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Na obra O capital, Karl Marx (1818-1883) afirma que a sociedade capitalista “aparece” aos nossos olhos como um “grande depósito de mercadorias”, em que tudo se baseia na troca (compra e venda) de mercadorias. Assim, a sociologia marxista procura realizar uma crítica radical ao capitalismo, evidenciando seus conflitos e contradições (Brasil p.74)
A obra de Marx é fundamental para a compreensão do funcionamento da sociedade capitalista em suas bases constitutivas calcadas na exploração do trabalho como fonte de acúmulo e riqueza (mais-valia absoluta e relativa). O capital deve ser considerado como uma relação social que só existe a partir da articulação entre as forças produtivas e as relações de produção. Para ele, o capitalismo está organizado em duas classes essenciais: burguesia e proletariado. Esta divisão de classes permite ao capitalismo a característica de transitoriedade, uma vez que existe entre estas um profundo antagonismo de interesses. E é justamente isto que pode permitir a transformação histórica pela via revolucionária. (Brasil p.76)
Ao contrário do positivismo, que procurou elaborar uma ciência social supostamente neutra, reta e imparcial, Marx e seus diversos seguidores deixaram clara a tênue relação entre o conhecimento por eles produzido e os interesses da classe revolucionária existente na sociedade capitalista, o proletariado (Brasil p.77)
Immanuel Kant (1724-1804) foi o pensador que marcadamente se situa no auge do Iluminismo. O ideal iluminista de uso pleno da razão – e que teve em Kant a possibilidade de sua máxima realização – punha a ação como subordinada à atividade racional. De certo modo, pode-se mesmo dizer que havia no contexto a crença da salvação pela razão; ou seja, a razão, que é universal, poderia abrir caminho para a realização humana – tal pleno uso deveria chegar a todos os seres humanos (Brasil p.78)
Entre suas principais obras destaca-se a Fenomenologia do espírito, na qual defende o aspecto social e cultural no desenvolvimento do conhecimento, afirmando que a consciência é determinada pela relação histórica e subjetiva do indivíduo (Brasil p.80)
A dialética hegeliana fala da luta de contrários: momentos contrários que se dão ao longo do tempo. E como podemos juntar as ideias apresentadas até aqui? Vejamos. Pensemos a História como um todo; não pensemos um princípio da história, mas apenas que ela se desenvolve ao longo do tempo. Para representar esta ideia de movimento, vemos a espiral: para cada “momento” da espiral, podemos relacionar um ponto acima dela, que são as ideias de uma época, a manifestação cultural de uma época, a concepção de uma época – o que Hegel chamou de Espírito. O Espírito é o momento singular, uma delimitação da ideia geral de História. E a realidade se dá nos momentos históricos encarnados, ou seja, cada época em suas manifestações materiais (Brasil p.81,82)
O entendimento da História leva à compreensão do presente, que, por sua vez, significa entender aquilo em que a humanidade se tornou. Para Hegel, cada momento histórico é necessário, a partir daquilo que o antecede; o presente deve sempre vencer a figura que o precedeu (Brasil p.84)
 O grande sistema hegeliano foi pensado por diversos filósofos quase ao mesmo tempo em que era estabelecido. Como toda filosofia, o sistema encontrou defensores e opositores; os primeiros, chamados de direita hegeliana, buscando corroborar o entendimento hegeliano da realidade e os segundos, chamados de esquerda hegeliana, questionando muitos de seus aspectos, assumindo alguns e rejeitando outros. A esquerda hegeliana teve como maior expoente o próximo autor que vamos estudar: Marx (Brasil p.85)
Contemporâneo de Hegel, o filósofo idealista Fichte (1762 – 1814) valorizava a educação partindo da ideia de que a natureza humana não é dada, mas nos humanizamos na medida em que nos afirmamos como sujeitos, capazes de termos consciência. Por este motivo, a educação não deveria ser restrita a formar algo no homem, mas formar o próprio homem. Fichte destacava a educação como imperativo para o renascimento e a grandeza do Estado, no caso a Alemanha (Brasil p.86)
O sistema filosófico hegeliano afirma a primazia absoluta da Ideia – Espírito ou Razão – na multiplicidade de coisas existentes, que não são mais do que a sua manifestação alienada – seu ser outro – ou, ainda, sua exteriorização sob formas diversificadas e simultaneamente articuladas. Na filosofia de Hegel, então, o universo, a natureza e a vida humana são exteriorizações do Espírito, ou seja, é na Razão que todas as modalidades de vida, enfim, a totalidade do real tem sua existência autêntica, o seu ser (Brasil p.87).
Para Marx, não há uma natureza humana além do tempo, da sociedade e da história, pois a essência do homem é sua própria condição de ser social e histórico (Brasil p.88).
