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INTRODUÇÃO A ANATOMIA: Posição Anatômica: Indivíduo com o olhar para o horizonte, em posição ortostática (olhando para frente), com os braços ao lado do corpo e palmas das mãos para cima, e pés voltados para frente e alinhados. Planos: • Mediano ou coronal: divide o corpo em D e E. • Sagital: é paralelo ao mediano. • Coronal ou frontal: divide o corpo em Anterior e Posterior. • Transverso: Divide o corpo em Superior e Inferior. Tipos de movimentos: • Flexão: quando você diminui o tamanho do ângulo de uma articulação. • Extensão: quando você aumenta o ângulo de uma articulação OBSERVAÇÃO: a flexão no joelho é para trás e a extensão para frente. • Pronação: dorso das mãos para cima. • Supinação: palmas das mãos para cima (posição anatômica). • Dorsiflexão: aproximar a ponta dos pés da perna. • Flexão plantar: flexionar a parte plantar dos pés: colocar as pontas dos pés para baixo (ponta dos pés). • Inversão: pés para dentro. • Eversão: pés para fora. • Retrusão: trazer a mandíbula para trás. • Protusão: trazer a mandíbula para frente. • Elevação: elevar os ombros. • Depressão: abaixar os ombros. • Abdução: afastar da linha mediana. • Adução: aproximar da linha mediana. • Flexão lateral: flexão do tronco para a D e E. • Oposição: aproximação do dedão e dedinho da mão. • Reposição: afastamento do dedão e dedinho da mão (posição anatômica). • Circundação: movimento de girar por completo (ombros e pernas). Termos de relação: • Mediano: linha média do corpo. • Medial: em direção a região mediana. • Lateral: afastamento da região mediana. • Superior: acima do eixo médio • Inferior: abaixo do eixo médio • Caudal: afastamento do crânio. • Proximal: próximo da estrutura. • Distal: distante da estrutura. • Rostral: em direção à parte anterior do crânio (encéfalo). • Ipsilateral: duas estruturas no mesmo lado do corpo (perna D e braço D). • Contralateral: duas estruturas que estão em lados opostos do corpo (mão E e mão D). • Superolateral: em direção a o crânio e distante da linha mediana. • Inferolateral: afastamento do crânio e distante da linha mediana. • Bilateral: se tem uma estrutura no lado D e outra no lado E (são iguais). • Unilateral: se tem uma estrutura somente ou no lado D ou no lado E. SISTEMA TEGUMENTAR: É constituído pela pele: maior órgão do corpo humano. Funções: • Proteção contra danos mecânicos. • Controle de temperatura corporal. • Contenção de estruturas e líquidos. • Síntese e armazenamento de vitamina D. • Sensibilidade. Pele x Condições clínicas do paciente: • Oxigenação: quando a hemoglobina está carreando O2 ela está na cor avermelhada, enquanto quando está carregando CO2 fica de cor azulada, o que provoca alteração de cor da pele, chamada de cianose. OBSERVAÇÃO: Existe a intoxicação por monóxido de carbono, onde não se tem a cianose, uma vez que o monóxido se liga igualmente ao O2 na hemoglobina. / Intoxicação por bilirrubina (pigmento amarelado): quando se tem acúmulo desse no organismo se tem a cor da pele amarelada chamada de icterícia. • Perfusão: Através do polpo digital consegue se observar como está a perfusão periférica. • Turgor e elasticidade: Pacientes com caso de desnutrição apresentam diminuição da elasticidade e turgor. Composição: - A pele é formada de suas camadas: • Epiderme: camada externa da pele, que não é vascularizada, sendo nutrida por vasos da derme. (Epitélio Estratificado Queratinizado). - Possui os queratinócitos (produção de queratina), células de Langerhans (protegem e apresentam os antígenos – parte do sistema imunológico), linfócitos e melanóticos (produz melanina e recobre os queratinócitos; protegem contra raios UV tudo que está abaixo deles). OBSERVAÇÃO: Vitiligo – Doença autoimune que destrói melatinócitos. - Possui em sua estrutura a queratina e um epitélio de revestimento regenerativo. - Possui algumas terminações nervosas. - É dividida em epitélios: Basal ou Germinativo (camada mais interna, onde se tem mitose. Produção de queratina: tem queratinócitos); Espinhoso (possui queratinócitos ricos em desmossomos: flexibilidade); Granuloso (possui queratinócitos em apoptose, que secretam lipídeos que agirão como um selante); Lúcido (somente na pele das extremidades, queratinócitos mortos); Córneo (é a camada mais externa, com queratinócitos mortos, em constante processo de descamação). • Derme: é a camada mais interna de tecido conjuntivo denso, vascularizada e com maior quantidade de terminações nervosas. - Possui em sua estrutura as fibras de colágeno e fibras elásticas (elastina). - Com o envelhecimento vai se perdendo elastina que não se regenera causando as rugas e flacidez. - Na derme têm-se os folículos pilosos (origem dos pelos é na epiderme), glândulas sebáceas. É dividida em duas camadas: Papilar (camada mais superficial, que possui finas fibras elásticas, papilas que estão em contato com a epiderme: camada basal) e Reticular (camada mais profunda, onde as fibras de colágeno e fibras elásticas mais expessas). Linhas de clivagem ou de tensão ou de Langer: são linhas formadas pela distribuição de fibras de colágeno. Nos membros são longitudinais enquanto no pescoço e tórax são transversais. Estas linhas são muito importantes no momento de incisão cirúrgica uma vez que se a sutura for em posição contrária a linha, a mesma poderá se abrir e ter mais dificuldades de cicatrização pela tensão. Anexos da pele (Derme): • Unhas: presente na derme. • Músculos eretores do pelo: presente na derme. • Pêlos: presente na derme – folículos pilosos. • Glândula sebácea – presentes na derme. Hipoderme ou tela subcutânea: - Não é pele. - Constituída por um tecido conjuntivo frouxo: tecido adiposo. - Possui em sua estrutura gordura, por isso tem função termorreguladora e de proteção mecânicas e das proeminências ósseas com a pele. OBSERVAÇÃO: Mensurações de gordura em academia são através da hipoderme. - A distribuição de gordura no corpo varia entre homem e mulher devido aos hormônios. - Presente entre a derme e a fáscia muscular. Queimaduras: - Trata-se de uma lesão da pele causado por calor, frio, radiação ou produtos químicos. - É uma lesão de qualquer parte da pele e a gravidade está relacionada a sua extensão e profundidade. OBSERVAÇÃO: Grandes queimados: Quanto ↑ a extensão e ↑ a profundidade ↑ risco de desidratação devido a perda de H2O por osmose para o ar atmosférico. A queimadura é classificada por graus: • 1º grau: Lesão somente da epiderme – hiperemia (Exemplo: queimadura solar – a epiderme descama uma vez que se regenera). • 2º grau: Lesão da epiderme e derme superficial: papilar. • 3º grau: Lesão da epiderme, derme e pode chegar a fáscia – a cicatriz é permanente e geralmente se tem que fazer enxerto. Cálculo da área queimada – Regra dos nove: • Adultos: - Cabeça anterior ou posterior 4,5% cada – 9% - Tórax anterior ou posterior 9% cada – total dos dois 18% - Abdome anterior ou posterior 9% cada – total dos dois 18% - Perna D ou E anterior ou posterior 9% cada – total dos dois lados e regiões 36% - Períneo – 1% - Braço D ou E anterior ou posterior 4,5% - total dos dois lados e regiões 18% TOTAL DE ÁREA QUEIMADA: 100% • Crianças e Bebês: - Cabeça total – 18% - Tórax anterior ou posterior 9% cada – total dos dois 18% - Abdome anterior ou posterior 8,5% cada – total dos dois 17% - Perna D ou E anterior ou posterior 7% cada – total dos dois lados e regiões 28% - Períneo – 1% - Braço D ou E anterior ou posterior4,5% - total dos dois lados e regiões 18% TOTAL DE ÁREA QUEIMADA: 100% FÁSCIAS: - Tecidos que revestem sob a tela subcutânea e a pele (epiderme e derme). - Estão abaixo da tela subcutânea. - Podem ser classificadas como: • Superficiais: É a camada mais externa que tem contato com a hipoderme. • Profundas ou Musculares: São estruturas de tecido conjuntivo denso que revestem todas, acondicionam e isolam estruturas profundas do corpo. As fáscias profundas ou musculares são organizadas como: 1)- Septos intermusculares: aderem aos ossos e separam os músculos. 