, ficam as autoridades administrativas autorizadas a penetrar nos prédios compreendidos na declaração, podendo recorrer, em caso de oposição, ao auxílio de força policial. (TJRJ-2014)
Àquele que for molestado por excesso ou abuso de poder, cabe indenização por perdas e danos, sem prejuizo da ação penal.
	##Atenção: ##STJ e Jurisprud. Teses/STJ – Ed. nº 19: ##TRF4-2012: ##STJ: (...) O entendimento firmado pelo Tribunal estadual encontra amparo na jurisprudência consolidada no âmbito da 1ª Seção desta Corte Superior no sentido de que é devida indenização ao expropriado correspondente aos danos ocasionados aos elementos que compõem o fundo de comércio pela desapropriação do imóvel. Precedentes: REsp 1076124/RJ, rel. Min. Eliana Calmon, DJe 03/09/09; AgRg no REsp 647660/SP, rel. Min. Denise Arruda, DJ 05/10/06; REsp 696929/SP, rel. Min. Castro Meira, DJ 03/10/05. Cumpre destacar que, na hipótese em análise, o detentor do fundo do comércio é o próprio proprietário do imóvel expropriado. Assim, a identidade de titularidade torna possível a indenização simultânea na desapropriação. Ademais, o processo ainda se encontra na fase inicial, o que permite seja apurado o valor de bens intangíveis, representados pelo fundo de comércio, na própria perícia a ser realizada para fixação do valor do imóvel, dispensando posterior liquidação de sentença. STJ. 2ª T., AgRg no REsp 1199990/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 19/04/12: ##Jurisprud. em Tese - Tese 06: Na desapropriação é devida a indenização correspondente aos danos relativos ao fundo de comércio. 
##Atenção: ##STF: ##TRF4-2012: Desapropriação. Locação. Indenização. Fundo de Comércio. CF, Arts. 107 E 153, PAR-22. É devida indenização ao locatário pelos prejuízos advindos da desapropriação do imóvel em que estabelecido comercialmente. Precedentes do STF. STF. 1ª T., RE 95689, Rel. Min. Rafael Mayer, j. 08/06/82.
	(TJRR-2008-FCC): A respeito da ação de desapropriação por utilidade pública, é correto dizer que afirmada a urgência poderá ser concedida liminar de imissão na posse permitindo a entrada nos prédios expropriados, inclusive com auxílio de força policial, se necessário. BL: art. 7, Dec. 3365.
        Art. 8o  O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa da desapropriação, cumprindo, neste caso, ao Executivo, praticar os atos necessários à sua efetivação. (TJRS-2009) (TRF3-2011) (TJAC-2012) (TJSC-2013)
	(TJBA-2012-CESPE): Considerando a disciplina que rege a desapropriação, assinale a opção correta: O Poder Legislativo pode tomar a iniciativa da desapropriação, cabendo, nesse caso, ao Executivo praticar os atos necessários à sua efetivação. BL: art. 8º, Dec. 3365.
        Art. 9o  Ao Poder Judiciário é vedado, no processo de desapropriação, decidir se se verificam ou não os casos de utilidade pública. (DPESP-2006) (TJRR-2008) (TRF1-2009) (TJRO-2011)
        Art. 10.  A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este caducará. (Vide Decreto-lei nº 9.282, de 1946) (MPRO-2008/2010) (TJPR-2008/2012) (TJRS-2012) (TRF5-2013) (TJRJ-2012/2014) (TJMS-2020)
        Neste caso, somente decorrido um ano, poderá ser o mesmo bem objeto de nova declaração. (MPRO-2008/2010) (TRF5-2013) (TJMS-2020)
	(TJCE-2018-CESPE): Acerca do instituto da desapropriação, assinale a opção correta: Declarada a utilidade pública do bem objeto de decreto expropriatório, o poder público deve atender ao prazo de cinco anos para efetivar a desapropriação, o que pode ocorrer mediante acordo ou por via judicial, sob pena de caducidade. BL: art. 10, DL 3365.
(TJMA-2013-CESPE): Acerca da intervenção do Estado na propriedade, assinale a opção correta: A caducidade da declaração de utilidade pública refere-se à perda da validade dessa declaração pelo decurso de tempo sem que o poder público promova atos concretos destinados a efetivá-la. BL: art. 10, DL 3365.
##Atenção: É a definição trazida pelo doutrinador Celso Antônio Bandeira de Mello: “caducidade da declaração de utilidade pública é a perda de validade dada pelo decurso de tempo sem que o Poder Público promova os atos concretos destinados à efetivá-la”. (Curso de Direito Administrativo, 13 ed., Malheiros,2000, p. 725).
(TJSP-2008-VUNESP): Em 30 de junho de 2002, o Governo do Estado editou decreto declarando determinado imóvel de utilidade pública, para fins de desapropriação. Até 30 de outubro de 2007, não havia proposto ação de desapropriação. A propositura dessa ação depende de novo decreto de utilidade pública, que apenas poderá ser editado a partir de 30 de junho de 2008. BL: art. 10, DL 3365.
##Atenção: Conforme leciona Maria Sylvia Zanella Di Pietro: "No que se refere ao prazo de caducidade, o artigo 10 do Decreto-Lei nº 3.365/41 determina que a desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais se caducará. No entanto, o prazo de caducidade aí previsto não é fatal, uma vez que, na parte final, o mesmo dispositivo determina que decorrido um ano, poderá ser o mesmo objeto de nova declaração."
        Parágrafo único. Extingue-se em cinco anos o direito de propor ação que vise a indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) (TRF5-2013)
	##Atenção: ##STJ: ##MPRO-2008: ##TRF2-2011: ##TRF3-2011: ##TJCE-2018: ##CESPE: A limitação administrativa[footnoteRef:7] distingue-se da desapropriação, uma vez que nesta há transferência da propriedade individual para o domínio do expropriante, com integral indenização; e naquela há, apenas, restrição ao uso da propriedade imposta genericamente a todos os proprietários, sem qualquer indenização. Não há desapropriação indireta sem que haja o efetivoapossamento da propriedade pelo Poder Público. Desse modo, as restrições ao direito de propriedade impostas por normas ambientais, ainda que esvaziem o conteúdo econômico, não constituem desapropriação indireta. A edição de leis ambientais que restringem o uso da propriedade caracteriza uma limitação administrativa, cujos prejuízos causados devem ser indenizados por meio de uma ação de direito pessoal, e não de direito real, como é o caso da ação contra a desapropriação indireta. Hipótese em que está caracterizada a prescrição quinquenal, nos termos do art. 10, parágrafo único, do Decreto-Lei n. 3.365/41. (STJ. 2ª T. AgRg no REsp 1359433/MG, Rel. Min. Humberto Martins, j. 12/03/13). [7: (TRF3-2011-CESPE): No que se refere às limitações e às servidões administrativas e às diversas espécies de desapropriações, assinale a opção correta: Limitações administrativas são determinações de caráter geral que impõem obrigações positivas, negativas ou permissivas e se dirigem a proprietários indeterminados, com o fim de condicionar a propriedade à função social que dela é exigida.
