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Junção Neuromuscular Fisiologia

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Fisiologia Humana
Aluna: Nathália Ramos de Souza.
Professora: Paula Bizzotto. 
Junção Neuromuscular
Anatomicamente, o Sistema Nervoso Central (SNC) é divido em três grandes partes, sendo o encéfalo, tronco encefálico, incluindo o cerebelo e a medula espinhal. Cada parte é responsável por comandar uma função diferente. Geralmente, o córtex encefálico controla funções como o sentir uma dor, funções motoras voluntárias, visão, audição, olfato, tato, memória, aprendizado, entre outras.
Na aula prática, foram realizados vários testes em uma rã, a fim de identificar as partes do SNC que comandam determinas atividades. Esse animal foi escolhido porque possui respiração cutânea, mantendo-o vivo até o final dos testes. O primeiro teste realizado foi o ajuste postural, no qual a rã foi colocada em uma gaiola, ao movimenta-la o animal reage retraindo um membro e esticando outro para não escorregar, e ao ser virado de decúbito, reagiu rapidamente voltando a posição normal. O segundo teste foi o de reflexo de retirada, onde a pata da rã foi pinçada e rapidamente a puxou, mostrando o reflexo. O terceiro foi da respiração pulmonar, contando quantas incursões respiratórias por minuto a rã apresentava, observando o papo. Por fim, o teste de natação, que por ser um animal semiaquático, consegue nadar.
Destruição do encéfalo
O encéfalo da rã foi destruído com o estilete e não foi usada anestesia para que as respostas fossem avaliadas. Após a destruição do córtex, foram perdidas funções como movimentação voluntária, sensibilidade, capacidade de sentir dor, entre outras. 
Todos os testes foram feitos novamente e mostraram que o ajuste de postura, a respiração, o reflexo e a natação foram mantidos e tiveram as respostas normais, uma vez que não são funções coordenadas pelo córtex. Se esses testes fossem realizados em humanos, a natação seria perdida, pois é algo aprendido ao longo da vida, o que é comandado pelo córtex. 
Destruição do tronco encefálico
Quando o tronco encefálico foi destruído perdeu-se a comunicação do cérebro com o restante do corpo. 
Ao realizar os testes, viu-se que a rã perdeu o ajuste postural e a capacidade de nadar, pois perdeu o tônus muscular e motricidade, que são funções coordenadas pelo cerebelo (que fica muito próximo ao tronco). Viu-se também que a respiração pulmonar foi perdida, uma vez que esta é controlada pelo bulbo (centro respiratório), que manda o estímulo para o diafragma e músculos que controlam essa função. A única função ainda mantida é o reflexo, que não é controlado pelo tronco. 
Para acontecer o reflexo, um neurônio aferente que esta na pele envia um estímulo a um neurônio associativo que esta na medula espinhal, este por sua vez reconduz o estímulo a um neurônio eferente que faz com que o músculo se contraia, portanto, esse tipo de resposta fica em nível de medula espinhal. 
Foi realizado um teste para avaliar como a medula espinhal responde a diferentes graus de estímulos, mergulhando a pata da rã em soluções de ácido sulfúrico em concentrações de 0,1%, 0,2%, 0,8% e 1.6%. Ao sentir o estímulo lesivo a rã reage retirando a pata da solução, isto é um reflexo. 
0,1% - houve um pequeno reflexo, pois o estímulo ainda tinha uma baixa intensidade;
0.2% - o reflexo foi um pouco mais rápido. 
0,8% - o reflexo foi mais rápido que na concentração de 0,2%, pois à medida que vai aumentando o estímulo, a resposta é mais intensa; 
1.6% - o reflexo foi muito rápido nessa concentração, pois como o estímulo foi grande, a resposta foi bem intensa. 
Destruição da medula espinhal
Após a destruição da medula espinhal, a pata da rã foi colocada novamente na solução de ácido sulfúrico a 1,6% e viu-se que não houve reflexo. Esse resultado é explicado da seguinte forma: o estímulo chegou ao neurônio aferente da pele, porém, este estímulo não foi reconduzido para o neurônio eferente, pois o neurônio associativo foi destruído na medula, então o músculo fica relaxado e não promove a resposta. 
Aplicação de Estímulos
A rã foi dissecada separando apenas uma parte de músculo e um nervo (neurônio eferente), com o objetivo de avaliar como o nervo e o músculo respondem a diferentes estímulos. 
Os estímulos aplicados foram: o mecânico, onde nervo e músculos foram apertados com uma pinça; o químico, onde se usou cloreto de sódio em solução; o elétrico, utilizando um eletrodo para dar choques (descargas elétricas); e por fim, o térmico, onde se usou uma pinça aquecida no fogo. 
Quando o nervo consegue promover a contração ou quando o estímulo é dado diretamente no músculo e ele consegue se contrair, o que acontece é que a célula conseguiu gerar um potencial de ação, despolarizar-se e propagar esse estímulo até que seja obtida a resposta final, sendo algumas mais intensas e mais rápidas que outras, devido ao limiar de estimulação. 
	
	Estímulo Mecânico
	Estímulo Químico
	Estímulo Elétrico
	Estímulo Térmico
	Nervo
	Consegue converter o estímulo e promover a contração, sendo uma resposta rápida.
	Consegue converter e gerar contração, porém é uma resposta mais lenta.
	Consegue converter em contração de forma rápida.
	Consegue converter em contração de forma rápida e intensa
	Músculo
	Não consegue converter o estímulo em contração, pois o estímulo é abaixo do limiar.
	O músculo consegue se contrair e de forma rápida, pois o sódio entra diretamente na célula e já ocorre despolarização.
	Consegue converter em contração, porém é uma contração mais centralizada e um pouco mais lenta que no estímulo químico (limiar mais baixo).
	Não consegue converter em contração.
 	Contudo, o nervo consegue converter diferentes estímulos em potencial de ação e contração, e o músculo, por sua vez, não consegue.

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