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AULA Quedas em Idosos

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Quedas em Idosos 
Fst. Lívia Melo 
Introdução 
Dentre os vários acontecimentos na vida da população 
idosa a queda talvez seja a mais incapacitante e 
preocupante. 
 Consequências sérias: 
o Hospitalização 
o Dependência de 
locomoção 
o Morte 
 
Incidência 
 Principal causa de morbimortalidade em pessoas idosas, 
sendo considerada um grave problema de saúde pública. 
 Alta prevalência, morbimortalidade, elevado custo social 
e econômico, principalmente por serem eventos passíveis 
de prevenção. 
30% 
Sofrem ao menos uma 
queda por ano. 
> 
70% 
Ocorrem dentro 
de casa 
Definição 
A queda se trata de um evento não intencional de 
deslocamento do corpo durante um movimento 
executado que é incapaz de ser corrigido. 
o Pode ser em um mesmo nível ou inferior 
o Quedas recorrentes podem contribuir para um declínio 
funcional Limitação das atvs diárias e independência 
Manual de prevenção de quedas da pessoa idosa. 
O envelhecimento é marcado por alterações fisiológicas 
progressivas no organismo que reduzem a capacidade 
de adaptação do idoso às atividades funcionais, 
afetando principalmente o equilíbrio, o que ocasiona 
maiores riscos de queda nesta idade. 
Causa grande impacto social na vida dos idosos 
 
Perda de confiança 
Baixa autoestima 
Isolamento social 
Depressão 
Manual de prevenção de quedas da pessoa idosa. 
A maior susceptibilidade dos idosos às quedas se deve: 
Alta prevalência de comorbidades nestes indivíduos; 
Aumento do tempo de reação; e 
Diminuição da eficácia de estratégias motoras do 
equilíbrio corporal. 
 
 
Principais consequências: 
 2/3 Fraturas; 
 
 
 
40% Mulheres 
Morte 
 
 
 
25% Quadril 
25% Seis meses 
 Incapacidade 
 
 
 
60% 
 5 a 10% dos idosos têm consequência lesões severas 
que reduzem a mobilidade e a independência, 
aumentando a chance de morte prematura. 
 90% das fraturas de quadril são causadas por quedas 
e metade destes idosos não recuperam a mobilidade 
prévia. 
Grandes consequências psicológicas: 
Entre 40 a 73% dos idosos que já caíram e 20 a 46% dos 
que não caíram, têm receio de cair. 
 
Paixão e Heckmann, 2002. 
Perracini, 2005. 
Fatores de risco 
Intrínsecos Extrínsecos 
o Visão 
o Audição 
o Sedentarismo 
o Distúrbios 
músculosesqueléticos 
o Alterações na postura 
o Alterações de equilíbrio 
 
 
o Transporte coletivo 
 
 
 
o Locais públicos 
o Casa do idoso 
Manual de prevenção de 
quedas da pessoa idosa. 
Doenças que podem predispor à 
quedas 
Doenças cardíacas 
Doenças pulmonares 
Doenças neurológicas 
Osteoartrose 
 Labirintite 
 
Manual de prevenção de quedas da pessoa idosa. 
Complicações mais comuns: 
Morte, lesões ósseas e de tecidos moles, medo de cair, 
decúbito de longa duração, imobilismo, redução das 
atividades e da independência. 
Brito e Costa, 2001 
Possibilidade de uma pessoa sofrer uma lesão grave 
após uma queda depende: 
o Velocidade da queda; 
o Capacidade de absorção de energia da superfície; 
o Capacidade da pessoa de se autoproteger; 
o Limiar da lesão dos tecidos moles; 
o Direção e local do impacto. 
Fatores de risco que independentes para 
lesões graves: 
o Idade avançada 
o Raça branca; 
o Baixa densidade mineral óssea; 
o Baixo IMC 
o Diminuição do tempo de reação e distúrbios de 
equilíbrio; 
 
 
Brito e Costa, 2001 
Fatores de risco que independentes para 
lesões graves: 
o Déficit cognitivo; 
o Diminuição da acuidade visual; 
o Antecedentes de quedas ou lesões decorrentes de 
quedas; 
o Presença de doenças crônicas específicas 
(demência, diabetes mellitus ou sequelas cerebrais). 
Brito e Costa, 2001 
Aspectos fisiológicos e ambientais 
determinantes de quedas 
O equilíbrio pode ser definido como: 
 
 
“Capacidade de manter a posição do corpo sobre a sua 
base de apoio estacionária ou móvel” 
Falta de equilíbrio Medicamentos Riscos ambientais 
E depende de três outros componentes: 
 