##Atenção: Limitação administrativa é uma modalidade da supremacia geral do Estado, que no uso de sua soberania, intervém na propriedade e atividades particulares, visando o bem-estar social. Limitação administrativa é toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências do bem-estar social. Derivam do poder de polícia e se exteriorizam em imposições unilaterais e imperativas, sob a tríplice modalidade positiva (fazer), negativa (não fazer) ou permissiva (deixar de fazer), sendo que o particular é obrigado a realizar o que a Administração lhe impõe, devendo permitir algo em sua propriedade. O art. 170, III, CF, regula que essas limitações devem corresponder às exigências do interesse público, sem aniquilar a propriedade. Serão legitimas quando representam razoáveis medidas de condicionamento do uso da propriedade em benefício do bem-estar social, não impedindo a utilização do bem segundo sua destinação natural. (FONTE: http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20110622131427724&mode=print) ] 
##Atenção: ##STJ: ##TJCE-2018: ##CESPE: É indevido o direito à indenização se o imóvel for adquirido após o implemento da limitação administrativa, porque se supõe que as restrições de uso e gozo da propriedade já foram consideradas na fixação do preço. STJ. 2ª T., REsp 920.170/PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 09/08/2011.[footnoteRef:8] [8: ##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. nº 19: Tese 05: É indevido o direito à indenização se o imóvel expropriado foi adquirido após a imposição de limitação administrativa, porque se supõe que as restrições de uso e gozo da propriedade já foram consideradas na fixação do preço do imóvel.] 
	(TJCE-2018-CESPE): Conforme entendimento jurisprudencial do STJ, a limitação administrativa sobre determinado bem constitui modalidade de intervenção restritiva na propriedade de caráter geral, mas que pode dar ensejo a indenização de natureza jurídica de direito pessoal, se a limitação causar redução do valor econômico do bem e a sua aquisição tiver ocorrido anteriormente à instituição da restrição. BL: Entend. Jurisprudencial (vide os dois julgados acima).
##Atenção: ##DOD: ##STJ: Em ação de desapropriação indireta é cabível reparação decorrente de limitações administrativas: Imóvel do particular foi incluído em unidade de conservação. Houve, no caso, uma limitação administrativa. Ele ajuizou ação de desapropriação indireta pedindo indenização. Mesmo não tendo havido desapropriação indireta, mas sim mera limitação administrativa, o juiz deverá conhecer da ação e julgar seu mérito. Devem ser observados os princípios da instrumentalidade das formas e da primazia da solução integral do mérito. STJ. 1ª T. REsp 1653169-RJ, Rel. Min. Regina Helena Costa, j. 19/11/19 (Info 662).
##Atenção: ##DOD: ##STJ: ##MPDFT-2015: ##TJCE-2018: ##CESPE: Em regra, o proprietário não tem direito à indenização por conta das limitações administrativas que incidam sobre sua propriedade (a limitação administrativa é gratuita). No entanto, excepcionalmente, a jurisprudência reconhece o direito à indenização quando a limitação administrativa reduzir o valor econômico do bem. O prazo prescricional para que o proprietário busque a indenização por conta das limitações administrativas é de 5 anos. STJ. 2ª T. AgRg no REsp 1.317.806-MG, Rel. Min. Humberto Martins, j. 6/11/12 (Info 508).
Art. 10-A. O poder público deverá notificar o proprietário e apresentar-lhe oferta de indenização. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) (TJMS-2020)
§ 1º A notificação de que trata o caput deste artigo conterá: (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
I - cópia do ato de declaração de utilidade pública;  (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
II - planta ou descrição dos bens e suas confrontações; (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
III - valor da oferta;  (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
IV - informação de que o prazo para aceitar ou rejeitar a oferta é de 15 (quinze) dias e de que o silêncio será considerado rejeição;  (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) (TJMS-2020)
	##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: O art. 10-A, §1º, IV, do Dec.-lei 3.365/41 dispõe que o poder público deverá notificar o proprietário e apresentar-lhe oferta de indenização. Tal notificação conterá informação de que o prazo para aceitar ou rejeitar a oferta é de 15 dias e de que o silêncio será considerado rejeição.
V - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
§ 2º Aceita a oferta e realizado o pagamento, será lavrado acordo, o qual será título hábil para a transcrição no registro de imóveis. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
§ 3º  Rejeitada a oferta, ou transcorrido o prazo sem manifestação, o poder público procederá na forma dos arts. 11 e seguintes deste Decreto-Lei. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
Art. 10-B. Feita a opção pela mediação ou pela via arbitral, o particular indicará um dos órgãos ou instituições especializados em mediação ou arbitragem previamente cadastrados pelo órgão responsável pela desapropriação. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
	(TJMS-2020-FCC): A propósito do procedimento da desapropriação, a redação vigente do Dec.-lei 3.365/41 estatui que, uma vez notificado pelo expropriante, o particular que não concordar com a indenização oferecida poderá optar por resolver a questão por mediação ou arbitragem. BL: art. 10-B, Dec. 3365.
§ 1º A mediação seguirá as normas da Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015, e, subsidiariamente, os regulamentos do órgão ou instituição responsável. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
§ 2º Poderá ser eleita câmara de mediação criada pelo poder público, nos termos do art. 32 da Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
§ 3º  (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
§ 4º A arbitragem seguirá as normas da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, e, subsidiariamente, os regulamentos do órgão ou instituição responsável. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019)
DO PROCESSO JUDICIAL
        Art. 11.  A ação, quando a União for autora, será proposta no Distrito Federal ou no foro da Capital do Estado onde for domiciliado o réu, perante o juízo privativo, se houver; sendo outro o autor, no foro da situação dos bens. (PGM-Rosana/SP-2016) (TJAC-2019) (TJMS-2020)
        Art. 12.  Somente os juizes que tiverem garantia de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos poderão conhecer dos processos de desapropriação.
