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Orthoptera e Mantodea

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Orthoptera 
São um grupo muito grande de insetos, que 
possui cerca de 33.000 espécies em 30 
famílias, sendo que no Brasil tem 1.480 
espécies reconhecidas e cerca de 30 dessas 
tem importância agrícola. 
Possuem de tamanhos pequenos até grandes 
(de 3 a 150mm, porém, tem insetos que 
podem chegar a 25cm). 
Os insetos mais comuns desse grupo são: 
gafanhotos, grilos, esperanças, manés-
magros, taquarinhas, paquinhas, etc. 
Ex: Schistocerca gregaria é o gafanhoto 
associado a 8ª praga do egito. 
As principais famílias e espécies que atacam 
plantas cultivadas são: 
Família Gryllotalpidae 
Espécie Gryllotalpa hexadactila → conhecida 
como paquinha → ataca arroz, batata, flores, 
feijoeiro, hortaliças. 
Espécie Scapteriscus sp. → conhecida como 
cachorrinha d’água → ataca folhas, folhagens 
e hortaliças. 
Família Gryllidae 
Espécie Gryllus assimilis → conhecida como 
grilo → ataca arroz, hortaliças, flores, milho, 
etc. 
Família Acrididae 
As espécies a seguir são todas de gafanhotos. 
Espécie Dichroplus spp. → ataca gramíneas 
e milho. 
Espécie D. maculipennis e S. americana → 
ataca milho e pastagens. 
Espécie Rhammatocerus sp. e Syllinops sp. 
→ ambas atacam pastagens. 
Espécie Schistocerca spp. → ataca flores, 
folhagens, hortaliças, milho, pastagens, etc. 
Espécie Tropidacris spp. → ataca essências 
florestais, milho e pastagens. 
Os gafanhotos são utilizados na alimentação, 
como por exemplo os chapulines, que é um 
prato típico de alguns países da américa 
central e do sul. 
Curiosidade: Rinha de grilo que ocorre na 
ásia. 
Morfologia 
orthos = Reto 
Ptera = Asas 
A asa anterior é do tipo tégmina (que serve 
mais para a proteção das asas posteriores, 
mas também possui função secundária no 
vôo). 
A asa posterior é do tipo membranosa em 
leque (usadas para o voo propriamente dito), 
elas podem ter várias cores (vibrantes, como 
amarelo e vermelho, por exemplo), ou possuir 
manchas em forma de olhos para assustar 
seus predadores. 
A perna posterior é do tipo saltatória, 
extremamente importante, principalmente 
para a fuga de predadores, tendo em vista que 
saltam em altas velocidades e longas 
distâncias. 
Existem várias linhagens de Orthopteras que 
são ápteras (sem asas), no qual o principal 
meio de locomoção é através de saltos 
promovidos pelas pernas metatorácicas. As 
pernas mesotorácicas e protorácicas são do 
tipo ambulatórias. 
As pernas saltatórias separa os Orthopteras 
dos demais ortopteróides (baratas, louva-a-
deus, bichos paus, etc). 
Possuem peças bucais mastigadoras, em 
geral hipognata, porém, tem grupos 
prognatos. 
O pronoto é desenvolvido (se 
projetando ventralmente e cobrindo toda a 
região pleural). 
As antenas são filiformes ou setáceas. 
Os ocelos normalmente são presentes, mas 
podem ser vestigiais ou ausentes em alguns 
grupos. Os olhos compostos são bem 
desenvolvidos. 
Os Orthopteras possuem 11 
segmentos abdominais (urômeros) mais os 
cercos presentes no último urômero (um 
artículo). 
Esses insetos possuem audição em 
vários órgãos diferentes, e fazem a produção 
de som por estridulação. O tímpano pode 
estar presente no primeiro par de pernas ou 
no primeiro urômero. 
São Hemimetábolos, ou seja, não 
possuem metamorfose completa, e, as 
fêmeas possuem ovopositor, geralmente 
grandes. 
Resumindo: 
 
