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Aula Prática de Visão

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INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – IMEPAC
BIANCA STEPHANY RAMOS COSTA
CAROLINA GUIMARÃES
CAROLINE RODRIGUES DE MORAIS
GABRIELA MARTINS GUIMARÃES CAETANO
GABRIELA RODRIGUES PESSÔA
Atividade Prática: Visão
Araguari – MG
Março 2018
INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – IMEPAC
BIANCA STEPHANY RAMOS COSTA
CAROLINA GUIMARÃES
CAROLINE RODRIGUES DE MORAIS
GABRIELA MARTINS GUIMARÃES CAETANO
GABRIELA RODRIGUES PESSÔA
Atividade Prática: Visão 
Relatório desenvolvido pelos alunos do terceiro período do curso de Medicina para a disciplina de Morfofuncional III sob orientação da professora Maria Cláudia C. Rodrigues.
Araguari – MG
Março 2018
INTRODUÇÃO
Os olhos permitem ao ser humano captar informações luminosos-visuais, para que isso ocorra tem-se um sistema de engrenagens nesse órgão, por exemplo, é através da retina e seus receptores, cones e bastonetes, que os estímulos luminosos são transformados em impulsos nervosos. Desse ponto, seguem pelo nervo óptico através da via antero-lateral até a chegada no córtex somato-sensorial primário e em seguida córtex somato sensorial de associação, onde imagem e memórias do indivíduo serão interligadas. Para que esse sistema possa funcionar corretamente é preciso intermédio de reações da via eferente, como o grau de contração das pupilas, no qual o estimulo sai do córtex em direção aos nervos ópticos e pôr fim à pupila, ajustando assim a quantidade de luz necessária para o fenômeno da visão. Além disso, a visão nada mais é do que a associação entre a captação e transformação de um estimulo luminoso e sua memória no córtex de associação. Por isso, é possível realizar diversos testes que comprovam a complementariedade de um olho em relação a outro e de ambos em relação ao poder do sistema nervoso central.
OBJETIVOS
Esse relatório tem como objetivo observar os fenômenos que garantem a formação de imagens nítidas sobre a retina e analisar os resultados com base na utilização de voluntários dispostos a realizarem testes que comprovem a percepção dos movimentos oculares dentro dos padrões.
MATERIAL 
Voluntários 
Venda para olhos 
Lanterna para reflexo pupilar (lanterna PenLite) 
Canetas bic com tampas de cores diversas (vermelha, azul, preta) 
Objetos diversos (lápis, borracha, clipes) 
Réguas 
Algodão
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Reflexos pupilares – Reflexo Fotomotor Direto
- Posicionar o voluntário (preferência olhos claros) em um ambiente não muito iluminado, sentado com os olhos abertos. 
- O experimentador, munido da lanterna, deverá iluminar por alguns segundos um dos olhos do voluntário. Uma forma adequada de proceder é, mantendo a lanterna acesa a uns 15 cm da face do voluntário, aplicar o foco de luz sobre seu olho por alguns segundo, afastando-a em seguida também por alguns segundos, repetindo, então, o procedimento.
- Observar, durante a aplicação do foco de luz, o que acontece com o diâmetro pupilar do respectivo olho.
- Observar o que acontece com o diâmetro pupilar quando o foco de luz é retirado daquele olho.
O que acontece com o diâmetro pupilar do olho iluminado? 
Quando a lanterna é aproximada do olho da voluntária, ocorreu uma contração do diâmetro da pupila, ou seja, miose, já quando a lanterna é afastada, ocorreu extensão do diâmetro pupilar, midríase.
Qual a função fisiológica deste reflexo?
A função desse reflexo, chamado fotomotor, é a de ajudar o olho a se adaptar, de forma extremamente rápida, ás mudanças das condições de luminosidade e protegendo a retina contra a luz brilhante. Assim quanto maior a intensidade de luz, maior à diminuição das pupilas (miose), permitindo menor penetração de luz, enquanto menores intensidades de luz causam a ampliação das pupilas (midríase), permitindo a penetração de mais luz, portanto, o reflexo pupilar regula a intensidade de luz que penetra os olhos.
Quais são as vias neurais que participam deste reflexo?