De acordo com Marx, os seres humanos, como já antecipamos, devem ser compreendidos em suas relações sociais concretas – e não unicamente como seres de pensamento –, sendo que o conhecimento deve lançar-se sobre o devir histórico da própria humanidade, sem se basear em suposições que excedam as experiências dos homens em sociedade (brasil p.89)
Autor contemporâneo sobre o qual muito se produziu em diversas áreas do conhecimento, Marx foi ferrenho crítico do sistema capitalista, fazendo uma proposta de transformação da realidade de modo a ser possível a construção de uma sociedade mais igualitária. As diferenças sociais existentes desde sempre na história da humanidade – mas extremamente acentuadas na sociedade capitalista – constituem o objeto principal da crítica marxiana (Brasil p.89,90)
 Enquanto para Hegel a única ação é o conhecimento que liberta, dando-nos consciência da liberdade, para Marx, o conhecimento origina-se da práxis social, que forma e deforma a consciência (NUNES, 2009, p.31)
A crítica de Marx ao pensamento de Hegel é clara e incisiva: não é a ideia (Espírito) que constrói a realidade, mas, pelo contrário, é a realidade (material) que constrói as possibilidades para que determinado pensamento nasça. A consciência é, necessariamente, explicada pelas contradições da vida material. Ocorre exatamente isto que podemos observar: Marx toma o pensamento hegeliano e o põe de cabeça para baixo. Na verdade, Marx diz que Hegel é que apresenta a dialética de cabeça para baixo – isso é ideologia (Brasil p.91)
É sob a perspectiva da totalidade e da transformação a partir das contradições sociais internas que Marx desenvolve sua análise materialista, assim chamada porque esse pensador afirmava que a estrutura de uma sociedade está condicionada pela forma com que esta mesma sociedade se organiza para produzir seus bens: as condições materiais de produção determinam as formas de pensamento (Brasil p.94)
Vale dizer que, para esse pensador, a história dos homens é condicionada pelo modo como esses homens se organizaram para produzir. É a partir desse entendimento que Marx debruça-se sobre o sistema capitalista e tenta compreendê-lo como modo de produção, verificando suas contradições internas, a forma como se dão as relações de produção, a exploração do trabalho, as relações de propriedade etc. Por isso, ele chega a uma conclusão fundamental: em todos os modos de produção históricos, a desigualdade em relação à posse de propriedade que os fundamenta gera contradições internas que fazem insurgir, sempre, um processo revolucionário que permite a ruína de um modo de produção e a ascensão de outro (Brasil p.95,96).
É também na sociedade capitalista que se efetua o total estranhamento entre os trabalhadores e os produtos de sua atividade, o que ocorre não apenas porque estes são recolhidos pela burguesia, mas principalmente porque as mercadorias parecem adquirir vida própria, incorporando poderes aparentemente superiores ao trabalho humano sem o qual, de fato, elas não existiriam. Trata-se do fetichismo da mercadoria, assim definido por Marx em O capital, livro no qual empreende exaustiva análise das estruturas socioeconômicas capitalistas (Brasil p.98)O princípio da teoria de Marx era entender a criação histórica da sociedade capitalista e das complexas relações que então se consolidaram. O autor está olhando, assim, para a sociedade marcada pela revolução industrial, nos séculos XVIII e XIX e pela urbanização. Ele analisa a forma como essa sociedade organiza o modo de produção e como esse modo influencia, por sua vez, a formação de novas relações sociais; de novos modos de dominação e de produção e transmissão de ideias (Brasil p.99).
Marx define a que a organização social é composta pela infraestrutura e superestrutura. Infraestrutura são as bases materiais da sociedade, tudo aquilo que condiciona um determinado tipo de produção. São, portanto, a economia e a forma como está organizado o trabalho. Chamamos isso de modo de produção. É o modo de produção de uma sociedade que define seus limites e possibilidades. Superestrutura: é o conjunto “não material” de uma sociedade: a política, ideologia, normas jurídicas, cultura, religião, moral, ética etc. Segundo a teoria marxista; a superestrutura é condicionada pela infraestrutura (Brasil p.100).
Como sabemos, o modo predominante em nossa época é o capitalista, que se caracteriza, sobretudo, pela exploração da força de trabalho de uma classe (proletariado) por outra (burguesia). Assim, conforme Marx, as relações sociais na sociedade capitalista definem a sociedade de classes. A relação entre essas classes, por sua vez, é uma relação de exploração que só é possível ser mantida graças à ideologia que oculta, justamente as contradições geradas nesse sistema (Brasil p.101)
Dessa maneira, o pensamento da classe dominante torna-se prevalecente na sociedade, porque aqueles que possuem os meios de produção material necessariamente possuem os meios de geração e circulação das ideias, confundindo-se, assim, a perspectiva da classe dominante com a visão de mundo de todos os grupos sociais. A ideologia, portanto, contribui decisivamente para a reprodução das estruturas socioeconômicas vigentes (Brasil p.104)
Ideologia e Estado são consequências de sociedades divididas em classes, circunscrevendo relações culturais e políticas de uma humanidade alienada, cujas formas históricas estão em necessária correspondência com as relações sociais de produção. Derivam, portanto, da base material da sociedade, ao mesmo tempo que, articulando a unidade social e institucionalizando o domínio no nível político, contribuem para a sua permanência (Brasil p.105).
ditadura do proletariado –, que, além de instaurar a socialização dos meios de produção – os estabelecimentos econômicos não seriam mais propriedades particulares de burgueses, pertencendo ao conjunto da sociedade –, devem planejar a economia e remover a herança sociocultural capitalista, que, certamente, persistirá durante algum tempo (Brasil p.107).