Cabeça 
Eventualmente podem aparecer algumas 
modificações na cabeça dos Orthopteras, 
sendo elas: 
A parte dorsal (entre os olhos) da 
cápsula encefálica pode ser projetada, 
denominada de fastígio. Nessa região do 
fastígio, irão aparecer carenas laterais ou 
fovéolas (depressões). 
Podem possuir palpos maxilares e 
labiais desenvolvidos. 
As antenas podem ser curtas e mais 
grossas, ou longas e finas. 
Possuem 3 ocelos, mas em alguns 
grupos temos ocelos vestigiais ou ausentes. 
Tórax 
Possuem: 
• Protórax mais desenvolvido. 
• Asa anterior: tégmina com poucas 
veias, quitinosa. 
• Asa posterior: membranosa dobrada 
em leque. 
• Possui 3 ou 4 tarsômeros em cada 
tarso. 
• Presença de garras. 
Abdome 
Possui: 
• Abdome séssil com 11 urômeros. 
• Cercos sensoriais (que podem ser mais 
longos, como no caso dos grilos, ou 
menores, como no caso dos 
gafanhotos). 
• Ovipositor: 
- Em lâmina (muito desenvolvido, como nas 
esperanças). 
- Cilíndrico (como no grilo). 
- Reduzido (ou ausente, como nos 
gafanhotos). 
Som 
É uma flutuação de pressão transmitida em 
forma de onda pelo substrato. É medida em 
Hertz (Hz), sendo a percepção humana capaz 
de ouvir de 20 a 20.000 Hz. 
Os Orthopteras são capazes de produzir sons 
tanto abaixo da percepção humana (1 a 2 Hz), 
quanto acima (200.000 Hz). 
Normalmente quando a produção de som está 
associada a um único sexo, significa que está 
associada a comunicação intraespecífica, ou 
seja, para brigas entre machos, atração de 
fêmeas, etc. 
Quando machos e fêmeas estão relacionados 
a produção de som, isso significa que está 
associada a comunicação interespecífica, ou 
seja, entre espécies, como forma de defesa 
(intimidando predadores), por exemplo. 
Os Orthopteras fazem os dois tipos de 
comunicação, porém, a intraespecífica é 
realizada pelos órgãos estridulatórios, 
enquanto a interespecífica é realizada pelas 
estruturas das asas que batem umas nas 
outras. 
Tímpano 
A percepção de som é feita pelos tímpanos, 
que são membranas que correspondem a 
sons distantes propagados pelo ar, essas 
membranas são ligadas a órgãos cordonotais 
e bolsas cheias de ar que intensificam o som. 
Nas esperanças e grilos, o tímpano fica 
localizado na tíbia do primeiro par de pernas: 
 
Nunes-Gutjahr e Braga, 2014 
Já nos gafanhotos é localizado no primeiro 
urômero: 
 
Nunes-Gutjahr e Braga, 2014 
 
Órgãos Sensoriais 
Cerdas sensoriais → especializados para a 
percepção de som de campo próximo e numa 
amplitude bem menor. Ajudam também a 
identificar predadores, parasitas ou parceiro 
sexual através das correntes de ar. 
Órgão subgenual → órgão localizado na 
região proximal da tíbia, também relacionado 
a percepção sonora. 
Órgão de Johnston → órgão localizado no 
pedicelo da antena, também relacionado a 
função auditiva. 
Reprodução 
Quase sempre sexuada, porém, existem 
algumas espécies partenogenéticas. São 
ovíparos e seu desenvolvimento é 
hemimetabolico. 
Hemimetabolia 
É a metamorfose incompleta, ou seja, a 
primeira ninfa já é muito semelhante ao adulto, 
com a diferença de não possuir asas e órgãos 
genitais maduros. 
Hábitos 
Possuem hábitos terrestres em sua grande 
maioria, com algumas exceções de semi-
aquáticos. 
Hábito noturno → grilos, paquinhas e 
esperanças. 
Hábito diurno → gafanhotos. 
Grupos 
São considerados subordens: 
Caelifera Esnifera 
Gafanhotos Esperança e grilos. 
Antena menor que o 
corpo, grossa. 
Antena maior que o 
corpo, fina. 
Órgão timpânico no 
abdome (lateral). 
Tíbia I com órgão 
timpânico. 
Borda da tégmina para 
estridulação. 
Base da tégmina para 
estridulação. 
Ovopositor curto Ovopositor longo. 
 
