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1 Centro Universitário Estácio-Uniseb Projeto de Pesquisa 1. Dados de Identificação Título: Concorrência mercadológica: O mercado de planos de saúde no Brasil. Autores: Gessica Cristina Tavares Graziele Mara Cavallari Silva Alencar Jane de Melo Santos Thaís Dare Bettoni Curso: Administração Polo: Araraquara/SP Linha de Pesquisa: Planejamento Empresarial 2. Justificativa O sistema de saúde brasileiro é caracterizado como um sistema misto, onde os setores públicos e privados atuam para o provimento e fornecimento de bens e serviços de saúde. De acordo com a Constituição Federal de 1988, o serviço de saúde é um direito de acesso universal e igualitário a todos os brasileiros, muito embora, ao longo do tempo, o setor de saúde no Brasil tem assumido composições variadas entre público e privado, pois sempre houve uma forte atuação do Estado em relação ao serviço privado, que em boa parte tem financiamento púbico. O marco legal da regulação do setor de planos e seguros de saúde no Brasil se dá a partir de 1998 com a Lei 9.656 e pela Lei 9.961/90 que criou a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em 2000, com a finalidade institucional de promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais. O tipo de contratação do plano de saúde resulta em produtos diferenciados na medida em que esses planos possuem diferentes sistemas de precificação de prêmio e risco. A contratação dos planos pode ser de forma individual, familiar, coletivo, empresarial ou por adesão. A boa gestão de uma operadora de plano de saúde se dá de início a uma realização de estimativa de preços baseada no nível esperado de utilização dos 2 possíveis compradores de seus planos, no custo estimado de serviços médicos e hospitalares, nos gastos com o administrativo e na expectativa de lucro. Logo, a soma destes itens totaliza o preço final do plano de saúde a ser comercializado. Dessa forma, o estabelecimento do preço se dá a partir de seus custos e também da concorrência estabelecida. Segundo Porter (1947), através da estratégia competitiva, as empresas buscam definir e estabelecer uma abordagem para a competição em suas indústrias que seja, ao mesmo tempo, lucrativa e sustentável. A natureza da competição está materializada em cinco forças competitivas: 1) ameaça de novas empresas, 2) ameaça de novos produtos ou serviços, 3) poder de barganha dos fornecedores, 4) poder de barganha dos compradores e 5) rivalidade entre os competidores existentes. O que se observa, na realidade, no mercado de assistência à saúde suplementar, é uma divergência na informação disponível entre os agentes dos planos de saúde, de forma que o consumidor torna-se a parte mais vulnerável da relação, por não compreender o conteúdo dos contratos dos planos de saúde e não ter o conhecimento técnico de estimar ou avaliar se os produtos disponíveis compreendem as suas necessidades eventuais e futuras de assistência à saúde. Conforme Costa (2001), outra falha na formação do mercado competitivo é a falta de informação suficiente para o consumidor avaliar a qualidade do que lhe é oferecido para compra. Para muitos, esse poder de escolha é satisfatório, para outros, a sofisticação dos novos produtos e o processo produtivo excedem a capacidade de avaliação dos consumidores para exercerem diferentes escolhas. Portanto, esse trabalho visa retratar como a concorrência e a atual situação econômica do país pode afetar direta ou indiretamente a adesão por planos de saúde de acordo com o poder aquisitivo dos beneficiários. 3. Pergunta de Pesquisa Diante da atual situação econômica e da alta taxa da inflação, como está a concorrência no setor de operadoras dos planos de saúde no Brasil? 4. Objetivo Geral Identificar como a situação econômica tem influenciado e aumentado a concorrência no setor de operadoras dos planos de saúde no Brasil, que vem refletindo em valores mais altos aos clientes, demissões de funcionários, redução dos serviços oferecidos e queda nos empreendimentos. 3 5. Hipóteses Segundo pesquisas, a ANS afirma que em 2017 houve um aumento no número de beneficiários referente aos planos de assistência médica no segmento empresarial. Por outro lado, houve saída de beneficiários dos planos coletivos, por adesão, individuais e familiares. Com a forte crise econômica em que vivemos atualmente, observou-se que mais de dois milhões e meio de pessoas perderam o benefício do plano, por desemprego ou queda na renda familiar. No entanto, podemos salientar, mesmo que gradativamente, exista uma recuperação econômica, resultando no aumento de beneficiários ainda neste ano. 6. Metodologia O trabalho desenvolvido será de pesquisa explicativa, com estudo teórico através de dados de órgãos públicos, onde será realizado um levantamento de questões que esclareça a queda na adesão aos planos de saúde em comparação a anos anteriores, através de arquivos eletrônicos como Scielo e Google Acadêmico. Serão utilizados também dados verídicos, selecionados através da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para complementares questões que serão desenvolvidas ao longo do trabalho. 4 REFERÊNCIAS ACJ. Araújo Conforti Jonhsson Advogados Associados. ANS disponibiliza indicadores autorizados do setor de planos de saúde. Publicado em 2015. Disponível em: < http://www.acjadvocacia.com.br >. Acesso em 27/08/2017. ANS. Agência Nacional de Saúde Suplementar. A Regulação do mercado de saúde suplementar no Brasil. Publicado em 2004. Disponível em: < http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Materiais_por_assunt o/Dissertacoes_A_Regulacao_do_Mercado_de_SS_no_Brasil.pdf >. Acesso em 05/05/2017. ANS. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Estrutura de concorrência no setor de operadoras de planos de saúde no Brasil. Publicado em 2015. Disponível em: < http://www.ans.gov.br/ >. Acesso em: 27/04/2017. APOLICE. Apólice a revista do mercado de seguros. Número de beneficiários de planos de saúde volta a crescer. Publicado em 2017. Disponível em < http://www.revistaapolice.com.br/2017/03/numero-de-beneficiarios/ >. Acesso em 15/04/2017. PORTER, Michael. Ambiente de Marketing. FERREIRA, A. H.; e SILVA, L. Uniseb Interativo. Administração. Módulo 4.1. Mercado de Operações. Ribeirão Preto: Uniseb Interativo, 2015, p. 57-61. SCIELO. Scientific Electronic Library Online. Empresas brasileiras e o desafio da competitividade. Publicado em 2007. Disponível em: <http://www.scielo.org/php/index.php>. Acesso em 15/04/2017.
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