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Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 1 Aula 00 - Demonstrativa Curso Regular de Farmácia Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Professora: Cá Cardoso Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 2 Caro(a) farmacêutico (a), É com grande satisfação que iniciamos o Curso Regular de Farmácia para concursos públicos! Antes de falar sobre o curso, gostaria de me apresentar. Sou a professora Cá Cardoso, formada em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de São Paulo e especialista, em nível de aprimoramento, em Atenção ao Câncer. Iniciei minha preparação para concursos ainda quando era graduanda, tendo obtido aprovações nas primeiras colocações e convocações em uma série de concursos de nível médio, entre eles para a FURP (Fundação para o Remédio Popular), UNIFESP, SP-Prev, SEE-SP, entre outros. Após formada, também logrei êxito em diversos concursos e seleções para Farmacêutica, entre eles: Autarquia Hospitalar de SP, Residências Multiprofissionais (1º lugar) e Prefeitura de Diadema (1º lugar). Em 2013, passei a atuar como professora para concursos públicos lecionando as disciplinas de SUS e específicas de Farmácia. Desde então, produzi uma série de cursos online, tendo a felicidade de acompanhar a aprovação de diversos alunos! Além disso, sou autora do livro “Legislação do SUS Esquematizada e Comentada”, em parceria com a professora Natale Souza. Bom, agora que me já me apresentei, vamos ao que interessa: o conteúdo de nosso curso. Neste curso regular abordaremos as disciplinas mais cobradas em concursos públicos para Farmacêuticos: Legislação Farmacêutica, Farmácia Hospitalar/Assistência Farmacêutica, Farmacologia e Farmacotécnica. Deixo claro que nosso foco será para CONCURSOS! Sendo assim, os assuntos serão tratados de maneira direcionados para provas. Ao longo das aulas, farei uso de uma série de esquemas gráficos, de forma a proporcionar a você um melhor entendimento e memorização sobre os diversos temas. Além disso, sinalizarei as principais “pegadinhas” de prova e os principais temas cobrados dentro de cada disciplina. E, então? Vamos começar? Bons estudos! Prof. Cá Cardoso Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 3 Aula Conteúdo Programático Data 00 Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 01 Lei 3.820/60 e Decreto 85.878/81 02 Portaria 344/98 e RDC 6/2014 03 Lei 9.782/99 04 Política Nacional de Medicamentos (Portaria 3.916/98) 05 Código de Ética da profissão Farmacêutica – Resolução 596/2014 06 Conceito, Objetivos, Diretrizes, Atribuições e Estrutura Física da Farmácia Hospitalar 07 Sistemas de Distribuição de Medicamentos 08 Seleção e Padronização de Medicamentos 09 Normalização, e aquisição de medicamentos- Noções Básicas da Lei 8.666/93- 10 Planejamento e Controle de estoque de medicamentos e correlatos – CMM, T.A., E.S., Curva ABC, P.R 11 Controle de Infecção Hospitalar 12 Farmacocinética: absorção, distribuição, metabolização e eliminação de fármacos. Conceitos de Bioequivalência e Biodisponibilidade 13 Fármacos que agem no Sistema Nervoso Autônomo 14 Fármacos que agem no SNC: Benzodiazepínicos e Barbitúricos 15 Fármacos que agem no SNC: Anestésicos Gerais e Locais e bloqueadores da Junção Neuromuscular 16 Fármacos que agem no SNC: Antidepressivos e Estabilizadores de Humor 17 Fármacos que agem no SNC: Antipsicóticos e antiparkinsonianos 18 Drogas de abuso 19 Fármacos que agem no Sistema Cardiovascular: Anti- Hipertensivos, diuréticos, antiarrítmicos e cardiotônicos 20 Fármacos antidiabéticos, insulinas e fármacos que atuam nas dislipidemias Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 4 21 Fármacos que atuam no Sistema Gástrico 22 Fármacos que atuam no Sistema Respiratório 23 AINES e AIES 24 Fármacos Antibacterianos 25 Fármacos Antivirais e Antifúngicos 26 Noções de Formas Farmacêuticas 27 Preparo de Soluções. Conceitos de concentração, molaridade e normalidade. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 5 INTRODUÇÃO Neste primeiro módulo, trabalharemos as principais Legislações cobradas em concursos públicos. E quando o assunto é legislação, não tem por onde fugir: é preciso a LEITURA INTEGRAL. Para que a leitura se torne mais agradável, e para facilitar seu entendimento sobre os temas, as legislações deste curso serão apresentadas na forma de esquemas gráficos. Além disso, ao longo das leis, farei comentários dos temas mais relevantes e sinalizarei os temas mais cobrados em provas. Nesta aula trataremos de duas Legislações: a Lei 5.991/73, que dispõe sobre o controle sanitário de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e o Decreto 74.170/74, que regula a Lei 5.991/73. A Lei 5881/73 será apresentada na íntegra na forma de esquemas gráficos e comentários. Quanto ao Decreto 74.170/74, trabalharemos apenas alguns artigos. Por quê? Como disse, o decreto REGULA a lei. Não há modificação quanto às determinações em termos de prazos, vedações, obrigações e permissões. O decreto apenas especifica (deixa mais detalhado) alguns dos assuntos trazidos na lei. Assim, muitos dos artigos da Lei são REPETIDOS (copy cole) no decreto, não sendo necessário que vejamos o conteúdo novamente, o que tornaria a aula maçante. O que é mais importante que você atente-se nessas legislações: Prazos (as questões frequentemente mudam os prazos tornando as alternativas erradas); O que é PERMITIDO (facultado), OBRIGADO e VEDADO aos estabelecimentos (as questões trocam palavras nas alternativas de forma que, o que é facultado é apresentado como obrigatório e assim por diante). E então, vamos lá? Prof. Cá Cardoso Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 6 LEI 5.991 DE 17 DE DEZEMBRO DE 1973 Dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e dá outras Providências Art. 1º - O CONTROLE SANITÁRIO do comércio de: Em todo o Território Nacional , rege-se por esta lei Art. 2º - As disposições desta Lei abrangem: 1. As unidades congêneres que integram o serviço público civil e militar da administração direta e indireta: o da União, o dos Estados, o do Distrito Federal, o dos Territórios e o dos Municípios e 2. Demais entidades paraestatais o no que concerne aos conceitos, definições e responsabilidade técnica. drogas medicamentos insumos farmacêuticos e correlatos Neste artigo, a lei define a quem esta lei se destina de forma bemgenérica. O Decreto 74.170/74, que veremos a seguir, ESPECIFICA quais são os estabelecimentos que devem seguir esta Lei. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 7 Art. 3º - Aplica-se o disposto nesta Lei às unidades de dispensação das instituições de caráter: O artigo 4º traz uma série de definições e é sem dúvidas um dos mais cobrados em provas, portanto, atenção! Art. 4º - Para efeitos desta Lei, são adotados os seguintes conceitos: filantrópico ou beneficente sem fins lucrativos. I. DROGA II. MEDICAMENTO III. INSUMO FARMACÊUTICO Substância ou matéria-prima que tenha a finalidade: Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade: profilática curativa paliativa ou para fins de diagnóstico o Droga ou matéria-prima aditiva ou complementar de qualquer natureza o Destinada a emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus recipientes medicamentosa sanitária Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 8 IV. CORRELATO a substância, produto, aparelho ou acessório Cujo uso ou aplicação esteja ligado: Os cosméticos e perfumes; Os produtos dietéticos; Os produtos óticos; Os produtos de acústica médico; Os produtos odontológicos e Os produtos veterinários. à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva; à higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos. não enquadrado nos conceitos anteriores A substância Produto Aparelho ou Acessório V. ÓRGÃO SANITÁRIO COMPETENTE Órgão de fiscalização do Ministério da Saúde; dos Estados; do Distrito Federal; dos Territórios e; dos Municípios. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 9 VI. LABORATÓRIO OFICIAL VII. ANÁLISE FISCAL O laboratório do Ministério da Saúde ou congênere da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, Com competência delegada através de convênio ou credenciamento Destinado à ANÁLISE de: drogas medicamentos insumos farmacêuticos e correlatos; A análise efetuada em: Destinada a comprovar a sua conformidade com a fórmula que deu origem ao registro; drogas medicamentos insumos farmacêuticos e correlatos Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 10 - VIII) EMPRESA IX - ESTABELECIMENTO Pessoa: o Física ou jurídica, o De direito público ou privado, o que exerça como atividade principal ou subsidiária o comércio, venda, fornecimento e distribuição, Equiparando-se à mesma, para os efeitos desta lei as unidades dos órgãos da administração direta ou indireta, federal, estadual, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios e entidades paraestatais, incumbidas de serviços correspondentes. drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos de Unidade da empresa destinada ao COMÉRCIO de: drogas medicamentos insumos farmacêuticos e correlatos; Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 11 X) FARMÁCIA XI) DROGARIA Estabelecimento de: Compreendendo o estabelecimento de: I. Dispensação e II. Atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica; • de fórmulas magistrais e oficinais e I. Manipulação • de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos II. Comércio Estabelecimento de: I. dispensação e II. comércio drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos de em suas EMBALAGENS ORIGINAIS II. dispensação e III. II - comércio IV. I. dispensação e Aqui temos dois pontos a esclarecer, que merecem muita atenção: 1. Note a diferença entre as definições de FARMÁCIA e DROGARIA. Na farmácia além das atividades de dispensação e comércio, também há MANIPULAÇÃO. Além disso, nas unidades de saúde, como hospitais, também há a presença de farmácias. Isso considerando ESTA LEI – Lei 5.991/73; 2. A lei 13.021/14 (Farmácia estabelecimento de Saúde) define Farmácia como uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos. De acordo com essa lei as farmácias são classificadas em: Farmácia sem manipulação ou drogaria e Farmácia com manipulação. Para concursos: atenção à Legislação referida no enunciado para responder a questão! Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 12 13. POSTO DE MEDICAMENTOS E UNIDADES VOLANTE Estabelecimento que realize dispensação de plantas medicinais Estabelecimento destinado exclusivamente à venda de medicamentos industrializados: o Para atendimento a localidades desprovidas de farmácia ou drogaria; em suas embalagens originais e constantes de relação elaborada pelo órgão sanitário federal, publicada na imprensa oficial Setor de fornecimento de medicamentos industrializados, privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalente. Ato de fornecimento ao consumidor de: drogas medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos; A título remunerado ou não; ERVANERIA XIV) DISPENSÁRIO DE MEDICAMENTOS XV) DISPENSAÇÃO Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardosowww.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 13 Empresa que exerça direta ou indiretamente o comércio atacadista de drogas medicamentos EM suas embalagens originais, insumos farmacêuticos e correlatos; Produto tecnicamente elaborado: o para atender às necessidades dietéticas de pessoas em condições fisiológicas especiais. XVI - DISTRIBUIDOR, REPRESENTANTE , IMPORTADOR E EXPORTADOR XVII- PRODUTO DIETÉTICO XVIII - SUPERMERCADO Estabelecimento que comercializa, mediante auto-serviço, grande variedade de mercadorias, em especial produtos alimentícios em geral e produtos de higiene e limpeza XIX - ARMAZÉM E EMPÓRIO Estabelecimento que comercializa, no atacado ou no varejo, grande variedade de mercadorias e, de modo especial, gêneros alimentícios e produtos de higiene e limpeza; Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 14 IBC – Prefeitura de Indaiatuba-SP – 2013 Assinale a alternativa correta. Segundo o Art. 4º da Lei Federal 5.991/73 para os efeitos dessa Lei, são adotados os seguintes conceitos: I) Droga – Substância ou matéria-prima que tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária; II) Medicamente – Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico; III) Insumo Farmacêutico – Droga ou matéria-prima aditiva ou complementar de qualquer natureza destinada a emprego em medicamente, quando for o caso, e seus recipientes. a) I apenas é verdadeira b) II apenas é verdadeira c) II e III apenas são verdadeiras d) I, II e III são verdadeiras COMENTÁRIO: Perceba que as 3 definições estão de acordo com as definições do artigo 4º. GABARITO: E Estabelecimento que, mediante auto-serviço ou não, comercializa diversas mercadorias, com ênfase para aquelas de primeira necessidade, dentre as quais alimentos em geral, produtos de higiene e limpeza e apetrechos domésticos, podendo funcionar em qualquer período do dia e da noite, inclusive nos domingos e feriados XX - LOJA DE CONVENIÊNCIA E "DRUGSTORE" Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 15 NCE -UFRJ - SES-PI- Segundo a Lei nº 5991 de 17 de dezembro de 1973, farmácia é: a) estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica; b) unidade da empresa destinada ao comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos; c) estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais; d) estabelecimento que realize dispensação de plantas medicinais; e) estabelecimento destinado exclusivamente à venda de medicamentos industrializados em suas embalagens originais e constantes de relação elaborada pelo órgão sanitário federal, publicada na imprensa oficial, para atendimento a localidades desprovidas de farmácia ou drogaria. COMENTÁRIO: Para identificar o conceito de farmácia, a alternativa deve conter as 4 expressões : “manipulação”, “comércio”, “dispensação” e “atendimento de unidade hospitalar” – Alternativa A. Alternativa B – Descreve Estabelecimento Alternativa C – Descreve Drogaria Alternativa E – Descreve Posto de Medicamento e Unidade Volante GABARITO: A Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 16 CAPÍTULO II Do Comércio Farmacêutico Art 3º -O COMÉRCIO de: É PRIVATIVO das empresas e estabelecimentos definidos nesta Lei Ou seja, apenas podem comercializar drogas, medicamentos e insumos, as empresas e estabelecimentos definidos no artigo anterior. § 2º O comércio de determinados correlatos, tais como, Exercido por estabelecimentos especializados, Poderá ser extensivo às farmácias e drogarias, observado o disposto em lei federal e na supletiva dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. drogas medicamentos insumos farmacêuticos aparelhos e acessórios produtos utilizados para fins diagnósticos e analíticos produtos de higiene pessoal ou de ambiente Protudtos odontológicos, Produtos veterinários os produtos odontológico o de cosméticos e perfumes Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 17 Atenção ao termo “PODERÁ”, pois ele FACULTA o comércio destes correlatos às farmácias. Ou seja: As farmácias são OBRIGADAS a comercializarem esses produtos? NÃO As farmácias são PROIBIDAS de comercializarem esses produtos? NÃO § 2º - A venda de produtos dietéticos será realizada: nos estabelecimentos de dispensação e, desde que não contenham substâncias medicamentosas, pelos do comércio fixo. Art. 6º - A dispensação de medicamentos é PRIVATIVA de: Temos aqui um dos assuntos MAIS cobrados desta legislação, portanto DECORE! Apenas podem realizar a dispensação de medicamentos: farmácias, drogarias, posto de medicamento e unidades volantes e dispensários de medicamentos. É muito comum questões afirmarem que a dispensação de medicamentos é privativa apenas de Farmácias e Drogarias, o que está ERRADO! Também podem dispensar medicamentos: os postos de medicamentos e unidades volantes, ou seja, os estabelecimento destinados ao atendimento das localidades mais isoladas e desprovidas de farmácia ou drogaria; O dispensário de medicamentos, ou seja, setor de fornecimento de medicamentos da Unidade Hospitalar. a) Farmácias b) Drogarias c) Posto de Medicamento e Uindades Volantes d) Dispensário de Medicamentos Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 18 CETRO – ANVISA- Especialista 1- O comércio de drogas, medicamentos e insumos farmacêuticos é privativo das empresas e dos estabelecimentos definidos na Lei nº 5.991/1973. A dispensação de medicamentos é privativa de I. farmácia. II. drogaria. III. posto de medicamento e unidade volante. IV. dispensário de medicamentos. V. supermercados. VI. consultórios médicos. É correto o que está contido em: a) I e II, apenas. b) I, II e IV, apenas c) II, IV e VI, apenas. d) I, III, IV e V, apenas. e) I, II, III e IV, apenas. COMENTÁRIO: Lembre-se: A dispensação de medicamentos é privativa de farmácia, drogaria, posto de medicamento e unidade volante e dispensário de medicamentos. GABARITO: E Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 19 Parágrafo único. Para atendimento exclusivo a seus usuários,os estabelecimentos hoteleiros e similares: poderão dispor de medicamentos anódinos, que não dependam de receita médica, observada a relação elaborada pelo órgão sanitário federal. Art. 7º - A dispensação de PLANTAS MEDICINAIS é PRIVATIVA: Observados o acondicionamento adequado e a classificação botânica. Art. 8º - Apenas poderão ser entregues à dispensação drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos que obedeçam aos padrões de qualidade oficialmente reconhecidos. CAPÍTULO III Da Farmácia Homeopática Art. 9º - O comércio de medicamentos homeopáticos obedecerá às disposições desta Lei, atendidas as suas peculiaridades. Art. 10 - A farmácia homeopática só poderá manipular fórmulas oficinais e magistrais, obedecida a farmacotécnica homeopática. Parágrafo único. A manipulação de medicamentos homeopáticos não constantes das farmacopéias ou dos formulários homeopáticos depende de aprovação do órgão sanitário federal. das farmácias e ervanarias Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 20 Art. 11 - O Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia baixará instruções sobre: o receituário; utensílios, ; Equipamentos; relação do estoque mínimo de produtos homeopáticos. Art. 12 - É PERMITIDO às farmácias homeopáticas manter seções de vendas de: correlatos e de medicamentos não homeopáticos quando apresentados em suas embalagens originais. Art. 13 - Dependerá da receita médica: a dispensação de medicamentos homeopáticos, cuja concentração de substância ativa corresponda às doses máximas farmacologicamente estabelecidas. Art. 14 - Nas localidades desprovidas de farmácia homeopática, poderá ser autorizado: o funcionamento de posto de medicamentos homeopáticos ou a dispensação dos produtos em farmácia alopática. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 21 CAPÍTULO IV Da Assistência e Responsabilidade Técnicas Art. 15 – § 1º - A presença do técnico responsável será obrigatória durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento. Perceba que a lei define a OBRIGATORIEDADE da presença de técnico responsável durante TODO o horário de funcionamento de FARMÁCIAS e DROGARIAS! Cuidado para não confundir: não há menção, nesta lei, de obrigatoriedade de técnico responsável para as unidades volantes e postos de medicamentos (estabelecimentos em que também há a dispensação de medicamentos). § 2º - Os estabelecimentos de que trata este artigo poderão manter técnico responsável substituto, para os casos de impedimento ou ausência do titular. A FARMÁCIA E A DROGARIA terão, obrigatoriamente, a assistência de técnico responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia, na forma da lei. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 22 § 3º - Em razão do interesse público, caracterizada a necessidade da existência de farmácia ou drogaria, e na falta do farmacêutico, o órgão sanitário de fiscalização local licenciará os estabelecimentos sob a responsabilidade técnica de: Perceba que, de acordo com essa lei, não necessariamente a reponsabilidade técnica será exercida pelo Farmacêutico, já que, na falta deste, poderão assumir a reponsabilidade o prático ou o oficial de farmácia. Já a Lei 13.021/14, estabelece como condição para o funcionamento da farmácia a presença de FARMACÊUTICO durante todo o período de funcionamento. E como fica para concursos? Depende da Legislação citada no enunciado! Art. 16 - A responsabilidade técnica do estabelecimento será comprovada: § 1º - Cessada a assistência técnica: pelo término ou alteração da declaração de firma individual, contrato social ou estatutos da pessoa jurídica ou pela rescisão do contrato de trabalho, o o profissional responderá pelos atos praticados durante o período em que deu assistência ao estabelecimento. prático de farmácia oficial de farmácia ou outro, igualmente inscrito no CFR por declaração de firma individual, pelos estatutos ou contrato social ou pelo contrato de trabalho do profissional responsável Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 23 § 2º - A responsabilidade referida no § anterior substituirá pelo prazo de um ano a contar da data em que o sócio ou empregado cesse o vínculo com a empresa. Art. 17 - Somente será permitido o funcionamento de farmácia e drogaria sem a assistência do técnico responsável, ou do seu substituto, pelo prazo de até 30 DIAS, o período em que não serão aviadas fórmulas magistrais ou oficiais nem vendidos medicamentos sujeitos a regime especial de controle. Art. 18 - É FACULTADO à farmácia ou drogaria manter serviço de atendimento ao público: o a cargo de técnico habilitado; o observada a prescrição médica. § 1º - Para efeito deste artigo o estabelecimento deverá: § 2º - A farmácia PODERÁ manter laboratório de análises clínicas, desde que: em dependência distinta e separada, e sob a responsabilidade técnica do farmacêutico bioquímico. para aplicação de injeções ter local privativo equipamento e acessório apropriados e cumprir os preceitos sanitários pertinentes Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 24 Art. 19 - Não dependerão de assistência técnica e responsabilidade profissional: o posto de medicamentos, a unidade volante e o supermercado, o armazém e o empório, a loja de conveniência e a "drugstore". Art. 20 – A cada farmacêutico será permitido exercer a direção técnica de no máximo 2 Farmácias sendo uma delas comercial e uma hospitalar Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 25 O capítulo IV desta lei é extremamente cobrado. Portanto, vamos resumir os principais pontos na tabela abaixo: Locais que precisam de Assistência de técnico responsável: Farmácia; Drogaria Assistência Técnica: Obrigatória; Durante TODO o período de funcionamento de Farmácias e Drogarias; Prazo para que a farmácia ou drogaria fique SEM assistência do técnico responsável 30 dias Contar com local para Aplicação de injeções Facultado Manter Laboratório de Análises Clínicas na farmácia Facultado Número de farmácias que cada farmacêutico pode exercer direção técnica 2 -> Sendo uma comercial e uma hospitalar Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 26 VUNESP - Prefeitura de São Paulo-SP- 2009. A Lein.