	(TJCE-2014-FCC): O Decreto-Lei 3.365/41, estatui que somente os juízes que tiverem garantia de vitaliciedade podem atuar nos processos de desapropriação, porém a jurisprudência dominante considera que tal exigência, em relação aos juízes substitutos, foi revogada pela Lei Orgânica da Magistratura (Lei Complementar no 35/1979). BL: art. 14, Dec.-Lei 3365.
##Atenção: ##STJ: Com anova redação que a Lei Complementar nº 37/1979, deu ao artigo 22, § 2º, da Lei Complementar 35/79, os juízes substitutos, que ainda não hajam adquirido a vitaliciedade, passaram a poder praticar todos os atos reservados aos juízes vitalícios, inclusive o conhecimento dos processos de desapropriação. Recurso provido. Decisão unânime. (STJ, 1ª T. REsp 41922 PR 1993/0035240-7, Min. Demócrito Reinaldo, j. 1/9/98).
        Art. 13. A petição inicial, alem dos requisitos previstos no Código de Processo Civil, conterá a oferta do preço e será instruida com um exemplar do contrato, ou do jornal oficial que houver publicado o decreto de desapropriação, ou cópia autenticada dos mesmos, e a planta ou descrição dos bens e suas confrontações.
	##Atenção: ##PGESP-2012: ##Súmula nº 118 do antigo TFR: “Na ação expropriatória, a revelia do expropriado não implica em aceitação do valor da oferta e, por isso, não autoriza a dispensa da avaliação.” Nesse sentido, é também o entendimento do STJ: “A revelia do expropriado não autoriza o acolhimento automático e obrigatório da oferta inicial feita pelo ente expropriante, não sendo dispensada a avaliação judicial. Súmula 118/TFR.” (STJ - AgRg no REsp, 1414864/PE 2013/0361539-8. 2ª Turma. Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 06/02/2014).
        Parágrafo único.  Sendo o valor da causa igual ou inferior a dois contos de réis (2:000$0), dispensam-se os autos suplementares.
        Art. 14.  Ao despachar a inicial, o juiz designará um perito de sua livre escolha, sempre que possivel, técnico, para proceder à avaliação dos bens. (PGEGO-2010)
        Parágrafo único.  O autor e o réu poderão indicar assistente técnico do perito.
        Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil [obs.: atuais arts. 874 e 875 do NCPC.], o juiz mandará imití-lo provisoriamente na posse dos bens; (TJMG-2005) (MPDFT-2011) (MPTO-2012) (DPEMS-2014) (TJAL-2015) (TJCE-2018) (TJAC-2019) (TJMS-2020)
	Art. 874. Após a avaliação, o juiz poderá, a requerimento do interessado e ouvida a parte contrária, mandar: 
I - reduzir a penhora aos bens suficientes ou transferi-la para outros, se o valor dos bens penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exequente e dos acessórios; 
II - ampliar a penhora ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o valor dos bens penhorados for inferior ao crédito do exequente.
Art. 875. Realizadas a penhora e a avaliação, o juiz dará início aos atos de expropriação do bem.
        Parágrafo único.      (Revogado pela Lei nº 2.786, de 1956)
        § 1º A imissão provisória poderá ser feita, independente da citação do réu, mediante o depósito: (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956) (TJMG-2005) (MPTO-2012) (DPEMS-2014) (TJAL-2015) (TJAC-2019)
        a) do preço oferecido, se êste fôr superior a 20 (vinte) vêzes o valor locativo, caso o imóvel esteja sujeito ao impôsto predial;     (Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956)
        b) da quantia correspondente a 20 (vinte) vêzes o valor locativo, estando o imóvel sujeito ao impôsto predial e sendo menor o preço oferecido;      (Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956)
        c) do valor cadastral do imóvel, para fins de lançamento do impôsto territorial, urbano ou rural, caso o referido valor tenha sido atualizado no ano fiscal imediatamente anterior;  (Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956) (PGESE-2005)
        d) não tendo havido a atualização a que se refere o inciso c, o juiz fixará independente de avaliação, a importância do depósito, tendo em vista a época em que houver sido fixado originàlmente o valor cadastral e a valorização ou desvalorização posterior do imóvel.      (Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956) (PGESE-2005)
	(TJDFT-2012): Em ação de desapropriação por utilidade pública, alegada a urgência pelo expropriante, e desde que efetivado o depósito da quantia arbitrada, pode o juiz deferir a imissão provisória na posse do bem, independentemente de citação. Tal procedimento não ofende a Constituição. BL: art. 15, §1º do Dec.-Lei 3365/41 e S. 652, STF.[footnoteRef:9] [9: Súmula 652-STF: Não contraria a Constituição o art. 15, § 1º, do Dl. 3.365/41 (Lei da Desapropriação por utilidade pública).] 
        § 2º A alegação de urgência, que não poderá ser renovada, obrigará o expropriante a requerer a imissão provisória dentro do prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias.  (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956) (TJCE-2014) (TJMS-2020)
	(MPSP-2017): Assinale a alternativa correta: Para a imissão provisória na posse, é indispensável que o poder expropriante alegue urgência, efetue o depósito da quantia fixada em lei e a requeira no prazo de cento e vinte dias a contar da alegação de urgência. BL: art. 15, caput e §2º, DL 3365/41.
##Atenção: ##STJ: ##TJMS-2020: ##FCC: A urgência poderá ser alegada em momento posterior à expedição do decreto expropriatório (STJ – Resp 33477). Sobre o assunto, Rafael Oliveira afirma que “Basta a alegação de urgência, não sendo necessária a sua comprovação. Não existe um momento específico para essa declaração, o que pode ocorrer no próprio decreto expropriatório, na petição inicial ou em petição avulsa no curso do processo judicial. Todavia, uma vez alegada a urgência, que não poderá ser renovada, o Poder Público tem o prazo improrrogável de 120 dias para requerer a imissão provisória, na forma do art. 15, § 2.º, do Decreto-lei 3.365/1941. (...)” (Fonte: OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Método, 2020, p. 618.).
        § 3º Excedido o prazo fixado no parágrafo anterior não será concedida a imissão provisória.       (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956)
        § 4o  A imissão provisória na posse será registrada no registro de imóveis competente.        (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)
Art. 15-A No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade ou utilidade pública e interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preço ofertado em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressos em termos reais, incidirão juros compensatórios de até seis por cento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente apurada, a contar da imissão na posse, vedado o cálculo de juros compostos.     (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) (TJPR-2010) (TJRO-2011)
	##Atenção: ##DOD: ##STF: A utilização do termo “até” para a fixação da taxa de juros a ser aplicada nos casos de imissão provisória na posse cria insegurança jurídica e institui regime de discricionariedade injustificado. Isso porque não faz sentido a taxa de juros ser variável sem qualquer justificativa lógica. Isso viola a determinação do texto constitucional de que o expropriado deverá receber justa indenização. STF. Plenário. ADI 2332/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 17/5/18 (Info 902). O STF declarou também CONSTITUCIONAL a taxa de juros de 6% ao ano para remuneração do proprietário pela imissão provisória do ente público na posse de seu bem.Com essa decisão estão superadas as Súmulas 618 do STF e 408 do STJ.
##Atenção: ##DOD: ##STF: O STF decidiu interpretar conforme a Constituição o caput do art. 15-A do DL 3.365/41 de modo a entender que a base de cálculo dos juros compensatórios será a diferença eventualmente apurada entre 80% do preço ofertado em juízo e o valor do bem fixado na sentença. Isso para que não se reste vulnerado o princípio constitucional do prévio e justo preço. STF. Plenário. ADI 2332/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 17/5/18 (Info 902).
§ 1o  Os juros compensatórios destinam-se, apenas, a compensar a perda de renda comprovadamente sofrida pelo proprietário. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) (Vide ADIN nº 2.332-2)
§ 2o  Não serão devidos juros compensatórios quando o imóvel possuir graus de utilização da terra e de eficiência na exploração iguais a zero. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) (Vide ADIN nº 2.332-2)
§ 3o  O disposto no caput desteartigo aplica-se também às ações ordinárias de indenização por apossamento administrativo ou desapropriação indireta, bem assim às ações que visem a indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público, em especial aqueles destinados à proteção ambiental, incidindo os juros sobre o valor fixado na sentença. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)
§ 4o  Nas ações referidas no § 3o, não será o Poder Público onerado por juros compensatórios relativos a período anterior à aquisição da propriedade ou posse titulada pelo autor da ação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)      (Vide ADIN nº 2.332-2) 
	##Atenção: ##DOD: ##STF: O STF entendeu que o § 4º é INCONSTITUCIONAL. Isso porque ele exclui indevidamente o direito aos juros compensatórios, violando a exigência constitucional de justa indenização (art. 5º, XXIV) e o direito fundamental de propriedade (art. 5º, XXII). Como já dito, tais ações devem receber o mesmo tratamento da desapropriação no que tange aos juros. STF. Plenário. ADI 2332/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 17/5/18 (Info 902).
        Art. 15-B Nas ações a que se refere o art. 15-A, os juros moratórios destinam-se a recompor a perda decorrente do atraso no efetivo pagamento da indenização fixada na decisão final de mérito, e somente serão devidos à razão de até seis por cento ao ano, a partir de 1o de janeiro do exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ser feito, nos termos do art. 100 da Constituição. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) (MPRO-2008) (TJPR-2010)
	##Atenção: ##STJ: ##MPRO-2008: ##CESPE: (...) DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL. REFORMA AGRÁRIA. JUROS COMPENSATÓRIOS DEVIDOS. IMÓVEL IMPRODUTIVO. IRRELEVÂNCIA. (...) É irrelevante o fato de o imóvel ser ou não produtivo para a fixação dos juros compensatórios na desapropriação, vez que estes são devidos tendo em vista a perda antecipada da posse que implica na diminuição da garantia da prévia indenização constitucionalmente assegurada. (STJ. 2ª T., AgRg no REsp 426.336/PR, Rel. Min. Paulo Medina, j. 17/09/02).
        Art. 16.  A citação far-se-á por mandado na pessoa do proprietário dos bens; a do marido dispensa a dá mulher; a de um sócio, ou administrador, a dos demais, quando o bem pertencer a sociedade; a do administrador da coisa no caso de condomínio, exceto o de edificio de apartamento constituindo cada um propriedade autonôma, a dos demais condôminos e a do inventariante, e, se não houver, a do cônjuge, herdeiro, ou legatário, detentor da herança, a dos demais interessados, quando o bem pertencer a espólio. (TRF1-2009)
        Parágrafo único. Quando não encontrar o citando, mas ciente de que se encontra no território da jurisdição do juiz, o oficial portador do mandado marcará desde logo hora certa para a citação, ao fim de 48 horas, independentemente de nova diligência ou despacho. (PGM-Rosana/SP-2016)
        Art. 17. Quando a ação não for proposta no foro do domicilio ou da residência do réu, a citação far-se-á por precatória, se ó mesmo estiver em lugar certo, fora do território da jurisdição do juiz. 
        Art. 18. A citação far-se-á por edital se o citando não for conhecido, ou estiver em lugar ignorado, incerto ou inacessível, ou, ainda, no estrangeiro, o que dois oficiais do juízo certificarão. (PGEGO-2010) (TRF2-2011)
	##Atenção: ##TRF2-2011: ##CESPE: Interpretando-se o teor do art. 18 do DL 3.365/41, é possível figurar no polo passivo de ação desapropriatória pessoa desconhecida.
        Art. 19. Feita a citação, a causa seguirá com o rito ordinário. (TJCE-2014)
        Art. 20. A contestação só poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação do preço; qualquer outra questão deverá ser decidida por ação direta. (DPESP-2006) (PGEGO-2010) (DPEPR-2014) (TJMS-2020)
	(AGU-2015-CESPE): Julgue o item seguinte, relativo à ação de desapropriação: A reconvenção é incompatível com a ação de desapropriação por utilidade pública, mas, em sua contestação, o réu pode alegar direito de extensão e exigir que na desapropriação seja incluída parte restante do bem expropriado. BL: art. 20 do Dec.-lei 3365 e jurisprudência do STJ.
##Atenção: ##DPEPR-2014: ##FCC: Quanto à reconvenção, o STJ entende o seguinte: “Considerando o fato de ser a desapropriação de interesse exclusivo do ente público e de serem limitadas as matérias passíveis de discussão, nos moldes do art. 20 do Dec.-Lei 3.365/41, não se admite pedido de reconvenção nos feitos expropriatórios”. (STJ, AgRg no AREsp 94.329/PR, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., j. 08/10/13). Por outro lado, em relação ao direito de extensão, assim se manifestou o STJ: “(...) Direito de extensão é o que assiste ao proprietário de exigir que se inclua no plano de desapropriação a parte remanescente do bem, que se tornou inútil ou de difícil utilização. (...) O direito de extensão nada mais é do que a impugnação do preço ofertado pelo expropriante. O réu, quando impugna na contestação o valor ofertado, apresenta outra avaliação do bem, abrangendo a integralidade do imóvel, e não apenas a parte incluída no plano de desapropriação. Assim, o pedido de extensão formulado na contestação em nada ofende o art. 20 do Dec.-Lei 3.365/41, segundo o qual a contestação somente pode versar sobre ‘vício do processo judicial ou impugnação do preço’”. (STJ, REsp 986.386/SP, Rel. Min. Castro Meira, 2ª T., j. 4/3/08). 
