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Trabalho estagio básico 1

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Universiade Estácio de Sá – Campus R9
Atividade Estruturada
Disciplina: Estágio Básico 1
Professor: Rodolfo Tretel
Aluno: Vanderson Dutra – matricula: 2015.023.942-61
Psicanálise
Rio de Janeiro
2017
Introdução
	Quando ouvimos falar em psicanálise, logo nos vem em mente o retorno ao passado para entender o presente. Porém, nem sempre acontecimentos vividos na infância ou a influência dos pais têm reflexos diretos em nossas atitudes. É necessário entender o problema e identificar a origem, se remete ao passado ou pertence ao presente e tratá-lo da forma correta, sempre respeitando as condições do paciente em falar sobre determinado assunto.
O tratamento psicanalítico não se propõe somente a tratar de distúrbios psíquicos, mas também é válido para aquelas pessoas que procuram se conhecer melhor e buscam novas perspectivas.
	A psicanálise preocupa-se em entender como funciona a mente humana, partindo do princípio de que muitos dos processos psíquicos são inconscientes. Na abordagem psicanalítica, nossas emoções e atitudes são o resultado de fatores dos quais não temos consciência.
	O paciente é levado a refletir e se enxergar de outra maneira durante a abordagem psicanalítica. Com a ajuda do psicólogo, durante as sessões de análise, o paciente passa a conhecer melhor a própria mente e a identificar a razão de seus sentimentos, emoções e conflitos.
	A pessoa é vista como um todo na abordagem psicanalítica. Não são considerados somente os sintomas e circunstâncias atuais, mas é feito um acompanhamento muitas vezes durante anos, observando o cotidiano do paciente e suas reações diante de várias situações e, também, suas relações interpessoais.
O Ser humano nasce como uma “tabula rasa” ou ele adquiri sua personalidade/comportamento?
Livre arbitrio x determinismo
Freud acreditava na universalidade da lei natural e consequentemente desacreditava na ocorrência de atos espontâneos ou desmotivados, o que justifica seu empreendimento em descobrir uma ordem que deveria existir.
Deve ter sido influenciado por seu professor Meynert, que disse em Sobre a Sujeição do Pensamento e do Comportamento Humanos a Leis,
[...] toda filosofia – toda aceitação humana da sabedoria até onde a história alcança – tornou claras apenas duas conclusões: ... tudo no mundo é apenas aparência e a aparência não é idêntica à essência das coisas... mesmo a liberdade que sentimos em nós mesmos é apenas aparente.16
Herbart, a quem remontam muitas das idéias de Meynert e Freud, em 1824, protestava literalmente contra a falsa doutrina do livre-arbítrio.
O livre-arbítrio é apenas uma ilusão. Pois então, e os processos da mente, obedecem a que leis? Na busca destas leis foi Freud investigando, até chegar às leis do funcionamento inconsciente da mente humana. A determinação inconsciente não é a única que se impõe ao sujeito: há determinações históricas, culturais, econômicas, biológicas.
A determinação do inconsciente, quer dizer o seguinte: como costumamos dizer, longe de sermos senhores do nosso pensamento, somos habitados por outro que pensa em e por nós. Nossas "escolhas" também são determinadas inconscientemente. E se não somos "livres", é a partir desta constatação da não-liberdade que fundamos a sua possibilidade, ou seja, ao aceitar o desafio dessa liberdade restritiva podemos determinar algo de nosso destino, com responsabilidade e certa liberdade – esta, conquistada. Nesse ponto Freud supera a negação do livre-arbítrio, quando afirma que a constatação do determinismo funda a possibilidade de se escapar, pelo menos um pouco, de sua ação.
Fonte: pepsi.com
Passado x Presente – Os acontecimentos da infância determinam a vida do indivíduo? 
	A teoria do trauma ainda está datada no que refere ao seu sentido mais geral. Mas em contexto específico continua a ser válida e bastante importante. 
	O significado psicanalítico da palavra “trauma” refere-se a um fato – realmente acontecido – de que tenha tido alguma importante repercussão no psiquismo do sujeito. No inicio da sua obra, Freud partiu da concepção de que o conflito psíquico era resultante das “repressões” impostas pelos traumas de uma sedução real, de fundo sexual, que suas jovens pacientes histéricas teriam sofrido quando meninas por parte do pai. Freud enfatizava que essas repressões depositadas no inconsciente retornavam ao consciente sob a forma de sintomas. Daí ele postulou que “os neuróticos sofrem de reminiscências” e que a cura consistiria em “lembrar o que estava esquecido”.”
In Zimerman, D. (2005) Psicanálise em perguntas e respostas – verdades, mitos e tabus. pp. 130. Porto Alegre: Artmed.
	Além disso, Freud postula que tudo o que o homem faz está determinado psicologicamente. Ele atribui à primeira infância grande importância naquilo que a pessoa vai desenvolver posteriormente. O determinismo psíquico que crê a psicanálise não é muito flexível a mudanças: dificilmente alguém consegue modificar aquilo que é. 
Otimismo x Pessimismo
Freud nem sempre foi o pensador pessimista que vemos em textos como "Para-além do Princípio do Prazer" e "O Mal-estar na Civilização".
	Para Freud, por exemplo, a natureza humana está ligada ao Id. O ser humano é estruturalmente constituído de Id, ego e superego. Na sua teoria psicanalítica, “o Id é o sistema original da personalidade: ele é a matriz da qual se originam o ego e o superego. […] Consiste em tudo o que é psicológico, que é herdado e que se acha presente no nascimento, incluindo os instintos” (HALL; LINDZEY; CAMPBELL, p. 53). Por este fato, se comprova a existência numa natureza humana que, freudianamente falando, é marcada pelo irracional.
	Esta estrutura opera por impulsos que obedecem ao princípio do prazer. Por isso é egoísta e tenta, a todo custo, satisfazer-se a si mesmo. Existem também as pulsões de vida, que incluem o desejo de perpetuar a espécie, a luta pela sobrevivência e as pulsões de morte – a agressividade, o desejo inconsciente de morrer. Guiado por estes impulsos irracionais e inconscientes, o homem luta para obter prazer e evitar a dor.
Por ser a natureza humana má e egoísta é que surge a sociedade. A necessidade de organizar em civilização é, em primeiro lugar, a necessidade de manter a espécie. 
Singularidade x Universalidade
	O ser humano pode ser interpretado a partir do conceito de natureza. No dizer dos medievais, a pessoa humana é substância individual de natureza racional, compreendendo aqui o termo natureza como aquilo que é dado e que é constitutivo. Neste aspecto, tanto Freud como Rogers acredita em algo que constitui o ser humano e que lhe fora dado naturalmente, e que, por isso, está para todos os indivíduos da espécie. Esse fator generalizante é o que pode permitir esboçar uma “antropologia” freudiana e uma rogeriana. 
Equilibrio x Crescimento
Em psicanálise, a realidade (lê-se ficção) que interessa é a realidade psíquica, pois é a forma como o sujeito construiu esta fantasia (inconsciente), que orientará o seu modo de ver, agir e se posicionar no mundo. 
No século XX, Freud percebe que há forças, e todo um funcionamento próprio, que atravessam, sobrepõem e, quase sempre, ultrapassam a ‘vontade’ e a consciência humana. Ora, o que evidencia que ‘escolher’ o próprio destino não é tão simples, justamente pelo fato do homem ser governado e determinado pelas leis do inconsciente.
Mas, o que isso significa?
Significa que tais forçam podem dificultar ou impedir que realizamos nossos sonhos ou que nos tornemos a melhor versão de nós mesmos.

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