º 5.991/1973 determina, com relação à Assistência e Responsabilidade Técnicas, que: a) a presença do técnico responsável será obrigatória durante metade do horário de funcionamento do estabelecimento. b) somente será permitido o funcionamento de farmácia e drogaria sem a assistência do técnico responsável, ou de seu substituto, pelo prazo de até noventa dias. c) não é facultado à drogaria manter serviço de atendimento ao público para aplicação de injeções a cargo de técnico habilitado, observada a prescrição médica. d) a cada farmacêutico será permitido exercer a direção técnica de, no máximo, três farmácias, sendo duas comerciais e uma hospitalar. e) a farmácia poderá manter laboratório de análises clínicas, desde que em dependência distinta e separada, e sob a responsabilidade técnica do farmacêutico bioquímico. COMENTÁRIOS: Alternativa A – Errada – Presença obrigatória durante TODO o período Alternativa B – Errada – Prazo de 30 dias Alternativa C – Errada – É sim facultado Alternativa D – Errada – Permitida exercida a direção técnica de no máximo 2 farmácias, sendo 1 comercial e 1 hospitalar Alternativa E -Correta GABARITO: E Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 27 CAPÍTULO V Do Licenciamento Art. 21 - O comércio, a dispensação, a representação ou distribuição e a importação ou exportação de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos: Será exercido SOMENTE por empresas e estabelecimentos LICENCIADOS pelo órgão sanitário competente dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, em conformidade com a legislação supletiva a ser baixada pelos mesmos, respeitadas as disposições desta Lei. Art. 22 - O pedido da licença será instruído com: Art. 23 - São condições para a licença: a • prova de constituição da empresa; b • prova de relação contratual entre a empresa e seu responsável técnico, quando for o caso; c • prova de habilitação legal do responsável técnico, expedida pelo Conselho Regional de Farmácia. a • localização conveniente, sob o aspecto sanitário; b • instalações independentes e equipamentos que a satisfaçam aos requisitos técnicos adequados à manipulação e comercialização pretendidas; c •assistência de técnico responsável, de que trata o Art. 15 e seus parágrafos, ressalvadas as exceções previstas nesta Lei. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 28 FUNDEP - Prefeitura de Uberaba-MG (modificada) O artigo 23, do capítulo IV, da Lei n. 5.991/73, estabelece as condições para o licenciamento de farmácias e drogarias. De acordo com esse artigo, as seguintes condições são necessárias para o licenciamento de farmácias e drogarias, EXCETO: a) localização conveniente, sob o aspecto sanitário. b) instalações independentes e equipamentos que satisfaçam aos requisitos técnicos adequados à manipulação e comercialização pretendidas. c) assistência de técnico responsável, de que tratam o Art. 15 e seus parágrafos, ressalvadas as exceções previstas em Lei. d) possuir instalação devidamente aparelhada para a aplicação de injeções. COMENTÁRIOS: Perceba que a questão pede a alternativa que NÃO constitui condição para o pedido de licença. O artigo 23 define como condições obrigatórias: a) localização conveniente, sob o aspecto sanitário; b) instalações independentes e equipamentos que a satisfaçam aos requisitos técnicos adequados à manipulação e comercialização pretendidas; c) assistência de técnico responsável, de que trata o Art. 15 e seus parágrafos, ressalvadas as exceções previstas nesta Lei. Lembre-se também que local para aplicação de injeções é PERMITIDO mas NÃO obrigatório às farmácias e drogarias, conforme vimos anteriormente. GABARITO: D Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 29 Parágrafo único. A legislação supletiva dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios poderá REDUZIR as exigências sobre a instalação e equipamentos, para o licenciamento de estabelecimentos destinados à assistência farmacêutica no perímetro suburbano e zona rural. Art. 24 - A licença, para funcionamento do estabelecimento, será expedida após verificação da observância das condições fixadas nesta Lei e na legislação supletiva. Art. 25. A licença terá sua validade fixada em regulamentação específica pela autoridade sanitária local, de acordo com o risco sanitário das atividades desenvolvidas pelos estabelecimentos, e poderá ser revalidada por períodos iguais e sucessivos. O artigo foi modificado em 2015, pela lei 13.097/2015. Anteriormente, era fixado o prazo de 1 ano de validade da licença. Parágrafo único. A revalidação de licença deverá ser requerida nos primeiros 120 (cento e vinte) dias de cada exercício Art. 25-A. Os requisitos e procedimentos para registro, ou notificação, e comercialização de produtos sujeitos à vigilância sanitária considerados de USO TRADICIONAL Serão regulamentados por ato específico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária Art. 25-B. A transferência de titularidade do registro de produtos sujeitos à vigilância sanitária fica condicionada ao pagamento da diferença, a maior, do valor da taxa de fiscalização sanitária. Art. 26 - A revalidação somente será concedida após a verificação do cumprimento das condições sanitárias exigidas para o licenciamento do estabelecimento, através de inspeção. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 30 Art. 27 - A transferência da propriedade e a alteração da razão social ou do nome do estabelecimento não interromperá o prazo de validade da licença, sendo porém obrigatória: Art. 28 - A mudança do estabelecimento para local diverso do previsto no licenciamento dependerá: de licença prévia do órgão sanitário competente e do atendimento das normas exigidas para o licenciamento. Art. 29 - O posto de medicamentos de que trata o item XIII, do Art. 4, terá as condições de licenciamento estabelecidas na legislação supletiva dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. O Decreto 74.170/74 regula as condições para licenciamento dos postos de medicamentos. Art. 30 - A fim de atender às necessidades e peculiaridades de regiões desprovidas de farmácia, drogaria e posto de medicamentos consoante legislação supletiva dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, o órgão sanitário competente poderá licenciar UNIDADE VOLANTE para a dispensação de medicamentos, constantes de relação elaborada pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia. § 1º - A dispensação será realizada em meios de transportes: Que possuam condições adequadas à guarda dos medicamentos. a comunicação das alterações referidas e a apresentação dos atos que as comprovem, para averbação. terrestres marítimos fluviais lacustres ou aéreos Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 31 § 2º - A licença prevista neste artigo será concedidaa título provisório e CANCELADA tão logo se estabeleça uma farmácia na região. Art. 32 - As licenças poderão ser: Mediante despacho fundamentado da autoridade competente, assegurado o direito de defesa em processo administrativo, instaurado pelo órgão sanitário. Art. 33 - O estabelecimento de dispensação que deixar de funcionar por mais de 120 DIAS terá sua licença cancelada. Art. 34 - Os estabelecimentos referidos nos itens X e XI (FARMÁCIAS e DROGARIAS), do Art. 4 desta