As vias neurais que participam desse reflexo fotomotor, são divididos em dois caminhos, sendo ele o aferente e o eferente. Aferente: Nessa via, o reflexo pupilar se inicia quando a luz chega à retina, nas células ganglionares fotossensíveis, impulsos resultantes passam pelos nervos ópticos(através da papila óptica), depois para o quiasma e trato óptico, seguindo para os núcleos pré-tectais, no mesencéfalo. Tais impulsos contornam o corpo geniculado lateral, na região conhecida como colículo superior e por fim chega ao núcleo geniculado ventrolateral. Eferente: Já nessa via, depois do núcleo pré-tectal, os axônios se conectam bilateralmente e conduzem impulsos secundários ao núcleo de Edinger-Westphal, cujos axônios se direcionam para os nervos oculomotores direito e esquerdo, passando então pelo terceiro par de nervo craniano até o gânglio ciliar e por fim, pelos nervos ciliares voltam para a contração do esfíncter da íris. No sentido contrário, ou seja, na escuridão, o reflexo é inibido, o que resulta em dilatação da pupila.
Em qual região do SNC esse reflexo é integrado?
O reflexo fotomotor passa pela região dos colículos superiores e se “integram” na região do córtex somatosensorial de associação.
Reflexo pupilar consensual
- Repetir o procedimento anterior, só que o experimentador deverá impedir com a própria mão, que a luz da lanterna, ao iluminar um dos olhos, atinja o outro olho do voluntário. 
- Observar, durante a aplicação do foco de luz, o que acontece com o diâmetro pupilar do olho não iluminado.
- Observar o que acontece com o diâmetro pupilar do olho não iluminado quando o foco de luz é retirado. 
Observou-se durante esse procedimento que ao aproximar o foco de luz em um dos olhos do voluntário, sua pupila em ambos os olhos se contraiu (miose), ou seja, ambos os olhos tiveram a mesma resposta de reação apesar de só um olho ter sido iluminado. 
O que acontece com o diâmetro pupilar do olho não iluminado? Por quê?
O diâmetro pupilar do olho não iluminado encontra-se em miose. A mesma resposta tanto do olho iluminado quanto do olho não iluminado é devido ao reflexo fotomotor, o qual expressa que quando a luz brilha nos olhos as pupilas se contraem. Observamos que quando a luz invade a retina, alguns dos impulsos resultantes passando dos nervos ópticos para os núcleos pre-tectais. Diante disso, os impulsos secundários passam para o núcleo Edinger-Westphal e finalmente, voltam através dos nervos parassimpáticos para contração do esfíncter da íris. Inversamente, na escuridão o reflexo torna-se inibido, que resulta em dilatação da pupila. Caracterizando, dessa forma, a simetria nos impulsos nervosos mesmo quando apenas um olho é estimulado.
Qual a importância clínica da pesquisa destes reflexos?
A correlação clínica dos achados oftalmológicos é importante para identificação de alterações nas respostas neurológicas, além da identificação de possíveis lesões, na localização inicial da lesão, na conduta e no prognóstico.
Reflexo córneo palpebral
Estimular com um algodão ou cotonete a córnea do voluntário
O que é observado? Por quê?
No teste foi observado que ao aproximar o algodão da córnea do voluntário ele teve o reflexo de piscar os olhos. Isso ocorre devido a uma resposta do nervo aferente sensorial (NC V) e eferente motor (NCVII). 
Quais pares cranianos envolvidos?
A resposta sensorial aferente é característica do nervo trigêmeo (NC V) e a resposta motora com o par do nervo facial (NC VII).
Movimentos oculares – Movimentos sacádicos
Pedir ao voluntário (não precisa ser o mesmo do procedimento anterior) para executar movimentos oculares voluntários, por exemplo, explorar visualmente o ambiente (movimentar apenas os olhos e não a cabeça).
O experimento de movimentos oculares foi realizado com a aluna Carolina Guimarães, denominado como movimentos sacádicos. Com o auxílio de outra voluntária e a utilização de uma caneta, foram realizados movimentosque exigiam que aluna explorasse visualmente o ambiente sem movimentar a cabeça, apenas atentando-se ao deslocamento realizado pelos seus olhos. Três estruturas foram responsáveis para promover esse deslocamento: o córtex frontal (gera um primeiro estímulo em resposta a um alvo que se apresente no campo visual), o mesencéfalo e a ponte. No caso específico do córtex, esse estímulo segue por um feixe que, após sofrer decussação na ponte, se dirige a um núcleo paramediano pontino da formação reticular, que integra a informação vinda do córtex e a envia para o núcleo do sexto par craniano que está adjacente, que por sua vez é constituído por um grupo de interneurônios que irão se comunicar com o núcleo do terceiro par contralateral, através do feixe longitudinal medial. Dessa forma concretiza-se o movimento conjugado dos olhos.