2)- Compartimentos Fasciais: os músculos são separados e isolados por compartimentos. Recobrem os feixes vasculonervosos. OBSERVAÇÃO: Quando se tem infecção em um músculo não se passa a outro devido aos compartimentos fasciais. OBSERVAÇÃO: Fasciotomia – Quando tem ↑ da pressão de um determinado compartimento, faz-se uma abertura na fáscia ↓ a compressão. 3)- Retináculos: são fáscias que prendem os tendões para ajudar a direcionar o movimento (principalmente em tornozelo e punho). OBSERVAÇÃO: Quando o retináculo se solta do tendão causa dor. 4)- Fáscia subserosa ou visceral: Situadas entre a camada interna de revestimento da fáscia profunda e a membrana serosa (que reveste todas as cavidades do corpo). Separa osso ou músculo de vísceras. - As fáscias subserosas podem ser: 1)- Fáscias endotorácicas: separa o pulmão 2)- Fáscias endoabdominal: abdominal 3)- Fáscias endopélvicas: pélvica Bolsa serosa: - São sacos ou bolsas fechadas de membrana serosa (que reveste todas as cavidades do corpo), sendo produzido um infiltrado de sangue a fim de evitar o atrito entre as estruturas. - Revestem e protegem estruturas adjacentes: coração (pericárdio), pulmão (pleuras), tendões (bolsa tendínea) e vísceras abdominais (peritônio). - A parte desta bolsa que está em contato com a víscera é chamada de VISCERAL, enquanto a que está em contato com a parede do corpo é chamada de PARIETAL. OBSERVAÇÃO: Bursite – inflamação da bursa que é uma bolsa serosa presente nas articulações (Bursa subacromial, do olecrano, retrocalcanea entre outras), onde se tem maior acúmulo de líquidos e aumento de tamanho desta estrutura levando a dor. SISTEMA ESQUELÉTICO: - O sistema esquelético é composto de ossos e articulações. - O esqueleto é dividido em: • Esqueleto Axial: Compreende ossos do crânio, coluna vertebral, osso hióide, costelas e esterno. Vértebras: - Cervicais (7 vértebras): processos espinhosos bífido e horizontalizado (para frente), corpo vertebral menor o possui forame transverso. Possuem duas vértebras atípicas: C1 – atlas (não possui corpo vertebral e processo espinhoso – dá sustentação ao crânio), C2 – axis (possui processo odontóide para articular com o atlas – artic. Sinovial do tipo trocoidea, corpo vertebral e processo espinhoso) e C7 – proeminente (possui processo espinhoso não bífido e longo e forame transverso muito pequeno). - Torácica (12 vértebras): articulam com as costelas posteriormente (art. Sinovial do tipo plana – art. costovertebral), possuem processo espinhoso mais alongado e verticalizado (para baixo). - Lombar (5 vértebras): possuem corpo vertebral maiores já que dá sustentação a coluna, processo espinhoso achatado e curto (“tipo machadinha”). Costelas: - São 12 (mesma quantidade de vértebras lombares), articulam anteriormente com o esterno (somente até a 7ª vértebra) e posteriormente com a vértebra lombar. - As costelas são divididas em: verdadeira – 1 a 7 (articula-se com o esterno anteriormente por uma art. Sinovial do tipo plana – art. Esternocostal, porém a primeira costela faz uma art. Fibrosa do tipo sindesmose e posteriormente articula-se com a vértebra torácica); falsas – 8 a 10 se articulam com o esterno através da art. da 7ª vértebra; flutuantes – 11 e 12, não se articulam com o esterno. • Esqueleto Apendicular: Compreende os ossos da cintura escapular, pélvica, dos MMII, patela e MMSS. Funções do sistema esquelético: • Base de sustentação ao corpo. • Sistema de alavanca: transforma contração muscular em movimento articular • Proteção para órgãos vitais. • Armazenamento de sais: cálcio. OSSOS: - Os ossos são estruturas resistentes, porém não são duros, devido à composição de cristais de hridroxiapatita (cálcio) e colágeno tipo I. Desta forma, eles servem como proteção, pois absorvem o impacto, não deixado que o mesmo passe para as vísceras. - São recobertos pelo PERIÓSTEO. Desenvolvimento ósseo: - É formado devido a células que desenvolvem suas funções: • Osteócitos: células maduras (osteoblastos maduros com outra função) – informam as outras células como está o osso. • Osteoblastos: formam o osso – produzem colágeno tipo I, síntese de matriz orgânica e geram osteócitos. • Osteoclastos: reaizam reabosorção do osso para formação de um novo pelo osteoblasto. • Células osteogências: produzem os osteoblastos e osteoclastos. O Ca2+ está 99% presente na matriz óssea e somente 1% na circulação sistêmica. A presença desses 99% se dá por três agentes: - Vitamina D: aumenta a absorção de Ca2+ no intestino para compor o osso. Necessário sua ativação com luz solar para exercer sua função (em ingestão oral não necessita exposição solar). - Hormônio Para-tireóideo (PTH): aumenta a absorção de Ca2+, pelo estímulo ao rim produzir vitamina D. Desta forma, quanto ↑ Ca2+ se tem ↓ PTH tem. - Calcitonina: em curto prazo reduz a saída de Ca2+ pela membrana óssea e a longo prazo reduz a reabsorção óssea. Tipos de Ossificação: - Todos os ossos derivam do mesênquima (tecido conjuntivo embrionário), porém o processo de ossificação possui duas formas: • Ossificação intramembranosa: inicia antes do nascimento (no período fetal), onde o tecido do mesênquima é substituído diretamente por tecido ósseo. – Clavícula e crânio. • Ossificação endocondral: Inicia após o nascimento a ossificação. Durante o período fetal o tecido mesenquimal é substituído por cartilagem (produzida pelos condrócitos). Esta cartilagem começará a ser substituída por tecido ósseo no centro do molde (centro de ossificação primário), logo após inicia esta substituição nas extremidades (centro de ossificação secundário). Entre estes centros de ossificação permanecem cartilagens (para permitir o crescimento do osso) que são chamadas de epífise de crescimento. – Ossos longos. OBSERVAÇÃO: Exames de RX e epífise de crescimento: É importante o conhecimento da ossificação de forma que se consegue avaliar o desenvolvimento ósseo de uma criança através do fechamento da epífise de crescimento. Além de evitar erros e não suspeitar de fratura onde se tem a epífise de crecimento. Classificação dos ossos: 1)- De acordo com o tecido ósseo tem-se a seguinte classificação: • Osso Compacto ou Cortical: Possui canais percorridos por vasos sanguíneos e nervos chamados de canais de Wolkmann e canais de Havers. Dá sustentação ao peso, por se tratar de um osso rígido. • Osso Esponjoso ou Trabecular: É menos denso, mais macio e menos rígido. Possui trabéculas em seu interior que dão a aparência de porosidade. Está presente principalmente nas epífises (extremidades ósseas) e diáfises (parte central do osso), sendo importante na absorção do impacto evitando que o osso se quebre. Em sua composição tem a medula óssea vermelha (hematopoiese) e amarela (gordura). 2)- De acordo com o formato ósseo tem-se as classificações: • Osso Longo: o comprimento é maior que as outras dimensões (úmero, rádio,ulna, fêmur, tíbia, fíbula). • Osso Plano ou Laminar: são finos e planos, que servem como proteção para órgãos vitais (escápula, quadril, esterno, crânio). • Osso Irregular: não possui um formato pré-definido (coluna vertebral). • Osso Curto: a largura e comprimento são iguais (ossos do tarso e do carpo). • Osso Pneumático: possuem cavidades por onde tem a passagem de ar (frontal, maxilar, etmoide, esfenoide e temporal). • Osso Sesamóide: prende o tendão intensificando o movimento (patela, osso hióide). OBSERVAÇÃO: Valgo – Aproximação das articulações, normalmente joelhos e cotovelos tem um pouco de valgo. Varo – Afastamento das articulações (ex. “cambota”). Achados Clínicos: • Osteogênese Imperfeita – Fragilidade óssea devido a um defeito na formação de colágeno. • Ossos supranuméricos ou acessórios – ocorre devido à formação de vários centros de ossificação, formando um osso extra. Comum nos pés e mãos, no tarso e carpo, onde se tem ossos sesamoides. • Ossos heterotrópicos – crescimento de um osso em um local onde não se tinha geralmente decorrente de um traumatismo que gerou uma fratura. • Necrose avascular – é a interrupção de suporte sanguíneo ao osso, decorrente muitas vezes de traumatismo onde se tem uma fratura. Toda fratura gera uma necrose avascular no local, o que difere nas consequências é o tamanho da mesma. • Osteoporose – se tem maior reabsorção óssea (ação de osteoclastos) do que de deposição óssea (ação dos osteoblastos), ↑ fragilidade óssea. • Fratura em galho verde – rupturas incompletas de ossos em crianças. Atentar ao RX se não ocorreu deslocamento da epífise de crescimento da criança. ARTICULAÇÕES: - Consistem na união de duas estruturas ósseas, impedindo o desgaste entre eles. Tipos de articulações: - As articulações são divididas em três tipos: • Articulação Sinovial ou Diartrose: É composta por uma cápsula articular que está externamente à membrana sinovial, membrana sinovial que produz o líquido sinovial que é característica desta articulação e cartilagem hialina que recobre os ossos (branca e brilhante). Esse líquido além de gerar proteção também atua na nutrição de condrócitos próximos a articulação. Produzem muito movimento. • Articulação Fibrosa ou Sinartrose: É composta por fibras de colágeno, são rígidas. Produzem muito pouco ou nenhum movimento. • Articulação Cartilaginosa ou Anfiartrose: É composta por cartilagem que pode ser hialina ou fibrocartilagem. Produzem pouco movimento. Cada articulação possui suas divisões por tipos de movimentos e componentes estruturais. • Articulação Sinovial ou Diartrose: 1)- Planas: O movimento no plano articular é de deslizamento – Art. Acromioclavicular, sacro- ilíaca: parte anterior, intercárpica, intertársica, costovertebral, zigoapofisária. 2)- Gínglimos/Dobradiça: Movimento de extensão e flexão (Uniaxiais: único plano) – Art. Cotovelo e interfalangiana. 3)- Selares: Movimentos de flexão, extensão, adução e abdução (Biaxiais: dois planos) – Art. Carpomecarpal no polegar. 4)- Elipsóideas: Movimentos de flexão, extensão, adução e abdução (Biaxiais: dois planos), pelo menos uma das superfícies tem forma de elipse – Art. radiocárpica, metacárpica e metatársicafalangianas. 5)- Esferóideas: Movimentos de flexão, extensão, adução, abdução, circundação, rotação medial e lateral (Multiaixiais: vários planos e eixos) – Art. escapulo-umeral, coxo- femoral. 6)- Trocóideas: Movimento somente de rotação (Uniaxial: um eixo) – Art. atlanto-axial, radioulnares proximal e distal. • Articulação Fibrosa ou Sinartrose: 1)- Sindesmose: união dos ossos por tecido fibroso, possuindo pouco movimento – Art. Sacroilíaca: parte posterior, membrana interóssea: entre tíbia e fíbula e rádio e ulna (movimento de supinação e pronação). 2)- Suturas: união dos ossos do crânio onde não se tem movimento. Até os 20 anos elas separam as estruturas ósseas planas do crânio, após isto fica somente a marca – Sutura sagital, coronal, escamosa e lambdoide. SUTURA # FONTANELA (união de suturas e não possui tecido fibroso). 3)- Gonfoses: não possuem nenhum movimento, presente nos dentes com seus retináculos. • Articulação Cartilaginosa ou Anfiartrose: 1)- Art. Cartilagínea primária ou Sincondrose: união dos ossos por cartilagem hialina, são temporárias até o crescimento ósseo (ossificação intramembranosa e endocondral). 2)- Art. Cartilagínea secundária ou Sínfese: As articulações são unidas por fibrocartilagem – Sínfise púbica, sínfise mentuana (entre os dois lados da mandíbula), discos intervertebrais na coluna vertebral e zingapófise (união da face articular superior de uma vértebra com a face articular inferior de outra vértebra). Achados Clínicos: • Microcefalia – as suturas do crânio de recém-nascido não se encontram unidas, formando entre elas as fontanelas (“moleiras”) anterior (bregma) e posterior (lâmbda). A posterior se fecha até os dois meses enquanto a anterior se fecha até os dois anos. Caso o fechamento seja feito antes, tem o desenvolvimento de microcefalia que é o impedimento de crescimento adequado do cérebro e desenvolvimento do SNC. • Osteoartrite – comum em idosos, onde se tem uma ruptura na cápsula articular com entrada de substâncias do sangue que pode conter microorganismos patológicos evoluindo para inflamação articular que não tratada pode evoluir para septicemia. • Doença articular degenerativa – comum em atletas que praticam corridas, onde o impacto gera ao desgaste da articulação sinovial e também em idosos que possui a diminuição destas articulações com o tempo. Gera muito dor para ambos. O procedimento realizado para diagnosticar e tratar lesões na articulação tem o nome de Artroscopia. SISTEMA MUSCULAR: - É composto por fibras musculares contráteis. - O citoesqueleto é formado pelos filamentos intermediários (resistência mecânica), filamentos de actina (forma e mobilidade: contração muscular – miosina, quando em presença de ADP, se liga a actina e a puxa – encurtamento da fibra muscular, na presença de ATP a actina se solta da miosina) e microtúbulos (transporte). OBSERVAÇÃO: Epidermólise bolhosa: Não tem fixação entre a derme e epiderme. Deficiência de filamentos intermediários. OBSERVAÇÃO: Progeria: criança com a aparência velha, gerado por deficiência de filamento intermediário. OBSERVAÇÃO: Sinusite crônica: deficiência de microtúbulos havendo ↓ de cílios e ↑ de secreção acumulada. Funções: • Realizar o movimento. • Sustentação. • Dar forma ao corpo. • Fornecer calor. Composição da fibra muscular: • Fascículo muscular: conjunto de fibras musculares. • Míócito: células musculares. • Sarcoplasma: Citoplasma das células musculares. • Sarcolema: Membrana plasmática das células musculares estriadas esqueléticas. • Retículo Sarcoplasmático: retículo endoplasmático da célula muscular. • Miofibrilas: são a actina e miosina. • Células Satélites: regeneração do músculo em caso de lesões e crescimento muscular. • Sarcômeros: local onde tem a ligação da actina e miosina e a contração muscular. Tipos de músculos: Os músculos são divididos em três tipos: • Músculo estriado esquelético: É multinucleado, voluntário (controlado pelo Sistema Somático). São considerados estriados por possuírem faixas escuras e claras alternadas, chamadas de estrias. São inervados por fibras somáticas. Pela disposição das fibras musculares, apresentam grande força contrátil. • Músculo estriado cardíaco: É uninucleado e involuntário (controle pelo Sistema Autônomo). A força e velocidade decontração são influenciadas pelos hormônios. – Coração. • Músculo liso: Não possui estrias em sua estrutura e involuntário (controle pelo Sistema Autônomo), presente nos vasos sanguíneos, vísceras e peristaltismo. A força de contração é menor, mas apresentam maior amplitude. OBS.: O diafragma é um músculo com função voluntária e involuntária – apesar de se conseguir aumentar a inspiração ou expiração e prender o ar por um determinado tempo (voluntário), o diafragma por aumento de pressão se contrai e relaxa automaticamente (involuntário). MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO: Formação do músculo esquelético: • Parte Vermelha: Parte contrátil do músculo – ventre muscular. • Parte Branca: Fixação do músculo. - Em sua maioria, exceto os planos, são fixados aos ossos por tendões que são ricos em colágeno. Os que não apresentam tendões formam as aponeuroses. Nomenclatura e classificação dos músculos esqueléticos: • Quanto a sua função – Ex. Músc. Adutor do dedo mínimo. • Quanto aos ossos que estão inseridos – Ex. Músc. Esternocleidomastódeio. • Quanto à posição – Ex.: Músc. Vasto lateral da coxa. • Quanto ao comprimento • Quanto à origem – Ex.: M. bíceps braquial, M. tríceps braquial e M. quadríceps da coxa. • Quanto ao formato: 1)- Planos: Têm fibras paralelas que podem se juntar em uma aponeurose (conjunto das fibras musculares – fixação) ou possuírem tendão – M. externo do abdome (aponeurose), M. sartório (tendão). 