Lei, poderão manter sucursais e filiais que, para efeito de: O artigo 34 permite que farmácias e drogarias mantenham filiais. Entretanto, tais filiais serão AUTÔNOMAS, ou seja, deverão ter seus próprios licenciamentos, seus próprios RESPONSÁVEIS técnicos e devem arcar com suas próprias responsabilidades sanitárias. suspensas cassadas ou canceladas no interesse da saúde pública serão considerados como autônomos. licenciamento instalação responsabilidade Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 32 CAPÍTULO VI Do Receituário Art. 35 - Somente será aviada a receita: Parágrafo único. O receituário de medicamentos entorpecentes ou a estes equiparados e os demais sob regime de controle, de acordo com a sua classificação, Obedecerá às disposições da legislação federal específica. Os medicamentos controlados obedecem às disposições da Portaria 344/98, conforme veremos mais adiante neste curso. Art. 36 – A receita de medicamentos magistrais e oficinais, preparados na farmácia, deverá ser registrada em LIVRO DE RECEITUÁRIO a • que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais; b • que contiver o nome e o endereço residencial do paciente e, expressamente, o modo de usar a medicação c • que contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou da residência, e o número de inscrição no respectivo Conselho profissional Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 33 § 1o É VEDADA A captação de receitas contendo prescrições magistrais e oficinais em: Bem como a intermediação entre empresas. Ou seja, é VEDADO que drogarias, ervanarias e postos de medicamentos atendam a receitas de medicamentos MANIPULADOS (prescrições magistrais e oficinais). § 2o É VEDADA às farmácias que possuem filiais A centralização total da manipulação em apenas 1 (um) dos estabelecimentos. Art. 37 Terão LIVRO, segundo modelo oficial, Destinado ao registro do receituário de medicamentos sob REGIME DE CONTROLE SANITÁRIO ESPECIAL. A farmácia a drogaria e o dispensário de medicamentos drogarias ervanárias e postos de medicamentos ainda que em filiais da mesma empresa Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 34 Parágrafo único. O controle do estoque dos produtos de que trata o presente artigo será feito mediante registro especial, respeitada: A legislação específica para os entorpecentes e os a estes equiparados, E as normas baixadas pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia. A escrituração de livro e de estoque dos medicamentos controlados foi estabelecido em 1988 com a publicação da Portaria 344/98. Como esta lei é de 73, ela ainda dispunha sobre tais medicamentos e sua futura regulação. Moura e Melo - Prefeitura de São Bernardo do Campo/SP- 2009. Analise as afirmações: I. A receita de medicamentos magistrais e oficinais, preparados na farmácia, deverá ser registrada em livro de receituário. II. É vedada a captação de receitas contendo prescrições magistrais e oficinais em drogarias, ervanárias e postos de medicamentos, ainda que em filiais da mesma empresa, bem como a intermediação entre empresas. III. É permitido às farmácias que possuem filiais a centralização total da manipulação em 1 (um) dos estabelecimentos. Com base nessas afirmações assinale a alternativa correta: a) Todas as afirmações estão corretas. b) Somente uma dessas afirmações está correta. c) Somente uma dessas afirmações está incorreta. d) Todas as afirmações estão incorretas. COMENTÁRIOS: Item I- Correto; Item II – Correto; Item III- Errado – É VEDADO a centralização da manipulação em 1 único estabelecimento GABARITO: C Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 35 Art. 38 A farmácia e a drogaria disporão de RÓTULOS IMPRESSOS para uso nas embalagens dos produtos aviados, deles constando: Parágrafo único. Além dos rótulos a que se refere o presente artigo, a farmácia terá impressos com os dizeres: Art 39. Os dizeres da receita serão transcritos integralmente no rótulo aposto ao continente ou invólucro do medicamento aviado, com: nome e endereço do estabelecimento o número da licença sanitária nome do responsável técnica e o número de seu registro no Conselho Regional de Farmácia. "Uso Externo" "Uso Interno" "Agite quando Usar " "Uso Veterinário" e "Veneno". a data de sua manipulação número de ordem do registro de receituário nome do paciente nome do profissional que a prescreveu. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 36 Parágrafo único. O responsável técnico pelo estabelecimento rubricará os rótulos das fórmula aviadas e bem assim a receita correspondente para: devolução ao clientes ou arquivo, quando for o caso Art 40. A receita em código, para aviamentos na farmácia privativa da instituição somente poderá ser prescrita por profissional vinculado à unidade hospitalar. Art 41. Quando: O responsável técnico pelo estabelecimento solicitará confirmação expressa ao profissional que a prescreveu. Art 42. Na ausência do responsável técnico pela farmácia ou de seu substituto, será vedado o aviamento de fórmula que depende de manipulação na qual figure substância sob regime de controle sanitário especial. Art 43. O registro do receituário e dos medicamentos sob regime de controle sanitário especial NÃO poderá conter: a dosagem do medicamento prescrito ultrapassar os limites farmacológicos ou a prescrição apresentar incompatibilidades rasuras emendas ou irregularidades que possam prejudicar a verificação da sua autenticidade Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 37 2015 – EBSERH - UFJF – AOCP - De acordo com a Lei 5991/73, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, assinale a alternativa INCORRETA sobre receituário. (A) Somente será aviada a receita que estiver escrita à tinta, em vernáculo,por extenso e de modo legível. (B) Quando a dosagem do medicamento prescrito ultrapassar os limites farmacológicos, o responsável técnico pelo estabelecimento solicitará confirmação expressa ao profissional que a prescreveu. (C) Somente será aviada a receita que contiver o nome e o endereço residencial do paciente e expressamente o modo de usar a medicação. (D) Somente será aviada a receita que contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou residência e o número de inscrição no respectivo Conselho profissional. (E) Poderá ser aviada uma receita em código na farmácia da instituição hospitalar desde que seja prescrita por profissional vinculado ou não à unidade hospitalar COMENTÁRIOS: Perceba que é pedida a alternativa ERRADA. Lembre-se que somente podem ser aviadas receitas que: que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais; que contiver o nome e o endereço residencial do paciente e, expressamente, o modo de usar a medicação; que contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou da residência, e o número de inscrição no respectivo Conselho profissional. Diante disso: as alternativas A, C e D estão corretas. A alternativa B também está correta: dose acima da farmacológica ou incompatibilidade = confirmação EXPRESSA do prescritor. A alternativa E está INCORRETA pois a prescrição em código é restrita a profissionais VINCULADOS a unidade hospitalar, sendo, portanto o gabarito da questão. GABARITO: E Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 38 CAPÍTULO VII Da Fiscalização Art. 44 - Compete aos órgãos de fiscalização sanitária dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios a fiscalização dos estabelecimentos de que trata esta Lei, para a verificação das condições: . § 1º - A fiscalização nos estabelecimentos de que trata o Art. 2 obedecerá aos mesmos preceitos fixados para o controle sanitário dos demais. § 2º - Na hipótese de ser