Observar o padrão de movimento. Quais pares cranianos se músculos são responsáveis por este movimento? 
Os músculos e pares cranianos responsáveis pelo movimento do globo ocular são: Músculos - reto lateral e reto medial: contraem-se para movimentar os olhos de lado a lado; reto superior e reto inferior: contraem-se para movimentar os olhos para cima e para baixo; oblíquo superior e oblíquo inferior: funcionam principalmente para rodas os globos oculares e manter os campos visuais na posição vertical. Pares Cranianos (nervos) - NC III, NC IV e NC VI e os nervos periféricos para os músculos oculares.
Movimentos oculares – Movimento de perseguição contínua
Com uma caneta na mão, movimentar-se a frente do voluntário pedindo que ele acompanhe com os olhos a ponta da caneta. Deslocar a caneta para a direita e esquerda, para cima e para baixo e em todas as direções, demorando aproximadamente cinco segundos em cada posição.
A aluna Gabriela Martins, com o auxílio de uma caneta, pediu que a voluntária Carolina acompanhasse com os olhos os movimentos que seriam realizados. Para desenvolver o experimento, a aluna movimentou a caneta para a direita, esquerda, para cima, para baixo e em todas as direções, demorando aproximadamente, cinco segundos em cada posição para que fossem observadas as reações oculares da voluntária.
Observar o padrão do movimento dos dois olhos. (Houve simetria, diplopia, nistagmo?)
Ao posicionar a caneta e realizar todos os movimentos (para direita e esquerda, para cima e para baixo e em todas as direções), o globo ocular acompanha com simetria todos os movimentos realizados, o que, de acordo com a literatura, é o movimento que deve ocorrer quando não há alterações.) Movimento de perseguição é o movimento do olho que acompanha um objeto em movimento, são movimentos lentos e regulares. A visão não é interrompida, durante o movimento de perseguição, contrariamente ao movimento de sacada.
Movimentos oculares – Movimento de Vergência
- Com uma caneta na mão, mantenha-a uma distância de aproximadamente 50 cm à frente do voluntário e na altura de seus olhos. 
- Peça para o voluntário fixar o olhar na ponta da caneta, e vá, então, aproximando-a lentamente dos olhos do voluntário.
- Peça para o voluntário informar o momento em que não consegue mais focalizar a ponta da caneta, ou seja, o momento em que não consegue mais uma imagem nítida dela. Anote a distância entre a caneta e os olhos dele. Essa distância é o ponto próximo
- Observar o tipo de movimento ocular e o diâmetro da pupila do voluntário enquanto a caneta é aproximada de seus olhos. 
- Procure entre os colegas um que seja míope e outro hipermetrope, e execute este procedimento anotando o ponto próximo de cada um nas seguintes condições: usando os respectivos óculos e sem usá-los.
- Compare estes valores entre o míope, o hipermetrope e o voluntário que não apresente erros de refração 
Indivíduo Míope: 
Sem óculos: Movimento do globo ocular para a região medial; diminuição da pupila com a aproximação da caneta. Distância de 6 cm.
Com óculos: Movimento do globo ocular para a região medial; diminuição da pupila com a aproximação da caneta. Distância de 4,5 cm.
Indivíduo Hipermetrope:
Sem óculos: Movimento do globo ocular para a região medial; diminuição da pupila com a aproximação da caneta. Distância de 10,5.
Com óculos: Movimento do globo ocular para a região medial; diminuição da pupila com a aproximação da caneta. Distância de 7 cm.
Indivíduo Sem Refração: 
Movimento do globo ocular para a região medial; diminuição da pupila com a aproximação da caneta. Distância de 15 cm. 
 
O que acontece com o diâmetro pupilar?
O diâmetro pupilar diminui. 
Qual a finalidade deste reflexo? 