2)- Peniformes ou Penados: São músculos que apresentam as fibras em formato de penas. São divididas em: Unipenados: se encontram penas somente de um lado do tendão – M. semimembranoso. Bipenados: se encontram nos dois lados do tendão – M. reto femoral. Multipenados: com vários tendões – M. deltoide. 3)- Fusiformes: tem formato de fuso com um ou mais ventres redondos e espessos com extremidades afinaladas – M. bíceps braquial. 4)- Triangulares: originam-se em uma área larga e convergem para formar um único tendão – M. peitoral maior. 5)- Quadrados: tem 4 lados iguais – M. reto do abdome. 6)- Circulares ou Esfincterianos: circundam um orifício do corpo, o fechando quando se contrai – M. orbicular os olhos. • Quanto ao ventre (porção contrátil): 1)- Digástrico: dois ventres – M. Digástrico. 2)- Poligástrico: mais de dois ventres – M. reto do abdome. • Quanto à inserção (porção móvel): 1)- Bicaudado: duas inserções. 2)- Policaudado: mais de duas inserções – M. Flexores e extensores dos dedos. • Quanto à ação: 1)- Agonistas: que faz o movimento, músculo principal – Abdução da coxa: M. glúteo médio. 2)- Antagonistas: fazem movimento contrário ao que está sendo feito pelo músculo principal (agonista) – Antagonista na abdução de coxa: M. adutor magno. 3)- Sinergista: estabiliza o movimento para que ele não seja indesejado, fazendo o mesmo movimento que o agonista – Sinergista na abdução de coxa: M. glúteo médio e mínimo. 4)- Fixadores: mantem a origem do agonista afim de melhorar o movimento – Fixador dos bração ao lado do corpo: M. deltoide. Tipos de contração muscular: • Reflexa: podem ocorrer movimentos devido a reflexos, mesmo os músculos esqueléticos sendo voluntários – Reflexo miotático/patelar e Diafragma estimulado pelos níveis de CO2 e O2. • Tônica: todo músculo em repouso apresenta-se um pouco contraído. Essa contração é o tônus muscular. Confere firmeza, auxiliando na postura. • Fásica: 1)- Isométrica: somente aumento do tônus muscular, o músculo não altera seu tamanho e não há movimento. 2)- Isotônica: comprimento muscular se altera para gerar o movimento. Excêntrica: aumento do comprimento muscular – Sentar. Concêntrica: diminuição do comprimento muscular – Beber água. Mecanismo da contração muscular: Neurônio motor localizado no córtex é estimulado Neurônio localizado na medula espinhal Libera Ach no músculo-alvo Receptores nicotínicos no músculo-alvo Interação actina e miosina (deslizamento) Músculo realiza a função desejada. Achados Clínicos: • Epidermólise bolhosa: Não tem fixação entre a derme e epiderme. Deficiência de filamentos intermediários. • Ausência do tônus muscular: mesmo não sendo responsável pelo movimento o tônus muscular dá estabilidade às articulações, sendo assim a perda do mesmo pode causar eversão dos dentes (“dentes de coelho”) e em pacientes acamados pode gerar luxação das articulações por manipulação. • Distensão Muscular: Lesão no momento em que o músculo está na sua fase relaxada (lesão no tendão ou junção musculo-tendínea). • Estiramento muscular: Lesão do músculo também em sua fase relaxada, porém em menor grau, somente na parte vermelha. • Hiperplasia do músculo liso: ocorre na gestação o aumento do número e tamanho das células lisas por preservarem a capacidade de divisão celular. SISTEMA CIRCULATÓRIO: - É responsável por enviar o sangue oxigenado ao corpo e receber o sangue desoxigenado do corpo, tratando-se de um sistema fechado onde à quantidade de sangue que sai para o corpo e volta para ser oxigenado é a mesma. - É composto: • Átrios: D e E. • Ventrículos: D e E. • Artérias: pressão ↑, volume ↓ e em ↓ quantidade (comparado às veias). Levam sangue oxigenado – Compreendem 20% do sangue. OBSERVAÇÃO: Anastomoses: são comunicantes de ramos de uma artéria que permitem desvio de fluxo sanguíneo em caso de obstruções, processo chamado de Circulação Colateral. • Arteríolas: vasos de resistência, onde se tem o controle da pressão. • Veias: pressão ↓, volume ↑ - vasos de capacitância e em ↑ quantidade. Levam sangue desoxigenado – Compreendem 80% do sangue. • Capilares: onde se tem a troca gasosa – o sangue é levado pelas arteríolas e captado pelas vênulas (entre a arteríola e a vênulas ficam os leitos capilares). Local onde se tem troca de nutrientes com os músculos e tecidos. OBSERVAÇÃO: Sistema venoso porta – ocorre quando o sangue passa por dois leitos capilares antes de retornar ao coração. Sistema porta hepático: conexão entre os capilares intestinais e hepáticos. • Válvulas: permitem a passagem de sangue dos átrios para os ventrículos e dos ventrículos para os pulmões ou corpo. Funções: • Levar O2 e nutrientes. Paredes celulares dos vasos sanguíneos: - Os vasos sanguíneos envolvidos na circulação possuem três paredes celulares: • Túnica íntima: formada por uma única camada de células epiteliais. OS CAPILARES APRESENTAM SOMENTE ESTA TÚNICA. • Túnica Média: consiste em músculo liso e fibras elásticas, determinando o tamanho do lúmen. NAS VEIAS ESSA TÚNICA É MUITO PEQUENA ENQUANTO NAS ARTÉRIAS É MUITO GRANDE. • Túnica Externa ou Adventícia: composta de tecido conjuntivo, fibroblastos, fibras de colágeno e elásticas. OBS.: Vaso vasorum (vasos dos vasos): são pequenos vasos encontrados na túnica externa de grandes vasos. Classificação das artérias: - As artérias vão sempre das de maior calibre para a de menor calibre. • Elásticas/Condução (grande calibre): mantem a pressão de sangue constante, contraindo para ejetar sangue ao corpo e relaxando para receber sangue – Art. Aorta. • Musculares/Distribuição (médio calibre): formadas por fibras musculares, direcionam o sangue para todas as partes do corpo, conforme necessidade de cada região – Art. Braquiais, Art. Femorais. • Arteríolas (pequeno calibre): enviam sangue para os capilares. A pressão arterial é determinada pela pressão do sangue na parece muscular lisa das arteríolas, verificando a firmeza dessa musculatura: ↑ rigidez da parede ↑ PA, parede relaxada = pressão normal.OBSERVAÇÃO: Perda de elasticidade das arteríolas em idosos gera alteração na pressão arterial. Classificação das veias: As veias vão do menor calibre para o maior calibre. • Vênulas (menor calibre): captam sangue dos leitos capilares ricos em CO2 para ser oxigenado – Arco venoso dorsal do pé. • Veias médias (médio calibre): levam o sangue proveniente dos plexos venosos e acompanham as artérias médias – veias acompanhantes. SOMENTE ESTAS VEIAS POSSUEM VÁLVULAS VENOSAS. OBSERVAÇÃO: As veias comunicantes acompanham as artérias médias, desta forma quando elas se expandem pela contração do coração, acabam por comprimiras veias e depois retomam ao diâmetro normal. Esse processo de compressão das veias acompanhantes se chama Bomba Arteriovenosa que facilita o retorno venoso. - Outra bomba que também tem