##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: O direito de extensão compreende o direito do expropriado de exigir que a desapropriação e a respectiva indenização alcancem a totalidade do bem, quando o remanescente resultar esvaziado de seu conteúdo econômico.
(TJSP-2014-VUNESP): A Prefeitura de determinado Município do Estado de São Paulo pretende desapropriar imóvel situado em sua zona urbana. O proprietário do referido imóvel descobre que o intento do Prefeito Municipal é decorrente de espírito de emulação, posto tratar-se de seu inimigo político, inexistindo qualquer motivo técnico para a desapropriação em questão. Visando atacar tal vício do decreto expropriatório, o expropriado deve levantar a questão por meio de ajuizamento de ação autônoma, com o objetivo de anulação do referido decreto, devido ao desvio de finalidade. BL: art. 20, Dec. 3365.
##Atenção: Na ação de desapropriação não há liberdade para aduzir matérias em contestação, sendo, portanto, limitada aos vícios no processo judicial ou alegações acerca do preço.
(TRF1-2009-CESPE): No que concerne às desapropriações, assinale a opção correta: De acordo com expressa disposição legal, no processo judicial de desapropriação por utilidade pública, a contestação somente poderá versar sobre vício processual ou impugnação do preço; qualquer outra questão deverá ser decidida por ação direta. BL: art. 20, Dec. 3365.
        Art. 21. A instância não se interrompe. No caso de falecimento do réu, ou perda de sua capacidade civil, o juiz, logo que disso tenha conhecimento, nomeará curador à lide, ate que se lhe habilite o interessado.
        Parágrafo único. Os atos praticados da data do falecimento ou perda da capacidade à investidura do curador à lide poderão ser ratificados ou impugnados por ele, ou pelo representante do espólio, ou do incapaz.
        Art. 22.  Havendo concordância sobre o preço, o juiz o homologará por sentença no despacho saneador.
        Art. 23.  Findo o prazo para a contestação e não havendo concordância expressa quanto ao preço, o perito apresentará o laudo em cartório até cinco dias, pelo menos, antes da audiência de instrução e julgamento.
        § 1o  O perito poderá requisitar das autoridades públicas os esclarecimentos ou documentos que se tornarem necessários à elaboração do laudo, e deverá indicar nele, entre outras circunstâncias atendiveis para a fixação da indenização, as enumeradas no art. 27.
        Ser-lhe-ão abonadas, como custas, as despesas com certidões e, a arbítrio do juiz, as de outros documentos que juntar ao laudo.
        § 2o  Antes de proferido o despacho saneador, poderá o perito solicitar prazo especialpara apresentação do laudo.
        Art. 24.  Na audiência de instrução e julgamento proceder-se-á na conformidade do Código de Processo Civil. Encerrado o debate, o juiz proferirá sentença fixando o preço da indenização. (TJSC-2013)
        Parágrafo único.  Se não se julgar habilitado a decidir, o juiz designará desde logo outra audiência que se realizará dentro de 10 dias afim de publicar a sentença.
        Art. 25.  O principal e os acessórios serão computados em parcelas autônomas.
        Parágrafo único.  O juiz poderá arbitrar quantia módica para desmonte e transporte de maquinismos instalados e em funcionamento.
        Art. 26. No valor da indenização, que será contemporâneo da avaliação, não se incluirão os direitos de terceiros contra o expropriado.  (Redação dada pela Lei nº 2.786, de 1956)
        § 1º Serão atendidas as benfeitorias necessárias feitas após a desapropriação; as úteis, quando feitas com autorização do expropriante. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 4.686, de 1965) (MPSP-2017) (TJCE-2018)
	##Atenção: A teor do art. 26, §1º, do DL 3.365/41, as benfeitorias necessárias serão computadas na indenização, não dependendo de autorização do expropriante, condição esta que é aplicável, na verdade, para as benfeitorias úteis.
        § 2º Decorrido prazo superior a um ano a partir da avaliação, o Juiz ou Tribunal, antes da decisão final, determinará a correção monetária do valor apurado, conforme índice que será fixado, trimestralmente, pela Secretaria de Planejamento da Presidência da República.    (Redação dada pela Lei nº 6.306, de 1978)
        Art. 27.  O juiz indicará na sentença os fatos que motivaram o seu convencimento e deverá atender, especialmente, à estimação dos bens para efeitos fiscais; ao preço de aquisição e interesse que deles aufere o proprietário; à sua situação, estado de conservação e segurança; ao valor venal dos da mesma espécie, nos últimos cinco anos, e à valorização ou depreciação de área remanescente, pertencente ao réu. (TJAM-2013)
        Parágrafo único.  (Revogado pela Lei nº 2.786, de 1956)
        § 1o  A sentença que fixar o valor da indenização quando este for superior ao preço oferecido condenará o desapropriante a pagar honorários do advogado, que serão fixados entre meio e cinco por cento do valor da diferença, observado o disposto no § 4o do art. 20 do Código de Processo Civil, não podendo os honorários ultrapassar R$ 151.000,00 (cento e cinqüenta e um mil reais). (Redação dada Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) (Vide ADIN nº 2.332-2) (TRF1-2009) (TJDFT-2012)
	(PGM-Rosana/SP-2016-VUNESP): É correto afirmar que, na ação de desapropriação por utilidade pública, quando houver diferença entre o valor ofertado e o valor fixado para efetiva indenização, os honorários serão calculados sobre a diferença. BL: art. 27, §1º, Dec. 3365.
OBS: Súmulas do STJ: Nº 141: “Os honorários de advogado em desapropriação direta são calculados sobre a diferença entre a indenização e a oferta, corrigidas monetariamente.”
        § 2º A transmissão da propriedade, decorrente de desapropriação amigável ou judicial, não ficará sujeita ao impôsto de lucro imobiliário.      (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956)
        § 3º O disposto no § 1o deste artigo se aplica:       (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)
        I - ao procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo de desapropriação de imóvel rural, por interesse social, para fins de reforma agrária; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)
        II - às ações de indenização por apossamento administrativo ou desapropriação indireta. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)
        § 4º O valor a que se refere o § 1o será atualizado, a partir de maio de 2000, no dia 1o de janeiro de cada ano, com base na variação acumulada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do respectivo período. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)
        Art. 28.  Da sentença que fixar o preço da indenização caberá apelação com efeito simplesmente devolutivo, quando interposta pelo expropriado, e com ambos os efeitos, quando o for pelo expropriante. (PGEGO-2010) (PGM-Rosana/SP-2016)
         § 1 º A sentença que condenar a Fazenda Pública em quantia superior ao dobro da oferecida fica sujeita ao duplo grau de jurisdição.      (Redação dada pela Lei nº 6.071, de 1974)
        § 2o  Nas causas de valor igual ou inferior a dois contos de réis (2:000$0), observar-se-á o disposto no art. 839 do Código de Processo Civil.
