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Biologia e Fisiologia Básicas de Aves Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF (Aula 2) Apostila 2 2018 MV MSC Flávio Soffiati Ordem : FORMES Família: IDAE como nos demais Convergência evolutiva O aparecimento do aspecto derivado em linhagens distintamente relacionadas (FIGUEIREDO et al, 2013) ORDEM STEATORNITHIFORMES Família Steatornithidae Noturnos Gregários Cavernícolas Vocalização 12 kHz, faz ecolocalização (se orienta pelo eco da própria vocalização), desviando de obstáculos no ambiente que vivem, as cavernas, podendo uma colônia estar estalada a 650 metros de distância da entrada da caverna Maior núcleo auditivo conhecido Única ave noturna frugívora ORDEM NYCTIBIIFORMES Família Nyctibiidae Urutaus gênero Nyctibius Incisões palpebrais (olho mágico). Termorregulação de bico aberto Glândula uropigiana e plumas de pó Alimentação: cupins, besouros, percevejos, larvas, etc. Muito gordurosas Urutau : do Tupi = ave fantasma. Ordem CAPRIMULGIFORMES Família Caprimulgidae Curiangos, bacuraus. “Articulação sindesmótica intramandibular” Bico cercado de cerdas (vibrissas). Grande Bulbo olfatório Costumam ser gordos Não possuem inglúvio 25% do peso total, alimentação. Sono tórpido Insetívoros Ordem APODIFORMES Familia Apodidae Família Trochilidae Família Apodidae Andorinhões Não são andorinhas Essencialmente aerícolas, voo + de 100Km/h* Podem alcançar 150Kg por hora . São velozes por natureza, não havendo propriamente a “necessidade”, ao contrário, por exemplo, de um falcão que tem que ser mais rápido que a presa que pretende capturar. Agarram-se em superfícies verticais ásperas. Torpor reduz taxa metabólica (respiração, temperatura). Se em tempo chuvoso e frio faltar alimento, permanecem o dia inteiro no pouso. Isto já é o começo do torpor que ajuda o organismo a superar melhor os períodos frios de escassez de alimento. Possuem 1 fóvea central e 1 lateral. A fóvea é uma pequena área, localizada no centro da retina ou lateralizada. Na fóvea há a concentração de cones (células fotorreceptoras do tapete retinal relacionada com a visão a cores) que elevam ao máximo (da espécie) a acuidade e a visão de cores. Nos humanos, por exemplo, a fóvea (uma apenas) é responsável pela leitura, pelo reconhecimento das pessoas e por tudo que requer uma discriminação visual refinada. Insetívoros, consomem “plâncton aéreo”. Usam a saliva para aglutinar os ninhos, tenda a saliva uma função digestiva mínima. Família Trochilidae – Beija Flores. Exclusivamente americanos (Equador, Colômbia, regiões andinas). Coração 1,9 a 2,5% do peso total. Hibernação: torpor, durante o sono tórpido a temperatura do beija flor, que de dia, com calor é de 40º, 42º pode igualar ao ar ambiente caindo para 22º p. ex. Os beija flores estão entre as pouquíssimas aves (além de certos andorinhões, bacuraus e Bucconidae) que possuem a capacidade de hibernar. Caem num sono letárgico durante o frio, adaptação fisiológica muito singular para sobreviver a quedas bruscas de temperatura. Embora não se conheça no Brasil hibernação em grande escala, como p. ex no Chile, onde beija- flores vivos foram encontrados em fendas de rocha por baixo da neve. Observa-se aqui, hibernação (SICK, 1997) ou torpor durante as noites frias, ficando as aves imobilizadas por algumas horas podendo ser apanhadas a mão. A hibernação (SICK, 1997) não ocorre quando a fêmea está no ninho, chocando ou cobrindo os filhotes. A hibernação ou torpor é a ferramenta metabólica pela qual o beija flor faz sua provisão alimentícia durar do entardecer ao amanhecer. Torpor e Hibernação não são sinônimos (KNUT SCHMIDT – NIELSEN, 2002). Beija flores apenas com frio tremem para produzir calor. Alimentam-se de néctar, aranhas e insetos (Drosophila). Ordem TROGONIFORMES Surucuás Família Trogonidae Gêneros Pharomachrus e Trogon Pés Zigodáctilos heterodáctilos. Possui dois dedos voltados para frente e dois voltados para trás à feição dos pica paus; contudo os dianteiros são o terceiro e o quarto dedos (em vez do segundo e terceiro) e os traseiros o primeiro e o segundo (em vez do primeiro e o quarto). Formando um pé heterodáctilo. Pés dos Trogoniformes: Cranial (terceiro e quarto dedos) - Caudal (Primeiro e segundo dedos). Asas convexas fortemente curvadas. Alimentação: lagartas, cigarras, aranhas, besouros, frutas, bagas, coquinhos, etc. Nidificam em cupinzeiros arborícolas abandonados, vespeiros, troncos de Xaxim e árvores mortas. Ordem CORACIIFORMES Família Alcedinidae Família Momotidae Família Alcedinidae Martins Pescadores gêneros Ceryle e Chloroceryle. Bico proporcionalmente muito grande Língua curta Possuem uma fóvea central e uma lateral(refração). Alimentação basicamente peixes e crustáceos. Nidificam em barrancas. Família Momotidae Juruvas e Udus gêneros Electron, Baryphthengus e Momotus. Aves florestais (vozes)* “Espátulas” caudais Tomam banho de poeira Bico forte, curvo e de tômios serrilhados Alimentação: besouros, lagartas, centopéias, roedores, ninhegos alheios, lagartixas, e algumas frutas. ORDEM GALBULIFORMES Família Galbulidae Família Bucconidae Família Galbulidae Bicos de Agulha, Arirambas da Mata Pés zigodáctilos Alimentação: Artrópodes Família Bucconidae João Bobo, Bicos-de-Brasa, etc. Aves de índole calma. Permanecem imóveis Alimentação: insetos, aracnídeos, pequenos vertebrados, bebem água em folhas. Ordem PICIFORMES Família Capitonidae Família Ramphastidae Família Picidae non – Passeres mais aparentados aos Passeres. Família Capitonidae Capitães de Bigode gêneros Capito e Eubucco. Aves interespecificamente sociáveis, após os filhotes abandonarem o ninho, a família torna-se sociável participando de bandos de saíras, anambés e outras aves frugivoras, reunindo-se também para dormir, usando as vezes ocos maiores que caibam vários indivíduos à feição dos araçaris. Alimentação: artrópodes, predominante frugívora. Apanham animalejos como aranhas e insetos; martelam em madeira e em cupinzeiro em busca de artrópodes. Larvas de moscas de “berne” (Philornis sp.). Família Ramphastidae Tucanos e Araçaris. Bico poroso,leve e translúcido (lesões). Tômios dentados, língua em forma de pena. Basicamente frugívoros (ornitocoria). Giardia tucani. Esporozoários da malária Plasmodium pinotti e P. huffi. Hemocromatose em cativeiro. Família Picidae Pica – Paus protractor ptrygoidei adaptações do crânio e musculatura para proteger o cérebro contra o excesso de trepidação Mobilidade da maxila reduzida. Lingua vermiforme (5 x o bico). glandula picorum (viscosidade da língua). Pés zigodáctilos. Raques rijas das retrizes (órgão de apoio). Alimentação: insetos e larvas parasitos de plantas (percussão). Os pica paus são atraídos por árvores parasitadas pelos tipos mais variados de insetos e suas larvas, muitas vezes muito perniciosos às plantas. ORDEM CARIAMIFORMES Família Cariamidae Seriema Cariama cristata Ave terrícola aparência rapinóide Nidifica em árvores, uma origem silvícola dessa ave terrícola se pode concluir pelo fato de nidificar em árvores. Convergência com rapinantes principalmente Sagittarius. Na reprodução só um filhote se cria. Alimentação: Artrópodes, roedores, lagartos, cobras* (não é imune a peçonha das serpentes) preda insetos de forma considerável, sendo parte importante da sua dieta. Gosta de beber água (contrariando alguns ditos) Macho e fêmea se revezam no choco Desmatamentos ampliaram seus domínios. Ordem FALCONIFORMES Família Falconidae Falcões (Falco), carcará, carrapateiro, acauã, etc. Família heterogênea 2 foveas centralis Alimentação variável – onívoros – Daptrius, Milvago, Caracara (frutas, sementes, cadáveres). Espécies florestais: Micrastur Espécies campestres: Daptrius, Milvago, Caracara. Gênero cosmopolita: Falco Ordem PSITTACIFORMES Familia Nestoridae Familia Cacatuidae Familia Psittacidae Familia Nestoridae/ Strigopidae Kea (Nestor notabilis) Kaka (Nestor meridionalis) Kakapo (Strigops habroptilus Nestor notabilis: Áreas montanhosas do sul da Nova Zelândia +de 100 sp vegetais, carcaças, lixo humano Monogâmicos, nidificam em ocos de árvores Grupos familiares até a maturidade (5 anos) Nestor meridionalis Florestas temperadas Alimentação: frutas, invertebrados, seiva, néctar Nidificam em ocos, filhotes altriciais. A prole altricial é a que necessita