apurada infração ao disposto nesta Lei e demais normas pertinentes, os responsáveis ficarão sujeitos: Art. 45 – A fiscalização sanitária: Será exercida nos estabelecimentos que os comerciem, pelos Estados, Distrito Federal e Territórios, através de seus órgãos competentes. de licenciamento e funcionamento às sanções previstas na legislação penal e administrativa sem prejuízo da ação disciplinar decorrente do regime jurídico a que estejam submetidos das drogas medicamentos insumos farmacêuticos e correlatos Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 39 Art. 46 . No caso de DÚVIDA quanto aos rótulos, bulas e ao acondicionamento De drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, A fiscalização apreenderá 2 (duas) unidades de produto UMA será remetida para exame no órgão sanitário competente A OUTRA ficará em poder do detentor do produto Lavrando-se o termo de apreensão, em duas vias, que será assinado: pelo agente fiscalizador e pelo responsável técnico pelo estabelecimento, ou seu substituto eventual e, na ausência deste, por duas testemunhas Parágrafo único. Constatada a irregularidade pelo órgão sanitário competente será lavrado AUTO DE INFRAÇÃO aplicando-se as disposições constantes do Decreto-lei nº 785, de 25 de agosto de 1969. rótulos bulas e acondicionamento Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 40 Art. 47 § 1º No caso de INTERDIÇÃO DO ESTOQUE, a autoridade fiscalizadora lavrará o AUTO DE INTERDIÇÃO correspondente, o Que assinará: o Especificadas no auto: com o representante legal da empresa e o possuidor ou detentor do produto ou seu substituto legal e, na ausência ou recusa deste, por duas testemunhas, a natureza e demais características do produto interditado e o motivo da interdição. Para efeito de ANÁLISE FISCAL, proceder-se-á, periodicamente, à colheita de amostras dos produtos e materiais, nos estabelecimentos compreendidos neste regulamento, Devendo a autoridade fiscalizadora como MEDIDA PREVENTIVA, em caso de suspeita de alteração ou fraude, INTERDITAR O ESTOQUE existente no local, até o prazo máximo de 60 dias, findo os quais o estoque ficará automaticamente liberado, salvo se houver notificação em contrário. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 41 § 2º § 4º O número de amostras será limitado à quantidade necessária e suficiente às análises e exames. A mercadoria interditada NÃO poderá ser: o dada a consumo, o desviada, o alterada ou o substituída no todo ou em parte, Sob pena de ser APREENDIDA, independentemente da ação penal cabível. § 3º Para análise fiscal serão colhidas amostras que serão colocadas em 4 (quatro) invólucros, lavrando a autoridade fiscalizadora o AUTO DE APREENSÃO, em quatro vias, que será assinado: Especificado no auto a natureza e outras características do material apreendido. pelo autuante pelo representante legal da empresa, pelo possuidor ou detentor do produto, ou seu substituto legal, e, na ausência ou recusa destes, por 2 duas testemunhas, Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 42 § 5 . Dos 4 (QUATRO) INVÓLUCROS, tornados individualmente invioláveis e convenientemente autenticados, no ato de apreensão: 1º - Ficará em poder do detentor do produto, - Com a 1ª via do auto - Para efeito de RECURSOS 2º - Será remetido ao fabricante - com a 2ª via do auto - Para DEFESA, em caso de contraprova 3º - Será enviado, no prazo máximo de 5 dias, ao laboratório oficial - com a 3ª via do auto - para a ANÁLISE FISCAL 4º - Ficará em poder da autoridade fiscalizadora, - que será responsável pela integridade e conservação da amostra. § 6º O laboratório oficial terá o prazo de 30 DIAS, contados da data do recebimento da amostra, para efetuar a análise e os exames. § 7º Quando se tratar de amostras de produtos perecíveis em prazo inferior a 30 dias, a análise deverá ser feita DE IMEDIATO. § 8º O prazo previsto no § 6º poderá ser prorrogados excepcionalmente, até quinze (15) dias, por razões técnicas devidamente justificadas. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 43 Art 48.§ 3º O indicado terá o prazo de (10) dias, contados da notificação, para: apresentar defesa escrita ou contestar o resultado da análise, requerendo, na segunda hipótese, perícia de contraprova. Concluída a análise fiscal, o laboratório oficial remeterá imediatamente o laudo respectivo à autoridade fiscalizadora competente, que procederá de acordo com a conclusão do mesmo. § 1º Se o resultado da análise fiscal NÃO COMPROVAR ALTERAÇÃO do produto, Este será desde logo LIBERADO § 2º COMPROVADA a: o Alteração, o Falsificação, o Adulteração ou o Fraude, Será: Lavrado, de imediato, AUTO DE INFRAÇÃO e Notificada a empresa para início do processo. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 44 § 4º A notificação do indicado será feita: § 5º Decorrido o prazo de que trata o § 3º deste artigo (10 DIAS) sem que o notificado apresente defesa ou contestação ao resultado da análise, Art 50. A perícia de CONTRAPROVA será realizada no laboratório oficial que expedir o laudo condenatório com a presença: Utilizando-se as amostras constantes do invólucro em poder DO DETENTOR por intermédio de funcionário lotado no órgão sanitário competente ou mediante registro postal e no caso de não ser localizado ou encontrado, por meio de edital publicado no órgão oficial divulgado. o laudo será considerado definitivo e proferida a decisão pela autoridade sanitária competente, consoante o disposto no Decreto-lei nº 785, de 25 de agosto de 1969. 1 • do perito que efetuou a análise fiscal 2 • do perito indicado pela empresa e 3 • do perito indicado pelo órgão fiscalizador Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 45 § 1º A perícia de contraprova será § 2º Na data fixada para perícia da contraprova o perito do indiciado apresentará o invólucro de amostra em seu poder. § 3 § 4º Na hipótese do parágrafo anterior, prevalecerá, para todos os efeitos, o laudo de análise fiscal condenatória. § 5º Aos peritos serão fornecidos todos os informes necessários à realização da perícia de contraprova. iniciada até 15 dias após o recebimento da defesa apresentada pelo indicado e concluída nos 15 dias subseqüentes salvo se condições técnicas exigem prazo maior. • se houver indício de alterado ou violação dos invólucros • lavrando-se ata circunstanciada sobre o fato, assinada pelos peritos. A perícia de contraprova não será realizada Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 46 § 6º Aplicar-se-á à perícia de contraprova o mesmo método de análise empregado análise fiscal podendo, porém ser adotado outro de reconhecida eficácia, se houver concordância dos peritos. § 7º Os peritos lavarão TERMO E LAUDO do ocorrido na perícia de contraprova, Art 50 e 51 que ficarão arquivados no laboratório oficial remetendo sua conclusão ao órgão sanitário de fiscalização CONFIRMAÇÃO Confirmado pela perícia de contraprova o resultado da análise fiscal condenatória: Deverá a autoridade sanitária competente, ao proferir a sua decisão, DETERMINAR A INUTILIZAÇÃO: o do material o produto, o substância ou o insumo,. DIVERGÊNCIA Em caso de : o Divergência entre os peritos quanto ao resultado da análise fiscal condenatória ou o Discordância entre os resultados da análise fiscal condenatória com a da perícia de contraprova, Caberá RECURSO à autoridade competente o da parte interessada ou o do perito responsável pela análise condenatória, Devendo a autoridade competente determinar a realização de NOVO EXAME PERICIAL sobre a amostra em poder do laboratório oficial de controle. Objeto de fraude, falsificação ou adulteração, Observado o disposto no Decreto-Lei 785/69 Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 47 § 1º O RECURSO de que trata este artigo deverá ser interposto no prazo de dez (10) dias, contatados data da conclusão da perícia de contraprova. § 2º A autoridade que receber o recurso deverá decidir sobre o mesmo no prazo de dez (10) dias, contados da data do seu recebimento. . Art 52. Configurada infração por inobservância de preceitos éticos – profissionais o órgão fiscalizador comunicará o fato ao Conselho Regional de Farmácia da Jurisdição. Art. 53 - NÃO poderá ter exercício nos órgão de fiscalização sanitária o servidor público: Essa vedação é justamente para que não haja CONFLITO de INTERESSE do servidor que tenha que atuar na fiscalização de estabelecimentos que ele tenha interesse particular. 