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DISFUNÇÃO ERÉTIL (2 files merged)

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DISFUNÇÃO ERÉTIL 
É a incapacidade recorrente e persistente em ter ou manter uma ereção peniana para uma relação sexual satisfatória. 
CAUSAS: 
1. Andropausa ou Hipogonadismo (testículo reduzido) 
2. Diabetes Mellitus 
3. Disfunções Tireoidianas 
4. Hipertensão Arterial Sistêmica 
5. Arteriosclerose Sistêmica (Fluxo sg arterial) 
6. Obstrução da artéria peniana 
7. Depressão, Transtornos fóbicos 
8. Insatisfação com emprego, Baixa auto-estima 
9. Ansiedade, Preocupação com o desempenho sexual 
10. Apnéia do sono 
11. Cocaína, Maconha, Heroína, Fumo e Álcool 
 
 EXAMES LABORATORIAIS PARA DIAGNÓSTICO: 
 Glicemia e/ ou hemoglobina glicosilada 
 Testosterona 
 Dosagem de gonadotropinas 
MONITORAÇÃO DA TUMESCÊNCIA PENIANA NOTURNA 
(registro das ereções penianas durante o sono REM) 
 Perfil erétil noturno normal 
 Indicação de disfunção erétil de origem psicogênica 
 Ausência ou diminuição do número de ereções noturnas 
 Indica presença de alterações orgânicas 
TESTE DE EREÇÃO FÁRMACO-INDUZIDA 
 Consiste na injeção intracavernosa de drogas vasoativas 
 O resultado é considerado normal quando ocorre ereção plena e mantida por 15 minutos e parcialmente 
normal 
 Ocorrendo apenas tumescência peniana sem rigidez suficiente para a penetração sexual há possível 
comprometimento da circulação arterial peniana 
OBS: Em caso de pacientes ansiosos o resultado pode ser falso-negativo 
ULTRASSONOGRAFIA PENIANA COM DROGAS VASOATIVAS 
 Método confiável e reprodutível na avaliação da insuficiência arterial peniana 
 Usado em conjunto com ereção fármaco-induzida 
 Permite medir o diâmetro das artérias cavernosas e a velocidade de fluxo no seu interior antes e depois da 
injeção intracavernosa 
 O fluxo sistólico nas artérias cavernosas deve ser superior a 25 cm/s após a injeção 
 
ARTERIOGRAFIA 
 Utilizado em pacientes com indicação cirúrgica de revascularização arterial peniana 
 Jovens com disfunção erétil originada de traumatismo pélvico 
TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO ERÉTIL 
Após ser detectada a disfunção erétil através de um diagnóstico clínico, existirão vários recursos para tratamento. 
Dentre esses, destacam-se: 
1. Psicoterapias 
2. Próteses 
3. Medicamentos 
4. Reposição Hormonal 
MEDICAMENTOS 
Os inibidores da fosfodiesterase tipo 5 constituem hoje a terapia oral mais utilizada e atuam promovendo o 
relaxamento da célula muscular do tecido cavernoso, condição necessária para obtenção da ereção 
Em 1998, foi comercializado o primeiro medicamento disponível para o tratamento de disfunção erétil, nome 
comercialmente Viagra® e hoje, já existem outras opções no mercado farmacêutico (ex: Levitra, Ciallis, Helleva) 
 Ereção Completa = Uso do medicamento + Estímulo Sexual 
PRÓTESE ASSOCIADA À BOMBA ESCROTAL 
É necessário realizar compressão da bomba antes e depois da relação sexual para respectivo enchimento (ereção) e 
esvaziamento do cilindro 
É indicada para pacientes que não obtiveram sucesso em outros tipos de tratamento 
PREVENÇÃO 
 Buscar estilo de vida considerado saudável 
 Tratar doenças associadas a disfunção erétil 
 
FISIOLOGIA REPRODUTOR parte 1 
 Reprodutor Masculino 
A puberdade é concomitante ao evento da semenarca/espermarca e, assim, o rapaz segue para a fase adulta onde 
haverá a produção continua de espermatozoides. Aos 50/60 anos o homem entra na andropausa, a idade varia de 
acordo com o estilo de vida, alimentação e atividade física, por exemplo – no período da andropausa há uma 
diminuição significativa da testosterona produzida pelos testículos (em torno de 50%). 
No sistema reprodutor feminino é possível observar o prepúcio, que é o 
tecido que recobre a glande do pênis – quando descolado esse tecido é 
retrátil. Nas crianças, é necessário que o prepúcio se descole da glande do 
pênis para que não ocorra o acúmulo de esmegma – é necessário estimular o 
prepúcio para evitar a fimose. 
A próstata é uma glândula que produz secreções que compõe o sêmen – em 
quase 50% dos homens na idade madura ocorre o crescimento da próstata. 
É necessário observar esse crescimento com um especialista para saber se é necessário tomar um medicamento para 
controlar o tamanho ou fazer uma biopsia a fim de analisar se há alguma célula maligna. Outra estrutura presente no 
aparelho reprodutor masculino é o epidídimo, onde fica armazenado o espermatozoide por até um mês. 
Os testículos, após o nascimento da criança, precisam descer da região abdominal para a região do saco escrotal – pois 
é nessa região que haverá uma temperatura ótima para a sobrevivência dos espermatozoides. 
Vias espermátides: epidídimos, ductos deferentes, ductos ejaculatórios e segmento da uretra. 
Glândulas acessórias: uma próstata, duas vesículas/glândulas seminais e duas glândulas bulbouretrais. 
1. TESTÍCULOS 
Os testículos são gônadas masculinas, órgãos pares, localizados no saco escrotal. É o local onde ocorre a 
espermatogênese (produção de espermatozoide) e a síntese de testosterona. 
Ao seccionar um túbulo seminífero podemos observar o seu interior, onde estão as células de Sertoli. Dentro desse 
túbulo também existem as espermatogônias e a sua diferenciação em outros estágios, como por exemplo: 
espermatócitos primários e secundários, espermátides e espermatozoides. As células de Leydig estão no espaço 
intersticial e interferem na questão da espermatogênese e produção de testosterona. 
O LH atua na célula de Leydig estimulando a produção de testosterona – uma parte da testosterona 
produzida vai para a circulação sanguínea e a outra age no próprio testículo, especificamente na 
célula de Leydig estimulando o processo de espermatogênese. Ou seja, a formação do 
espermatozoide é estimulada pela testosterona e pela presença de LH. 
A testosterona atua na célula de Sertoli – ela se liga a um receptor e ativa uma via de sinalização. Essa célula 
entra no citosol da célula de Sertoli e se liga a um receptor de andrógeno e, posteriormente, solta-se da proteína 
inibitória e se liga a testosterona. 
Tipos de espermatozoides: 
Os espermatozoides que estão fora do padrão normal são considerados inférteis. 
Eixo hipófise-hipotálamo-gonadal: para que o LH e o FSH sejam produzidos na adeno-hipófise é 
preciso do estimulo de um hormônio produzido no hipotálamo: o GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofina). Ou seja, o GnRH vai para a hipófise e estimula a produção de FSH e LH, esses hormônios caem na 
corrente sanguínea e se ligam às células de Leydig e Sertoli que estão no testículo e estimulam, respectivamente, a 
produção de testosterona e a espermatogênese. Além disso, a testosterona também estimula a síntese massa muscular, 
assim como a libido, memória, concentração e aumenta o fluxo arterial peniano contribuindo com a ereção. 
 