        Art. 29.  Efetuado o pagamento ou a consignação, expedir-se-á, em favor do expropriante, mandado de imissão de posse, valendo a sentença como título hábil para a transcrição no registro de imóveis. (TJSE-2008)
        Art. 30.  As custas serão pagas pelo autor se o réu aceitar o preço oferecido; em caso contrário, pelo vencido, ou em proporção, na forma da lei. (TJSE-2008)
DISPOSIÇÕES FINAIS
        Art. 31. Ficam sub-rogados no preço quaisquer ônus ou direitos que recaiam sobre o bem expropriado. (TJRJ-2011) (TRF2-2011) (TJBA-2012)
        Art. 32. O pagamento do preço será prévio e em dinheiro. (Redação dada pela Lei nº 2.786, de 1956) (TRF1-2011) (TJPR-2019)
        § 1o  As dívidas fiscais serão deduzidas dos valores depositados, quando inscritas e ajuizadas. (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)
       § 2o  Incluem-se na disposição prevista no § 1o as multas decorrentes de inadimplemento e de obrigações fiscais.      (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)
       § 3o  A discussão acerca dos valores inscritos ou executados será realizada em ação própria.      (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)
        Art. 33.  O depósito do preço fixado por sentença, à disposição do juiz da causa, é considerado pagamento prévio da indenização. (PGESE-2005) (TJRR-2008)
        § 1º O depósito far-se-á no Banco do Brasil ou, onde este não tiver agência, em estabelecimento bancário acreditado, a critério do juiz.     (Renumerado do Parágrafo Único pela Lei nº 2.786, de 1956)
        § 2º O desapropriado, ainda que discorde do preço oferecido, do arbitrado ou do fixado pela sentença, poderá levantar até 80% (oitenta por cento) do depósito feito para o fim previsto neste e no art. 15, observado o processo estabelecido no art. 34. (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956)
        Art. 34.  O levantamento do preço será deferido mediante prova de propriedade, de quitação de dívidas fiscais que recaiam sobre o bem expropriado, e publicação de editais, com o prazo de 10 dias, para conhecimento de terceiros. (DPESP-2013) (TJSP-2018)
        Parágrafo único.  Se o juiz verificar que há dúvida fundada sobre o domínio, o preço ficará em depósito, ressalvada aos interessados a ação própria para disputá-lo.
	Atenção: ##STJ: ##TJSP-2018: ##FCC: O STJ possui o entendimento de que o art. 34 do Decreto-lei n.º 3.365/41, não se aplica às ações de indenização por desapropriação indireta. Tal disposição legal prevê que o levantamento da indenização, pelo particular, depende da publicação de editais e da prova de propriedade e de quitação de tributos. Se o imóvel fora apossado indevidamente pelo Estado, não há que se falar nesse procedimento. Isso porque o proprietário sequer sabia que estava sendo desapropriado. (STJ. 1ª T. AgRg no REsp 1.159.721/RN, Rel. Min. Luiz Fux, j. 01/06/10).
##Atenção: ##STJ: ##DPESP-2013: ##FCC: Segundo o STJ, o possuidor é parte legítima para figurar no polo passivo da ação de desapropriação, vejamos: "É firme a jurisprudência desta Corte quanto à possibilidade de o expropriado que detém apenas a posse do imóvel receber a correspondente indenização, não sendo o caso de aplicação do art. 34 do Decreto-Lei 3.365/41 (AgRg no AResp 19.966/SP)
Art. 34-A. Se houver concordância, reduzida a termo, do expropriado, a decisão concessiva da imissão provisória na posse implicará a aquisição da propriedade pelo expropriante com o consequente registro da propriedade na matrícula do imóvel.   (Incluído pela Lei nº 13.465, de2017)
§ 1o  A concordância escrita do expropriado não implica renúncia ao seu direito de questionar o preço ofertado em juízo.         (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
§ 2o  Na hipótese deste artigo, o expropriado poderá levantar 100% (cem por cento) do depósito de que trata o art. 33 deste Decreto-Lei.       (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
§ 3o  Do valor a ser levantado pelo expropriado devem ser deduzidos os valores dispostos nos §§ 1o e 2o do art. 32 deste Decreto-Lei, bem como, a critério do juiz, aqueles tidos como necessários para o custeio das despesas processuais.        (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
        Art. 35.  Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos. (TJRR-2008) (TJAL-2008) (MPRO-2008) (MPDFT-2009) (TJRJ-2011) (MPPR-2011) (MPF-2012) (MPSC-2014) (TJPR-2012/2017) (MPSP-2017) (TJCE-2018) (TJPA-2014/2019)
	(TJSP-2018-VUNESP): É correto afirmar que a chamada desapropriação indireta decorre da aplicação do princípio da intangibilidade da obra pública a uma situação originada de ato ilícito indenizável praticado pela Administração contra o proprietário ou possuidor. BL: art. 35, Decreto-Lei 3365/41 e Entend. Jurisprud. STJ.
##Atenção: ##TJPA-2019: ##CESPE: O “princípio da intangibilidade da obra pública” costuma ser utilizado pelo STJ e pela jurisprudência dos tribunais para fundamentar a desapropriação indireta. É um princípio implícito às desapropriações indiretas, reconhecido na doutrina e na jurisprudência, que consagra a supremacia do interesse público, a ponto de se manter o Estado na posse de uma propriedade privada, quando, apesar de a posse assentar em título ilegal, não representa um atentado grosseiro ao direito de propriedade. No caso, a restituição deve ser substituída pela indenização, atento ao dano que causaria ao interesse público a restituição ao proprietário. Assenta-se, também, na ideia de não se considerar oportuno destruir trabalhos que poderão ser refeitos amanhã após regular expropriação do bem ocupado, e a solução de fato mais razoável consiste em indenizar o proprietário. Trata-se de uma ponderação entre violação do princípio da legalidade pela Administração Pública e o interesse público que pode ser violado, se o Estado for retirado da posse que ocupada de forma irregular. No caso, o particular, vê consolidada em prol do Poder Público a propriedade de um bem ocupado para obras públicas, contentando-se com uma indenização.