1 •que for sócio ou acionista de qualquer categoria 2 •ou que prestar serviço a empresa ou estabelecimentos que explore o comércio de drogas, medicamento insumos farmacêuticos e correlatos § 3º Esgotado o prazo referido no parágrafo anterior, sem decisão do recurso, prevalecerá o resultado da perícia de CONTRAPROVA Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 48 CETAP - Prefeitura de Belém-PA- 2011. A Lei n.º 5991, de 17/12/1973, dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. Com base nessa lei, marque a alternativa INCORRETA: a) No caso de dúvida quanto aos rótulos, bulas e acondicionamento de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a fiscalização apreenderá duas unidades do produto, das quais uma será remetida para exame no órgão sanitário competente, ficando a outra em poder do detentor do produto, lavrando-se o Termo de Apreensão, em duas vias, que será assinado pelo agente fiscalizador e pelo responsável técnico pelo estabelecimento, ou seu substituto eventual, e na ausência deste, por duas testemunhas. b) Para efeito de análise fiscal, proceder-se-á, periodicamente, à colheita de amostras dos produtos e materiais, nos estabelecimentos compreendidos nesta Lei, devendo a autoridade fiscalizadora, como medida preventiva, em caso de suspeita de alteração ou fraude, interditar o estoque existente no local, até o prazo máximo de sessenta dias, findo os quais o estoque ficará automaticamente liberado, salvo se houver notificação em contrário. c) Para análise fiscal serão colhidas amostras que serão colocadas em quatro invólucros, lavrando a autoridade fiscalizadora o Auto de Apreensão, e quatro vias, que será assinado pelo autuante, pelo responsável legal da empresa, pelo possuidor ou detentor do produto, ou seu substituto legal, e, na ausência ou recusa destes, por duas testemunhas, especificado no auto a natureza e outras característicasdo material apreendido. d) A perícia de contraprova será realizada no laboratório oficial que expedir o laudo condenatório, com a presença do perito que efetuou a análise fiscal, do perito indicado pela empresa e do perito indicado pelo órgão fiscalizador utilizando-se as amostras constantes do invólucro em poder do detentor. e) Poderá ter exercício nos órgãos de fiscalização sanitária o servidor público que for sócio ou acionista de qualquer categoria, ou prestar serviços a empresas ou Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 49 estabelecimentos que explore o comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. COMENTÁRIO: Perceba que as alternativas de A até D estão corretas. Neste tipo de questão é extremamente importante atentar-se aos PRAZOS, pois frequentemente as questões alteram os prazos tornando as alternativas incorretas. A alternativa E está incorreta tendo em vista que a participação de servidores públicos em órgãos de fiscalização NÃO permite que o mesmo tenha interesse em empresa privada, para que não haja conflito de interesse. GABARITO: E CAPÍTULO VIII Disposições Finais e Transitórias Art. 54 - O Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia baixará normas sobre: a) a padronização do registro do estoque e da venda ou dispensação dos medicamentos sob controle sanitário especial, atendida a legislação pertinente; b) os estoques mínimos de determinados medicamentos nos estabelecimentos de dispensação, observado o quadro nosológico local; c) os medicamentos e materiais destinados a atendimento de emergência, incluídos os soros profiláticos. O Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia não existe mais. Foi extinto em 1976, tendo sido substituído pelo Serviço Nacional de Vigilância Sanitária. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 50 Art. 55 - É VEDADO utilizar qualquer dependência da farmácia ou da drogaria como consultório, ou outro fim diverso do licenciamento. Lembre-se que esta lei é de 1973. A consulta farmacêutica ainda não havia nem sido cogitada. Aqui o artigo refere-se a consultório médico. Art. 56 - As farmácias e drogarias são obrigadas a plantão, pelo sistema de rodízio, para atendimento ininterrupto à comunidade, consoante normas a serem baixadas pelos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios. Art. 57 - Os práticos e oficiais de farmácia, habilitados na forma da lei, que estiverem em plena atividade e provarem manter a propriedade ou co-propriedade de farmácia em 11 de novembro de 1960, serão provisionados pelo Conselho Federal e Conselhos Regionais de Farmácia para assumir a responsabilidade técnica do estabelecimento. § 1º - O prático e o oficial de farmácia nas condições deste artigo não poderão exercer outras atividades privativas da profissão de farmacêutico. § 2º - O provisionamento de que trata este artigo será efetivado no prazo máximo de noventa dias, a contar da data de entrada do respectivo requerimento, devidamente instruído. Art. 58 - Ficam revogados os Decretos do Governo Provisório números 19.606, de 19 de janeiro de 1931; 20.627, de 9 de novembro de 1931, que retificou o primeiro; 20.377, de 8 de setembro de 1931, ressalvados seus artigos 2 e 3, e a Lei número 1.472, de 22 de novembro de 1951. Art. 59 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 51 DECRETO 74.170 de 10 de junho de 1974 Regulamenta a Lei número 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos Conforme disse a vocês no início da aula, o decreto REGULA a lei, ou seja, ESPECIFICA (traz detalhes) sobre alguns dispositivos. Não há MUDANÇA em termos de determinações, prazos, obrigações, vedações e permissões. Sendo assim, muitos artigos do Decreto são a CÓPIA da legislação. Para que a aula não fique maçante, os artigos IDÊNTICOS não serão apresentados. Trabalharemos apenas os artigos com algum acréscimo em relação ao Decreto e faremos uma breve revisão dos assuntos já apresentados, considerando cada um dos capítulos do Decreto, ok? Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 52 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES . Art 1º - O CONTROLE SANITÁRIO do comércio de: Em todo o Território Nacional, abrange: drogas medicamentos insumos farmacêuticos e correlatos I • os estabelecimentos, ou locais comércio, especializados, definidos no artigo 3º, itens X, XI, XII, XIII, XIV, e XVI; II • as unidades congêneres do serviço público civil e militar da administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios e de suas entidades paraestatais; III • as unidades similares, privativas de instituições particulares, hospitalares ou de qualquer outra natureza, inclusive as de caráter filantrópico ou beneficente, sem fins lucrativos; IV • os estabelecimentos não especializados, autorizados à comercialização de determinados produtos cuja venda não seja privativa das empresas e dos estabelecimentos mencionados no item I. Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 53 O artigo 1º da Lei 5.991/73 trouxe apenas que o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, em todo o território nacional, eram regidos por ela e que as suas disposições abrangiam as unidades congêneres integrantes do serviço público civil e militar da administração direta e indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios e demais entidades paraestatais, concernentes aos conceitos, definições e responsabilidade técnica. Aqui, o decreto especifica QUAIS são os estabelecimentos abrangidos pelo CONTROLE SANITÁRIO, ou seja: Farmácia, Drogaria, Ervanaria, Posto de medicamentos e unidade volante, Dispensário de medicamentos, Distribuidor, representante, importador e exportador (itens X, XI, XII, XIII, XIV, e XVI do artigo 2º - Na lei está escrito 3º, porém houve erro de digitação, pois o artigo 3º não tem incisos e é o artigo 2º que traz as definições); Unidades Congêneres (similares) do Serviço Público; Unidades similares do Serviço privado, inclusive as de caráter filantrópico, beneficente e sem fins lucrativos; Estabelecimentos não especializados que sejam autorizados a comercializar produtos que não sejam privativos de Farmácias, Drogarias, Ervanarias, postos de Medicamentos e Unidades Volantes e distribuidores. . Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 54 Art 2º - O artigo 2º traz as mesmas definiçõesque vimos na Lei 5.991, com a inclusão das seguintes: Acondicionamento aprovado para fins de registro pelo órgão competente do Ministério da Saúde, Destinado à proteção e manutenção das características de qualidade, de segurança e de eficácia do produto, compreendendo as embalagens destinadas ao fracionamento. XIX - EMBALAGEM ORIGINAL Procedimento que integra a dispensação de medicamentos na forma fracionada; Efetuado sob a supervisão e responsabilidade de profissional farmacêutico habilitado para atender à prescrição ou ao tratamento correspondente nos casos de medicamentos isentos de prescrição. Caracterizado: pela subdivisão de um medicamento em frações individualizadas, a partir de sua embalagem original sem o rompimento da embalagem primária mantendo seus dados de identificação XVIII- FRACIONAMENTO Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 55 CAPÍTULO II Do Comércio Farmacêutico O Capítulo II traz muitas das disposições que já estudamos no Capítulo II da Lei 5.991/73. O que foi acrescentado: Art 7º - É PRIVATIVA das farmácias e das ervanarias a venda de plantas medicinais, a qual somente poderá ser efetuada: A Lei 5.991/73 trazia como condição para a venda das plantas medicinais apenas o acondicionamento correto. Art 9º - NÃO poderão: as drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos correlatos o que não tenham sido licenciados ou registrados pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia. I • se verificado o acondicionamento adequado; II • se indicada a classificação botânica corrrespondente no acondicionamento, que deve ser aposta em etiqueta ou impresso na respectiva embalagem. ser entregues ao consumo ou expostos à venda Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 56 Parágrafo único. As farmácias e drogarias: Desde que garantidas as características asseguradas no produto original registrado, Ficando a cargo do órgão competente do Ministério da Saúde estabelecer, por norma própria, as condições técnicas e operacionais, necessárias à dispensação de medicamentos na forma fracionada. A Lei 5.991/73 não trazia a permissão de fracionamento de medicamentos. Art 10. É PERMITIDA a outros estabelecimentos que não farmácia e drogaria, A VENDA DE PRODUTOS OU CORRELATOS, . poderão FRACIONAR medicamentos não enquadrados no conceito de droga medicamento ou insumo farmacêutico e que independam de prescrição médica Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 57 Vamos relembrar alguns pontos importantes sobre o comércio farmacêutico: A dispensação é PRIVATIVA de: ** O decreto NÃO inclui Dispensário como estabelecimento que possa realizar a dispensação de medicamentos. Geralmente, quando é pedido em provas quais os estabelecimentos em que a dispensação é permitida, é referenciada a Lei 5.991/73. Caso a questão mencione o Decreto 74.170/74, considere apenas farmácia, drogarias e Unidades Volantes e Postos de Medicamentos. Permissões e Proibições: Permitido, Facultado (PODERÁ) Proibido Manter laboratório de análises clínicas Entregar a consumo ou expor a venda droga/medicamento/insumo/ correlato que não tenha licença ou registro Fracionar medicamentos Manter filiais ou sucursais Manter Serviço para aplicação de injeção O que é PERMITIDO/FACULTADO não é OBRIGAÇÃO! Por exemplo: se a alternativa trouxer que: farmácias e drogarias DEVERÃO manter serviços para aplicação de injeções, está ERRADA! A palavra “DEVERÁ” traz a ideia de OBRIGAÇÃO. Logo, para que a alternativa esteja certa, deve trazer que: “as farmácias e drogarias PODERÃO..” ou que “É PERMITIDO a farmácias e drogarias...” ou que “É FACULTADO a farmácias e drogarias...”. Farmácias Drogarias Unidades Volantes e Postos de Medicamentos Dispensário** Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 58 CAPÍTULO III Da Farmácia Homeopática O que o Decreto acrescentou em relação às Farmácias Homeopáticas: O comércio dos medicamentos homeopáticos está sujeito ao mesmo controle dos medicamento alopatas, na forma deste Regulamento, observadas as suas peculiaridades (Artigo 11). A manipulação de medicamento homeopático que não conste das farmacopéias ou dos formulários homeopáticos depende de aprovação do Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia ( § 2º Artigo 11) A aprovação de que trata o parágrafo anterior será requerida pela representante legal da empresa proprietária do estabelecimento farmacêutico, ao Diretor do Serviço Nacional de Fiscalização de Medicina e Farmácia, que decidirá o pedido louvado em pronunciamento conclusivo da Comissão de Biofarmácia. (§ 3º Artigo 11) O pedido constituirá processo próprio, cuja decisão favorável dará lugar a licença para a manipulação do produto. (§ 4º Artigo 11) Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 59 CAPÍTULO IV Do Licenciamento O que o Decreto acrescentou em relação ao Licenciamento: Art 14. O comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, seja sob a forma de: SOMENTE poderá ser exercido por ESTABELECIMENTOS LICENCIADOS pelo órgão sanitário competente dos Estados do Distrito Federal e dos Territórios Em conformidade com: o disposto na Lei número 5.991, de 17 de dezembro de 1973, neste Regulamento e na legislação supletiva a ser baixada pelos mesmos. dispensação distribuição representação, importação ou exportação Curso Regular de Farmácia Aula 00 – Lei 5.991/73 e Decreto 74.170/74 Prof. Cá Cardoso www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Cá Cardoso 60 Art 15. O PEDIDO DE LICENÇA para o funcionamento dos estabelecimentos mencionados no artigo anterior Será dirigido: e instruído com: A Lei 5991/73 já havia estabelecido como deveria ser instruído o pedido de licença (mesmas determinações dos incisos I, II e III). O Decreto, apenas acrescentou como ocorre o fluxo desse pedido: o pedido é dirigido do representante da empresa para o dirigente do órgão sanitário competente. pelo representante legal da empresa ao dirigente do órgão sanitário competente dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios I • prova de constituição da empresa; II • prova de relação contratual entre a empresa e o seu responsável técnico se este não integrar a empresa na qualidade de sócio III • prova de habilitação legal para o exercício da responsabilidade técnica do
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