2. GLÂNDULAS ACESSÓRIAS 
São as glândulas seminais ou vesículas seminais ou glândulas vesiculares, glândula bulbouretral e a próstata. As 
vesículas seminais produzem um liquido viscoso alcalino (líquido seminal), rico em frutose, que se mistura a secreção 
prostática e aos espermatozoides vindos do ducto deferente para formar o sêmen. Já as glândulas bulbouretrais 
secretam galactose e muco que podem ser usados como combustível para nutrir o espermatozoide para que ele 
sobreviva e também para que se locomova. E a próstata secreta um líquido alcalino, contendo cálcio, fosfato e enzimas 
de coagulação. 
Com relação as via espermáticas: o epidídimo é um pequeno ducto que coleta e armazena os espermatozoides 
produzidos pelos testículos. Depois de armazenado no epidídimo, o esperma avança através do canal deferente e 
ejaculatório misturando-se com as secreções originárias da vesícula seminal, glândula bulbouretral e próstata indo em 
direção à uretra para ser ejaculado. Obs.: a vasectomia é ligadura dos ductos deferentes. 
* Espermograma: éo exame que permite ver a qualidade do sêmen – são consideradas a sua concentração, motilidade 
e morfologia. A motilidade pode ser dos seguintes tipos: progressão linear rápida, progressão linear lente, motilidade 
não progressiva e totalmente imóvel. 
3. PÊNIS 
É o órgão copulador formado de tecido erétil. Em sua estrutura apresenta uma parte 
muscular e erétil e, para que essa parte fique endurecida e o pênis tenha a ereção, 
existe um processo que ocorre nos processos cavernosos – eles precisam ficar 
inflados, cheios de oxido nítrico. Obs.: na uretra há a saída da urina e sêmen. 
Processo de ereção peniana: haverá um estimulo sexual que pode ser físico ou psíquico  ativação parassimpática e 
liberação óxido nítrico pelas células endoteliais nos corpos cavernosos do pênis  ativação da Guanilato Ciclasee 
Aumento GMPc  relaxamento das artérias e do musculo liso nos corpos cavernosos  aumento do fluxo sanguíneo 
e da pressão nos corpos cavernosos  ereção peniana. 
Na andropausa há um conjunto de alterações fisiológicas que marcam a diminuição natural e progressiva da atividade 
sexual do homem caracterizada por uma queda nos níveis de testosterona. As mudanças ocorrem muito gradualmente 
nos homens (50 a 55 anos) e podem ser acompanhada por mudanças em atitudes e humores, fadiga, perda da energia, 
perda da libido e perda da agilidade física. Esse declínio de testosterona pode aumentar o risco para doenças cardíacas 
e osteoporose. 
Perfil de secreção de testosterona e produção de esperma: 
No primeiro e segundo trimestre de gestação há uma produção de 
testosterona bem alta, segue com elevação no primeiro ano de vida e depois 
diminui do primeiro ano de vida até os 14/15 anos. Quando o garoto entra 
na puberdade, há uma ativação no eixo hipotálamo-hipófise-gonadal e 
ocorre uma elevação da produção de testosterona. A testosterona aumenta e 
segue um platô durante toda a vida adulta concomitante com a produção de 
esperma. Na vida semil há uma redução de quase 50%. 
Sinais e sintomas da andropausa: ondas de calor; diminuição da concentração; déficit de memória; redução do 
tamanho testicular; dificuldade na manutenção da ereção peniana/disfunção erétil; depressão. 
Entretanto, há a reposição hormonal androgênica que recupera a ereção peniana e melhora o humor e a autoestima, 
mas está associada a efeitos colaterais – aumento do risco para doenças cardiovasculares, hepatotoxidades e 
ginecomastia. Obs.: a infertilidade e a diminuição do volume testicular estão relacionadas a doses supra fisiológicas de 
testosterona.

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