 
Sensorial 
Processamento 
central 
Efetor 
Componente sensorial 
Constituído de três sistemas: 
o Visual 
 
 
o Vestibular 
 
o Somatossensorial 
 
Informações sobre o ambiente, localização, 
direção e velocidade de movimento do indivíduo. 
Acuidade visual 
Sensibilidade ao contraste 
Visão periférica Percepção 
periféricas e de 
distâncias 
Sistema de receptores que fornece 
informações dos movimentos da cabeça. 
Além de neurônios com influencia direta sobre os m. da coluna 
Informações do contato e posição do 
corpo. 
Alexander, 1992. 
 A visão passa a fornecer informações reduzidas ou 
distorcidas. 
o Maior necessidade de contraste para ver estímulos de baixa 
frequência; 
o Diminuição da percepção de profundidade; 
o Perda da visão periférica; 
o Acuidade visual diminuída. 
 
Alterações no sistema visual com o 
envelhecimento 
Perda da capacidade de 
detectar informações 
espaciais 
Alexander, 1992. 
Alterações no sistema vestibular com o 
envelhecimento 
A partir dos 40 anos os neurônios vestibulares diminuem 
tanto em número quanto em tamanho, e 
A sensibilidade dos receptores diminui. 
 
 
Determinando que tais perdas aumentem a possibilidade de 
o indivíduo oscilar em excesso ou cair, especialmente 
quando os outros sistemas também estão comprometidos. 
Bergstrom, 1973 e Bruner & Morris, 1990. 
Alterações no sistema somatossensorial 
com o envelhecimento 
O indivíduo idoso tem estas informações reduzidas, 
principalmente os receptores, tendo como decorrência: 
o Limitações na sensibilidade do tato; 
o Na capacidade de detectar o movimento dos membros; e 
o Perceber o movimento ou a posição articular. 
 
 Alexander, 1992. 
Sistema visual Sistema vestibular 
Sistema 
somatossensorial 
Conjunto 
Interdependente 
e integrado 
Manutenção do 
equilíbrio 
Processamento central 
 Processo de estabelecimento de resposta postural 
 Este ajuste é realizado quando o SNC processa as 
informações sensoriais fornecidas pelos sistemas 
sensoriais: visual, vestibular e somatossensorial. 
o Processa estas informações no contexto das respostas 
previamente aprendidas e executa a resposta orientada 
através da estrutura mecânica a qual se apoia. 
 
Greene & Maden 1986. 
Retroalimentação Alimentação retrógrada 
 Situações nas quais o 
corpo é conturbado por 
eventos externos. 
 O centro de 
gravidade é deslocado 
e o SNC estabelece 
uma resposta postural 
para trazer o CG de 
volta à base de 
sustentação. 
Retroalimentação 
(Feedback) 
Alimentação retrógrada 
(Feedforward) 
Situação na qual o SNC 
estabelece uma 
resposta postural 
antecipatória a um 
distúrbio do CG como 
pegar uma bola no ar 
ou mover um braço. 
Latência aumentada 
em idoso 
Componente efetor 
Amplitude de movimento; 
 Torque e força muscular; 
Alinhamento postural; 
 Flexibilidade e resistência. 
Força muscular dos 
MMII diminuída 
A força dos MMII é elemento 
primordial para a manutenção 
do equilíbrio. 
Medicamentos que podem predispor à 
quedas 
 Antidepressivos 
 Ansiolíticos, hipnóticos e 
antipsicóticos 
 Anti-hipertensivos 
 Anticolinérgicos 
 Diuréticos 
 Antiarritímicos 
 
o Hipotensão postural 
o Comprometimento 
psicomotor 
o Diminuição da 
pressão arterial 
 Diminuem a capacidade de 
reação positivae evitar quedas 
 Equilíbrio sentado; 
 Levantar da cadeira; 
 Equilíbrio em pé imediato; 
 Equilíbrio em pé; Equilíbrio 
com os olhos fechados; 
 Equilíbrio ao girar 360º; 
 Empurrão no tórax; 
 
 
 
 
Escala de equilíbrio de Tinetti 
Girar o pescoço; 
 Equilíbrio com apoio de 
uma perna só; 
 Extensão do tronco; 
 Alcançar; 
 Sentar. 
 Escala de Equilíbrio de Tinetti 
 Escala de Equilíbrio de Tinetti 
Escala de Marcha de Tinetti 
Dicas de adequações 
ambientais para diminuir o 
risco de quedas 
Dormir

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