Nessa sociedade comunista, finalmente, os seres humanos superariam sua condição alienada na interação entre trabalho manual e trabalho intelectual, tornando-se livres para desenvolver a sua humanidade. Diante da remoção da existência alienada e eliminada a oposição entre homem e natureza – dado o elevado nível tecnológico da sociedade –, os homens têm as condições suficientes de reassunção de sua essência social, realizando sua humanidade para si (Brasil p.108).
Para ele, as instituições de ensino são o lugar a partir do qual poderiam ser desencadeadas ações revolucionárias, mas, ao mesmo tempo, são responsá- veis pela transmissão de valores e hábitos conservadores ao sistema vigente. É possível também estimular o inconformismo, a inquietação e a capacidade de criticar, questionar ou seja: O homem não é um produto do meio, nem é o resultado das lições que são ministradas na casa ou na escola (Brasil p.109).
Marx ia contra as ideias que defendiam a Educação como atividade capaz de produzir por si só a transformação da sociedade, isto porque o educador, como parte do sistema, é também educado, formado pelo sistema em que está inserido, daí não poder propor a sua superação como um todo. Sua atividade, apesar de limitada, tem consciência da necessidade da transformação (em teoria), e deve ser compreendida como atividade humana; como práxis (ação com teoria) contribuindo para a construção da História. O educador precisa transmitir não apenas conhecimentos, mas convicções, para que seja exercitado sempre o caminho da dúvida (Brasil p.109).
Marx e Engels, elaboraram uma proposta pedagógica que unia educação e trabalho. O trabalho não era tido por eles como mero treinamento técnico, mas como algo associado ao trabalho intelectual e politécnico. Essa formação integral, que associava o manual e o intelectual, possibilitaria o fim da exploração capitalista, uma vez que permitiria aos filhos dos proletários uma educação mais completa e avançada do que a formação recebida pelos filhos da elite (Brasil p.110).
Cabe destacar que Marx, ao contrário das teorias em vigor à época, organizou o tempo do trabalho das crianças de acordo com três faixas etárias: duas horas para crianças entre 9 e 12 anos de idade, quatro horas de trabalho para crianças entre 13 e 15 anos e seis horas para os jovens entre 16 e 17 anos. O trabalho das crianças e jovens deveria ser permitido apenas se combinado com a educação, uma educação de caráter tecnológico que integraria o programa político de constituição de uma sociedade comunista (NOGUEIRA, 1990)
O ideário socialista provocou grandes alterações nas concepções pedagógicas. Epistemologicamente, negava os pressupostos idealistas e o materialismo tradicional. Do ponto de vista político, acusava a exploração de uma classe por outra e defendia a educação universal e politécnica (Brasil, p.111).
Cabe destacar que Lênin (1870 – 1924), cujo trabalho teórico não se afasta do ativismo exercido como líder bolchevique, restabeleceu a ortodoxia da concepção de Marx e Engel, que ficou conhecido como marxismo-leninismo. Durante o seu governo, a União Soviética transformou-se em uma potência industrializada, principalmente porque conseguiu solucionar o problema da educação, erradicando o analfabetismo, além de outros problemas sociais, como saúde e moradia (Brasil, p.112).
Podemos afirmar que ocorreu uma aproximação entre a educação e a revolução, ao enfatizar a importância da cultura, especialmente com relação à ciência e tecnologia, e a defesa do consciência da luta de classes e da educação politécnica, voltada para o trabalho. O objetivo era criar o novo cidadão transformando a sociedade semifeudal em um país industrializado e moderno (Brasil, p.112,113).
Referências:
ENGELS, Friedrich. Anti-Dühring.1877. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2008. 
MARX Karl. Para uma crítica da economia política (1857). Edição eletrônica: Ed. Ridendo Castigat Mores (www.jahr.org), 1999.
NAVES, Marcio Bilharinho. Marx: Ciência e revolução. Campinas/São Paulo: Ed. da Unicamp, 2000. 
NOGUEIRA, Maria Alice. Educação, saber, produção em Marx e Engels. São Paulo: Cortez, 1990. 
NUNES, Benedito. O dorso do tigre. São Paulo: Ed.34, 2009
 
 
 Curso de Graduação em Pedagogia
 Karine Baiense dos Santos
 Karl Marx
 Ideologia Marxista
 Niterói 
 2018

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