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UNIP INTERATIA UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE SOCIOLOGIA Ederson Fabiano Araújo R.A.: 1626584 PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR – (PCC) - SOCIOLOGIA POLO SUZANO 2016 PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR SOCIOLOGIA A DIVERSIDADE CULTURAL, A INTOLERÂNCIA E A XENOFOBIA EM NOSSO PAÍS NA ATUALIDADE. 1 - INTRODUÇÃO Mesmo com a evolução em relação aos direitos humanos e com a crescente democratização de acesso as condições básicas de dignidade, muitos ainda sofrem com a xenofobia e a intolerância em nosso país. O Brasil é considerado um país onde não há racismo, mesmo sendo ele um país extremamente miscigenado, ainda há um longo percurso para que se possa existir uma relação pacífica entre os grupos que o compõem. A intolerância no Brasil é parte daquilo que chamamos de “cordial” no sentido de ódio e preconceito, que vem do coração como hospitalidade e simpatia. Podemos afirmar que, em vez de cordial, o povo brasileiro e passional. Ser negro, pobre e nordestino pode implicar uma pecha negativa e aí se dá o direito absurdo de alguns quererem dividir o Brasil entre o “sul” rico e o “nordeste” pobre. O etnocentrismo visível e ainda dominante em um país com forte histórico de dominação europeia entre os nativos indígenas que aqui viviam e o escravismo que perdurou por séculos deixando marcas na cultura da sociedade brasileira, que até hoje, busca um sentido definitivo e próprio de sua nacionalidade. Palavra-chave: Intolerância, Xenofobia, Racismo. 2-ABSTRACT Even with the progress in relation to human rights and the growing democratization of access to the basic conditions of dignity, many still suffer from xenophobia and intolerance in our country. Brazil is considered a country where there is no racism, even though he was an extremely interbred country, there is still a long way so that it can be a peaceful relationship between those who make up groups. Intolerance in Brazil is part of what we call "friendly" in the sense of hatred and prejudice, which comes from the heart as hospitality and friendliness. “We can say that, rather than friendly, the Brazilian and passionate people. Being black, poor and northeastern may imply a negative taint and it is there that the absurdity of some right to want to divide Brazil from the "South" and the rich "north" poor. The visible and still dominant ethnocentrism in a country with a strong history of European domination of indigenous natives who lived here and slavery that lasted for centuries leaving marks on the culture of Brazilian society, which until today, seeks a permanent and proper sense of their nationality . Keyword: Intolerance, Xenophobia, Racism. 3 – SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO....................................................................................................................3 2 - ABSTRACT.........................................................................................................................3 3 – SUMÁRIO...........................................................................................................................3 4– A DIVERSIDADE CULTURAL, A INTOLERÂNCIA E A XENOFOBIA EM NOSSO PAÍS....................................................................................................................4 4.1 – A DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA............................................... 4.2 – A XENOFOBIA NO BRASIL.............................................................................. 4.3 - A INTOLERÂNCIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA...................... 5 – CONCLUSÃO...........................................................................................................6 6 – REFERÊNCIAS..................................................................................................................7 4 - A DIVERSIDADE CULTURAL, A INTOLERÂNCIA E A XENOFOBIA EM NOSSO PAÍS. A sociedade contemporânea é um sistema plural, no qual convivem pessoas com as mais diferentes características físicas e psicológicas, valores culturais e histórias de vida. Porém, mesmo nesse contexto tão diverso, algumas pessoas ficam à margem em termos de acesso aos bens materiais e culturais, o que vem justificando hoje um amplo movimento de inclusão social (BRASIL, 2008; MANTOAN, 2003; ROTH, 2006; TRISTÃO, 2006). Nos anos recentes, esse movimento não tem se restringido aos diversos setores da sociedade civil organizada, mas vem envolvendo também os poderes constituídos (BRASIL, 2002; LEFEVRE, 2003; SÃO PAULO, 2010). 4.1 - A DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA O contexto da diversidade cultural do nosso país tem início com a miscigenação de diversos grupos étnicos que participaram da formação da população brasileira desde a época da colonização. Entretanto, pode se afirmar que, a diversidade cultural predominante no Brasil é consequência também da grande extensão territorial e das características geradas em nosso país. A diversidade cultural representa as variadas culturas existentes em nosso planeta. A cultura compreende ao conjunto de costume e tradições de um povo transmitidas de geração em geração. Os elementos constitutivos são os que diferenciam uma cultura da outra. O individuo pertencente a um determinado grupo se identifica com os fatores que determinam a sua cultura. Uma vez que a diversidade cultural engloba o conjunto de culturas que existem, são esses fatores de identidade que distinguem o conjunto simbólico presentes na cultura, reforçando as diferenças culturais que existem entre os seres humanos. 