Caelifera 
Superfamília Acridoidea 
Família Acrididae. Possui mais de 
10.000 espécies de gafanhotos, sendo elas 
divididas em 2 grupos conforme seu 
comportamento: as espécies migratórias (que 
podem formar as chamadas “nuvens de 
gafanhotos”, responsáveis por enormes 
prejuízos devido a devastação de lavouras) e 
outras sedentárias (causam poucos estragos). 
Dentro de acriddidae temos os 
gafanhotos que possuem o último espinho da 
tíbia antes da ponta final da tíbia. 
 
Ex: Rhammatocerus schisticercoides 
(Acrididae). Conhecido como gafanhoto 
crioulo, é possivelmente a maior praga 
agrícola relacionada aos orthopteras na 
região centro oeste, atingindo as culturas do 
arroz, cana, milho, sorgo, etc. 
Dentro da família Romaleidae, temos 
gafanhotos com o último espinho na ponta 
final da tíbia. 
 
Ex:Eutropidacris cristata (Romaleidae). 
Conhecido como tucurão, é a principal praga 
agrícola dentro da família Romaleidae, atinge 
pomares, algodão, eucalipto, mandioca e 
seringueira. 
Família Proscopiidae, são 
semelhantes ao bicho-pau (Phasmatodea), 
mas com antenas curtas e pernas saltatórias. 
Muitas espécies dessa família são 
pragas, principalmente de mudas florestais, 
mas não são tão importantes pois são pouco 
generalistas, mas a 30 ou 40 anos estão se 
tornando pragas agrícolas. 
 
 
N 
 
Superfamília Tetrigoidea 
Família Tetrigidae, possui gafanhotos 
pequenos, < de 2cm. São fáceis de confundir 
com outros gafanhotos, e para diferenciar é 
necessário observar o pronoto, pois nessa 
família, o pronoto é tão cumprido quanto as 
asas, e acaba cobrindo praticamente todo o 
abdome. Esse grupo não possui importância 
agrícola. 
Enslifera 
Superfamília Tettigonioidea 
Essa superfamília possui 5.000 
espécies (o Brasil possui bem menos 
espécies) e a principal família desse grupo é a 
Tettigonidae. 
A família Tettigonidae possui 
esperanças, insetos que mimetizam folhas. 
Algumas espécies são ápteras, os ocelos são 
ausentes ou rudimentares, possuem hábitos 
noturnos, postura endofítica e frequentemente 
os ovos são parasitados por 
microimenópteros. 
As espécies: Phylloptera, Steirodon 
sp., Cnemidophyllum, possuem importância 
agrícola, e frequentemente atingem o nível de 
praga, pois são grandes desfolhadoras. 
Não confundir com 
Phasmatoidea 
A espécie Meroncidius intermedius 
vem se mostrando como uma praga 
importante, atacando a banana, o cacauzeiro 
e outras árvores frutíferas, causando danos 
tanto na fase adulta tanto na fase de ninfas. 
 Superfamília Grylloidea 
A família Gryllidae dispõe de mais de 
2.000 espécies. Possui como constituinte de 
maior importância agrícola os grilos, que são 
insetos terrestres, de hábito noturno, onívoros 
(comem de tudo) e quando presentes no solo 
danificam as raízes. Possui algumas espécies 
de predadores, o que podem torná-los insetos 
benéficos, por exemplo: 
Arborícolas → atacam pequenos pulgões e 
realizam postura endofítica. 
Semi-aquáticos → atacam pequenos insetos. 
Dentre todos os grilos, o Gryllus 
assimilis, também chamado de grilo preto, é 
a espécie de maior importância agrícola. 
Possui asas e ataca hortaliças, arroz, flores 
ornamentais, etc. 
 A família Gryllotalpidae, é a família 
das paquinhas, que se movem no solo se 
alimentando das raízes, para isso, possuem 
pernas anteriores fossoriais (com o tímpano 
na tíbia), possuem também antenas curtas. 
 