participação no retorno venoso é quando se tem a contração dos músculos, que comprimem também as veias. • Grandes veias (grande calibre): possuem uma túnica externa bem desenvolvida – Veia cava superior. Divisão da circulação: • Circulação Pulmonar: Átrio D Sangue desoxigenado, proveniente do corpo – Abertura da válvula tricúspide. Ventrículo D Bombeado pelas artérias pulmonares (abertura da válvula semilunar pulmonar), para entrar nos pulmões. Pulmões D e E – PROCESSO DE HEMATOSE. Sangue oxigenado é bombeado pelas veias pulmonares (são 4 ao todo, pois possuem D e E e posterior e superior) para sair do pulmão. Átrio E • Circulação Sistêmica: Átrio E Bombeia sangue oxigenado pela válvula mitral. Ventrículo E Bombeia sangue oxigenado pela válvula semilunar aórtica. Artéria Aorta Bombeia sangue oxigenado. Corpo Achados Clínicos: • Arteriosclerose / Isquemia e Infarto: Arteriosclerose é caracterizada pela perda da elasticidade ou espessamento das artérias, sendo a mais comum a Aterosclerose que é o acúmulo de gordura no lúmen da artéria, formando-se a placa de ateroma. Essa placa pode obstruir a artéria levando a uma isquemia levando a infarto, AVC, gangrema (membros), dependendo da região que obstruir. • Varizes: A perda de elasticidade das veias pode levar a formação de varizes pela dilatação dos vasos interferindo no retorno venoso. SISTEMA LINFÁTICO: - Cerca de 3 litros de líquido por dia não são absorvidos pelos capilares, o que se permanecesse na circulação faria com que as proteínas fossem para o espaço extracelular, aumentando a pressão osmótica, gerando edema. - Desta forma, o sistema linfático drena este líquido não absorvido pelos capilares, assim como removem resíduos de decomposição celular e infecções. - É composto por: • Plexos Linfáticos: permitem a passagem do excesso de líquido não drenado pelos capilares para o sistema linfático. • Linfa: a partir do momento que este líquido entra na circulação linfática é chamado de linfa. • Linfonodos: são células linfáticas que filtram o líquor em seu trajeto. • Linfócitos: células do sistema imune que reagem contra materiais estranhos. • Órgãos linfoides: responsáveis pela produção de linfócitos – Timo, medula óssea vermelha, baço e apêndice vemiforme. • Vasos linfáticos: estão presente por toda a parte do corpo com válvulas linfáticas. Esses vasos são divididos em vaso linfático superficial e vaso linfático profundo – esses vasos por sua vez se fundem com vasos maiores e formam grandes vasos linfáticos que entram em vasos colaterais formando troncos linfáticos: ducto linfático D e ducto torácico. Drena linfa do quadrante superior do corpo (lado D da cabeça, pescoço, MMSS e tórax) – Desemboca nas veias jugular interna D e subclávia D – Ângulo venoso D. Drena linfa do restante do corpo. Desemboca nas veias jugular interna E e subclávia E – Ângulo venoso E. Achados clínicos: • Disseminação do câncer: A via mais comum de disseminação de câncer é através do sistema linfático, uma vez que células cancerosas se desprendem do tumor primário e entram no sistema linfático, onde ficarão aprisionadas pelos linfonodos, formando locais de tumor secundário (metástase), causando aumento de linfonodos, mas sem dor. • Linfagite: inflamação secundária dos vasos linfáticos – estrias vermelhas na pele. • Linfadenite: inflamação secundária dos linfonodos, causando dor e inchaço – íngua. • Linfedema: ocorre quando não se tem drenagem de líquido em alguma parte do corpo, causando edema – Retirada de linfonodos cancerosos podem causar. SISTEMA NERVOSO: O sistema nervoso consiste na transmissão de impulsos nervosos motores e sensitivos. Divisão estrutural (anatômica) do SN: Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico Medula Encéfalo Espinhal Composição do SN: • Neurônios: células nervosas, responsáveis pela propagação do sinal elétrico. NÃO SE REGENERAM QUANDO LESIONADOS. • Neuroglia: células da Glia, que sustentam os neurônios. PODEM LEVAR A SEPTICEMIA • Mesencéfalo • Ponte • Bulbo • Diencéfalo • Telencéfalo Saem da Medula Espinhal 2 pares 10 pares 31 pares 12 pares Espinhais Cranianos SNAS SNAP Nervos Gânglios Encéfalo Medula Espinhal • Cérebro • Cerebelo • Tronco Encefálico Neurônios: - Formados por: • Corpo celular: região que abriga o núcleo e organelas, onde se inicia o impulso elétrico. • Axônio: conduz o impulso elétrico do corpo celular para o terminal sináptico. Pode ser revestido por bainha de mielina (isolante elétrico) evitando que o impulso se disperse e entre as camadas de bainha de mielina existem espaços chamados de Nodos de Ranvier que permitem que o impulso seja saltatório – mais rápido. • Dendritos: local de armazenamento dos neurotransmissores, onde ocorre a sinapse com outro neurônio ou célula-alvo. Os neurônios podem variar de forma, sendo: • Neurônios sensitivos pseudounipolares: possuem um dendrito aparentemente único, porém se divide em um prolongamento periférico (que conduz impulso ao órgão receptor) e um prolongamento central (que conduz impulso do corpo celular até o SNC). • Neurônios motores multipolares: tem dois ou mais dendritos e um axônio. Neuróglia: São células cinco vezes mais abundantes que os neurônios e não são excitáveis, portanto não transmitem impulso. Possuem diferenças de constituição no SNC e SNP. • No SNC possuem: 1)- Oligodendrócitos: formam a bainha de mielina. 2)- Astrócitos: são prolongamentos que unem os neurônios aos capilares sanguíneos e a pia- máter. Compõe as barreiras que impedem de toxinas adentrem o SNC – Barreira Hemato- encefálica. 3)- Células ependimárias: são células epiteliais que recobrem os ventrículos cerebrais e a medula espinhal, podendo ser ciliadas facilitando a movimentação do líquor. 4)- Micróglia: são células de defesa que faz fagocitose, participando da inflamação e recuperação do SNC, liberando também citosinas reguladoras do processo imunitário. • No SNP possuem: 1)- Células-satélites: ficam ao redor dos neurônios nos gânglios espinhais e autônomos. 2)- Células de Schwann: são células do Neurolema que formam a bainha de mielina no SNP (assim como os oligodendrócitos no SNC). Sistema Nervoso Central: - O SNC é composto pelo encéfalo e medula espinhal, que são compostos por substância cinzenta (corpos celulares dos neurônios) e substância branca (axônios dos neurônios). - No encéfalo a disposição destas substâncias é:• Substância cinzenta: presente no córtex (periferia), de forma que o sinal precisa ser processado para o movimento ser realizado. • Substância branca: presente no centro, de forma que o impulso precisa ser transmitido para o órgão efetor. Alguns neurônios que possuem vão para o mesmo local se agrupam formando os Núcleos. - Na medula espinhal a disposição destas substâncias é: • Substância cinzenta: presente no canal medular (centro) de forma que o neurônio sensitivo necessita receber o sinal da periferia para enviar ao SNC para realizar um movimento ou não. • Substância branca: presente no córtex, uma vez que o tecido precisa passar informação para o dendrito que será encaminhado ao canal medular para o corpo que fará sinapse com um neurônio motor. - A medula espinhal vai somente até entre L1 e L2 (onde também acaba as meninges), portanto lesões acima destas vértebras atingem a medula. Meninges: - O SNC é recoberto por meninges, que são divididas em: • Pia-máter: revestimento mais externo do encéfalo e medula. • Aracnóide: é a membrana do meio. O LCR ESTÁ LOCALIZADO ENTRE ARACNÓIDE E PIA- MÁTER. Possui prolongamentos que o conecta a pia-máter. OBSERVAÇÃO: No idoso o cérebro diminui sem tamanho esticando os prolongamentos aracnoideos, portanto em um acidente traumático