O reflexo de diminuição da pupila ao aproximar o objeto deve-se ao fato de que a maior profundidade de foco possível ocorre quando a pupila está extremamente pequena. A razão para isso é que, com uma abertura muito pequena, quase todos os raios atravessam o centro da lente, e os raios mais centrais sempre estão em foco. 
Que estruturas neurais são responsáveis pela organização deste reflexo?
As áreas corticais cerebrais que controlam a acomodação trabalham em estreita correlação, paralelas às que controlam os movimentos de fixação dos olhos, com análise dos sinais visuais nas áreas corticais 18 e 19 de Brodmann e transmissão de sinais motores para o músculo ciliar através da área pré-tectal no tronco cerebral e depois através do núcleo de Edinger-Westphal, e, finalmente, por meio das fibras nervosas parassimpáticas para os olhos (III par de nervos cranianos).
Mecanismo de Preenchimento
Peça ao voluntário que fixe seu olho esquerdo sobre o símbolo +, na Figura 1 mantendo o olho direito fechado (se preferir usar o olho direito, gire a figura em 180°, posicionando o símbolo + à esquerda do círculo). Sem desviar a fixação do olhar do símbolo +, peça-o que afaste e aproxime a figura de seu rosto, prestando a atenção no círculo preto. Existe uma posição específica da figura, a certa distância de seu rosto, em que algo acontece com o círculo. Determine essa distância, inclusive medindo-a com uma régua.
O que acontece com o símbolo preto quando a figura se encontra nesta posição específica?
Qual é a causa fisiológica desse fenômeno?
Repita o mesmo procedimento anterior, utilizando agora a Figura 2, fixando o olho esquerdo no símbolo + (ou girando a figura em 180° caso queira utilizar o olho direito), afaste e aproxime a figura de seu rosto até que algo aconteça com a linha incompleta. 
O que acontece com a linha incompleta? Por quê?
Qual é a causa fisiológica desse fenômeno?
A voluntária se manteve sentada e concentrada no sinal de mais (+), realizamos a rotação da folha em 180°, a voluntaria manteve os olhos fixados no sinal positivo, e depois aproximou-se a folha até uma distância de X, a partir da qual a voluntaria afirmou que a figura representando um círculo preenchido em preto havia sumido. A explicação fisiológica desse evento se dá devido a presença de um ponto escuro no campo visual, denominado escotoma. Esse ponto da retina não possui cones e bastonetes, ou seja, células fotorreceptoras e por isso não consegue captar a luz das imagens, é constituído por axônios das células ganglionares retinais que formam a saída do nervo óptico. Assim, forma-se uma área “cega” no campo visual. 
No cotidiano não se percebe a presença do escotoma, porque o próprio cérebro sobrepõe as imagens captadas através do olho contralateral. Na medida em que se tampa um dos olhos se torna possível perceber a ausência de uma parte do campo de visão, já que não se tem visão no outro olho.
A voluntária afirmou que a linha antes pontilhada havia se tornado continua. Fisiologicamente tem-se o complemento do experimento anterior, mecanismos de preenchimento e “completamento” da visão. Assim, a continuidade da linha pontilhada, nada mais é do que uma tentativa do córtex de formar uma imagem completa já que existem os escotomas. 
Visão Central e Periférica
Peça a um voluntário para se sentar em uma cadeira, mantendo seu olhar fixo em algum ponto à sua frente. Permanecendo depé atrás da cadeira, segurando na mão algum objeto ignorado pelo voluntário, o experimentador deverá ir lentamente conduzindo o objeto ao longo de um círculo imaginário ao redor da cabeça do voluntário, a partir da região posterior do campo visual do voluntário (maior excentricidade visual), para posições mais anteriores desse campo visual (menores excentricidades visuais). O ponto de partida deverá ser uma posição na qual o voluntário ainda não pode ver o objeto. Previamente instruído, o voluntário deverá indicar, ao longo da realização do movimento pelo experimentador, o instante em que detecta a presença do objeto em seu campo visual. Nesse instante, o experimentador deverá interromper o movimento do objeto, mantendo-o naquela posição, e perguntar ao voluntário se, além de detectar a presença do objeto, é também capaz de identificar sua natureza (borracha, apontador, relógio, etc...). Caso o voluntário ainda não possa identificá-lo, continue o movimento ao longo do círculo imaginário até que o voluntário reporte a correta identificação do objeto.