Nunes-Gutjahr e Braga, 2014 
As duas principais espécies dessa 
família são: Neocurtilla hexadactila e a 
Scapteriscus tenuis. Essas espécies são 
diferenciadas pelo número de tarsos 
modificados (“dedos”), onde em Neocurtilla 
hexadactila possui os tarsômeros modificados 
em 3 “dedos”, enquanto em Scapteriscus 
tenuis possuem 2 “dedos” modificados. 
Superfamília Gryllacridoidea 
A família Gryllacrididae, possui 
insetos ápteros, sem tímpanos, com tarsos 
deprimidos (deprimidos dorso-ventralmente), 
são arborícolas e predadores. 
Já a família Stenopelmatidae, 
também são ápteros, porém, possui tímpanos, 
tarsos comprimidos (comprimidos 
lateralmente) e são onívoros. Dentro desse 
grupo estarão algumas espécies que 
possuem alguma importância agrícola. 
Ambas as famílias possuem pouca 
importância agrícola e são diferenciadas pela 
ausência ou presença de tímpanos. 
Mantodea 
Possuem cerca de 2.000 espécies (sendo 
que no Brasil encontramos muito menos), é o 
grupo dos louva-Deus. 
 
DPT. ENTOMOLOGIA UFLA, 2016 
Possuem: 
Cabeça hipognata triangular, é muito 
móvel e consegue se movimentar quase 180º 
para cima e para baixo. 
Antenas filiformes ou setáceas (bastante 
longas). 
Ocelos sempre presentes no número de 3. 
Como característica diferencial temos o 
protórax fino e longo, que é onde estarão as 
pernas raptoriais. 
A asa anterior é tégmina, enquanto a asa 
posterior é dobrada em leque. 
A ponta do abdômen possui cercos (e 
estilos nos machos). 
O corpo é em geral, alongado e achatado 
e pode possuir até 10cm. 
São predadores inespecíficos, ou seja, se 
alimentam de tudo que for de um tamanho 
propício. 
Normalmente eles ficam de tocaia em 
algum local, e utilizam suas pernas raptoras 
(com um movimento muito rápido) para 
capturar o alimento. Para a captura, também 
utilizam os seus olhos desenvolvidos, o que 
lhes confere uma visão binocular muito boa. 
Por fim, possuem mimetismos para facilitar a 
captura. 
 
DPT. ENTOMOLOGIA UFLA, 2016 
Os Mantodeas também possuem órgãos 
timpânicos, que se encontram entre as pernas 
metatorácicas. 
A reprodução é hemimetabólica, porém, a 
fêmea deposita uma ooteca (bolsa cheia de 
ovos) sobre as folhas e ramos e após 25 dias 
nascem as ninfas, e após 3 a 4 meses os 
insetos chegam ao seu estágio adulto. 
 
DPT. ENTOMOLOGIA UFLA, 2016 
As fêmeas são maiores que os machos, 
portanto, após a cópula, ela poderá comê-lo. 
Em algumas espécies, a fêmea come o macho 
enquanto a cópula ocorre. 
Referências 
DPT. ENTOMOLOGIA UFLA (Minas 
Gerais). Ordem: Mantodea. Lavras, 2016. 15 
slides, color. Disponível em: 
https://slideplayer.com.br/slide/12666736/. 
Acesso em: 10 maio 2021. 
NAKANO, Octavio et al. Entomologia 
agrícola. 10. ed. Piracicaba: FEALQ, 2002. 
NUNES-GUTJAHR, Ana Lúcia; BRAGA, 
Carlos Elias de Souza. Ordem Orthoptera. In: 
HAMADA, Neusa et al. Insetos aquáticos na 
Amazônia brasileira: taxonomia, biologia e 
ecologia. Manaus: Editora do INPA, 2014. p. 
1-724. Disponível em: 
https://bioforum.files.wordpress.com/2018/05/
17-orthoptera.pdf. Acesso em: 10 maio 2021. 
SANTOS, Anderson dos. Orthoptera. 
Maceió: UFAL, 20014. 20 slides, color. 
Disponível em: 
https://pt.slideshare.net/Ande1rson1/apresent
ao-orthoptera. Acesso em: 10 maio 2021.

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