se tem o tracionamento e rompimento deles causando sangramento – conhecido como HAST (Hemorragia Subaracnóidea Traumática). • Dura-máter: revestimento externo que é espessa e rígida, presa ao osso no encéfalo e na medula presa a gordura (espaço extradural – que está preso ao osso da vértebra). OBSERVAÇÃO: Anestesia peridural: injeção de anestésico próximo à dura-máter – Parto normal: sensibilidade preservada, ↓ dor e presença de movimento. OBSERVAÇÃO: Anestesia Raquidiana (Raquianestesia): anestésico ultrapassa a dura-máter, injetado no espaço subaracnóideo – Cesárea – Não se tem movimento ou sensibilidade. Sistema Nervoso Periférico: - Formado por fibras nervosas (nervos – axônios dos neurônios sensitivos) fora do SNC que levam ou recebem impulso elétrico do SNC, está fora do crânio e da coluna vertebral. O CORPO DO NEURÔNIO NO SNP TEM O NOME GÂNGLIO. Formação dos nervos: - O nervo é formado por: • Feixes de fibras nervosas fora do SNC. • Revestimento de tecido conjuntivo que circunda os feixes de fibras nervosas. • Vasos sanguíneos. - O revestimento de tecido conjuntivo das fibras nervosas é dividido em: • Endoneuro: circunda cada uma das fibras nervosas. • Epineuro: envolve todo o nervo. • Perineuro: envolve um feixe de nervos - Os nervos também constituem fibras: • Aferentes / Sensitivas / Posterior: entram no SNC. • Eferentes / Motoras / Anterior: deixam o SNC. Tipos de nervos: • Cranianos: são ao todo 12 pares – deixam o SNC pelos forames cranianos. Podem ser sensitivos, motores ou os dois. • Espinhais: são ao todos 31 pares – abaixo do forame magno, entre as vértebras: se originam na medula, formam-se radículas (junção do neurônio motor com o neurônio sensitivo), que formam raízes nervosas, dando origem ao nervo espinhal. - Os nervos espinhais dão origem à cauda equina: abaixo de L2, onde só se tem nervos não tem mais medula. Lesões abaixo de L2 só atingem nervos. - As radículas dão origem às fibras motoras e sensitivas: Raiz anterior / ventral: fibras motoras / eferentes. Raiz posterior / dorsal: fibras sensitivas / aferentes. - A inervação dos músculos se dá por: Dermátomo: Área unilateral da pele inervada por fibras sensitivas de um único gânglio nervoso dorsal. OBSERVAÇÃO: Herpes zoster: vírus que se aloja na raiz dorsal e segue o caminho do dermátomo. OBSERVAÇÃO: Lesões nos nervos desta região pode causar dormência da área de inervação. - Nos membros não se tem dermátomos alinhados, desta forma a inervação é feita através de plexos nervosos (junção do ramo anterior e posterior do nervo) que formam os nervos periféricos – Plexo cervical, braquial, lombar. Miótomo: grupo de músculos inervados por uma raiz nervosa única. Divisão Funcional do SN: Sistema Nervoso Somático Sistema Nervoso Visceral - Os nervos espinhais e cranianos (axônios) conduzem fibras do tipo: • Fibras somáticas aferentes (sensitivas): dor, temperatura, tato, pressão – 1 fibra. • Fibras somáticas eferentes (motoras): Impulso para o músculo esquelético – 1 fibra. • Fibras viscerais aferentes (sensitivas): 1 fibra. • Fibras viscerais eferentes (motoras): pré e pós-ganglionares (neurônios pré e pós- ganglionares). SOMENTE ESTE POSSUI DOIS TIPOS DE FIBRAS: NA PRÉ-GANGLIONAR E NA PÓS- GANGLIONAR. Sistema Nervoso Autônomo: - É um sistema com controle involuntário, possuindo fibras simpáticas e parassimpáticas, envolvidos no músculo liso, cardíaco e glândulas. Divisão do SNA: - É dividido em Sistema Nervoso Simpático e Sistema Nervoso Parassimpático. • Sistema Nervoso Simpático: as fibras simpáticas deixam o SNC na medula espinhal: T1 a L2 (estando seus corpos celulares no núcleo da medula), sendo assim estão mais próximas do SNC • Sensibilidade (dor, temperatura, tato e pressão). • Propriocepção • Impulso para Musc. Esquel. (voluntário e reflexos) • Musc. Lisos – peristalse • Musc. Cardíaco • Glândulas - secreções Aferente (Fibras somáticas sensitivas) Eferente (Fibras somáticas motoras) Aferente (Fibras viscerais sensitivas) Eferente (Fibras viscerais motoras) Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Simpático Involuntário e mais distantes do órgão efetor. Possui como mediador químico a ACh (vasodilatador) e NE (vasoconstrictor). • Sistema Nervoso Parassimpático: as fibras parassimpáticas deixam o SNC no crânio, sendo assim estão mais distantes do SNC e mais próximas do órgão efetor. Possui como mediador químico a ACh (vasodilatador). - Ambas as fibras inervam os mesmos órgãos, porém com funções antagônicas: o SNAS trabalha aumentando o batimento cardíaco, frequência cardíaca – age em situações de estresse (Luta/Fuga), enquanto o SNAP trabalha estimulando atividades relaxantes (Digestão/Repouso), diminuindo a frequência e ritmo cardíacos. Fibras pré-ganglionares: o corpo celular do neurônio se localiza no SNC e vai até um gânglio. Fibras pós-ganglionares: o corpo celular do neurônio se localiza dentro de um gânglio e vai até o órgão efetor. - Nos gânglios do SNAP e SNAS ocorrem as sinapses do neurônio pré e pós-ganglionar, fazendo com as fibras simpáticas e parassimpáticas sejam divididas da seguinte forma: • Fibras simpáticas (toracolombar – próximo da medula espinhal SNC e distante do órgão efetor): 1)- Fibra pré-ganglionar: é curta e o mediador químico é a ACh – Receptor colinérgico (do SNC até um gânglio). O CORPO DO NEURÔNIO PRÉ-GANGLIONAR ESTÁ LOCALIZADO NA REGIÃO TORÁCICA OU LOMBAR. 2)- Fibra pós-ganglionar: é longa e o mediador químico é a NE – Receptor adrenérgico (do gânglio até o órgão efetor). • Fibras parassimpáticas (crâniossacral – próximo do órgão efetor e distante do SNC): 1)- Fibra pré-ganglionar: é longa e o mediador químico é a ACh – Receptor colinérgico (do SNC até um gânglio). O CORPO DO NEURÔNIO PRÉ-GANGLIONAR ESTÁ LOCALIZADO NO CRÂNIO OU SACRO. 2)- Fibra pós-ganglionar: é curta e o mediador químico é a ACh – Receptor colinérgico (do gânglioaté o órgão efetor). Funções do SNAP e SNAS: - Os SNPA Simpático e Parassimpático desempenham várias funções nas vísceras, glândulas e coração. • Estrutura: Pupila (olho) Efeito simpático: Midríase (dilatação da pipula) Efeito parassimpático: Miose (contração da pupila) • Estrutura: Coração Efeito simpático: Aumenta a força de contração e frequência cardíaca (taquicardia) Efeito parassimpático: Reduz força de contração e frequência cardíaca (bradicardia) • Estrutura: Vasos sanguíneos Efeito simpático: Abdominal: vasoconstrição; Músculo: vasodilatação; Pele: vasoconstrição Efeito parassimpático: Abdominal: nenhum; Músculo: nenhum; Pele: nenhum • Estrutura: Brônquios (pulmão) Efeito simpático: Broncodilatação (dilatação) Efeito parassimpático: Broncoconstrição (constrição) • Estrutura: Sistema digestório Efeito simpático: Inibe a secreção gástrica e o peristaltismo Efeito parassimpático: Estimula a secreção gástrica e o peristaltismo • Estrutura: Glândulas salivares Efeito simpático: Estimula a secreção de muco (saliva viscosa e em menor quantidade) Efeito parassimpático: Estimula a secreção aquosa (saliva aquosa e em maior quantidade) • Estrutura: Glândulas sudoríparas Efeito simpático: Estimula a secreção de suor (Ach) Efeito parassimpático: São inervadas apenas pelo simpático • Estrutura: Glândulas lacrimais Efeito simpático: Inibe a secreção de lágrimas Efeito parassimpático: Estimula a secreção de lágrimas • Estrutura: Pâncreas (produção de suco) Efeito simpático: Inibe a produção Efeito parassimpático: Estimula a produção • Estrutura: Útero Efeito simpático: Inibe as contrações uterinas Efeito parassimpático: Estimula as contrações uterinas • Estrutura: Pênis Efeito simpático: Inibe a ereção e no pênis ereto; Ativa a ejaculação Efeito