##Atenção: ##MPF-2012: ##MPSC-2014: ##TJPA-2019: ##CESPE: De fato, a desapropriação indireta é um apossamento administrativo que se opera de forma ilícita. Compreende, portanto, um verdadeiro esbulho possessório praticado pelo Estado em detrimento do particular, por inobservância do devido processo legal inerente ao procedimento regular de desapropriação, e embora possa ele, muitas vezes, decorrer da intangibilidade da obra pública e da supremacia do interesse público, a realidade mostra que, por vezes, há desapropriação indireta por mero interesse da Administração (interesse público secundário). 
##Atenção: ##STJ: ##TJSP-2018: ##VUNESP: Não há ofensa aos arts. 128 [atual art. 141, NCPC] e 460 [atual art. 492, NCPC], do CPC a convolação da ação reivindicatória em ação de indenização por perdas e danos, pois já não é possível a devolução do bem imóvel ao proprietário. Ocorreu, “in casu”, Desapropriação Indireta. O Poder Público cometeu um ato ilícito, pois se apossou e não pagou. Construção pretoriana, criada a partir de ações possessórias e reivindicatórias convertidas em indenizatórias, diante do princípio da intangibilidade da obra pública. (STJ. 2ª T., REsp 770.098/RS, Rel. Min. Humberto Martins, j. 22/08/06).
(TJPR-2017-CESPE): Assinale a opção correta a respeito da desapropriação indireta: O juízo competente para processar e julgar a desapropriação indireta é o do foro de situação do bem. BL: art. 47 do NCPC e jurisprudência do STJ e STF (adm.).
##Atenção: ##STJ: A ação de desapropriação indireta possui natureza real, circunstância que atrai a competência para julgamento e processamento da demanda para o foro da situação do imóvel, nos termos do art. 95 do CPC/73 [atual art. 47 do CPC/15]. Versando a discussão sobre direito de propriedade, trata-se de competência absoluta, sendo plenamente viável seu conhecimento de ofício, conforme fez o d. Juízo Suscitado. A competência estabelecida com base no art. 95 do CPC/73 [atual art. 47, CPC/15] não encontra óbice no art. 109, § 2º, da CF/88, segundo o qual “as causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal”. Com efeito, conforme já decidido por esta Corte Superior, a competência absoluta do forum rei sitae não viola as disposições do art. 109, § 2º, da CF/88, certo que a hipótese da situação da coisa está expressamente prevista como uma das alternativas para a escolha do foro judicial (CC 5.008/DF, 1ª Seção, Rel. Min. Milton Luiz Pereira, DJ de 21.2.1994). Ainda que a União Federal figure como parte da demanda, o foro competente para processar e julgar ação fundada em direito real sobre imóvel deve ser o da situação da coisa, especialmente para facilitar a instrução probatória. Precedentes do STF e do STJ. (STJ. 1ª S. CC 46.771/RJ, Rel. Min. Denise Arruda, j. 24/08/05).
##Atenção: ##MPF-2012: ##MPSC-2014: ##TJPR-2017: ##TJPA-2019: ##CESPE: Quanto à desapropriação indireta: Se a administração conferir destinação pública a determinado bem, o particular prejudicado poderá somente recorrer a ação de caráter indenizatório. Portanto, uma vez já incorporado o bem pelo Poder Público, só cabe ao particular requerer indenização pelo valor real e atualizado do imóvel, que na apropriação indireta será posterior a perda do bem. Só caberia as ações possessórias se o particular, diante da ameaça de perda do imóvel, impetrar a proteção possessória ANTES do fato administrativo da desapropriação indireta.
##Atenção: ##TJPR-2017: ##CESPE: Quanto à desapropriação indireta: A afetação do bem particular a um fim público constitui forma de destinação pública/coletiva da propriedade.
##Atenção: ##MPSC-2014: ##TJPR-2017: ##CESPE: Quanto à desapropriação indireta: Não observa devido processo legal algum, é fato administrativo. O Poder Público não emite declaração indicativa de interesse. Limita-se a apropriar o bem e fato consumado.
	(MPDFT-2009): Assinale a alternativa correta: Desapropriação indireta é o fato administrativo pelo qual o Estado se apropria do bem particular, sem a observância da declaração de utilidade pública ou interesse social e da indenização prévia.
##Atenção: ##STF: ##TJMT-2018: ##VUNESP: ##MPSP-2019: O processo de desapropriação pode não respeitar o devido processo legal, caracterizando indevido apossamento do bem pelo Poder Público que, somado à afetação do bem (o Estado confere à propriedade destinação pública) e à irreversibilidade/definitividade da situação, enseja ao particular a propositura de ação de desapropriação indireta. Portanto, é imprescindível que haja o esvaziamento econômico do bem. Nesse sentido, o tombamento é instituto aplicado para a preservação de bem e que, por si só, não justifica ação de desapropriação indireta, somente se houver comprovação de que o proprietário sofreu um dano especial. Vejamos o seguinte julgado do STF: “AVENIDA PAULISTA. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. TOMBAMENTO. SÚMULA 279. Na desapropriação indireta, destaca-se a dimensão individual do prejuízo sofrido com o tombamento. Demonstração, no acórdão recorrido, do dano especial sofrido pelo proprietário, o qual resultou no esvaziamento do direito de propriedade. (...).” STF. 2ª T., RE 361127 AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 15/05/12.
(Anal. Legisl.-Câm. Deputados-2014-CESPE): A desapropriação é forma deaquisição originária da propriedade, por isso será válida ainda que a indenização seja paga a quem não seja o proprietário do bem. BL: art. 35, Decreto-Lei 3365/41.
##Atenção: Segundo José dos Santos Carvalho Filho. (Manual de Direito Administrativo 28ª Ed. p. 861/862): "A desapropriação é, realmente, modo sui generis de aquisição da propriedade. Mas, pela forma como se consuma, é de ser considerada forma de aquisição originária, porque a só vontade do Estado é idônea a consumar o suporte fático gerador da transferência da propriedade, sem qualquer relevância atribuída à vontade do proprietário ou do título que possua. A desapropriação, assim, é considerada o ponto inicial da nova cadeia causal que se formará para futuras transferências do bem. Dessa premissa surgem dois importante efeitos. O primeiro consiste na irreversibilidade da transferência, ainda que indenizado tenha sido terceiro que não o dono do bem desapropriado. Ademais, com a desapropriação consideram-se extintos os direito reais de terceiros sobre a coisa".
