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Marcos Cláudio da Silva Virtuoso

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III Congresso Estadual de Iniciação Científica do IF Goiano 
 A pesquisa científica como fator de desenvolvimento regional 
 22 a 25 de setembro de 2014. IF Goiano – Câmpus Ceres. Ceres, GO 
 
AVALIAÇÃO DE EMERGÊNCIA DE SEMENTES DE IPÊ AMARELO 
(Tabebuia chrysotricha) 
 
 Marcos Cláudio da Silva Virtuoso (1); Danielli Gonçalves de Oliveira(1); Hellismar 
Wakson da Silva(2); Luís Sérgio Rodrigues Vale(3) 
 
(1) Estudante de Agronomia, Bolsista de Iniciação Científica (PIVIC); IF Goiano - Câmpus Ceres-GO; email: 
marcosc007@hotmail.com; (2) Estudante de Agronomia, Bolsista de Iniciação Científica (PIBITI/IF Goiano); IF Goiano - 
Câmpus Ceres-GO; (3) Professor, Dr. IF Goiano - Câmpus Ceres - GO, email: luissergiovale@hotmail.com 
 
RESUMO: O Ipê Amarelo (Tabebuia chrysotricha) é uma espécie florestal nativa importante em 
função de sua utilidade ornamental e econômica. O objetivo do estudo foi avaliar a emergência de 
sementes de Ipê amarelo em Ceres, Goiás. As sementes foram coletadas em 2013 no município de 
Uruana-GO. O experimento foi conduzido no Laboratório de Análises de Sementes e na casa de 
vegetação do Instituto Federal Goiano - Câmpus Ceres. Foram distribuídas 80 sementes em dois 
tratamentos: com e sem embebição em água. As variáveis analisadas foram: (%) germinação e altura 
da planta (cm). Concluiu–se que não houve diferença dos tratamentos na altura de plantas e na 
germinação de sementes de Ipê. 
 
Palavras-chave: Germinação. Florestal. Embebição. 
 
INTRODUÇÃO 
Tabebuia chrysotricha é uma espécie 
encontrada em vários estados do Brasil. Trata-se 
de uma árvore que ocorre principalmente em 
cerrados e matas de galerias. É conhecida 
popularmente como pau-d’arco-amarelo, piúva-
amarela, ipê-ovo-de-macuco, tamurá-tuíra, ipê-
pardo, ipê-do-cerrado e opa. As árvores são 
utilizadas para ornamentação, construção civil e 
como recurso medicinal. Como a planta é bem 
adaptada a terrenos secos, essa espécie também é 
útil para plantios em áreas degradadas de 
preservação permanente (SANTOS e CAMPOS, 
2009). 
Marcos Filho (1986) destaca que, no 
processo de germinação ocorre uma série de 
atividades metabólicas, baseadas em reações 
químicas e que cada uma delas apresenta 
determinadas exigências quanto à temperatura, 
principalmente porque dependem da atividade de 
sistemas enzimáticos complexos, cuja eficiência é 
diretamente relacionada à temperatura e à 
disponibilidade de oxigênio. 
Durante a embebição, as sementes 
passam pelas fases preparatórias essenciais à 
germinação (FANTI e PEREZ, 2003). Os efeitos 
provocados pela embebição permitem que as 
sementes atinjam um determinado grau de 
umidade que ative o sistema metabólico 
relacionado com o processo pré-germinativo e 
com a elevação da respiração das células 
embrionárias (SANTOS et al., 2004). 
O objetivo do trabalho foi avaliar a 
emergência de sementes de Ipê amarelo em 
Ceres, Goiás. 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
O experimento foi conduzido no 
Laboratório de Análises de Sementes e na área 
experimental do Instituto Federal Goiano – 
Câmpus Ceres. As sementes de Ipê Amarelo 
foram coletadas na cidade de Uruana-GO e 
divididas em dois tratamentos: com e sem 
embebição. Utilizou-se um recipiente com 1L de 
água, onde foram colocadas 40 sementes no 
vasilhame, visando o processo de embebição. 
A semeadura consistiu na seleção de 80 
sementes, sendo utilizadas 40 em processo de 
embebição por 48 horas e 40 sem embebição. 
Após este processo as sementes foram levadas 
para o campo e semeadas em uma bandeja de 
plástico com areia, em casa de vegetação. O 
delineamento foi inteiramente casualizado, sendo 
dois tratamentos (com e sem embebição), 4 
repetições com 10 sementes por parcela. As 
variáveis analisadas foram a germinação (30 dias 
após) e altura da planta (21 dias após). Os 
resultados foram submetidos a análise de 
variância pelo teste T, utilizado o programa 
estatístico SISVAR. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Observou–se na Tabela 1 que os 
tratamentos utilizados não diferiram 
 