parassimpático: Promove a ereção • Estrutura: Glândulas de Bartholin (presentes na parede da vagina) Efeito simpático: Inibe a produção de muco Efeito parassimpático: Estimula a produção de muco • Estrutura: Rim Efeito simpático: Diminui a produção de urina Efeito parassimpático: Nenhum • Estrutura: Glândula suprarrenal Efeito simpático: Estimula a produção secreção de adrenalina e noradrenalina Efeito parassimpático: Nenhum Achados Clínicos: • Lesão medular: qualquer lesão acima entre L1 e L2 para cima causa comprometimento de movimento e/ou sensibilidade, uma vez que afeta a medula – Tetraplegia: lesão acima do plexo braquial (está entre C5 e L1) perde-se o movimento dos braços para baixo. Paraplegia: lesões abaixo do plexo braquial perde-se o movimento da cintura para baixo. QUANTO MAIS ALTA A LESÃO MAIORES SÃO OS RISCOS. PESCOÇO: - É formado pelos ossos do esqueleto axial (vértebras cervicais, hióide e manúbrio do esterno) mais a clavícula, ligando a cabeça ao tronco. - Em seu interior possui a laringe, traqueia, esôfago, glândula tireoide, cartilagens: tireóide (protege a laringe), cricóide (antes de iniciar os arcos da traqueia) e membrana cricotireóidea (entre a cartilagem tireóide e cricódea). OBSERVAÇÃO: Cricotireoidostomia de urgência (acima da traqueia): local onde é realizado procedimento de urgência em necessidade de ventilar o paciente, perfurando esta membrana. - Possui importância na respiração e deglutição. OBSERVAÇÃO: Cervicalgia: as causas podem ser por inflamação dos linfonodos, traumatismos, deformação óssea e também por linfodenopatia cervical – no qual pode se identificar um tumor maligno no câncer, mas na maioria das vezes o tumor primário está no tórax (por exemplo), uma vez que o pescoço é a conexão do crânio com a coluna (ex: um câncer de pulmão pode metastatizar através do pescoço para o crânio). Osso Hióide: - Está posicionado na face anterior da coluna vertebral no nível de C3 (entre a mandíbula e a cartilagem tireóidea), e é um osso sesamóide. - Não tem articulação com nenhum outro osso e fica presa a cartilagem tireóidea. - Atua como suporte para músculos anteriores do pescoço e atua como suporte para manter a vida respiratória aberta, garantindo uma base móvel para a língua e fixação para a parte média da faringe, mantendo-a permeável para ter a deglutição e mastigação. OBSERVAÇÃO: Fratura do osso hioide ocorre por estrangulamento por mãos, resultando em afundamento do corpo do osso sobre a cartilagem tireóidea, impedindo que o mesmo seja levantado ou movimentado, dificultando a deglutição e manutenção da separação dos sistemas: respiratório e digestório, podendo levar a pneumonia por aspiração. • Músculo supra-hioideos – Levantam o osso hióide – Total são 8 músculos: - Digástrico D e E: tem dois ventres musculares ligados por um tendão. - Estiloiódeo D e E - Miloióideo D e E - Genioióideo D e E • Músculo infra-hioideos – Abaixam o osso hióide – Total são 8 músculos: - Esternoióideo D e E - Esternotireóideo D e E - Tireióideo D e E - Omoióideo D e E Revestimento do Pescoço: - O pescoço e suas estruturas são revestidos por uma tela subcutânea (hipoderme) que é dividida em compartimentos por camada de fáscia cervical. OS PLANOS FASCIAIS DETERMINAM A POSSÍVEL DIREÇÃO DE UMA INFECÇÃO NO PESCOÇO. - A tela subcutânea cervical é uma camada de tecido conjuntivo adiposo, entre a derme da pele e a lâmina superficial da fáscia cervical. Na sua parte anterolateral encontra-se o músculo platisma. M. Platisma: - É um músculo da expressão facial. - Cobre a face anterolateral do pescoço. - Cobrem as partes superiores do M. deltoide e M. peitoral maior e vai até a margem inferior da mandíbula. As margens: anterior do M. deltoide e M. peitoral maior se fundem nos músculos faciais, enquanto as inferiores as fibras divergem deixando uma abertura anterior à laringe e à traqueia. - Tem sua fixação superior na mandíbula, fazendo com que o M. platisma tensione a pele. A tensão do M. platisma causa as linhas de expressão no rosto (casos de tensão e estresse). OBSERVAÇÃO: Os homens utilizam muito esta característica de tensão do platisma quando vão se barbear, pois assim a pele estica. OBSERVAÇÃO: Quando não se tem estão tensão do M. platisma forma o pescoço de peru. OBSERVAÇÃO: Paralisia do M. plastima: ocorre devido a lesão do ramo cervical do nervo fascial, causando aparecimento de pregas frouxas na pele do pescoço. Fáscia Cervical: - É formada por três lâminas que sustentam as vísceras cervicais (ex. glândula tireóidea), músculos, vasos e linfonodos profundos. Também estão em volta das art. Carótidas comuns, veias jugulares internas e nervo vago formando a bainha carótica. - As lâminas são: • Lâmina Superficial: envolve todo o pescoço profundamente à pele e a tela subcutânea, abaixo do plastima. - Divide-se em superficial e profunda para revestir o M. trapézio e M. esternocleidomastoideo – ECM (esses tem inserção superior à base do crânio e inferior ao acrômio, espinha da escápula e clavícula). - Na parte superior a lâmina superficial se prende nas linhas nucais superiores do occipital, processos mastoides dos temporais, arcos zigomáticos, margem inferior da mandíbula, osso hioide e processos espinhosos das vértebras cervicais. - Abaixo da sua fixação na mandíbula esta lâmina se divide para recobrir o M. trapézio e M. esternocleidomastoideo e forma também o ligamento estilomandibular. - Na parte inferior a lâmina superficial se prende ao manúbrio do esterno, clavículas, acrômios e espinhas das escápulas. OBSERVAÇÃO: Infecções do pescoço: A lâmina superficial impede a propagaçãode infecção. • Lâmina Pré-traqueal: Localizada inferiormente do osso hioide até o tórax onde se funde com o pericárdio fibroso (reveste o coração). Reveste os M. infra-hioideos, glândula tireoide, traqueia e o esôfago, desta forma, envolvem músculos que estão ao redor das vísceras do pescoço. - Fundem-se lateralmente nas bainhas caróticas. Superficial Pré-vertebral Pré-traqueal - Superior ao osso hioide forma uma tróclea onde passa o tendão intermédio do músculo digástrico, elevando o osso hioide. - Também envolve o M. omo-hióideo. OBSERVAÇÃO: Infecções do pescoço: Infecções entre a lâmina superficial e a parte muscular da lâmina pré-traqueal só dissemina até o manúbrio do esterno. Porém, uma infecção entre a lâmina superficial e a parte visceral da lâmina pré-traqueal podem se estender para o tórax. • Lâmina Pré-vertebral: Recobre a coluna vertebral e os músculos associados a ela (Anterior: M. longo da cabeça e do pescoço; Lateral: M. escalenos; Posterior: M. profundos do pescoço) – Restringe a coluna vertebral e os músculos associados. Na parte superior se fixa a base do crânio, na parte inferior se funde a fáscia endotorácica e ao ligamento longitudinal anterior, lateralmente tem continuidade como a bainha axilar que circunda o plexo braquial e vasos axilares. OBSERVAÇÃO: Infecções do pescoço: Uma infecção posterior à lâmina pré-vertebral pode disseminar da parede lateral do pescoço até o M. ECM. Bainha Carótica: se estende da base do crânio até a raiz do pescoço. - Anteriormente se funde as lâminas: superficial e pré-traqueal e posteriormente se funde a lâmina pré-vertebral. - Compreende as artérias carótidas comuns e internas, veia jugular interna, nervo vago, linfonodos cervicais profundos, nervo do seio carótico, fibras nervosas simpáticas. Espaço Interfascial: • Espaço Retrofaríngeo: É o espaço interfascial mais importante do pescoço. - Está localizado entre a fáscia pré-vertebral e a pré-traqueal. OBSERVAÇÃO: Abscesso retrofaríngeo: Se uma infecção romper a lâmina pré-vertebral a mesma atinge o espaço retrofaríngeo estendendo-se de abscesso faríngeo (dificuldade na fala – disartria e na deglutição – disfagia) até o mediastino. Causando o desvio da coluna de ar (normal está na região cervical – região preta no RX) com ar fora da cavidade. - Para que se possam delimitar estruturas do pescoço, o mesmo é dividido em quatro regiões tendo como base o M. ECM e o M. Trapézio que são recobertos pela lâmina superficial da fáscia cervical. 