Por que no início o voluntário é capaz de detectar a presença do objeto, embora tenha dificuldade em identificá-lo?
Isso acontece, pois, a visão na periferia do olho, região não macular, não possui nitidez alta como na fóvea que se localiza na mácula lútea, área de visão central, onde a nitidez é alta. Por este motivo, a voluntária sente dificuldade de identificar o objeto quando este está na região de maior excentricidade.
Em quais excentricidades visuais (maiores ou menores) é mais provável a correta identificação do objeto pelo voluntário?
A correta identificação do objeto foi feita nas menores excentricidades visuais, uma vez que o objeto se encontrava mais próximo da fóvea da retina o que o torna mais perceptível. 
Qual a razão fisiológica desta diferença quanto a capacidade de identificação de um objeto?
A razão fisiológica desta diferença é que os elementos fotossensíveis da retina, que convertem a imagem visual em impulsos nervosos, são os bastonetes e os cones. Os dois elementos atuam em conjunto, sendo que os bastonetes são responsáveis pela visão escotópica e os cones são responsáveis pela visão fotópica. No entanto, eles não são distribuídos uniformemente no globo ocular, nas porções periféricas da retina existem grandes números de bastonetes e de cones que estão ligados a mesma fibra do nervo óptico de modo que a acuidade visual nessa região da retina é bem reduzida, enquanto no centro (fóvea) a acuidade visual é melhor definida.
Ilusão de Hermann
Peça ao voluntário para olhar para as grades representadas. Peça-o para aproximar e afastar a figura alternadamente dos seus olhos, e observe o que acontece com s círculos escuros que podem ser vistos no cruzamento das grandes.
Os círculos são reais ou ilusórios?
Os círculos observados pela voluntária são ilusórios. A ilusão de óptica resulta da forma como nosso cérebro interpreta as imagens que lhes chegam da retina. A retina é a camada pigmentada, que reveste o fundo do olho. Ela possui as células responsáveis pela detecção de cores, os cones, e células para detectar a presença de luz.
Qual a razão para o seu desaparecimento, dependendo da distância entre a figura e seus olhos?
O ponto cego é o local da retina onde não há cones nem bastonetes, isto é, células que captam o estímulo luminoso produzido pela imagem. No ponto cego passam as artérias que trazem sangue para a retina e saem as veias da retina e o nervo óptico. 
Qual a origem fisiológica deste fenômeno perceptivo? 
Vale ressaltar que o nervo óptico é o responsável por transmitir para o cérebro a imagem formada na retina, que fica no fundo do olho e funciona como uma tela. A ilusões de óptica do tipo fisiológico atuam diretamente no trabalho dos nervos ópticos e como eles interagem coma nossa percepção. Na Ilusão de Herman, por exemplo, pontos pretos aparecem nas intersecções das retas brancas, apesar de não haver nada. Isto ocorre por conta da inibição lateral. 
CONCLUSÃO
O sistema Visual determina grande parte das informações necessárias à interação com o meio em que vivemos. A compreensão do funcionamento de nosso sistema visual depende do estudo de fenômenos que vão de princípios ópticos aos mecanismos neurofisiológicos utilizados para construir nossa percepção visual. Desse modo, a partir de um mecanismo binocular o ser humano tem noções de espaço, dimensões, cores, texturas e toda a gama de dados que irão compor a percepção de uma imagem.
O poder de utilização da informação visual remete tanto a capacidade de visualizar o objeto como também ao seu reconhecimento e avaliação. Sendo que, tal compreensão depende estritamente do modo como as células sensíveis à luminosidade, presentes na retina estão conectadas ao sistema nervoso central. Portanto, a realização de testes que avaliem a sensibilidade visual é de fundamental importância, uma vez que, são capazes de detectar erros ou avaliar lesões e, assim, direcionar o tratamento adequado ao indivíduo prejudicado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. Tradução Bárbara de Alencar Martins et al. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 
JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. ed. 3a. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F. Anatomia: orientada para a clínica. Tradução Alexandre Lins Werneck, Wilma Lins Werneck. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 
PEREIRA, Carlos Umberto et al. Nervo Oculomotor: Anatomia, Fisiologia e Clínica. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac., Camaragibe, v. 12, n. 2, junho 2012. Disponível em: <http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S18 0852102012000200015&lng=pt&nrm=iso>.

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