de cuidado parental, com acentuado retardo até se tornar independente (FIGUEIREDO et al, 2013) Ameaçada : caça, predação, espécies introduzidas, perda de habitat Strigops habroptilus Florestas e áreas arbustivas Hábito noturno, terrícola, não voa Herbívoros : frutas, talos, raízes Ninho no chão Único psitaciforme que não voa Família Cacatuidae: cacatuas, calopsitas, etc 21 espécies 14 tendem para o branco 7 tendem para o preto ou cinza Tendem a ser canhotos Alimentação : granivoros, variavel em relação a espécie Pecten oculi: é uma estrutura de vasos sanguíneos, exclusiva de aves, pertencente ao coróide com forma de pente. É observado nos olhos das aves, se projeta no humor vítreo, na entrada do nervo óptico. Responsável pela nutrição da retina e controle de pH do humor vítreo. Família Psittacidae Araras, papagaios, periquitos e afins. O Brasil possui a maior riqueza de espécies de psitacídeos do globo e seus maiores representantes, as araras. Porém as formas são homogêneas se comparadas aos psitacídeos australianos (SICK, 1997) Pés zigodáctilos As curicas e papagaios verdadeiros são frequentemente canhotos. Têm o pé esquerdo melhor desenvolvido para a função de apreensão sendo quase incapazes de pousar inteiramente com o pé esquerdo. São capazes de se fixar firmemente apenas com o pé direito. A maioria dos psitacídeos australianos também é canhota. Papagaios selvagens raramente tendem a imitar outras espécies. Falta-lhes a reiteração incessante da vocalização estranha que eles vêm a imitar. Isso pode ser um claro sinal de stress (MARTINEZ e PRESTES, 2008) Falam através de “arremedo condicionado”. Por exemplo, falam alô quando toca o telefone... Cebralização: Complexidade do encéfalo de uma arara: o peso dos hemisférios cerebrais/ peso do tronco cerebral é de aprox. 28.07 (índice intracerebral); alcançando o maior nível da classe, superando o de Corvidae (Passeriformes). O índice mais baixo apurado é o da galinha (2,9) enquanto uma ave de rapina atinge 8,3 (SICK, 1997) Penas de pó (Amazona farinosa). Glândula Uropigiana atrofiada. Possuem 2 foveas centralis. Alimentação: frutas, sementes, cocos, podem comer Tenebrio. Preferem as sementes chegando a desprezar a polpa das frutas, sendo predadores de sementes, portanto não são bons dispersores Inglúvio normalmente grande capaz de armazenar durante horas a ceva que será dada aos filhotes. De forma diferente dos COLUMBIFORMES que produzem o “leite de papo”, os PSITTACIFORMES não produzem o alimento, mas buscam e armazenam no inglúvio até chegar ao ninho. Ordem PASSERIFORMES 59,1% das aves viventes Vários pares de músculos siringiais Escutelação tarsal Duas Subordens ou Grupos - Suboscines - Oscines Suboscines Clamatores ou Tyranni Filogeneticamente mais primitivos? Divisão em relação aos músculos siringiais 2 a 4 pares de musculos siringiais laterais São menos dependentes socialmente da vocalização Macho e fêmea podem cantar Estribo ou columela bem complexo em comparação aos Oscines No Brasil encontram-se 14 famílias Relação Suboscines/Oscines no Brasil 2:1 ou 3:1 Exemplos: João de Barro, Bem-te-vi, Arapaçu, Araponga Família Dendrocolaptidae Família Scleruridae Família Furnaridae Família Melanopareiidae Família Thamnophilidae Família Conopophagidae Família Grallaridae Família Formicaridae Família Rhinocryptidae Família Oxyruncidae Família Cotingidae Família Tityridae Família Pipridae Família Tyrannidae Oscines Siringe complexa, possuindo 6, 7 ou 9 pares de músculos. Estrutura da siringe menos variada que nos Suboscines, sugere monofilia Complexidade da siringe não implica sempre em complexidade de canto Aperfeiçoamento aerodinâmico maior que em Suboscines (migrações) No Brasil encontram –se 18 famílias Corvida Familia Vireonidae Família Corvidae Passerida Família Hirundinidae Família Troglodytidae Família Donacobidae Família Polioptilidae Família Turdidae Família Mimidae Família Motacilidae Família Passerelidae Família Parulidae Família Icteridae Família Mitrospingidae Família Thraupidae Família Cardinalidae Família Fringilidae Família Estrildidae Família Passeridae
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