4.2 - A XENOFOBIA NO BRASIL A xenofobia se caracteriza como um tipo de preconceito pela hostilidade, repúdio ou ódio aos estrangeiros, mas podem estar fundamentados em diversos fatores históricos, culturais, religiosos, e entre outros. Ela corresponde a um problema social baseado na intolerância/ e ou / discriminação social, frente às determinadas nacionalidades ou culturas. A xenofobia gera violência entre nações do mundo, desde humilhação, constrangimento, agressão física, moral e psicológica, tudo isto promovido, principalmente pela simples não aceitação das diferentes identidades culturais. Portanto, a xenofobia se relacionando com diversos conceitos de discriminação que é formada pelo sentimento de superioridade entre os seres humanos. O Etnocentrismo e o Racismo são dois conceitos associados a determinados tipos de discriminações. O Etnocentrismo está pautado no pensamento de superioridade de uma cultura sobre a outra (Preconceito Cultural), Já o Racismo se refere a um tipo de preconceito associado a raças e etnias ou características físicas dos indivíduos (Preconceito Racial). Em relação à xenofobia, o Brasil não é excluído dessa questão em pauta, embora os brasileiros demonstrem certa curiosidade a aquilo que é considerado diferente, ou seja, o que vem de fora. Mas, se pensarmos que o país tem dimensões continentais, podemos perceber que o sentimento de superioridade ocorre em diversas regiões do país. É possível, por exemplo, os sulistas se considerarem superiores aos nordestinos, que apresentam maior população negra, condições mais precárias de vida e acesso aos temas básicos de saúde, cultura e educação. Diante disso, podemos considerar o conceito de “bairrismo”, que vai de encontro com a xenofobia, uma vez que representa o apego à sua cultura, discriminando, muitas vezes, as outras existentes. 4.3- A INTOLERÂNCIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA Para entendermos um pouco mais profundamente a intolerância, importa ir um pouco mais a fundo na questão. A realidade assim como nos é dada é contraditória em sua raiz; complexa, pois é convergência dos mais variáveis fatores; nela há caos originário e cosmos (ordem), há luzes e sombras, há o sim-bólico e o dia-bólicos. Em si, não são defeitos de construção, mas a condição real de implenitude de tudo que existe nouniverso. Isso nos obriga a conviver com todas as imperfeições e as diferenças. E a sermos tolerantes com os que não pensam e agem como nós. Há que se incentivar a tolerância ativa que consiste na coexistência, na atitude de quem positivamente convive com o outro porque tem respeito por ele e consegue ver os valores da diferença e assim pode se enriquecer. A tolerância é nada mais do que uma exigência ética. Ela representa o direito que cada pessoa possui de ser aquilo que é e continuar a sê-lo. Esse direito foi expresso universalmente na regra de ouro “Não faças ao outro o que não queres que façam a ti”. Ou formulado positivamente: “Faças ao outro o que querem que façam a ti”. Esse preceito é óbvio. A intolerância seja de qualquer espécie, raça, religião, opção sexual, política e cor, fere a Declaração dos Direitos Humanos. Por isso, todo o tipo de preconceito deve ser combatido, para, no futuro, haver uma sociedade mais igualitária e livre. Há intolerância no mundo todo, contudo, o Brasil merece certo destaque nesse contexto, pois é um país plural, com diversas crenças, raças e etnias que mantem tratamento degradante a tantos grupos. No caso do preconceito racial, esta vinculada a submissão dos negros aos brancos desde a época da colonização e perdura ate dos dias de hoje, visto que os negros ainda buscam seu lugar na sociedade. A intolerância prejudica a todos nós, já que provoca atraso no desenvolvimento do país na medida em que esses indivíduos são excluídos e humilhados com frequência. A solução para combater a intolerância se resume na comunidade, através de palestras e campanhas e da valorização de igualdade entre todos, porém respeitando as características e as opções de cada indivíduo, sem haver descriminalização. Intolerantes e preconceituosos devem ser punidos com leis mais severas. Com essas ações, os países poderão se tornarem melhores e mais desenvolvidos. 5- CONCLUSÃO De acordo com o texto, posso afirmar e concluir que para termos uma sociedade mais justa e igualitária devemos respeitar as diversidades culturais, religiosas, de raças, etnias, e entre outras. Devemos entender que as diversidades é o que move o nosso planeta. A questão da xenofobia nos indica que ainda temos muito que aprender com os nossos semelhantes e aceitar a posição que cada um assume na sociedade, deixando de lado as diferenças e os preconceitos que só nos fazem mal. Será possível que no século XXI, vivendo em um país rico em diversidade cultural e étnica ainda existe problemas relacionados à xenofobia que nada mais é que a inaceitação do diferente, daquilo que é novo? O Brasil é um país que abriga varias culturas, especialmente os indígenas e os afrodescendentes e boa parte da população são compostos por descendentes de imigrantes. Nosso país tem recebido muitos estrangeiros que aqui tentam encontrar uma vida melhor, porém alguns se tornam vítimas da xenofobia. As pessoas que possuem a xenofobia usam como argumentos, o fato de os imigrantes acarretarem desemprego e alterarem a cultura local. Aqui no Brasil a Lei nº 7.716, de 05 de janeiro de 1989, em seu artigo 1º (com a redação determinada pela Lei nº 9.459, de 13 de março de 1997), diz que "Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional". Portanto, claramente, os delitos tipificados por esta lei englobam a conduta de segregar estrangeiros, que vem a ser delito inafiançável e imprescritível (Constituição da República, artigo 5º, inciso XLII). Não podemos deixar que o repúdio e o ódio façam parte de nossas vidas, portanto, se faz necessário que trabalhos em relação a esse tema seja discutido nas escolas, igrejas e instituições aonde as crianças comecem desde cedo a desenvolverem um espírito acolhedor. 6- REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasilia: MEC, Secretaria da Educação Especial, 2008. LEFEVRE, J. The value of diversity: a justification of affirmative action. Journal of Social Philosophy, v. 34, n. 1, p. 125-134, MANTOAN M.T. E. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. ROTH, B.W. Experiências Educacionais Inclusivas, Programas de Educação Inclusiva: Direito à diversidade: MEC, Secretaria da Educação Especial, 2006. TRISTÃO, R.M. Educação Infantil, Saberes e prática da Inclusão: Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento, 4ªed. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm