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* * UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO – UFRRJ INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS Departamento de História e Relações Internacionais – DHRI Gradução em História HISTÓRIA ANTIGA I (O EGITO FARAÔNICO – política, mitologia, religião) Professor Luís Eduardo Lobianco * * Períodos do Egito na Antiguidade e na Alta Idade Média Egito Faraônico: cerca de 3.200 a 330 a.C. Egito Ptolomaico (Lágida ou Helenístico): 330 a 30 a.C. Egito Romano: 30 a.C. a 395 d.C. Egito Bizantino: 395 a 642 d.C. * * DEUSES E DEUSAS Atenção: nos próximos “slides”, aparecem as imagens de todas as divindades, que estão presentes na imagem da PSISCOSTASIA = Estado da Consciência do Morto, no Tribunal de Osíris. Trata-se das deusas ÍSIS, NÉFTIS, e a importante deusa MAAT = Verdade, Ordem e Justiça e os deuses ANÚBIS, OSÍRIS, HÓRUS e THOT. Seres Mitológicos e o IB - Importante: AMMIT (a Monstra Devoradora), que NÃO é uma deusa, da “Consciência” do Morto = o “IB”, que é também seu coração simbólico, já que o verdadeiro ficava dentro do corpo mumificado do falecido. * * Os principais deuses e deusas, cujas representações iconográficas devem ser reconhecidas e identificadas suas funções, sobretudo na PSICOSTASIA, são SOMENTE: Anúbis, Maat, Osíris, Hórus, Thot, Ísis e Néftis. * * COROAS – as coroas branca (poder só sobre o Alto Egito (Vale do rio Nilo) = “Heget” e a vermelha (poder só sobre o Baixo Egito (Delta do rio Nilo) = “Desheret” unem-se na “coroa Pschent” = o poder sobre todo o Egito (do Faraó ou do deus Hórus – a quem o Rei era associado em vida). Os outros nomes das coroas “Heget” e “Desheret” estão associadas às divindades que protegem, respectivamente, o Alto e o Baixo Egito: a deusa abutre NEKHBET (coroa branca) e a deusa cobra (naja) UADJIT (coroa vermelha). * * MAIS SÍMBOLOS: Amuletos, cetros e coroas BELER, Aude Gros de. A Mitologia Egípcia. Lisboa: Gama Editora, 2001, pp. 118 e 119 * * * * * * A COSMOGONIA = ORIGEM DO MUNDO E A TEOGONIA = NASCIMENTO DOS DEUSES “A GRANDE ENÉADE DE HELIÓPOLIS” Observação 1: esta é a mais famosa das Cosmogonias e Teogonias Faraônicas. Observação 2: “Enéade” significa 9 deuses, mas posteriormente considera-se com mais divindades. Observação 3: na realidade, Chu representa o AR SECO e Tefnut a UMIDADE * * * * PARTES (Elementos) DO INDIVÍDUO (do ser) corpo ren (nome) ib (coração simbólico – “consciência”) ka (“princípio de sustento”) ba (“princípio do movimento”): representação antropozoomórfica (pássaro com cabeça humana – do falecido). Personalidade e deslocamento. Akh – inexiste na vida terrena e surge a partir dos ritos funerários e da união das outras partes do indivíduo, em especial o ka e o ba. sombra * * A PSICOSTASIA PESAGEM DA psychē̕ : “ALMA?” - CORAÇÃO – JUÍZO – DISCERNIMENTO - CONSCIÊNCIA (principal definição). stásis: estado, condição de alguém. psychē̕ + stásis: Psicostasia: o estado da consciência (do morto) OBSERVAÇÃO: o termo ou ideia de ALMA NÃO se adequa à cultura faraônica, mas em geral à grega, à judaica e à cristã. * * “Psicostasia” – pesagem da “alma?” ATENÇÃO: não é correto falar-se em “alma” para o mundo faraônico. Na verdade, trata-se da pesagem do coração simbólico ou, mais precisamente, da “consciência” do defunto. Logo a seguir, a iconografia (em partes conectadas) encontrada no Livro dos Mortos do Papiro de Hunefer (escriba real do Reino Novo). In BAINES, John e MÁLEK, Jaromír. O Mundo Egípcio. Deuses, Templos e Faraós. Volume II. Tradução de Maria Emília Vidigal. Madrid: Edições del Prado, 1996, p.p. 218 – 219. * * “Psicostasia” – pesagem do coração simbólico (IB = consciência) do defunto, no Livro dos Mortos do Papiro de Hunefer, pesagem feita com a pluma da deusa MAAT (que representava verdade, ordem e justiça) ( 1ª parte) * * Psicostasia” de Hunefer já “absolvido” no Tribunal Funerário de Osíris ou “sala das duas verdades / duas Maats” e sendo encaminhado ao Além (o mundo de Osíris) ( 2ª parte ) * * ATENÇÃO sobre a Psicostasia do morto Hunefer (1ª parte): Deuses presentes nesta iconografia funerária: Anúbis, Maat, Thot, Hórus, Osíris, Néftis (à frente) e Ísis (ao lado de Néftis e parcialmente escondida), além de parte das 42 divindades julgadoras deste Tribunal (registro ao alto, a quem Hunefer presta reverência); ANÚBIS conduz Hunefer ao Tribunal e regula o fiel da balança na qual seu IB será pesado com a pluma (ou pena) de avestruz de MAAT. Caso seu IB NÃO fosse mais pesado do que a pluma, significava que durante sua vida terrena o morto fora JUSTO, VERDADEIRO e mantivera a ORDEM contra o retorno do CAOS inicial. TOTH anota a SENTENÇA do julgamento, a qual ABSOLVEU o morto. HÓRUS apresenta Hunefer absolvido a seu pai, OSÍRIS, que preside o julgamento. ÍSIS e NÉFTIS estão atrás de Osíris em posição de reverência a ele e “pranteando” o morto, como fizeram com Osíris. * * ATENÇÃO sobre a Psicostasia de Hunefer (2ª parte): Símbolos vistos nesta imagem (na 2ª parte – no “Além – o mundo de Osíris): a) a flor de lótus = renascimento; b) o olho Udjat (ou olho de Hórus) = regeneração; c) os vasos canópicos (que guardavam as principais vísceras do morto: estômago, intestinos, pulmões e fígado) protegidos pelos 4 filhos de Hórus, o Antigo (NÃO é “Hórus” filho de Ísis e Osíris). O trono de Osíris está sobre o “rio Nilo”. Osíris porta (usa) sua coroa ATEF, segura o CETRO HEQA = realeza + CHIBATA NEKHAKHA ou FLAGELLUM = poder e autoridade e é representado como uma múmia, além de ter as mãos e o rosto verdes, ligando-o à agricultura. * * ATENÇÃO sobre a Psicostasia de Hunefer (3ª parte): Ammit (a “monstra devoradora” do IB, olha ansiosa para a sentença proferida por THOT para saber se Hunefer foi absolvido ou culpado. Em caso de culpa, a “monstra” devoraria o IB do morto e por ser o IB uma das 7 partes do ser, ao desaparecer este, seu CORPO (outra destas 7 partes) também sumiria, portanto o morto nunca mais poderia reunir todas estas partes e jamais entraria no Mundo de Osíris. Tais partes do ser são: corpo, ib, nome, sombra, ka (princípio do sustento), ba (princípio do movimento). IMPORTANTE: KA e BA NÃO são “almas” e a 7ª parte é o AKH = KA + BA. OBSERVAÇÃO: não se conhece iconografias nas quais o morto tenha, ainda em vida, pedido que seu IB fosse representado mais pesado do que Maat ou sua pluma, pois isto significaria que sua CONSCIÊNCIA IB seria devorada pela Monstra e o defunto NUNCA poderia reunir novamente as 7 partes de seu ser e muito menos entrar no mundo de Osíris – o Além. * * A “Reforma de Amarna” (reinado de Amenhotep IV ou AKHENATON) Reino Novo (1570 a 1070 a.C.) (XVIII dinastia – 1353 a 1335 a.C.) O culto de adoração ao deus ATON (o disco solar). Monoteísmo ou Monolatria ? Monolatria, pois embora ATON seja o único deus que o Faraó adora, as demais divindades faraônicas não desapareceram. Monoteísmo ocorre quando há SOMENTE um ÚNICO DEUS. Este NÃO foi o caso específico de AMARNA. * * Faraó Akhenaton (Amenófis IV – nome grego / Amenhotep IV – nome egípcio), Rainha Nefertiti e duas jovens princesas em Deir el-AMARNA ( Akhetaton ) (A família real adorando o disco solar – o deus ATON) BELER, Aude Gros de. A Mitologia Egípcia. Lisboa: Gama Editora, 2001, P. 23. * * * * CONCLUSÃO Bibliografia ao longo do Powerpoint * * * * * * * * * *
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