(MPSC-2012): O apossamento do imóvel particular pelo Poder Público, com sua integração no patrimônio público, sem obediência às formalidades do procedimento expropriatório é chamada de desapropriação indireta. BL: art. 35, Dec.-Lei 3365/41.
(MPSP-2010): Na chamada “Ação de desapropriação indireta”, o desapossado: Pode reclamar indenização pela ocupação ilícita decorrente do esbulho feito por autoridade pública. BL: art. 35, Dec.-Lei 3365/41.
##Atenção: ##DOD: ##TJPR-2017: ##MPSP-2017: ##TJPA-2019: ##CESPE: A desapropriação indireta ocorre quando o Estado (Poder Público) se apropria do bem de um particular sem observar as formalidades previstas em lei para a desapropriação, dentre as quais a declaração indicativa de seu interesse e a indenização prévia. Trata-se de um verdadeiro esbulho possessório praticado pelo Poder Público. A desapropriação indireta é também chamada de apossamento administrativo. O que a pessoa que teve seu bem desapropriado indiretamente poderá fazer?
· Se o bem expropriado ainda não está sendo utilizado em nenhuma finalidade pública: pode ser proposta uma ação possessória visando a manter ou retomar a posse do bem.
· Se o bem expropriado já está afetado a uma finalidade pública: considera-se que houve fato consumado e somente restará ao particular ajuizar uma “ação de desapropriação indireta” a fim de ser indenizado. Nesse sentido é o art. 35 do Decreto-Lei 3.365/41.
##Atenção: ##DOD: Ação de desapropriação indireta: É uma ação de indenização proposta contra o Poder Público pelo fato de ele ter se apossado do bem pertencente a particular sem cumprir as formalidades legais previstas para os casos de desapropriação. Trata-se, portanto, de uma ação condenatória objetivando a indenização por perdas e danos. Também é chamada de “ação expropriatória indireta” ou “ação de ressarcimento de danos causados por apossamento administrativo”.
        Art. 36.  É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização. (MPSC-2012) (TJMA-2013)
        O expropriante prestará caução, quando exigida.
        Art. 37.  Aquele cujo bem for prejudicado extraordinariamente em sua destinação econômica pela desapropriação de áreas contíguas terá direito a reclamar perdas e danos do expropriante. (TRF5-2013)
        Art. 38.  O réu responderá perante terceiros, e por ação própria, pela omissão ou sonegação de quaisquer informações que possam interessar à marcha do processo ou ao recebimento da indenização.
	(TRF2-2011-CESPE): Assinale a opção correta acerca do instituto da desapropriação: O terceiro atingido pelo ato de desapropriação tem direito à respectiva indenização, que pode ser postulada em ação própria. BL: arts. 37 e 38, DL 3365.
##Atenção: Maria Sylvia Zanella Di Pietro explica que “quaisquer pessoas que exerçam direito obrigacional sobre o bem expropriado, atingidas indiretamente pelo ato de expropriação, farão jus à indenização, a ser reclamada em ação própria. É o caso do locatário prejudicado em consequência da desapropriação." (DI PIETRO, 2010, p. 174)
        Art. 39.  A ação de desapropriação pode ser proposta durante as férias forenses, e não se interrompe pela superveniência destas.
        Art. 40.  O expropriante poderá constituir servidões, mediante indenização na forma desta lei. (MPSE-2010) (TRF3-2011) (TRF4-2010/2012) (TJPI-2012) (TJCE-2012) (TJAM-2016) (MPSC-2016) (MPSP-2015/2017) (TJPA-2019) (TJPR-2019)
	(TJPR-2019-CESPE): Assinale a opção que indica a denominação dada ao ônus real de uso instituído pela administração pública sobre determinado imóvel privado para atendimento do interesse público, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados: servidão administrativa. BL: art. 40, Dec.-Lei 3365.
##Atenção: ##MPSE-2010: ##TRF4-2010: ##MPMG-2013: ##MPSP-2015/2017/2019: ##TJPA-2019: ##CESPE: A servidão administrativa ostenta a qualidade de direito real. Trata-se uma restrição imposta pelo ente estatal a bens privados, determinando que seu proprietário suporte a utilização do imóvel pelo Estado. Enseja o pagamento de indenização ao particular sempre que houver dano comprovado. Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a servidão administrativa pode se entendida como “o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus delegados, em face de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública”. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas. 18. ed., 2008).
	(MPMG-2013): Assinale a alternativa que entender correta quanto à modalidade de Intervenção do Estado na propriedade privada: A servidão administrativa constitui ônus real sobre bem imóvel, em prol de uma utilidade pública e caracteriza-se como espécie de restrição parcial da propriedade.
##Atenção: ##MPRO-2008: ##MPGO-2010: ##TRF4-2010/2012: ##TRF3-2011: ##TJPI-2012: ##TJCE-2012: ##TJPA-2019: ##CESPE: ##MPMG-2013: ##MPRS-2014: ##MPSC-2016: ##MPSP-2017/2019: Pode-se afirmar que está correto, quanto às desapropriações e servidões administrativas, que a regra geral, de fato, consiste no pagamento de indenização. Em relação à desapropriação, por se tratar de retirada de propriedade do particular em favor do Poder Público, a regra, inclusive, consiste em que a indenização deva ser justa, prévia e em dinheiro, o que tem amparo na CF/88, art. 5º, XXIV: “XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;" Quanto às servidões, pode-se invocar o que dispõe o art. 40 do Decreto-lei 3.365/41. Entretanto, o mesmo não se pode afirmar no que diz respeito às limitações administrativas, em relação às quais prevalece a regra da desnecessidade do pagamento de indenização, o que tem apoio no fato de que se cuida de medidas de caráter geral. Portanto, a sociedade como um todo suporta os ônus e bônus de cada limitação. Incide, aqui, o mesmo raciocínio atinente à irresponsabilidade civil do Estado por atos legislativos, os quais, também, como regra geral, não rendem ensejo a qualquer compensação pecuniária. Apenas excepcionalmente as limitações administrativas gerarão dever de indenizar atribuível ao Estado. Por fim, quanto ao tombamento, cumpre destacar que a doutrina sustenta a possibilidade de pagamento de indenização, desde que o particular comprove que experimentou prejuízos efetivos em razão da restrição sofrida. Como regra, pois, não gerará dever de indenizar o proprietário do bem tombado.
        Art. 41.  As disposições desta lei aplicam-se aos processos de desapropriação em curso, não se permitindo depois de sua vigência outros termos e atos além dos por ela admitidos, nem o seu processamento por forma diversa da que por ela é regulada.
        Art. 42.  No que esta lei for omissa aplica-se o

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