 
 
 
III Congresso Estadual de Iniciação Científica do IF Goiano. 22 a 25 de setembro de 2014. 
2 
 
estatisticamente quando avaliada a porcentagem 
de germinação. 
Em um trabalho feito por Alves et al. 
(2005) analisando sementes de Moringa oleifera 
sem tegumento quanto ao tempo de germinação, 
não houve efeito em ralação a embebição de 
sementes. 
 
Tabela 1: Valores médios da emergência de 
plântulas (EP) e altura de plântulas (AP) em 
função das sementes com e sem embebição. 
Tratamentos EP (%) AP (cm) 
Com embebição 62.5 a 1,16 a 
Sem embebição 77.5 a 1,19 a 
CV (%) 25,7 27,4 
*Letras iguais na coluna não diferem estatisticamente. 
 
Calvi et al. (2008), estudando efeitos da 
embebição em sementes de Parkia multijuga 
verificou que a porcentagem de germinação, 
apenas se diferia estatisticamente quando as 
sementes eram deixadas por períodos maiores em 
embebição, havendo portanto, uma queda na 
germinação ligado a este fator. O mesmo ainda 
descreve que essa queda possivelmente ocorria 
devido à falta de oxigênio prejudicando então o 
desenvolvimento da semente. 
Para as alturas analisadas também foi 
constatado que os tratamentos não influenciaram, 
não havendo diferença estatística. O mesmo foi 
verificado por Alves et al. (2005), onde não 
houve diferença estatística quando analisou 
sementes de Moringa oleifera sem tegumento. 
 
CONCLUSÕES 
 Conclui–se que não houve diferença dos 
tratamentos na altura de plantas e na germinação 
de sementes de Ipê Amarelo. Portanto, não há 
dormência em sementes de Ipê. 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço ao IF Goiano Câmpus Ceres 
pelo apoio bolsa (PIVIC) e espaço cedido para 
implantação do experimento. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALVES, M. C. S.; MEDEIROS FILHO, S.; 
BEZERRA, A. M. E.; OLIVEIRA, V. C. 
Germinação de sementes e desenvolvimento de 
plântulas de Moringa oleifera l. em diferentes 
locais de germinação e submetidas à pré-
embebição. Ciênc. agrotec., Lavras, v. 29, n. 5, 
p. 1083-1087, set./out., 2005. 
CALVI, G. PETENE.; AUDD, F. F.; VIEIRA, 
G. e FERRAZ, I. D.K. Tratamentos de pré-
embebição para aumento do desempenhoda 
germinanção de sementes de Parkia multijuga 
Benth. Revista Forestal Latinoamericana, 
23(2):53-65. 2008. 
MARCOS FILHO, J. Germinação de sementes. 
In: Semana de atualização em produção de 
sementes, 1., 1986, Piracicaba. Trabalhos 
apresentados... Campinas: Fundação Cargill, 
1986. p.11-39. 
FANTI, S. C.; PEREZ, S. C. J. G. de A. Efeito do 
estresse hídrico e envelhecimento precoce na 
viabilidade de sementes osmocondicionadas de 
paineira (Chorisia speciosa). Pesquisa 
Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 38, n. 4, p. 
537-543, abr.2003. 
SANTOS, et al. Embebição e viabilidade de 
sementes de mamona (Ricinus communis L.). III 
Congresso Brasileiro de Mamona, Energia e 
Ricinoquímica. 2004. 
SANTOS, E. M. e CAMPOS, R. A. S. 
Germinação de sementes de ipê -amarelo 
tabebuia ochracea (chamb.) Standl. 
(Bignoniaceae) em diferentes Substratos. 2° 
Jornada Cientifica da Unemat. Barra Bugres-
MT, UEMT, 2009.

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