1)- Região Esternocleidomastoidea: O M. ECM divide cada lado do pescoço em região cervical lateral e anterior. - Permite a extensão da cabeça nas articulações atlantoccipitais, elevando o mento e também a flexão do pescoço: flexão de forma a aproximar o mento do manúbrio, flexão lateral que aproxima a orelha do ombro, rotação da cabeça e elevação das clavículas e manúbrio consequentemente as costelas também auxiliando na respiração. 2)- Região Cervical Posterior: Compreende o M. Trapézio em suas margens anteriores. - O M. Trapézio é um músculo superficial do dorso, que atua na cintura escapular e pode movimentar o crânio. Age fixando a cintura escapular na coluna vertebral e ao crânio, auxiliando na sua supensão. 3)- Região Cervical Lateral ou Posterior (Trígono Cervical Lateral): - Esta região circunda a face lateral do pescoço como uma espiral. É coberta por pele e tela subcutânea. - Limites: - Inferior: terço intermédio da clavícula, entre o M. Trapézio e M. ECM. - Anterior: margem posterior do M. ECM - Posterior: margem anterior do M. Trapézio. - Compreende: - Parte inferior do M. escaleno anterior (sendo geralmente ocultado pelo M. ECM). - M. escaleno mínimo que segue posterior a art. Subclávia até de fixar na costela. - Divisão da Região Cervical Lateral ou Trígono Cervical Lateral: - O Trígono Cervical Lateral é dividido através do ventre inferior do M. omohioideo em: trígono occipital (superior) e o trígono omoclavicular, supraclavicular ou subclávio (inferior). • Trígono Occipital: - É superior ao ventre inferior do M. omoioideo. - Compreende: - Tem este nome, pois a artéria occipital se encontra em seu ápice e o nervo mais importante que cruza este trígono é o nervo acessório. Além de compreende parte da veia jugular interna, ramos posteriores do plexo cervical de nervos, troncos do plexo braquial, artéria cervical transversa e linfonodo cervical. - Limites: - Superior: borda anterior do ECOM, do m. trapézio e do m. omo-hióideo e ar. Occipital. • Trígono omoclavicular: - É inferior ao ventre inferior do M. omoióideo. - Nele se palpa a art. Subclávia. - Compreende: - Terceira parte da art. Subclávia, parte da veia subclávia (algumas vezes), art. supra-escapular e linfonodos supraclaviculares. - Limites: - Inferior: músculo omo-hióideo e músculo ECOM. 4)- Região Cervical Anterior: - Limites: - Inferior: linha mediana do pescoço. - Anterior e Superior: margem inferior da mandíbula. - Posterior: margem anterior do M. ECM. - Divisão da Região Cervical Anterior: - A região cervical anterior é dividida pelos M. omoioideo e digástrico em trígono submentual, trígono submandibular, trígono carótico e trígono muscular. • Trígono Submentual: - É uma área supra-hióidea e localizado inferiormente ao mento. - Compreende: - M. miloiódeos, linfonodos submentuais e pequenas veias que se unem e formam a veia jugular anterior. - Limites: - Inferior: corpo do osso hioide. - Lateral: ventres anteriores D e E do M. digástrico. - Superior: Sínfise da mandíbula. • Trígono Submandibular: - Compreende: - M. miloiódeos, hioglosso e constritor médio da faringe. - Glândula submandibular, linfonodos submandibulares, - Nervo hipoglosso, para o M. milo-hioideo, partes da art. e veias faciais e art. submentual (ramo da art. facial). - Limites: - Superior: margem inferior da mandíbula - Inferior: ventres anterior e posterior do M. digástrico. • Trígono Carótico: - Compreende: - Art. carótida comum: seus pulsos podem ser palpados ou auscultados comprimindo-a levemente em direção aos processos transversos das vértebras cervicais. E ela se divide em artérias carótidas interna e externa. - Seio carótico: consiste na dilatação proximal da artéria interna que pode incluir a artéria carótida comum – Barorreceptor: Reage as alterações de pressão. OBSERVAÇÃO: Paciente com taquicardia se faz a manobra do seio carotídeo para ↓ ritmo. - Glomo carótico: Tem relação com o seio carótico, situada na face profunda da bifurcação da artéria carótida comum – Quimiorreceptor: Monitoria o nível de O2 no sangue. - Limites: - Situado entre o ventre superior do M. omo-hióideo, o ventre posterior do M. digástrico e a margem anterior do M. ECM. • Trígono Muscular: - Compreende: - M. infra-hiodeos e as vísceras (glândulas tireoide e paratireoide). - Limites: - Ventre superior do M. omo-hioideo, margem anterior do ECM e o plano mediano do pescoço. PLEXO CERVICAL: - Formado pelos ramos anteriores de nervos espinhais de C1 a C4 - Consiste em uma rede irregular de alças nervosas e nos ramos que originam dessas alças. Com exceção do primeiro ramo, todos os outros se dividem em ramo ascendente e descendente que se unem aos ramos do nervo espinhal que está ao lado para formar as alças. - Localizado anterior e medial aos M. levantador da escápula e escaleno médio e profundamente ao M. ECM. - O plexo cervical é dividido em ramossensitivos e motores. PLEXO CERVICAL Ramos cutâneos (sensitivos) – raízes anteriores Ramos motores (exceção do nervo frênico) – raízes posteriores Ramos superficiais que saem na direção posterior. Ramos profundos que saem na direção anteromedial. PARTE SENSITIVA DO PLEXO CERVICAL Saem na alça entre C2 e C3: 1- N. occipital menor (irá para a parte posterior da cabeça - occipital): Inerva a região lateral do occipital e posterior da orelha. 2- N. transverso cervical (sai da região posterior da cervical e se dirige transversalmente ao pescoço): Inversa toda a área anterior do pescoço 3- N. auricular maior (vai para a região da orelha): Inerva região posterior e inferior da orelha. OBSERVAÇÃO: Paciente chega queixando-se de dor no ângulo da mandíbula, suspeita-se do N. auricular menor uma vez que ele tem um ramo que se dirige a parótida e ao ângulo da mandíbula (não pensar em N. Trigêmio). Sai na alça entre C3 e C4: 4- N. supraclavicular (vai para a região supraclavicular lateral, intermédia e anterior): Na região lateral inerva o M. trapézio; na região intermédia inerva a região do acrômio e M. deltoide; na região anterior inerva a região da fossa supraclavicular Formação de Alças Originam Ramos Sensitivos Originam Nervos (ramos anteriores) C1 C4 C3 C2 N. Occiptal Menor N. Transverso Cervical N. Auricular Maior N. Supraclavicular 1 2 3 4 PARTE MOTORA DO PLEXO CERVICAL: RAMOS DESCENDENTES – Formam o N. Frênico (nível de C3, C4 e C5, sendo o C4 o principal): Inerva a Cúpula Diafragmática com sua porção motora e a porção sensitiva inversa a pleura parietal e o pericárdio – NERVO MISTO. Formam a alça cervical (nível de C1, C2 e C3): Inerva os M. Infraioideos, exceto o M. tireoioideo (Inervado pelo N. Hipoglosso) RAMOS ASCENDENTES – sentido cranial (1- M. retoanterior da cabeça e 2- M. retolateral da cabeça) RAMOS INTERNOS – inervam M. do pescoço e cabeça (3- M. longo da cabeça e 4- M. longo do pescoço) RAMOS EXTERNOS – O ramo de número 5 e o 6 na raiz que inerva o M. Trapézio: Saem entre C2 e C3 ascendem (sobem), passam pelo forame magno, retornam passando pelo forame jugular recebendo o nome de N. acessório (5- M. ECM e 6- M. Trapézio, Rombóides e elevador da escápula) C5 Não faz parte do plexo cervical C1 C4 C3 C2 N. Frênico Alça cervical 1 2 4 3 5 6 7
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